UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA E EVOLUÇÃO DOS VÍRUS DENGUE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE DENISE MARIA CUNHA DE SOUSA ________________________________________________ Dissertação de Mestrado Natal/RN, fevereiro de 2014 DENISE MARIA CUNHA DE SOUSA CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA E EVOLUÇÃO DOS VÍRUS DENGUE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução, Centro de Biociências, Universidade NATAL Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Sistemática e Evolução. Orientador: Dr. Josélio Maria Galvão de Araújo Natal 2014 DENISE MARIA CUNHA DE SOUSA CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA E EVOLUÇÃO DOS VÍRUS DENGUE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Sistemática e Evolução da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Sistemática e Evolução. Área de concentração: Sistemática e Evolução. Aprovada em 21/02/2014. BANCA EXAMINADORA: __________________________________________________________________ Dr. Josélio Maria Galvão de Araújo Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Orientador) __________________________________________________________________ Dr. José Veríssimo Fernandes Universidade Federal do Rio Grande do Norte __________________________________________________________________ Dra. Rita Maria Ribeiro Nogueira Fundação Oswaldo Cruz/RJ Este trabalho é dedicado, aos meus pais José Dezio e Maria Dalvany, ao meu noivo Diego Machado, e a Daíse Sousa, minha irmã. Amo todos vocês. AGRADECIMENTOS Ao meu orientador Dr. Josélio Maria Galvão de Araújo pela sua excelente orientação, sempre com muita paciência, dedicação e otimismo, me fazendo acreditar na minha capacidade. À família LADIC, principalmente aos meus queridos colegas Daíse Sousa, Diego Machado, Joelma Dantas, Mário Branco, Renato Almeida e Tábata Lima. As conversas divertidas nos intervalos dos experimentos foram uma válvula de escape para as dificuldades do dia a dia. Desejo todo sucesso do mundo para vocês e seus respectivos projetos de pesquisa. Ao Programa de Pós-Graduação em Sistemática e Evolução, aos professores, à secretária e aos colegas de turma. À CAPES pela concessão da bolsa de mestrado, ao CNPQ e UFRN pelo auxílio financeiro para realização deste trabalho. Ao LACEN/RN pela parceria que nos possibilitou o acesso as amostras biológicas analisadas neste estudo. Aos professores Dr. José Veríssimo Fernandes e Dr. João Paulo Matos pela participação na minha banca de qualificação. À Dra. Rita Maria Ribeiro Nogueira e mais uma vez ao Dr. José Veríssimo Fernandes pela participação na minha banca de defesa de mestrado. Nunca vou esquecer as palavras incentivadoras dos senhores. À Dra. Laura Gil (FIOCRUZ/PE) pela grande ajuda disponibilizando o sequenciador, essencial para a realização deste trabalho. Ao colega Ricardo Victor pela ajuda com as árvores de Máxima Verossimilhança. Ao colega Mário Branco por sua ajuda durante a realização do sequenciamento e revisão do abstract. Aos meus pais Maria Dalvany e José Dezio por acreditarem em mim e investirem na minha formação. Sem tal apoio não estaria onde estou hoje. Amo vocês! À minha irmã e colega de trabalho Daíse Sousa por todos os ensinamentos sobre Biologia Molecular, pelo apoio e amizade nos momentos de dificuldade. Ao meu noivo Diego Machado pelo apoio incondicional, paciência e amor. Sem seu apoio tudo seria mais difícil. Amo você! À minha prima e irmã Rayanne Dezio, que mesmo tão distante geograficamente nunca me deixou sem uma palavra de apoio e esperança. Muito obrigada por tudo. À toda minha família e amigos. Á Deus por ter me proporcionado tantos momentos maravilhosos e realizar tantos sonhos, entre eles a conclusão deste trabalho. “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”. Madre Teresa de Calcutá RESUMO A dengue é considerada a doença transmitida por artrópodes mais importante do mundo devido ao elevado número de pessoas que correm o risco de contraí-la, principalmente em regiões tropicais e sub-tropicais do planeta. O agente etiológico da doença é o vírus dengue (DENV), um vírus de RNA fita simples e polaridade positiva, pertencente à família Flavivridae e ao gênero Flavivirus. São conhecidos quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 E DENV-4. Uma das suas principais características é a elevada variabilidade genética que torna clara a necessidade da realização de estudos filogenéticos e evolutivos com o objetivo de compreender aspectos essenciais como: epidemiologia, virulência, padrões de migração e características antigênicas. O objetivo deste estudo foi realizar a caracterização genética dos vírus dengue circulantes no estado do Rio Grande do Norte durante o período de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2012. Realizou-se o sequenciamento do gene do envelope (1485pb) dos sorotipos DENV-1 (N=6), DENV-2 (N=6) e DENV-4 (N=4) isolados de casos clínicos de diferentes municípios do estado do Rio Grande do Norte. A análise filogenética foi realizada utilizando o programa Mega v5.2, método de Neighbor-Joining e modelo Tamura-Nei. No Brasil, foi constada a circulação de apenas um genótipo de DENV-1 (genótipo V), um genótipo DENV-2 (asiático/americano) e dois genótipos de DENV-4 (genótipos I e II) no Brasil. As cepas brasileiras de DENV-1 estão dividas em duas linhagens temporalmente distintas (BR-I e BR-II), as cepas brasileiras de DENV-2 estão subdividas em quatro linhagens (BRI-IV) e o genótipo II de DENV-4 apresentou três linhagens de cepas brasileiras (LI-III). Os vírus isolados no Rio Grande do Norte pertencem a linhagem BR-II (DENV-1), BR-IV (DENV-2) e BR-III (DENV-4). A fonte de importação destes vírus para o Brasil é principalmente o Caribe e países próximos da América Latina. Foram detectadas substituições de aminoácidos ao longo dos três domínios da proteína E, tornando clara a necessidade da realização de estudos que associem dados epidemiológicos e moleculares para melhor compreensão dos efeitos dessas mutações. Este é o primeiro estudo sobre caracterização genética e evolução dos vírus dengue no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. PALAVRAS-CHAVE: Filogenia, DENV, Aedes aegypti, Brasil. ABSTRACT Dengue is considered as the most important arthropod-borne viral disease throughout the world due to the high number of people at risk to be infected, mainly in tropical and subtropical regions of the planet. The etiologic agent is Dengue Virus (DENV), it is a single positive-stranded RNA virus of the family Flavivirus, genus Flaviviridae. Four serotypes are known, DENV-1, DENV-2, DENV-3 and DENV-4. One of the most important characteristic of these viruses is the genetic variability, which demands phylogenetic and evolutionary studies to understand key aspects like: epidemiology, virulence, migration patterns and antigenic characteristics. The objective of this study is the genetic characterization of dengue viruses circulating in the state of Rio Grande does Norte from January 2010 to December 2012. The complete E gene (1485 pb) of DENV1, 2 e 4 from Brazilian (Rio Grande do Norte) patients was sequenced. Phylogenetic analysis was performed using MEGA 5.2 software, Tamura-Nei model and Neighbor-Joining trees were inferred for the datasets. In Brazil, there is just one DENV-1 genotype (genotype V), one DENV-2 genotype (Asian/American) and two DENV-4 genotypes (genotypes I and II). Brazilian strains of DENV-1 are subdivided in two different lineages (BR-I and BR-II), the Brazilian strains of DENV-2 are subdivided in four lineages (BRI-IV) and genotype II of DENV-4 is subdivided in three Brazilian lineages (BRI-III). The viruses isolated in RN belong to lineage BR-II (DENV-1), BR-IV (DENV-2) and BR-III (DENV-4).The Caribbean and near Latin American countries are the main source of these viruses to Brazil. Amino acids substitutions were detected in three domains of E protein, this makes clear the necessity of studies that associate epidemiological and molecular data to better understand the effects of these mutations. This is the first study about genetic characterization and evolution of Dengue viruses in Rio Grande do Norte, Brazil. KEYWORDS: Phylogeny, DENV, Aedes aegypti, Brazil. ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Árvore Filogenética da Família Flaviviridae baseada na análise da região NS3 (Fonte: LIndenbach et al., 2007). ............................................................................................. 17 Figura 2 - Organização do genoma dos vírus dengue (Fonte: Weaver & Vasilakis, 2009). .... 18 Figura 3 - Estratégia de replicação dos vírus dengue (Fonte: Rodenhuis-Zybert et al., 2010). 20 Figura 4 - Genótipos de DENV-1 representados em árvore de radiação elaborada do programa MEGA 5.2 usando o método de inferência filogenética Neighbor-Joining, modelo de substituição Tamura-Nei e bootstrap com 10000 replicações (Osman et al., 2009). .......... 46 Figura 5 - Árvore colapsada no programa Mega 5.2 representando os cinco genótipos DENV1 (Osman et al., 2009). O genótipo V, marcado em verde apresenta amostras brasileiras. Os números representam os valores de bootstrap. ......................................................................... 47 Figura 6 - Genótipo dos vírus DENV-1 e suas duas linhagens brasileiras (BR I-II) marcadas em verde. .................................................................................................................................. 48 Figura 7 - Linhagem BR-I do genótipo V de DENV-1. ........................................................... 49 Figura 8 - Linhagem BR-II do genótipo V de DENV-1. As amostras geradas neste estudo estão sinalizadas com círculos pretos. ...................................................................................... 50 Figura 9 - Mapa representando a possível introdução dos vírus DENV-1 no Brasil. A introdução da linhagem BR II está representada em vermelho. ............................................... 51 Figura 10 - Genótipos de DENV-2 representados em árvore de radiação elaborada do programa Mega 5.2 usando o método de inferência filogenética Neighbor-Joining mdelo de substituição Tamura-Nei e bootstrap de 10000 replicações (Twiddy et al., 2002). ................. 55 Figura 11 - Árvore colapsada no programa Mega 5.2 representando os cinco genótipos de DENV-2 (Twiddy et al., 2002). O genótipo asiático-americano, marcado em verde apresenta amostras brasileiras. Os números representam os valores de bootstrap. .................................. 56 Figura 12 - Genótipo asiático-americano dos vírus DENV-2 e suas quatro linhagens brasileiras (BR I-II) marcados em verde. ................................................................................. 57 Figura 13 - Linhagem BR-I do genótipo asiático-americano do DENV-2. ............................. 58 Figura 14- Linhagem BR-II do genótipo asiático-americano de DENV-2. ............................. 59 Figura 15 - Linhagem BR-II do genótipo asiático-americano de DENV-2. ............................ 60 Figura 16 - Linhagem BR-IV do genótipo asiático-americano de DENV-2. As amostras geradas neste estudo estão sinalizadas com círculos pretos. .................................................... 61 Figura 17 - Mapa representando as quatro possíveis introduções distintas dos vírus denv-2 no Brasil. As introduções das linhagens BR-I-IV estão representadas respectivamente em preto, vermelho, azul e verde. ............................................................................................................. 62 Figura 18 - Genótipos de DENV-4 representados em árvore de radiação elaborada do programa Mega 5.2 usando o método de inferência filogenética Neighbor-Joining, modelo de substituição Tamura-Nei e bootstrap de 10000 replicações (Klungthong et al., 2004)............ 66 Figura 19 - Árvore colapsada no programa Mega 5.2 representando os quatro genótipos de DENV-4 (Klungthong et al., 2004). Os genótipos I e II, marcados em amarelo e verde apresentam amostras brasileiras. Os números representam os valores de bootstrao. .............. 67 Figura 20 - Genótipo I dos vírus DEN-4 constituído por amostras do Vietnã e Brasil (BA)... 68 Figura 21 - Genótipo III dos vírus DENV-4 com as três linhagens (BRI-III) de cepas brasileiras marcadas em azul. ................................................................................................... 69 Figura 22 - Linhagem BR-I do genótipo III de DENV-4. Amostras oriundas do Brasil, suriname, Porto Rico, Dominica, Colômbia e Jamaica. ........................................................... 70 Figura 23 - Linhagem BR-II do genótipo III de DENV-4. Amoatras oriundas do Brasil, República Dominicana e Porto Rico. ....................................................................................... 71 Figura 24 - Linhagem BR-III do genótipo III de DENV-4. Constituindo apenas de cepas brasileiras. As amostras oriundas deste estudo estão sinalizadas com um circulo preto.......... 71 Figura 25 - Mapa representando a possível introdução do genótipo I, de origem Vietnamita no Brasil (Brasil). .......................................................................................................................... 72 Figura 26 - Mapa representando as três possíveis introduções distintas dos vírus DENV-4 no Brasil. As introduções das linhagens BR I-III estão representadas respectivamente em vermelho, azul e verde. ............................................................................................................. 73 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Oligonucleotídeos para sequenciamento do gene do envelope dos DENV-1. ........ 39 Tabela 2 - Oligonucleotídeos para sequenciamento do gene do envelope dos DENV-2. ........ 39 Tabela 3 - Oligonucleotídeos para sequenciamento do gene do envelope dos DENV-4. ........ 39 Tabela 4 - Valores de referência para comparação do amplicon obtido com peso molecular de massa para determinação da quantidade ideal de DNA a ser aplicada na reação de sequenciamento. ....................................................................................................................... 41 Tabela 5 - Relação de amostras selecinadas para o presente estudo, com seus respectivos sorotipos, origem e ano de coleta. ............................................................................................ 44 Tabela 6 - Matriz de identidade nucleotídica entre representaNtes dos cinco genótipos de DENV-1. ................................................................................................................................... 51 Tabela 7 - Substituições de aminoácidos nas amostras de DENV-1 provenientes do Rio Grande do Norte quando comparadas com isolados provenientes do genótipo V. .................. 52 Tabela 8 - Matriz de identidade nucleotídica entre representantes dos cinco genótipos de DENV-2. ................................................................................................................................... 62 Tabela 9 - Substituições de aminoácidos nas amostras provenientes do Rio Grande do Norte quando comparadas com isolados provenientes do genótipo asático-americano. As substituições que representaram alterações de caráter bioquímico estão em vermelho. .......... 63 Tabela 10 - Matriz de identidade nucleotídica entre os quatro genótipos de DENV-4. ........... 72 Tabela 11 - Matriz identidade nucleotídica entre representantes dos diferentes genótipos de DENV-4. ................................................................................................................................... 74 SIGLAS E ABREVIATURAS BR: Brasil C: Proteína estrutural do capsídeo viral DC: Dengue clássico DENV: Vírus dengue DENV-1: Sorotipo 1 dos vírus dengue DENV-2: Sorotipo 2 dos vírus dengue DENV-3: Sorotipo 3 dos vírus dengue DENV-4: Sorotipo 4 dos vírus dengue E: Proteína estrutural do envelope FHD: Febre hemorrágica da dengue IgG: Imunoglobulina G IgM: Imunoglobulina M Kb: Kilobase M: Proteína estrutural da membrana NS: Proteína não estrutural do vírus OMS: Organização Mundial de Saúde ORF: do Inglês Open reading frame PAHO: Pan American Health Organization Pb: Pares de bases PCR: Reação em cadeia pela polimerase RN: Rio Grande do Norte RNA: Ácido ribonucleico RT-PCR: Transcrição reversa seguida da reação em cadeia pela polimerase SCD: Síndrome de choque da dengue TBE: Tris Borato EDTA SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 15 1.2. Histórico ........................................................................................................................ 15 1.3. Agente etiológico .......................................................................................................... 17 1.4. Variabilidade genética ................................................................................................. 20 1.5. O vetor .......................................................................................................................... 25 1.6. Manifestações clínicas e classificação dos casos de dengue ...................................... 28 1.6.2. Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) ............................................................... 29 1.7. Patogênese ................................................................................................................. 29 1.8. Epidemiologia do dengue ........................................................................................ 31 1.8.1. Dengue no Continente Americano ..................................................................... 31 1.8.2. Dengue no Brasil ................................................................................................ 33 2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 35 3. OBJETIVOS .................................................................................................................... 36 4. 3.1. Objetivo geral ........................................................................................................... 36 3.2. Objetivos específicos ................................................................................................ 36 Material e Métodos.......................................................................................................... 37 4.1. Amostras Clínicas .................................................................................................... 37 4.2. Coleta de sequencias do GenBank para estudos filogenéticos ............................. 37 4.3. Extração do RNA viral ............................................................................................ 37 4.4. Transcrição reversa seguida de reação em cadeia pela polimerase (RT-PCR) . 38 4.4.1. Iniciadores .......................................................................................................... 38 4.4.2. Reação em cadeia pela polimerase ..................................................................... 39 4.5. Purificação de produto de PCR .............................................................................. 40 4.6. Purificação de produto de PCR por extração de gel de agarose ......................... 40 4.7. Quantificação do DNA............................................................................................. 41 4.8. Reação de sequenciamento ...................................................................................... 42 4.9. Purificação e precipitação de DNA para remoção de Dye Terminators............. 42 4.9.1. Hidratação da coluna ............................................................................................... 42 4.9.2. Processamento da amostra ...................................................................................... 42 4.10. Análise de sequencias nucleotídicas ....................................................................... 43 5. 6. 8. RESULTADOS ................................................................................................................ 44 5.1. Reconstrução filogenética e filogeografia dos DENV-1 brasileiros ..................... 45 5.2. Análise das alterações na cadeia peptídica da proteína E dos DENV-1 ............. 52 5.3. Reconstrução filogenética e filogeografia dos DENV-2 brasileiros ..................... 53 5.4. Análise das alterações na cadeia peptídica do gene E dos DENV-2 .................... 63 5.5. Reconstrução filogenética e filogeografia dos DENV-4 brasileiros ..................... 64 5.6. Análise das alterações na cadeia peptídica dos DENV-4 ...................................... 74 DISCUSSÃO .................................................................................................................... 75 6.1. Genótipos circulantes no Brasil e filogeografia dos DENV-1 .............................. 75 6.2. Genótipos circulantes no Brasil e filogeografia dos DENV-2 .............................. 77 6.3. Genótipos circulantes no Brasil e filogeografia dos DENV-4 .............................. 79 6.4. Substituições de aminoácidos na glicoproteína E dos DENV isolados no RN .... 82 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 85 15 1. INTRODUÇÃO Os vírus dengue pertencem a Família Flaviviridae e ao gênero Flavivirus (Ma et a.l, 2003; Gubler, 2002). Existem quatro sorotipos antigenicamente distintos que possuem muitos epítopos em comum, gerando características clínicas e epidemiológicas semelhantes. As infecções variam de casos assintomáticos até formas mais graves como a febre hemorrágica do dengue (FHD) e síndrome de choque por dengue (SCD) (Amarilla et al., 2009; Gubler, 2002b). Cerca de 2,5 bilhões de pessoas correm risco de contrair a infecção pelos vírus dengue, transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti, que costuma fazer a postura de ovos em reservatórios artificiais contendo água parada nos domicílios e peri-domicílios, o que caracteriza a dengue como uma doença urbana (Tauil, 2002; Lupi et al., 2007). O crescimento populacional, a urbanização descontrolada e o desenvolvimento dos meios de transporte, contribuíram de forma ativa para a dispersão desses vírus pelo mundo, fazendo da dengue um grave problema de saúde pública principalmente em regiões tropicais e subtropicais onde vive cerca de metade da população mundial (Gubler, 2002a; Halstead, 1988). O estado do Rio Grande do Norte, assim como os demais estados brasileiros, oferece condições socioambientais ideais para proliferação do principal vetor. Esse fato, aliado a problemas nos serviços de saúde pública e de vigilância entomológica tornam o estado uma área de risco para a emergência de epidemias, tornando clara a necessidade do monitoramento da circulação viral e estudos de caracterização genética. 1.2. Histórico Acredita-se que os vírus dengue possam ter origem africana, assim como seu principal vetor, o mosquito Aedes aegypti (Gubler, 2004). No entanto, a constatação da manutenção da circulação dos quatro sorotipos em ciclos silvestres da Ásia é uma forte evidência de que esses vírus possam ter evoluído a partir daquele continente (Gubler, 1997). As evidências científicas sugerem que esses vírus evoluíram de um ancestral comum a cerca de 500 anos atrás, por meio da separação de populações de primatas não-humanos infectados, o que provavelmente ocorreu no continente Asiático (Wang, 2000; Halstead, 1988). Existem relatos na literatura médica que descrevem uma enfermidade com as características da dengue no período de 1779 e 1780 (Lupi, 2007; Gubler, 1998). O registro 16 mais antigo da doença data da dinastia Chin (265-420 dC). A população da região acreditava que a doença estava relacionada a insetos voadores e a água, por isso a chamaram de “veneno da água” (Gubler, 1998). No Brasil, os primeiros registros da circulação do vírus datam de 1846 (Braga & Valle, 2007). Em 1828, o termo dengue foi introduzido na literatura médica inglesa e em 1869, foi adotado pelo Colégio Real de Medicina de Londres, sendo usado até hoje (Halstead, 1980). A dispersão geográfica desses vírus para outras regiões do mundo está intimamente relacionada com a dispersão de seu principal vetor. A dispersão inicial do A. aegypti ocorreu inicialmente por meio do comércio marítimo, onde os ovos do mosquito foram transportados por embarcações para diversas regiões do mundo em reservatórios de água durante os séculos XVIII e XIX, causando graves epidemias em cidades portuárias (Gubler, 1997; Halstead, 1988; Gubler, 2002; Gubler, 2004;). Atualmente, o desenvolvimento dos meios de transporte, principalmente o transporte aéreo, facilita o deslocamento de pessoas entre diferentes regiões do planeta, favorecendo a introdução dos vírus em regiões não-endêmicas, bem como a cocirculação de diferentes variantes virais em uma mesma região (Gubler, 1998). Inicialmente a dengue se mostrou um grave problema de saúde pública na Ásia, mais precisamente no período após a Segunda Guerra Mundial, que gerou uma gama de alterações socioambientais que favoreceram a proliferação do vetor (Gubler, 1997, Gubler, 2002a). Nesse momento, a América realizava um bem sucedido programa de erradicação do vetor, tornando o continente livre da circulação do vírus. No entanto, com o fim dos programas de erradicação do vetor houve a reintrodução do A. aegypti que, aliado ao aumento da circulação de pessoas e mercadorias, fez os vírus voltarem a circular no continente, tornando a Dengue um grave problema de saúde pública em regiões tropicais e sub-tropicais do continente americano (Halstead, 2006). Atualmente a dengue é considerada a mais importante arbovirose do mundo, ocorrendo em cerca de 100 países, com 2.5 bilhões de pessoas vivendo em áreas de risco (Guzman, 2002; Braga & Valle, 2007). Esse fato pode ser justificado pelo crescimento desordenado das cidades, que não oferecem serviços básicos de coleta de lixo e fornecimento de água, favorecendo a proliferação do principal vetor, bem como pelos movimentos migratórios, propiciados pelo desenvolvimento dos meios de transporte, que favorecem a dispersão dos vírus por todo o mundo (Bricks, 2004). Estima-se que cerca de 100 milhões de novos casos de Dengue ocorrem anualmente, tornando clara a necessidade de estudos 17 epidemiológicos e de caracterização genética para o monitoramento viral, visando estabelecer diretrizes para o controle da doença (Weaver & Vasilakis, 2009). 