Prova Escrita de Economia A VERSÃO 1

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EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho
Prova Escrita de Economia A
10.º e 11.º Anos de Escolaridade
Prova 712/1.ª Fase
15 Páginas
Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.
2013
VERSÃO 1
Na folha de respostas, indique, de forma legível, a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2).
A ausência dessa indicação implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens do
Grupo I.
zero pontos.
Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se apresentar mais do que uma resposta a um
Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:
o número do item;
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–––—––––––––––—–—–—–——— Página em branco ––––––––––—–—–—–————–-––
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GRUPO I
Na resposta a cada um dos itens deste grupo, selecione a única opção correta.
Escreva, na folha de respostas,
o número do item;
1.
(A)
(B)
(C)
(D) é muito caro, pois as quantidades procuradas são elevadas.
2.
propriedade de dois amigos, constitui um consumo
(A) intermédio e privado.
(B)
(C)
(D)
3.
(A)
(B)
(C)
(D)
4. Para um dado país, considerando os restantes fatores constantes, o aumento da população ativa num
(A) do decréscimo da taxa de natalidade.
(B) da redução do número de indivíduos desempregados.
(C) do decréscimo da taxa de emprego.
(D)
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5.
quantidade produzida, numa dada empresa, no período de 2010 a 2012.
Relação entre custo médio total e quantidade produzida
Custo médio total (em euros)
20
I
A
18
16
14
12
B
10
H
8
G
C
6
D
4
E
F
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Quantidade produzida (em toneladas)
do ponto
(A) A para o ponto C.
(B)
(C) F para o ponto G.
(D) H para o ponto I.
6.
(A) moeda metálica.
(B) moeda escritural.
(C) moeda-papel.
(D) moeda divisionária.
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9
10
11
12
7.
2012, num mercado de concorrência perfeita. Considere ainda que, nesse ano, no mesmo país, existiam
5000 Famílias, incluindo a família Ramos, e que todas se comportaram de forma idêntica, nesse mercado.
Preço (unidades monetárias)
Curva da procura do bem X
efetuada pela família Ramos
50
40
30
20
10
0
5
10
15
20
25
30
Quantidade (em unidades)
(A)
(B)
(C)
(D)
8.
dado país, em 2012.
Quadro 1
Rendimentos dos fatores de produção
Em milhões de euros
Salários
12 000
Lucros
19 000
Juros
17 000
Rendas
1
(A) primários foram 12 000 milhões de euros.
(B) secundários foram 20 000 milhões de euros.
(C)
(D)
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9. O António decidiu adquirir ações da empresa A, que já se encontravam em circulação no mercado e
(A)
(B) um investimento indireto.
(C) uma formação de capital.
(D) uma aplicação da poupança.
10.
e individual constitui uma das funções principais do sector institucional
(A) Administrações Privadas.
(B) Sociedades não Financeiras.
(C) Sociedades Financeiras.
(D)
11.
(A)
(B)
(C)
(D) ao comportamento dos preços ao longo dos anos.
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12.
Salários, rendas e lucros (500 u.m.)
Sociedades não
Financeiras
Despesas em bens
e serviços (400 u.m.)
Despesas em bens
e serviços (100 u.m.)
Depósitos
(120 u.m.)
Famílias
Impostos diretos (50 u.m.)
Sociedades
Financeiras
Empréstimos (120 u.m.)
Administrações
Públicas
Transferências (40 u.m.) e vencimentos (30 u.m.)
u.m. = unidades monetárias.
Figura 1
(A) da poupança líquida das Famílias foi 100 unidades monetárias.
(B)
(C) do Rendimento disponível das Famílias foi 520 unidades monetárias.
(D)
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13. No Quadro 2, são apresentados valores relativos à Balança corrente de um dado país, em 2012.
Quadro 2
Balança corrente
(em milhões de euros)
Crédito
Débito
Máquinas e aparelhos
Juros de investimento de carteira
1 900
1
Transportes
1 700
1
Viagens e turismo
1 100
1
Lucros de investimento direto
1 150
Remessas de emigrantes/imigrantes
1
50
1 550
Balança de
(A)
(B)
(C) rendimentos foi 700 milhões de euros.
(D) transferências correntes foi 200 milhões de euros.
14. Uma empresa franchisada, residente em Portugal, paga anualmente a uma empresa franchisadora,
residente na Finlândia, 10 000 euros relativos a royalties
na Balança de
(A) rendimentos portuguesa.
(B) serviços portuguesa.
(C) investimento portuguesa.
(D) capital portuguesa.
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15.
Quadro 3
Receitas e despesas públicas e
Produto Interno Bruto
(em milhões de euros)
Receitas correntes
0
Receitas de capital
007 517
Despesas correntes
0
Despesas de capital
00
Produto Interno Bruto
Banco de Portugal, Relatório Anual 2011, in
(adaptado) (consultado em agosto de 2012)
(A)
(B)
(C)
(D)
16.
(A)
(B)
(C)
(D)
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17.
(A) coesão económica e social.
(B) convergência nominal.
(C)
(D)
18.
(A)
(B)
(C)
(D)
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GRUPO II
Desemprego, total e de longa duração
(em %)
Em percentagem
12
10
8
6
4
2
0
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Taxa de desemprego total
7,6
7,7
8,0
7,6
9,5
10,8
Taxa de desemprego de longa
duração
3,8
4,0
3,9
3,8
4,4
5,9
Banco de Portugal, Relatório Anual 2011, in
Quadro 4
Quadro 5
Taxa de risco de pobreza em Portugal(1)
Transferências do Estado para as Famílias, em Portugal
2005
2010
Antes das transferências
sociais
Depois das transferências
sociais
Transferências correntes
para as Famílias
Pordata,Taxa de risco de pobreza, in www.pordata.pt
(1)
2005
2010
2005-2010
Peso em
% do PIB
Peso em
% do PIB
Taxa de
variação
(em %)
21,9
Banco de Portugal, Relatório Anual 2011, in
Percentagem da população cujo rendimento equivalente
1.
– da taxa de desemprego, total e de longa duração;
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2.
Apresente as fórmulas usadas e todos os cálculos que efetuar.
3. Leia o texto que se segue.
economias de mercado. Nos períodos de aumento mais rápido dos preços, a moeda perde o seu
Samuelson e Nordhaus, Economia, 1999 (adaptado)
4. Leia o texto que se segue.
Pensemos na procura de gelado. Como decidimos quantos gelados comprar por mês e que
euro a unidade, poderemos optar por comprar uma menor quantidade de gelados, ou poderemos
a mesma necessidade.
N. Gregory Mankiw, Introdução à Economia, 1999 (adaptado)
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GRUPO III
Quadro de Referência Estratégico Nacional, 2007-2013
in
Quadro 6
Quadro 7
Exportações portuguesas
População empregada (15-64 anos)
com o ensino superior
2000
2010
2003
Exportações portuguesas por grau de intensidade tecnológica
Ficha de competitividade,
2010
in
in
Quadro 8
Investigação e desenvolvimento (I &D)
Portugal
2000
UE 27
2010
2000
2010
Investimento em I&D
Registo de patentes no Sistema Europeu de Patentes
Portugal
2000
UE 27
2010
2000
2010
Registo de patentes
in
1.
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2. Leia o texto que se segue.
do país B. A primeira invasão de frangos congelados ocorreu em meados dos anos oitenta
consumidores do país B.
Para frustração e considerável ansiedade das empresas do país A, as autoridades do país B
N. Gregory Mankiw, Introdução à Economia, 1999 (adaptado)
implementada a partir de março de 1990.
3. O Quadro 9 apresenta o valor do Produto do país C calculado a preços correntes e o valor do Produto do
mesmo país calculado a preços constantes, em 2010 e em 2011.
Quadro 9
Produto do país C
(em milhões de euros)
Anos
Produto a preços
correntes
Produto a preços
constantes de 2010
2010
120
120
2011
150
O Produto do país C apresenta o mesmo valor em 2010, calculado quer a preços correntes, quer a preços
calculado quer a preços correntes, quer a preços constantes, se alteram de 2010 para 2011.
FIM
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COTAÇÕES
GRUPO I
1. a 18. ...................................................
.......................
90 pontos
90 pontos
GRUPO II
1. ...........................................................................................................
20 pontos
2. ...........................................................................................................
15 pontos
3. ...........................................................................................................
15 pontos
4. ...........................................................................................................
10 pontos
60 pontos
GRUPO III
1. ...........................................................................................................
20 pontos
2. ...........................................................................................................
15 pontos
3. ...........................................................................................................
15 pontos
50 pontos
TOTAL .........................................
200 pontos
Prova 712.V1/1.ª F.
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EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho
Prova Escrita de Economia A
10.º e 11.º Anos de Escolaridade
Prova 712/1.ª Fase
Entrelinha 1,5, sem figuras nem imagens,
texto alinhado à esquerda
Critérios de Classificação
11 Páginas
2013
COTAÇÕES
GRUPO I
1. a 18. ...................................................(18 × 5 pontos) .......................
90 pontos
90 pontos
GRUPO II
1. ...........................................................................................................
20 pontos
2. ...........................................................................................................
15 pontos
3. ...........................................................................................................
15 pontos
4. ...........................................................................................................
10 pontos
60 pontos
GRUPO III
1. ...........................................................................................................
20 pontos
2. ...........................................................................................................
15 pontos
3. ...........................................................................................................
15 pontos
50 pontos
TOTAL .........................................
Prova 712/1.ª F.
200 pontos
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CriTériOS gErAiS dE CLASSifiCAÇãO
iTENS dE SELEÇãO
iTENS dE CONSTrUÇãO
Prova 712/1.ª F.
Página C/2/ 11
3
2
OU
1
Prova 712/1.ª F.
Página C/3/ 11
CriTériOS ESPECÍfiCOS dE CLASSifiCAÇãO
GRUPO I
VErSãO 1
01. .... (C) ...................................................
5 pontos
02. .... (A) ...................................................
5 pontos
03. .... (C) ...................................................
5 pontos
04. .... (d) ...................................................
5 pontos
05. .... (A) ...................................................
5 pontos
06. .... (B) ...................................................
5 pontos
07. .... (A) ...................................................
5 pontos
08. .... (C) ...................................................
5 pontos
09. .... (d) ...................................................
5 pontos
10. ..... (d) ...................................................
5 pontos
11. ..... (A) ...................................................
5 pontos
12. ..... (C) ...................................................
5 pontos
13. ..... (C) ...................................................
5 pontos
14. ..... (B) ...................................................
5 pontos
15. ..... (B) ...................................................
5 pontos
16. ..... (A) ...................................................
5 pontos
17. ..... (A) ...................................................
5 pontos
18. ..... (B) ...................................................
5 pontos
Prova 712/1.ª F.
Página C/4/ 11
GRUPO II
1. .................................................................................................................................................... 20 pontos
1
1
6
1
2
3
18
19
20
10
11
5
OU
15
4
OU
12
3
OU
9
2
8
1
5
Prova 712/1.ª F.
Página C/5/ 11
2. .................................................................................................................................................... 15 pontos
7
6
15
OU
OU
11
5
OU
OU
9
4
OU
3
(Continua na página seguinte)
Prova 712/1.ª F.
Página C/6/ 11
(Continuação)
5
2
OU
1
3. .................................................................................................................................................... 15 pontos
1
1
1
2
5
3
15
10
11
12
3
8
9
2
5
4
1
1
Prova 712/1.ª F.
2
Página C/7/ 11
4. .................................................................................................................................................... 10 pontos
2
10
1
5
Nota
Prova 712/1.ª F.
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GRUPO III
1. .................................................................................................................................................... 20 pontos
1
1
Níveis*
1
6
2
18
3
20
referidos.
15
5
referidos.
12
4
Níveis
referidos.
10
3
11
referidos.
8
2
1
5
referidos.
*
Prova 712/1.ª F.
Página C/9/ 11
2. .................................................................................................................................................... 15 pontos
1
1
1
2
15
5
4
3
10
OU
11
12
8
9
OU
3
OU
OU
5
2
OU
1
1
OU
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2
Página C/10/ 11
3. .................................................................................................................................................... 15 pontos
1
1
1
2
5
3
15
11
12
3
8
9
2
5
4
10
OU
1
1
Prova 712/1.ª F.
2
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Exame Nacional de 2013 (1.a Fase)
PROVA ESCRITA DE ECONOMIA A
10.o e 11.o Anos de Escolaridade – Prova 712
GRUPO I
1. C
2. A
3. C
4. D
5. A
6. B
7. A
8. C
9. D
10. D
11. A
12. C
13. C
14. B
15. B
16. A
17. A
18. B
GRUPO II
1. Os valores relativos ao desemprego (Gráfico 3) mostram que entre 2005 e 2010 se verificou um aumento da taxa
de desemprego total (de 7,6% para 10,8%), aumento este acompanhado pelo crescimento da taxa de desemprego de longa duração no mesmo período (de 3,8% para 5,9%).
O aumento do desemprego (total e de longa duração) pode explicar o aumento da taxa de risco de pobreza
(Quadro 4) verificado em 2010, comparativamente a 2005, antes das transferências sociais (42,5% da população
total em 2010, contra 40,2% em 2005). Estas transferências, onde se incluem, por exemplo, os subsídios de desemprego, inserem-se nas transferências do Estado para as famílias, no âmbito da política redistributiva, com a finalidade de diminuir as desigualdades sociais e apoiar socialmente as famílias mais carenciadas ou que necessitem
de proteção, como é o caso dos desempregados.
De acordo com os valores apresentados no Quadro 5, entre 2005 e 2010 verificou-se um crescimento das transferências correntes para as famílias na ordem dos 38%, cujo peso em % do PIB aumentou de 17,8% em 2005, para
21,9% em 2010.
Estas transferências tiveram um papel importante na redução da taxa de risco de pobreza, como os valores apresentados no Quadro 4 demonstram: em 2005, a taxa de risco de pobreza desceu para 18,5%; em 2010 desceu para
18%. Esta diminuição mostra o efeito da ação redistributiva do Estado.
2. Produtividade média do trabalho = Produção total
Número de trabalhadores
242 = Produção total
5
 Texto
soluções_2013_1 Fase_economia_A_ALVmat9 7/1/13 12:03 PM Page 2
Produção total = 242 x 5
A produção total dos 5 trabalhadores por dia foi de 1210 relógios.
Produtividade marginal do trabalho = Acréscimo da produção
Acréscimo do número de trabalhadores
620 = Acréscimo de produção
1
Acréscimo de produção diária do 6.o trabalhador = 620 relógios
Produção total dos 6 trabalhadores por dia = 1210 + 620
= 1830
A produção dos 6 trabalhadores por dia foi de 1830 relógios.
3. Os dois efeitos da inflação referidos no texto são a perda do valor da moeda e a deterioração do poder de compra.
A depreciação do valor da moeda significa que, em resultado do aumento generalizado dos preços dos bens e
serviços, as pessoas têm de utilizar maior quantidade de moeda para adquirir o mesmo bem.
A deterioração do poder de compra num período de inflação resulta do facto de o rendimento não acompanhar o
crescimento do nível médio dos preços, verificando-se uma redução da quantidade de bens e serviços que se
pode adquirir com esse rendimento.
4. Outros dois fatores determinantes da procura podem ser o preço dos bens complementares e o rendimento dos
consumidores.
GRUPO III
1. As exportações portuguesas de bens e serviços apresentaram alterações em 2010 face a 2000, conforme o
demonstram o texto retirado do Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013 e o Quadro 6.
Assim, de acordo com os valores do Quadro 6, as exportações portuguesas de bens e serviços, em % do PIB,
aumentaram de 29,1% para 31,5% no período em análise (2000-2010). Analisando as referidas exportações por
grau de intensidade tecnológica, pode-se constatar que a mudança do padrão de especialização não foi tão
intensa quanto o necessário, tendo em conta as condições de concorrência da economia portuguesa relativamente
ao espaço europeu e global. De facto, embora se tenha verificado uma diminuição das exportações de bens de
baixa tecnologia (44,2% contra 37,4%), esta alteração não foi suficiente para afirmar que se tenha verificado uma
mudança no padrão de especialização da economia portuguesa, já que a exportação de produtos de alta tecnologia diminuiu (7,8% contra 10,3%) no período indicado, sucedendo o mesmo, mas menos intensamente, aos produtos de média-alta tecnologia (30,6% contra 31,2%). Em sentido contrário, verificou-se um aumento da exportação
de produtos de média-baixa tecnologia (24,2% contra 14,3%), o que, sendo positivo, não demonstra subida na
cadeia de valor tecnológico dos bens exportados.
