Tal como acontece com as plantas, os animais também necessitam de efectuar trocas com o meio i exterior, t i nomeadamente, d t d de receber b oxigénio e nutrientes e eliminar dióxido de carbono e outros materiais decorrentes do processo metabólico. Assim, em todos os animais, as células estão rodeadas por um fluido intersticial, com o qual estabelecem as trocas materiais. À medida q que os animais se tornam mais complexos, os seus sistemas de transporte tornam‐se mais especializados. Nos animais mais simples como as esponjas, os corais e as hidras não existe um sistema de t transporte t especializado. i li d Nestes animais, todas as células estão relativamente l i próximas ó i d meio do i externo e o intercâmbio de substâncias realiza‐se por difusão simples simples. Os animais mais complexos possuem órgãos especializados no transporte de nutrientes. Um sistema de transporte deverá ser constituído por um fluido circulante (sangue, hemolinfa ou li f ) um conjunto linfa), j d vasos ou lacunas de l onde d o fluido circule e um órgão propulsor do sangue (coração) (coração). O sistema de transporte deverá: garantir a rápida chegada de nutrientes e oxigénio às células e eliminar dióxido de carbono e outros produtos resultantes do metabolismo; metabolismo di t ib i ã de d calor l t bóli assegurar a distribuição metabólico no organismo, a defesa do organismo contra substâncias estranhas e o transporte de hormonas. Resolva o Doc. 5 das páginas 104 e 105 do manual Sugestão de resposta ao Doc. 5 Os animais mais complexos podem apresentar dois tipos de sistemas de transporte: sistema de t transporte t aberto b t e sistema it d transporte de t t fechado. fechado Tipo de sistema em que os líquidos circulatórios não se encontram sempre dentro de vasos ou ó ã O sangue abandona órgãos. b d os vasos sanguíneos í e passa para lacunas, banhando directamente as células O sangue flui mais lentamente que num células. sistema circulatório fechado e, portanto, é menos eficiente eficiente. Neste tipo de sistema não há distinção entre sangue e fluido intersticial, intersticial tendo alguns biólogos usado o termo hemolinfa para designar o fluido circulatório. O sistema de transporte dos insectos é constituído por um vaso dorsal com um coração tubular em posição i ã dorsal d l que possuii válvulas ál l i t internas e orifícios laterais chamados ostíolos. A hemolinfa entra para o coração tubular através dos ostíolos, vindo das lacunas. Os ostíolos f h fecham, o coração ã contrai t i e a hemolinfa h li f é impulsionada para a aorta dorsal passando desta para as lacunas ou seios. seios O vaso dorsal relaxa, os ostíolos abrem e a hemolinfa entra para o coração tubular. É um sistema circulatório característico de todos os Vertebrados em que o líquido circulante se encontra t sempre dentro d t de d vasos ou órgãos. ó ã N Nos Anelídeos, como a minhoca, o sistema circulatório é fechado. fechado O sistema circulatório fechado é mais eficiente, pois o sangue flui mais rapidamente que aberto num sistema circulatório aberto. No sistema de transporte da minhoca existem dois vasos principais: um vaso dorsal e um vaso ventral, estando estes vasos unidos por uma rede de vasos laterais q que se ramificam,, constituindo uma rede de capilares. Destacam‐se ainda cinco corações ç laterais ((ou arcos aórticos) situados na parte anterior do animal. O sangue circula no vaso dorsal que, funcionando como um coração, impulsiona o sangue para os arcos aórticos ó ti conduzindo‐o d i d para o vaso ventral t le seguidamente para a rede de capilares. Os vertebrados possuem um sistema de transporte fechado, também designado sistema cardiovascular di l (do (d grego kardia, k di coração ã e do d latim vas, vaso), sendo o sangue impulsionado pelo coração através de um sistema contínuo de vasos sanguíneos. Resolva o Doc. 6 da página 106 do manual Sugestão de resposta ao Doc. 6 Tipo de circulação característica dos peixes em que o coração, apenas com duas cavidades, uma aurícula í l e um ventrículo, t í l é apenas atravessado t d por sangue venoso e somente uma vez no decurso de cada circulação. circulação Tipo de circulação em que o sangue percorre dois circuitos diferentes, passando em cada um destes circuitos i it pelo l coração. ã Assim, os animais com circulação dupla apresentam: Circulação pulmonar; Ci l ã sistémica. i é i Circulação A circulação dupla pode ser: Incompleta; Completa. A circulação dupla é mais eficiente que a circulação simples, porque assegura uma oxigenação i ã mais i eficaz. fi Ef ti Efectivamente, t o sangue dos pulmões volta ao coração, sendo impulsionado sob pressão, impulsionado, pressão para os diferentes órgãos. Possuem um coração com duas cavidades, uma aurícula e um ventrículo, no qual passa apenas sangue venoso. O sangue vindo dos diferentes órgãos entra na aurícula. A contracção auricular impele o sangue para o ventrículo e a contracção deste impele o sangue para o cone arterial i l e depois para as brânquias. Nas brânquias é feita a oxigenação do sangue. Depois o sangue vai para os diferentes órgãos, órgãos onde depois de feitas as trocas de substâncias regressa ao coração. Possuem um coração com três cavidades – duas aurículas e um ventrículo. O sangue venoso proveniente dos diversos órgãos entra na aurícula direita. Quando esta aurícula se contrai, o sangue flui para o ventrículo. Este, por compressão, bombeia o sangue para a artéria pulmonar que se divide em dois ramos: um para os pulmões e outro p para a p pele. Nos p pulmões e na pele, o sangue é oxigenado, regressando pelas veias pulmonares ao ã que abre b na aurícula í l esquerda. d coração O sangue arterial segue para o ventrículo que, contraindo contraindo‐se, se, bombeia o sangue para a artéria aorta que se ramifica, conduzindo o sangue arterial a todos os tecidos do animal. Nos anfíbios há duas circulações que partem do coração: A circulação pulmonar ou pequena circulação em que o sangue sai do ventrículo e vai aos pulmões onde é oxigenado e regressa à aurícula esquerda pelas veias pulmonares. A circulação sistémica ou grande circulação em que o sangue sai do ventrículo dirigindo se a todos os dirigindo‐se órgãos regressando venoso à aurícula direita. Os anfíbios possuem um sistema de circulação dupla e incompleta. incompleta O sangue passa duas vezes no coração, ã uma primeira i i vez ao iniciar i i i a circulação i l ã sistémica e uma segunda vez ao iniciar a circulação pulmonar, pulmonar ocorrendo a mistura de sangue ao nível do ventrículo. Possuem um coração com quatro cavidades – duas aurículas e dois ventrículos – não havendo possibilidade ibilid d de d mistura it d sangue. de O sangue venoso chega à aurícula direita vindo dos diferentes órgãos e o sangue arterial chega à aurícula í l esquerda d vindo i d dos d pulmões. l õ Os O sangues venoso e arterial passam para os ventrículos direito e esquerdo, esquerdo respectivamente. respectivamente A contracção do ventrículo direito impulsiona o sangue venoso pela artéria pulmonar até aos pulmões onde é arterializado. Depois de arterializado o sangue chega à aurícula esquerda pelas veias pulmonares. A contracção do ventrículo esquerdo impulsiona o sangue arterial pela aorta até aos diferentes órgãos. Depois de passar pelos diferentes órgãos, o sangue regressa à aurícula direita pelas veias cavas. Os mamíferos possuem um sistema de circulação dupla e completa. completa O sangue passa duas vezes no coração, ã uma primeira i i vez ao iniciar i i i a circulação i l ã sistémica e uma segunda vez ao iniciar a circulação pulmonar, pulmonar não havendo a mistura do sangue venoso com o sangue arterial. A evolução para um coração com quatro cavidades foi uma adaptação que corresponde a uma maior i disponibilidade di ibilid d em oxigénio, i é i o que permite uma maior capacidade energética, característica dos mamíferos. mamíferos O coração humano bate cerca de 100 mil vezes dia impulsionando 5,6 5 6 litros de sangue ao por dia, longo dos mais de 96 mil quilómetros de vasos sanguíneos do organismo. organismo Resolva o Doc. 7 da página 111 do manual Sugestão de resposta ao Doc. 7 O coração é um órgão que funciona como uma bomba. É constituído p por um p poderoso músculo, o miocárdio, p por 4 cavidades (duas aurículas e dois ventrículos), e por 4 válvulas. O miocárdio é irrigado pelas artérias coronárias, ái que são ã ramificações ifi õ da d artéria té i aorta t na zona em que esta deixa o coração. Cada ciclo cardíaco é caracterizado por contracções sucessivas das aurículas e dos ventrículos (sístoles), seguidas pelo relaxamento geral (diástole geral), quando o sangue entra no coração. Vasos Sanguíneos Características Função Artérias Paredes espessas, fortes e elásticas, o que permite dilatarem‐se e contraírem‐se em cada batimento cardíaco. dí Saem do coração e levam o sangue a todo os órgãos do corpo. Saem sempre dos ventrículos. Paredes mais finas que as paredes das artérias. Apresentam maior diâmetro que as artérias correspondentes. Funcionam como reservatórios de volume de sangue, contendo 50% a 60% do volume sanguíneo í total.l Conduzem o sangue dos órgãos ao coração. Entram nas aurículas. V i Veias Capilares Capilares São vasos microscópicos de paredes Fazem a comunicação muito finas, constituídas por uma das artérias com as única camada de células. veias, irrigando todos os órgãos. g exerce sobre a p Pressão q que o sangue parede dos vasos sanguíneos. É usualmente designada por pressão arterial. Atinge o seu valor máximo nas artérias, diminuindo ao longo das arteríolas e dos capilares, e apresenta valores quase nulos nas veias, veias nomeadamente nas veias cavas. cavas A pressão sanguínea pode atingir valores mais elevados do que o normal – hipertensão, ou valores l mais i baixos b i que o normall – hipotensão. hi t ã Elevado número de pessoas sofrem de hi hipertensão ã o que pode d revelar l outros problemas bl de saúde. N verdade, d d a pressão ã sanguínea í i di d Na é um indicador da saúde cardiovascular. Sendo a pressão sanguínea tão baixa nas veias (valores próximos de zero), existem mecanismos que contribuem para que o sangue que circula nas veias regresse ao coração. A existência de músculos esqueléticos que, ao contraírem‐se durante os movimentos, comprimem as veias, exercendo uma pressão sobre o sangue que nelas circula. circ la A existência de válvulas venosas que impedem o retrocesso do sangue, sangue movimentando‐se movimentando se este em direcção ao coração. Os movimentos respiratórios que contribuem para que o sangue das veias volte ao coração. Durante a inspiração, i i ã a diminuição di i i ã da d pressão ã na caixa i torácica provoca o deslocamento em direcção ao coração do sangue contido nas veias mais coração, afastadas. O abaixamento da pressão nas aurículas durante a diástole também provoca um movimento do sangue na direcção di ã do d coração. ã A maior velocidade do fluxo sanguíneo ocorre nas artérias e diminui quando o sangue flui para os capilares, il voltando lt d a aumentar t quando d o sangue passa para as veias. A baixa velocidade do fluxo sanguíneo ao nível dos capilares bem como a grande área que apresentam e as suas paredes finas têm muita importância p funcional dado q que é ao nível destes vasos que se efectuam as trocas de materiais que circulam no sangue e que são necessários às células, e que outros materiais são removidos das células e ingressam na corrente sanguínea. Em Portugall uma em cada d duzentas d pessoas sofre f de problemas cardiovasculares, alguns congénitos (de nascença) e outros que envolvem causas muito variadas. A ta taxaa de mortalidade o ta dade po por estas doe doenças ças é mais as elevada do que em muitos países da Europa, embora inferior à média europeia. Actualmente numerosas técnicas permitem seguir a actividade cardíaca no decurso de testes variados sendo estas técnicas geralmente não variados, invasivas, isto é, não necessitam de intervenção cirúrgica. Resolva o Doc. 8 das páginas 114 e 115 do manual Sugestão de resposta ao Doc. 8 As células do organismo recebem substâncias do meio e eliminam produtos resultantes do seu metabolismo. t b li E t intercâmbio Este i t â bi de d substâncias b tâ i é possível graças à existência de movimentos do sangue e da linfa, linfa fluidos extracelulares. extracelulares Resolva o Doc. 9 da página 116 do manual Sugestão de resposta ao Doc. 9 É a parede d muito i fina fi dos d capilares il que facilita f ili o intercâmbio de substâncias que se efectua entre o sangue e o fluido intersticial. intersticial Neste intercâmbio intervêm a pressão sanguínea e ap pressão essão os osmótica. ót ca As substâncias que saem do sangue (plasma, nutrientes, oxigénio, glóbulos brancos) vão constituir a linfa intersticial ou fluido intersticial sendo este um fluido incolor e transparente. A diferença deste fluido relativamente ao plasma sanguíneo é o facto de não conter proteínas. A linfa intersticial também não contém glóbulos vermelhos. É para a linfa intersticial que as células lançam os produtos resultantes do metabolismo celular, modificando, assim, a composição do meio que as cerca. cerca Grande parte do fluido intersticial volta a entrar na corrente sanguínea, sanguínea contudo, contudo há fluido e leucócitos que atravessaram a parede dos capilares mas que não voltaram a entrar novamente na corrente sanguínea. É assim que se forma a linfa circulante (ou simplesmente i l t linfa) li f ) – excesso de d linfa li f ou fluido fl id intersticial que irá ser encaminhado para capilares linfáticos. linfáticos A linfa posteriormente é lançada na corrente sanguínea em veias que abrem na veia eia cava ca a superior. A renovação constante do fluido intersticial permite que as células obtenham permanentemente t t as substâncias b tâ i d de que necessitam e que para ele sejam eliminados produtos resultantes da actividade celular. celular O sangue e a linfa fazem parte do meio interno de muitos animais, intervindo e assegurando várias funções vitais: Transporte de nutrientes provenientes do tubo digestivo g ou da mobilização ç das reservas até às células; Transporte de oxigénio desde as superfícies respiratórias até às células e de dióxido de carbono desde as células até às superfícies respiratórias; Remoção ç de p produtos resultantes da actividade celular; Transporte de hormonas; Defesa do organismo através é dos leucócitos. ó