Resumos do Conteúdo da Recuperação Terapêutica – 2º ano – Disciplina: História Resumo sobre Revolução Francesa Disponível em http://www.historiadigital.org/2009/06/resumo-e-podcast-revolucaofrancesa.html 1. Conceito * Revolução Francesa foi o conjunto de eventos que, de 1789 a 1799, alterou o quadro político e social da França, até então dominada pelo Antigo Regime. * É considerado um marco na história, iniciando o que chamamos de Idade Contemporânea. 2. Causas * Uma revolução não ocorre do nada. Dentre as principais causas da Revolução Francesa, podemos destacar: * 1- Custo da monarquia: o rei Luís XVI e a sua corte gastavam enormes quantias para sustentar seus privilégios. * 2- Idéias iluministas: os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade influenciaram os rumos da revolução, desde o início. * 3- Gastos com guerras: a França participou da Guerra da Independência dos Estados Unidos (Treze Colônias) e perdeu a Guerra dos Sete Anos, contra a Inglaterra. * 4- Crise econômica: os gastos da monarquia, as guerras, assim como a escassez na agricultura, aumentou a miséria, a fome e o descontentamento dos franceses. 3. Divisão da sociedade francesa * A divisão da sociedade francesa também pode ser considerada causa da revolução, pois não havia mobilidade social. * A sociedade era dividida em três estados: * 1- Primeiro estado: Clero (0,5%) * 2- Segundo estado: Nobreza (1,5%) * 3- Terceiro estado: Povo (incluindo a burguesia, somavam 80%) * Os privilégios se concentravam nas mão do clero e da nobreza, que oprimiam o terceiro estado. * Além disso, apenas o terceiro estado pagava impostos. Porém, este dinheiro não estava sendo suficiente para sustentar o custo do estado francês. 4. Assembléia dos Estados Gerais I * Para tentar resolver os problemas econômicos da França, o rei Luís XVI convocou a Assembléia dos Estados Gerais. * Esta assembléia reunia membros dos três estados. Naquele momento, o objetivo era fazer a nobreza e o clero também pagar impostos. * Seria feita, então, uma votação, que poderia ocorrer de duas maneiras: por estado ou por cabeça. 1 * A votação por estado, ou seja, um voto por estado, agradava a nobreza, pois, obtendo apoio do clero, sempre vencia o povo nas decisões. Eram dois votos contra um. * Já a votação por cabeça, considerando a decisão individual na assembléia, agradava ao povo. Isto porque, sendo maioria, garantiria a vitória dos seus interesses. 5. Assembléia dos Estados Gerais II * Sem conseguir conciliar os interesses dos três estados – e sem tomar decisão alguma – Luís XVI mandou fechar a Assembléia. * Descontentes, o terceiro estado – liderados pela burguesia – exigiu a criação de uma constituição para a França. O povo saiu às ruas. * A manifestação do povo chegou na Bastilha, prisão política da monarquia francesa. Considera-se que o povo invadiu esta prisão com objetivo de se apoderar da pólvora lá existente. * Assim, a Queda da Bastilha se tornou o símbolo do início da Revolução Francesa. * A partir daí, a Revolução Francesa se subdivide em algumas fases principais: Assembléia Nacional Constituinte, Convenção e Diretório. 6. Fases: Assembléia Nacional Constituinte * Ocorrida de 1789 a 1791, a Assembléia Nacional Constituinte foi aberta com o objetivo de criar uma constituição na França. * Foi criada também a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que defendia o direito à liberdade e à igualdade jurídica. * Outras mudanças que ocorreram foi a abolição do regime feudal, da sociedade estamental e a separação entre Igreja e Estado. * Na prática, a maior parte destas reformas vinham ao encontro dos interesses da alta burguesia, que tentava, com êxito, eliminar os vestígios do Antigo Regime na França. 7. Fases: Convenção Nacional I * Ocorrida de 1792 a 1794, a Convenção Nacional é considerada a fase mais radical da Revolução Francesa. * Nesta fase, proclamou-se a República e a burguesia se subdividiu em grupos com interesses distintos. * Assim, surgiu os Jacobinos, que representavam a pequena burguesia, e o Girondinos, que representavam a alta burguesia. * Os Jacobinos sentavam-se à esquerda nas assembléias e queriam que a revolução se espalhasse por todos os lugares possíveis. * Já os Girondinos, com medo da reação do povo, queriam que a revolução tivesse fim. Eles sentavam-se à direita na assembléia. 