1.3. Agente etiológico A família Flaviviridae é composta por três gêneros: O gênero Flavivirus (no qual estão agrupados os quatro sorotipos do vírus Dengue (DENV 1-4), Vírus da Febre Amarela, Vírus do Oeste do Nilo e da Encefalite Japonesa), o gênero Pestevirus que alberga os vírus da diarreia bovina e da peste suína clássica e Hepacivirus no qual estão incluídos os vírus das hepatites C e G (Figura 1) (Lindenbach et al., 2007; Gubler, 1998; Halstead, 1988). Os quatro sorotipos do vírus dengue são estreitamente relacionados antigenicamente, no entanto, a infecção por um determinado sorotipo gera imunidade duradoura apenas para esse sorotipo, dessa forma, pessoas que vivem em áreas endêmicas podem desenvolver a doença até quatro vezes (Rigau-Pérez et al., 1998; Rico-Hesse et al., 1997, Osman et al., 2009). Figura 1 - Árvore Filogenética da Família Flaviviridae baseada na análise da região NS3 (Fonte: Lindenbach et al., 2007). Os vírus dengue possuem genoma de RNA de fita simples com polaridade positiva, contendo 11000 pares de base que codifica uma poliproteína de aproximadamente 3400 aminoácidos, a qual é posteriormente clivada por proteases virais e celulares em três proteínas estruturais (C, prM e E) e sete não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS5) (Figura 2). O genoma encontra-se protegido por um capsídeo de simetria icosaédrica circundado por um envelope lipídico formando uma partícula com 40-50 nm (Gubler, 1998; Osman et al., 2009; Mendez et al., 2010) e flanqueado por regiões não codificantes 18 denominadas UTRs, que possuem de 100 a 400 pares de bases e tem importante papel na regulação de processos relativos à replicação viral (Chambers et al., 1990; Lodeiro et al., 2009; Lindenbach et al., 2007). Figura 2 - Organização do genoma dos vírus dengue (Fonte: Weaver & Vasilakis, 2009). A glicoproteína E é o principal determinante antigênico dos vírus dengue, uma vez que medeia o processo de adsorção, com a consequente penetração do vírus na célula por fusão dependente de variação de pH (Lindenbach et al., 2007; Ma et al., 2004). Trata-se da maior proteína dos Flavivírus, com 53 kilodaltons (kDa). Sendo constituída por três domínios. O domínio I forma uma estrutura denominada barril beta, o domínio II se projeta ao longo da superfície da partícula viral e o domínio III está envolvido com a ligação aos receptores celulares, sendo o principal alvo de anticorpos neutralizantes (Lindenbach et al., 2007; Chambers et al., 1990; Zhang et al., 2003; Allison et al., 1999). A proteína M, por sua vez, é produzida durante o processo de maturação da partícula viral na via secretora. Trata-se de um pequeno fragmento (8 kDa) oriundo da proteína precursora prM (21 kDa) (Lindenbach et al., 2007). A proteína C, extremamente importante para a montagem dos virions, é altamente básica e possui peso molecular de 12 kDa (Ferlenghi et al., 2001; Ma et al., 2004). Ela se apresenta dobrada em um dímero compacto com cada monômero contendo quatro alfas hélices (Ma et al., 2004). Ainda não é bem claro como os dímeros dessa proteína se organizam para constituir o capsídeo, no entanto, sabe-se que a interação dos mesmos com o RNA é fundamental para o processo (Kiermayr et al., 2004; Lindenbach et al., 2007) A proteína NS1 (46 kDa) é encontrada no interior e na superficie de células infectadas, bem como na sua forma livre no soro do indivíduo infectado (Lindenbach et al., 2007). Tem importante função nos estágios iniciais da replicação do RNA e sua interação com a proteína NS4A, é essencial para atividade da replicase viral (Lindenbach et al., 2007; Khromykh et al., 1999). NS2A é uma proteína hidrofóbica, relativamente pequena (22kDa) que aparentemente tem função na replicação do RNA viral (Lindenbach et al., 2007). NS2B 19 possui 14 kDa e está associada a membrana, formando um complexo estável com NS3 que atua como cofator da enzima NS2B-NS3 serine protease (Clum et al., 1997; Falgout et al., 1991). NS3, por sua vez, é uma proteína grande (70 kDa) e multifuncional que tem importante papel na replicação do RNA e no processamento da poliproteína (Lindenbach et al., 2007). NS4A e NS4B, são hidrofóbicas e relativamente pequenas, possuem respectivamente 16 kDa e 27 kDa. A interação de NS4A com NS1 é extremamente importante para a atividade da replicase viral, como foi mencionando anteriormente (Lindenbach et al., 2007; Khromykh et al., 1999). NS5 é relativamente grande (103 kDa), altamente conservada, multifuncional e apresenta atividade de metiltransferase (MTAse) e de RNA polimerase RNA dependente ( RdRp) (Lindenbach et al., 2007). Os vírus dengue são capazes de interagir com múltiplos receptores celulares no momento da adsorção, dessa forma, existe uma considerável variedade de células susceptíveis ao vírus no organismo humano, entre elas, células da linhagem mononuclear fagocitária, cardíacas, cerebrais, renais, hepáticas, pulmonares e da medula óssea (Araújo et al., 2009; Jessie et al., 2004; Rodenhus-Zybert et al., 2010). As partículas virais penetram nas células susceptíveis por um processo denominado endocitose mediada por receptor que consiste no reconhecimento de proteínas virais do envelope por parte de receptores celulares específicos. Após o processo de reconhecimento das proteínas virais pela célula, ocorre a formação de vesículas endocíticas, que ao atingirem o pH adequado promovem a fusão do envelope viral com a membrana do endossoma, liberando o nucleocapsídeo no citoplasma da célula. O RNA viral segue três rotas no citoplasma, atuando como RNA mensageiro, sendo traduzido em poliproteínas virais que posteriormente são clivadas dando origem às proteínas não estruturais, quem atuam na regulação do ciclo replicativo e em proteínas estruturais que se organizarão para montar novas partículas virais. As novas cópias de RNA geradas são empacotadas em novas partículas virais (Figura 3) (Lindenbach et al., 2007). 20 Figura 3 - Estratégia de replicação dos vírus dengue (Fonte: Rodenhuis-Zybert et al., 2010). 1.4. Variabilidade genética Os vírus dengue, assim como outros vírus de RNA, apresentam uma considerável variabilidade genética, que pode ser comprovada pela existência de quatro sorotipos distintos entre si, os quais são compostos por diferentes genótipos e linhagens (Holmes, 2000; Araújo et al., 2010; Twiddy, 2002; Holmes & Twiddy, 2003). Holmes & Burch (2000) enunciaram quatro hipóteses que tentam explicar a existência dessa variabilidade genética em seu artigo sobre causas e consequência da variação dos vírus dengue. A primeira hipótese trata de uma característica compartilhada por todos os vírus de RNA, a ausência de um mecanismo de reparo da RNA polimerase viral, que gera pelo menos um erro a cada rodada de replicação (Drake, 1993). A segunda hipótese, fala que além das mutações comuns em vírus de RNA, acredita-se na possibilidade da recombinação dentro de um mesmo sorotipo, podendo gerar novas variantes virais e que apesar da probabilidade de ocorrência desse fenômeno ser considerada rara, com certeza trata-se de um mecanismo que merece atenção por parte dos pesquisadores da área (Holmes, 2000). Outra hipótese importante citada pelos autores para a geração de variação é a migração de populações. Com o desenvolvimento dos meios de transporte, os vírus são transportados diariamente para diferentes regiões juntamente com seus hospedeiros e vetores, como consequência disso temos a possiblidade de vários genótipos circularem em um mesmo local, aumentando assim as chances de ocorrência de recombinação e consequentemente, variabilidade genética (Gubler, 1997; Rico-Hesse, 1990; Holmes, 2000). 21 Por fim, o crescimento da população humana também pode contribuir para o aumento da variabilidade. À medida que a população humana cresce a população viral também cresce, devido ao aumento das oportunidades de transmissão (Zanotto, 1996). Os autores argumentam que com o aumento da população viral, mais mutações estarão disponíveis e a seleção natural irá agir com maior intensidade, podendo selecionar vírus com propriedades específicas como: maior virulência, tropismos diferenciados, capacidade de gerar viremia elevada, entre outros. (Holmes, 2000). Twiddy et al. (2002) também citaram a importância da seleção natural para a geração da variabilidade genética existente entre os vírus dengue. Segundo os autores, a seleção favorece vírus geneticamente distintos entre si, pois linhagens muitos semelhantes seriam facilmente neutralizadas por anticorpos num processo de reatividade cruzada, enquanto vírus geneticamente distintos poderiam gerar infecção em um organismo anteriormente infectado pelo vírus. DENV-1 possui cinco genótipos circulantes, o genótipo I (Sudeste Asiático, China e África Oriental), o genótipo II (Tailândia), genótipo III (Malásia), o genótipo IV (Pacífico Sul) e do genótipo V (América/África) (Rico-Hesse 1990, Gonçalvez et al., 2002; Myat et al., 2005; Kukreti et al., 2009) . No entanto, existem evidências de que apenas o genótipo V circula no Brasil, sendo constatada a circulação de quatro linhagens (A, B, C e D) desse genótipo no período de 1994-2011, as três primeiras compostas por amostras originárias das Américas e a última composta por amostras da África Ocidental (Carneiro et al., 2012). O estudo realizado por Santos e colaboradores em 2011 constatou que os vírus circulantes no Rio de Janeiro no período entre 2009 a 2010 pertencem à linhagem II do genótipo V (América/África), diferente dos vírus isolados anteriormente, que pertenciam a linhagem I, isolados na década de 80 referentes à introdução. Esse fato indica a provável ocorrência da introdução de uma nova variante viral, uma vez que os isolados brasileiros mais recentes apresentam baixo percentual de identidade com os isolados mais antigos. No entanto outras duas amostras agruparam-se com isolados provenientes de outros países da América Latina (Colômbia, Venezuela e México) formando a linhagem III, indicando uma possível origem latino-americana dessa linhagem, que provavelmente entrou no Brasil em decorrência da proximidade geográfica (Carneiro et al., 2012; Santos et al., 2011). No estado do Paraná, por sua vez, foram identificadas duas cepas também pertencentes ao genótipo V, no entanto, estas cepas foram agrupadas em dois diferentes subgrupos, sendo um deles mais relacionados a cepas latino-americanas oriundas de países como Guiana Francesa, Venezuela e Porto Rico 22 e o outro mais relacionado com cepas brasileiras isoladas entre 2008 e 2010, indicando a possibilidade da ocorrência de uma divergência recente (Bona et al., 2012). Tendo como base o exposto, a substituição de linhagens que claramente ocorreu em nosso país ao logo das décadas subsequentes a introdução de DENV-1, reforça a importância da realização de estudos de caracterização genética para monitoramento da circulação viral. O DENV-2 possui cinco genótipos circulantes, segundo estudo realizado por Twiddy et al (2002). A análise filogenética revelou a presença de um genótipo silvestre e quatro urbanos. Dentre os genótipos urbanos, temos o “genótipo americano” composto por cepas isoladas recentemente na América Latina e outras isoladas entre os anos de 1950 e 1970 na Índia, no Caribe e Ilhas do Pacifico. O “genótipo cosmopolita” que tem ampla distribuição geográfica, estando presentes na Austrália, Ilhas do Pacífico, Sudeste Asiático, Índia, Ilhas do Oceano Índico, Oriente Médio e África. O “genótipo asiático/americano” que engloba amostras oriundas da América Latina, Caribe, Vietnã e Tailândia e dois genótipos asiáticos, o “genótipo asiático 1”, composto por cepas isoladas na China, Filipinas, Sri Lanka, Taiwan e Vietnã e o “genótipo asiático 2” que engloba cepas oriundas da Malásia e Tailândia (Twiddy et al., 2002). No Brasil, um estudo sobre a epidemiologia molecular de DENV-2 realizado por Miagostovich et al. (1998) comprovou a origem asiática de isolados de DENV-2 encontrados no Rio de Janeiro. Mais recentemente, Oliveira et al (2010) em estudo sobre duas epidemias causadas pelo DENV-2 na cidade do Rio de Janeiro, verificaram a circulação do genótipo “asiático/americano”. No entanto, os vírus que circularam nas duas epidemias (1990/1998 e 2007/2008) são geneticamente diferentes, indicando a possibilidade da ocorrência de evolução local ou da introdução de uma nova linhagem viral no município. Em São Paulo, mais especificamente nos municípios do Guarujá e Santos, foi constatada a mesma origem para os DENV-2 circulantes em 2010, estando esses vírus estreitamente relacionados aos vírus que causaram a epidemia de 2007/2008 no Rio de Janeiro e também a vírus oriundos de Cuba e República Dominicana, indicando que a inserção dessa variante pode ter ocorrido no Rio de Janeiro a partir do Caribe (Romano et al., 2010). No estado do Paraná, localizado na região sul do país, foi isolada uma cepa também pertencente ao genótipo asiático/americano, sendo esta cepa estreitamente relacionada com uma cepa oriunda da Guiana Francesa datada de 2006 (Bona et al., 2012). É importante ressaltar que é comum, em se tratando de DENV-2, a existência de mais de um genótipo circulando em uma mesma região, fato que já foi documentado em diversas 23 regiões do mundo como China, Tailândia, Malásia, Caribe, Américas, Ilhas do Pacifico e Vietnã. Bem como a existência de genótipos mais restritos, como os asiáticos e outros mais dispersos, como o cosmopolita, que tem distribuição praticamente global (Twiddy et al., 2002). Estudos realizados com amostras de DENV-3 demonstraram que existem cinco genótipos dentro desse sorotipo. O genótipo I agrupa vírus provenientes da Indonésia, Malásia, Filipinas e do Sul do Pacífico, o genótipo II agrupa vírus da Tailândia, Bangladesh, Malásia e Mianmar e o genótipo III refere-se a vírus do Sri Lanka, Índia, Samoa, África e das Américas. Os genótipos IV e V são compostos por cepas antigas provenientes de Porto Rico (GIV), Filipinas, Japão e China (GV), sendo os genótipos I, II, e III os de maior importância Epidemiológica (Araújo et al., 2009; Lanciotti et al., 1994). Após a introdução do DENV-3 no Brasil, estudos apontaram que os vírus circulantes eram pertencentes ao genótipo III, sendo este genótipo considerado a maior linhagem estabelecida nas Américas (Cruz et al., 2010). Em 2012, Araújo et al. realizaram um estudo filogenético com 564 sequencias de DENV-3 pertencentes ao genótipo III, todas as amostras se apresentaram agrupadas em um único grupo monofilético, reforçando a hipótese de uma introdução única do vírus no continente americano que provavelmente ocorreu partindo da Ásia, passando pela África antes de chegar a América Central e México, se espalhando pelo continente, imunizando naturalmente a população e assim evitando a introdução de novas variantes asiáticas/africanas do sorotipo. Na América, o vírus se dividiu em linhagens, numa primeira rota de dispersão o genótipo se espalhou por Porto Rico, Venezuela e Colômbia dando origem a linhagem Caribe/América do Sul I, numa segunda rota o vírus se espalhou pela porção da América próxima ao Oceano Pacífico, seguindo pelo Peru, Equador e Colômbia, seguindo para Venezuela, Cuba Porto Rico e Nicarágua formando a linhagem Caribe/América do Sul II. E por fim, na terceira rota, o vírus se dispersou do Caribe para a América do Sul, constituindo a linhagem Caribe/América do Sul III (Araújo et al., 2012). No Brasil, a rápida dispersão, o aumento da circulação viral e as múltiplas introduções independentes do genótipo III geraram sua subdivisão em quatro linhagens independentes (Cruz et al., 2010). Temos assim o grupo BR-1, grupo monofilético formando por amostras de todas as regiões do Brasil isoladas de 2001 a 2009 juntamente com sequencias isoladas na Argentina Bolívia e Paraguai dentro do grupo Caribe/América do Sul III. O grupo BR-2, compostos por sequencias isoladas na região norte de 2003 a 2008 e São Paulo em 2006 juntamente com sequencias paraguaias e argentinas, também dentro do grupo Caribe/América 24 do Sul III. O grupo BR-III, composto por apenas um isolado brasileiro de Roraima (2002) com sequencias oriundas de ilhas do Caribe e por fim o grupo BR-IV, também composto por um único isolado brasileiro oriundo da região norte (2003) com sequencias da Venezuela e Colômbia, dentro do grupo Caribe/América do Sul I (Araújo et al., 2012). Estudos filogeográficos indicam que possivelmente BR-I entrou no país pelo estado do Rio de Janeiro, estado esse reconhecido em estudos anteriores como importante porta de entrada de novas linhagens do vírus dengue no país e que os outros grupos (BR-II, BR-III e BR-IV) provavelmente entraram no país pela região norte devido sua maior proximidade com o Caribe (Cruz et al., 2010; Araújo et al., 2012). Recentemente, estudos apontaram a introdução de um novo genótipo do DENV-3 circulante no Brasil e na Colômbia classificado como GI por Figueiredo et al. (2008) e UsmeCiro et al. (2008) e como GV por Nogueira et al. (2008). Tomando como base essa divergência na classificação, Araújo et al. (2009) realizou um estudo sobre as relações filogenéticas do grupo constatando que sua classificação foi concordante com aquela feita por Nogueira et al. (2008). No entanto ainda permanece uma lacuna sobre a origem das linhagens brasileiras isoladas recentemente pertencentes ao genótipo I, uma vez que estas se mostraram semelhantes ao protótipo de DENV-3 isolado nas Filipinas há 48 anos e também ao fato deste genótipo não ter sido detectado em estudo semelhante realizado recentemente, reforçando a necessidade de estudos futuros (Araújo et al., 2009; Cruz et al., 2010; Araújo et al., 2012). Com relação ao DENV-4, estudos filogenéticos detectaram três genótipos, sendo o Genótipo-1 composto por vírus das Filipinas, Tailândia e Sri Lanka, o genótipo-2 por vírus da Indonésia, Nova Caledônia, Taiti, Caribe e América do Sul e o genótipo III encontrado exclusivamente no ambiente silvestre da Malásia. Acredita-se que os vírus pertencentes ao genótipo II se espalharam a partir da Indonésia, seguindo para as ilhas do Pacífico, chegando ao ocidente em 1981, com uma posterior disseminação pela América do Sul, gerando um considerável aumento na sua taxa de evolução (Lanciotti et al., 1997; Lanciotti et al., 1994; Klungthong et al., 2004). No Brasil, após um período de 28 anos sem detecção da circulação de DENV-4, o sorotipo foi reintroduzido no país através do estado de Roraima localizado na Região Norte do país, onde foi detectado no ano de 2010 (Temporão et al., 2011). A variante circulante foi classificada como pertencente ao genótipo II, associado a amostras do Caribe (Temporão et al., 2011). Em 2012, outro genótipo (genótipo I) foi detectado no estado da Bahia (Região Nordeste). Análises filogeográficas indicaram uma elevada probabilidade de esse genótipo ter 25 entrado no país a partir do sudeste asiático, fato que pode ser justificado pelas relações econômicas estabelecidas entre o Brasil e países desse continente, principalmente com a China (Nunes et al., 2012; De Melo, 2009). Atualmente, o DENV-4 é o sorotipo de circulação predominante no país, fato que pode ser justificado pela imunidade específica aos outros sorotipos do vírus adquirida pela população ao longo dos anos. Com a introdução de um novo genótipo (genótipo I), torna-se clara a necessidade de uma vigilância da circulação desse vírus no país por meio da intensificação de ações de controle e monitoramento. Tendo em vista o que foi exposto fica claro que o estudo da diversidade genética dos vírus dengue tem grande importância para compreensão da doença, sendo o entendimento dos processos que geram essa variabilidade fundamental para o conhecimento da origem e monitoramento da circulação das variantes virais (Twiddy et al., 2002; Klungthong et al., 2004). 1.5. O vetor O principal vetor dos vírus dengue é o mosquito Aedes aegypti (Jansen et al., 2010), um mosquito pequeno, de coloração preta e branca, altamente adaptado às condições urbanas, encontrado em regiões tropicais e subtropicais do mundo (Gubler, 1998; Jansen et al., 2010). Sua distribuição não está ligada somente as condições meteorológicas, mas também a fatores inerentes ao ambiente doméstico que oferece condições ideais, mesmo quando o ambiente externo encontra-se temporariamente adverso, evidenciando a importância do comportamento humano para a distribuição do vetor (Jansen et al., 2010). Além do A. aegypti, várias outras espécies do complexo Ae. scutellaris, como por exemplo, Ae. albopictus e Ae. polynesiensis que foram relacionadas a epidemias em diversas regiões do mundo, no entanto, nenhuma delas é um vetor tão eficiente quanto à primeira (WHO, 1997). Ao picar um indivíduo infectado que está passando pelo período de viremia, a fêmea pode adquirir o vírus, que passa por um período de incubação extrínseca de 8 a 10 dia, dependendo das condições ambientais. Durante esse período o vírus se replica no intestino do inseto e se dissemina pela hemolinfa, chegando aos ovários e as glândulas salivares de onde é regurgitado no momento do repasto sanguíneo. Após esse período o mosquito passa a transmitir o vírus no momento do repasto sanguíneo e para as gerações seguintes por transmissão transovariana, permanecendo infectado por toda vida (WHO, 1997). 26 Essa espécie de mosquito está intimamente associada às habitações humanas, uma vez que tem preferência pelo repasto sanguíneo em humanos, usa as residências para descansar e realizar a postura de ovos em recipientes que armazenam preferencialmente água limpa comumente encontrados no ambiente domiciliar e peridomiciliar, como por exemplo: vasos de plantas, caixas d’água e cisternas, pneus velhos e qualquer resíduos da atividade humana que possa acumular água (Gubler, 1998; Tauil, 2001; Gomes et al., 1998). Todas essas características, aliadas ao fato do mosquito fazer vários repastos sanguíneos em um único ciclo gonadotrófico, e possuir ovos com elevada resistência à dessecação, tornam o A. aegypti um vetor extremamente eficiente (Gubler, 1998). A abundância da espécie na África, aliada a existência de espécies silvestres (Ae. aegypti formosus) nesse continente, sugerem uma possível origem africana (Tabachnick & Powell, 1979). Foi no período de intenso comércio marítimo, entre os séculos XVII e XIX, que o mosquito se espalhou pelas regiões tropicais e subtropicais do mundo transportado em reservatórios de água limpa pelos navios vindos da África, causando epidemias em cidades portuárias (Moncayo et al., 2004; Gubler, 2002). Após a Segunda Guerra Mundial, a prevalência e distribuição dos A. aegypti cresceu na Ásia e nas ilhas do Pacífico (Moncayo et al., 2004). Nas Américas Central e do Sul, o mosquito foi considerado erradicado no período de 1940/1960 como consequência de atividades de combate a Febre Amarela (Gubler, 2002; Gratz, 2004; Martins et al., 2010). Nas décadas subsequentes, com a redução dos esforços de combate ao vetor, aliada as mudanças demográficas causadas pela migração da população do campo para as cidades, não acompanhadas pelo oferecimento de condições de infraestrutura que comportasse o aumento da população urbana, ocorreu a reintrodução do vetor, causando epidemias de dengue e a emergência de casos de FHD (Gubler, 1998; Gubler, 1989; Gratz, 2004; Martins et al., 2010). No Brasil, a reintrodução ocorreu em 1976 na cidade de Salvador, estado da Bahia, ocorrendo uma subsequente epidemia em Roraima no período de 1981/1982, após um longo período anterior sem detecção de circulação viral (Tauil, 2001). A espécie Aedes alpopictus é considerada um vetor secundário dos vírus dengue, perdendo apenas para o A. aegypti em importância (Knudsen, 1995). Apesar de o mosquito ter hábitos menos antropofágicos quando comparado ao A. aegypti, ele é considerado um elo importante no ciclo de transmissão da dengue, uma vez que teve papel importante nas 27 primeiras fases do surgimento da doença urbana, além do fato de se encontrar disseminado por diversas regiões endêmicas para arboviroses no mundo, transitando entre os ambientes silvestres e urbanos (Moncayo et al., 2004; Santos, 2003). Conhecido popularmente como tigre asiático, o A. albopictus se espalhou nas últimas duas décadas a partir do sudeste asiático e pacífico ocidental para a Europa, África, Américas e Caribe, rompendo barreiras intercontinentais e deixando as autoridades de saúde pública e pesquisadores da área em alerta (Gratz et al., 2004; Gomes et al., 1998). Existem relatos de epidemias atribuídas ao A. albopicus entre elas, podemos citar a ocorrida em Nagasaki no Japão em 1942, causada pelo armazenamento de água em tanques para apagar incêndios ocasionados pela guerra e que acabaram por servir de criadouros para a espécie que foi encontrada nas principais ilhas do Japão (Kobayashi, 2002). O primeiro registro da ocorrência da espécie no Brasil ocorreu em 1986, nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais se espalhando pelo território nacional de modo que apenas alguns estados não possuem notificações da espécie (Forattini, 1986; Santos, 2003). No entanto, acredita-se que esses dados estejam subestimados por diversos fatores, entre eles o fato dos programas de controle não terem como espécie alvo o A. albopictus, a ausência de conhecimento sobre a espécie, elevada demanda de trabalho para os técnicos em saúde e ausência de vigilância entomológica em alguns municípios brasileiros (Santos, 2003). Atualmente, o mosquito se encontra presente em áreas rurais e urbanas de vários continentes, tornando clara a necessidade de ações de controle objetivando a redução da densidade do vetor afim de sessar a transmissão, uma vez que programas de erradicação e controle efetivo não estão sendo bem sucedidos (Gratz, 2004). Com base no exposto, torna-se evidente que o único elo vulnerável no ciclo de transmissão da dengue é o vetor. Dessa forma, medidas como: investimentos em saúde, treinamento eficiente dos agentes de saúde, investimento em infraestrutura, educação em saúde e mobilização comunitária são essenciais para a redução das densidades populacionais dos referidos vetores e a consequente redução do número de casos da doença (Tauil, 2001; Gratz, 2004; Gomes et al., 1998). 