Será gripe ou constipação? - Unidade Local de Saúde do Nordeste

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Nordeste
| 4 de FEVEREIrO, 2014
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Será gripe ou constipação?
Reconhecer as diferenças entre ambas é fundamental. Numa altura em que o país está a atravessar o
“pico” da gripe, o Olho Clínico esclarece todas as
dúvidas, em particular sobre a prevenção, a sintomatologia e o tratamento.
T
enho gripe ou estou
constipado? O que
devo tomar? Será necessário ir ao médico?
Vale a pena tomar a vacina?
Estas e outras questões são o
tema da terceira edição do Olho
Clínico, que junta o diretor clínico da Unidade Local de Saúde
(ULS) do Nordeste, Domingos
Fernandes, o médico de família
e diretor do Centro de Saúde de
Mirandela I, António Ceriz Rodrigues, e a médica especialista
em Saúde Pública Inácia Rosa.
Começando pela distinção
entre gripe e constipação, Ceriz Rodrigues afirma que ambas resultam de uma infeção
por vírus, mas de caraterísticas
gripe é, em média, de 2 dias, ou
seja, ele atua de forma muito
rápida, os sintomas caraterísticos da doença, como febre, dor
forte de cabeça ou exaustão, depressa se manifestam. Identificada a patologia, deve iniciar-se
desde logo o tratamento.
diferentes. Por isso, a sintomatologia e a gravidade são também diferentes, sendo a gripe
muito mais preocupante. “A
constipação tem manifestações
mais leves – pingo no nariz,
espirros, tosse ou irritação na
garganta, mas, por exemplo,
muito raramente tem associada
febre, ao contrário da gripe. E
praticamente não necessita de
medicação, apenas de medidas
reforçadas de higiene, agasalho, repouso, uma alimentação
mais quente, líquida e saudável,
como a sopa”.
Tendo em conta que o período de incubação do vírus da
primeiro passo é, segundo os
especialistas do Olho Clínico,
ligar para a Saúde 24. Através
desta linha telefónica gratuita –
808 24 24 24 – é possível falar
com um profissional de saúde
qualificado, pronto a esclarecer
todas as dúvidas sobre o que fazer.
Por vezes, basta tomar paracetamol e repousar em casa,
complementando o tratamento
com uma alimentação e hidratação adequada. No entanto, se
for mesmo necessário consultar
um médico – nomeadamente em casos graves como falta
de ar, alteração do estado de
O que fazer?
A maioria das situações de
gripe, apesar de mais graves que
as constipações, têm, segundo
Domingos Fernandes, “um percurso benigno”, ou seja, registam-se melhoras evidentes ao
final de uma semana, altura em
que a doença estará, em princípio, ultrapassada.
Perante um caso de gripe, o
consciência, debilidade acentuada – aconselha-se o médico de
família. De salientar que a ULS
Nordeste dispõe de consulta
aberta em todos os seus 15 Centros de Saúde, onde os doentes
se podem dirigir, sem consulta
agendada, até às 22 horas, para
serem vistos pelo médico.
A Urgência hospitalar será,
contrariamente ao que muitas
vezes se julga, o último recurso,
até para que o doente, o qual se
encontra num estado mais vulnerável, se proteja do contacto
com outros focos de infeção.
Vacinar para prevenir
Além da sintomatologia, outra das diferenças entre constipação e gripe é que a primeira
não tem forma de prevenção,
mas a segunda sim: através da
vacina. Não há vacina contra a
constipação. Mas há vacina contra a gripe. Assim, para evitar
esta doença, bem como complicações a ela associadas, a Direção Geral da Saúde recomenda
anualmente a vacinação, não só
das pessoas a partir dos 65 anos,
mas também de todas as que
sofram de doenças crónicas dos
pulmões, do coração, dos rins e
do fígado, de diabetes ou outras
doenças que causem diminuição da resistência às infecções.
“O vírus muda bastante e de
forma muito rápida. Por isso, a
vacina de cada ano é feita com
base na experiência do ano anterior, na estirpe do vírus que
esteve em circulação”, explica
Inácia Rosa, salientando que é
fundamental que as pessoas se
vacinem, todos os anos, para
prevenir o aparecimento da gripe e evitar um agravamento geral do seu estado de saúde.
Mesmo que a pessoa contraia
uma gripe, se estiver vacinada a
doença não atingirá proporções
tão graves como aconteceria se
não tivesse tomado a vacina.
bretudo através da respiração,
da fala, da tosse e dos espirros.
Tendo em conta a facilidade
de contágio, em caso de gripe
é necessário tomar precauções
no sentido de evitar a transmissão do vírus a outras pessoas. Assim, quem está doente
deve evitar sair de casa. Deve
também adotar medidas como
a lavagem frequente das mãos,
o uso de lenços descartáveis, e,
ao espirrar ou tossir, proteger a
boca com um lenço de papel ou
com o antebraço, não utilizando as mãos.
Outra advertência deixada
pelo Olho Clínico diz respeito
ao tratamento: habitualmente,
a gripe é tratada com medicamentos para o alívio dos sintomas (analgésicos, antipiréticos,
descongestionantes nasais, …),
mas não com antibióticos, os
quais são ineficazes contra a infeção viral.
Evitar a transmissão
A par das mãos, a boca, os
olhos e o nariz são as vias mais
frequentes de contágio: este
acontece quando há contacto
com partículas da saliva de uma
pessoa infetada, expelidas so-
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