8. Fases: Convenção Nacional II * Havia ainda o grupo do pântano, cujos membros não tinham posições bem definidas. * Os Jacobinos se sobressaíram, perseguindo e executando opositores, e instalando o que se denomina período do Terror. * Em 1793, Luís XVI foi executado na guilhotina, sepultando de vez a monarquia absolutista. 9. Fases: Diretório 2 * Ocorrido de 1795 a 1799, o Diretório foi uma fase conservadora, fruto de um golpe dos Girondinos para retomar o poder na França. * Com a França imersa no caos, e sob a ameaça de ataques internos e externos, a alta burguesia articulou entregar o poder a alguém influente e poderoso. * Esse alguém foi Napoleão Bonaparte, que, a partir de 1799, começou a governar a França. RESUMO SOBRE IMPÉRIO NAPOLEÔNICO E CONGRESSO DE VIENA Disponível em http://histfacil.blogspot.com/2009/08/o-imperio-napoleonico-e-ocongresso-de.html Introdução · Chegou ao poder através do golpe 18 de Brumário: sua ascensão pos fim às disputas entre esquerdistas e monarquistas. · Consolidou as conquista burguesa, mas matou os ideais revolucionários (Igualdade, liberdade e fraternidade). Consulado · O poder executivo era divido entre três cônsules (sendo Napoleão o primeiro) · Medidas: Código Civil Napoleônico, organizou a administração e as finanças francesas, varias vitórias militares. · Plebiscito: (1802) consulado vitalício, (1804) transformou o consulado em império. Império · Manteve as vitórias militares externas. · Bloqueio Continental: proibição da entrada de produtos ingleses na Europa à decadência militar: invasão da Rússia uso de força militar para sustentar os tronos conquistados para seu parentes à derrota definitiva: Batalha das Nações. Derrota de Napoleão · Tratado de Fontainebleau: abdicava do trono da França em troca do trono da Ilha de Elba e de uma pensão anual. Ocorreu então o retorno da dinastia dos Bourbons. · Governo dos Cem Dias 1815: “Chegarei a Paris sem disparar um só tiro” · derrota definitiva: Batalha de Waterloo (1815) à Napoleão renuncia definitivamente ao trono e se refugia na Ilha de Santa Helena. Congresso de Viena · Objetivo: restaurar as dinastias destituídas por Napoleão e retraçar o mapa europeu. · Principio da Legitimidade: determina o retorno das fronteiras européias anteriores ao processo revolucionário. · Principio do Equilíbrio: as potencias vencedoras (Áustria, Rússia, Prússia e Inglaterra) teriam o direito de obter novas possessões fora da Europa e manter as que já controlavam. ORIGEM DO IMPERIALISMO. Santa Aliança · Um pacto político-militar de caráter conservador (Áustria, Rússia e Prússia) para combater as revoltas liberais. · A tentativa de manter as possessões coloniais fez com que a Inglaterra não aderisse ao tratado. Resumo sobre a Vinda da Família Real Disponível em http://www.historiadigital.org/2010/02/resumo-vinda-da-familia-real.html 1. Antecedentes * O processo de independência do Brasil começou em 1808, quando a família real portuguesa veio para o Brasil. 3 * O motivo desta vinda, está ligado aos interesses de Napoleão Bonaparte, que desejava dominar a Europa. * Então imperador da França, Bonaparte derrotou exércitos de vários países. No entanto, a Inglaterra, por ser uma ilha, oferecia grande resistência. * Isto porque a marinha inglesa era mais poderosa do que a marinha francesa, fazendo com que Napoleão sofresse uma grande derrota naval, na Batalha de Trafalgar. * Não conseguindo vitória militar contra a Inglaterra, Napoleão criou uma forma de enfraquecê-la economicamente, através do Bloqueio Continental. 2. Bloqueio Continental * O Bloqueio Continental foi um decreto napoleônico de 1807, que proibia todos os países europeus de comercializarem com a Inglaterra. * Napoleão achava que, enfraquecendo os ingleses economicamente, poderia facilmente dominá-los. * Portugal, por ser um antigo aliado da Inglaterra, desobedeceu ao bloqueio. Napoleão logo acionou suas tropas para invadir o reino português. * Temendo a perda de seu poder – e sob a proteção da Inglaterra – o príncipe regente D. João fugiu com a família real portuguesa, vindo para o Brasil. 3. Quem foi D. João? * No período napoleônico, D. João era príncipe regente de Portugal pois, sua mãe, D. Maria I, não podia governar devido a problemas mentais. * Em 1818, com a morte de sua mãe, D. João foi coroado rei, com o título de D. João VI. * Foi casado com a princesa espanhola Carlota Joaquina, com quem teve três filhos e seis filhas. 