28 1.6. Manifestações clínicas e classificação dos casos de dengue Os DENV podem gerar desde infecções assintomáticas a um vasto espectro de manifestações clínicas, ocasionando até mesmo a morte (Rigau-Pérez et al., 1998). A doença pode se manifestar em diferentes formas clínicas, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde podem ser classificadas como: assintomática, indiferenciada, Dengue Clássica e Febre Hemorrágica do Dengue. Em 2009, a OMS publicou um documento atualizando a última classificação com objetivo de auxiliar os profissionais de saúde a diagnosticar precocemente os casos graves da doença. Nessa nova classificação são descritas três categorias: 1) Dengue sem sinais de alerta; 2) Dengue com sinais de alerta e; 3) Dengue grave. A dengue sem sinais de alerta corresponde a casos característicos, ou seja, que apresentam os sintomas clássicos da doença, correspondentes ao Dengue Clássico. A Dengue com sinais de alerta, engloba os pacientes com manifestações clinicas que podem indicar a evolução para as formas graves da doença (Febre Hemorrágica do Dengue e Síndrome do Choque por Dengue). A Dengue Grave, por sua vez, é caracterizada por intenso extravasamento de plasma, hemorragia e comprometimento vários órgãos, sendo correspondentes as formas graves da doença (FHD e SCD). 1.6.1. Dengue clássico (DC) Trata-se de uma doença febril, auto limitante e raramente fatal, cujos principais sintomas são: febre, dor de cabeça frontal, dor retrorbital, dor muscular e articular, náuseas, vômitos e erupções cutâneas (Kalayanarooj et al., 1997; Cobra et al., 1995; Rigau-Pérez et al., 1998; Mendez et al., 2010). A infecção pode gerar um vasto espectro de manifestações clínicas, no entanto, a grande maioria delas é assintomática ou minimamente sintomática, tornando evidente que o número de casos da doença é muito superior ao número de casos notificados pelas autoridades em saúde (Rigau-Pérez et al., 1998). Em alguns casos pode ocorrer anorexia, alteração de paladar e dor leve na garganta. Alguns casos de constipação também foram relatados. Diarreia e sintomas respiratórios, por sua vez, não são frequentes e podem ser indicativos de uma infecção simultânea (Gubler, 1998). Podem ocorrer manifestações hemorrágicas leves, sendo as mais comuns, as de pele, juntamente com a gengival, nasal, gastrointestinal e menorragia (Gubler, 1998). A fase aguda da doença dura de 3 a 7 dias, no entanto o período de 29 recuperação pode se prolongar por algumas semanas. Na maioria dos casos a infecção é autolimitante e não são conhecidas sequelas associadas a ela (Gubler, 1998). 1.6.2. Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) A FHD se inicia com febre e outros sintomas semelhantes aos que ocorrem no DC e em outras doenças comuns em regiões tropicais e sub-tropicais, os sintomas específicos da FHD e do choque, por sua vez, se desenvolvem por volta do terceiro ao sétimo dia de infecção (Rigau-Pérez et al., 1998; Gubler, 1998; OMS, 1997). As principais alterações fisiopatológicas que determinam a gravidade da infecção e a diferencia do DC são o aumento da permeabilidade vascular, lesões de natureza imunopatológica nas paredes dos vasos e queda acentuada no número de plaquetas que podem ocasionar extravasamento de plasma resultando em hemoconcetração, pressão arterial baixa e sinais de choque caso a perda de plasma seja critica (OMS, 1997). As principais manifestações clínicas são: febre alta, fenômenos hemorrágicos como petéquias, lesões purpúricas e equimose. Em muitos casos ocorre hepatomegalia e falha no sistema circulatório (Gubler, 1998; OMS, 1997). A ocorrência do choque é comumente precedida de sintomas tais como: dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda da pressão arterial, redução da diurese e confusão mental, os quais são considerados como sinais de alerta para a forma grave da doença. A administração de fluidos intravenosos pode ser suficiente para a recuperação do paciente, porém é essencial o monitoramento do mesmo, uma vez que alterações do quadro podem evoluir rapidamente, podendo levar ao estado crítico de choque (Rigau-Pérez et al., 1998). 1.7. Patogênese A ausência de um modelo animal eficiente torna difícil a elucidação da patogênese da infecção pelos vírus dengue em humanos (Halstead, 1988). Conhecimentos nessa área são extremamente importantes para a compreensão da ação desse e de outros patógenos semelhantes no organismo humano, ajudando no desenvolvimento de vacinas e medicamentos (Halstead, 1988). Após a entrada do vírus no organismo, através da picada da fêmea da espécie A. aegypti, as partículas virais migram imediatamente para os lifonodos regionais, caindo subsequentemente na corrente sanguínea (viremia), ocasionando aumento de temperatura 30 corporal em virtude da liberação de citocinas tais como: fator de necrose tumoral alfa e interleucina 6 (IL-6) (Lupi et al., 2007; Tavares et al., 2005). Durante a primeira semana de infecção, o sistema imunológico começa atuar através de um mecanismo denominado citotoxidade dependente de anticorpo, onde células NK se ligam a porção FC de anticorpos IgG que estão recobrindo células infectadas, destruindo as mesmas (Lupi et al., 2007). Anticorpos da classe IgM são produzidos a partir do quarto dia de doença, podendo permanecer por 2 a 3 meses. Os anticorpos da classe IgG, por sua vez, começam a ser produzidos na primeira semana e podem ser detectados no organismos durante anos, sendo responsáveis pela imunidade específica a cada um dos quatro sorotipos do vírus (Lupi et al., 2007). Existem teorias que tentam explicar o desenvolvimento de casos graves da Dengue (FHD/SCD), entre elas temos a teoria da infecção sequencial proposta por Halstead (1988). Essa teoria se baseia no fato de que os anticorpos produzidos em reposta a infecção primária por um determinado sorotipo do vírus não são capazes de neutralizar um sorotipo diferente no caso de uma infecção secundária. Durante a segunda infecção, ocorreria a opsonização de partículas virais por anticorpos produzidos durante infecção anterior, formando complexos antígeno-anticorpo que se ligam aos receptores de FC expressos em monóctios e macrófagos e são endocitados por essas células. No interior dessas células as partículas virais replicam livremente, liberando novos vírus que formarão novos complexos e se ligarão a outros macrófagos, dessa forma, a replicação e a infecção é amplificada. Os macrófagos ativados, por sua vez, liberam mediadores vasoativos que ocasionam aumento da permeabilidade vascular, que pode evoluir para hipovolemia e choque (Halstead, 1998; Lupi et al., 2007; Gubler, 1998). Por outro lado, esses complexos imunes formados por partículas virais recobertas por anticorpos ficam circulando no organismo e podem se fixar em determinados locais tais como: glomérulos renais articulações e paredes dos vasos sanguíneos, desencadeado uma reação de hipersensibilidade do tipo III, que resulta em inflamação e lesão tecidual. Quando isso corre nas paredes dos vasos aumenta o extravasamento de plasma. Esses complexos imunes circulantes, também podem ativar o complemento pela via clássica o que leva a clivagem dos componentes C3 e C5 resultando na geração de C3a e C3b, C5a e C5b. As frações C3b e C5b resultantes dessa clivagem aumentam a permeabilidade vascular e o extravasamento do plasma. Além disso, os anticorpos livres circulantes no soro, ao entrar em 31 contato com células do endotélio dos vasos sanguíneos que estão infectadas, expressando proteínas virais em sua superfície eles se ligam a essas células, o que leva a ativação do complemento causando a lise dessas células e lesões nas paredes dos vasos o que também causa extravasamento de plasma. Em 1998, Martinez formulou uma hipótese que une aborda fatores inerentes a variação de virulência de diferentes cepas virais e a teoria da infecção sequencial de Halstead (1988), mostrando que o desenvolvimento de formas graves da doença não está relacionado a apenas um fator e sim a muitos, entre eles características do vírus e do hospedeiro. 1.8. Epidemiologia do dengue 1.8.1. Dengue no Continente Americano A Segunda Guerra Mundial gerou destruição e uma série de alterações ecológicas no continente asiático que favoreceram a proliferação do A.aegypti e, consequentemente, o aumento do número de casos de dengue. Aliada a essas alterações, alguns fatores como o número de pessoas susceptíveis ao vírus, a migração de pessoas durante o período de guerra e pós-guerra e programas de saúde pública ineficientes, foram essenciais para a dispersão desse vírus em diversas regiões do mundo, inclusive no continente americano (Gubler, 1997, Gubler 2002a). Os primeiros relatos de dengue nas Américas datam do período de 1827 a 1880, no qual ocorreram três pandemias em países do Caribe e sul dos Estados Unidos com intervalos de 20 a 30 anos entre elas (Enherkrans et al., 1971; Guzman, 2002). Em um segundo momento, o incremento das atividades comerciais e o uso de ferrovias que interligavam diversas cidades do interior dos EUA favoreceram surtos no Texas, Bermudas, Cuba, Panamá, Porto Rico e Venezuela e pela primeira vez foram observados casos de Febre Hemorrágica por Dengue (FHD) no Texas e em Havana, no período de 1890 a 1920 (Guzman, 2002). No período de 1920 a 1950, o crescimento das cidades norte-americanas e o aumento do fluxo de pessoas no pós-segunda guerra mundial favoreceram a proliferação do vetor e consequentemente a circulação viral, ocasionando surtos da doença no Texas (1922) e na Flórida (1934) (Guzman, 2002). Durante o período de 1951 a 1980 ocorreram dois surtos da doença atribuídos entre outros fatores, ao crescimento dos países caribenhos. Na segunda epidemia detectada na região, DENV-2 e DENV-3 foram isolados e pela primeira vez se teve noticia de epidemias causadas por dois sorotipos no Caribe (Guzman, 2002). 32 Durante os anos que antecederam a década de 70, os vírus dengue ficaram restritos ao continente asiático devido ao bem sucedido programa de erradicação do A. aegypti nas Américas, sendo o genótipo V de DENV-2 a única variante viral encontrada circulando em meados da metade do século XX (Halstead, 2006) . No entanto, com o aumento da circulação de pessoas e mercadorias entre os continentes, o mosquito e consequentemente os vírus voltaram as Américas causando novas epidemias. No período de 1980 e 1990 o vetor e os vírus continuaram expandindo-se geograficamente de modo que em 2001, a distribuição do vetor já era semelhante à distribuição anterior a erradicação (Gubler, 2002a; Halstead, 2006, Gubler 2007). Em 1977 ocorreu uma grande epidemia na Jamaica, causada pelo genótipo III de DENV-1, de origem asiática, que se alastrou por diversos países do Sul da América do Norte, Caribe, Venezuela, chegando ao Norte da América do Sul (Guzman, 2002; Halstead, 2006). Os anos 80, por sua vez, foram marcados pela circulação de três sorotipos do vírus (DENV 1, 2 e 4), sendo DENV 4 o último a chegar nas Américas representado pelo genótipo I, em 1981 (Pinheiro & Corber, 1997). Nesse período, apesar do grande número de casos, existiram poucos casos de FHD, sendo que a maioria estavam relacionados à infecção por DENV-4 (PAHO, 1994). No final da década (1989-1990), o número de casos de FHD aumentou na Venezuela, com um consequente aumento do número de casos fatais que na maioria das vezes estavam relacionados com o sorotipo 2. Fato que se repetiu nas epidemias que ocorreram no Brasil e em Cuba no mesmo período (PAHO, 1992; Pinheiro,1989). Nos anos 90, todos os países tropicais já apresentavam circulação dos vírus dengue, os últimos foram Costa Rica e Panamá em 1993 (PAHO, 1994). Em 1994, o genótipo III de DENV-3 chegou a América Central, se alastrando pelo Caribe e outros países próximos (Gubler, 1997). Durante as últimas décadas do século 20, o aumento da circulação do principal vetor e a co-circulação dos quatro sorotipos do vírus, tornou os casos da doença mais frequentes fazendo com que a mesma fosse considerada endêmica no continente (Gubler, 1997). Alguns fatores explicam o motivo do surgimento e manutenção dos vírus dengue, principalmente na América Latina e esses são basicamente de natureza social e demográfica. Os movimentos migratórios do campo para os centros urbanos são intensos nesses países gerando, na maioria dos casos, crescimento desordenado das cidades, que não oferecem infraestrutura de saneamento básico e distribuição de água regular para a população. Essa, por sua vez, vive em condições inadequadas e exposta a inúmeras doenças. Esses fatos aliados a 33 um sistema de saúde pública ineficiente agravam ainda mais a situação e explicam o porquê dos vírus dengue terem se estabelecido com sucesso nesse continente (Guzman, 2002). 1.8.2. Dengue no Brasil Os motivos pelos quais a dengue se tornou um grave problema de saúde pública em regiões tropicais e subtropicais não são bem compreendidos, mas sabe-se que envolvem diversos fatores relacionados ao agente etiológico (sorotipos, genótipos mais virulentos, taxa de replicação), ao hospedeiro (condições imunológicas, infecções sequenciais, raça, idade) e ao vetor (adaptação ao ambiente, taxa de reprodução). Além disso, existem regiões do planeta, como o Brasil, que oferecem condições ideais para o estabelecimento e sucesso dos vírus, como por exemplo: população em crescimento, urbanização descontrolada, condições climáticas ideais para proliferação do vetor, sistema de saúde pública e controle de epidemias ineficientes, entre outros (Teixeira et al., 2009; Teixeira et al., 1999; Gubler, 1998). Na década de 1970, com a reintrodução do A. aegypti devido à falta de sucesso de alguns países em manter o inseto erradicado, DENV-1 e DENV-4 entraram no Brasil pelo estado de Roraima, causando um surto na capital Boa vista durante o ano de 1981 (Nogueira et al., 2000; Siqueira et al., 2005; Neto et al., 2005; Osanai et al., 1983; Tauil, 2002). No entanto, foi a partir de um surto ocasionado por DENV-1, ocorrido no Rio de Janeiro em 1986, que a doença passou a chamar atenção da sociedade e dos governantes devido ao grande número de indivíduos infectados, cerca de 1 milhão (Figueiredo et al., 1991). A partir da capital fluminense, o vírus se espalhou pelo Nordeste e Centro-Oeste do país (Nogueira et al., 1989). Em 1990, DENV-2 (genótipo III) foi introduzido no Rio de Janeiro causando os primeiros casos de FHD e se espalhando pelo país (Teixeira et al., 2005; Nogueira et al., 1995; Siqueira et al., 2005). Durante a década de 90 os vírus se expandiram para 22 dos 26 estados do país, gerando um grande aumento do número de infectados que chegou a 345.7 mil para 100 mil habitantes, totalizando 1.513.784 casos, fazendo com que, no final de 1998, o Brasil fosse responsável por 85% dos casos registrados nas Américas (Teixeira et al., 2009; Nogueira et al., 2000). No início do século XXI, mais precisamente durante o ano de 2002, o DENV-3 foi introduzido no país causando uma grave epidemia no Rio de Janeiro, com vários casos de Dengue Clássica e FHD, se espalhando em seguida pelo território nacional (Teixeira et al., 2009; Nogueira et al., 2005). O DENV-4 foi reintroduzido no Brasil, no estado de Roraima, no ano de 2010 após um período de 28 anos sem circulação (Temporão et al., 2011). Esse 34 sorotipo esteve relacionado a casos de FHD durante a década de 80 no continente americano, inclusive no Brasil e atualmente tem circulação predominante, sendo relacionado a epidemias, fato que pode ser justificação pela imunidade adquirida pela população brasileira especifica aos outros sorotipos circulantes anteriormente (PAHO, 1994). Existem diferenças significativas entre a dinâmica da enfermidade no Sudeste Asiático e no Brasil. Apesar do número de casos de FHD no Brasil ser considerado alto, 6.455 casos entre 2000 e 2007 (0,21% dos casos registrados), esse número ainda é considerado baixo quando comparado aos índices asiáticos. Os especialistas explicam que isso pode ocorrer por uma falha de diagnostico por parte dos profissionais de saúde brasileiros e também pela miscigenação racial verificada em nosso país, onde a maior parte da população tem ascendência africana e podem ter herdado de seus ancestrais marcadores genéticos que conferem uma resistência maior a FHD, quando comparados a descendentes de europeus e asiáticos (Teixeira et al., 2009; Teixeira et al., 1999; Blanton et al., 2008). Apesar dos índices de FHD serem considerados baixos quando comparados a outras regiões do mundo, a taxa de mortalidade brasileira no tocante a dengue é considerada alta e apresenta crescimento com o passar dos anos, variando de 1,45% em 1995 a 11,25% em 2007, quando taxas de até 1% são consideradas aceitáveis (Teixeira et al., 2009). Atualmente o Brasil é considerado o país com o maior índice de infectados pelos vírus dengue no mundo. É interessante ressaltar que os dados sobre o número de infectados pela doença no Brasil, apesar de alarmantes, são subestimados, uma vez que existem casos de infecções assintomáticas que não são registradas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Assim, acredita-se que o número de pessoas infectadas seja superior aos números oficiais (Teixeira et al., 2009). Dentro desse contexto, estudos filogenéticos e epidemiológicos se constituem em ferramentas importantes para compreensão da origem e do padrão de circulação viral em determinadas regiões, gerando informações que poderão ser úteis para prevenção e controle de epidemias. 35 2. JUSTIFICATIVA No Brasil, após a re-emergência da dengue em decorrência da reintrodução do A. aegypti na década de 70, várias epidemias foram notificadas (Tauil, 2001). Atualmente, o país é considerado o primeiro lugar no ranking internacional referente ao número de casos reportados da doença (Teixeira et al., 2009). O Rio Grande do Norte, por sua vez, teve o primeiro caso da doença registrado a mais de duas décadas, em 1994. No ano seguinte, o aumento do número de casos na capital (Natal) e a proliferação do vetor promoveram a dispersão do vírus pelo estado (Cunha et al., 1999). Fatores como índice de infestação predial elevado, irregularidade no abastecimento de água e coleta de lixo, bem como o elevado número de imóveis e terrenos abandonados, oferecem condições ideais para a proliferação do vetor aumentando a possibilidade de circulação viral e o consequente aumento do número de casos da doença (Secretaria Estadual de Saúde, 2008). A variabilidade genética dos vírus dengue pode ser comprovada pelos diferentes genótipos e linhagens detectados em estudos evolutivos realizados nos últimos anos. Diante desse fato, é evidente a importância de estudos de caracterização genética desses vírus, a fim de detectar variantes genéticas, compreender suas origens, bem como monitorar a introdução de novos genótipos ou linhagens virais (Mendez et al., 2010; Osman et al., 2009; Rico-Hesse et al., 1997). Com objetivos de realizar a caracterização genética e compreender a evolução dos vírus dengue circulantes no estado do Rio Grande do Norte, analisamos sequências do gene do envelope viral de amostras oriundas de dez municípios do estado coletadas no período de 2010 a 2012. Tais informações poderão ser úteis para a elaboração de estratégias de controle da doença, uma vez que estudos de caracterização genética tem se mostrado essenciais para a compreensão dos padrões epidêmicos e de propagação viral (Mendez et al., 2010). 36 3. OBJETIVOS 3.1. Objetivo geral Caracterizar geneticamente os vírus dengue isolados no estado do Rio Grande do Norte durante os anos 2010-2012. 3.2. Objetivos específicos Sequenciar o gene do envelope dos vírus dengue circulantes no estado do Rio Grande do Norte durante o período de 2010 a 2012; Realizar a análise filogenética por meio de comparações das sequencias obtidas neste estudo com sequencias armazenadas no GenBank, provenientes de outros estados brasileiros e de outros países; Identificar os genótipos e linhagens dos DENV circulantes no estado do Rio Grande do Norte e no Brasil; Pesquisar a origem e o padrão de migração dos DENV isolados no estado do Rio Grande do Norte e no Brasil; Verificar a ocorrência de possíveis substituições de aminoácidos na proteína E dos DENV isolados no estado do Rio Grande do Norte, em comparação com linhagens ancestrais. 37 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1. Amostras Clínicas As amostras de sangue ou soro utilizadas nesse estudo foram provenientes de casos suspeitos de dengue atendidos por demanda espontânea em diferentes Unidades de Saúde (Hospitais, Centros e Postos de Saúde) de diferentes Municípios do estado do Rio Grande do Norte, durante o período de Janeiro de 2010 a Dezembro de 2012. Essas amostras foram recebidas pelo Laboratório Central Doutor Almino Fernandes (LACEN-RN) para a realização do isolamento viral em cultura de células C6/36, e encaminhadas para o Laboratório de Biologia Molecular de Doenças Infecciosas e do Câncer (LADIC) para a realização das técnicas de transcrição reversa seguida da reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) e sequenciamento do gene do envelope viral. Cada amostra veio acompanhada de ficha de identificação e dados de coleta em relação ao início da doença. As amostras foram transportadas até o Laboratório de Biologia Molecular de Doenças Infecciosas e do Câncer (UFRN) sob refrigeração e foram acondicionadas a -70 ºC até o momento da utilização. Para a realização deste estudo, este projeto foi previamente submetido à apreciação e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Protocolo N° 136/2009 CEP-UFRN). 4.2. Coleta de sequencias do GenBank para estudos filogenéticos Foram coletadas sequências armazenadas no GenBank (banco de dados de sequências nucleotídicas) e suas respectivas traduções em proteínas mantido pelo NCBI, Centro Nacional de Informações Biotecnológicas dos EUA (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/), para estudos filogenéticos. 4.3. Extração do RNA viral O RNA viral das amostras de soro dos pacientes foi extraído usando o QIAMP Viral Mini Kit (QUIAGEM, Inc., Valencia, EUA) para posterior realização de RT-PCR (transcrição reversa seguida de reação em cadeia pela polimerase). Em um tubo de 1,5 mL, foram adicionados 560 L do tampão AVL, 5,6 L de RNA transportador (carrier) e 140 L da amostra. Em seguida, a solução foi homogeneizada com o auxílio do vórtex e incubada a temperatura ambiente por 10 minutos. Foram adicionados 560 L de etanol 96%-100% em cada tubo e, em seguida, vórtex. Foram transferidos 630 L da solução para a coluna de sílica e as centrifugamos por 1 minuto a 8000 rpm. Em seguida 38 transferimos as colunas para novos tubos coletores, adicionamos os 630 L restantes da solução e centrifugamos por 1 minuto a 8000 rpm. Transferimos a coluna para um novo tubo coletor, adicionamos 500 L do tampão AW1 e centrifugamos por 1 minuto a 8000 rpm. Transferimos novamente a coluna para um novo tubo coletor, adicionamos 500 L do tampão AW2 e centrifugamos por 3 minutos a 14000 rpm. Por fim, transferimos as colunas para microtubos de 1,5 mL, adicionamos 60 L de tampão AVE, incubamos por 1 minuto a temperatura ambiente e submetemos a amostras a uma última centrifugação de 1 minuto a 8000 rpm. O RNA viral foi estocado a -70 ºC até o momento do uso. 4.4. Transcrição reversa seguida de reação em cadeia pela polimerase (RT-PCR) Foram realizados dois protocolos de RT-PCR. O primeiro protocolo, descrito por Lanciotti et al. (1992), foi utilizado para o monitoramento viral, aplicado em todas as amostras recebidas durante o estudo (2010-2012). Este protocolo detecta os quatro sorotipos simultaneamente em um procedimento semi-nested, gerando produtos amplificados (amplicons) com tamanhos específicos (em pares de base) para cada sorotipo dos DENV. Em uma primeira etapa, foram utilizados iniciadores consensuais (D1 e D2) para os quatro sorotipos dos DENV, complementares as seqüências dos genes que codificam as proteínas C e prM. No procedimento semi-nested, foram utilizados iniciadores específicos TS1, TS2, TS3 e TS4 para detecção dos DENV-1 a 4, respectivamente. O segundo protocolo, detalhado a seguir, foi realizado para a amplificação da região do envelope viral, seguindo a estratégia de “primer walking”. 