As alterações pouco intensas verificadas na estrutura das exportações portuguesas, entre 2000 e 2010, podem
encontrar justificação nos seguintes aspetos:
• Qualificação da população empregada. Em Portugal, a percentagem da população empregada dos 15-64 anos
com ensino superior (em % do total da população empregada), embora tenha aumentado de 13,3% para 19%, é
ainda inferior à média da UE 27 (29,6%).
• Investimento em investigação e desenvolvimento (I&D). Embora os valores demonstrem um crescimento deste
tipo de investimento em percentagem do PIB no período considerado (0,7% contra 1,6%), este valor é ainda inferior ao da média da UE 27 (2% em 2010).
• Número de patentes registadas. Os valores relativos à evolução do registo de patentes em Portugal aumentaram
no período considerado (4,1 por milhão de habitantes em 2000, para 10,2 em 2010), mas o seu valor mantém-se
igualmente inferior ao valor verificado na UE 27 (108,6 por milhão de habitantes em 2010).
 Texto
soluções_2013_1 Fase_economia_A_ALVmat9 7/1/13 12:03 PM Page 3
2. A política comercial referida no texto que o país B adotou, a partir de março de 1990, é o protecionismo.
Esta política caracteriza-se, como é referido, na criação de entraves à livre circulação de bens que, no caso apresentado, consistiu na proibição de importações de frangos congelados por parte do país B.
Duas das consequências desta política podem ser, entre outras:
• A criação ou desenvolvimento de uma indústria nacional de frangos no país B, dado o afastamento da concorrência dos bens importados, a que corresponde um aumento da oferta nacional de frangos (mantendo-se tudo o
resto constante).
ou
• A diminuição da oferta de frangos congelados no país B caso esse país não consiga substituir as importações,
levando a um aumento dos preços desse bem (mantendo-se tudo o resto constante).
• Uma melhoria no saldo da Balança de Mercadorias do país B (mantendo-se tudo o resto constante).
e
• Uma deterioração do saldo da Balança de Mercadorias do país A (mantendo-se tudo o resto constante).
Pode-se, então, concluir que quando um país decide proteger a sua indústria da concorrência externa, origina
consequências para produtores e consumidores. Os produtores, vendo a sua indústria protegida, podem tornar a
sua produção mais forte, mais competitiva, isto é, criar as condições para uma mais forte inserção no mercado
nacional. No entanto, esta situação pode prejudicar os consumidores, dado que os bens produzidos terão, provavelmente, uma qualidade inferior (visto a produção nacional não apresentar ainda o nível desejado) e os preços
poderem ser mais elevados (visto não haver concorrência externa e a procura poder ser superior à oferta). Em
qualquer caso, e mantendo-se tudo o resto constante, o saldo das Balanças de Mercadorias dos países vai sofrer
alterações, beneficiando o país B e prejudicando o país A (no caso do exemplo fornecido).
3. O quadro apresentado relativo aos diferentes valores do Produto do país C em 2010 e 2011, calculados a preços
correntes e a preços constantes, tem por base as seguintes justificações:
• Em 2010, o valor do Produto calculado a preços constantes e a preços correntes foi de 120 milhões de euros,
porque a base de cálculo foi a mesma (preços de 2010).
• O Produto de 2011, calculado a preços correntes, cresceu, em termos nominais, visto que aumentou de 120
milhões de euros em 2010, para 150 milhões de euros em 2011.
• O Produto de 2011, calculado a preços constantes de 2010, diminuiu, em termos reais, visto que diminuiu de 150
para 104 milhões de euros (a utilização da mesma base de comparação – preços constantes de 2010 – permite
tirar esta conclusão).
• O nível médio dos preços (inflação) aumentou de 2010 para 2011, pois o cálculo do valor do Produto, em 2011,
a preços constantes de 2010, mostra que se verificou uma diminuição da quantidade produzida, eliminando a ilusão de crescimento apresentada pelo cálculo do valor do Produto a preços correntes.
FIM
 Texto
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