4. A viagem * D. João fugiu com, aproximadamente, 15 mil nobres portugueses, em 14 embarcações. * Como não sabiam ao certo quanto tempo iam ficar no Brasil, os nobres trouxeram riquezas, documentos, bibliotecas, coleções de arte e tudo o que podiam transportar. * Depois de algumas semanas de viagem, uma forte tempestade separou as embarcações. Algumas, como a de D. João, foram para Salvador. As restantes, para o Rio de Janeiro. * De Salvador, D. João transferiu-se para o Rio de Janeiro, em março de 1808. E foi nesta cidade que ocorreram as maiores mudanças efetuadas em seu governo. 5. A chegada * Ao chegar no Rio de Janeiro, D. João foi recebido com grandes festas, preparadas por seus amigos e funcionários. * Mas a população do Rio de Janeiro não apreciou muito a vinda da família real. Em 1808, o Rio de Janeiro tinha em torno de 60 mil habitantes, sendo que 40 mil eram escravos. * Os 15 mil membros da família real causaram uma verdadeira “avalanche humana” na cidade, obrigando D. João a tomar uma medida impopular. * Para abrigar tantos nobres, D. João mandou despejar os moradores das melhores 4 residências da cidade, mandando afixar, nas portas, as letras P.R. Esta sigla significava “Príncipe Regente”, ou “Propriedade do Rei”. Porém, a população interpretava como “Ponha-se na rua” ou “Prédio roubado”. * Acomodado no Rio de Janeiro, D. João começou a efetuar uma série de mudanças econômicas e culturais que iriam mudar não só a cara da cidade, como também futuro do país. 6. Abertura dos Portos * A primeira coisa que D. João fez, ao chegar ao Brasil, foi abrir os portos brasileiros a todas as nações amigas. * Como o império português tinha agora sua sede no Brasil, Portugal só poderia comercializar com outros países a partir dos portos brasileiros. * Quem saiu ganhando foram os ingleses que, naquela época, dominavam o comércio mundial. Prejudicada pelo Bloqueio Continental, a Inglaterra viu abrir um amplo mercado no Brasil. * Os principais portos brasileiros foram tomados por mercadorias inglesas. Havia, inclusive, produtos de inverno que, no calor tropical do Rio de Janeiro, não tinham muita utilidade. * A Abertura dos Portos também rompeu com o pacto colonial entre Brasil e Portugal, enfraquecendo a influência da metrópole sobre a colônia, e criando as condições para a proclamação da independência, em 1822. 7. Mudanças econômicas * Outras medidas tomadas por D. João serviram de estímulo para as atividades econômicas do Brasil. * Entre elas, podemos destacar a anulação da lei que proibia a instalação de indústrias no país. * Isto permitiu a abertura de fábricas e usinas, sendo que a produção de ferro obteve bastante progresso. * A produção agrícola também cresceu, surgindo o café, ao lado do açúcar e do algodão. O café, pouco tempo depois, passaria a ocupar o primeiro lugar nas exportações brasileiras. * Não podemos deixar de destacar a fundação do Banco do Brasil, que se tornou símbolo da economia liberal no país. 8. Mudanças culturais * A cultura do país passou por grandes transformações, a partir da vinda de D. João VI. * Vários cursos foram criados no Rio de Janeiro e Bahia, como cirurgia, química, agricultura, desenho técnico, entre outros. * Foi fundado o Museu Nacional, o Observatório Astronômico, a Biblioteca Real e a Imprensa Régia. * Além disso, a arte se destacou com a vinda da Missão Francesa ao Brasil, em 1816. Debret foi um dos grandes pintores da missão, e retratou cenas do cotidiano brasileiro, na época. * Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Em 1821, as capitanias passaram a se chamar províncias. 5 Independência do Brasil e Primeiro Reinado Disponível em http://www.historiadigital.org/2010/03/resumo-independencia-do-brasile.html 1. Antecedentes * Após a fuga de D. João para o Brasil, Portugal ficou empobrecido por causa da guerra contra os franceses. * Além disso, o comércio português foi muito prejudicado pelo decreto de abertura dos portos brasileiros. * Diante das dificuldades, em 1820, estourou a revolução na cidade do Porto, que logo se espalhou por todo país. Esta revolução ficou conhecida como Revolução do Porto . * Vitoriosos, os revoltosos formaram um governo provisório e exigiram o retorno imediato de D. João VI para Portugal. Com medo de perder o trono, D. João voltou para Portugal, em 1821. * D. João VI esvaziou os cofres do Banco do Brasil, levando quase todo o ouro para Portugal. No Brasil, deixou seu filho, D. Pedro, como príncipe regente. 