4.4.1. Iniciadores Os iniciadores utilizados neste estudo para amplificação do gene do envelope dos vírus dengue 1 e 2 foram descritos por Araújo (2009). Os iniciadores para dengue 4 foram desenhados para este estudo. Cada um dos iniciadores foi desenhado para amplificar regiões de aproximadamente 900 pares de bases com regiões sobrepostas de 200 pares de bases (Tabelas 2, 3 e 4). 39 Tabela 1 - Oligonucleotídeos para sequenciamento do gene do envelope dos DENV-1. Região Primer sense A (5’-3’) Primer antisense B (5’-3’) 1 TTA GTC TAC GTG GAC CGA CAA GAA TGA CCT ATG GGA CGT GTT CTC A GAC GCG AAC TTT GTG TGT CG GTG GGA TCA CAA GAA GGA GCA GGG ATT AAA TTC AAG GAG CAC G GCC TAT TCC CAC GCA TCG GAG TCC AAT GTG AGG GCT CC GGC GCA TCT GTT CCT TCG TA CCA ATG GCT GCT GAC AGT CTT ACT TGC CTA GAT GCC ATG GC 2 3 4 5 Posição do genoma (de acordo com AF513110) 6 - 938 Produto (pb) 932 Tm (ºC) A/B 62/63 660 - 1469 809 63/63 1193 - 1900 707 63/64 1691 - 2539 848 63/63 2332 - 3217 885 62/62 Posição do genoma (de acordo com AF489932) 14 - 906 Produto (pb) 892 Tm (ºC) A/B 62/64 708 - 1586 878 62/62 1467 – 2405 938 62/63 2202 - 3106 904 63/63 2958 - 3800 842 62/62 Posição do genoma (de acordo com JN559741.2) 11 - 978 Produto (pb) 967 Tm (ºC) A/B 59/60 767 - 1678 911 58/58 1416 - 2352 936 59/59 2206 - 3187 981 58/59 2932 - 3932 1000 59/60 Tabela 2 - Oligonucleotídeos para sequenciamento do gene do envelope dos DENV-2. Região Primer sense A (5’-3’) 1 CGT GGA CCG AAG ACA GA GAT CAG TGG TCG TTC CA ATG GCA CTG CGA TGG AG GGA TCC CTG GGA GTG TT GAC TCA AAA ATG TCA GCG G 2 3 4 5 Primer antisense B (5’-3’) ACA CAC TCA GGA CTC GGA GCG ACG GCT GTC AGT AA CTC CGC GTA GCC ATG GTA AC CAC TAT CAG CCT GCA CCA TAG CT TCC ATT GCT CCA GAG GGT GT GTC CTT TGG GAA AGG AGT GC Tabela 3 - Oligonucleotídeos para sequenciamento do gene do envelope dos DENV-4. Região Primer sense A (5’-3’) Primer antisense B (5’-3’) 1 TCC AAA TCG GAA GCT TGC TT GGA AGC ATG CTC AGA GAG TAG AGA GTC ACC ATC GGT TGA AGT CAA A TCA TTG GGA AAG GCT GTG C GTG TGT GAC CAC AGG CTG ATG GAC CCA TGC TCC ACC TGA GA ATC CCA GCA CTG TCA CAT CCT GCA CGT CAT GGC CAT TGA CCA TGG ACC CAC GGT TTG CCT CA AGC CAT GAC CAA TG 2 3 4 5 4.4.2. Reação em cadeia pela polimerase Em um tubo tipo eppendorf adicionamos 14 µL de água livre de nucleases (Promega, Madison, EUA), 2,5 µL (500 nM) do iniciador sense (Invitrogen, EUA), 2,5 µL (500 nM) do iniciador antisense (Invitrogen, EUA), 1 µL da enzima AMV-RT (Promega, Madison, EUA) e 25 µL do Acessquick Master Mix (2x) (Promega, Madison, EUA). Em seguida foram adicionados 5 µL do RNA extraído e o tubo foi submetido à agitação com auxilio de um vórtex. 40 O RNA extraído foi reversamente transcrito a 45 °C por 60 minutos, inativação da enzima a 95 ºC por 2 min, diretamente seguidos de 30 ciclos de desnaturação 94 °C por 30 segundos, 54 °C-62 °C por 1 minuto (dependendo do par de iniciadores utilizado) e 72 °C por 2 minutos, com uma extensão final a 72 °C por 10 minutos. A amplificação foi realizada utilizando termociclador modelo 22331 (Eppendorf AG, Hamburg, GER). Após o término da RT-PCR, analisamos os produtos amplificados por eletroforese em gel de agarose (BioAmerica Inc., Miami, USA – cat nº D1500 – LE) a 1% em TBE 0,5X, por 60 minutos a 100V. 4.5. Purificação de produto de PCR Quando foram observados amplicons únicos na eletroforese em gel de agarose descrita no item 3.5.1, a purificação foi feita diretamente do produto da PCR usando o “kit comercial PCR Purification” (Qiagen, Inc., Valencia, CA). Em um tubo de 1,5 mL, adicionamos 5 volumes de Buffer PB para 1 volume de reação de RT-PCR, ou seja, 225 L de Buffer para 45 L de reação. Levamos a solução para o vórtex para homogeneização. Transferimos a solução para a coluna e centrifugamos por 60 segundos a 14.000 rpm. Desprezamos o líquido que foi filtrado pela coluna, adicionamos 750 L do buffer PE e centrifugamos novamente por 60 segundos a 14.000 rpm. Após a centrifugação, desprezamos mais uma vez o liquido filtrado e centrifugamos a coluna por 1 minutos a 14.000 rpm. Transferimos a coluna para um tubo de 1,5 mL, adicionamos 30 L de buffer EB ou de H2O livre de nucleases, incubamos por 1 minuto a temperatura ambiente, seguida por uma última centrifugação de 1 minuto a 14.000 rpm. O DNA purificado foi armazenado a -20 ºC até o momento do uso. 4.6. Purificação de produto de PCR por extração de gel de agarose Quando foi observada a presença de amplicons inespecíficos, ou seja, além do amplicon de interesse, realizamos um gel de purificação. A eletroforese foi feita em gel de agarose a 0,7%, a 110V. Aplicamos todo volume da reação de PCR, 5 L de GelRed e 5 L de sacarose nos poços gerados pelo pente. O gel foi analisado no transiluminador e os amplicons de interesse foram cortados usando lâminas de bisturi estéreis. Após o corte, o fragmento de gel contendo o amplicon de interesse foi transferido para um tubo de 1,5 L e foi realizada a purificação utilizando o “kit comercial Gel Extraction” (Qiagen, Inc., Valencia, CA). 41 Adicionamos 300 L de Buffer QG para cada 100 g de gel e incubamos a 50 ºC por 10 minutos, homogeneizando a cada 2-3 minutos com auxílio do vórtex. Após o período de incubação, com o gel totalmente dissolvido, checamos a cor da mistura, que deve está amarela, semelhante ao buffer QG. Em seguida adicionamos 100 L de isopropanol à amostra e adicionamos a mistura à coluna previamente preparada. Com as amostras já nas colunas, centrifugamos por 1 minuto a 13.000 rpm, desprezamos o filtrado, adicionamos 500 L do Buffer QG e centrifugamos novamente seguindo os mesmo parâmetros. Em seguida, desprezamos o filtrado, adicionamos 750 L de Buffer PE, centrifugamos novamente por 1 minuto, desprezamos o filtrado e incubamos a amostra durante 2 a 5 minutos antes das duas próximas centrifugações. Por fim, colocamos a coluna em um tubo de coleta de 1,5 mL, adicionamos 30 L de Buffer EB ou H2O livre de nucleases no centro da coluna e centrifugamos por 1 minuto. O DNA purificado foi estocado a -20 ºC até o momento do uso. 4.7. Quantificação do DNA A partir do produto da purificação direta da reação de PCR ou de gel-purificação, realizamos uma eletroforese em gel de agarose a 2% em TBE 0,5X com objetivo de quantificar o DNA presente em cada amostra e com isso determinar a quantidade ideal de DNA deve ser adicionada a reação de PCR de sequenciamento. Aplicamos 4 L de peso molecular de Massa (Invitrogen, Carlsbad, CA) no primeiro orifício do gel e 4 L do DNA a ser quantificado nos demais orifícios, juntamente com 2 L de GelRed e 2 L de sacarose. O procedimento teve duração de 60 minutos a 100v. A concentração do DNA foi estimada através da comparação dos amplicons com o peso molecular de massa (Tabela 5). Tabela 4 - Valores de referência para comparação do amplicon obtido com peso molecular de massa para determinação da quantidade ideal de DNA a ser aplicada na reação de sequenciamento. Tamanho do fragmento Low DNA Mass (4 L) DNA (L/reação) 1200 pb 120 ng 2 L 800 pb 80 ng 4 L 400 pb 40 ng 5 L 200 pb 20 ng 6 L 100 pb 10 ng 8 L 42 4.8. Reação de sequenciamento Em um microtubo, adicionamos 2 L do primer específico, 2 L de Big Dye Terminator Cicle Sequencing Randy (Applied Biosystems, Foster City, CA), a quantidade de DNA determinada pelo processo de quantificação (descrito no item 4.8) e completamos o volume com H2O livre de nucleases até atingir 10 L. A solução foi submetida aos seguintes parâmetros de termociclagem: 30 ciclos de 94ºC por 1 minuto, 30 ciclos de 2 minutos com a TM específica do primer utilizado e 30 ciclos de 3 minutos a 72 ºC. A amplificação foi realizada utilizando termociclador modelo 22331 (Eppendorf AG, Hamburg, GER). 4.9. Purificação e precipitação de DNA para remoção de Dye Terminators O DNA foi purificado e precipitado utilizando colunas “Centri-Sep” (Princeton Separations, Inc, Adelphia, NJ). 4.9.1. Hidratação da coluna Adicionamos 800L de água livre de nucleases a coluna, misturamos por inversão com auxílio de um vórtex e deixamos a mesma em repouso por 30 minutos evitando a formação de bolhas. Após a incubação verificamos se haviam bolhas, removemos as bolhas existentes com auxílio de uma micropipeta e removemos a tampa inferior da coluna permitindo a drenagem do excesso de água para um tubo de 2mL. Em seguida, desprezamos á água drenada e centrifugamos a coluna no tubo de 2mL por 2 minutos a 3000 rpm. Por fim, desprezamos o tubo de coleta juntamente com o excesso de água drenada. 4.9.2. Processamento da amostra Com o gel pronto, transferimos 10L da reação de sequenciamento para a coluna, no centro do gel. Colocamos a coluna em um tudo do tipo eppendorf de 1,5mL e centrifugamos por 2 minutos a 3000 rpm. Desprezamos a coluna e secamos a amostra em estufa por 18 horas a 37ºC. O sedimento foi ressuspenso em 10L de formamida Hi-Di (Applied Biosystems, P/N 4311320), aquecido por 2 minutos a 95ºC e mantido no banho de gelo até que os 10L tenham sido aplicados na placa do sequenciador automático “Applied Biosystems Prism” 3100 (Perkin-Elmer, Applied Biosystems, Foster City, CA). 43 4.10. Análise de sequencias nucleotídicas As sequencias obtidas foram visualizadas no programa Chromas Lite 2.1 (Technelysium Pty Ltd) e editadas manualmente por meio de alinhamentos feitos no Clustal W2 (Thompson et al., 1997) com sequências referência obtidas no banco de dados do NCBI. Para a construção do banco de sequencias nucleotídicas de outros estados e países, foram coletadas do GenBank (http://www.ncbi.nlm.nih.gov) todas as seqüências do gene do envelope viral dos DENV-1, DENV-2 e DENV-4 com vistas a estabelecer relações filogenéticas entre os DENV estudados neste projeto e os DENV isolados em outras localidades ou países. Apenas seqüências com ano de isolamento e local de origem foram coletadas. Seqüências previamente identificadas como recombinantes (Worobey et al., 1999) foram excluídas, utilizando os mesmos critérios descritos por Twiddy et al. (2003). Até quatro sequências idênticas do mesmo ano e local foram coletadas. Após a construção do banco de sequências nucleotídicas, foi realizado o alinhamento múltiplo com o auxílio do programa Clustal W2 (Thompson et al., 1997). O Programa ModelTest v3.7 (Posada, 2008) foi utilizado para a pesquisa do melhor modelo evolutivo a ser seguido. As árvores filogenéticas foram construídas pelo método de Neighbor-Joining a partir do programa MEGA versão 5.2 (http://www.megasoftware.net/). 44 5. RESULTADOS Foram estudados 1581 casos suspeitos de dengue, provenientes de diferentes municípios do estado do Rio Grande do Norte, durante o período de janeiro de 2010 a dezembro de 2012. Desses casos, a infecção por DENV foi confirmada em 30,2% (478/1581). O sorotipo predominante durante o período estudado foi o DENV-1, representando 47% (225/478) dos casos positivos, seguido do DENV-4 com 33,4% (160/478), DENV-2 com 19,2% (92/478) e DENV-3 com 0,2% (1/478). Dos vírus identificados, os genes dos envelopes virais foram sequenciados em 16 isolados, sendo 6 de DENV-1, 6 de DENV-2 e 4 de DENV-4 (Tabela 5). O RNA do único DENV-3 identificado nesse estudo não pôde ser recuperado para o sequenciamento do gene do envelope viral. Tabela 5 - Relação de amostras selecinadas para o presente estudo, com seus respectivos sorotipos, origem e ano de coleta. AMOSTRA SOROTIPO ORIGEM ANO 35 DENV-1 Florânia 2010 76 DENV-1 Caicó 2011 78 DENV-1 Natal 2011 81 DENV-1 Caicó 2010 123 DENV-1 Mossoró 2011 129 DENV-1 Guamaré 2011 08 DENV-2 Natal 2010 45 DENV-2 Natal 2011 54 DENV-2 Santo Antônio 2011 119 DENV-2 João Câmara 2011 169 DENV-2 Caicó 2010 383 DENV-2 Jaçanã 2011 05 DENV-4 Guamaré 2012 39 DENV-4 Natal 2012 380 DENV-4 Santa Cruz 2011 446 DENV-4 Caicó 2012 45 Três bancos de dados foram elaborados para este estudo. O primeiro com 522 sequências nucleotídicas correspondentes ao gene E (1485 pb) de DENV-1, outro com 883 sequências correspondentes ao gene E de DENV-2 e o último com 397 sequências correspondentes a DENV-4. Cada uma das cepas foi identificada pelo local (utilizando a sigla de duas letras dos países, disponível em http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/Paises.html, ano de isolamento e número de acesso ao GenBank. 5.1. Reconstrução filogenética e filogeografia dos DENV-1 brasileiros A análise das 522 sequências foi realizada no programa Mega 5.2, usando o método de inferência filogenética Neighbor-Joining, modelo de substituição de nucleotídeo Tamura-Nei e bootstrap de 10000 replicações. O método identificou a existência de cinco genótipos (GIV) (Figuras 4 e 5). O genótipo I apresenta amostras oriundas da Tailândia, Laos, Estados Unidos, Japão, Myanmar, China, Vietnã, Camboja, Taiwan, Sri Lanka, Cingapura, Coréia do Sul, Malásia, Indonésia e Irlanda. O genótipo II possui cepas oriundas da Tailândia e Indonésia. O genótipo III é constituído apenas por cepas da Malásia. O genótipo IV possui cepas da China, Filipinas, Austrália, Ilha Reunião, Malásia, Tailândia e Indonésia. O genótipo V possui amostras do Brasil, Ilhas Virgens, Índia, Ilha Reunião, Cingapura, Porto Rico, Paraguai, Peru, Barbados, Granada, Trinidad Tobago, Colômbia, México, Aruba, Bahamas, Jamaica, Suriname, Angola, El Salvador, Nicarágua, Venezuela, Honduras, Belize, Haiti e Martinica. O genótipo V se apresentou subdividido em duas linhagens de amostras brasileiras (BR-I e BR-II) (Figura 6), BR-I apresenta amostras do Rio de Janeiro, Distrito Federal, Roraima, Alagoas e algumas amostras sem identificação do estado de origem (Figura 7). BRII apresenta amostras do Rio Grande do Norte geradas por este estudo, Rio de Janeiro, Ceará, São Paulo e algumas amostras sem identificação do estado de origem (Figura 8). Foram selecionadas 18 sequências pertencentes aos cinco genótipos em questão com objetivo de inferir sobre seu percentual de identidade nucleotídica. O percentual de identidade entre as mesmas variou de 90,50% a 99%. Com relação às linhagens brasileiras BR-I e BR-II, verificamos que o percentual de simlaridade variou entre 95,40% a 97,20%. Todos os genótipos estudados apresentaram valores de divergência superiores a 6% entre si (Figura 9). Com base na análise filogenética sugerimos que ocorreram duas introduções dos vírus DENV-1 no território brasileiro, no entanto, não foi possível a determinação da possível origem das cepas brasileiras pertencentes a BR-I, provavelmente pela pouca quantidade de sequências disponíveis no GenBank ou devido ao método de inferência utilizado. No entanto, 46 a análise sugere que a linhagem BR-II, por sua vez, entrou no país importada das Ilhas Virgens Britânicas (Figura 10). 19 94 U S PR A Y 20 117 03 998198093169 79 19 B1B9 1 4U592S3U. 63 9J5N199 1USP 199 IN 3B97B9 3 USRPP 8S6 9 F 19913 319U1 R 5 2 U 9 1 9 S 9 P U 2 P J R 1 1 J 4 R UFP P 9S F S R 7E23S PRJF4FJ1 9V JR U 5 P6R 6 99S6 F9JJ651F6221 PN S P C J 5 0 6.1 3 F 1 O 1 . 9R 4JF00411 4 0 1 1N 69J14207478 557 1J49F 9118F99128JR 1959 9818A F84 8112W 4771A5 F47.1J1108 A A 685767068.8.1 951O 119 0I9N.1 57 7 8.62A 3A 1991891971F B 14 9817 F141 .14826 490110518. 09C F2 J3IN 8 7 5 . 9 I R S M 1 1 6 2 9 4 9 7 9 8 7 5 7 N 0 2 . 7 8 J . 1 7 7 2001 M 0 7 1 9 D 7R 5D 8G 86B X 961.1 62 0.81113.18 T A 7O 6D G 08T712 J91 JG G 73 32F.51 N A D FG 47S G JX N BR1D JJF0JN TA M 4D FTAF TA A I7N77 947 6.1.14.1 323 G 7W 1998F826AB JD 4F4JA N97 JN T32F 5N 42J24J69F D 8.1 A 600BR5 20 4833977579J.914 52354JN 47 7 N 9 2 7 B 0 1 R N 1 5 3 6 J B 15F24742.78791..11 81Q.1FN3J1463576N R9H1Q 1RB R9R 126962.5354.69 H 1 979B 8105206727795369142467.1713.91.925.141.619817..72115..11 680639J FJJN 2 0 4 .9418 37 RB 1 AR F7.1 2278638038.41 1 . 20 08 20 4 3 20 0 MX 2 06 06 2 200 0 H GQ . M . 4 0 NI 2 86 X 5 1 M GQ 5 1..10. 15.1 2004 85 G998 199 NI X GQ19987 39.1 UNM 0GU131966.1 873 5.1 .1 2200 MX 2007 220 17 N 5758 IJH .1 Q661043.91 1 1 GQ1 372.1 050B04Z .1 E13 719 17 2004 NI 85 915 22020 U 0 0 N 9 86 .1 4 5 6 4 7 GQ 0 I 6 0 8 0 4 .1 .1 2 5 16. N 6 J 2007 MX 4IF N N I882 5 944 I2N I FJ NN 680894 I.1 1 9 FJ8098417.1 Q8602 JF.1 IFJF.1 2005 NG JQ F5824J1874072344243778.1 JJ.1 2007 MXXGQ8 13196I00 9 7 U G 1.1 200607MMX H . 1719596.1 F933770666164896.2..11 X 8M684 .1 20 6 MG 6454.11 1 X Q48414.1 200M .1 2006SV EU8498840343.15779.1.1 2006 NIJFFJ967J1070213457.41.1 6 F M I 6 H HN 5 38 1 1 20807 N 45 M6X HQQ8698845.12..1.11 200 02M 600X 540 112 208 X G 131655992390.1 35 2008 M GUJQ0065942 1 Q 0 260 878...11 200 MX X JQ J 8 0MX Q9 780558 ..11 202000110 M MX J 59498 0631.1.1 1 .1 31 96 20 2 0100 MXI FQJ1191929504066813.611788.32..119..11 Q 84 5 0 02 9 5 1 .1 2 01 8 NI G 2 0 N I G NQ 2250237532185 6 6 5.11 .196 16 13 33 2008 N I JJQ44254Q33 9 91166303.315 790058 565751552 0 6 3 9 2 . S H Q 1 20 08 UN JJQJ4Q X88937663536 8 583498060824818 37 68237 E 6 H 20 09 SSVSQ Q JJXF992154823 75 65 9 E J G 0 U 0 U 6 38674 9U7S VNI SSVV IJJXF8A41F31 2200929000U A 20202102000000801122 9 N V EU 2 220 00 SV5EVG 20 2192599VE 1290 010 20 213 2505 52511783 38 39 34 67 21711 5 3220421348 93 391707 862 9467 2 2846363 4 83 98 165 1 2 88 1450 6 53 96 76 1 96362 319 755 9 21 8 521 53 100 6416 72444270 220 022071029 070V6095E V08VE 5VEG V FU EVE EFFJUGJJ184637818 FU 8J31032986141 60358461101..1 9810553..111 14.11. .11 .1 8.514 .12128555.1 3 8 3 1 IA 4D0Q 58.1 8U AN 4R4EE1F.219079804.1 O R RO L G U F O 0 S E 4 60J85 007.1 RN MOSS 0250506I8N O 0IN FJ85075.113.15 BRAR ICN L 06220Q0B8R R JF8J55000570017708.1 RTA .1BC 1 1 RE A N 3 20G G 0 F 8 012R B J8FJ 520510R N 2362.A 7R O N 0 5 F M 8 CAAIC 8 R R 8N79.G V 00 B RFJF82J06 J NR1N1U8 BR R1 87 B1B 3.1 0R 6 85 02202030B0R E 0 5 C B 9 B 3 7 1 RBGU1 096.114.1 J88B1 1 22020000004021010R1B2F0R 9 6 7 366996613.1 4Q 10B1R SP B 202 2202060118 H M J0 2 4960 R HQ 6762.1 RH .1 02 R 61 154816 20202000011900 B B Q0267 RJJRHJQH .1 .1 RBR BR 37 22010 .1 7810 HM904 09 53190 RJ .1 20 1 BR 3 9 4 5 0 1 09 7 . 20 1 1 22557.165235.1 5 9JF 4 7 F 7 8 4 9 7 7 5 2 4 8 7 F 2 1 A 5 3 IN256713417.1 Y722803.1 J F29970NG 97 596512 6427 4 2 IN J9168AM F4Y A7Y92828M0YM72A2802.1 9695 117 87 M 1 IN61M 16 M 58 68 A1M 21681 7 9 A476.1 26 0 6 1 7 9 6 9 M 7 1 9 M 7 1919176 1996 Y7M 3322442794.1 .1 4332 A Y 66 A H 580.1 Y777332241J1F.1 TTTH A 0 H 5771.1 .1 8 Y 0 9279.1 IN 279 11199988800TH 1A69282 100 7080 JF 55 626219.1 IN 23 5574 73 DQ28 9 9 Y 1 1 A KM 0 TH AM 0 93 1 1983 19 .1 94 746220 76 AM SA 99 19 4 SA 199 218.1 35.1 AM746 679 SA 1994 JF9 324431382 MY 0 100 47 79 59 2202 201 814.1 20 JF967 0200009 2007 04 IN 2008 200 EF 6SG KR 65 2007 GQ357690.1 FJ6 SG 4175.1 GQ35769 100 874 00098C 041.1 9IN .1 73 20 2200 22200 04 4049 2 08 100 20 94 C 0 2 2 20 0 LK 1 5 09 0 IN 1 0 2 B 2005 JF2 JN 0 100 81 49 1 IN N JN 1 IN 975 JF2975 I1N 1CS JN 90 82.1 253 41 N 90 1 35 9 2092 12 09 JN9 11N 6100 35 55 0D 9 1 035 79 67 80 8H 171 10 S 81.1 H 0 24 JG 0019IN 5397 7 .13.181. S S S IN .1 N IN G JG S Q G Q JG G 4N 2906 JF Q 9 F 0 1 N 9 2 6 1 3 910 9 5 5 1 J 0 7 J 7 9 4 6 7 6 N 8 3 4014N 92.1 439590 969 6348 013.1 356263 .1 9 2 2 .1 .1 4 7 4 1 4 5658 440.1 53037432 ..11 71..1.0112034.1 1 .1.1 .3210..70184.97.1811..1911.1 73979801038117416858127 94J3251340414J8590110174110181000 42JF3J0804JF J9F 1 U3FJFR FR R FJR R PEP FR AB RP PRP PS U SSSPSR 4SS PPPR PY 999667UU SUU 11199998549UU52SUS 99 199919889988U 19 1199199 1 20 95 1 041 VE929019 V9E94 1 80 20 120 99A8FV69EV7 GVE 0 20200149V92E019999081 B 4 EV U 0 0 4 6 2 VEBV2E5G6UEJNF13A1F 19VG1EU9B B 2 007 C C 1B3BJ JFJJNG33U20.58J616384325 5V A 220002007000766CCOOOG9G F148N33N63370915 0934976.6 COO GQ8QE 1 200270CCOO GGQUQ18686865A82F55567.91749974446701321.531.537. 06 GGQQ 2008 C 4 3 7 81 3 1. 1 C 8 8 O 2 4 O 8 6 6 0 25 6Q8853581859654966.52315.616.10.71..1.11 .1 1 201 20 0 VE GQG 0 00 4 0 4 V 8 6 6 BRCR FJ6 68856687..619...11 38 OVRE F GEQ J633397 7805.16 1 F NJ876 6 9 964. 1 4.1 .1 22000088GBR JF 1 J48158309580869702792..1 20Y05JNV 1.1.1 E15 .1 2 G5U091633.1 0 0 8 1 EF 1 2001 9C9O9 VV F 81376329.1 J 8 E 5 159.1 0.1 348 U13J6 4 970.1 3464 2001 VEGGU 43 19 1 93958292688 1950 1 113021.1.256 2 100 69 1 104117943 1997 VE 0AF4 .1134 .118 .1 1.019.1.11.113 .51..1 . 422 1 34. 1 3595 8 2 1 5 . 1 2 9 .1 . .1 6 . 6 5 60 7 2 2 8 7 2 9 1 1999 8 1 85 .2222998 097249 28GQ CO 419 20GQ86856 86 4220398 1 9 9 . 5 2 9.1 1.1 1 0 .1 2 8 .1 97 5 0 8 6855 5 . 0 0 CO GQ8 3 2 FJ639740.1 4 VE 4 CO 2 1998 98 1 4 1 2 1 4 4 .1 1 1998 19 6 1 1 30 63 809022883 060 X 9 1 21023377 2 4262 4 .1 58 8J995016 X X 92 FJ 6 05 55 U 6 N 1 4 N 5 J J GU 1 J VE 9 8 4 2 1 VE J F 9 6 06 E 9 92 N 97 8 J Q 3 1 96 1920 5 9 R 3 92 2U R 0 5458180150J R 0 16 62 T T M P HT H 019JF R P P 8 M 00S 2Q 10 008PH 20 5509 564764696313263 2 U 2001 206G 20 V 8E J8 G U1S0S JE14Q Q 4 1002U J0E GJFUNU N JLJ0LVH 220001160U 2A EFEJ E 7 A R E 0 J E 9 22001R V V R V B2B09R0 8577VV 101B0R 00007 202101 2222002000 0 2 19 67 81 99 73 .1.1 2268 85357.1 634129 JNJN96 8 TH THJQ 0910 E 2020 2 I 1 20 49 100 20 20 0240 205 0 2 2 0 2S08 0T3MY 220000180 2200002200G 08 KCN053 S0G03EHUTJHJN 2 2 H J MSG3ESSG0F6 E69 20011000M 9 Y JG N EUG E996U47 FQ0Y 20020IIDDID 32J U006FJU7018405 0 8 3 1AAKBJ66F99675987N 246783614984176.599564506690.9133.89.1 20022000200300KB HHG 4 KH KH2F4Q K 55587 .1.11 19096 1 6 3 H K 9891799F7JH6FFJJF6JJ8665634389..511.1 18..1.110170. ..11 9 11991 99 MM 396 1 TH T 33939661792. A AY 20021002000MM Y 6A89276.61886016..1 YH 1M A MM 1.11 2000 M 67Y227063Y 3 24 9 M A2YA A MM 95205540 Y 4 4 M 1 6 2 6 6 0 . 2 . 2 8 A 0 1 1 0 2 0 Y . . TH 2008 T H AY672309945819.1 529.1 513.1 1 20 02 MM .1 JF 9 67265 AY972 832853 .1 20 26.1 8 8 0.64112941171476 MM AY606 .1999.1 6182 20001 1 MM 11 3 49 AY 1 062 6674.1 78 45441026 1 6228431 1 .1 2001 . . 8 9275.1 MM 56.1 . 1 1 128.1 AY72 14 .132 483.1 6551. 3 13 ..4 .4 66.1 .1 . 2 536900.1 4 3 . 6 1 5 2 1997 5 5 0 3 6 34 7 6 TH 4 2 9 66056761 7 1 9 2 AY73 3 9 31 7 0 5 1 04 3 2416 7 92 4 5 1 5 24 5 2 9 5 6 4 7 Y 7 . 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H 5 .1 88356.08611.79511..1.1. 6 TAB4600385 2 2500W .1 757079.1 687 761 .119111 Q 1 T . J J 8 6 9 F 0 W 8 1 1 0 N . T .1 CN FFJJ1976807.91 220028000066 C 68177.1.1 F97 2 TCHNF 51 JNJ49616395815332021.1 20096M 20080M JN Q6810321214.1. HHJH T 20 T 8 F8995361.3.1 2200000099 LGKHJQ 2 0 SK 05849052121214709..111 NQ862422 5.1 8543899 JH 2019 KLKF 2090 LLN JJFF8899396578045229959857...111 3..11 1 7 544794 0609VSNGFJFJN 037033767.31.617731.17.113. 1387604480 8 9 0 0 0 2 JJ J6671407 9 62 3 24 VSNG 63 2 1 9987 220200699V 8 5 7 8 3 3 941 6 11 45 LK 00060 V 6 N FU 7 220 8323 U6J8989F8JJ66831699.16. 8 73 57 17 N E 2200 9169 1021242188 75 N NENFFKJHH JF5N0606Q48 AY 200007 V V KHJ887GTH1 2 00706 7VV011 K F 2 H 1 7..11 2 20 00 2200001 Q 2 20 TH0J0 1K92944279530...11 3T2H0 733322234841 0 2004 AYYY7773.124 20 THH AAA4YY5573 H 944 TT H32A 19999944 YT7TH 11 99A0 1TH99 1 96 19 38 6756 5521 1054 211615604515 09 9 19 11 1 9 20200 229993996925T 8 0 2205 K000 TT TH 4 J H H 0 H 0 3 H V N 220000044VVN FGVVN1N9A9AYYAY63 Q 477 78 0 3 33 N T3W 202 22000553VVNNNGFJ8986GJQ 2 3 22 24 2 20005100033 VVN FQJJ818893896137964A46214330.41 200004 0V50VVN VNNNFG 81829583 69.788B.1.1. FJQ G 5 VN CEN N N GQ1F9JJ889929563.91 1 30160 1 U J J 4 N N 4Q1998888228386343.11 ..11 878 3 8 0 7 6 27398891783.381557.616.9672..6.1.1.11 9. 81.1 1 1 1 2.1 0.01 100 CN JN029816 96 GI GII GIII GV GV Figura 4 - Genótipos de DENV-1 representados em árvore de radiação elaborada do programa MEGA 5.2 usando o método de inferência filogenética Neighbor-Joining, modelo de substituição Tamura-Nei e bootstrap com 10000 replicações (Osman et al., 2009). 47 100 GV 100 GIV 67 100 73 GIII GII 100 GI 99 0.01 Figura 5 - Árvore colapsada no programa Mega 5.2 representando os cinco genótipos DENV-1 (Osman et al., 2009). O genótipo V, marcado em verde apresenta amostras brasileiras. Os números representam os valores de bootstrap. 48 BR-I 41 16 49 69 30 99 2004 VE JN819425.1 2006 US PR EU482591.1 79 52 42 46 21 19 GV 1 0 2008 VE FJ850103.1 2011 BR RJ JN122281.1 2010 BR AL JQ015185.1 2010 BR RJ HQ696612.1 52 2010 BR AL JQ015184.1 49 VE 1997-00 39 100 BR-I VE 1998-07 32 PR 2010 MQ 2008 HT 2010 92 VE 1996-2007 97 VE/ CO 1997-01 2 4 1999 VE FJ639743.1 2008 VE FJ850104.1 2005 VE GU131837.1 67 2008 GY JN415506.1 61 2008 BR FJ850093.1 70 2010 BR RR JN713897.1 97 2005 CO GQ868562.1 3 37 37 VE 2004 100 100 73 41 35 2 GIV 67 19 GIII GII CO 2006-08 VE 2004-05 68 4 VE/ BB 1994-06 100 8 26 VE/ NI/ SV 2006-12 70 2009 US JQ425067.1 81 92 US 2009-10 NI 2006-08 31 90 96 20 NI/ MX/ BZ/ SV/ HN 2004-10 20 2001 BR HQ603917.1 2001 BR DF AB519681.1 1997 BR AF425614.1 1986 BR RJ HQ026760.1 1986 BR RJ JN122280.1 82 51 1986 BR HQ603916.1 2001 BR FJ850073.1 1996 US PR FJ478457.1 61 76 53 GI 99 21 35 93 38 PR 1985-93 1996 CO AF425617.1 1993 SV JN819417.1 21 31 21 13 0.01 1988 AO AF425610.1 25 20 GD 1987-88 35 12 1981 SR JN379485.1 1977 JM AF425621.1 1977 BS JN379475.1 1978 TT AF425631.1 2004 AW JN379473.1 1982 BR AF425613.1 80 10 14 22 23 67 MX 1980-83 1977 GD JN379480.1 23 11 47 15 97 44 1985 CO AF425616.1 1986 TT AF425639.1 1981 TT JN379483.1 1981 GD JN379484.1 IN 1962-63 97 1993 US PR FJ410184.1 2003 BB JN379472.1 43 86 1995 BB JN379486.1 1991 PE AF425626.1 97 26 PR 1987-94 59 1999 PY AB111065.1 61 PR 1987-98 27 40 90 52 66 2006 IN EU448413.1 2005 SG EU081258.1 2004 RE DQ285554.1 2005 IN JF297583.1 1985 VG GQ868601.1 81 2007 BR FJ850090.1 57 2005 BR FJ850084.1 47 2003 BR FJ850077.1 2002 BR FJ850075.1 62 2000 BR FJ850071.1 26 28 2000 BR FJ850070.1 2004 BR FJ850081.1 2010 35 BR RN FLORANIA 2011 76 BR RN CAICO 32 44 2011 78 BR RN NATAL 2011 123 BR RN MOSSORO 66 2006 BR FJ850087.1 16 2010 BR CE JN982362.1 9 2010 81 BR RN CAICO 10 38 2011 129 BR RN GUAMARE 7 2008 BR SP GU131863.1 2009 BR HM043709.1 6 2010 BR RJ HQ696614.1 68 2010 BR RJ HQ696613.1 58 2010 BR RJ HQ026762.1 16 2009 BR RJ HQ026761.1 17 95 2009 BR RJ HM043710.1 BR-II 55 87 43 BR-II 0.005 Figura 6 - Genótipo dos vírus DENV-1 e suas duas linhagens brasileiras (BR I-II) marcadas em verde. 