Conjuntura econômica internacional

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Dados: Fechamento em 06/01/2017.
= Tendência de alta/baixa/estabilidade em relação ao fechamento em 30/12/2016.
 SITUAÇÃO GLOBAL
Impacto do aumento do preço de combustíveis na economia mexicana
Desde a entrada em vigor do reajuste nos preços de comercialização dos combustíveis no México, em 1º de janeiro, o país enfrenta protestos
pelo temor de aumento da inflação no país.
O preço máximo da gasolina no México sofreu reajuste médio de 16,9%, em relação aos preços máximos praticados
em dezembro de 2016, como parte de estratégia governamental de liberalização do comércio de combustíveis no território
mexicano ao longo de 2017, para estimular concorrência nesse mercado. Os preços variarão entre as distintas regiões do
país, dadas as diferenças logísticas, de modo que estados próximos à fronteira com os EUA contarão com menores preços,
devido às facilidades de importação. Os preços passarão por dois ajustes semanais até 18 de fevereiro, quando terá início
esquema diário de ajuste. Apesar do aumento, os preços praticados no México seguem abaixo da média mundial, em
momento de baixas históricas da produção e do refino de petróleo no país. Para analistas, o efeito inflacionário será
inevitável, levando a inflação a ultrapassar 4% em janeiro, acima da meta oficial.
Economia russa em dificuldades
Com base em relatório recente da "Russian Presidential Academy of National Economy and Public Administration", a agência TASS
divulgou dados que confirmam a difícil situação econômica da Rússia.
Segundo informações divulgadas pela agência de notícias russa TASS, a renda disponível dos russos caiu 12,3% entre
outubro de 2014 e outubro de 2016. Por sua vez, os salários reais caíram 8,7%, e o valor real das pensões, 7,0%. Já o nível
de pobreza da população, entre janeiro e setembro de 2016, aumentou 13,9% em relação ao mesmo período no triênio
2012-2014, o que se deveria, justamente, ao longo declínio na renda real da população. Em maio de 2016, o salário médio na
Rússia caiu para US$ 500,00, valor inferior ao salário médio mensal na China, de acordo com dados do maior banco privado
da Rússia, o Sberbank. Para alguns analistas internacionais, haveria expectativa de que boas relações com o novo Governo
dos EUA pudessem favorecer a Rússia, tendo em vista negócios embargados do país com a ExxonMobil.
Cúpula presidencial da CEMAC
A Cúpula da Comunidade Econômica e Monetária da África Central (CEMAC) encerrou-se, em Iaundê, em ambiente de incerteza em
relação às finanças dos países da região.
A reunião de Cúpula da CEMAC deu sinalização política de austeridade e adesão dos países da região centro-africana a
medidas de responsabilidade orçamentária e financeira. O Comunicado Conjunto da reunião apresenta visão conjunta das
dificuldades econômico-financeiras na CEMAC e indica linhas de ação, como o congelamento dos tetos legais do
orçamento do Banco Central da África Central nos níveis de 2014. Analistas internacionais destacam que a Cúpula da
CEMAC foi convocada ante o risco de que pressões sobre a moeda regional, o Franco CFA, conduzissem à perda de
controle e desvalorização abrupta, o que requereria eventual intervenção da França e/ou do FMI. O Comunicado reafirma a
paridade entre o Franco CFA e o Euro, mas demanda ajustes nas economias nacionais e reformas estruturais para a
estabilidade macroeconômica da região.
Estimativas para a economia do Japão em 2016
O Japão deverá registrar crescimento médio do PIB de cerca de 1% em 2016. Analistas passam a projetar tendência de continuada
expansão da economia a taxas similares ao longo de 2017.