2. Quem foi D. Pedro I * D. Pedro nasceu em Portugal, em 1798. Morreu em 1834, com 36 anos. * Foi o primeiro imperador do Brasil e 28° rei de Portugal, ainda que o reinado em Portugal tenha durado sete dias, em 1826. * Era filho de D. João VI e Carlota Joaquina. Além disso, foi pai de D. Pedro II, segundo imperador do Brasil. * Seu nome completo era: Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon. 3. A Independência do Brasil * No Brasil, D. João VI deixou seu filho, D. Pedro, como príncipe regente. Mas os brasileiros queriam a independência. * Os portugueses, por outro lado, queriam que o Brasil voltasse a ser colônia de Portugal, como era antes da vinda de D. João. * Para isso, queriam que D. Pedro voltasse para Portugal e entregasse o governo a uma junta. Mas D. Pedro preferiu ficar no Brasil. Esta desobediência ficou conhecida como “ Dia do Fico ”. * D. Pedro proclamou a Independência em 07 de setembro de 1822, ao receber alguns decretos das cortes de Portugal, quando estava em viagem a São Paulo. * Estes decretos anulavam algumas de suas decisões, tentando fazer com que D. Pedro obedecesse às cortes portuguesas. D. Pedro aproveitou a ocasião e declarou a separação entre Brasil e Portugal. 4. Os limites da independência * Para ser reconhecido oficialmente, o Brasil aceitou pagar indenizações de 2 milhões de libras esterlinas a Portugal. * Para isso, pediu um empréstimo à Inglaterra, fato que iniciou a dívida externa do Brasil. * Apesar do processo de independência ter base nas idéias iluministas de liberdade, a escravidão foi mantida, atendendo aos interesses dos grandes proprietários de terras. * O Brasil continuou com o modelo agrário, baseado em latifúndios e na produção de gêneros primários voltada para a exportação. Ou seja, pouco diferente de quando era colônia de Portugal. * Ao contrário de outros países da América Latina, que adotaram o sistema republicano, o Brasil adotou o governo monárquico, baseado no poder de um rei. 6 5. Primeiro Reinado * No dia 1° de dezembro de 1822, D. Pedro foi coroado primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I. * Seu governo ficou conhecido como Primeiro Reinado , e durou de 1822 a 1831. * D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para governar o Brasil, em parte por causa do seu autoritarismo. * Além disso, muitos achavam que D. Pedro I, sendo português, em vez de se preocupar com os brasileiros, estava mais preocupado com a situação de Portugal. * A postura do imperador em relação a Constituição de 1824, a Guerra da Cisplatina e a Confederação do Equador foram alguns dos fatos que levaram à sua abdicação, em 1831. 6. Constituição de 1824 * A Constituição de 1824 foi a primeira na História do país. Constituição é a lei mais importante de um país, que contém normas relativas aos poderes públicos e direitos da população. * D. Pedro I entrou em confronto direto com a Assembléia responsável por elaborar a primeira Constituição. O imperador mandou criar uma Constituição que lhe agradasse, o que lhe trouxe desgaste político. * Esta Constituição determinava que os senadores só deixassem o cargo quando morressem. O voto era censitário, ou seja, só podia votar ou se candidatar a cargos públicos quem ganhasse uma renda mínima. * Além dos três poderes usuais – Executivo, Legislativo e Judiciário – a Constituição criava o Poder Moderador , feito especialmente para o imperador. Este quarto poder permitia a ele nomear o ministério, dissolver a Assembléia e nomear os presidentes das províncias. * Assim, a Constituição de 1824 estabelecia um governo de poucos, que representava apenas os mais ricos da sociedade e beneficiava o imperador. 7. Guerra da Cisplatina * A guerra da Cisplatina foi um conflito que ocorreu entre 1825 a 1828, na Província Cisplatina, atual Uruguai. * A Província Cisplatina foi incorporada ao Brasil em 1821, após quatro anos de lutas sangrentas contra as tropas de D. João VI. * Porém, com costumes, tradições e língua diferentes, os uruguaios queriam formar um país independente. Em 1825, apoiados pela Argentina, começaram a luta contra o Brasil. * Depois de três anos de combate, D. Pedro I teve que fazer um acordo. Brasil e Argentina reconheceram a independência do Uruguai. * A guerra da Cisplatina trouxe muitas mortes e perdas materiais para o Brasil. Por esse motivo, D. Pedro I enfrentou oposição cada vez mais forte por parte de muitos políticos e da população. 8. Confederação do Equador * A Confederação do Equador foi uma tentativa de estabelecer um governo republicano independente, no nordeste, em 1824. Envolveu as províncias de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. * Dentre os motivos da revolta, podemos destacar o autoritarismo do imperador, que nomeava pessoalmente os presidentes das províncias. Esta nomeação ignorava, muitas vezes, os interesses da população local. * Além disso, as condições de vida da população nordestina eram muito precárias. Os revoltosos uniram-se contra a escravidão, contra a desigualdade social e contra o 7 imperador. * Os revoltosos foram atacados e dominados por tropas mercenárias inglesas contratadas por D. Pedro I, e por proprietários de terras que não queriam o fim da escravidão. * Alguns dos principais líderes do movimento foram Pedro Pedroso, Pais de Andrade e Frei Caneca. Este último foi condenado à morte. 9. Crise e Abdicação de D. Pedro I * Vários motivos levaram populares e políticos a exigir a renúncia de D. Pedro I. Isto porque, como visto anteriormente, o imperador resolvia os problemas de forma autoritária. * Outro fator tornou a situação ainda mais difícil. Em 1830, o jornalista Líbero Badaró, de oposição, foi morto a tiros. O imperador foi o principal suspeito pelo crime. * Além disso, a vida pessoal de D. Pedro I era muito criticada. D. Pedro tinha várias amantes. Uma delas, a Marquesa de Santos, ficou muito conhecida entre os brasileiros. * O choque entre os partidários do imperador, e aqueles que eram contrários a ele, tornava-se cada vez mais violento. As violentas brigas envolviam garrafas, originando o termo Noites das Garrafadas . * Percebendo que tinha perdido a autoridade e o respeito da população, D. Pedro I resolveu renunciar, em 1831. Voltou para Portugal e deixou o trono para seu filho, Pedro de Alcântara, que tinha apenas cinco anos de idade. Resumo sobre o Período Regencial Disponível em http://www.historiadigital.org/2010/06/resumo-periodo-regencial-historiado.html 1. Conceito * Regência foi o período em que o Brasil foi governado por regentes, de 1831 a 1840. 2. Antecedentes * A renúncia de D. Pedro I, em 1831, não deixou os brasileiros satisfeitos. * O príncipe herdeiro, D. Pedro de Alcântara, era menor de idade e não podia governar. * A Constituição de 1824 afirmava que, até que o imperador fizesse 18 anos, o Império seria governado por regentes. * Esta regência seria composta por três membros, eleitos pela Assembléia Geral, dos quais o mais velho seria o presidente. * Enquanto os regentes não fossem eleitos, o poder seria exercido por uma regência provisória, também composta por três membros: o ministro da Justiça e dois conselheiros de Estado. 3. A Regência * Assim, de abril a junho de 1831, o Poder Executivo foi exercido por uma Regência Trina Provisória. * De junho de 1831 a outubro de 1835, por uma Regência Trina Permanente, escolhida por uma Assembléia Geral. * Em 1831, os regentes criaram a Guarda Nacional , com o objetivo de assegurar a estabilidade política do país. 8 * Em 1834, foi criado o Ato Adicional. 4. Ato Adicional de 1834 * O Ato Adicional de 1834 foi uma modificação feita na Constituição brasileira. * Uma das mudanças foi a criação das assembléias legislativas provinciais, que dava às províncias liberdade para criar impostos e controlar as finanças e o comércio. * No entanto, estas assembléias estavam subordinadas aos mandos dos presidentes das províncias que, por sua vez, eram indicados pelos regentes. * Outra modificação foi a substituição da Regência Trina pela Regência Una. O regente seria eleito para um mandato de quatro anos. * O primeiro regente uno foi o padre Diogo Feijó, que governou de 1835 a 1837, quando renunciou. O segundo foi Pedro de Araújo Lima, que governou até 1840. 5. Grupos Políticos * Durante o Período Regencial, três grupos políticos entraram em choque, procurando impor suas idéia e controlar o governo. * O grupo dos restauradores , ou caramurus, era composto por comerciantes e militares portugueses. Queriam a volta de D. Pedro I ao governo. Deixou de existir após sua morte, em 1834. * O grupo dos moderados , ou chimangos, era formado principalmente por grandes proprietários de terras. Era a favor da monarquia, do voto censitário e do modelo agrário-exportador. * O grupo dos exaltados , ou jurujubas, defendiam reformas sociais e políticas, voto para todos, instalação de indústrias e o fim do Poder Moderador. Foram derrotados pelo grupo dos moderados. * Donos da situação e do governo, os moderados dividiram-se em dois grupos: os progressistas e os regressistas. Ambos defendiam os interesses dos grandes proprietários rurais, mas discordavam sobre a organização do poder e da relação entre o governo central e as províncias. 