49 41 16 2008 VE FJ850103.1 2011 BR RJ JN122281.1 2010 BR AL JQ015185.1 69 2010 BR RJ HQ696612.1 52 2010 BR AL JQ015184.1 49 49 30 VE 1997-00 39 99 2004 VE JN819425.1 2006 US PR EU482591.1 79 52 42 46 21 19 1 0 BR-I VE 1998-07 32 PR 2010 MQ 2008 HT 2010 92 VE 1996-2007 97 VE/ CO 1997-01 2 4 1999 VE FJ639743.1 2008 VE FJ850104.1 2005 VE GU131837.1 67 2008 GY JN415506.1 61 2008 BR FJ850093.1 70 2010 BR RR JN713897.1 97 2005 CO GQ868562.1 3 37 37 41 VE 1998-07 32 2008 VE FJ850103.1 2011 BR RJ JN122281.1 2010 BR AL JQ015185.1 2010 BR RJ HQ696612.1 52 2010 BR AL JQ015184.1 49 VE 2004 41 35 2 19 69 VE 2004-05 68 4 49 16 CO 2006-08 30 VE/ BB 1994-06 8 26 70 92 79 US 2009-10 52 NI 2006-08 31 90 1 96 NI/ MX/ BZ/ SV/ HN 2004-10 2001 BR HQ603917.1 2001 BR DF AB519681.1 1997 BR AF425614.1 1986 BR RJ HQ026760.1 1986 BR RJ JN122280.1 82 51 1986 BR HQ603916.1 2001 BR FJ850073.1 1996 US PR FJ478457.1 4 61 76 21 93 38 3 25 20 GD 1987-88 35 13 12 10 14 22 23 19 VE/ BB 1994-06 8 26 VE/ NI/ SV 2006-12 70 81 NI/ MX/ BZ/ SV/ HN 2004-10 76 21 PR 1987-94 0.002 PR 1987-98 40 90 52 66 2006 IN EU448413.1 2005 SG EU081258.1 2004 RE DQ285554.1 2005 IN JF297583.1 1985 VG GQ868601.1 81 2007 BR FJ850090.1 57 2005 BR FJ850084.1 47 2003 BR FJ850077.1 2002 BR FJ850075.1 62 2000 BR FJ850071.1 26 28 2000 BR FJ850070.1 2004 BR FJ850081.1 2010 35 BR RN FLORANIA 2011 76 BR RN CAICO 32 44 2011 78 BR RN NATAL 2011 123 BR RN MOSSORO 66 2006 BR FJ850087.1 16 2010 BR CE JN982362.1 9 2010 81 BR RN CAICO 10 38 2011 129 BR RN GUAMARE 7 2008 BR SP GU131863.1 2009 BR HM043709.1 6 2010 BR RJ HQ696614.1 68 2010 BR RJ HQ696613.1 58 2010 BR RJ HQ026762.1 16 2009 BR RJ HQ026761.1 17 95 2009 BR RJ HM043710.1 BRBR-II II 55 87 43 NI 2006-08 20 1999 PY AB111065.1 27 US 2009-10 90 61 2003 BB JN379472.1 61 92 96 20 1995 BB JN379486.1 1991 PE AF425626.1 59 2009 US JQ425067.1 31 IN 1962-63 43 86 CO 2006-08 VE 2004-05 68 4 1988 AO AF425610.1 1993 US PR FJ410184.1 26 41 35 2 1985 CO AF425616.1 1986 TT AF425639.1 1981 TT JN379483.1 97 1981 GD JN379484.1 44 97 2008 BR FJ850093.1 2010 BR RR JN713897.1 2005 CO GQ868562.1 VE 2004 MX 1980-83 97 67 2008 GY JN415506.1 97 37 1977 GD JN379480.1 23 11 47 15 VE 1996-2007 1999 VE FJ639743.1 2008 VE FJ850104.1 2005 VE GU131837.1 61 1981 SR JN379485.1 1977 JM AF425621.1 1977 BS JN379475.1 80 1978 TT AF425631.1 2004 AW JN379473.1 1982 BR AF425613.1 67 HT 2010 92 97 70 1996 CO AF425617.1 1993 SV JN819417.1 21 PR 2010 MQ 2008 37 PR 1985-93 21 31 46 VE/ CO 1997-01 2 35 42 21 19 0 20 53 99 2004 VE JN819425.1 2006 US PR EU482591.1 2009 US JQ425067.1 81 20 VE 1997-00 39 VE/ NI/ SV 2006-12 0.005 Figura 7 - Linhagem BR-I do genótipo V de DENV-1. 1997 BR AF425614.1 1986 BR RJ HQ026760.1 1986 BR RJ JN122280.1 82 1986 BR HQ603916.1 51 2001 BR FJ850073.1 2001 BR HQ603917.1 2001 BR DF AB519681.1 50 BRI 41 16 2008 VE FJ850103.1 2011 BR RJ JN122281.1 2010 BR AL JQ015185.1 69 2010 BR RJ HQ696612.1 52 2010 BR AL JQ015184.1 49 49 30 VE 1997-00 39 99 2004 VE JN819425.1 2006 US PR EU482591.1 79 52 42 46 21 19 1 0 BR-I VE 1998-07 32 PR 2010 MQ 2008 HT 2010 92 VE 1996-2007 97 VE/ CO 1997-01 2 4 1999 VE FJ639743.1 2008 VE FJ850104.1 2005 VE GU131837.1 67 2008 GY JN415506.1 61 2008 BR FJ850093.1 70 2010 BR RR JN713897.1 97 2005 CO GQ868562.1 3 37 37 VE 2004 41 35 2 19 CO 2006-08 VE 2004-05 68 4 VE/ BB 1994-06 8 26 VE/ NI/ SV 2006-12 70 2009 US JQ425067.1 81 92 US 2009-10 NI 2006-08 31 90 96 20 NI/ MX/ BZ/ SV/ HN 2004-10 20 2001 BR HQ603917.1 2001 BR DF AB519681.1 1997 BR AF425614.1 1986 BR RJ HQ026760.1 1986 BR RJ JN122280.1 82 51 1986 BR HQ603916.1 2001 BR FJ850073.1 1996 US PR FJ478457.1 61 76 53 21 35 93 38 PR 1985-93 1996 CO AF425617.1 1993 SV JN819417.1 21 31 25 20 GD 1987-88 35 21 13 12 10 14 22 23 67 62 MX 1980-83 1977 GD JN379480.1 97 44 2007 BR FJ850090.1 2005 BR FJ850084.1 2003 BR FJ850077.1 47 2002 BR FJ850075.1 2000 BR FJ850071.1 26 28 2000 BR FJ850070.1 2004 BR FJ850081.1 81 57 1981 SR JN379485.1 1977 JM AF425621.1 1977 BS JN379475.1 80 1978 TT AF425631.1 2004 AW JN379473.1 1982 BR AF425613.1 23 11 47 15 1985 VG GQ868601.1 1988 AO AF425610.1 1985 CO AF425616.1 1986 TT AF425639.1 1981 TT JN379483.1 1981 GD JN379484.1 43 2010 35 BR RN FLORANIA IN 1962-63 97 1993 US PR FJ410184.1 32 1995 BB JN379486.1 1991 PE AF425626.1 26 66 PR 1987-94 59 16 1999 PY AB111065.1 61 PR 1987-98 27 40 90 52 66 2006 IN EU448413.1 2005 SG EU081258.1 2004 RE DQ285554.1 2005 IN JF297583.1 1985 VG GQ868601.1 81 2007 BR FJ850090.1 57 2005 BR FJ850084.1 47 2003 BR FJ850077.1 2002 BR FJ850075.1 62 2000 BR FJ850071.1 26 28 2000 BR FJ850070.1 2004 BR FJ850081.1 2010 35 BR RN FLORANIA 2011 76 BR RN CAICO 32 44 2011 78 BR RN NATAL 2011 123 BR RN MOSSORO 66 2006 BR FJ850087.1 16 2010 BR CE JN982362.1 9 2010 81 BR RN CAICO 10 38 2011 129 BR RN GUAMARE 7 2008 BR SP GU131863.1 2009 BR HM043709.1 6 2010 BR RJ HQ696614.1 68 2010 BR RJ HQ696613.1 58 2010 BR RJ HQ026762.1 16 2009 BR RJ HQ026761.1 17 95 2009 BR RJ HM043710.1 BRBR-II II 55 87 43 44 2003 BB JN379472.1 43 86 97 2011 76 BR RN CAICO 2011 78 BR RN NATAL 2011 123 BR RN MOSSORO 2006 BR FJ850087.1 2010 BR CE JN982362.1 9 2010 81 BR RN CAICO 10 2011 129 BR RN GUAMARE 38 7 2008 BR SP GU131863.1 2009 BR HM043709.1 6 2010 BR RJ HQ696614.1 68 2010 BR RJ HQ696613.1 58 2010 BR RJ HQ026762.1 16 2009 BR RJ HQ026761.1 17 95 2009 BR RJ HM043710.1 0.001 0.005 Figura 8 - Linhagem BR-II do genótipo V de DENV-1. As amostras geradas neste estudo estão sinalizadas com círculos pretos. 51 Tabela 6 - Matriz de identidade nucleotídica entre representantes dos cinco genótipos de DENV-1. SEQUÊNCIA 1. 2011_78_BR_RN_NATAL 2. 2011_123_BR_RN_MOSSORO 3. 2010_35_BR_RN_FLORANIA 4. 2011_76_BR_RN_CAICO 5. 2010_81_BR_RN_CAICO 6. 2011_129_BR_RN_GUAMARE 7. 1986_BR_RJ_HQ026760.1 8. 2010_BR_AL_JQ015184.1 9. 2011_BR_RJ_JN122281.1 10. 2002_PH_AY422782.1 11. 2010_CN_JN029816.1 12. 1972_MY_EF457905.1 13. 2012_ID_KC589010.1 14. 1964_TH_AF180817.1 15. 1960_TH_JF297570.1 16. 1999_MM_AY618878.1 17. 2010_CN_JN029817.1 18. 1990_TH_JN638337.1 1 ID 99,00% 97,60% 99,00% 98,70% 99,40% 96,70% 95,50% 95,50% 90,90% 91,70% 91,90% 92,80% 92,80% 92,30% 92,10% 92,10% 91,80% 2 99,00% ID 97,30% 98,60% 98,50% 99,00% 96,10% 95,10% 95,10% 90,50% 91,30% 91,50% 92,30% 92,30% 91,80% 91,50% 91,50% 91,20% 3 97,60% 97,30% ID 98,00% 97,70% 98,00% 96,70% 97,10% 97,20% 90,60% 91,30% 91,70% 92,60% 92,60% 92,10% 91,00% 91,10% 90,70% 4 99,00% 98,60% 98,00% ID 98,90% 99,40% 97,10% 96,20% 95,90% 91,10% 91,70% 91,90% 92,70% 92,70% 92,30% 91,90% 91,80% 91,50% 5 98,70% 98,50% 97,70% 98,90% ID 99,10% 96,50% 95,40% 95,40% 90,80% 91,30% 91,50% 92,30% 92,30% 91,80% 91,40% 91,50% 91,10% 6 99,40% 99,00% 98,00% 99,40% 99,10% ID 96,80% 95,60% 95,60% 91,20% 91,90% 92,10% 92,90% 92,90% 92,50% 92,00% 92,10% 91,70% 7 96,70% 96,10% 96,70% 97,10% 96,50% 96,80% ID 97,90% 97,70% 91,30% 91,80% 92,70% 92,90% 92,90% 92,50% 92,10% 92,20% 91,90% 8 95,50% 95,10% 97,10% 96,20% 95,40% 95,60% 97,90% ID 99,40% 90,90% 91,50% 92,10% 92,50% 92,50% 92,40% 91,30% 91,40% 91,10% 9 95,50% 95,10% 97,20% 95,90% 95,40% 95,60% 97,70% 99,40% ID 90,70% 91,40% 92,00% 92,50% 92,50% 92,40% 91,30% 91,40% 90,90% 10 90,90% 90,50% 90,60% 91,10% 90,80% 91,20% 91,30% 90,90% 90,70% ID 98,40% 93,10% 93,10% 93,10% 93,00% 92,00% 92,50% 92,10% 11 91,70% 91,30% 91,30% 91,70% 91,30% 91,90% 91,80% 91,50% 91,40% 98,40% ID 93,60% 93,70% 93,70% 93,40% 91,90% 92,60% 92,10% 12 91,90% 91,50% 91,70% 91,90% 91,50% 92,10% 92,70% 92,10% 92,00% 93,10% 93,60% ID 94,10% 94,10% 93,90% 92,70% 93,00% 92,60% 13 92,80% 92,30% 92,60% 92,70% 92,30% 92,90% 92,90% 92,50% 92,50% 93,10% 93,70% 94,10% ID 99,80% 98,30% 92,50% 93,20% 92,50% 14 92,80% 92,30% 92,60% 92,70% 92,30% 92,90% 92,90% 92,50% 92,50% 93,10% 93,70% 94,10% 99,80% ID 98,30% 92,50% 93,20% 92,50% 15 92,30% 91,80% 92,10% 92,30% 91,80% 92,50% 92,50% 92,40% 92,40% 93,00% 93,40% 93,90% 98,30% 98,30% ID 92,70% 93,40% 92,60% 16 92,10% 91,50% 91,00% 91,90% 91,40% 92,00% 92,10% 91,30% 91,30% 92,00% 91,90% 92,70% 92,50% 92,50% 92,70% ID 98,30% 98,70% 17 92,10% 91,50% 91,10% 91,80% 91,50% 92,10% 92,20% 91,40% 91,40% 92,50% 92,60% 93,00% 93,20% 93,20% 93,40% 98,30% ID 98,70% 18 91,80% 91,20% 90,70% 91,50% 91,10% 91,70% 91,90% 91,10% 90,90% 92,10% 92,10% 92,60% 92,50% 92,50% 92,60% 98,70% 98,70% ID British Virgin Islands BR-II Figura 9 - Mapa representando a possível introdução dos vírus DENV-1 no Brasil. A introdução da linhagem BR II está representada em vermelho. 52 5.2. Análise das alterações na cadeia peptídica da proteína E dos DENV-1 Comparamos oito cepas pertencentes ao sorotipo 1 (1985-2011). Quatro sequências geradas por este estudo provenientes de Florânia, Caicó, Mossoró e Guamaré, todas isoladas no período de 2010-2011, uma cepa das Ilhas Virgens Britânicas (1985), ancestral da linhagem BR-II, uma cepa do estado do Rio de Janeiro (1986) pertencente a BR-II e duas cepas pertencentes à linhagem BR-I, sendo que uma delas não possui dados sobre estado de origem e foi isolada em 2000 e a segunda oriunda do Rio de Janeiro (2010). Apesar de terem sido verificadas várias mutações ao longo da glicoproteína E das cepas comparadas, foi constatada apenas uma substituição de aminoácidos que ocorreu na posição E124 (R-K) (Tabela 6) do domínio II, não representativa de alteração de caráter bioquímico, uma vez que ambos os aminoácidos pertencem a mesma categoria classificatória, possuindo o radical polar carregado positivamente. Tabela 7 - Substituições de aminoácidos nas amostras de DENV-1 provenientes do Rio Grande do Norte quando comparadas com isolados provenientes do genótipo V ISOLADOS DE DENV-1 1985_VG_GQ868601 1986_BR_RJ_HQ026760 2000_BR_FJ850071 2010_BR_RJ_HQ696612 2010_35_BR_RN_FLORÂNIA 2010_81_BR_RN_CAICÓ 2011_123_BR_RN_MOSSORÓ 2011_129_BR_RN_GUAMARÉ DII E94 R . . . Q . . . DII E96 F . . . . . . . DII E124 R K K K K K K K DII E261 H . . . . . P . POSIÇÃO DO AMINOÁCIDO DI DI DIII DIII DIII E282 E294 E297 E299 E300 H L M Y V . . T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . P F . F W . L . . . DIII E304 G . . . . . A . DIII E338 L S . S S . . . DIII E394 K . . R R . . . INSO INSO E428 E436 L I V V . . V V V . . T . . . . DI: domínio I; DII: domínio II; DIII: domínio III, INSO: região insolúvel; VG: Ilhas Virgens Britânicas; BR: Brasil; RJ: Rio de Janeiro; RN: Rio Grande do Norte. 53 5.3. Reconstrução filogenética e filogeografia dos DENV-2 brasileiros A análise das 883 sequências foi feita no programa Mega 5.2, utilizando o método de inferência filogenética Neighbor-Joining, modelo de substituição nucleotídica Tamura-Nei e bootstrap de 10000 replicações. O método identificou a existência de cinco genótipos. O genótipo cosmopolita apresenta amostras oriundas de Bangladesh, Índia, Sri Lanka, Cingapura, Austrália, Arábia Saudita, Uganda. O genótipo asiático II apresenta amostras de Burkina Fasso, Arábia Saudita, Gana, Indonésia, Somália, Austrália, Papua Nova-Guiné, Nova Caledônia, Polinésia Francesa, Ilhas Wallis e Futuna, Filipinas, China, Taiwan, Malásia, Micronésia, Timor Leste, Japão, Brunei e Guam. O genótipo americano contém amostras da Nova Caledônia, Polinésia Francesa, Fiji, Samoa Ocidental, Tonga, Índia, Porto Rico, Peru, Colômbia, México e Honduras. O genótipo asiático I contém amostras das Filipinas, Taiwan, Indonésia, Guam, Papua Nova-Guiné, Estados Unidos, Tailândia, Myanmar, Camboja, Vietnã, Austrália, Laos e Cingapura. O genótipo asiático-americano apresenta amostras do Brasil, Paraguai, Bolívia, Peru, Jamaica, São Cristóvão e Névis, Porto Rico, Venezuela, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala, México, Belize, El Salvador, Ilhas Virgens, Equador, Vietnã (Figuras 11 e 12). As cepas brasileiras, incluindo as amostras geradas neste estudo, se apresentaram agrupadas em quatro linhagens dentro do genótipo asiático-americano (BRI-IV) (Figura 13). BR-I se apresentou constituída por cepas do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Espirito Santo e algumas cepas sem a identificação do estado de origem (Figura 14). BR-II constituído por cepas sem identificação do estado de origem (Figura 15), BR-III constituído por apenas uma amostra brasileira sem identificação do estado de origem (Figura 16) e BR-IV se apresentou constituído por cepas oriunda do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Norte, incluindo as amostras provenientes deste estudo (Figura17). Foram selecionadas 30 sequências representativas dos cinco genótipos para a construção de uma matriz de similaridade nucleotídica. Com base nos resultados, verificou-se que o percentual de identidade entre as sequências variou de 90,10% a 99,50%. Com relação às quatro linhagens brasileiras, verificamos percentual de identidade de 96,70% a 97,70% entre BR-I e BR-II, 96,40% a 96,70% entre BR-I e BR-III, 96,40% a 97,20% entre BR-I e BR-IV, 96,40% a 97,30% entre BR-II e BR-III, 96,80% a 97,70% entre BR-II e BR-IV e 96,80% a 97,30% entre BR-III e BR-IV. O percentual de divergência mais alto ocorreu entre as linhagens BR-I e BR-IV variando entre 2,8% e 3,6%. A divergência entre os genótipos comparados foi superior a 6% (Figura 18). 54 Os nossos resultados sugerem a ocorrência de quatro possíveis introduções distintas do sorotipo no país. A inferência aponta que os vírus pertencentes à linhagem BR-I do genótipo asiático-americanos possivelmente entraram no país através de uma introdução que partiu de países sul-americanos vizinhos (Venezuela, Equador ou Peru), passando pelo estado do Rio de Janeiro e em seguida para o Rio Grande do Norte. Os vírus pertencentes à linhagem BR-II teriam entraram no território brasileiro partindo de Porto Rico. BR-III teria vindo da Colômbia e BR-IV, linhagem das amostras geradas neste estudo, teve origem no Caribe (Porto Rico ou São Cristóvão e Névis), entrou no Brasil possivelmente pelo estado do Rio Grande do Norte, município de Natal (Figura 19). 55 99 PE-1 -9 96 1 43 10 348 53 19 . 7 4 PF 263 989 8 39 GQ ID 7.51 1911 90 58 KC -76 ID 75 .1 99 62 ID 19 12 20 82.1 90 391.611 GQ96080.2 3 54 416 ID 8321 9 6 Q 76 G35 39 DQ0 19EGIU 7 D6 34 9I7F 61B 96731. 97 86 1.1 1928 19 86.6 612 BF 2842 74 586 M 56 A JN 9999 JN A PG S 3AU 1994 11 030 81. 20 202 525 SO 00 .1.1 .1 .1 03 02 99 .1 00 21 04 21 20 .1 05 10 58 21 08 58 21 09 21 .1 16 58 HM 58 17 EU 58 HM 21 06 .1 .1 07 HM NC HM HM 14 58 NC 13 21 01 00 72 21 FJ PF 1.1 71 58 HM 21 M21 AS .1 58 71 86 19 19 4. 73 .1 M H 58 58 M PF 80 H 1919 72 19 .1 86 05 57 M H 43 0.1 GH TO 19 Q 71 63 89 HRM H 12 AS 64 82 72 G AS 74 53 96 19 FJ 68 72 F2 39 TO 91 72 FJ A P JX 05 Q 71 Q 19 3 891 74 D R IN RG 19P19 69 EU P P R69 ID 05 71 19 21F.1J5 69 19 77 9IN 19 19 1977 19 20 .1 F1J956348 .1 92IN .1 409.1 984850.1 989.1 8855165988 7 9 88.1 66 J63 88F 686Q 6 G1N O Q 7G 9Q Q G 5X JG H 6XE M 0C X 4X 20 V J8 98M 98149E 31792M 10 09199P 20A 20011 0U6 33 5-99 69 72 43 19 23 18 38 24 11 3 1 0880 99 3341 61 27 8537 741 99 -71 654 9 99 67 9 3149 IN IN 19 56 -6 4 94 20 05 51 95 86 401619 27 25 27 7-09 2006-07 SG 44 489930 SG 200 91 95 45 88 9644 SG 200 6 10 BD 959 1 84 579690 1 55135 96 1 7 98 75 94 48 99 2379 804.1 JF968049.1 117.1 GQ357 MY579.1 JN196 SG JN851 2010 2007SG 2009 2007 2009 201 ID JF 0 ID 967 JF9 982.1 680 03.1 ID 2008- 75 44 49 1420 88 7684 92 8 7 80 99 02 MY 20 05 20 IN .1 633 807 80 FJ 35 76 .1 00 5 220 012 220 220000 21022B020000 5520 002078 BCR0O 210B0R 4FE 220201202R7109B00R81BR 0BBR JCU 009107P19BO0JBBR08YRJRJRRR 0O B 8 J Q 2 J H 0 H P 45G44Q PBBEBR Q 7JJ7J1GG YXJRQ RJXRRR 0Q 725986 X251X01JQ1806Q JHXXJJ050JHQ XQ33 .41.815 2 5 5 6 2 6 0 0 X 0 582016881551672529166452.75.781811 54 762855891452.15..1911256724782 .1 42233.8.216031.8V11. ..11 1..11E1 2 -1 10 20 93 3610857 SA IN 2001 LK 2 003-0 4 J 4 G16992 N E 03 9S319 9K I 1 7-200 3-05 05 IN F 8.1 9119419L 5 20 11999 2006 AF4 199 IN 200 4.182 IN -91 N .31356 -95 4 74 I 330JN 30IN 94-96 990 00 19 91 19 0 1 2 IN 9 00J3N IN 19-94IN 2004 2004 SA JSN LK IN 2G0 ABEU 92 G0 -94 48 4484.1 19 20019 19 0S191 22 IN 9 IN83 102 JF96.1 20 9968 7992 4 9 .1 1999591 9 SA 0 8857 351 9 8199 21 53 428 6 5215 12 9 65 10 34 5 PE 73 6567 5.61 .1 20 120 2 202 0 9 0 0 08 2 M 1Y1S02 0 C F I 2100 JGM D 9JYNN 6K J1 8 J 5 M F F 0 6 C 906YA 90816523 U . 8 7 J 7 1 1 .1.1 0 1 9F6J9 11.412 4434 2 6 33.1 7 . . 1 00.1 .N15860 1 00053434950 82 N 2 8 6180N8123.1 5.13 63J.1 5J.1 71G G 0F85029 1.1 .1 J3.1 J593S.6N 1108070J2S 2 041IN 21F0000JS 383FG7IN 84.1 370.1 2F 02314A41001IN 44 310 2AG UA L290FFK 7 AUUAF4 8 22020 000707 9HHG NNT 220 GGH 0 58902882B0 2200 2004UUQ 07 0 C5O 0X7 Z29J0 169961F 991M OR 20020 023C 0 C 9229F3.C 3 9J24 7V 1FG 7.1 05E C GV U .81.O JQ 8H FE81 J1T9847 6 3 8 0 HO 1 5235 Q3G3Q 4M09 8G 9G 4108 48U64Q5 8685 70.1 .1 8 2 4 6 1 A 8.1 89 556 80.1 13.896 53.1 MAR A .1 1.14 N C N I2 92 JOAO 00 MI 2 .1 2 .1 N .1 1 0 R 0 8 .1 622 P R -0 VX 47.1 E 20 9 E201049-0 71876421855 VE 119 B 674U E 6U7U 1-07 ERE 1-12 0929-1-2 2011 PU ER 0.12003 R 6 S L P R P 4 V 0 A 0 U P 8 S T EJ289 8 01 A U8US RNVENF 989S 007 19U 9 C 9 2 9 9 N O 1 R 9 0 1 K 1 062-000-08 95 08 B 85 97 9 2001 2010 VE 555 200 6.51 .1 04 95 1-0 NIO VE 20 94 91 71 721.1 20250213.1 6 816938 TO 6288.A18O 991 8 73 547 07562866619 0 12938..114 9877 999 AN 1IACB 5 E14UA37N B 525 J7L07869.11 -07 R3U TO 1 A 0 A 6 . 2 F A C P 86 9 N O 0OA02IT25502005 SP 95C JA 9 77 D 8R Q3G SA Q1JV 1N80HD 0N 5 PU G S2N 0RH901R SP NQUF R100920R RN RR 00S B 2 R Q 2 B B B R B 9 8 R8 6 GBB 8R B 7R -0 07 03 90B803B1R 058000 54 20 20 010122003018012102402 11 M DO 2 0 J 0 0 2 2 2 2 2 P 93 9691 4 99 AU 2003-0 53 7 8 373 95 96 1993 24 2003 99 AU CN FJ19 3711 2004 119 6.1.1ID DQ51863 TPAY0 2002-046853 45 72 3746 3015 SG 20 4.1 17 9 05 721 26 99 62 62 85220 502 33 3 010202008 MY22006 2008 2010 BN 2008 DQ518636. MY 992009 MY EU179859 ID MY JP JF967962.1 CN JF967960.1 AB545874.1 JF968002.1 FJ158608.1 JF968035.1 JF967965.1 1 .1 97 2 02004 7 834 4 40 252007 02008 T02C 0ID 02 910 99 5 9900ID3CN 20 0P 90N 0J9ID 22M 2ID 9JNID 000 Q Y56 D J90FID 5 2524 0 ID J ID 6 2 0 6 1 J F 9 0 8 7 5 2 9 J 2 Q ID F 7 2 2991069000080 F72 6F6985 E1U8466799J79 79ID-09 5 78687 G 98U 96076.1 -10-0 779.1 9S9 43 59.1 8.1 51.1 HM EU44 854.1 3 06908.1 G SG 2 MY .1 20 843 1.1 4 03 002-0 FM 0.1 4 89882 BN SS 20GG220 05 0101 0-0 1 86 4926 388205 .1 11 82 75 35 74 27 55 88 90 52 20 01 5460 97 17 7 91 98 IN 251 6 65 91 79 69 406424 73 76 6993998 68 83 731949 503 41 1418 6 46 1153 993 1 215961 35 41 79 8662 0 34 124 9 97 9799 93 4 99 M V S 3610 72190131 9 02.61 2688 6.8.151 0.1.1 5J9N JGN6253.10.12571 U1678P98766086151566882 0 9 A 1 9 5 F3N JJNN F0JJM 12Q G G D 2SI0Y M APUG 0 2S90G -1 160 080001 202022 22000 2009 G 29 4562 39 45 5 .1 .1 84.1 337347.1 348360465 8090 JJNN JF BDDJF B IN 9 00769 4-0 2200 200 46 11 01 1316 7 59 SG .112.1 61.1 1.81.1 5.912 966.1 9081 6305.941.12.1 2.1.1 162748.1 1J2524169N 8848 62Q 58F61U 69898389-07 JA 5G 3.871893.14 N6U H J52N K 0T 2J4J046228F42F.46129.1005-09 FJ95Q U N0JJG 63H A2 JU 7 8TU0H 9 80 207030ATKNHG 3N5H 22000009L98V G4CFH009N6JTTE68H929 200 200 2202010 J9Q 07 H KH 0260J0SJ1TN1956 K 01M 2M T0W 01N02JF 081202TVH 202000190 220 24 3 TH MY 1997 88 007 02 9-2 2099 199 6366230 TW 1849 780631 1 PH 9 6 70 357 7 63 63 5 52 TH 1 M 3 31 53.1 34 84.10 5 63 F82016979-8 95 18A1 40 3 TH 10.1 -81 TH 09 0DQ 4 .1 T9H8 Q18188H46.1 JX 1895791 99 1 9 N 1T1 1997 TH DTH G2Q 83 1 V 1 8 JF 9 4 819 791 11 T6H 10910 V 98N 20 20 2 VANF 002 2 K 4A1F 20 210B000R0H 1998 TW DQ51864 2008 2009 2006 TW 1987 1994 4.1 US HQ89 US 2007 TW 920921.1 20 8.10431556 PH HQ541 JF730 1944 DQ518643 1023. 1944 PG JF7300 PH 1995-2003 053.1 05945 CO FJ3903 2008 1 64564 129 01215KC81227 EU85429 2001 50.1 PG GU 89.1 FJ906959 01892R JF804032. 053. 1975 .1 02 ID 798.1 13.1 B GQ398268.1 019BB 090979901PV 90Y J8RR 1478 -04 H 6.1 99 91 R 2139R 877N99B ER B B 98 69 99 109B19B19R 9R E Q R 88KAM U0B 09B F0B RBJJJ0EHH 8919R HQ 441R 8S R 1G 98R 19980 9R R 0 R S 2 Q R 9J1M R R091JN B 12H 3 N 5 Q 5 J 5R H 5 0 8 THV2NJ0HB D 0NG QH R 10131Q 130R V5 H Q 1922 09 G .1 1R H 9Q 1JH 11-0 9JR Q Q JQ 0B 102 6 H 1 Q 9 1 9 R 97 Q 6 3 9 Q . 0 8 G 5 0 9 2 2 9 0 3 0 G 5 6 Q VD 1 1 B 7-2 018B10H N 19 8B 40402.358 1Q 103802016830521132668225382.1 29 H Q 95B Q R O 2022020200 971 561B RQ 8320.1 6B 5686251883158.15.1.2.11 1 H R 11T 6 -28 01R 7R3618V .1 0J4 00P10E P0E H 0X .9Q 5H 517217D 2.H 9N .8516.414Q 9..111 1010534Q 0F15Q J21H P1EJE 9XJC EC J8X 95 9J10X 0 1085895Q 1513.J200117201360N JX .8 8 2 1O 05570 X 190 C 91 1 5165 15 9 9 99 1 7 9065 1E0P 0.1 01.51.117121.121513599614811 9 1 P 7S 6 9.1 1 1U78G B 9Q 7 9E091R10BH 68 V 91V 7.1 .1 2.13.011059 8358 R 90.1 0E 8029 .1 E G 6.180Q G R Q U B Q 540 ..11 5.1 758 5 R 0 H 8 -0 56928P6.1 1 65E9H 60 Q 84 722 Q 51005 9159 13 1919 90.1 0 8 2 3 8 1 98 .1 90 94 25.1 90 V 503848.1 63VIG 9 22.1 VE 97 19E 9 3 .1 Q F 9 8 9 6 0 5 955 5 J8 86 US 96 0 9 8197 PR 1996 -99 98 1989 890. 6 45 40 19US 4885 7.1 8167 91 -20 19US 7 PRUS 98 9 3 4 87 10 9 0 3 PR EU 9 48 EU25 3 PR 99 99 7 52 EU 80 97 .1 9 48 5.19.1 8 01 9649712016 25 .1 1 7 3 8 4 2 6 70 8 8 5 .1 4 7 .1 3 5 7 737593 98 74327 8.1 425 820 9043.1 76 2487 28 30 .1 9 1 422530 9 4 0 8 2 8 9 8 U 4 9 .1 3 7 5 7 62 6 0 0 3 3 2 4 3 U 56 8 7 9 1 0 E 2 5 9 0 1 3 .1 8 38 3276 4 38 6 697E U 4R 6395 4 Q 9 198 0 6-87 R 84 8611 23E PR 6P Q 10 4 46 0 U G US 7 3 -9 P Q 8 8 5 5 4 G 9 R E S 4 Q 9 0 7 G 8 U R 9 S P F8 U 8 U 17293925 R D R E U 19 R EP 9 S 8 7 14 60 0 8 RPP P 9 80 U 22 1 S RS 98S T J US PR 707 S 3UP 19P U 541S 9U 52 0U 9493 S 7T 94U 1 1916199459U 199 11919 90 99 30 .11 8 95 522 73 9819.1 99 311.1 76.1 640.1 82.1 . 1 9 74.1 JN8194 8.1 EU045 1.1 FJ8500 85.1 GQ868 BR 8.1 FJ8500 PY BR FJ8500 BR . BR FJ85007 9 2000 9 FJ8500 JX05180 BR 2002 2001 JF80402 2003 FJ85008 BO BR -07 2004 BR 2001 91 2003 PY EU045312.1 20062005 20052003 BO 2006 99 0 92P.18197R1 48 23 98 92 .9S95 55 901 49190880.1 61 7 010 1Q09U988214501 G898197J10 3644 4 678JI91I45QFF40 0096 G 87 I3JNQN O 20 U9FG I N C 0 I 9 2N 982G N 0I0 99 00 1 X 0 N 7 2 1 2 0 0 6- MX 99 002M001 2 0 2 0 20 12 20 2 X 20 9773520 200 2007 10 ID TW 20 EU 1991 SG JQ 10 20 44 20 40 20 84 09 20 AU 20 2004 10 201 35 08 10 25 09 201 AF410368 PH 008 24 JN .1 PH PH PH 0PH PH ID .1 CN AB 56 JF9 JN JF9 JF 19 JF 680 82 JF 96 48 570 .1 96 56 84 96 79 79 79 00. 1 .1 80 82 79 .139. 95 55 97 11 64 98 71 .1 .1 .1 .11 JTN H 5 J6F8 8214 261.1 12 .1 TH 20 04 15 6 9 87-9 11 10 41 TH 19 9 95 0-9 1 43 199 0-01 994 91 035 69 8 .1 1H 4 0 3653 -200T 02-020 198 518 997 M 20 TH 40.1 43.1 39.1 44.1 42. 500 41.11 500 45. JQ6 JQ6 500 500 WF NC JQ6 JQ6 88898WF 199 199 WF WF 199 199 199 PH 200 .1 4.1.1 3 1 .1 9-10 44610 0.1 50.13 0.1 519 541356 039 4668 .1 463 5 6821 84268602 7870 58.1 FM 2011 6Q D 5Y 5Y85725761 6Q D NA W F 92AY Y JP TH H E18A H J6A N F5PH 010HP 5P P 00P CN 8H N 20032 0 9019J0 202080200A 21100UC 2020 99 20 10 VN 7 67 341 20 11 99 KH 119 19199199 98987N 98N678C NN CN CCJJFC P QQ JJQ J6Q J6Q 5Q 6560650650 505030308 0365032.24.012391 67203.81.11..1 1 33 7349 78 54 LA 0 -1 08 20 31.14.1 .1 6.17094 625.1 65 532U7366484524.1 E 9979 33 40NJ3N 80242 V QN F6JU J7V 2396 N5E 3157 0 0 V J 0 1 W 6 7 81 .1 .1.1 40 .1 02 52 2T102200T0H .1 27 75 21 .1 9 21 84 53 10 3 16 82 40 02 13 .1 0 81 89 5254 93 86 .1 32 0 56 41 80 21 15 .1 JF 14 99 JN FJFJ -10 11 JF 81 32 20 2 02 TH 256 333 JQ N93 N 85 62 JF 99 TH 21 V V 4 89 90 03 TH 0 JQ TH 1 10 U 1 07 FM 1 07 88 0 20 JQ 2 G 05 20 1 34 20 06 TH 20 9 VN 4073 IE N 19 20 20 06 04 10 VN 09 20 20V 20 20 1000 1 68033.1 26 2010 TH JF9 .145 66.1 51 35 20.1 223 86 000 18 86JQ .1993 1996-2 TH 927 18 TH 4GQ -0586 KH131 200 0351 DQ 03GU 7 KH H 20 TKH TW 200720 6055 96 98 .1 41 19 19 DQ1818 93 -1191 TH 99 200419 Q MD 4M 64 VN 82 04 20 IN 80 FJ .1 32 76 0.01 G COSMOPOLITA G ASIÁTICO II G AMERICANO G ASIÁTICO I G ASIÁTICO-AMERICANO Figura 10 - Genótipos de DENV-2 representados em árvore de radiação elaborada do programa Mega 5.2 usando o método de inferência filogenética Neighbor-Joining mdelo de substituição Tamura-Nei e bootstrap de 10000 replicações (Twiddy et al., 2002). 56 99 ASIÁTICO/ AMERICANO 75 82 ASIÁTICO I 69 AMERICANO 99 ASIÁTICO II 91 COSMOPOLITA 75 0.01 Figura 11 - Árvore colapsada no programa Mega 5.2 representando os cinco genótipos de DENV-2 (Twiddy et al., 2002). O genótipo asiático-americano, marcado em verde apresenta amostras brasileiras. Os números representam os valores de bootstrap. 