Dois dos maiores bancos japoneses (Sumitomo-Mitsui e Mizuho) elevaram as projeções de crescimento da economia
japonesa para, respectivamente, 0,9% e 1,0% em 2016. O "Japan Center for Economic Research", por sua vez, prevê
crescimento de 1,0% para o ano 2017. Se confirmado, semelhante desempenho será superior ao da maioria das previsões ao
longo de 2016, como o FMI, que projeta 0,5%, e a OCDE, que estima 0,8%. Esse cenário, se confirmado, configuraria o
quinto ano do Governo Abe com crescimento positivo, com taxa média em torno de 1,2% desde 2013, e o fortaleceria para
prosseguir com a implementação de reformas econômicas. Para alguns economistas, é um desempenho satisfatório para a
avançada economia japonesa, sujeita a severas restrições demográficas e estruturais e com limitado crescimento potencial.
 VARIAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO CHINESA
A China é recorrentemente acusada de manipulação da taxa de câmbio.
Segundo dados divulgados pelo FMI e estudos realizados pelo "Peterson
Institute on International Economics", a China realmente interveio pesado no
mercado de moedas entre 2003 e 2014, como forma de manter a taxa de
câmbio entre o dólar e o renmimbi mais fraca do que a que seria determinada
pelo mercado. O objetivo claro era aumentar as exportações e manter o
desempenho econômico histórico do país, com estímulo ao crescimento. No
entanto, desde 2014 a China deixou de realizar intervenções dessa natureza: em
vez de comprar dólares para manter o renmimbi desvalorizado, a China passou
a vender dólares, para evitar que o renmimbi caísse além de determinado piso.
Isso teria tornado outras economias mais competitivas em relação à chinesa, ou
pelo menos determinado certa recuperação de competitivdade em relação à
China perdida durante a década anterior.
 PUBLICAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
"Trade and Environment Review" 2016 (UNCTAD)
O relatório da UNCTAD sobre comércio e meio ambiente em 2016 trata do uso sustentável de recursos marinhos em
mares e oceanos saudáveis, com uma compilação de artigos de 24 especialistas em governança de sistemas pesqueiros,
consumo e produção. É apresentado diagnóstico sucinto dos desafios a serem encarados para a consecução do objetivo 14
dos "Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", que trata da ameaça da sobrepesca. Em particular, salienta-se a
necessidade de se dedicação à questão de conservação e recomposição dos estoques marinhos depredados; e se oferecem
prognósticos para o comércio pesqueiro internacional, sustentando a necessidade de que medidas destinadas a regulamentar
o comércio levem em consideração a necessidade de conservação e recomposição da fauna marinha. O relatório propõe
uma conferência de alto nível das Nações Unidas para tratar de direitos e obrigações dos Membros sobre a vida marinha.
<http://unctad.org/en/PublicationsLibrary/ditcted2016d3_en.pdf>
"Reinvigorating U.S. Economic Strategy in the Asia Pacific" (CSIS)
A Comissão bipartite para Estratégica Econômica na Ásia, do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais,
divulgou diretrizes para uma estratégia para o relacionamento econômico comercial entre o novo Governo dos Estados
Unidos e a Ásia-Pacífico. O documento parte da premissa de que o dinamismo econômico da Ásia-Pacífico requer dos
Estados Unidos uma estratégia renovada, construída em torno de interesses norte-americanos como mercados abertos e
regulados, um ordenamento transpacífico sustentado por instituições e regras transparentes, e paz e estabilidade geopolítica
e geoeconômica. A estratégia renovada seria essencial para a segurança e prosperidade dos Estados Unidos no longo prazo.
Para o Centro, uma estratégia que exija da região uma escolha entre o Estados Unidos e a China estaria fadada ao fracasso.
Entre as recomendações do CSIS, encontram-se a articulação de uma clara visão dos Estados Unidos como uma potência
do Pacífico; a finalização e o fortalecimento do Acordo da TPP; a cooperação positiva com a China; a liderança norteamericana em teconologia e inovação; e o fortalecimento dos investimentos norte-americanos em infra-estrutura na Ásia.
<https://csis-prod.s3.amazonaws.com/s3fs-public/publication/161228_Barshefsky_USEconomicStrategy
AsiaPacific_Web.pdf>
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