6. Rebeliões Regenciais * A divergência entre progressistas e regressistas, juntamente com as péssimas condições de vida de boa parte da população, desencadearam rebeliões em várias províncias no país. * De modo geral, as províncias se rebelavam contra o excessivo controle exercido pelo governo central. Algumas tinham caráter separatista. * As principais revoltas foram a Cabanagem, a Sabinada, a Balaiada e a guerra dos Farrapos. * A maior parte das revoltas foram sufocadas pelas forças do governo, com exceção da guerra dos Farrapos, que terminou mediante negociação. 7. Cabanagem * A Cabanagem ocorreu na província do Pará, de 1835 a 1840. * Seu nome deriva das cabanas construídas às margens dos rios, onde vivia a maior parte da população. * Os principais líderes foram Félix Malcher, Francisco Vinagre e Eduardo Angelim. * As causas principais foram a revolta dos liberais contra o presidente nomeado pelo governo regencial e a situação de miséria dos cabanos. 9 * A revolta resultou no domínio sobre Belém durante um ano e lutas no interior do Pará. Além disso, acarretou a morte de 40% da população da província. 8. Sabinada * A Sabinada ocorreu na província da Bahia, de 1837 a 1838. * Seu nome se originou do líder do movimento, o médico Francisco Sabino. * A causa principal foi a insatisfação com as autoridades impostas pelos regentes na província. * A revolta resultou na organização da República Bahiense. 9. Balaiada * A Balaiada ocorreu na província do Maranhão, de 1838 a 1841. * Seu nome deriva do fato que parte dos revoltosos eram fabricantes de balaios. * Os principais líderes foram Manuel “Balaio”, Raimundo Gomes e Cosme. * As causas principais foram a insatisfação com o presidente nomeado pelos regentes e as precárias condições de vida dos vaqueiros, fazedores de balaios e escravos. * A revolta resultou na conquista da vila de Caxias e na anistia dos revoltosos. 10. Guerra dos Farrapos * A guerra dos Farrapos ocorreu na província do Rio Grande do Sul, de 1835 a 1845. * Seu nome se originou dos precários trajes dos revoltosos. * Seus principais líderes foram Bento Gonçalves e Giuseppe Garibaldi. * As causas principais foram os altos impostos sobre produtos gaúchos e exigência por mudanças políticas. * A revolta resultou na criação da República Rio-Grandense, no Rio Grande do Sul e na República Juliana, em Santa Catarina. Os revoltosos foram anistiados. 11. Golpe da Maioridade * Diante do grande número de revoltas nas províncias, alguns grupos políticos consideravam que apenas Pedro de Alcântara poderia contê-las. * No entanto, ele tinha 14 anos, e a Constituição, como vimos, só permitia ao rei governar com 18 anos. * Para resolver este problema, foi feita uma alteração na Constituição, declarando a maioridade de Pedro de Alcântara, que recebeu o título de D. Pedro II. * Esta alteração na Constituição é denominado Golpe da Maioridade . Inicia-se, assim, o Segundo Reinado, em 1840. Resumo sobre o Segundo Reinado: Política Interna e Externa – Tópicos Disponível em http://www.historiadigital.org/2009/08/resumo-e-podcast-segundoreinado.html 1. Conceito * Segundo Reinado foi o período em que o Brasil foi governado por D. Pedro II, de 1840 a 1889. * Neste resumo, política interna se refere a acontecimentos políticos dentro do país. Política externa, por sua vez, se refere a acontecimentos envolvendo o Brasil e outros países. 10 2. Antecedentes * No fim do Período Regencial , muitas revoltas ameaçavam a unidade territorial do país. * Alguns grupos políticos consideravam que apenas Pedro de Alcântara poderia conter estas revoltas. * No entanto, ele tinha 14 anos, e a Constituição permitia ao rei governar somente com 18 anos. * Para resolver este problema, foi feita uma alteração na Constituição, declarando a maioridade de Pedro de Alcântara, que recebeu o título de D. Pedro II. * Esta alteração na Constituição é denominado Golpe da Maioridade . Inicia-se, assim, o Segundo Reinado, em 1840. 3. Grupos políticos * Os grupos políticos que predominaram, no Segundo Reinado, foram os Liberais e Conservadores. * Na teoria, Liberal significa aquele que busca mudanças significativas no país, nos aspectos políticos, sociais e econômicos. * Conservador , por sua vez, significa aquele que não deseja mudanças profundas, preferindo manter as coisas como estão. * No entanto, na prática, Liberais e Conservadores tinham muito em comum, pois pertenciam a grupos da elite brasileira, e geralmente eram fazendeiros e donos de escravos. * Por este motivo, se diz que eram “farinha do mesmo saco”, ou seja, não havia muita diferença entre eles. 4. Parlamentarismo às avessas * Para agradar aos grupos políticos durante seu governo, D. Pedro II aceitou reduzir o seu poder, adotando o Parlamentarismo, em 1847. * O Parlamentarismo é um sistema de governo, caracterizado por concentrar o poder executivo nas mãos de um primeiro-ministro. * O Brasil procurou imitar o modelo parlamentarista inglês. Porém, o Poder Moderador ainda mantinha o controle político nas mãos de D. Pedro II. * Assim, o modelo parlamentarista brasileiro foi chamado de “Parlamentarismo às avessas”, pois foi o contrário do modelo inglês. 5. Revolução Praieira * A Revolução Praieira pode ser considerado uma extensão dos conflitos que aconteceram no Período Regencial. Seu nome deriva da rua da Praia, onde se concentrava o jornal Diário Novo, principal apoiador da revolta. * Ocorreu na província de Pernambuco, de 1848 a 1850. Foi uma revolta de caráter popular, liberal e separatista. Liderados por Pedro Ivo Veloso, os praieiros foram derrotados pelas tropas do imperador, em 1850. * Entre as causas da revolta, podemos destacar: o 1- Descontentamento dos políticos liberais diante do presidente conservador nomeado para a província. o 2- Revolta da população contra a família Cavalcanti, que era do partido Conservador e concentrava a maior parte das terras em suas mãos. o 3- Revolta do povo contra o controle do comércio pelos portugueses. 11 o 4- Defesa do fim do Império e implantação da República, de acordo com as idéias liberais iluministas. 6. Questão Christie * A Questão Christie foi um problema diplomático, entre o Brasil e Inglaterra, que ocorreu de 1862 a 1865. * Em 1862, alguns marinheiros ingleses foram detidos na cidade do Rio de Janeiro, por motivos de embriaguez e arruaças na rua. Devido a esta prisão, o embaixador inglês William Christie exigiu pedido de desculpas, por parte do governo brasileiro. * Além disto, exigiu indenização pelo naufrágio de um navio cargueiro inglês, Prince of Wales , na costa do Rio Grande do Sul. Sob protestos, o governo brasileiro pagou o custo da carga. * No entanto, em 1863, uma esquadra de guerra inglesa procedeu ao apresamento de cinco navios mercantes brasileiros. D. Pedro II exigiu indenização e desculpas pela violação do território nacional. * Diante da recusa inglesa, o Brasil cortou relações diplomáticas com a Inglaterra, neste mesmo ano. Estas relações foram reatadas quando, em 1865, a Inglaterra pediu desculpas ao governo brasileiro. 7. Guerra do Paraguai I * A Guerra do Paraguai , que ocorreu de 1864 a 1870, é considerada o maior conflito armado da América do Sul. * Envolveu o Paraguai, governado por Solano López, contra a denominada Tríplice Aliança, composta por Brasil, Argentina e Uruguai. * O Paraguai, em 1862, era praticamente auto-suficiente. Como não tinha saída para o mar, desejava ampliar seu território para vender seus produtos. * Este aumento de território tinha, como objetivo, a conquista de uma importante rota fluvial, o rio Paraná, cujo controle também era interesse do Brasil. * A Argentina não só desejava frear os interesses expansionistas do Paraguai, como também desejava parte do território paraguaio. 8. Guerra do Paraguai II * A Inglaterra, por sua vez, tinha interesse em abrir o mercado paraguaio aos seus produtos industrializados. * Assim, com dinheiro emprestado da Inglaterra, a guerra teve início, com prejuízos reais a todos os envolvidos diretos. Em 1870, com a morte de Solano López, o Paraguai foi derrotado. * Brasil e Argentina tiveram grandes dívidas com a guerra, assim como baixa de muitos soldados. A Inglaterra, por sua vez, teve lucros. * O Paraguai contabilizou 600 mil mortos, perdeu grande quantidade do seu território, e ainda teve que pagar indenização aos vencedores. Resumo sobre o Segundo Reinado: Sociedade, Economia e Crise - Tópicos Disponível em http://www.historiadigital.org/2009/08/resumo-e-podcast-segundoreinado_23.html 12 1. Conceito * Segundo Reinado foi o período em que o Brasil foi governado por D. Pedro II, de 1840 a 1889. * Neste resumo, serão analisados alguns aspectos referentes à economia e sociedade brasileira no período, assim como os motivos que levaram ao fim do Segundo Reinado. 2. O café * No Segundo Reinado, o café se consagrou como grande produto agrícola nacional. * Os fatores que estimularam a produção do café foram: o 1- a grande demanda no mercado europeu. o 2- as boas condições do clima e do solo brasileiros, em especial no Sudeste. o 3- a mão-de-obra escrava e, posteriormente, a imigrante. * O café fez surgir uma nova elite – os Barões do Café – que dominou o cenário político e econômico nacional, e causou fortes mudanças sócio-culturais no país. 3. A indústria * A industrialização teve forte crescimento no Segundo Reinado, estimulada por alguns fatores como: o 1- A diminuição do fluxo de escravos, a partir de 1850, que aumentou o investimento nas atividades industriais. o 2- A substituição da mão-de-obra escrava pela assalariada, que possibilitou a existência de um mercado consumidor. * Neste período, o setor que mais cresceu foi o têxtil, ou seja, produção de tecidos. * A criação de ferrovias também faz parte deste contexto, possibilitando a circulação de mercadorias para exportação. * O crescimento urbano de algumas cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, foi consequência do surto industrial e cafeeiro . 4. O fim da escravidão I * A mão-de-obra escrava negra, utilizada durante séculos no país, começou a ser cada vez mais questionada, a partir do Segundo Reinado. * Isto porque o modelo capitalista e industrial que iniciou na Europa, e aos poucos veio para o Brasil, era incompatível com o escravismo. * Assim, a Inglaterra passou a pressionar pelo fim do tráfico de escravos na América, visando investimento em seus produtos industrializados. * Em 1845, os ingleses assinaram a Lei Bill Aberdeen , que proibia o comércio de escravos entre a África e a América. * Em 1850, foi assinado, no Brasil, a Lei Eusébio de Queiróz , que proibia o tráfico de escravos no país. 5. O fim da escravidão II * Foi com o fim da Guerra do Paraguai , em 1870, que os esforços pelo fim da escravidão se intensificaram. * Isto porque a maioria dos negros, que lutaram nesta guerra, não queriam voltar a condição de escravo. Alguns chegaram a receber alforria. * O movimento que condenou o escravismo brasileiro, exigindo o seu fim, ficou 13 conhecido como Abolicionismo . 6. O fim da escravidão III * Com a pressão internacional e dos abolicionistas, o governo brasileiro foi cedendo, através da criação de leis, como: o 1- Lei do Ventre Livre : criada em 1871, declarou livres os filhos de mulher escrava nascidos a partir da aprovação da lei. o 2- Lei do Sexagenário : criada em 1885, declarou livres os escravos que chegassem aos 65 anos de idade. o 3- Lei Áurea : criada em 1888, declarou livres todos os escravos. * Vale ressaltar que, apesar da liberdade aparente, não foi dado aos escravos condições para se integrar à sociedade brasileira. 7. Os imigrantes * Os imigrantes , em grande parte europeus, vieram para substituir a mão-de-obra escrava. * Boa parte tentava fugir do desemprego, buscando, no Brasil, melhores condições de vida. Outros foram seduzidos pelas propostas de parcerias dos cafeicultores. * Conhecida como Sistema de Parceria, os cafeicultores propunham custear o transporte dos imigrantes europeus até suas fazendas e estes, por sua vez, pagariam os fazendeiros com trabalho. * Este sistema, no geral, não obteve sucesso, em razão dos elevados juros cobrados sobre as dívidas assumidas pelos imigrantes, e também dos maus tratos sofridos por eles. * Muitas cidades do sul do Brasil, como Criciúma, foram colonizadas por imigrantes europeus. 8. Crise e fim do Império * A crise que levou ao fim do Império, no Brasil, foi decorrente de vários fatores sociais e econômicos. * O abolicionismo, e a libertação dos escravos, fez o governo perder apoio dos fazendeiros. Além disso, alguns problemas envolvendo a Igreja Católica, abalaram as relações entre esta instituição e o imperador. * O movimento para instalar o regime republicano, no Brasil, ganhava cada vez mais força, inspirado em países vizinhos. O regime imperial passou a ser considerado ultrapassado. * O exército adquiriu muito prestígio depois da Guerra do Paraguai, e exigia maior participação nas decisões políticas. E foi o maior responsável pela mudança de regime. * Assim, em 15 de novembro de 1889, representantes do exército proclamam a República , enterrando a Monarquia. 14