Astronomia Galáctica Semestre: 2016.1 Sergio Scarano Jr 10/10/2016 Via Láctea Galáxia espiral barrada do tipo SBc (ou SBbc), seu bojo é “boxy” e pode conter uma estrutura em “X” O problema da distância! MW é a única galáxia onde podemos estudar as populações estelares com bastante detalhe O problema de estar dentro! Difícil de conseguir uma visão completa como numa galáxia externa Populações estelares na Via Láctea em termos das componentes Galácticas: Bojo, incluindo a barra central Halo, completando a componente esfeirodal Disco, sub-dividido em disco fino e disco espesso Olhando para Direção do Núcleo Galáctico Como no exercício da avaliação: Comparação Entre Modelos e Observações Combinação de populações: Besançon: Trilegal: Comparação Entre Modelos e Observações Combinação de populações: Perfil de Brilho Combinado do Bojo e do Disco Conhecidas as distâncias ao centro da galáxia, pode-se verificar o comportamento radial do brilho superficial que segue uma lei de potência do tipo que se verifica valer também para outras galáxias: I (R) = I (0) exp [ -R / hR] Escala de comprimento (scale length) 1 kpc ≤ hR ≤ 10 kpc (depende do comprimento de onda, poeira, idade, etc) Para outra galáxia: Centro (R=0) emite ~ 10,000 x Que as regiões externas do disco R=300" 10000 100 1 Hier: I (R) = µ Brilho superficial central II (0) = 15 mag arcsec-2 Disco: lei de potência Com hR = 55" hR R25 = 315” Expressões para os Discos Pela contagem de estrelas notamos que o número de estrelas decai radialmente com a distância ao centro. 𝒏(𝒓) ∝ 𝒆−𝑹/𝒉𝒓 onde hr é a escala de comprimento do disco. Para direção perpendicular ao disco algo equivalente acontece (o que pode ser constatado observando galáxias do tipo edge-on) 𝒏(𝒛) ∝ 𝒏𝟎 𝒆−𝑹/𝒉𝒛 neste caso hz é a escala de altura, que corresponde a distância ao plano em que a densidade de estrelas decai para 1/e. velocidade de dispersão escala de altura Disco Fino e Disco Espesso Diferentes populações do disco: Escala de Altura e Disco Fino e Espesso Segundo Bahcall e Sonera (1980) estrelas jovens (círculos preenchidos), se encontram em um disco mais próximas do plano médio, enquanto estrelas mas velhas (círculos abertos) se encontram mais afastadas da mesma referência. Olhando para Direção Perpendicular ao Disco Revela diferentes populações: Disco Fino e Disco Espesso Usando paralaxes fotométricas em estrelas perpendiculares ao disco. Quase todas as estrelas do tipo anãs (Seq. Principal) de G a K com magnitudes inferiores a mV < 14. Poeira afeta pouco a fotometria. Sparke & Gallagher Contrastes de Velocidades com Idades Estrelas velhas apresentam maiores escalas de altura. Velocidade ⊥ ao disco 𝝈𝟐 = 𝒗𝟐𝒛 − 𝒗𝟐𝒛 Velocidade ⊥ ao disco cresce com a idade da estrela e estrelas massivas de curto tempo de vida não tem grande σz. Escalas de Altura e Dispersões de Velocidades O que Ocorre em Nossa Galáxia Lindblad e Oort identificaram as mudanças nas direções dos vetores velocidades para raios menores e maiores do que o solar como uma conseqüência da rotação do Sol em torno da galáxia. Baade associou os tipos de estrelas à sua cinemática (população I e II) observando outras galáxias. População II (Disco) Carney in Lépine (2008) Menor dispersão de velocidades no disco Movimento ordenado no Disco Associado a Curva de Rotação População I (Bojo) Menos metais Mais velho Mais vermelho Mais metais Mais novo Mais azul Órbitas Estelares na Via Láctea Vista de lado: Vista por cima: O Bojo Galáctico Via Láctea: Pequeno Bojo Exponencial típico de galáxias de tipo late-type (mais jovens). (Não como bojo que decai com r1/4 de M31) 2 Launhardt 2002 Bojo (a População II de Baade): Alta densidade de estrelas e fortemente obscurecido no óptico. Acessível através de observações em comprimentos de onda maiores Geometricamente e quimicamente complexo (boxy, possível forma de X, e diferentes populações) Luminosidade de ~1010Lsol, r~3 kpc Corpo principal é barrado, pobre em gás e contém estrelas velhas, evoluídas, espalhadas numa larga faixa em metalicidade. Parte interna (R<400pc) é rica em gás e local de formação estelar. r=400pc marca a posição do “anel molecular” Bojo Estrelas anãs e subgigantes possuem distribuição bimodal de metalidade Pobre em metal: componente clássica do bojo (esfeirodal), antiga, formada em curta escala de tempo, cinemática corresponde ao esfeirodal antigo Pop. rica em metal: cinemática da barra, originada de um gás pré enriquecido, ou pelo material mais rico em metal da parte interna do disco. Grieco+ 2012 Bojo Pop. rica em metal: cinemática da barra, originada de um gás pré enriquecido, ou pelo material mais rico em metal da parte interna do disco. Bojo Gradientes de metalicidade em função da longitude Galáctica (b) sugerem também a existência de mais de duas populações Ou seja: do ponto de vista da composição química é possível a coexistência de duas (ou mais) populações distintas no bojo Ainda sem um bom modelo que explique as observações! Surveys espectroscópicos: ApogeeSouth & Gaia Modelos Trilegal Sintéticos: Besançon & Zocalli+ 2008-12 Rotação do Bojo Galáctico O bojo gira! Isso Acontece também com outras galáxias. Rotação (Beaulieu et al. 2000) usando gigantes K de diversas fontes e nebulosas planetárias. Dispersão de Velocidades Muito parecida entre disco e bojo – não é fácil separar as componentes de disco e bojo cinematicamente Bojo termina em |l| ~ 12o O Centro da Galáxia AS 2001 Galactic Astronomy Os 70 parscecs Mais Próximos do Centro Observações no contínuo do rádio (1.4GHz): • Imagem com 0.5o de lado. •Estrutura Filamentar •30 pc de comprimento •1 pc de largura • perpendicular ao plano galáctico • emissão não térmica (synchrotron ) • acompanha o campo magnético determinado para o centro da galáxia. • Sagittarius A* Estrutura de Sagitário A Radio (6 cm) 8 pc • “Mini-espiral” de gás ionizedo • Aglomerados estelares em IR • Anel Molecular mm 2 pc IR AS 2001 0.5 pc Galactic Astronomy Buracos Negro no Centro da Nossa Gáláxia “Fácil” de resolver angularmente, de modo que se pode usar a 3a. Lei de Kepler para determinação da massa. Quando o objeto está passando próximo do periastro: aS2 = 1,4x1014m TS2 = 15,2 yr e = 0,87 rp = 1,8x1013 = 120 UA = 17 horas-luz Usando a 3a. Lei de Kepler: 2 aS3 2 36 6 M 7 10 kg 3 , 5 10 M sol 2 GP Raio de Schwarzschild Usando a relatividade geral, Schwarzschild verificou que uma dada massa comprimida a um certo extremo geraria um potencial gravitacional tão intenso que nem a luz poderia escapar. c = velocidade da luz vesc 2GM R RS 2GM c2 Relatividade Geral Para o Sol (M = 1 Msol): RS 3 km Como a expressão revela uma dependência linear entre raio e massa, pode-se escrever: RS [km] 3 M M sol