57 90 2011 BR RJ JQ710657.1 5 2001 BR RJ JQ710659.1 0 2009 PE JX051784.1 2010 BR JX286522.1 2010 BR JX286521.1 BR-IV 2007 BR HQ012526.1 2009 BR HQ012530.1 2008 BR RJ JX567951.1 2 2007 BR RJ GQ368162.1 2007 BR RJ GQ368164.1 2008 BR RJ GQ368167.1 2008 BR RJ GQ368168.1 3 2008 BR RJ GQ368172.1 2010 BR JX286525.1 99 2010 BR JX286524.1 7 56 40 2010 BR JX286518.1 7 2007 BR HQ012525.1 ASIÁTICO/ AMERICANO 2009 BR HQ012529.1 9 2010 BR JX286523.1 9 2008 BR HQ012528.1 2010 PY JX051813.1 19 2010 PY JX051814.1 60 2010 BO JX051807.1 56 38 34 PE 2010-12 83 2011 45 BR RN NATAL 17 2011 383 BR RN JACANA 2011 54 BR RN SANTOANTONIO 2008 BR HQ012527.1 75 11 63 2007 BR FJ850091.1 41 14 2008 BR HQ026763.1 2008 BR SP GU131881.1 51 16 2009 BR SP GQ330472.1 38 2010 169 BR RN CAICO 99 JM 2007-08 2008 BR GQ199890.1 19 34 2001 DO AB122022.1 17 2005 VI FJ898453.1 55 2001 DO AB122021.1 82 9 2001 DO AB122020.1 15 2005 US PR EU687216.1 99 ASIÁTICO I 69 99 DO 2003 42 US PR 2005-07 98 90 2011 119 BR RN JOAOCAMARA 2010 08 BR RN NATAL 61 2001 KN FJ898460.1 44 1998 US PR EU687212.1 97 1999 US PR EU677145.1 97 1998 US PR EU482560.1 1999 US PR EU677142.1 99 AMERICANO 99 2005 BR FJ024475.1 97 56 2005 CO EU854294.1 21 2004 CO GQ868554.1 34 VE 2005 65 VE 2004-05 34 12 2007 VE HQ332189.1 55 VE 2006-08 86 77 VE 2005 92 99 ASIÁTICO II BR-III 93 77 2005 CO GQ868556.1 62 VE 2007-08 91 99 98 CO 2005 2003 VE HM210480.1 98 2007 CO GU131947.1 63 2003 CR JF804030.1 81 86 19 96 2007 CO GQ868558.1 91 VE 2003-07 73 91 2004 CO FJ024477.1 PE 2011-12 98 1999 CO GQ868553.1 60 66 COSMOPOLITA 75 VE 1991-2001 52 97 NI 2008-09 94 2007 HN GU586122.1 2009 GT HQ999999.1 55 0.01 2007 HN GU586123.1 95 57 76 MX 2002-08 2008 MX FJ898439.1 2007 GT GU586492.1 18 45 2002 BZ FJ898461.1 7 95 99 NI 2004-09 0 2001 NI FJ744704.1 87 NI 2000 40 0 2008 CO JF804029.1 60 61 2002 NI GQ199897.1 2001 NI FJ850121.1 4 1 2001 NI FJ850120.1 4 1999 NI GQ199895.1 10 2000 NI FJ850119.1 2002 MX GU369819.1 2001 NI 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BR HQ012520.1 20 9 23 1998 BR HQ012516.1 1999 BR HQ012537.1 2002 BR RJ HQ012522.1 1988 VN JN819418.1 1988 TH DQ181846.1 95 56 1990 TH DQ181801.1 98 1983 TH DQ181818.1 1982 TH DQ181820.1 94 97 VN 1997-2005 1998 MM DQ518638.1 95 91 VN 1997-2006 60 1997 VN AF410351.1 99 40 59 55 KH 2001-03 VN 2006 96 1997 VN AF410355.1 35 99 58 1998 VN AF410346.1 KH 2002-04 83 0.005 Figura 12 - Genótipo asiático-americano dos vírus DENV-2 e suas quatro linhagens brasileiras (BR I-II) marcados em verde. 58 90 2011 BR RJ JQ710657.1 5 2001 BR RJ JQ710659.1 0 2009 PE JX051784.1 2010 BR JX286522.1 2010 BR JX286521.1 BR-IV 2007 BR HQ012526.1 2009 BR HQ012530.1 2008 BR RJ JX567951.1 2 2007 BR RJ GQ368162.1 2007 BR RJ GQ368164.1 2008 BR RJ GQ368167.1 2008 BR RJ GQ368168.1 3 2008 BR RJ GQ368172.1 2010 BR JX286525.1 2010 BR JX286524.1 7 56 40 2010 BR JX286518.1 7 2007 BR HQ012525.1 2009 BR HQ012529.1 9 2010 BR JX286523.1 9 2008 BR HQ012528.1 2010 PY JX051813.1 19 2010 PY JX051814.1 60 2010 BO JX051807.1 56 38 34 PE 2010-12 83 2011 45 BR RN NATAL 17 2011 383 BR RN JACANA 2011 54 BR RN SANTOANTONIO 2008 BR HQ012527.1 11 63 2007 BR FJ850091.1 41 14 2008 BR HQ026763.1 2008 BR SP GU131881.1 51 16 2009 BR SP GQ330472.1 38 2010 169 BR RN CAICO 99 JM 2007-08 2008 BR GQ199890.1 19 34 2001 DO AB122022.1 17 2005 VI FJ898453.1 55 2001 DO AB122021.1 9 2001 DO AB122020.1 15 2005 US PR EU687216.1 99 DO 2003 99 42 US PR 2005-07 98 90 2011 119 BR RN JOAOCAMARA 2010 08 BR RN NATAL 61 2001 KN FJ898460.1 44 1998 US PR EU687212.1 97 1999 US PR EU677145.1 97 1998 US PR EU482560.1 1999 US PR EU677142.1 99 2005 BR FJ024475.1 97 56 2005 CO EU854294.1 21 2004 CO GQ868554.1 34 VE 2005 65 BR-III VE 2004-05 34 12 93 77 2005 CO GQ868556.1 2007 VE HQ332189.1 62 55 VE 2006-08 86 77 VE 2005 92 99 VE 2007-08 99 98 CO 2005 2003 VE HM210480.1 98 2007 CO GU131947.1 63 2003 CR JF804030.1 81 86 19 96 2007 CO GQ868558.1 91 VE 2003-07 73 91 2004 CO FJ024477.1 PE 2011-12 98 1999 CO GQ868553.1 60 66 VE 1991-2001 52 97 NI 2008-09 94 2007 HN GU586122.1 2009 GT HQ999999.1 55 2007 HN GU586123.1 95 57 76 MX 2002-08 2008 MX FJ898439.1 2007 GT GU586492.1 18 45 2002 BZ FJ898461.1 7 95 99 NI 2004-09 0 2001 NI FJ744704.1 87 NI 2000 40 0 2008 CO JF804029.1 60 61 2002 NI GQ199897.1 2001 NI FJ850121.1 4 1 2001 NI FJ850120.1 4 1999 NI GQ199895.1 10 2000 NI FJ850119.1 2002 MX GU369819.1 2001 NI GQ199898.1 0 99 MX 2002 34 7 SV 2012 99 MX 2006-07 19 96 99 US PR 1998 55 92 95 BO 2006-07 2005 PY EU045312.1 48 90 2003 BO JX051801.1 2001 PY EU045311.1 2004 BR FJ850082.1 98 99 2005 BR FJ850085.1 2000 BR JN819419.1 30 23 2002 BR FJ850076.1 22 BR-II 2003 BR GQ868640.1 2001 BR FJ850074.1 95 2003 BR FJ850078.1 73 2006 BR JF804028.1 98 2001 PE JX051770.1 2000 PE JX051768.1 2001 PE JX051769.1 2000 EC JX051800.1 2000 EC JX051799.1 2000 PE JX051767.1 99 2006 BR FJ850088.1 79 1992 US PR EU482594.1 70 1995 US PR EU569707.1 10 1993 US PR EU569705.1 18 1995 US PR EU660399.1 72 1994 US PR GQ398304.1 1995 US PR GQ398298.1 74 1996 US PR EU482561.1 60 1994 US PR GQ398302.1 19 1994 US PR GQ398303.1 81 1997 TT JF804038.1 54 89 1994 US PR DQ364478.1 1990 US PR EU482590.1 1991 VE GQ868598.1 1991 BR HQ012534.1 1990 BR HQ012538.1 1991 BR HQ012508.1 1990 BR HQ012533.1 1988 US PR EU482578.1 9 1988 US PR EU482579.1 1988 US PR EU482747.1 60 1989 US PR EU482743.1 1989 US PR EU482581.1 1989 US PR EU482582.1 27 22 1988 US PR EU482742.1 1989 US PR EU482585.1 1987 US PR EU482569.1 39 1990 US PR EU482588.1 1993 US PR EU482589.1 US PR 1989-90 69 US PR 1986-87 25 56 1987 US PR EU482570.1 1991 US PR EU529701.1 62 1989 US PR EU482580.1 98 30 84 US PR 1996-2010 1990 VE GQ868540.1 23 1990 VI FJ898450.1 99 VE 1996-99 86 20 1995 US PR EU569708.1 11 1991 VE GQ868541.1 1998 CO GQ868552.1 99 15 38 40 76 43 2001 PE JX051770.1 2000 PE JX051768.1 2001 PE JX051769.1 99 2000 EC JX051800.1 24 2000 EC JX051799.1 94 2000 PE JX051767.1 63 1991 VE GQ868598.1 32 1991 BR HQ012534.1 34 1990 BR HQ012538.1 37 BR-I 1991 BR HQ012508.1 37 1990 BR HQ012533.1 98 PE 2007-09 83 2007 BO JX051806.1 79 1998 BR RJ HQ012536.1 64 1999 BR RJ HQ012517.1 87 2000 BR RJ HQ012518.1 99 34 PE 2002 17 1998 BR RJ GQ368173.1 7 1998 BR RJ GQ368160.1 99 0 1996 BR HQ012512.1 2007 BR RN HQ012515.1 25 3 1998 BR RJ GQ368174.1 4 2000 BR FJ850072.1 39 3 1997 BR RN HQ012514.1 1995 BR HQ012511.1 86 1995 BR HQ012510.1 39 1994 BR HQ012535.1 75 1996 BR HQ012513.1 10 1994 BR HQ012509.1 1998 BR RJ GQ368159.1 67 1998 BR RJ GQ368158.1 89 79 2005 PY EU045313.1 2003 BR ES HQ012524.1 87 2001 BR RJ HQ012521.1 51 2002 BR ES HQ012523.1 47 30 2000 BR RJ HQ012519.1 26 2001 BR HQ012520.1 20 9 23 1998 BR HQ012516.1 1999 BR HQ012537.1 2002 BR RJ HQ012522.1 1988 VN JN819418.1 1988 TH DQ181846.1 95 56 1990 TH DQ181801.1 98 1983 TH DQ181818.1 1982 TH DQ181820.1 94 97 VN 1997-2005 1998 MM DQ518638.1 95 91 VN 1997-2006 60 1997 VN AF410351.1 99 40 59 55 1997 VN AF410355.1 99 58 1998 VN AF410346.1 KH 2002-04 83 0.005 KH 2001-03 VN 2006 96 35 2009 PE JX051782.1 2008 PE JX051780.1 2009 PE JX051781.1 2007 PE JX051779.1 2007 PE JX051777.1 2007 PE JX051778.1 2007 BO JX051806.1 1998 BR RJ HQ012536.1 1999 BR RJ HQ012517.1 2000 BR RJ HQ012518.1 2002 PE JX051775.1 2002 PE JX051774.1 2002 PE JX051776.1 1998 BR RJ GQ368173.1 1998 BR RJ GQ368160.1 1996 BR HQ012512.1 2007 BR RN HQ012515.1 1998 BR RJ GQ368174.1 2000 BR FJ850072.1 1997 BR RN HQ012514.1 1995 BR HQ012511.1 1995 BR HQ012510.1 1994 BR HQ012535.1 1996 BR HQ012513.1 1994 BR HQ012509.1 1998 BR RJ GQ368159.1 1998 BR RJ GQ368158.1 2005 PY EU045313.1 2003 BR ES HQ012524.1 2001 BR RJ HQ012521.1 2002 BR ES HQ012523.1 2000 BR RJ HQ012519.1 2001 BR HQ012520.1 1998 BR HQ012516.1 1999 BR HQ012537.1 2002 BR RJ HQ012522.1 Figura 13 - Linhagem BR-I do genótipo asiático-americano do DENV-2. 59 90 2011 BR RJ JQ710657.1 5 2001 BR RJ JQ710659.1 0 BR-IV 2009 PE JX051784.1 2010 BR JX286522.1 2010 BR JX286521.1 2007 BR HQ012526.1 2009 BR HQ012530.1 2008 BR RJ JX567951.1 2 2007 BR RJ GQ368162.1 2007 BR RJ GQ368164.1 2008 BR RJ GQ368167.1 2008 BR RJ GQ368168.1 3 2008 BR RJ GQ368172.1 2010 BR JX286525.1 2010 BR JX286524.1 7 56 40 2010 BR JX286518.1 7 2007 BR HQ012525.1 2009 BR HQ012529.1 9 2010 BR JX286523.1 9 2008 BR HQ012528.1 2010 PY JX051813.1 19 2010 PY JX051814.1 60 2010 BO JX051807.1 56 38 34 PE 2010-12 83 2011 45 BR RN NATAL 17 2011 383 BR RN JACANA 2011 54 BR RN SANTOANTONIO 2008 BR HQ012527.1 11 63 2007 BR FJ850091.1 41 14 2008 BR HQ026763.1 2008 BR SP GU131881.1 51 16 2009 BR SP GQ330472.1 38 2010 169 BR RN CAICO 99 JM 2007-08 2008 BR GQ199890.1 19 34 2001 DO AB122022.1 17 2005 VI FJ898453.1 55 2001 DO AB122021.1 9 2001 DO AB122020.1 15 2005 US PR EU687216.1 99 DO 2003 99 42 US PR 2005-07 98 90 2011 119 BR RN JOAOCAMARA 2010 08 BR RN NATAL 61 2001 KN FJ898460.1 44 1998 US PR EU687212.1 97 1999 US PR EU677145.1 97 1998 US PR EU482560.1 1999 US PR EU677142.1 99 2005 BR FJ024475.1 97 56 2005 CO EU854294.1 21 BR-III 2004 CO GQ868554.1 34 VE 2005 65 VE 2004-05 34 12 93 77 2005 CO GQ868556.1 2007 VE HQ332189.1 62 55 VE 2006-08 86 77 VE 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HQ012537.1 2002 BR RJ HQ012522.1 1988 VN JN819418.1 1988 TH DQ181846.1 95 56 2006 BR JF804028.1 1990 TH DQ181801.1 98 1983 TH DQ181818.1 1982 TH DQ181820.1 94 97 VN 1997-2005 2006 BR FJ850088.1 1998 MM DQ518638.1 95 91 VN 1997-2006 60 1997 VN AF410351.1 99 40 59 55 KH 2001-03 VN 2006 96 1997 VN AF410355.1 35 99 58 1998 VN AF410346.1 KH 2002-04 83 0.005 Figura 14- Linhagem BR-II do genótipo asiático-americano de DENV-2. 60 90 2011 BR RJ JQ710657.1 5 2001 BR RJ JQ710659.1 0 2009 PE JX051784.1 2010 BR JX286522.1 BR-IV 2010 BR JX286521.1 2007 BR HQ012526.1 2009 BR HQ012530.1 2008 BR RJ JX567951.1 2 2007 BR RJ GQ368162.1 2007 BR RJ GQ368164.1 2008 BR RJ GQ368167.1 2008 BR RJ GQ368168.1 3 2008 BR RJ GQ368172.1 2010 BR JX286525.1 2010 BR JX286524.1 7 56 40 2010 BR JX286518.1 7 2007 BR HQ012525.1 2009 BR HQ012529.1 9 2010 BR JX286523.1 9 2008 BR HQ012528.1 2010 PY JX051813.1 19 2010 PY JX051814.1 60 2010 BO JX051807.1 56 38 34 PE 2010-12 83 2011 45 BR RN NATAL 17 2011 383 BR RN JACANA 2011 54 BR RN SANTOANTONIO 2008 BR HQ012527.1 11 63 2007 BR FJ850091.1 41 14 2008 BR HQ026763.1 2008 BR SP GU131881.1 51 16 2009 BR SP GQ330472.1 38 2010 169 BR RN CAICO 99 JM 2007-08 2008 BR GQ199890.1 19 34 2001 DO AB122022.1 17 2005 VI FJ898453.1 55 2001 DO AB122021.1 9 2001 DO AB122020.1 15 2005 US PR EU687216.1 99 99 DO 2003 42 US PR 2005-07 98 90 2011 119 BR RN JOAOCAMARA 2010 08 BR RN NATAL 61 2001 KN FJ898460.1 44 2005 BR FJ024475.1 1998 US PR EU687212.1 97 1999 US PR EU677145.1 97 1998 US PR EU482560.1 1999 US PR EU677142.1 99 2005 CO EU854294.1 21 2004 CO GQ868554.1 34 VE 2005 65 BR-III VE 2004-05 93 77 2005 CO GQ868556.1 34 12 2005 CO EU854294.1 2005 BR FJ024475.1 97 56 2004 CO GQ868554.1 2007 VE HQ332189.1 62 55 VE 2006-08 86 77 VE 2005 2005 VE HM210474.1 92 99 VE 2007-08 99 98 CO 2005 2003 VE HM210480.1 98 2007 CO GU131947.1 63 2003 CR JF804030.1 81 86 19 2005 VE FJ639732.1 96 2007 CO GQ868558.1 91 VE 2003-07 73 91 2005 VE HM210468.1 2004 CO FJ024477.1 PE 2011-12 98 1999 CO 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AF410346.1 KH 2002-04 83 0.005 Figura 15 - Linhagem BR-II do genótipo asiático-americano de DENV-2. 61 90 2011 BR RJ JQ710657.1 5 BR-IV 2001 BR RJ JQ710659.1 0 2009 PE JX051784.1 2010 BR JX286522.1 2010 BR JX286521.1 2007 BR HQ012526.1 2009 BR HQ012530.1 2008 BR RJ JX567951.1 2 2007 BR RJ GQ368162.1 2007 BR RJ GQ368164.1 2008 BR RJ GQ368167.1 2008 BR RJ GQ368168.1 3 2008 BR RJ GQ368172.1 2010 BR JX286525.1 2010 BR JX286524.1 7 56 40 2010 BR JX286518.1 7 2007 BR HQ012525.1 2009 BR HQ012529.1 9 2010 BR JX286523.1 9 2008 BR HQ012528.1 2010 PY JX051813.1 19 2010 PY JX051814.1 60 2010 BO JX051807.1 56 38 34 PE 2010-12 83 2011 45 BR RN NATAL 17 2011 383 BR RN JACANA 2011 54 BR RN SANTOANTONIO 2008 BR HQ012527.1 11 63 2007 BR FJ850091.1 41 14 2008 BR HQ026763.1 2008 BR SP GU131881.1 51 16 2009 BR SP GQ330472.1 38 2010 169 BR RN CAICO 99 JM 2007-08 2008 BR GQ199890.1 19 34 2001 DO AB122022.1 17 2005 VI FJ898453.1 55 2001 DO AB122021.1 9 2001 DO AB122020.1 15 2005 US PR EU687216.1 99 DO 2003 99 42 US PR 2005-07 98 90 2011 119 BR RN JOAOCAMARA 2010 08 BR RN NATAL 61 2001 KN FJ898460.1 44 1998 US PR EU687212.1 97 1999 US PR EU677145.1 97 1998 US PR EU482560.1 1999 US PR EU677142.1 99 2005 BR FJ024475.1 97 56 2005 CO EU854294.1 21 2004 CO GQ868554.1 34 VE 2005 65 BR-III VE 2004-05 34 12 93 77 2005 CO GQ868556.1 2007 VE HQ332189.1 62 55 VE 2006-08 86 77 VE 2005 92 99 VE 2007-08 99 98 CO 2005 2003 VE HM210480.1 98 2007 CO GU131947.1 63 2003 CR JF804030.1 81 86 19 96 2007 CO GQ868558.1 91 VE 2003-07 73 91 2004 CO FJ024477.1 PE 2011-12 98 1999 CO GQ868553.1 60 66 VE 1991-2001 52 97 NI 2008-09 94 2007 HN GU586122.1 2009 GT HQ999999.1 55 2007 HN GU586123.1 95 57 76 MX 2002-08 2008 MX FJ898439.1 2007 GT GU586492.1 18 45 2002 BZ FJ898461.1 7 95 99 NI 2004-09 0 2001 NI FJ744704.1 87 NI 2000 40 0 2008 CO JF804029.1 60 61 2002 NI GQ199897.1 2001 NI FJ850121.1 4 1 2001 NI FJ850120.1 4 1999 NI GQ199895.1 10 2000 NI FJ850119.1 2002 MX GU369819.1 2001 NI GQ199898.1 0 99 MX 2002 34 7 SV 2012 99 MX 2006-07 19 96 99 US PR 1998 55 92 95 BO 2006-07 2005 PY EU045312.1 48 90 2003 BO JX051801.1 2001 PY EU045311.1 2004 BR FJ850082.1 98 99 2005 BR FJ850085.1 2000 BR JN819419.1 30 23 2002 BR FJ850076.1 22 BR-II 2003 BR GQ868640.1 2001 BR FJ850074.1 95 2003 BR FJ850078.1 73 2006 BR JF804028.1 98 99 2006 BR FJ850088.1 79 1992 US PR EU482594.1 70 1995 US PR EU569707.1 10 1993 US PR EU569705.1 18 1995 US PR EU660399.1 72 1994 US PR GQ398304.1 1995 US PR GQ398298.1 74 1996 US PR EU482561.1 60 1994 US PR GQ398302.1 19 1994 US PR GQ398303.1 81 1997 TT JF804038.1 54 89 1994 US PR DQ364478.1 1990 US PR EU482590.1 1988 US PR EU482578.1 9 1988 US PR EU482579.1 1988 US PR EU482747.1 60 1989 US PR EU482743.1 1989 US PR EU482581.1 1989 US PR EU482582.1 27 22 1988 US PR EU482742.1 1989 US PR EU482585.1 1987 US PR EU482569.1 39 1990 US PR EU482588.1 1993 US PR EU482589.1 US PR 1989-90 69 US PR 1986-87 25 56 1987 US PR EU482570.1 1991 US PR EU529701.1 62 1989 US PR EU482580.1 98 30 84 US PR 1996-2010 1990 VE GQ868540.1 23 1990 VI FJ898450.1 99 VE 1996-99 86 20 1995 US PR EU569708.1 11 1991 VE GQ868541.1 1998 CO GQ868552.1 99 15 38 40 76 43 2001 PE JX051770.1 2000 PE JX051768.1 2001 PE JX051769.1 99 2000 EC JX051800.1 24 2000 EC JX051799.1 94 2000 PE JX051767.1 63 1991 VE GQ868598.1 32 1991 BR HQ012534.1 34 1990 BR HQ012538.1 37 BR-I 1991 BR HQ012508.1 37 1990 BR HQ012533.1 98 PE 2007-09 83 2007 BO JX051806.1 79 1998 BR RJ HQ012536.1 64 1999 BR RJ HQ012517.1 87 2000 BR RJ HQ012518.1 99 34 PE 2002 17 1998 BR RJ GQ368173.1 7 1998 BR RJ GQ368160.1 99 0 1996 BR HQ012512.1 2007 BR RN HQ012515.1 25 3 1998 BR RJ GQ368174.1 4 2000 BR FJ850072.1 39 3 1997 BR RN HQ012514.1 1995 BR HQ012511.1 86 1995 BR HQ012510.1 39 1994 BR HQ012535.1 75 1996 BR HQ012513.1 10 1994 BR HQ012509.1 1998 BR RJ GQ368159.1 67 1998 BR RJ GQ368158.1 89 79 2005 PY EU045313.1 2003 BR ES HQ012524.1 87 2001 BR RJ HQ012521.1 51 2002 BR ES HQ012523.1 47 30 2000 BR RJ HQ012519.1 26 2001 BR HQ012520.1 20 9 23 1998 BR HQ012516.1 1999 BR HQ012537.1 2002 BR RJ HQ012522.1 1988 VN JN819418.1 1988 TH DQ181846.1 95 56 1990 TH DQ181801.1 98 1983 TH DQ181818.1 1982 TH DQ181820.1 94 97 VN 1997-2005 1998 MM DQ518638.1 95 91 VN 1997-2006 60 1997 VN AF410351.1 99 40 59 55 KH 2001-03 VN 2006 96 1997 VN AF410355.1 35 99 58 1998 VN AF410346.1 KH 2002-04 83 2011 BR RJ JQ710657.1 2001 BR RJ JQ710659.1 2009 PE JX051784.1 2010 BR JX286522.1 2010 BR JX286521.1 2007 BR HQ012526.1 2009 BR HQ012530.1 2008 BR RJ JX567951.1 2007 BR RJ GQ368162.1 2007 BR RJ GQ368164.1 2008 BR RJ GQ368167.1 2008 BR RJ GQ368168.1 2008 BR RJ GQ368172.1 2010 BR JX286525.1 2010 BR JX286524.1 2010 BR JX286518.1 2007 BR HQ012525.1 2009 BR HQ012529.1 2010 BR JX286523.1 2008 BR HQ012528.1 2010 PY JX051813.1 2010 PY JX051814.1 2010 BO JX051807.1 2010 PE JX051792.1 2010 PE JX051791.1 2010 PE JX051790.1 2010 PE JX051789.1 2011 PE JX051796.1 2011 PE JX051795.1 2011 PE JX051794.1 2012 PE KC847995.1 2012 PE KC847994.1 2011 PE JX051793.1 2012 PE KC847996.1 2011 45 BR RN NATAL 2011 383 BR RN JACANA 2011 54 BR RN SANTOANTONIO 2008 BR HQ012527.1 2007 BR FJ850091.1 2008 BR HQ026763.1 2008 BR SP GU131881.1 2009 BR SP GQ330472.1 2010 169 BR RN CAICO 2008 JM JF804034.1 2007 JM GQ199892.1 2008 BR GQ199890.1 2001 DO AB122022.1 2005 VI FJ898453.1 2001 DO AB122021.1 2001 DO AB122020.1 2005 US PR EU687216.1 2003 DO JF804031.1 2003 DO FJ898451.1 2005 US PR EU482731.1 2005 US PR EU687217.1 2007 US PR EU596491.1 2006 US PR EU482726.1 2011 119 BR RN JOAOCAMARA 2010 08 BR RN NATAL 2001 KN FJ898460.1 1998 US PR EU687212.1 1999 US PR EU677145.1 0.005 Figura 16 - Linhagem BR-IV do genótipo asiático-americano de DENV-2. As amostras geradas neste estudo estão sinalizadas com círculos pretos. 62 Tabela 8 - Matriz de identidade nucleotídica entre representantes dos cinco genótipos de DENV-2 SEQUÊNCIA 1. 2002_BR_RJ_HQ012522.1 2. 2002_BR_ES_HQ012523.1 3. 1998_BR_RJ_GQ368159.1 4. 1997_BR_RN_HQ012514.1 5. 2004_BR_FJ850082.1 6. 2000_BR_JN819419.1 7. 2003_BR_FJ850078.1 8. 2006_BR_JF804028.1 9. 2005_BR_FJ024475.1 10. 2011_45_BR_RN_NATAL 11. 2011_383_BR_RN_JACANA 12. 2011_54_BR_RN_SANTOANTONIO 13. 2011_119_BR_RN_JOAOCAMARA 14. 2010_169_BR_RN_CAICO 15. 2010_08_BR_RN_NATAL 16. 2010_IN_JN568259.1 17. 2004_SA_AM746221.1 18. 1992_AU_AF410370.1 19. 2003_LK_GQ252676.1 20. 2010_ID_JF968032.1 21. 2010_PH_JN568264.1 22. 2001_TW_DQ518630.1 23. 1999_NC_JQ650039.1 24. 1971_FJ_HM582099.1 25. 1994_MX_JX966379.1 26. 1969_PR_GQ868600.1 27. 1972_AS_HM582105.1 28. 2010_TH_JF968029.1 29. 2009_VN_GU908506.1 30. 1998_TW_DQ518645.1 1 ID 99,50% 99,20% 98,50% 97,20% 97,30% 96,90% 96,70% 96,40% 96,70% 96,70% 96,40% 96,90% 96,80% 96,90% 92,60% 92,80% 93,30% 92,70% 91,90% 92,40% 92,30% 92,70% 91,10% 90,90% 91,30% 91,10% 92,20% 91,80% 92,60% 2 99,50% ID 99,20% 98,50% 97,30% 97,50% 97,10% 96,80% 96,40% 96,70% 96,70% 96,40% 96,90% 96,80% 96,90% 92,50% 92,60% 93,10% 92,50% 91,90% 92,30% 92,30% 92,60% 90,90% 90,70% 91,10% 90,90% 92,20% 91,70% 92,60% 3 99,20% 99,20% ID 98,80% 97,40% 97,70% 97,30% 97,00% 96,70% 96,90% 96,90% 96,60% 97,10% 96,90% 97,10% 92,80% 92,80% 93,40% 92,60% 92,10% 92,50% 92,60% 92,80% 91,00% 90,70% 91,10% 91,00% 92,70% 92,20% 93,10% 4 98,50% 98,50% 98,80% ID 97,30% 97,50% 97,00% 96,70% 96,70% 97,00% 97,00% 96,70% 97,10% 96,90% 97,20% 92,60% 92,70% 93,50% 92,70% 92,40% 92,70% 92,70% 92,90% 90,70% 90,30% 90,80% 90,70% 92,10% 91,90% 92,70% 5 97,20% 97,30% 97,40% 97,30% ID 99,50% 99,00% 98,70% 97,30% 97,30% 97,10% 97,10% 97,10% 97,40% 97,60% 92,70% 92,30% 93,10% 92,30% 91,90% 92,40% 92,50% 92,50% 90,90% 90,10% 90,80% 90,90% 92,30% 91,90% 92,90% 6 97,30% 97,50% 97,70% 97,50% 99,50% ID 99,30% 99,00% 97,30% 97,40% 97,30% 97,20% 97,40% 97,40% 97,70% 92,70% 92,40% 93,10% 92,30% 91,90% 92,50% 92,50% 92,70% 90,90% 90,10% 90,80% 90,90% 92,50% 92,00% 93,00% 7 96,90% 97,10% 97,30% 97,00% 99,00% 99,30% ID 99,50% 96,70% 97,10% 96,90% 97,00% 97,20% 97,00% 97,50% 92,50% 92,30% 92,90% 92,10% 91,70% 92,10% 92,20% 92,40% 90,70% 90,10% 90,70% 90,70% 92,30% 91,90% 92,90% 8 96,70% 96,80% 97,00% 96,70% 98,70% 99,00% 99,50% ID 96,40% 96,80% 96,80% 96,70% 96,90% 96,90% 97,40% 92,10% 91,90% 92,50% 91,70% 91,40% 91,70% 91,80% 92,10% 90,60% 90,10% 90,50% 90,60% 91,90% 91,50% 92,50% 9 96,40% 96,40% 96,70% 96,70% 97,30% 97,30% 96,70% 96,40% ID 96,90% 96,80% 96,90% 96,90% 96,90% 97,30% 93,00% 92,30% 92,90% 92,20% 92,10% 92,30% 92,30% 92,70% 90,50% 89,70% 90,20% 90,50% 91,60% 91,10% 92,10% 10 96,70% 96,70% 96,90% 97,00% 97,30% 97,40% 97,10% 96,80% 96,90% ID 99,30% 98,90% 98,90% 99,00% 99,20% 92,00% 91,90% 92,50% 91,90% 91,60% 91,70% 91,70% 91,90% 90,50% 89,80% 90,40% 90,50% 91,90% 91,40% 92,40% 11 96,70% 96,70% 96,90% 97,00% 97,10% 97,30% 96,90% 96,80% 96,80% 99,30% ID 98,80% 98,50% 98,90% 99,10% 91,90% 91,80% 92,40% 91,70% 91,60% 91,60% 91,50% 91,90% 90,50% 89,80% 90,40% 90,50% 91,70% 91,30% 92,20% 12 96,40% 96,40% 96,60% 96,70% 97,10% 97,20% 97,00% 96,70% 96,90% 98,90% 98,80% ID 98,50% 99,10% 99,10% 92,10% 92,00% 92,60% 91,90% 91,50% 91,50% 91,50% 91,80% 90,60% 89,90% 90,50% 90,60% 91,50% 91,20% 92,10% 13 96,90% 96,90% 97,10% 97,10% 97,10% 97,40% 97,20% 96,90% 96,90% 98,90% 98,50% 98,50% ID 98,60% 99,30% 92,40% 92,30% 92,90% 92,20% 91,90% 92,10% 91,90% 92,30% 90,50% 89,80% 90,50% 90,50% 92,20% 91,90% 92,70% 14 96,80% 96,80% 96,90% 96,90% 97,40% 97,40% 97,00% 96,90% 96,90% 99,00% 98,90% 99,10% 98,60% ID 99,20% 92,10% 92,10% 92,50% 92,10% 91,90% 92,00% 91,90% 92,30% 90,60% 89,90% 90,50% 90,60% 92,10% 91,70% 92,70% 15 96,90% 96,90% 97,10% 97,20% 97,60% 97,70% 97,50% 97,40% 97,30% 99,20% 99,10% 99,10% 99,30% 99,20% ID 92,20% 92,10% 92,70% 92,10% 91,90% 91,80% 91,70% 92,10% 90,70% 90,10% 90,70% 90,70% 91,80% 91,50% 92,40% 16 92,60% 92,50% 92,80% 92,60% 92,70% 92,70% 92,50% 92,10% 93,00% 92,00% 91,90% 92,10% 92,40% 92,10% 92,20% ID 96,70% 97,30% 96,70% 94,50% 94,60% 95,00% 94,90% 91,00% 90,20% 90,90% 91,00% 92,50% 92,20% 93,00% 17 92,80% 92,60% 92,80% 92,70% 92,30% 92,40% 92,30% 91,90% 92,30% 91,90% 91,80% 92,00% 92,30% 92,10% 92,10% 96,70% ID 98,30% 97,20% 94,20% 93,90% 94,20% 94,10% 90,90% 90,30% 90,90% 90,90% 92,10% 91,70% 92,50% 18 93,30% 93,10% 93,40% 93,50% 93,10% 93,10% 92,90% 92,50% 92,90% 92,50% 92,40% 92,60% 92,90% 92,50% 92,70% 97,30% 98,30% ID 97,90% 94,70% 94,80% 95,00% 94,60% 91,70% 90,90% 91,60% 91,70% 92,70% 92,30% 93,10% 19 92,70% 92,50% 92,60% 92,70% 92,30% 92,30% 92,10% 91,70% 92,20% 91,90% 91,70% 91,90% 92,20% 92,10% 92,10% 96,70% 97,20% 97,90% ID 94,30% 94,40% 94,50% 94,30% 91,40% 90,70% 91,30% 91,40% 92,20% 91,90% 92,70% 20 91,90% 91,90% 92,10% 92,40% 91,90% 91,90% 91,70% 91,40% 92,10% 91,60% 91,60% 91,50% 91,90% 91,90% 91,90% 94,50% 94,20% 94,70% 94,30% ID 97,00% 96,90% 97,20% 90,40% 90,20% 90,70% 90,40% 91,50% 91,40% 91,90% 21 92,40% 92,30% 92,50% 92,70% 92,40% 92,50% 92,10% 91,70% 92,30% 91,70% 91,60% 91,50% 92,10% 92,00% 91,80% 94,60% 93,90% 94,80% 94,40% 97,00% ID 98,80% 97,50% 90,80% 90,30% 91,10% 90,80% 92,50% 92,10% 92,90% 22 92,30% 92,30% 92,60% 92,70% 92,50% 92,50% 92,20% 91,80% 92,30% 91,70% 91,50% 91,50% 91,90% 91,90% 91,70% 95,00% 94,20% 95,00% 94,50% 96,90% 98,80% ID 97,50% 90,70% 90,10% 91,00% 90,70% 92,40% 91,90% 93,00% 23 92,70% 92,60% 92,80% 92,90% 92,50% 92,70% 92,40% 92,10% 92,70% 91,90% 91,90% 91,80% 92,30% 92,30% 92,10% 94,90% 94,10% 94,60% 94,30% 97,20% 97,50% 97,50% ID 90,90% 90,40% 91,10% 90,90% 92,10% 91,60% 92,50% 24 91,10% 90,90% 91,00% 90,70% 90,90% 90,90% 90,70% 90,60% 90,50% 90,50% 90,50% 90,60% 90,50% 90,60% 90,70% 91,00% 90,90% 91,70% 91,40% 90,40% 90,80% 90,70% 90,90% ID 98,40% 99,40% 100,00% 90,50% 90,00% 90,60% 25 90,90% 90,70% 90,70% 90,30% 90,10% 90,10% 90,10% 90,10% 89,70% 89,80% 89,80% 89,90% 89,80% 89,90% 90,10% 90,20% 90,30% 90,90% 90,70% 90,20% 90,30% 90,10% 90,40% 98,40% ID 98,40% 98,40% 89,80% 89,40% 89,80% 26 91,30% 91,10% 91,10% 90,80% 90,80% 90,80% 90,70% 90,50% 90,20% 90,40% 90,40% 90,50% 90,50% 90,50% 90,70% 90,90% 90,90% 91,60% 91,30% 90,70% 91,10% 91,00% 91,10% 99,40% 98,40% ID 99,40% 90,30% 89,80% 90,50% 27 91,10% 90,90% 91,00% 90,70% 90,90% 90,90% 90,70% 90,60% 90,50% 90,50% 90,50% 90,60% 90,50% 90,60% 90,70% 91,00% 90,90% 91,70% 91,40% 90,40% 90,80% 90,70% 90,90% 100,00% 98,40% 99,40% ID 90,50% 90,00% 90,60% 28 92,20% 92,20% 92,70% 92,10% 92,30% 92,50% 92,30% 91,90% 91,60% 91,90% 91,70% 91,50% 92,20% 92,10% 91,80% 92,50% 92,10% 92,70% 92,20% 91,50% 92,50% 92,40% 92,10% 90,50% 89,80% 90,30% 90,50% ID 98,50% 98,70% 29 91,80% 91,70% 92,20% 91,90% 91,90% 92,00% 91,90% 91,50% 91,10% 91,40% 91,30% 91,20% 91,90% 91,70% 91,50% 92,20% 91,70% 92,30% 91,90% 91,40% 92,10% 91,90% 91,60% 90,00% 89,40% 89,80% 90,00% 98,50% ID 98,30% 30 92,60% 92,60% 93,10% 92,70% 92,90% 93,00% 92,90% 92,50% 92,10% 92,40% 92,20% 92,10% 92,70% 92,70% 92,40% 93,00% 92,50% 93,10% 92,70% 91,90% 92,90% 93,00% 92,50% 90,60% 89,80% 90,50% 90,60% 98,70% 98,30% ID BR-I BR-II BR-III BR-IV Figura 17 - Mapa representando as quatro possíveis introduções distintas dos vírus denv-2 no Brasil. As introduções das linhagens BR-I-IV estão representadas respectivamente em preto, vermelho, azul e verde. 63 5.4. Análise das alterações na cadeia peptídica do gene E dos DENV-2 Comparamos nove cepas (1982-2011) pertencentes ao sorotipo 2. Quatro cepas provenientes deste estudo, duas do ano de 2010 e duas de 2011, duas cepas do Rio Grande do Norte (1997 e 2007) pertencentes à linhagem BR-I, uma cepa tailandesa (1982), uma vietnamita (1988) e uma brasileira isolada em 1990, pertencente a BR-I. Foram encontradas quatro substituições de aminoácidos nas posições E91 (V-I), E170 (I-T), E340 (M-T) e E380 (I-V). Sendo que as substituições das posições E340 e E380 ocorreram apenas nas amostras isoladas no RN analisadas provenientes deste estudo e apenas as substituições ocorridas nas posições E170 e E340 representaram alterações de caráter bioquímico. Todas as amostras apresentaram uma asparagina (N) na posição E390 (Tabela 7). Tabela 9 - Substituições de aminoácidos nas amostras provenientes do Rio Grande do Norte quando comparadas com isolados provenientes do genótipo asiático-americano. As substituições que representaram alterações de caráter bioquímico estão em vermelho ISOLADOS DE DENV-2 1982_TH_DQ_181820 1988_VN_JN819118 1990_BR_HQ912538 1997_BR_RN_HQ011214 2007_BR_RN_HQ012515 2010_08_BR_RN_NATAL 2010_169_BR_RN_CAICÓ 2011_54_BR_RN_STO. ANT. 2011_145_BR_RN_NATAL DII E91 V . I I I I I I I DII DII E129 E131 I Q V L V L V L V L . . . . . . . . POSIÇÃO DO AMINOÁCIDO DI DI DI DI DII DIII DIII DIII INSO INSO INSO E133 E160 E170 E173 E203 E340 E380 E390 E406 E430 E449 E K I A D M I N M T S . . . . . . . . . . . . E . . E . . . . . . K E . . E . . . . I . . E . . K . . . . . . . . . T . T V . . . N . . T . . T V . . . . . . T . . T V . V . . . . T . . T V . . . . DI: domínio I; DII: domínio II; DIII: domínio III, INSO: região insolúvel; TH: Tailândia; VN: Ilhas Virgens Britânicas; BR: Brasil; RN: Rio Grande do Norte. 64 5.5. Reconstrução filogenética e filogeografia dos DENV-4 brasileiros A análise das 397 sequencias foi realizada através do método de reconstrução filogenética Neighbor-Joining, modelo de substituição nucleotídica Tamura-Nei e bootstrap de 10000 replicações. O método identificou a existência de quatro genótipos (genótipo I-III e genótipo selvagem) (Figura 19 e 20). O genótipo I se apresentou constituído por cepas oriundas do Vietnã e Brasil (BA) (Figura 21). O genótipo II agrupou amostras oriundas do Brasil (RN, RR, AM, PA), Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Porto Rico, República Dominicana, Bahamas, Montserrat, Trinidad e Tobago, Barbados, México, Honduras, Suriname, Haiti, Costa Rica, Polinésia Francesa, Jamaica, Dominica, El Salvador e Malásia. Sendo que as amostras brasileiras se apresentaram subdivididas em três linhagens (BRI-II) (Figura 22): BR-I (Brasil, Suriname, Porto Rico, Dominica, Colômbia e Jamaica) (Figura 23), BR-II (Brasil, República Dominicana e Porto Rico) (Figura 24) e BR-III constituída apenas por cepas brasileiras oriundas dos estados de Roraima, Rio Grande do Norte e Amazonas (Figura 25). O genótipo III apresentou amostras provenientes da China, Filipinas, Cingapura, Timor Leste, Indonésia, Polinésia Francesa, Nova Caledônia, Ilhas Wallis e Futuna, Ilhas Salomão, Samoa Ocidental, Fiji, Ilhas Cook, Chile, Austrália, Tailândia, Ilhas Marshall, Taiwan e Malásia. O genótipo selvagem, por sua vez, se apresentou constituído por cepas da Malásia. As sequências brasileiras armazenadas no grupo de dados analisado pertencem aos genótipos I e II, sendo que as sequencias do RN geradas neste estudo pertencem ao genótipo II (BR-III). Além dos genótipos previamente citados, a reconstrução filogenética mostrou um grupo de amostras tailandesas (1997-1999) com mais de 6% de divergência nucleotídica quando comparadas a estes cinco genótipos e por isso não foi incluída em nenhum deles. Sugerimos que o genótipo I se originou no Vietnã, entrando no Brasil pelo estado da Bahia (Figura 26). Foram selecionadas 18 sequências representativas dos quatro genótipos de DENV-4 para a construção de uma matriz de identidade nucleotídica. O percentual de similaridade entre elas variou de 85,30% a 100%. Com relação às linhagens brasileiras o percentual variou de 96,60% entre BR-I e BR-II, 96,40% a 96,90% entre BR-II e BR-III e 97,50 entre BR-I e BR-III. O maior percentual de divergência entre as linhagens foi observado entre BR-II e BRIII (3,1% a 3,6%). O percentual de divergência entre os diferentes genótipos foi superior a 6% (Figura 27). 65 Com relação ao genótipo III, sugerimos a ocorrência de três introduções distintas no território brasileiro. A primeira introdução ocorreu em BR- I, onde sugerimos que o vírus se deslocou de Trinidad e Tobago para o estado de Roraima, a segunda ocorreu na Linhagem II, onde sugerimos que o vírus se deslocou de Porto Rico para o Pará e a terceira e última introdução ocorreu em BR-III, com o vírus possivelmente se deslocando da Venezuela para o Amazonas, passando por Roraima e chegando ao estado do Rio Grande do Norte (Figura 28). 0.1 83250 PF JN 80 40.2 .1 97 52 55 JN .1 15 1982 9.1 RPR 04 AY 2323 BR 15 .1.1 .1 82 M99886666661819 MX 23 .1 US .1 19 7 RAY 15 6 0078 24 46 1 227 8295 AY 85 23 MYY FFM X 19 15 M AY 91 1999 M SV 19 9866770.1 100AY15239.1 82 93 8 3 SR M .1 19 19 6 90 F 8 Y 9 .1 1999 M 6673.1 93183.1 92 Y 97 805292 21 1999 MY FMM9866672 JMGAU99 01 3.1.610.1 0 250 O 9 1 1 1999MY FFM98 3364 201C Y 2481 88 21325 8.1 1A15F 5678.13 9 50231 1 M 50A 98 4 3Y 1997 MY Y 1RDAM 105 8 1252.31.1 A 9 P D R 1997 A9YA81Y U1S 3498078 .1 9S881P SR R 152523 86 9S 2P YY 11998822 1U A 11523 .1 2 1U R 198 S PP RRAAY 238847.1 2 UU8S2 S AY155283832.1.1 191898219 R Y12233.11.1 5 0 S 0A011 2 1Y 3583.81 JM 19883 T 18 8 1A54AY 5257229.11 1892 TTATYA15Y2123954. 99 1200475 19198T2TTATY91515024.10 1.1 674 1 0 3 8484N AY 8 6.148.1.1 63 16550840 19 9HC JF47527 5.1 54 4273227967 9 9688651629 26 98 331379582123436 105881 994 911 E C244069525777 8 94 301 12 26 839 199949FEFJ080JF11233995 0 785 10 76 1919O J E QQ13 C O CVG 98 GQ 976 C9E5 C G 1900 10900 EEC 2 2000 0 2 00 2 .1.1 61 3 85 3 76 7.1 1 C 99.J1K 66.1 2.1 9553 4.3N ..1 81 7 898Q 5F2 8 2 C 2G .11 58 6ID .1 62 6 5 6 2 7 .1 H .1 77 83. 65 0 9 3 5 1 5 9 4 96 3 677 6 P 7 5 77 0 JF 4 1 N 2 JF9 .1 4 8 7 4 96 2 J 8 2 0 F0F JJ0 4946670 4UJF 08 G 10ID 201 4F8 P 20 E0 N 4ID T E E 2S 08 J4 NN2C 5H N20 ID ID 477 CC E 7F U57 02 9U 080P .1.1 E96 0JF 60.1 83 0 55 827 63 ID JN 78981 77 7920 ID 119971 6 96 ID 4010 0ID JF 208 00 08 220 20 .1.1.1.1 36 9.1 57 14 25 25 2551 JQ650093.1 .1 52JN8324 NC 83 2009 JN83 83 25 PF JN 0 3 2009 JN 2010 PF 3 WF 8 10 5 200 PF 3 20 JN 7 8 2 SB 09 F N83SB2EU 448 9 P20JJ08 46299.1 N08 .1 220 5755 ASJN 0000099PPFF20 2 2 JN 0 0 575593.1.1 8 0 2 F 22000099 JCJKNJ5N75592 2009PF JN 5758578.1 2009 CL 8325 2.1 201 PF JF93 35.1 2000 PF JN8 7550 22009 P JN 325 .1 08 9 F 8 220000089 PAF JJN8332552.1 U JN83252 .1 NC 20 20 22 22000099 N N 5 25 7. 1 JQ 2002 050001 09 NC 99 7 0 20 A80NP N C JQ 65055186.1 20 20 2210M S 0Y4 U CF C JJQ6650 0801.1 635 0 1 00 G FIDJN JJQ 3 Q 1 . 3 0 2 7 1 8407 08 1 0 0 TEM 9 5 N8 6 50 02 1 622 32234682 22200110ID S0GT HU E8U7 653 50 08 .1 9486 94 5 1 0 1 5 0IDJF JH A4Y48646475859025057601853.1 72 7 1 0 A 4 C 4 0CN N 6 6 .416.1 9.1 .1 9 1 40 3 37 2332 4680397 CNNJ9F6J 7 5Y 1 4 1100750 34 9 7 4461 8 .1 1.1 0 JJNNN60706727.418799937 1 2 9 02 9798 .13..11 9882.218 297.1.1 .1 66 11.11 .1 .1 8.1 00 .1 1.121.2.1.TH 966 64 172 8344.1 .AY 618 7 89 1 792.1 AY 4 84. 486TH 7.11E .1 1 97 Y 18.1 JF967 E 199 AY6 A 1.189 70.9M 4TH U 09M 7 2010 .MM 6 12 91 199 9U 6 19 161 35 11 48453.1 64 .4.8 89 699939489M 8 94 Y 7 EU4 1 8 .1 1 1 KH 7 A 1 M 8452 9 0 2 . 0 7 219 6 200 EU44 9 0 1 1 VN 1 H 6 JN376797.1 VN Y 6 2003 Y 16 000011868T 318 819.99.7 993 18A 2182004 53 A 2004 VN 6 JN376798.1 7 8 9 8 8 6 1 9 2 1 119629T T 1 A 8116H 681F8H 8 201 QY66 9689981617982010 YY 0VN VNJF967791.1 J J A JN3 1 H F F 20 9 Y T 77.1 119995H 8 J A H J 6 2010 A H 1Y8186 TA YYY6A1Y 9677 12 VN JF767 F H 6 Y A A T 2 H 0 .1 T 1 J 10960T9T3T4H Y A 2 T 644087 VV YA6 HHTAH NN JX A H 06 4 A T 021000029601916199TT9T1T3THH29HTT9H TH 22001112 VJX N6J4X46011.1.1 22220200011 900 896H 22 1V 00 2000009059921995 T VN JX5 44009.1 01 2220210 199 210V2N0N1J JX5556938.1 1 205 V1N3B766930.1 2 N 0 R 7 0 0 9 J 0 2 2 N9 VNNJ3B7A657J.1Q 20010V EU N37 995.118361 .1 178 89.1 889 .1.1 20 22 VN 8986 619 AY61 41997 1AY61 389 TH 60AY618979.1 TH TH 1999 8AY YAY 97 41997 4 A6TH 8 HTH 5 8988 J919 T N919 N897 208 V1 3 451 3.1 .1 .1 2020000V 6N JJX6 767 .1 0 N 7 6VVVN 3440 96.1 NN EJN7368008.1 JN U476 2.1 3 4 8 7 6884500.1 01 0.1 .1 6930 978682499 2161442231484142667 88 4 37 94 583 272941 86 7 98 43 95 70 861323 602413032545 139895 851 95451 33 6 72 5020 119 96 100 20 2 12020 2 10B 111R12020120 BBP 01A B R21R 0U R0P 0P U4SQ J6P AS A UJU 5PJSJP1S 19 A RQ 3PP 5J135R133 Q 2020 R 2 0620206 97 Q 21 EQ 0 7 2 0 0 P 8 0 G 2 E 0 2557 Q1 0 0 J23R 12. P E 20 232095 G 3.135 20 39 8 0 05 4 Q 12O 07 P2P J1X 082 VE 13 X D 0X Q 200 J436J4731 E G VE 09 GQ 9 8 9 C 1 4363 0 VE E 2 P 13 Q J 0 HQ FJ8 2007 0 2 95 O F 1 P 825 X E VE G 0 89 95 33 9 FJ182 92. 09 0 0X 2007 3 ..1 VE HQ332173.1 6 8Q 0100587 21 017.1 E Q 91 G 97J030E 06.1 4841X1372 43.1 19 G 1 JN8194 7 5 1 VE 66.1 11905 9 G 1 2006 V V V . .1 .1 Q 604.1 139 0772 0 88 1.1 GQ 8 Q V E E VE 95 C 58 VVE 4 VE GQ 3F 8 6531600 13 .1 200 975 1 5 C70C 6O 9 V6.1 6 E F 85 8 V 8 57010037.1 3 G J 85 J 6 9 86 5 E 04 .1 E 95O N 6 Q 20 Q 53 8 G O F GQ.1139590 3.1 4VF8166 5 .2113..3176. . 1 G 9 J Q 05 VCO 1G EJ39 G 3881E04 .1 .1 2005 3 G 9 Q 7 G 9433 4 943 569G .3.Q 5 215786.1 V7 .834.819113.01911 175Q 3E34F2J.1 8 8 3 20JQ5V13E EG 9Q 3 Q1332 Q 5F8681866746.481 3.81 1.1 07 5V H8..1 .1 2J0Q R AMM E 4 B 3 4 J1363889.95.55118.1 3 1 7 3 0 1 9 3 20 1 BRQA5210J3Q5113333U 4Z313.1.2 3 395788871902..1 11R33 41 20R1AMRJAM JQ5JQA5C 7538..1.11 B B AMRRNJTQ55597 O 71. N 201120111 BR B R A R C J I E SR R 1 A R R 0 1 C L 201201003B R . 8 R A T3A 6 4 M 1 1 B 4 A 8A 20N 0 92 7914 R R201 R RNGU39983N 53..11 6 B 9 5 JN 93 57 11 2 B 0 RRN 89100 1098 9 92490..11 20 0 6 201R RNBR R 4 2 1569 N8048854096 614 639 990196726 4 3 JN 13 B012BR 93901 593 8 4 R 2 JN884 1 210 B 85 12 59 0 R 2 20 192 11 B J N 9126355 20 11BRR J 729 20111 B 0 1 220 97 77 40 2 2000 20000 E 00 P C G EECG Q Q 13 1 1 1 99891 19191G 9 1 1 1 1 9 9 1 9 9 9 29 9 84 8 8 898Q5113995 4 U P 8 3 19 11199999449949U 3U4UBST7 F6S PP P P395763 9 9 4 TPPFJPNF F JF F574..11 119 5 9 USSSSPBP JJ 6 119999994955UU2SUU P RARARYYAJR N8J83AN2YN SPSRPPRR A AFY11JY 8 8N8N8.1 1995 UUU 29USSSPPPRPRRGFRQAA Y5521 35103 323 3 1 RG 2Y5Y11115255223223567172021556202.5512052052050 S F 8 G 1 J 7 9 J P 1 8 Q 2 98 87 U R AQ18119500 6527211565476..89176 .1848.21.11 3 S UU Y 95998480175751.61621....111.1 .1 .1.1 P 119988666 U P 1 SSS 9 RA1A 2 8 79 . 01 RR US 8 PPR 7 1 A 9 U Y115604...1111 .1 P 8 YY AY 19877 US RA P S R 1 2282444 Y11115551222522 1996 9 7 UUS P PR RA Y A 0.1 72 S 19948C 5222267 Y .01..11 R AYPR AAYY115 .1 256687926 4630 .1 15 1994SR 15522222 AY1 52 1 19 H 8 0 T 2 40.1 94 9.1 4 3 JF .1 78 SR AY15 2623 32 .1 6 2 2007 HN 19G93 7 97492439207 BB .1 74 AY4.15 U5 19 .1 8612 9406 5959124 20 23 19 US 75 98 MX 1155 .1.1 PRJF .1 US 8.1 1 3872 8 AY 80 76 PR 40 2796803 .1 18 15 8.1 1 AY ..31 1991.8952 1998 985183066 .1970818 94 15 8.20 896 1.1 19 9 578343 14 19 20 .1 1.159 .1197 8 8.1 21919 PR 0 .1 46 . . 7 . FJ 0 6 1 9 . 5 88 6 1996US 1 . 0 2 0 25 3 2 5 1 8 4 1 US 9 .1 97 6 98 6 .1 6 9 3 PR Q 4 838Q 64 730 62 7 5Q 0 62885.1 42 21500 2 FJ8 8.1 35 97 11 0 7144 8 64352 8 G 85 3 2 G 25 81 51 60 3 58.1 67 4 61 00 2 1 1996 US SPR G 8 U 4 8 3 88 5 26 . 9 4 2 E 6 3 R 5 J GQ199 FJ .1 R 1 5 5 Y J 5 R 8 2 P 2 Y 295 F 2 P 8 A PR 715979197854 9Y P 2599.1 1 8312494076038 856304 8Y EU 1998 R US F FJ88 PR R AY152064.1 FJ882596. F 5 U PR A PR PR P Y US U 6 S 1998 US S Y P 99 A J 4 1999 198 3 98 A 3 9 4 9 A 6 9 4 1 U U 1 19 S 9 9 3 A 9 6 2 R 1 R T6Y T B 13136 S 199966U 99P0PB Y 3 4 815 7 T T 5 1 4 S 9 36 60 76 M 6 1 92 A J 9 1 Q A 9 Q 9 1 11U S04M 9999 699 0S949 SSGG3JJF BB 88192U EEEJE6FF 1199991119999998889VVFV 999V98E 1 9 9 11109 0 20 1 7. 24 93.1.11 2 5 . 82 7874682.1 .14.11 5.1 JQF946467775758568641.66562.16.1 7 79 5 5 U9 CIND EJJF9N657N7597J6X79864707638..11 1 7 J JM JFHWJFJ9Q 10078 IDIDPJFU 6677575891104. .1.11 0 2 2000170IDT2 A81I1D80 ITDJF 7 4 0. DY JJFJN9N5594964677707776813.1 22000900020200019 IID .1 JFF 51098282.1 G 220 2 2 2000101901MS ID IDJJJQN6N 0 019 307.1 .1 2220022200208098NSCG GJJN001199882210.1 1 066 .1 220021000089SSSG N 8 J 9 576.80660.16062.1 1 G 0 0JQ JN 19.1 2220000099 S 98 G 6 6 01 1 8 . JN 8 8 18.1 SG 6 JQ66064JQ36.1 86061.1 JN0198 20 SG 09 2009 20 9816.1N J6QI2NIN 09 IN606JQ6 SGJN01 200 2010 JN01 9 SG SG 8674325202 JN0 2010 94 JQ966Q85658 9824.1 JN019822.1 198 SG JN0198 I.1 2009 25 26.1 1 6 3 1 3 54 J 6627IN 83.1 N 9 86 59.1 567 741 10 55 6 52 3894 .1 1916961926I5 INJF1J29Q 640845680.1 114253174 2 6 1 1 8 IN 8 IN 1 64 5596.1 1 EJQ 4 21 .1 U 1 7 197169916IN 9 JN5 755 7764.14 .19006.17.1 9 U 109055 PAH 77 H JNJ5F9E6U744J8 FJ9Q667836.1 0000040P 900P35H9P4H.10 66 22 IN 7 4 2 5 IN 3 7 2 2 7 5 0 6 9 10K0 JF97349.1 68 106 H 9G9 Q8 02902PH 23086.1 4P 0 392 690 19516 20 IN 1M1111 .1 A9B 87 290607 IN 460290936.271 3.148.1 96 N 9 J 9 M 8 1 H IN 1 IN6Y618 99 .1 96 2 01007AY 100 90 9200H .1 A6186915883996524.1 51 H T T Y 5 TAH AAYY61.1 79 1901819988T856H 2 YT6H1188995512.1.1 119H A 11908 95 6 50 Y T 99 89 A 0 61 .19.1 TH AY6189 5.1 59 78777 THAY 99 949 11999119 81 5.1 16 856 Y6Y 76 TH 9019 91 HAA 89 TA 28T4THH .155694410.1 Y61 91883 99 2168 9 119 8958 61 AY .15569 .1.1 XX TH 57 JJ3.1 89 84 61 AY 19 83 TH 2 .1 VVN 86 9470 61 59 N AY6 65 25 64 19 12 5685 81 1986 2TH 2000111V 11896 X563 J 9 9 212200 N 2 0 2 9 0 9 10008200KH JN 202021010 8571.11 0008 2 220 611161 JN63385 009T KH 0TT 88 620 0 T47TT8 72. 07 44 2 4 0 0 9515560 881 9220 20 0 0 0 JN6 T 4 9 T 2 1 20 H 0 KH 0 T 7 05 1 H 0 200 2 05 H H 0 H TH TKH 8455.1 20 6400 TTH 05TH A 2TH H JH TH 2005 H JTYAJQ99 TJQ993264.1 E E 1152 3666 JQ JEU44 2005 U AY N Q U 9JQ 44 A JQ 32 5999 Q 70 T 4 3272 79984 TH Q 2006 .1 H 4 6JQ 59 5356 8 Y 93 H 9271 4 56 641 4.1 5 5307 .1 1 6Y16A919 932 4 339 .1 937 29 27 6 6695 78 5 A1A 29 681Y981Y89Y 881 0984.1 . 5 12.1 86398994962335320 61891841796.841.1.81..11 838295.9.1.1914 .441 8.1 45. . 11 41 GS 62780.1 JF2 3 MY 1975 MY JF262779.1 197 197 5 MY EF457906.1 GI GIII GII Figura 18 - Genótipos de DENV-4 representados em árvore de radiação elaborada do programa Mega 5.2 usando o método de inferência filogenética Neighbor-Joining, modelo de substituição Tamura-Nei e bootstrap de 10000 replicações (Klungthong et al., 2004). 67 Figura 19 - Árvore colapsada no programa Mega 5.2 representando os quatro genótipos de DENV-4 (Klungthong et al., 2004). Os genótipos I e II, marcados em amarelo e verde apresentam amostras brasileiras. Os números representam os valores de bootstrap. 68 2004 VN JN376798.1 2010 VN JF967791.1 2010 VN JN376777.1 2010 VN JF967787.1 2012 VN JX644006.1 2012 VN JX644011.1 2012 VN JX644009.1 2011 VN JX556938.1 2011 VN JX556930.1 2001 VN JN376795.1 2005 VN JN376799.1 2009 VN JN376803.1 2011 BR BA JQ513345.1 2002 VN EU448451.1 2002 VN JN376796.1 2012 VN JX644008.1 2008 VN JN376802.1 2006 VN JN376800.1 2006 VN EU448450.1 2007 VN JN376801.1 Figura 20 - Genótipo I dos vírus DEN-4 constituído por amostras do Vietnã e Brasil (BA). 69 2011 BR JN848496.1 2011 BR JN848500.1 2011 BR JN848497.1 2011 BR JN092553.1 2010 BR RR JN983813.1 2012 BR RN 05 GUAMARE 2012 BR RN 39 NATAL 2011 BR RN 380 SANTACRUZ 2012 BR RN 446 CAICO 2010 BR RR JN559741.2 2010 BR RR JQ513333.1 2010 BR RR JQ513341.1 2011 BR AM JQ513339.1 2011 BR AM JQ513338.1 2011 BR AM JQ513344.1 2011 BR AM JQ513342.1 2011 BR AM JQ513343.1 2007 VE HQ332176.1 2007 VE FJ882589.1 2005 VE GQ139590.1 2005 CO GQ868585.1 BR-III 2006 VE JN819406.1 2007 VE HQ332173.1 2007 VE FJ182017.1 2008 VE FJ882592.1 2005 VE GQ139589.1 2007 VE HQ332172.1 2006 EQ GQ139572.1 2001 VE FJ639773.1 2011 BR PA JQ513335.1 2010 BR PA JQ513334.1 2011 BR PA JQ513337.1 2011 BR PA JQ513336.1 1997 DO JF804053.1 BR- II 1998 BS AY152366.1 1998 BS AY152365.1 1998 BS AY152364.1 1994 MS AY152369.1 1994 MS AY152371.1 1994 MS AY152370.1 2000 TT JF804059.1 1999 TT AY152367.1 1999 BB AY152368.1 1994 US PR AY152096.1 2006 MX JF804055.1 2007 HN GU586124.1 1993 BB AY152375.1 1994 SR AY152374.1 1994 HT JF262782.1 1994 SR AY152373.1 1996 CR AY152104.1 1994 US PR AY152288.1 2000 EC GQ139576.1 2000 PE GQ139564.1 2000 EC GQ139573.1 2000 EC GQ139577.1 2000 EC GQ139575.1 2000 EC GQ139574.1 1995 VE JF262781.1 2006 CO JF804052.1 1997 CO FJ024476.1 1999 EC JF804054.1 1994 EC AY152292.1 1991 HN AY152379.1 1983 JM AY152384.1 1982 SR AY152387.1 1982 US PR AY152308.1 1982 US PR AY152348.1 1982 SR AY152386.1 1982 US PR AY152356.1 1982 US PR AY152340.1 1982 US PR AY152312.1 1982 SR AY152388.1 1981 DM AF326573.1 1981 DM AY152360.1 1982 CO GU289913.1 1981 JM AY152389.1 1982 US PR AY152352.1 1982 BR RR JN559740.2 1982 SR AY152385.1 1993 SV AY152300.1 BR- I 1982 PF JN832500.1 Figura 21 - Genótipo III dos vírus DENV-4 com as três linhagens (BRI-III) de cepas brasileiras marcadas em azul. 70 2011 BR JN848496.1 2011 BR JN848500.1 2011 BR JN848497.1 2011 BR JN092553.1 2010 BR RR JN983813.1 2012 BR RN 05 GUAMARE 2012 BR RN 39 NATAL 2011 BR RN 380 SANTACRUZ 2012 BR RN 446 CAICO 2010 BR RR JN559741.2 2010 BR RR JQ513333.1 2010 BR RR JQ513341.1 2011 BR AM JQ513339.1 2011 BR AM JQ513338.1 2011 BR AM JQ513344.1 2011 BR AM JQ513342.1 2011 BR AM JQ513343.1 2007 VE HQ332176.1 2007 VE FJ882589.1 2005 VE GQ139590.1 2005 CO GQ868585.1 2006 VE JN819406.1 2007 VE HQ332173.1 2007 VE FJ182017.1 2008 VE FJ882592.1 2005 VE GQ139589.1 2007 VE HQ332172.1 2006 EQ GQ139572.1 2001 VE FJ639773.1 2011 BR PA JQ513335.1 2010 BR PA JQ513334.1 2011 BR PA JQ513337.1 2011 BR PA JQ513336.1 1997 DO JF804053.1 1998 BS AY152366.1 1998 BS AY152365.1 1998 BS AY152364.1 1994 MS AY152369.1 1994 MS AY152371.1 1994 MS AY152370.1 2000 TT JF804059.1 1999 TT AY152367.1 1999 BB AY152368.1 1994 US PR AY152096.1 2006 MX JF804055.1 2007 HN GU586124.1 1993 BB AY152375.1 1994 SR AY152374.1 1994 HT JF262782.1 1994 SR AY152373.1 1996 CR AY152104.1 1994 US PR AY152288.1 2000 EC GQ139576.1 2000 PE GQ139564.1 2000 EC GQ139573.1 2000 EC GQ139577.1 2000 EC GQ139575.1 2000 EC GQ139574.1 1995 VE JF262781.1 2006 CO JF804052.1 1997 CO FJ024476.1 1999 EC JF804054.1 1994 EC AY152292.1 1991 HN AY152379.1 1983 JM AY152384.1 1982 SR AY152387.1 1982 US PR AY152308.1 1982 US PR AY152348.1 1982 SR AY152386.1 1982 US PR AY152356.1 1982 US PR AY152340.1 1982 US PR AY152312.1 1982 SR AY152388.1 1981 DM AF326573.1 1981 DM AY152360.1 1982 CO GU289913.1 1981 JM AY152389.1 1982 US PR AY152352.1 1982 BR RR JN559740.2 1982 SR AY152385.1 1993 SV AY152300.1 1982 PF JN832500.1 2000 EC GQ139576.1 2000 PE GQ139564.1 2000 EC GQ139573.1 2000 EC GQ139577.1 2000 EC GQ139575.1 2000 EC GQ139574.1 1995 VE JF262781.1 2006 CO JF804052.1 1997 CO FJ024476.1 1999 EC JF804054.1 1994 EC AY152292.1 1991 HN AY152379.1 1983 JM AY152384.1 1982 SR AY152387.1 1982 US PR AY152308.1 1982 US PR AY152348.1 1982 SR AY152386.1 1982 US PR AY152356.1 1982 US PR AY152340.1 1982 US PR AY152312.1 1982 SR AY152388.1 1981 DM AF326573.1 1981 DM AY152360.1 1982 CO GU289913.1 1981 JM AY152389.1 1982 US PR AY152352.1 1982 BR RR JN559740.2 1982 SR AY152385.1 Figura 22 - Linhagem BR-I do genótipo III de DENV-4. Amostras oriundas do Brasil, suriname, Porto Rico, Dominica, Colômbia e Jamaica. 71 2011 BR JN848496.1 2011 BR JN848500.1 2011 BR JN848497.1 2011 BR JN092553.1 2010 BR RR JN983813.1 2012 BR RN 05 GUAMARE 2012 BR RN 39 NATAL 2011 BR RN 380 SANTACRUZ 2012 BR RN 446 CAICO 2010 BR RR JN559741.2 2010 BR RR JQ513333.1 2010 BR RR JQ513341.1 2011 BR AM JQ513339.1 2011 BR AM JQ513338.1 2011 BR AM JQ513344.1 2011 BR AM JQ513342.1 2011 BR AM JQ513343.1 2007 VE HQ332176.1 2007 VE FJ882589.1 2005 VE GQ139590.1 2005 CO GQ868585.1 2006 VE JN819406.1 2007 VE HQ332173.1 2007 VE FJ182017.1 2008 VE FJ882592.1 2005 VE GQ139589.1 2007 VE HQ332172.1 2006 EQ GQ139572.1 2001 VE FJ639773.1 2011 BR PA JQ513335.1 2010 BR PA JQ513334.1 2011 BR PA JQ513337.1 2011 BR PA JQ513336.1 2011 BR PA JQ513335.1 1997 DO JF804053.1 1998 BS AY152366.1 1998 BS AY152365.1 1998 BS AY152364.1 2010 BR PA JQ513334.1 1994 MS AY152369.1 1994 MS AY152371.1 1994 MS AY152370.1 2000 TT JF804059.1 1999 TT AY152367.1 1999 BB AY152368.1 2011 BR PA JQ513337.1 1994 US PR AY152096.1 2006 MX JF804055.1 2007 HN GU586124.1 1993 BB AY152375.1 1994 SR AY152374.1 1994 HT JF262782.1 1994 SR AY152373.1 1996 CR AY152104.1 2011 BR PA JQ513336.1 1994 US PR AY152288.1 2000 EC GQ139576.1 2000 PE GQ139564.1 2000 EC GQ139573.1 2000 EC GQ139577.1 2000 EC GQ139575.1 2000 EC GQ139574.1 1995 VE JF262781.1 2006 CO JF804052.1 1997 CO FJ024476.1 1999 EC JF804054.1 1994 EC AY152292.1 1991 HN AY152379.1 1997 DO JF804053.1 1983 JM AY152384.1 1982 SR AY152387.1 1982 US PR AY152308.1 1982 US PR AY152348.1 1982 SR AY152386.1 1982 US PR AY152356.1 1982 US PR AY152340.1 1982 US PR AY152312.1 1982 SR AY152388.1 1981 DM AF326573.1 1981 DM AY152360.1 1982 CO GU289913.1 1981 JM AY152389.1 1982 US PR AY152352.1 1982 BR RR JN559740.2 1982 SR AY152385.1 1993 SV AY152300.1 1982 PF JN832500.1 Figura 23 - Linhagem BR-II do genótipo III de DENV-4. Amoatras oriundas do Brasil, República Dominicana e Porto Rico. 2011 BR JN848496.1 2011 BR JN848500.1 2011 BR JN848497.1 2011 BR JN092553.1 2010 BR RR JN983813.1 2012 BR RN 05 GUAMARE 2012 BR RN 39 NATAL 2011 BR RN 380 SANTACRUZ 2012 BR RN 446 CAICO 2010 BR RR JN559741.2 2010 BR RR JQ513333.1 2010 BR RR JQ513341.1 2011 BR AM JQ513339.1 2011 BR AM JQ513338.1 2011 BR AM JQ513344.1 2011 BR AM JQ513342.1 2011 BR AM JQ513343.1 2007 VE HQ332176.1 2007 VE FJ882589.1 2005 VE GQ139590.1 2005 CO GQ868585.1 2006 VE JN819406.1 2007 VE HQ332173.1 2007 VE FJ182017.1 2008 VE FJ882592.1 2005 VE GQ139589.1 2007 VE HQ332172.1 2006 EQ GQ139572.1 2011 BR JN848496.1 2011 BR JN848500.1 2001 VE FJ639773.1 2011 BR PA JQ513335.1 2010 BR PA JQ513334.1 2011 BR PA JQ513337.1 2011 BR PA JQ513336.1 1997 DO JF804053.1 1998 BS AY152366.1 1998 BS AY152365.1 1998 BS AY152364.1 1994 MS AY152369.1 1994 MS AY152371.1 1994 MS AY152370.1 2000 TT JF804059.1 1999 TT AY152367.1 1999 BB AY152368.1 1994 US PR AY152096.1 2006 MX JF804055.1 2007 HN GU586124.1 1993 BB AY152375.1 1994 SR AY152374.1 1994 HT JF262782.1 1994 SR AY152373.1 1996 CR AY152104.1 1994 US PR AY152288.1 2000 EC GQ139576.1 2000 PE GQ139564.1 2000 EC GQ139573.1 2000 EC GQ139577.1 2000 EC GQ139575.1 2000 EC GQ139574.1 1995 VE JF262781.1 2006 CO JF804052.1 1997 CO FJ024476.1 1999 EC JF804054.1 1994 EC AY152292.1 1991 HN AY152379.1 1983 JM AY152384.1 1982 SR AY152387.1 1982 US PR AY152308.1 1982 US PR AY152348.1 1982 SR AY152386.1 1982 US PR AY152356.1 1982 US PR AY152340.1 1982 US PR AY152312.1 1982 SR AY152388.1 1981 DM AF326573.1 1981 DM AY152360.1 1982 CO GU289913.1 1981 JM AY152389.1 1982 US PR AY152352.1 1982 BR RR JN559740.2 1982 SR AY152385.1 1993 SV AY152300.1 1982 PF JN832500.1 2011 BR JN848497.1 2011 BR JN092553.1 2010 BR RR JN983813.1 2012 BR RN 05 GUAMARE 2012 BR RN 39 NATAL 2011 BR RN 380 SANTACRUZ 2012 BR RN 446 CAICO 2010 BR RR JN559741.2 2010 BR RR JQ513333.1 2010 BR RR JQ513341.1 2011 BR AM JQ513339.1 2011 BR AM JQ513338.1 2011 BR AM JQ513344.1 2011 BR AM JQ513342.1 2011 BR AM JQ513343.1 2007 VE HQ332176.1 Figura 24 - Linhagem BR-III do genótipo III de DENV-4. Constituindo apenas de cepas brasileiras. As amostras oriundas deste estudo estão sinalizadas com um circulo preto. 72 Tabela 10 - Matriz de identidade nucleotídica entre os quatro genótipos de DENV-4 SEQUÊNCIAS 1. 2012_BR_RN_05_GUAMARE 2. 2012_BR_RN_39_NATAL 3. 2011_BR_RN_380_SANTACRUZ 4. 2012_BR_RN_446_CAICO 5. 2011_BR_PA_JQ513335.1 6. 2010_BR_PA_JQ513334.1 7. 2011_BR_PA_JQ513337.1 8. 2011_BR_PA_JQ513336.1 9. 1982_BR_RR_JN559740.2 10. 2011_BR_BA_JQ513345.1 11. 2007_VN_JN376801.1 12. 1975_MY_EF457906.1 13. 2008_SG_JN019830.1 14. 2010_TW_JQ403526.1 15. 2000_TH_AY618993.1 16. 1998_TH_AY618981.1 17. 1997_TH_AY618978.1 18. 1999_TH_AY618986.1 1 ID 100,00% 100,00% 99,50% 96,90% 96,40% 96,70% 96,50% 97,50% 90,20% 90,50% 85,90% 93,90% 93,40% 93,40% 90,00% 90,00% 90,10% 2 100,00% ID 100,00% 99,50% 96,90% 96,40% 96,70% 96,50% 97,50% 90,20% 90,50% 85,90% 93,90% 93,40% 93,40% 90,00% 90,00% 90,10% 3 100,00% 100,00% ID 99,50% 96,90% 96,40% 96,70% 96,50% 97,50% 90,20% 90,50% 85,90% 93,90% 93,40% 93,40% 90,00% 90,00% 90,10% 4 99,50% 99,50% 99,50% ID 96,90% 96,40% 96,70% 96,50% 97,50% 90,30% 90,50% 86,10% 94,00% 93,50% 93,50% 90,00% 90,00% 90,10% 5 96,90% 96,90% 96,90% 96,90% ID 99,30% 99,40% 99,30% 97,10% 89,90% 90,10% 86,10% 93,30% 93,10% 93,20% 89,70% 89,80% 90,00% 6 96,40% 96,40% 96,40% 96,40% 99,30% ID 98,80% 98,70% 96,60% 89,60% 89,80% 85,70% 92,90% 92,70% 92,90% 89,40% 89,60% 89,70% 7 96,70% 96,70% 96,70% 96,70% 99,40% 98,80% ID 99,70% 97,00% 90,10% 90,30% 86,10% 93,60% 93,40% 93,60% 89,50% 89,60% 89,80% 8 96,50% 96,50% 96,50% 96,50% 99,30% 98,70% 99,70% ID 96,80% 89,90% 90,10% 86,10% 93,40% 93,10% 93,30% 89,30% 89,40% 89,60% 9 97,50% 97,50% 97,50% 97,50% 97,10% 96,60% 97,00% 96,80% ID 91,30% 91,50% 86,30% 94,60% 94,20% 94,60% 90,70% 90,60% 90,90% 10 90,20% 90,20% 90,20% 90,30% 89,90% 89,60% 90,10% 89,90% 91,30% ID 98,30% 85,30% 90,90% 90,70% 91,00% 89,30% 89,10% 89,40% 11 90,50% 90,50% 90,50% 90,50% 90,10% 89,80% 90,30% 90,10% 91,50% 98,30% ID 85,80% 91,70% 91,10% 91,70% 90,00% 89,80% 90,10% 12 85,90% 85,90% 85,90% 86,10% 86,10% 85,70% 86,10% 86,10% 86,30% 85,30% 85,80% ID 86,50% 86,60% 86,70% 85,50% 85,70% 85,70% 13 93,90% 93,90% 93,90% 94,00% 93,30% 92,90% 93,60% 93,40% 94,60% 90,90% 91,70% 86,50% ID 98,40% 97,90% 91,00% 90,70% 91,00% 14 93,40% 93,40% 93,40% 93,50% 93,10% 92,70% 93,40% 93,10% 94,20% 90,70% 91,10% 86,60% 98,40% ID 97,40% 90,40% 90,10% 90,40% 15 93,40% 93,40% 93,40% 93,50% 93,20% 92,90% 93,60% 93,30% 94,60% 91,00% 91,70% 86,70% 97,90% 97,40% ID 91,10% 91,00% 91,10% 16 90,00% 90,00% 90,00% 90,00% 89,70% 89,40% 89,50% 89,30% 90,70% 89,30% 90,00% 85,50% 91,00% 90,40% 91,10% ID 99,30% 99,50% 17 90,00% 90,00% 90,00% 90,00% 89,80% 89,60% 89,60% 89,40% 90,60% 89,10% 89,80% 85,70% 90,70% 90,10% 91,00% 99,30% ID 99,70% 18 90,10% 90,10% 90,10% 90,10% 90,00% 89,70% 89,80% 89,60% 90,90% 89,40% 90,10% 85,70% 91,00% 90,40% 91,10% 99,50% 99,70% ID GI: Vietnã >>> Brasil (Bahia) Figura 25 - Mapa representando a possível introdução do genótipo I, de origem Vietnamita no Brasil (Brasil). 73 BRI BRII BRII I Figura 26 - Mapa representando as três possíveis introduções distintas dos vírus DENV-4 no Brasil. As introduções das linhagens BR I-III estão representadas respectivamente em vermelho, azul e verde. 74 5.6. Análise das alterações na cadeia peptídica dos DENV-4 Foi realizada a comparação entre oito sequencias do gene E de cepas brasileiras recentes (2010-2012), incluindo as cepas provenientes deste estudo, e três cepas referência, uma cepa da Polinésia Francesa, responsável por uma introdução do vírus no Brasil em 1982 e ancestral do genótipo II, uma cepa brasileira isolada no estado de Roraima em 1982 e uma cepa venezuelana isolada em 2007, ancestral da linhagem III na qual estão incluídas as amostras provenientes deste estudo. No gene em questão, foram encontradas seis substituições de caráter bioquímico. Quatro substituições ocorreram de aminoácidos hidrofóbicos para hidrofílicos, nas posições E46 (I-T), E155 (I-T), E221 (A-T) e E222 (A-T) em todos os isolados gerados neste estudo e duas substituições ocorreram de um aminoácido hidrofílico para um hidrofóbico nas posições E64 (S-L) e E354 (S-A) em todas as amostras Norte Rio-Grandenses. Constatamos que as substituições das posições E64, E222 e E354 ocorreram em todas as amostras analisadas quando comparadas a amostra polinésia de 1982, com exceção da amostra do Pará que se mostrou semelhante à amostra mais antiga da tabela. (TABELA 8). Tabela 11 - Matriz identidade nucleotídica entre representantes dos diferentes genótipos de DENV-4. ISOLADOS DE DENV-4 1982_PF_JN832500 1982_BR_RR_JN559740 2007_VE_HQ332176 2010_BR_RR_JQ513341 2010_BR_RR_JN983813 2011_BR_AM_JQ513343 2011_BR_PA_JQ513336 2011_380_BR_RN_STA CRUZ 2012_446_BR_RN_CAICÓ 2012_05_BR_RN_GUAMARÉ 2012_39_BR_RN_NATAL DI E46 I T T T T T T T T T T DII E64 S . L L L L . L L L L DII E123 G . . . . . E . . . . POSIÇÃO DO AMINOÁCIDO DI DI DI DI DII DII DII DII DII DII DII E149 E155 E163 E174 E196 E221 E222 E230 E238 E252 E275 H I T K M A A H V V G R . M . . T . . . . . . T . . . T T . . . . . T . . . T T . . . . . T . . . T T . . . . . T . . . T T . E L E . T . E . . . . . . . . T . . V T T P . . . . T . . . T T . . . . . T . . V T T P . . . . T . . V T T P . . . DI E287 I V V V V V V V V V V DIII E351 V I . . . . . . . . . DIII E354 S . A A A A . A A A A DIII E355 T . . . . . I . . . . INSO E414 I . . . . . . . F . . INSO E455 I . . . . . V . . . . INSO E461 F . . . . . .L . . . . DI: domínio I; DII: domínio II; DIII: domínio III, INSO: região insolúvel; PF Polinésia Francesa; VE: Venezuela; BR: Brasil; RR: Roraima; PA: Pará; AM: Amazonas; RN: Rio Grande do Norte. 75 6. DISCUSSÃO 6.1. Genótipos circulantes no Brasil e filogeografia dos DENV-1 O DENV-1 foi detectado pela primeira vez no Brasil em 1981, causando uma importante epidemia em 1986 (Schatzmayr et al., 1986). Desde então vem circulando de maneira esporádica no país, com exceção do período entre 2009-2011, no qual esses vírus apresentaram alta circulação talvez pela presença de pessoas sem imunidade específica (Carneiro et al., 2012). Existem cinco genótipos referentes a este sorotipo circulando atualmente no mundo (Osman et al., 2009). No Brasil, estudos sugerem que apenas o genótipo V é circulante no país (Carneiro et al., 2012; Drummond et al., 2012; Bona et al., 2012; Santos et al., 2011). Vários estudos filogenéticos vêm sendo realizados com objetivo de compreender fatores relacionados à origem, dispersão e potencial epidêmico de novas linhagens. Nesse contexto, o presente estudo constatou que todas as cepas analisadas pertencem ao genótipo V circulante nas Américas e na África, corroborando com estudos realizados anteriormente (Carneiro et al., 2012; Drummond et al., 2012; Bona et al., 2012; Santos et al., 2011). Verificamos que de acordo com a inferência filogenética realizada, as cepas brasileiras se apresentaram divididas em duas linhagens (BR-I e BR-II), sendo a linhagem BR-I compostas por algumas cepas mais antigas (1986-2010), reportadas a introdução desse sorotipo no país, caracterizada por uma massiva epidemia seguida por baixa circulação (Carneiro et al., 2012) e BR-II composta por cepas mais recentes (2000-2011), reportadas a reintrodução do sorotipo. As amostras do Rio Grande do Norte se apresentaram agrupadas em BR-II uma vez que foram isoladas no período de 2010-2011. As duas linhagens de amostras brasileiras apresentaram percentual de divergência variando entre 2,8% e 4,6%, o que era esperado devido ao período de circulação distinto de algumas cepas. Tais resultados se mostraram semelhantes aos obtidos por Santos e colaboradores (2011), que constataram a subdivisão de cepas oriundas do estado do Rio de Janeiro em duas linhagens temporalmente distintas. O estudo sugere que o baixo percentual de similaridade entre as cepas das diferentes linhagens é um indicativo de reintrodução e não de evolução local e que BR-II pode ter origem asiática, uma vez que está proximamente relacionada com amostras provenientes de Cingapura. A análise filogenética realizada neste estudo sugere que 76 BR-II pode está relacionada com amostras do Caribe. Dessa forma, pode-se sugerir que o Caribe possa ter sido o ponto de introdução da nova linhagem vinda da Ásia no continente americano, uma vez que essa região geográfica é reconhecida como fonte de introdução de novas cepas no Brasil (Rico-Hesse et al., 1997). Em estudo realizado por Carneiro et al. (2012) com sequencias do gene do envelope, foi reportada a existência de três linhagens distintas de amostras brasileiras (A, B e C), o que reforça a hipótese da circulação simultânea de múltiplas linhagens, confirmando que novas linhagens vem se estabelecendo no país desde a introdução do sorotipo. A circulação de mais de uma linhagem em uma mesma região geográfica não é um fato novo, já tendo sido reportada em estudos anteriores (Drummond et al., 2012; Kukreti et al., 2009; Mendez et al., 2010; Carrillo-Valenzo et al., 2010). Trata-se de um fenômeno comum que consiste na diminuição de frequência de circulação ou extinção de uma determinada linhagem que circulou por um longo período em determinada região, sendo algumas vezes substituída por outra (Zhang et al., 2005). Fenômeno este que pode ser ocasionado pela circulação de outro sorotipo na região em questão, no caso DENV-2 que causou duas epidemias (1998 e 2007/2008) no período de baixa circulação de DENV-1. É importante ressaltar que a inferência filogenética realizada neste estudo foi baseada em sequencias do gene do envelope viral. No entanto, um estudo realizado recentemente com sequencias do genoma completo enfatizou a evidencia da circulação de diferentes linhagens no país (Drummond et al., 2012) reforçando que análises feitas com este gene são eficientes para determinação de genótipos e linhagens. Com relação à origem e introduções de DENV-1 no Brasil, não foi possível inferir sobre a origem das cepas pertencentes a BR-I. Esse fato pode ser justificado pelos baixos valores de bootstrap gerados na análise e/ou pelo baixo número de sequencias disponíveis no GenBank, tornando clara a necessidade de utilização de métodos de inferência filogenética mais robustos, como a Máxima Verossimilhança, que está sendo realizada para complementar o presente trabalho. No entanto, a inferência sobre a origem de BR-II foi possível, sugerindo que os vírus possam ter entrado no país importados do Caribe, mais precisamente vindos das Ilhas Virgens Britânicas corroborando com estudo realizado recentemente por Drummond et al. (2012). Este fato confirma o Caribe como uma das principais fontes de variantes dos DENV para o 77 Brasil (Rico-Hesse et al., 1997). A linhagem BR-II foi associada a amostras asiáticas em estudos anteriores (Santos et al., 2011), dessa forma, podemos sugerir que antes de entrar no território brasileiro, vindos da Ásia, os vírus tenham circulado no Caribe. Drummond et al. (2012) sugeriram que o ancestral mais recente desta linhagem provavelmente entrou no país pela região norte em 1998/99 chegando a região sudeste nos anos de 2006/07. Não foi possível confirmar o padrão de migração dos vírus entre as regiões brasileiras neste estudo devido à escassez de sequencias com informações completas sobre sua origem. Adicionalmente, Cardoso et al. (2012) constataram que os isolados brasileiros analisados em seu estudo se apresentaram proximamente relacionados com isolados provenientes de outros países da América Latina, dessa forma, podemos sugerir que as cepas brasileiras possam ter vindo do Caribe, entrado em países latino-americanos próximos e em seguida no Brasil. 6.2. Genótipos circulantes no Brasil e filogeografia dos DENV-2 Os vírus DENV-2 foram detectados no país pela primeira vez em 1989 de um caso importado da África (Cruz et al., 2010). No ano seguinte (1990), o primeiro caso autóctone foi registrado no estado do Rio de Janeiro, associado aos primeiros registros de formas graves da doença e se espalhando por outros estados da federação (Oliveira et al., 2010; Cruz et al., 2010). Desde sua introdução, esse sorotipo causou três grandes epidemias no país, a primeira ocorreu em 1998, a segunda em 2007-2008 e a terceira em 2010 (Oliveira et al., 2010; Drummond et al., 2012 ), sendo esta última ocasionada por duas linhagens pertencentes ao genótipo asiático/americano, mostrando a circulação temporal de vírus geneticamente distintos, ocasionada por evolução local ou pela introdução de uma nova linhagem (Oliveira et al., 2010). O aumento do número de casos graves da doença no continente americano está diretamente associado à introdução do genótipo asiático/americano que aconteceu concomitantemente a substituição do genótipo americano, descrito como menos virulento (Rico-Hesse et al., 1997; Cruz et al., 2010). A inferência filogenética realizada por Twiddy e colaboradores (2002) constatou a existência de cinco genótipos de DENV-2. A partir da análise das cepas deste estudo, foi verificada a existência de cinco genótipos de DENV-2 (cosmopolita, asiático I e II, americano e asiático/americano), sendo que todas as amostras brasileiras foram pertencentes ao último. 78 Tais resultados corroboraram com estudos realizados anteriormente, onde apenas o genótipo asiático/americano foi atribuído ao Brasil (Oliveira et al., 2010; Drummond et al., 2012; Cruz et al., 2010; Pires-Neto et al., 2005). Verificamos também, que o genótipo asiático/americano teve origem do genótipo asiático II. Este resultado confirma a origem asiática do genótipo asiático/americano, previamente descrito por Rico-Hesse (1990). De acordo com a análise realizada neste estudo, as amostras brasileiras se apresentaram subdivididas em quatro linhagens bem definidas, com origens distintas (BRIIV) evidenciando a circulação de cepas virais geneticamente diferentes no país (Dettogni et al., 2012). A linhagem BR-I é constituída por cepas oriundas do Peru, Equador, Bolívia e Brasil (RN, RJ, ES), com cepas brasileiras isoladas entre 1990 e 2007. A BR-II é composta por cepas de Porto Rico, Bolívia, Paraguai e Brasil, com cepas brasileiras isoladas entre 20002006. BR-III é composta por cepas oriundas da Colômbia, Venezuela e Brasil, com a única cepa brasileira isolada em 2005 e por fim, BR-IV, a maior das linhagens encontradas, constituída por amostras de Porto Rico, São Cristóvão e Névis, República Dominicana, Ilhas Virgens, Jamaica, Peru, Bolívia, Paraguai e Brasil (SP, RJ e RN), com cepas brasileiras isoladas entre 2001 e 2011. A presença de quatro linhagens circulantes no país pode ter sido resultado de evolução local ou devido à introdução de novas linhagens (Romano et al., 2010), que pode ter sido gerada por diferenças de aminoácidos que favoreceram o escape dos vírus de anticorpos específicos produzidos em infecções prévias por DENV-2 ou pela co-circulação com DENV1 e DENV-3 (Nogueira et al., 2007; Araújo et al., 2012; Drummond et al., 2012). A análise filogenética realizada neste estudo sugere a maior probabilidade da ocorrência de introdução de novas linhagens, uma vez que as mesmas se apresentaram em agrupamentos distintos com possíveis origens também distintas na árvore filogenética. Constatamos por meio da matriz de identidade nucleotídica o alto percentual de similaridade entre essas linhagens. A partir desta análise observamos que as linhagens com o menor percentual de identidade entre si foram BR-I e BR-III, fato esperado uma vez que as duas linhagens se agruparam em ramos distintos com bootstrap de 79%. No tocante a origem e introdução destes vírus no Brasil, sugerimos a ocorrência de quatro introduções distintas de DENV-2 no Brasil. A linhagem mais antiga (BR-I), entrou no território brasileiro provavelmente vinda da Venezuela, Equador ou Peru, passando pelos 79 estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, tendo circulado no país por aproximadamente 17 anos. Os isolados associados às epidemias de 1990, que ocorreu durante a introdução do genótipo no Rio de Janeiro e as epidemias subsequentes que ocorreram em 2007/2008 estão agrupados nessa linhagem. A linhagem BR-II, segunda mais antiga, provavelmente entrou no país importada de Porto Rico, tendo circulado por seis anos (20002006), não estando relacionada a nenhum dos graves surtos epidêmicos, conforme foi descrito em estudo anterior (Drummond et al., 2012). BR-III foi detectada pela primeira vez no presente estudo e provavelmente entrou no país pela Colômbia, sendo constituída por apenas uma amostra brasileira, isolada em 2005 e por tanto não associada às epidemias graves. BR-IV, a linhagem mais recente importada do Caribe (Porto Rico ou São Cristóvão e Névis), teria entrado no país pelo estado do Rio Grande do Norte, estado provavelmente associada às graves epidemias ocorridas em 20072008 e 2010 (Romano et al., 2010; Dettogni et al., 2012). Nossos resultados, juntamente com estudos realizados anteriormente, sugerem que a principal fonte de introdução dos vírus dengue no território brasileiro é o Caribe, por onde provavelmente o genótipo asiático/americano penetrou no continente, importado do sudeste asiático, estando relacionado à emergência de casos de FHD (Rico-Hesse et al., 1997; Drummond et al., 2012). Tal observação pode ser consequência da proximidade geográfica entre o Caribe e os estados da região norte do país, facilitando assim, introduções de genótipos e linhagens (Araújo et al., 2012). 6.3. Genótipos circulantes no Brasil e filogeografia dos DENV-4 Os vírus dengue tipo 4 foram inicialmente identificados no continente americano em 1981, tendo sido importados da Indonésia e dispersado inicialmente no Caribe. Foram identificados dois genótipos (I e II), sendo o primeiro constituído por cepas do sudeste asiático e Pacífico e o segundo por cepas do continente americano (Lanciotti et al., 1997). Em 2005, foram identificados quatro genótipos (I-III e selvagem) (Klungthong et al., 2004). Após um período de 28 anos sem circulação no Brasil, os vírus DENV-4 reemergiram no território brasileiro no ano de 2010 através do estado de Roraima, se espalhando por diversos estados do país como Amazonas, Pará, Bahia, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo (Temporão et al., 2011; Ministério da Saúde, 2011). Desde então, estudos sobre a origem da cepa re-emergente, usando diferentes métodos de inferência filogenética vem sendo 80 realizados, uma vez que pouco se sabe a respeito de padrão de dispersão e evolução desses agentes infecciosos (Souza et al., 2011). Um desses estudos, realizado por Souza e colaboradores (2011) analisou amostras oriundas dos primeiros casos autóctones ocorridos nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, verificando que as cepas brasileiras pertenciam ao genótipo II, agrupadas com amostras do Norte da América do Sul e do Caribe e ao genótipo I agrupadas com amostras da Malásia, Jamaica, Trinidad e Tobago, México, Porto Rico, Polinésia Francesa, Indonésia e República Dominicana. Nunes et al. (2012) realizaram estudo semelhante, usando sequencias do gene do envelope e do genoma completo de cepas oriundas de estados da Região Norte do país (Pará, Amazonas e Roraima), confirmando que as cepas brasileiras pertencem aos genótipos I e II, sendo o primeiro constituído por uma cepa isolada no estado da Bahia e o segundo por cepas do Caribe e América do Sul. A análise filogenética realizada neste estudo mostrou que as cepas brasileiras analisadas, incluindo as cepas do Rio Grande do Norte, pertencem aos genótipos I e II. O genótipo I se apresentou constituído por uma amostra brasileira isolada na Bahia e por amostras do Vietnã e o genótipo II, apresentou-se subdivido em três linhagens de amostras brasileiras com elevado percentual de identidade nucleotídica, a linhagem I (BR-I) constituída por uma amostra isolada em Roraima em 1982, amostras da América do Sul e Caribe, a linhagem II (BR-II) por cepas do estado do Pará (2010-2011), Porto Rico e República Dominicana e a linhagem III (BR-III) constituída por amostras brasileiras oriundas do Rio Grande do Norte, Amazonas e Roraima (2010-2012). Os dados obtidos corroboraram com estudos recentes sobre o sorotipo, adicionando conhecimentos sobre as diferentes linhagens dentro do genótipo II e constatando que as cepas do Rio Grande do Norte (BR-III) estão proximamente relacionadas com a cepa de Roraima isolada após a reintrodução do sorotipo no país, em detrimento das cepas isoladas em 1981-1982 reportadas a casos de dengue no mesmo estado (Osnai, et al. 1983), que de acordo com a presente análise pertence à BR-I. No tocante aos padrões de migração dos DENV-4, acredita-se que o mais recente ancestral dos genótipos I-III tenha origem do sudeste asiático (Dussart et al., 2012; Nunes et al., 2012), fato constatado pela presença de cepas asiáticas nos ramos de origem de um genótipo cosmopolita como o II (Klungthong et al., 2004) e também observado nas análises realizadas neste estudo. 81 O estudo filogeográfico realizado por Nunes et al. (2012), já citado anteriormente sugeriu que as principais fontes de exportação desse vírus para o Brasil seriam o sudeste asiático, o Caribe e a Venezuela. Tendo ocorrido múltiplas introduções distintas no país, a mais recente tendo ocorrido de países sul-americanos vizinhos, particularmente a Venezuela onde o vírus se estabeleceu há um longo tempo. Outra introdução ocorreu após o estabelecimento dos vírus no Caribe, se dispersando para o Brasil (RR) e países próximos (Venezuela e Colômbia) e mais recentemente no Brasil pelo estado do Pará. Os resultados obtidos neste estudo confirmaram os achados de Nunes et al. (2012), uma vez que foi verificada a ocorrência de três possíveis introduções distintas dos DENV-4 pertencentes ao genótipo II no país, sugerimos que a primeira introdução ocorreu de Trinidad e Tobago para o estado de Roraima em 1982 (BR-I), quando os vírus foram detectados pela primeira vez no país, a segunda de Porto Rico para o estado do Pará (BR-II) e a terceira (BRIII) teve origem na Venezuela, entrando no Brasil possivelmente pelos estados de Roraima ou Amazonas e chegando ao estado do Rio Grande do Norte. Os resultados sugerem que as cepas mais antigas, referentes a introdução dos DENV-4 são geneticamente distintas das cepas mais recentes, confirmando a possível ocorrência de evolução local ou de reintrodução, sendo a última opção a mais provável devido as linhagens em questão terem apresentado origens distintas na árvore filogenética. Assim como ocorreu nos outros sorotipos estudados anteriormente neste estudo, a circulação de vírus distintos ocasionada por múltiplas introduções pode ter ocorrido pela introdução de outros sorotipos na região no período onde não foi detectada a circulação de DENV-4 no país, como por exemplo o DENV-2 que causou epidemias em 1998, 2007/2008 e 2010 (Oliveira et al., 2010; Drummond et al., 2012). Com base nos resultados discutidos, torna-se clara a necessidade da análise de sequências provenientes de um maior número de estados brasileiros para uma compreensão mais detalhada dos padrões de migração dos vírus Dengue no país, bem como a realização de métodos de inferência filogenética mais robustos com objetivo de melhorar a confiabilidade das relações que em alguns ramos foi inferior aos 75% recomendados. Por fim, ressaltamos que a prevenção da emergência de novas epidemias depende claramente de conhecimentos sobre origem, padrão de dispersão desses vírus e identificação de genótipos e linhagens (RicoHesse et al., 1997; Drummond et al, 2012), tornando clara a importância de estudos desta natureza. 82 6.4. Substituições de aminoácidos na glicoproteína E dos DENV isolados no RN O gene E possui 1485 pares de bases de comprimento e codifica um polipeptídeo de 495 aminoácidos, subdivididos em três domínios (I, II e III) (Mandl et al., 2001; Aquino et al., 2008). Essa proteína exerce importantes funções nos mecanismos de patogênese dos vírus dengue, como por exemplo: composição estrutural dos vírus, determinação de tropismo celular, ligação com anticorpos neutralizantes e interações dos vírus com a membrana plasmática da célula hospedeira (Aquino et al., 2008; Mandl et al.,1989; Rey et al., 1995). Estudos anteriores mostraram que substituições de aminoácidos em proteínas estruturais ocorrem principalmente na região da glicoproteína E, localizada na superfície viral (Carneiro et al., 2012). Por esses motivos, essa proteína se tornou alvo de diversos estudos moleculares e filogenéticos (Twiddy et al., 2002) que objetivam revelar relações evolutivas entre as cepas isoladas, bem como identificar substituições nucleotídicas que possam estar associadas a casos de maior gravidade da doença. As cepas de DENV-1 apresentaram um considerável número de mutações ao longo da proteína E, no entanto apenas uma mutação foi persistente, se constituindo em uma substituição e ocorreu na posição E124 (R-K) localizado no domínio II, não se constituindo numa alteração de caráter bioquímico uma vez que ocorreu entre aminoácidos monocarboxílicos carregados positivamente. No tocante a DENV-2, foram identificadas quatro substituições, duas ocorreram de um aminoácido hidrofóbico para hidrofílico (posições E170 e E340), representando alteração de caráter bioquímico, uma vez que aminoácidos hidrofílicos comumente estão localizados na superfície da proteína e estão relacionados à resposta imune (Krukreti et al., 2009). Uma dessas substituições ocorreu no domínio I (aa 1-52, aa 132-193 e aa 280-296) e outra no domínio III (aa 296-394) da proteína. Todas as cepas de DENV-2 submetidas à comparação apresentaram uma asparagina (N) na posição E390, característica comum a cepas componentes do genótipo asiático/americano e que está relacionada à maior probabilidade do desenvolvimento de FHD, uma vez que resulta na otimização de replicação viral e exacerbação da resposta imune do hospedeiro (Pryor et al., 2001; Leitmeyer et al., 1999). Verificamos seis substituições de aminoácidos ao longo da proteína E das amostras de DENV-4 que representaram modificações de caráter bioquímico. Três substituições ocorreram no domínio II (aa52-132 e aa193-280), onde estão localizados os peptídeos de fusão e duas no domínio I (aa1-52, aa132 a 193 e aa280-296), que se liga a anticorpos que 83 conferem especificidade a esses vírus (Stiasny et al., 2006; Allison et al., 2001). Uma dessas substituições (E354 S-A) ocorreu ao longo do domínio III (aa 296-394) da proteína, o mais variável de todos e que contém regiões relacionadas à ligação dos vírus dengue aos receptores da superfície celular a e anticorpos neutralizantes, além de conter resíduos responsáveis por tropismo e virulência (Weaver & Vasilakis, 2009; Gritsun et al., 1995; Mandl et al., 2001; Rey et al., 1995). Substituições no domínio III são comuns devido à pressão seletiva do sistema imune e podem induzir atenuação, virulência ou até mesmo o escape do vírus pelo sistema imunológico (Rey et al., 1995; Mandl et al., 2001; Lin & Wu, 2003), tornando evidente a importância desse domínio no processo de adaptação dos vírus aos hospedeiros humanos e não humanos e a subsequente evolução viral (Wang et al., 2000). Análises desta natureza não vêm mostrando relação entre variabilidade genética e manifestações clínicas em infecções por vírus dengue, muito provavelmente devido ao fato de se tratar de um processo multifatorial, onde outras características como susceptibilidade do hospedeiro são importantes (Carneiro et al., 2012). No entanto, estudos futuros que associem dados clínicos e moleculares, como a modelagem molecular, podem fornecer informações que ajudem a elucidar os efeitos dessas substituições na dinâmica de infecção dos vírus dengue. 84 7. CONCLUSÕES A análise filogenética baseada no gene E de cepas de três sorotipos (DENV1, 2 e 4) isoladas no Rio Grande do Norte e em outros estados brasileiros revelou a circulação de apenas um genótipo de DENV-1 (genótipo V), um genótipo DENV-2 (asiático/americano) e dois genótipos de DENV-4 (genótipos I e II) no país; As cepas brasileiras de DENV-1 se apresentaram dividas em duas linhagens temporalmente distintas (BR-I e BR-II), estando às amostras isoladas no RN agrupadas em BR-II e relacionadas à reemergencia do sorotipo no país; As cepas brasileiras de DENV-2 se apresentaram subdividas em quatro linhagens (BRIIV), estando às amostras isoladas no RN agrupadas em BR-IV; O genótipo II de DENV-4 apresentou três linhagens de cepas brasileiras (BRI-III), estando às amostras oriundas do RN agrupadas em BR-III; Não foi possível determinar a origem da linhagem BR-I do genótipo V de DENV-1. No entanto, sugerimos que a linhagem BR-II entrou no país importada das Ilhas Virgens Britânicas; Sugerimos que as linhagens BR-I, II, III e IV do genótipo asiático/americano de DENV-2, entraram no país importadas respectivamente da Venezuela, Porto Rico, Colômbia e Caribe; Sugerimos que genótipo I de DENV-4 entrou no Brasil vindo do Vietnã e as linhagens BR-I, II e III do genótipo II entraram no país provavelmente importadas respectivamente de Trinidad Tobago, Porto Rico e Venezuela; Substituições de aminoácidos foram detectadas ao longo dos três domínios da proteína E das cepas comparadas. Todavia, estudos que associem dados clínicos e de modelagem molecular podem contribuir para a elucidação do papel dessas substituições na dinâmica de infecção dos vírus dengue; 85 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLISON, S. et al. Mutational evidence for an internal fusion peptide in flavivirus envelope protein E. J virol, v. 75, n. 9, p. 4268-75, May 2001. ALVAREZ, D.E. et al. 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