EMBRIOLOGIA GERAL OBS: O material apresentado, constitui um roteiro de estudo para o aluno, que deve consultar a bibliografia INDICADA no inicio do curso. OBS 2: Para imprimir as figuras o computador deve estar conectado a Internet. Após a fertilização do ovócito pelo espermatozóide tem início uma série de eventos que caracterizam a formação do zigoto e o desenvolvimento do embrião. O zigoto é uma célula única formada pela fusão do óvulo com o espermatozóide e na qual estão presentes os 46 cromossomos provenientes dos gametas dos pais, cada um contendo 23 cromossomos. A partir de 24 horas contadas após a fertilização, o zigoto começa a sofrer sucessivas divisões mitóticas, inicialmente originando duas células filhas denominadas blastômeros, depois quatro e assim sucessivamente. Os blastômeros ficam envoltos por uma membrana gelatinosa, a zona pelúcida. Quando cerca de 12 blastômeros são formados, glicoproteínas adesivas tornam as células mais compactas, e por volta do 3º dia, quando os blastômeros somam 16 células a compactação é mais evidente. Esse estágio é então denominado mórula. Já no 4º dia a mórula alcança o útero e passa a armazenar no seu interior fluido proveniente da cavidade uterina, fazendo com que ocorra o deslocamento das células para uma posição periférica e o surgimento de uma cavidade, a blastocele. O blastocisto, como é então chamado apresenta duas porções distintas: o trofoblasto, representado por uma camada de células achatadas e o embrioblasto, um conjunto de células que faz saliência com o interior da cavidade. Ao redor do 6º dia tem início o período de implantação. O blastocisto, já sem a zona pelúcida, dirige-se a mucosa uterina e a região do embrioblasto se adere a ela. Os trofoblastos por sua vez são estimulados e começam a proliferar, invadindo o endométrio. Nessa fase distinguem-se o citotrofoblasto que constitui a parede do blastocisto e o sinciciotrofoblasto, cujas células estão em contato direto com o endométrio formando um sincício com grande capacidade de proliferação e invasão. Enquanto isso o embrioblasto sofre mudanças que permite diferenciar duas porções: o epiblasto e o hipoblasto. Dessa forma ao fim de nove dias após a fertilização, o blastocisto já se encontra totalmente implantado no endométrio e entre as células do epiblasto surge a cavidade amniótica. Do hipoblasto origina-se uma camada de células denominadas membrana de Heuser que revestirá a cavidade interna do blastocisto que então passará a se chamar cavidade vitelina primitiva. Entre a cavidade e o citotrofoblasto surge uma camada de material acelular, o retículo extra- embrionário. Por volta do 12º dia surgem células que revestem o retículo extraembrionário (mesoderma extra- embrionário) que passarão a formar cavidades preenchidas por fluido e que posteriormente serão unidas formando a cavidade coriônica. A medida em que a cavidade coriônica se expande ocorre a separação do âmnio e do citotrofoblasto. Na vesícula vitelínica ocorre a proliferação do hipoblasto seguida de contrição de parte da cavidade, formando vesículas exocelômicas que se detacam e são degeneradas. A porção da cavidade ramanscente denomina-se agora cavidade vitelina definitiva. Na terceira semana o disco embrionário sofre modificações. Na gastrulação ocorre proliferação celular na superfície do epiblasto. Essas células migram rumo a linha média longitudinal do disco embrionário formando a linha primitiva. Na porção mediana da linha primitiva surge o sulco primitivo. Na extremidade cefálica formase uma protusão celular, o nó primitivo, em cujo centro surge a fosseta primitiva. Perto do 16º dia as células do epiblasto continuam a proliferar e migrar em direção ao sulco primitivo, onde invaginam-se entre o epiblasto e o hipoblasto, assim tem origem o mesoderma intra- embrionário, o terceiro folheto embrionário As células da mesoderme preenchem todo espaço entre a ectoderme e a endoderme, exceto na região da membrana bucofaríngea e membrana cloacal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BÁSICAS: CARLSON, B. M. 1996. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 408p. DOYLE-MAIA, G. 1998. Embriologia Humana. 1ª ed., 3ª reimp., Livraria Atheneu, Rio de Janeiro, 115p. MOORE, K. L. & PERSAUD, T. V. N. 2000. Embriologia Básica. 5ª ed., Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 453p. MOORE, K.L. & PERSAUD, T.V.N. 2004. Embriologia Clínica. Elsevier, Rio de Janeiro, 609p. SADLER, T. W. 2005. Embriologia Médica. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 347p. LANGMAN, 2005. Embriologia Médica. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro