2º ano

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Capítulo
1
Dinâmica climática
Atmosfera, tempo e clima
Atmosfera é a camada de gases e partículas em suspensão que envolve alguns
planetas. Além de atuar­ ­na manutenção de
temperaturas adequadas à vida no planeta e
proteger os organismos da exposição à radiação ultravioleta*, a atmosfera terrestre
contém gases necessários aos processos vitais de respiração celular e fotossíntese. Ela
é composta por 78% de nitrogênio, 21% de
oxigênio e apenas 1% de outros gases (ozônio, hélio, vapor de água, etc.).
O perfil vertical da atmosfera terrestre
apresenta várias camadas, definidas de acordo com a variação da temperatura, a concentração de gases e suas propriedades elétricas.
A troposfera é a camada mais próxima da
superfície terrestre, na qual a temperatura decresce com a altitude. Nela ocorrem os
principais fenômenos meteorológicos (vento, precipitação, furacões, etc.).
A estratosfera está logo acima da troposfera, e contém a camada de gás ozônio, que
absorve a radiação ultravioleta do Sol. Por
ela ser muito estável, é nela que os aviões a
jato circulam. A mesosfera é a terceira ca-
Neste capítulo
ƒƒ Definição de
atmosfera,
tempo e clima.
ƒƒ Elementos
e fatores
climáticos.
ƒƒ Os climas no
mundo e no
Brasil.
ƒƒ Fenômenos
climáticos.
ƒƒ Previsão
meteorológica
e poluição
atmosférica.
Camadas da atmosfera
Altitude (km)
exosfera
450
280
260
240
220
0
20
Temperatura (oC)
80
60
40
120
110
100
termosfera
90
80
70
60
mesosfera
50
40
30
20
camada
de ozônio
estratosfera
10
troposfera
____________________
* As palavras em azul são explicadas no Glossário, nas páginas 256 a 260.
mada e, em sua parte superior, apresenta
temperaturas mais baixas que a troposfera
e a estratosfera, além de ar rarefeito. Acima
da mesosfera está a termosfera, uma camada eletrificada na qual há grande concentração de íons e elétrons livres que refletem
alguns tipos de ondas de rádio. Acima de
todas essas camadas está a exosfera, a camada mais externa da atmosfera, na qual orbitam os satélites artificiais.
O tempo meteorológico é um estado
momentâneo da atmosfera em dado local
da superfície terrestre. Uma repetição contínua desse tempo nos permite definir um
tipo de clima.
O clima é, portanto, um padrão do conjunto de condições da atmosfera observado
durante pelo menos trinta anos.
O clima exerce grande influência sobre a
Terra, desde os processos naturais, como a
formação de solos, até as atividades humanas, como a agricultura. Essa influência é
uma das razões pelas quais, cada vez mais, o
clima vem sendo estudado por grande parte
dos cientistas do mundo.
Nas últimas décadas, alterações climáticas, sobretudo o aumento da temperatura
mundial, têm preocupado não somente cientistas, mas governantes, políticos, organizações não governamentais, ambientalistas e a
população em geral. Entre outros fatores, o
aquecimento global é causado pela emissão
de gases de efeito estufa na atmosfera, como
o dióxido de carbono, lançado na queima de
combustíveis fósseis. São consequências do
aquecimento global: o derretimento de gelo
das calotas polares, o aumento no nível de
água dos mares e o processo de desertificação. Assim, com o objetivo de se estabelecer
metas para reduzir a emissão desses gases, foi
realizada em Copenhague, capital da Dinamarca, em dezembro de 2009, a 15ª- Conferência sobre Mudança Climática, a COP15,
reunindo representantes de 193 países, entre
os quais o Brasil. A COP15, porém, não apresentou um documento com ações práticas e
imediatas, o que decepcionou os que esperavam um texto que sucedesse o Protocolo de
Kyoto (ratificado em 2005), o primeiro tratado internacional sobre mudanças climáticas.
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Elementos e fatores climáticos
Elementos do clima
Os elementos climáticos são os atributos
físicos que representam as propriedades da
atmosfera de um lugar. Os elementos mais
utilizados são a temperatura, a umidade e
a pressão.
A temperatura do ar é a medida do calor
sensível armazenado (em graus Celsius ou
Fahrenheit). A variação anual da temperatura depende da trajetória diária e anual do Sol.
Ao longo de um ano, a incidência de raios
solares varia muito em diferentes pontos da
Terra, conforme sua posição em relação ao
Sol. Em latitudes baixas, isto é, nas proximidades do Equador, devido à pequena variação da altura solar, as amplitudes térmicas
anuais (diferença entre a mais alta e a mais
baixa temperatura, em graus Celsius, entre
os meses quentes e frios) tendem a ser pouco
elevadas. Em latitudes altas ocorrem diferenças térmicas significativas ao longo do ano.
A variação diária da temperatura pode ser
alterada por outros elementos climáticos. A
nebulosidade, por exemplo, diminui a penetração de radiação solar direta durante o
dia e retém parte da radiação emitida pela
Terra durante a noite, ao passo que os ventos proporcionam uma redistribuição do calor presente no ar.
A umidade do ar representa a quantidade
de vapor de água na atmosfera, que dá origem a todas as formas de condensação e
precipitação. Além disso, influencia os pro-
cessos de evaporação e evapotranspiração
e funciona como importante regulador térmico do sistema Terra-atmosfera, determinando a ocorrência de pequenas amplitudes
térmicas em regiões com grande umidade e
de elevadas amplitudes térmicas em regiões
pouco úmidas.
O resfriamento do ar úmido provoca a
ocorrência de orvalho, nevoeiro e nuvens. O
orvalho surge com a condensação do vapor
devido à redução rápida da temperatura ambiente ou quando a umidade do ar entra em
contato com uma superfície fria. Por isso, o
orvalho ocorre geralmente ao amanhecer ou
ao anoitecer em noites mais frias. O nevoeiro,
ou neblina, ocorre por diversos motivos, entre eles a condensação da umidade no ar, que
forma uma nuvem próxima ao solo. As nuvens são compostas por gotículas de água em
suspensão no ar e por cristais de gelo. Sua formação está associada à elevação do ar úmido,
que, ao alcançar seu ponto de saturação, inicia
o processo de condensação.
A pressão atmosférica é a força exercida pelo peso da atmosfera
sobre a superfície terrestre. A variação desse elemento é responsável pela movimentação do ar, formando o vento, que se desloca das
áreas de alta pressão para as áreas
de baixa pressão. A pressão atmosférica varia, em um mesmo lugar,
conforme as horas do dia e as estações do ano e, de uma região
para outra, conforme a variação da
temperatura. Quanto mais quente
o ar, menos denso ele é, portanto,
de modo geral, mais baixa será a
pressão atmosférica. Assim, nas regiões com clima equatorial, onde o
ar é mais quente, predominam zonas de baixa pressão. Nas regiões
polares, o ar mais frio determina a
ocorrência de alta pressão.
Leia
O livro Introdução
à climatologia para
os trópicos, de
J. O. Ayoade, trata
da diferença entre
tempo e clima,
da composição
da atmosfera,
dos elementos e
fatores climáticos,
das classificações
regionais do clima
e da relação entre
o clima e os seres
humanos.
>
Os elementos do clima e os fatores climáticos ou fatores geográficos do clima condicionam os diferentes tipos de tempo e de
clima no mundo. Para entender a distribuição climática mundial e brasileira, temos de
compreender, primeiro, quais são os elementos do clima, como eles se relacionam
entre si (temperatura e umidade, por exemplo) e como são influenciados pelos fatores
climáticos.
adiação incidindo
R
sobre a Terra em
março e em junho.
Saiba mais
O vapor de água na atmosfera
A umidade absoluta é a massa de vapor de água dividida pela massa de ar seco, em um volume de ar a uma temperatura específica (quanto mais quente o ar, mais água ele comporta). Já a umidade relativa é a razão entre a umidade absoluta atual e a maior umidade absoluta possível (que depende da temperatura atual do ar). O vapor de água
varia de 0% a 4% do volume de ar atmosférico: quando o ar está seco, a umidade corresponde a 0% do volume de
ar; quando está saturado, corresponde a 4%. Quando os instrumentos indicam umidade relativa de 100%, isso quer
dizer que o ar está totalmente saturado com vapor de água, o que mostra grande possibilidade de chuva.
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1
Dinâmica climática
Fatores climáticos
Os fatores climáticos são as características
geográficas naturais que diferenciam as paisagens na Terra e são capazes de influenciar
os elementos do clima. Em conjunto com os
fatores climáticos, como latitude, altitude e
continentalidade/maritimidade, também a
dinâmica das correntes oceânicas, das massas de ar e das frentes atua na caracterização
e distribuição dos climas mundiais.
Latitude
O clima de um lugar depende também
da latitude, pois ela define a maneira como
os raios solares atingem a superfície da Terra. A linha do Equador é o paralelo em que
os raios solares incidem de modo menos inclinado. Por isso, o clima tende a ser mais
quente. Lugares situados em latitudes eleEfeito da inclinação da Terra na temperatura
zona polar
vadas recebem os raios solares de maneira
mais inclinada. Assim, quanto maior a latitude, maior a inclinação com que os raios
solares atingem a superfície da Terra e menos elevadas as temperaturas.
Altitude
As diferenças de altitude acarretam mudanças na temperatura e na pressão atmosférica. À medida que a altitude aumenta, a
pressão fica menor, pois diminui o peso da
coluna de ar acima da superfície. Inversamente, quando a altitude diminui, aumentam a pressão e a densidade atmosférica.
Considerando-se dois lugares de mesma latitude e diferentes altitudes, aquele mais elevado apresentará temperaturas mais baixas,
obedecendo à proporção de 0,6 °C a menos
para cada 100 metros de altitude.
Diminuição da temperatura com
o aumento da altitude
dia de 6 meses
Cí r
Tró
p
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Tró
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ua
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do
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Câ
metros
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4 800
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90º
2 400
l
1 600
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800
noite de 6 meses
0
Saiba mais
Relevo, vegetação e clima
A posição do relevo favorece ou dificulta os fluxos de calor e umidade entre áreas contíguas. Um sistema orográfico que se disponha latitudinalmente em uma região como o Himalaia, por exemplo, irá dificultar as trocas de
calor e umidade entre as áreas frias do interior da China e aquelas mais quentes da Índia. Já a cordilheira dos Andes, por se dispor no sentido dos meridianos, não impede que as massas polares atinjam o norte da América do
Sul e nem que as equatoriais cheguem ao sul do Brasil. Entretanto, inibem a penetração da umidade proveniente
do Pacífico para o interior do continente. [...]
A vegetação desempenha um papel regulador de umidade e de temperatura extremamente importante. Tomando-se as áreas florestadas como exemplo, observa-se que suas temperaturas serão inferiores às das áreas vizinhas com outro tipo de cobertura – como campo, por exemplo, uma vez que as copas, os troncos e os galhos das
árvores atuam como barreira à radiação solar direta, diminuindo a disponibilidade de energia para aquecer o ar.
Mendonça, Francisco; Danni-Oliveira, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007. p. 47-48.
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Maritimidade e continentalidade
Os mares e oceanos têm papel fundamental no clima. Juntamente
com os demais fatores, influenciam as variações de temperatura e de
umidade.
A maritimidade caracteriza as regiões próximas de grandes massas líquidas (mares e oceanos), determinando a ocorrência de elevada
umidade e pequena variação da temperatura. Com a continentalidade
ocorre o oposto: quanto mais distante o lugar estiver do litoral, menor
será a umidade e maior será a variação da temperatura. É por causa desse
efeito que uma região costeira sofre a influência moderadora do oceano
de maneira mais intensa. Já outra, localizada no interior do continente,
sofre maior contraste entre as temperaturas de inverno e verão.
Correntes oceânicas
As correntes oceânicas são movimentos horizontais de grandes
massas de água. Causadas pela rotação da Terra e pela ação dos ventos
constantes, elas interagem com a dinâmica das massas de ar, influenciando o clima e definindo áreas secas e chuvosas. Tal fato ocorre porque as águas frias superficiais dos oceanos e mares levam ao resfriamento do ar, dificultando a formação de nuvens e chuvas. Assim, em regiões
costeiras onde prevalecem correntes oceânicas frias há um predomínio
de climas com umidade reduzida. Áreas banhadas por correntes quentes apresentam um clima mais úmido devido ao aquecimento e à ascensão do ar e à formação de nuvens e chuvas.
As correntes quentes que se dirigem para os polos aquecem as regiões de altas latitudes. É o caso da corrente do Atlântico Norte, que
mantém as temperaturas mais altas no oeste da Europa.
A corrente de Humboldt, cujo nome homenageia o naturalista alemão Alexander von Humboldt, também chamada de corrente do Peru,
é uma corrente fria que nasce nas proximidades da Antártida e direciona-se no sentido norte pelo oceano Pacífico. As baixas temperaturas
dessa corrente dificultam a formação de nuvens, o que em parte explica
a aridez que prevalece no norte do Chile e nas zonas costeiras do sul do
Peru e do Equador.
No Brasil atuam as
correntes das Guianas
Paraguai
(ou do Norte do Brasil),
Sul Equatorial, do BraBrasil
sil e das Malvinas (ou
Argentina
das Falklands). A corrente do Brasil é uma
corrente quente que flui
Uruguai
próximo à costa nordeste na direção sul. A corrente das Malvinas é uma
corrente fria que acompanha o litoral sul e sudeste do Brasil.
2 de maio de 2005
Temperatura da superfície do mar (ºC)
5
10
15
20
25
28
Saiba mais
Monções
Na Ásia, esse efeito da continentalidade e da maritimidade provoca
o fenômeno denominado monção.
As monções de inverno (ventos secos e frios) movimentam-se do continente para o oceano. Já as monções
de verão (ventos úmidos e quentes)
movimentam-se do oceano para o
continente, trazendo chuvas que favorecem a atividade agrícola.
Monções de inverno
80°L
ÁSIA
Trópico de Câncer
20°N
OCEANO
ÍNDICO
Inverno na Ásia
0
vento seco e frio
785
km
Fonte de pesquisa: Universidade de Évora. Projeto
Proclira. Disponível em: <http://www.proclira.
uevora.pt/modulos/modulo6.pdf>. Acesso em: 1º
jul. 2009.
Monções de verão
80°L
ÁSIA
Trópico de Câncer
20°N
OCEANO
ÍNDICO
Verão na Ásia
vento úmido e quente
0
785
km
Fonte de pesquisa: Universidade de Évora. Projeto
Proclira. Disponível em: <http://www.proclira.
uevora.pt/modulos/modulo6.pdf>.
Acesso em: 1º jul. 2009.
Imagem de satélite
da variação da
temperatura do oceano
devido à atuação da
corrente das Malvinas,
na América do Sul.
>
13
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1
Dinâmica climática
Tipos climáticos mundiais
ventos polares
de leste
frente polar
ventos
de oeste
NE
ventos
alísios
SE
ventos
alísios
Circulação geral da atmosfera
Os diferentes tipos de clima no mundo são resultado, conforme já
mencionado, das relações entre os elementos e os fatores climáticos.
Além disso, deve-se considerar a circulação geral da atmosfera, incluindo
Circulação geral da atmosfera
a atuação das massas de ar e das frenalta polar
tes. A partir daí são definidas as difecélulas de Ferrel
rentes regiões climáticas, nas quais o
clima se apresenta relativamente hoanticiclone
mogêneo.
subtropical
A subida e a descida do ar atmosfécélulas
rico estabelecem padrões de circulação
de Hadley
chamados células de Hadley (nas latitudes equatoriais e tropicais) e células de Ferrel (nas médias latitudes). O
zona de calmarias equatoriais
esquema ao lado mostra a direção das
correntes de ar nessas células.
Os ventos alísios são resultantes da
células
de Hadley
ascensão de massas de ar que convergem dos trópicos (alta pressão) para a
região equatorial (baixa pressão). Os
alísios do hemisfério Norte movimencélulas
tam-se de nordeste para sudoeste. Já os
de Ferrel
do hemisfério Sul movimentam-se de
sudeste para noroeste. Observe mais
uma vez o esquema à esquerda.
Assista
Massas de ar e frentes
As massas de ar são partes da atmosfera com considerável extensão horizontal e com características homogêneas de temperatura,
pressão e umidade. Elas deslocam-se carregando aspectos das condições climáticas do local em que se formaram. Ao longo do seu trajeto, as massas de ar alteram as características do tempo atmosférico e
sofrem modificações de temperatura e de umidade. Isso é resultado da interação com as características da superfície sobre
Formação das frentes fria e quente
a qual se deslocam.
formação de nuvens
causadas pela elevação
A origem das massas de ar pode ser tropical (massa de ar trofrontal do ar quente e úmido
pical) ou polar (massa de ar polar). Quando formadas sobre o
avanço do ar
oceano, são úmidas; formadas sobre o continente, quase sempre
frio atrás da
retrocesso do
frente fria
são secas, excetuando-se as formadas na região equatorial, que
ar quente ao
chocar-se com
também são úmidas.
o ar frio
direção do
As principais fontes produtoras de massas de ar no mundo são
frente fria
movimento frontal
as planícies árticas cobertas de neve da América do Norte, Europa e Ásia; os oceanos subtropicais e tropicais; o deserto do Saara
na África; e os interiores continentais da Ásia, Europa e América
formação de nuvens
causadas pela elevação
do Norte. As massas de ar são muito importantes para a comprefrontal do ar quente e úmido
ensão da dinâmica atmosférica, pois têm influência direta sobre
retrocesso do
avanço do ar
os tempos e climas de suas áreas de atuação. Quando duas masar frio ao
quente atrás
chocar-se com
sas de ar de diferentes temperaturas se encontram, ocorre uma
da frente
o ar quente
quente
brusca variação nas condições do tempo (temperatura, umidade,
vento, etc.) na zona de contato entre elas. As faixas de transição
direção do
frente quente
entre essas massas de ar são denominadas frentes, que podem
movimento frontal
ser frias ou quentes. Observe o esquema ao lado.
O filme O dia depois de amanhã, de 2004,
com direção de Roland Emmerich, embora
seja uma obra de ficção científica, apresenta
o comportamento da circulação atmosférica
e como mudanças drásticas nela podem
afetar a humanidade.
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Os principais climas
do mundo
ƒƒ
A classificação climática nos ajuda a compreender o clima do mundo. Existem diferentes propostas de classificação, entre as
quais a organizada pelo alemão Wladimir
Peter Köppen, baseada nas características de
precipitação e temperatura:
ƒƒ Equatorial. Durante o ano inteiro apresenta altos índices de evaporação e temperaturas que variam entre 24 ºC e 27 oC.
A amplitude térmica (variação entre a
temperatura mínima e a máxima) é baixa
durante o ano inteiro. Apresenta pluviosidade alta, atingindo mais de 2 000 mm
por ano.
ƒƒ Tropical. Apresenta elevados índices pluviométricos (entre 1 000 mm e 2 000 mm
por ano), com duas estações bem definidas: seca e chuvosa.
ƒƒ Temperado. As temperaturas variam regularmente ao longo do ano, com média acima de 10 °C. Apresenta quatro
estações bem definidas. É dividido em
temperado oceânico (inverno menos rigoroso devido à influência da umidade
oceânica) e temperado continental (menor influência dos mares e oceanos, provocando maiores amplitudes térmicas).
ƒƒ Subtropical. Marcado por verão quente
e chuvas distribuídas pelo ano todo. As
temperaturas podem chegar a 0 ºC em alguns dias do outono e do inverno.
ƒƒ
ƒƒ
ƒƒ
ƒƒ
ƒƒ
Mediterrâneo. No inverno, a temperatura
é mais amena, por causa das correntes marítimas quentes. O verão é quente e seco.
Nas áreas costeiras, os verões são mais amenos, devido às correntes frias do oceano.
Frio (subpolar). Temperaturas médias
negativas no inverno, alcançando em torno de 10 ºC no verão.
Frio de montanha. A redução da temperatura está condicionada ao aumento da
altitude, ocorrendo até mesmo na zona
tropical.
Polar ou glacial. As temperaturas médias
são muito baixas, em torno de –30 ºC. No
verão chegam aos –10 ºC; no inverno, podem alcançar –50 ºC. Ocorre no Ártico,
incluindo a Groenlândia e o Alasca, e na
Antártida. O índice pluviométrico é muito
baixo (menos de 200 mm anuais).
Desértico. Pequeno volume de precipitação (menor do que 250 mm por ano) e
grande amplitude térmica diária. Ocorre
tanto em áreas tropicais como em temperadas: norte da África, Oriente Médio,
oeste dos EUA, norte do México, litoral
do Chile e do Peru, Austrália e noroeste da Índia.
Semiárido. Clima com altas temperaturas (média de 27 ºC) e chuvas irregulares, entre 300 mm e 800 mm/ano. Clima
típico do Nordeste do Brasil, que sofre
influên­cia da massa Tropical atlântica
(mTa), que, ao chegar à região, já apresenta pouca umidade.
Leia
O livro Climatologia:
noções básicas e
climas do Brasil, de
Francisco Mendonça
e Inês Moresco
Danni-Oliveira, trata,
de maneira simples e
didática, de assuntos
como a atmosfera
terrestre, circulação
e dinâmica
atmosférica,
classificações
climáticas e tipos
climáticos do Brasil.
Clima e correntes marítimas
180° 160°O 140°O 120°O 100°O 80°O 60°O 40°O 20°O
0°
20°L
40°L
60°L 80°L 100°L 120°L 140°L 160°L 180°
80°N
60°N
40°N
20°N
Tipos de clima (adaptado
da classificação de Köppen)
Equatorial
Mediterrâneo
0°
Tropical
Temperado
20°S
Subtropical
Frio
Desértico
40°S
Polar
Semiárido
Frio de montanha
60°S
0
3 080
km
Correntes marítimas
Correntes frias
80°S
Correntes quentes
Fonte de pesquisa: IBGE. Atlas geográfico escolar. 4. ed. Rio de Janeiro, 2007. p. 58.
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1
Dinâmica climática
Tipos climáticos brasileiros
>
ƒƒ
Climograma relativo ao clima equatorial.
700
600
500
400
300
200
100
0
J F M A M J J A S O N D
Precipitação
Temperatura média
32
28
24
20
16
12
8
4
0
ƒƒ
Temperatura (ºC)
Precipitação (mm)
Belém (PA)
Fonte dos dados: Inmet citado por Mendonça,
Francisco; Danni-Oliveira, Inês Moresco. Climatologia:
noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina
de Textos, 2007.
Devido a sua extensão territorial e à atuação dos elementos e dos fatores climáticos, o Brasil apresenta uma grande variedade de climas,
(ver mapa abaixo). A distribuição das formas de relevo (serras, planaltos, etc.), formando corredores naturais para o desenvolvimento
de sistemas atmosféricos ou barreiras que dificultam a passagem de
massas de ar, é um exemplo de conjugação de fatores que promovem a diversidade climática. Identificam-se cinco grandes tipos climáticos no Brasil, fundamentados principalmente na distribuição de
temperatura e pluviosidade, associada às características geográficas e
à dinâmica das massas de ar. É importante destacar que esses grandes tipos climáticos apresentam subtipos, classificados conforme a
distribuição das chuvas.
Equatorial. Predomina na Região Norte do país e é controlado pela
ação das massas Equatorial continental (mEc) e Equatorial atlântica (mEa) e da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), além
de sistemas tropicais. A temperatura média anual está entre 24 ºC
e 26 ºC. De maneira geral não apresenta grandes variações térmicas diárias ou sazonais. Os meses de setembro e outubro são os mais
quentes, e durante os meses de junho a agosto há uma queda das temperaturas devido à penetração de frentes frias, ocasionando o fenômeno da friagem. A pluviosidade média anual é alta, porém heterogênea.
Em algumas áreas, ela pode chegar a 3 000 mm; em outras, não ultrapassa 1 600 mm. Seus subtipos variam conforme o período de secas.
Tipos climáticos do Brasil
80°O
70°O
VENEZUELA
COLÔMBIA
60°O
Guiana
Francesa
(FRA)
SURINAME
GUIANA
50°O
40°O
30°O
0°
Equador
EQUADOR
10°S
PERU
OCEANO
BOLÍVIA
PACÍFICO
20°S
Massa de ar Equatorial continental (mEc)
Massa de ar Equatorial atlântica (mEa)
Massa de ar Tropical atlântica (mTa)
Massa de ar Tropical continental (mTc)
CHILE
pricórnio
Trópico de Ca
PARAGUAI
ARGENTINA
OCEANO
Massa de ar Polar atlântica (mPa)
ATLÂNTICO
Clima equatorial
Clima tropical equatorial
Clima tropical litorâneo do Nordeste oriental
Clima tropical úmido-seco ou tropical do
Brasil central
Clima subtropical úmido
0
URUGUAI
383
30°S
km
Fonte de pesquisa: Mendonça, Francisco; Danni-Oliveira, Inês Moresco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.
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ƒƒ
>
350
300
250
200
150
100
50
0
J F M A M J J A S O N D
Precipitação
36
32
28
24
20
16
12
8
4
0
Temperatura (ºC)
Precipitação (mm)
Mossoró (RN)
Temperatura média
Fonte dos dados: Inmet, citado por Mendonça,
Francisco; Danni-Oliveira, Inês Moresco. Climatologia:
noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de
Textos, 2007. p. 162.
Seropédica (RJ)
350
300
250
200
150
100
50
0
J F M A M J J A S O N D
Precipitação
32
28
24
20
16
12
8
4
0
Temperatura (ºC)
ƒƒ
limograma relativo ao clima tropical
C
equatorial.
Precipitação (mm)
ƒƒ
Tropical equatorial. Abrange parte das regiões Norte e Nordeste. A
pluviosidade anual pode variar de 620 mm (algumas localidades no
Ceará) até 2 600 mm (cidade de São Luís, no Maranhão). A temperatura média anual varia entre 24 ºC e 27 ºC, mas a média das temperaturas máximas pode atingir 33 ºC (por exemplo, em Mossoró, no
Rio Grande do Norte). Dentre os subtipos desse clima, existe aquele
marcado por sete a oito meses de seca, também conhecido como clima semiárido. Veja o climograma à direita, em cima.
Tropical litorâneo do Nordeste oriental. Clima úmido e quente fortemente influenciado pela ação das massas de ar úmidas do
oceano Atlântico. Caracteriza-se por elevadas temperaturas (média
das máximas pode atingir 30 ºC) durante o ano todo, com pequena
queda nos meses de inverno. As chuvas concentram-se entre o final do verão e o inverno. A média anual pode variar entre 700 mm
e 2 500 mm.
Tropical úmido-seco ou tropical do Brasil central. Devido a sua
posição geográfica e à atuação de sistemas atmosféricos, esse tipo climático apresenta, ao longo do ano, oscilações significativas de temperatura e pluviosidade. Clima quente e úmido no verão, e quente
e seco no inverno (com queda de temperatura em alguns locais). A
média anual da temperatura varia entre 20 ºC e 26 ºC, e a média das
máximas pode atingir 36 ºC em setembro (mês mais quente). Apresenta chuvas concentradas no verão, podendo os meses de novembro e março concentrar cerca de 70% do total médio anual. Alguns
subtipos desse clima não apresentam período seco; outros têm até
oito meses de seca por ano. Veja o climograma à direita, embaixo.
Subtropical úmido. Clima controlado pelas massas de ar tropicais e
polares. Apresenta certa regularidade na distribuição das chuvas (entre
1 250 mm e 2 000 mm anuais), associada a baixas temperaturas no inverno. As médias anuais da temperatura situam-se entre 14 °C e 22 °C.
Em regiões mais elevadas, durante o inverno, as médias mensais oscilam entre 10 °C e 15 °C, registrando-se também temperaturas absolutas negativas.
>
ƒƒ
Temperatura média
limograma relativo ao clima tropical úmidoC
-seco.
Fonte dos dados: Inmet, citado por Mendonça,
Francisco; Danni-Oliveira, Inês Moresco. Climatologia:
noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de
Textos, 2007. p. 170.
Neve em Gramado
(1998), na região
da serra gaúcha,
onde ocorre clima
subtropical úmido.
>
17
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Informe
A seca no Nordeste
Concretamente, ocorre que uma extensa área do
território brasileiro – a zona semiárida do Nordeste –
apresenta condições físico-climáticas desfavoráveis à
atividade agropecuária de alta produtividade. Os obstáculos ao acesso à terra fazem com que grandes contingentes de pessoas cultivem terras, suas ou de terceiros,
cujas áreas são insuficientes para o desenvolvimento de
uma agropecuária que os mantenha acima do nível de
subsistência. A impossibilidade de formarem reservas
econômicas leva aquelas pessoas à situação de indigência quando ocorre uma seca de maiores proporções.
Duarte, Renato. Seca, pobreza e políticas públicas no nordeste do Brasil.
In: Ziccardi, Alicia (Org.). Pobreza, desigualdad social y ciudadania: los
límites de las políticas sociales en América Latina. Buenos Aires: Consejo
Latinoamericano de Ciencias Sociales (CLACSO), 2001. p. 425-440.
>
A Região Nordeste ocupa uma área de 1 539 000 km2,
correspondente a 18% do território brasileiro, e abriga
uma população de 45,5 milhões, equivalente a 29% do
total nacional. [...] O Nordeste apresenta algumas singularidades no cenário geoeconômico brasileiro. Ali
vive cerca de metade da população pobre do país. Em
termos geográficos, a região mostra-se bastante heterogênea, apresentando grande variedade de situações
físico-climáticas. Dentre estas destaca-se a zona semiárida, que, além da sua extensão de 882 000 km2 (cerca de 57% do território nordestino), singulariza-se por
ser castigada periodicamente por secas. As secas podem
ocorrer sob a forma de drástica diminuição ou de concentração espacial e/ou temporal da precipitação pluviométrica anual. Quando ocorre uma grande seca, a
produção agrícola se perde, a pecuária é debilitada ou
dizimada, e as reservas de água de superfície se exaurem. Nessas condições, as camadas mais pobres da população rural tornam-se inteiramente vulneráveis ao
fenômeno climático. Historicamente, a sobrevivência
daqueles contingentes de pessoas tem dependido, seja
das políticas oficiais de socorro, seja do recurso à emigração para outras regiões ou para as áreas urbanas do
próprio Nordeste. [...]
A ocorrência periódica de secas é um problema que a
população do semiárido nordestino tem enfrentado secularmente, e com o qual terá de conviver. Porém, a falta prolongada de chuvas em um determinado período
só assume a dimensão de calamidade pública devido à
situação de pobreza em que vivem milhões de pessoas
naquela parte do Nordeste brasileiro. A escassez de chuvas no período do inverno ou a má distribuição espacial e/ou temporal das precipitações constituem, tão somente, elementos desencadeadores de um processo que
transforma em indigentes as camadas mais pobres da
população da zona semiárida. Esse quadro não tem sofrido modificações com o passar do tempo.
A irregularidade climática ocorre ciclicamente, de
forma inexorável, mas as medidas oficiais para enfrentá-la não têm, historicamente, apresentado a consistência e a continuidade que o problema requer. É bem
verdade que o enfrentamento dos efeitos calamitosos
da seca representa um desafio de enormes proporções,
e a sua mitigação exige um esforço extraordinário por
parte da sociedade brasileira.
Estação Ecológica de Seridó (em fotografia de 1998), no
A
município de Serra Negra do Norte (RN), foi criada com o objetivo
de preservar a vegetação de caatinga da região e desenvolver
pesquisas científicas no local.
Assista
O filme Vidas secas, do diretor Nelson Pereira dos Santos,
de 1963, fundamentado na obra de Graciliano Ramos, conta a
história de uma família que vive na região do Nordeste atingida
pela seca e que precisa conviver com a miséria e lutar pela
sobrevivência.
Para discutir
1.Quais são as causas climáticas da seca nordestina?
2.Quais são os impactos sociais e econômicos da seca no Nordeste brasileiro? Justifique sua resposta.
3.Quais seriam as medidas mitigadoras para a região do semiárido nordestino? Discuta com os colegas e
escreva um texto sobre o que foi discutido.
18
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Fenômenos climáticos
El Niño
O fenômeno climático El Niño representa
mudanças bruscas na circulação da atmosfera e consequentes alterações nos índices
pluviométricos e nas temperaturas em quase todo o planeta. O aquecimento anormal
das águas superficiais e profundas do oceano Pacífico equatorial e o enfraquecimento
dos ventos alísios na região equatorial são os
responsáveis por essas mudanças.
Normalmente, os ventos alísios de nordeste e de sudeste sopram sobre o Pacífico
ocidental, empurrando as águas mais quentes; com o fenômeno da ressurgência, ocorre o afloramento de águas mais profundas
(portanto mais frias) do oceano. Quando
ocorre o fenômeno El Niño, diminui a velocidade dos ventos alísios sobre o oceano
Pacífico ocidental, e as águas quentes ficam
“paradas” na costa do Peru.
Esse aquecimento das águas gera a formação de nuvens, devido à evaporação, principalmente no Pacífico equatorial central e
oriental. Outra consequência do fenômeno
diz respeito à vida marinha: normalmente,
o afloramento das águas mais frias do oceano favorece a proliferação de nutrientes e
microrganismos vindos de grandes profundidades do mar, aumentando o volume de
peixes na região; com o El Niño, toda essa
dinâmica favorável à proliferação da vida
marinha é alterada.
La Niña
O termo La Niña ou Anti-El Niño denomina o fenômeno climático oposto ao El Niño,
constituindo-se em um resfriamento das
águas do Pacífico além do que normalmente ocorre. Esse fenômeno resulta da intensificação dos ventos alísios que empurram
as águas mais quentes para distâncias muito grandes da costa oeste da América do Sul.
Em geral, episódios La Niña têm frequência
de dois a sete anos; todavia, eles têm ocorrido com menor frequência que o El Niño durante as últimas décadas.
Fonte de pesquisa:
Mendonça, Francisco;
Danni-Oliveira, Inês
Moresco. Climatologia:
noções básicas e climas do
Brasil. São Paulo: Oficina
de Textos, 2007.
Efeitos do fenômeno El Niño na América do Sul
90°O
80°O
Colômbia, Venezuela,
Guiana, Suriname e Guiana
Francesa: Redução do índice
pluviométrico, exceto na
costa da Colômbia, onde há
aumento das chuvas durante
o verão.
Equador
60°O
40°O
Norte do Brasil: Redução das
chuvas aumenta o índice
de incêndios florestais.
PACÍFICO
Paraguai, Argentina e Uruguai:
Ocorrem chuvas acima da média.
0°
Nordeste do Brasil:
No centro-norte da região
ocorrem secas mais severas
durante a estação chuvosa.
OCEANO
Equador, Peru, Bolívia e Chile:
Na costa do Equador e no norte
do Peru ocorrem chuvas
concentradas no verão. Na parte
central e sul do Chile ocorrem
chuvas concentradas no inverno.
Redução das chuvas nas regiões
dos Andes no Equador, no Peru
e na Bolívia.
30°O
Centro-Oeste do Brasil:
Superação da média histórica
das chuvas e temperaturas
mais altas no sul do
Mato Grosso do Sul.
icórnio
Trópico de Capr
20°S
Sudeste do Brasil: Elevação
moderada da temperatura
durante o inverno.
Sul do Brasil:
Maior ocorrência
de chuvas e elevação
da temperatura.
OCEANO
ATLÂNTICO
40°S
0
667
km
19
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1
Dinâmica climática
Ciclones
Ciclones tropicais são massas de ar com
baixa pressão atmosférica que se movem sobre os mares da região equatorial da Terra.
São chamados de furacões quando seus ventos alcançam mais de 120 km/h, movendo-se
em espiral. Devido ao movimento de rotação
da Terra e ao efeito de Coriolis, que direciona
Saiba mais
Como são dados os nomes dos furacões?
Já virou tradição batizar com nomes próprios furacões que
ocorrem nos países voltados para o oceano Atlântico. Pouca gente sabe, no entanto, que é definido com antecedência como um
furacão irá se chamar.
Pois é: existem seis listas, elaboradas por especialistas da Organização Meteorológica Mundial, que trazem 26 nomes cada, um
para cada letra do alfabeto. A cada ano, uma delas é empregada e
quando todas já foram utilizadas, volta-se a usar a primeira! [...]
Em geral, não passa de 26, o total de letras do alfabeto, o número de furacões por ano. Mas caso esse limite seja ultrapassado, serão utilizadas letras do alfabeto grego, como alfa, beta, gama, etc.
A prática de batizar os furacões com nomes próprios começou
na década de 1950, quando os especialistas passaram a identificar
o fenômeno por meio das imagens de satélites. Até então eles eram
chamados por números, e por vezes nem chegavam a ser detectados, sobretudo quando nasciam e morriam sobre o oceano. [...]
César Filho, Mário. Revista Ciência Hoje das crianças. Disponível em:
<http://cienciahoje.uol.com.br/4079>. Acesso em: 17 jun. 2009.
os ventos de maneira oposta em cada um dos
hemisférios, os furacões formados no hemisfério Norte movem-se em sentido anti-horário, e aqueles formados no hemisfério Sul se
movem em sentido horário.
Os ciclones formam-se quando a superfície do mar supera os 26 ºC, o que faz com
que o processo de evaporação da água ocorra mais rapidamente. O ar acima da superfície absorve o vapor de água resultante da
evaporação, ficando mais quente e úmido.
A partir daí, ele começa a subir, formando uma coluna com baixa pressão atmosférica em volta da qual ventos começam a
soprar. Conforme a coluna de ar quente e
úmido sobe, o vapor de água condensa, levando à formação de nuvens, chuvas e trovões. Quando os ventos que giram em volta
da coluna de ar quente atingem 120 km/h,
a pressão atmosférica em uma pequena área
dentro da coluna cai muito depressa, aparecendo o chamado olho do furacão, local
em que o tempo é geralmente calmo.
Existem evidências de que a frequência e a
intensidade desses fenômenos climáticos têm
aumentado em várias regiões do planeta. Isso
estaria relacionado ao aumento das temperaturas médias da superfície dos continentes
e dos mares, induzido por causas naturais e
pelos efeitos de atividades humanas.
CONEXÃO
Furacão no Brasil
>
Em 27 de março de 2004, uma tempestade classificada como ciclone extratropical atingiu a costa sul do Brasil, entre Laguna (SC) e Torres (RS), provocando chuvas fortes e ventos estimados em cerca de 150 km/h, causando destruição e mortes em vários municípios da região. Após estudos, concluiu-se que o fenômeno, chamado de Catarina, por
causa de Santa Catarina, o estado mais atingido, foi o primeiro furacão de que se tem notícia no país.
O ciclone provocou destelhamento e destruição completa de casas, de galpões e
de estufas. Mais de 30 mil residências foram danificadas.
O furação também prejudicou
a rede elétrica, destruindo
transformadores e derrubando postes. Vários municípios
foram afetados pela falta de
energia. No litoral, prédios foram devastados. O número de
desalojados e desabrigados
em Santa Catarina e no Rio
Grande do Sul passou de 20
mil. Segundo dados da Defesa
Civil dos dois estados, o prejuíFoto aérea de casas destruídas pelo ciclone Catarina, em Passo de Torres (SC), um dos
zo foi de mais de R$ 1 bilhão.
municípios mais atingidos. Fotografia de 2004.
20
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20.02.10 13:56:55
>
Cada vez mais a previsão do tempo é utilizada em nosso cotidiano
como fonte de informações úteis ao planejamento de diferentes atividades, desde um passeio à praia até atividades econômicas, como a pesca
e a agricultura.
Com o avanço tecnológico, as previsões meteorológicas são feitas com
maior precisão. Satélites artificiais, supercomputadores e instrumentos
automatizados de coleta de dados meteorológicos ajudam na previsão
mais precisa e rápida da temperatura e, principalmente, da possibilidade de ocorrência de chuvas, temporais, nevascas, granizo, furacões e
outros fenômenos que podem causar danos graves à população.
>
Previsão do tempo
oncepção artística do satélite NOAA-N
C
(National Oceanic and Atmospheric
Administration) na órbita terrestre.
O satélite transmite dados ambientais.
Imagem do satélite Modis mostrando o ciclone Catarina sobre o sul
do Brasil (março de 2004).
Saiba mais
Por que lançar satélites para observações meteorológicas?
Os satélites meteorológicos são ferramentas imprescindíveis para
a meteorologia atual, uma vez que podem extrair dados de altitude
e cobrir áreas remotas sobre os oceanos e continentes, contribuindo
decisivamente para uma melhor compreensão e quantificação de fenômenos e parâmetros relevantes para a previsão do tempo e clima.
Esta função se torna ainda mais importante em um país que carece de
uma rede adequada de coleta de dados e de observação convencionais.
Para suprir esta lacuna e atender a crescente demanda, deve-se priorizar o desenvolvimento não apenas de técnicas para extração de informações a partir de dados de satélites meteorológicos, mas também de
pesquisas aplicadas, suporte técnico, elaboração de aplicativos e armazenamento de dados. Estas atividades envolvem o acompanhamento
de novas missões de satélites ambientais visando uma atualização permanente no uso de novos sensores e na análise de oportunidades em
missões nacionais e estrangeiras. Toda esta atividade é de fundamental importância para o monitoramento de tempo e do clima e na assimilação em modelos de previsão numérica de tempo. Por outro lado,
também contribuem tanto para fortalecer a autonomia nacional no
domínio de técnicas espaciais de observação do meio ambiente, como
para fornecer diversos serviços de utilidade pública.
Acesse
<http://tempo1.cptec.inpe.br>
Conteúdo sobre previsões do tempo,
monitoramento via satélite das queimadas,
nevoeiros, qualidade do ar, etc., além de
imagens de satélites.
<www.climatempo.com.br>
Conteúdo sobre previsões para as cidades
brasileiras, com vídeos, imagens e textos
explicativos.
<www.inmet.gov.br>
Site do Instituto Nacional de Meteorologia.
Apresenta a previsão do tempo para todo o
país, informações sobre o clima brasileiro,
rede de monitoramento, balanço hídrico para
regiões agrícolas, etc.
Corrêa, Marcelo de Paula; Machado, Luiz Augusto de Toledo; Souza, Rodrigo Augusto
Ferreira de. Por que lançar satélites para observações meteorológicas? Disponível em: <http://
www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/CONF_SIMP/textos/marcelocorrea.htm>. Acesso
em: 29 jun. 2009.
21
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1
Dinâmica climática
Poluição atmosférica
Ação e cidadania
Hora do Planeta
Com o objetivo de conscientizar a
sociedade dos riscos do aquecimento global, a WWF (World Wild Fund for
Nature), organização não governamental com sede na Suíça, criou em
2007 a Hora do Planeta (Earth Hour).
O evento, desde então, tem ocorrido
anualmente no mundo.
Trata-se de um ato simbólico cujo
gesto principal é apagar as luzes das
residências, avenidas, praças, pontes,
prédios públicos e privados durante
sessenta minutos. Governos, empresas e a população têm apoiado a iniciativa em defesa do meio ambiente.
No primeiro ano de sua realização, as
luzes do Coliseu (Roma, Itália), da ponte Golden Gate (São Francisco, EUA) e
da Opera House (Sydney, Austrália) foram apagadas simultaneamente.
Em 2009, a Hora do Planeta aconteceu no dia 28 de março, às 20h30, com
participação de centenas de milhares
de pessoas em mais de 4 mil cidades
em 88 países do mundo. Pela primeira
vez contou com a adesão de brasileiros.
Segundo dados da WWF-Brasil, 113 cidades, 1 167 empresas e 527 organizações
do país apoiaram a Hora do Planeta.
ƒƒ Você já tinha ouvido falar ou participou de algum desses eventos?
Com um grupo de colegas, crie uma
campanha de conscientização cuja
meta seja combater o aquecimento global por todo o planeta. Dê um
título à sua campanha e divulgue-a
entre os outros grupos.
A poluição do ar, em meados do século XVIII, era provocada basicamente pela queima de carvão mineral. Atualmente são diversas as fontes poluidoras do ar, destacando-se a queima de derivados do petróleo
(gasolina e diesel) nas cidades. Pequim, São Paulo, Tóquio, Nova York
e Cidade do México estão na lista das cidades mais poluídas. A queima
desses produtos lança monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás
carbônico) na atmosfera, o que gera problemas ambientais, entre eles a
chuva ácida e o aumento dos buracos na camada de ozônio e do efeito
estufa. Este é um fenômeno natural que mantém a superfície terrestre
aquecida, o que permite a vida no planeta. Se não houvesse o efeito estufa, a temperatura da Terra seria de cerca de 220 °C.
ƒƒ Chuva ácida. A diminuição do pH da água da chuva resulta da combinação do vapor de água com os poluentes atmosféricos óxido de
nitrogênio e óxido de enxofre. Essa combinação dá origem aos ácidos nítrico e sulfúrico, altamente prejudiciais ao solo, à vegetação, às
águas e aos seres vivos. A chuva ácida faz diminuir o cálcio no solo,
o que afeta o crescimento das plantas. A perda de cálcio das folhas
pode levar à morte da planta. A precipitação ácida também pode levar ao desaparecimento de espécies aquáticas, além de intensificar a
corrosão de materiais usados na construção de edifícios, de pontes,
de obras de arte expostas ao ar, entre outros objetos.
ƒƒ Aumento dos buracos na camada de ozônio. A camada de ozônio é
responsável por bloquear parte dos raios ultravioleta do Sol, que em
excesso podem causar diversas doenças, como câncer de pele. A destruição dessa camada é causada pelos gases clorofluorcarbonos (CFC),
usados como propelentes em aerossóis, como isolantes em equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos. Tais gases,
na estratosfera, reagem com o ozônio, dando origem a outras substâncias que não têm a propriedade de proteger o planeta dos raios ultravioleta. Portanto, os gases CFC diminuem a concentração de ozônio
na atmosfera. A produção de CFC é proibida em muitos países, o que
tem ajudado na recuperação do ozônio na estratosfera.
ƒƒ Aumento do efeito estufa. Ocorre devido a uma grande concentração de gases poluentes, os quais formam uma camada na atmosfera
que bloqueia a dissipação do calor. Entre os gases responsáveis por
esse fenômeno estão o gás carbônico (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). A emissão contínua desses gases resulta na elevação gradual das temperaturas médias do planeta Terra, o que passou
a ser conhecido como aquecimento global.
CONEXÃO
De olho nas mudanças climáticas
Promovida pelas Nações Unidas, foi realizada em dezembro de 2009, em Copenhague, a COP15, a Conferência
das Partes sobre mudanças climáticas. Representantes de países desenvolvidos, emergentes e subdesenvolvidos
estiveram presentes e, após nove dias de debates, apenas admitiu-se que é fundamental evitar uma elevação de
2 ºC na temperatura do planeta. Nesse aspecto, houve concordância com os cientistas que estudam o fenômeno
do aquecimento global. Ao final da conferência, o resultado foi a elaboração de um documento com 12 parágrafos
e muitas intenções de redução da emissão de gases do efeito estufa até 2020, além do oferecimento de US$ 30 bilhões para as nações mais pobres entre os anos de 2010 e 2013. Efetivamente, faltaram propostas com medidas práticas e urgentes diante de um problema que se torna mais grave a cada ano.
ƒƒ Retome a atividade do boxe acima e, com seu grupo, apresente propostas que possam contribuir para diminuir o
avanço do aquecimento global.
22
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3/11/10 4:02:46 PM
Mundo hoje
Aquecimento global
A solução para o tão decantado aquecimento global
pode estar num verdadeiro “balde de água fria”. A tese
é do renomado químico holandês Paul Crutzen, professor na Alemanha do Max Planck Institute for Chemistry
e prêmio Nobel por seus estudos sobre a formação e decomposição do ozônio na atmosfera terrestre. Segundo
Crutzen, em um ano teríamos as mesmas condições ambientais de três décadas atrás se o seu método fosse seguido: cobrir a atmosfera com uma camada de enxofre
para que ela reflita os raios solares e, assim, abrande o
aquecimento. Essa injeção de partículas de enxofre, mais
precisamente na estratosfera (a mais alta camada da atmosfera), resfriaria o planeta e daria tempo para os seres
humanos reduzirem as emissões de gases causadores do
efeito estufa – o enxofre não seria, dessa forma, uma solução em si, mas funcionaria como um potente redutor
de danos. As suas partículas seriam despejadas por balões de alta altitude ou lançadas à camada estratosférica
por uma artilharia pesada. Uma vez espalhadas pelo ar,
elas funcionariam como minúsculos espelhos mandando
a luz do Sol de volta para o espaço. Perderíamos o azul do
céu, mas ganharíamos vida. Crutzen calcula que a emissão necessária de enxofre, com efeito programado para
dois anos, custe entre US$ 25 bilhões e US$ 50 bilhões.
Ao pesquisar como essa erupção afetou o clima global, o
cientista transformou a catástrofe em instrumento para
ampliar o seu conhecimento. Foi então que os pesquisadores da equipe de Crutzen descobriram que a pluma de
enxofre lançada pelo Mount Pinatubo esfriou a Terra em
0,9 grau Fahrenheit (0,5 grau Celsius) no ano seguinte
à sua erupção. O estudo utiliza a informação oficial da
ONU de que nos últimos trinta anos a temperatura da
Terra aumentou 0,6 grau Celsius, sendo possível, portanto, reverter o aquecimento global para as condições
que ele apresentava no final dos anos de 1 970. “Com
muito menos enxofre do que o lançado pelo vulcão, poderemos resfriar a Terra”, diz Crutzen. [...]
>
Formação do efeito estufa
a luz solar atravessa o acúmulo
de CO2, mas o calor é retido
a grande quantidade
de CO2 na atmosfera
agrava o efeito
estufa
CO2
calor
luz
a fotossíntese
remove CO2,
diminuindo o
efeito estufa
CO2
A fonte inspiradora desse projeto é natural e chama-se vulcão Mount Pinatubo, que entrou em erupção nas
Filipinas em 1991. Àquela época, ele lançou toneladas
de cinzas, gases e outros materiais a grandes altitudes.
ulcão Monte Pinatubo, Filipinas, em erupção em 1991.
V
O resfriamento da Terra após a erupção do vulcão motivou as
pesquisas científicas do “Projeto Enxofre”.
A proposta revolucionária para se combater o aquecimento global ganha cada vez mais adeptos na comunidade científica – e eles se debruçam sobre o chamado
“Projeto Enxofre” na tentativa de salvar a Terra. Todos integram o coro de que é preciso tirá-lo o quanto antes do
papel e colocá-lo em prática. [...] Para o químico americano Mark Thiemens, da Universidade da Califórnia,
as erupções vulcânicas são uma pista para solucionar o
grande problema ambiental do século: “A natureza é o
mais maravilhoso e preciso laboratório de que dispomos.
Ela nos dá de presente alguns dos mais importantes experimentos, mas precisamos aprender a observá-los com
mais atenção para imitá-los no que têm de bom”.
Sgarbi, Luciana. Para esfriar o planeta. Revista IstoÉ. Disponível em: <http://
www.terra.com.br/istoe/edicoes/2009/artigo87422-1.htm>.
Acesso em: 3 jun. 2009.
Para elaborar
A classe deve organizar-se em equipes. Cada equipe deverá buscar informações sobre as consequências do
aquecimento global para diferentes regiões do mundo.
1.Procure informações em jornais, revistas e sites.
2.Faça uma ou mais tabelas com as consequências e apresente-a(s) aos colegas.
23
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Dinâmica climática
Atenção: não escreva no livro.
Responda a todas as questões
em seu caderno.
Atividades
1. Explique a diferença entre elementos climáticos e
fatores climáticos.
2. Relacione os elementos climáticos temperatura e
pressão atmosférica com o fator climático altitude.
12. Cada um dos climogramas abaixo refere-se a um tipo
climático encontrado no Brasil. Identifique o tipo
climático relacionado a cada um dos climogramas
e explique a variação da temperatura e da pluviosidade representada neles.
Climograma:
Florianópolis (SC)
3. Cite quais são os critérios analisados para a divisão
das camadas da atmosfera e explique as principais
propriedades de cada uma delas.
5. O que são massas de ar?
6. Quais são as principais características dos climas
tropical e mediterrâneo?
Precipitação (mm)
4. Como a radiação solar influencia na variação da
temperatura do ar?
400
28
24
300
20
16
200
12
8
100
4
0
J
7. Explique a diversidade climática do território brasileiro.
J
J A
S
O N
D
0
Temperatura média
700
36
32
600
28
500
Precipitação (mm)
11. O mapa e os gráficos abaixo representam dois
tipos climáticos. Explique a variação de temperatura e precipitação em ambos os climas e correlacione-os ao efeito de pelo menos um elemento
ou fator climático.
M
M A
Climograma:
São Gabriel da Cachoeira (AM)
9. Explique a origem e as consequências dos fenômenos El Niño e La Niña.
Lendo mapas e gráficos
F
Precipitação
8. Cite e explique dois tipos climáticos predominantes
no Brasil.
10. Qual é a importância da previsão do tempo? Cite
dois exemplos do uso da previsão nas atividades do
dia a dia.
Temperatura (°C)
Revendo conceitos
24
400
20
300
16
200
12
8
100
4
0
J
F
M A
M
Precipitação
J
J A
S
O N
D
Temperatura (°C)
1
0
Temperatura média
Cingapura e Tamanrasset
80°L
Tamanrasset
300
30
200
20
100
10
J F MAM J J A S O N D
Equador
0
Precipitação (mm)
CINGAPURA
(CIN)
Temperatura (°C)
Precipitação (mm)
TAMANRASSET
(ARL)
0
120°L
300
30
200
20
100
10
0
J F MAM J J A S O N D
0
Cingapura
Temperatura (°C)
Trópico de Câncer
40°L
Meridiano de
Greenwich
0°
OCEANO
ÍNDICO
0°
0
980
km
Fonte de pesquisa: Simieli, M. E. R. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2006. p. 22.
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Interpretando textos e imagens
13. O quadro abaixo mostra uma estimativa da emissão de gás carbônico (CO2) e da temperatura média
mundial nas décadas de 1940 e 1980 e na primeira
década do século XXI. Observe atentamente as informações e responda:
a)Que relação pode ser estabelecida entre a frota
de carros, a temperatura média do planeta e a
emissão de CO2?
b)Relacione as informações do quadro abaixo com
o aumento do efeito estufa.
1941
1980
2,32
4,5
POPULAÇÃO
MUNDIAL
bilhões
bilhões
1,3
5,3
7,3
EMISSÃO
DE CO2
bilhão de
toneladas
bilhões de
toneladas
bilhões de
toneladas
14,1
14,18
TEMPERATURA
MÉDIA
graus
graus
graus
27
300
725
FROTA
DE CARROS
milhões*
milhões
milhões
15. Construa um texto identificando as causas e as consequências do aquecimento global com base nos
conhecimentos desenvolvidos nas aulas e nas duas
charges apresentadas abaixo.
2009
Churrasco em 2050
bilhões
>
6,5
Charge de Stan Eales.
Quem sabe
agora eles vão
acreditar no
aquecimento
global.
14,63
>
* estimativa
14. A partir do esquema abaixo explique o processo de
formação da chuva ácida e cite suas principais consequências para o meio ambiente.
Formação da precipitação ácida
ácido sulfúrico
(H2SO4)
ácido nítrico
(HNO3)
reações
químicas na
atmosfera
dióxido de
enxofre (SO2)
e emissões
ricas em
óxidos de
nitrogênio
(NOX)
poeira
poeira
po
poe
ra
a
destruição
da vegetação
ch v
chu
va
a
ác
á
áci
cida
da
nev
nev
ve
áci
ác
á
cid
da
a
condensação
da água
orvalho
ácido
nevoeiro ácido
diminuição da
vida aquática
fusão
da neve
ácida
lixiviação de
compostos
ácidos
produtos tóxicos
(ex.: alumínio)
Charge de Tony Auth.
16. Leia o texto abaixo.
A Terra perdeu, em pouco mais de um quarto de
século, quase um terço de sua riqueza biológica e re­
cursos, e, no atual ritmo, a humanidade necessitará de
dois planetas em 2030 para manter seu estilo de vida,
advertiu nesta terça [28/10/2008] o Fundo Mundial
para a Natureza (WWF, por sua sigla em inglês). A de­
manda da população excede em cerca de 30% a capaci­
dade regeneradora da Terra, segundo o Relatório Pla­
neta Vivo 2008, divulgado por esta organização [...].
“O mundo está lutando atualmente com as conse­
quências de ter supervalorizado seus ativos financei­
ros. Mas uma crise muito mais grave ainda virá: um de­
sastre ecológico causado pela não valorização de nos­
sos recursos ambientais, que são a base de toda a vida
e da prosperidade”, disse o diretor-geral da WWF [...].
Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/noticias/156291/
o-estilo-de-vida-do-homem-extrapola-a-capacidade-do-planeta>.
Acesso em: 19 dez. 2009.
Baseado nas informações do texto e do capítulo, a
que conclusão você pode chegar sobre a perda da
capacidade de regeneração do planeta?
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