EEL211 - L ABORATÓRIO DE C IRCUITOS E LÉTRICOS I LABORATÓRIO NO 6: TEOREMAS DE THEVENIN, NORTON E SUPERPOSIÇÃO OBJETIVO: Verificar experimentalmente os teoremas de Thevenin, Norton e da Superposição. Tabela 1 Rx=1k medido V1 LISTA DE MATERIAL teórico V2 Fonte de alimentação dc simétrica ±15V/1A Multímetro digital Proto Board Resistores 1/2 W, 1/2W 1kΩ (3) 1k5 (2) 2kΩ (2) 3kΩ (1) VA V VB VAB 1- MEDIÇÃO NO CIRCUITO ORIGINAL IR1 O circuito apresentado na Figura 1 apresenta três nós (A, B e GND) e três malhas. IR2 IR3 O nó GND será tomado como referência. IR4 Observe que não é mais possível analisar este circuito pela conversão série/paralelo de circuito devido à presença de duas fontes de tensão. A análise deste circuito é possível utilizando o método dos nós e o método das malhas. mA IRx IE1 IE2 2- CIRCUITOS EQUIVALENTES THEVENIN E NORTON Uma vez que o circuito 1 é linear, ele pode ser substituído por um circuito equivalente constituído de uma fonte de tensão em série com uma resistência (equivalente Thevenin) ou por uma fonte de corrente em paralelo com uma resistência (equivalente Norton). Figura 1- Circuito 1 TENSÃO THEVENIN (TENSÃO A VAZIO) Montar o circuito 1 com Rx=1kΩ e as fontes de alimentação desligadas. Conferir cuidadosamente a montagem antes de ligar as fontes de alimentação E1 e E2. Medir o potencial V1, V2 e nos nós A e B (em relação ao GND) e preencher a Tabela 1. Retirar Rx do circuito e medir a tensão VAB. Este valor de “tensão a vazio” ou “tensão de circuito aberto” é a tensão da fonte de tensão do circuito equivalente Thevenin - Vth. Verifique a polaridade desta tensão, potencial de A em relação à B. Calcular o valor da corrente de cada elemento com as medições de tensão efetuadas e preencher a Tabela 1. Medir a corrente em apenas um dos elementos de circuito apenas para confirmação e para mostrar que medição de corrente é uma tarefa muito trabalhosa. Medir a tensão sobre Rx (ou VAB) e anotar este valor na Tabela 2 da página 2. Substituir Rx para 1,5kΩ e em seguida para 3kΩ. Anotar os valores da tensão em Rx na Tabela 2 na página 2. UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima Figura 2- Tensão Thevenin teórico medido Vth= WWW.elt09.unifei.edu.br V [email protected] 1 EEL211 - Laboratório No 6: Teoremas de Thevenin, Norton e da Superposição CORRENTE NORTON (CORRENTE DE CURTO-CICUITO) Conectar um miliamperímetro entre os pontos A e B conforme a Figura 3. 3- Medição no circuito equivalente Thevenin Atenção: Estaremos provocando um curtocircuito entre estes dois pontos. Montar o circuito apresentado na Figura 5 com Rx=1kΩ, ligar a fonte de alimentação e ajustar no valor da tensão thevenin, Vth. Esta “corrente de curto-circuito” é a corrente da fonte de corrente do circuito equivalente Norton. Figura 5 - Circuito Equivalente Thevenin Figura 3- Corrente Norton teórico medido IN = mA Medir a tensão sobre Rx e anotar este valor na Tabela 2. Substituir Rx para 1,5kΩ e depois para 3kΩ. Anotar os valores da tensão em Rx na Tabela 2. Tabela 2 Resistência Thevenin Substuir as fontes de tensão por curto-circuito. teórico Rx --- medido Circ. 1 Circ. Eq. 1kΩ ATENÇÃO: NÃO curto-circuitar as fontes de alimentação E1 e E2. VAB Medir a resistência entre os pontos A e B. ATENÇÃO: a medição de resistência deve ser feita com o máximo cuidado. Devemos ter certeza absoluta que o circuito a ser medido não esteja energizado. 1,5kΩ 3kΩ Observe que para este resistor Rx o circuito equivalente apresenta o mesmo resultado que o circuito original. 4- TEOREMA DA SUPERPOSIÇÃO O resultado das duas fontes ligadas simultaneamente, em qualquer elemento do circuito, é a soma dos resultados individuais de cada fonte separadamente. Montar o circuito 2, Figura 6, com Rx=1kΩ. substituindo E2 por curto-circuito Atenção: não curto-circuitar a fonte de tensão. Figura 4 - Resistência Thevenin O valor desta resistência pode ser obtido dividindo a Tensão Thevenin pela Corrente Norton. teórico medido VTh/IN Rth= Ω Atenção: Não desmontar este circuito. 2 UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima Figura 6- Circuito 2 (Influência de E1) www.elt09.unifei.edu.br [email protected] EEL211 - Laboratório No 6: Teoremas de Thevenin, Norton e da Superposição Medir o potencial dos pontos V1, V2, A e B em relação ao terra. Anotar os valores na Tabela 3(b). Calcular o valor da corrente medindo a tensão nos resistores. Considere positivo o sentido apresentado na Figura 6. Substituir a fonte E1 por um curto-circuito e retornar a fonte E2 conforme o circuito da Figura 7. Medir o potencial dos pontos V1, V2, A e B e anotar os valores na Tabela 3(b). Figura 8 – Aplicando Teorema de Thevenin. Tabela 4 Figura 7- Circuito 3 (Influência de E2) Teórico Tabela 3 a)Teórico VA Circ 1 Circ.2 Circ.3 VB VAB IRx b)Medido VA Circ 1 Circ.2 Circ.3 VB Medido VTh1 V RTh1 kΩ VTh2 V RTh2 kΩ IRx mA VAB V VA V VB V VAB 6 – THEVENIN / NORTON IRx RTh A Verificar se a medição feita no circuito 1 corresponde à soma dos resultados obtidos nos circuitos 2 e 3. VTh VTh=RTh.IN RX 5- ANÁLISE APLICANDO THEVENIN (OPCIONAL) Este circuito simples pode ser analisado aplicando o Teorema de Thevenin como mostra a Figura 8. B A O circuito equivalente da Figura 8b deve apresentar o mesmo resultado para IRX e VAB que o circuito original. IN IN=VTh/RTh RN=RTh RX B Figura 10 – Equivalencia Thevenin/Norton UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima www.elt09.unifei.edu.br [email protected] 3 EEL211 - Laboratório No 6: Teoremas de Thevenin, Norton e da Superposição 7- TÉCNICAS DE MEDIÇÃO Para medir corrente é necessário desligar e desenergizar o circuito, instalar o amperímetro e religar o circuito, uma tarefa trabalhosa e nem sempre possível de ser executada. Por outro lado, medir tensão é uma tarefa menos trabalhosa porque pode ser feita em qualquer parte do circuito sem necessidade de desligar o circuito, obviamente obedecendo todas as regras de segurança. No divisor resistivo apresentado na Figura 11 o potencial dos pontos A e B em relação à referência GND é 5V. Se a resistência de entrada do voltímetro for 10MΩ, o voltímetro indicará aproximadamente 4,99V no ponto A (erro de inserção de 0,05%) e 4,75V no ponto B (erro de inserção de 5%). O osciloscópio com ponta de prova 1X, com resistência de entrada de 1MΩ, indicará 4,97V no ponto A e 3,33V no ponto B. O voltímetro pode ser instalado antes ou depois do amperímetro como mostra a Figura 10. Estas duas configurações do voltímetro são conhecidas como: a) Corrente Real ou Longa Derivação. b) Tensão Real ou Curta Derivação. A configuração corrente real (na carga) é indicada para tensão alta e corrente baixa enquanto que a configuração tensão real (na carga) é indicada para tensão baixa e corrente alta. A regra básica é: se o voltímetro alterar a leitura do amperímetro na configuração tensão real, provavelmente deverá ser configurado no modo corrente real. Se a configuração Tensão Real for recomendada provavelmente haverá diferença na leitura do voltímetro ao mudarmos para configuração Corrente Real. R=1.5k E 15V 15V/15µA Figura 11 – Medição em circuitos de alta impedância Io A + V Vo Medido Rin Rx 1M _ DMM1 DMM2 OSC VA VB A) Corrente Real na carga ou Longa Derivação R=1.5k E 15V 100mV/10mA Io A Rx 10 + V Vo _ B) Tensão Real na carga ou Curta Derivação Portanto devemos ter muito cuidado ao medirmos circuitos de alta impedância ou alta resistência como circuitos com transistor MOSFET e circuitos temporizadores. Alias, em certos circuitos NÃO devemos sequer chegar perto. Em instalações com corrente de fuga o voltímetro NÃO deve apresentar altíssima resistência de entrada para não indicar “falsa voltagem”. Pilhas e baterias devem ser testadas com carga ou por multímetros especiais. Figura 10 – Configuração Corrente Real e Tensão Real. Em circuitos de alta impedância os voltímetros podem apresentar erros de leitura e alterar o funcionamento do circuito. 4 UNIFEI-IESTI – Kazuo Nakashima www.elt09.unifei.edu.br Itajubá, MG,julho de 2016 Itajubá, MG, fevereiro de 2008 [email protected]