8.º ano do Ensino Fundamental – 3.º bimestre

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Orientação para o Professor – Geografia – 8.º ano do Ensino Fundamental – 3.º bimestre
CAPÍTULO 8 – OBJETIVOS GERAIS
• Reforçar os conceitos que determinam a classificação do
mundo desenvolvido/subdesenvolvido.
• Apresentar novas perspectivas de análise para definir
países ricos, utilizando como critérios a tecnologia e o consumo.
• Caracterizar os três blocos propostos pela Nova Ordem
Mundial, entendendo como se estruturam a partir de um país
central.
• Discutir a questão da desigualdade observando o espaço
do bairro ou cidade, revelando quando, porque e como acontece.
O mundo desenvolvido
O objetivo desta aula é retomar conceitos vistos
anteriormente sobre a divisão do mundo entre países ricos e
pobres.
É interessante, também, diferenciar as características
básicas da economia de cada tipo de país.
Nem todos os países desenvolvidos são iguais...
Nestas aulas, é interessante discutir, de forma ampla, o
papel da tecnologia no mundo de hoje, ressaltando o empenho
que países e instituições fazem para estar sempre um passo à
frente, e estabelecer comparações entre os diversos países que
aparecem nos dados e tabelas.
Um segundo critério que utilizamos é o nível de consumo
da sociedade. Novamente, a discussão deve ser ampla para
entender o conceito e, sobretudo, debater a questão do consumo
do grupo e dos problemas causados por ele – essa aproximação
com o dia a dia tornará a aula mais interessante e significativa.
Os “centros” da Nova Ordem
Nesta aula, além de reforçarmos conceitos já vistos para
estabelecer a precedência de um país sobre os demais, o
professor colocará o aluno em contato com as novas
perspectivas que permitem avaliar melhor as diferenças entre
os países ricos.
CAPÍTULO 9 – OBJETIVOS GERAIS
• Conhecer o quadro físico, a história, a população e a
ideologia dos EUA e observar o uso desses diferentes recursos
que permitiram a formação desse grande centro mundial.
• Perceber a extensão das relações econômicas dos EUA,
bem como sua participação nas economias de diferentes países,
quer associados, quer dependentes de capitais.
• Espacializar a influência norte-americana no mundo.
Estados Unidos. A grande potência mundial I, II, III e IV
Destacar os EUA como centro do mundo com base em
quatro fatores principais:
• grande território e grandes recursos naturais;
• enorme população que estabelece grande mercado de
mão de obra e consumo;
• o desenvolvimento de uma indústria e de uma mentalidade capitalista que expande capitais e tecnologias pelo
mundo;
• uma enorme força militar estabelecida em várias regiões
do mundo.
O comércio internacional dos EUA
Pela análise de gráficos e mapas, o aluno deverá
estabelecer as principais conexões e intercâmbios dos EUA com
os demais países.
8.o ano
“A mudança
A mudança começa por mim mesmo, que, como motor e
reflexo, crio o futuro no presente e o coletivo no pessoal em
processo dialético. A pureza desse futuro reluz na pureza dos meios
imediatos escolhidos para realizá-lo aqui e agora.”
(Leonardo Boff, in Ética e política.)
APRESENTAÇÃO
Caro professor,
O nosso objetivo, ao elaborarmos este manual, foi o de
auxiliá-lo no desenvolvimento do seu trabalho. Não pretendemos,
de maneira alguma, interferir nele, pois sabemos que ninguém
melhor do que você é capaz de tomar a atitude mais acertada
durante a aula; queremos, sim, contribuir para um melhor
entendimento da nossa proposta educacional e dos objetivos
pedagógicos de cada aula, facilitando a relação entre o material
didático, você e o seu aluno.
Atualmente, a velocidade dos meios de comunicação
(televisão, rádio, internet etc.) coloca-nos, diariamente, em contato
com realidades completamente diferentes, mostrando que o mundo
atual é um espaço tão dinâmico, de mudanças tão rápidas, que, às
vezes, sentimo-nos impotentes diante da impossibilidade de
compreendermos tudo o que está ocorrendo à nossa volta.
Como estudar, geograficamente, o mundo atual diante da
rapidez dos acontecimentos?
O nosso objetivo é o de levar o aluno a compreender as
relações que estão por trás daquilo que vemos, a paisagem, e,
assim, obter elementos para a compreensão do espaço geográfico,
que se traduz no espaço ocupado pelo homem e, portanto,
transformado por ele.
É mostrar para o aluno que ele faz parte desse espaço, sendo
também um agente transformador da realidade.
Queremos que a Geografia não seja vista como uma ciência
estática, descritiva, sem dinamismo, e, sim, como uma ciência viva,
e que as diversas paisagens do nosso mundo reflitam o modo de
vida da sociedade e da sua relação com a natureza.
8.º ano
Procuramos desenvolver neste caderno um texto adequado à
faixa etária dos nossos alunos de 8. o ano, que, muitas vezes,
enfrentam certas dificuldades de alfabetização (aqui, compreendida
como alfabetização formal de entendimento dos signos), e preparálos para “a nossa alfabetização”, a alfabetização geográfica.
Qual o conceito de alfabetização? Será que alfabetizar resumese apenas em ler e escrever? Ou toda disciplina requer uma
alfabetização?
Alfabetizar o aluno em Geografia significa possibilitar ao
aluno o entendimento da dimensão espacial dos fenômenos, ou
seja, desvendar o porquê de as coisas terem os seus lugares e
entender que esses lugares têm uma organização espacial (têm
forma e significado).
Pretendemos levar o aluno a colocar a sua experiência na
sala de aula, para que ele possa desenvolver uma visão própria
sobre o mundo.
Possibilitar, também, que o aluno sistematize os seus conhecimentos e aprendizagens, podendo, então, “sozinho”, falar sobre
Geografia.
Estimular o aluno a perceber e sentir o espaço que ocupa, a
buscar novas fontes para o seu conhecimento.
O objetivo pedagógico de cada aula será apresentado neste
manual; dessa maneira, não estabelecemos respostas prontas para
cada exercício, e, sim, comentários: o aluno é que deve chegar a
elas respondendo segundo o seu conhecimento e com base naquilo
que entendeu, na sua experiência e na sua prática.
Esperamos que os conteúdos desenvolvidos neste material
tenham correspondido às suas expectativas e que possam tornar o
seu trabalho alegre e transformador, que possam fazer você refletir
sobre qual o papel do professor de Geografia e sobre qual o
significado de se estudar Geografia.
Professor, não esqueça que este material é apenas um dos
instrumentos, e não o único, para o seu trabalho.
I
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TROCANDO EXPERIÊNCIAS
A dinâmica do processo ensino-aprendizagem leva-nos sempre à reflexão sobre nossa prática educativa: de um lado, esperamos, com a
utilização de um material didático aberto ao debate e a novas buscas, que tenhamos contribuído para facilitar esse processo; de outro lado,
também é evidente que cada professor, na relação com seus alunos em sala de aula e com realidades tão diferentes, tem muito a contribuir
para essa prática pedagógica, tanto do ponto de vista de troca teórica, quanto da discussão de problemas cotidianos que nos são comuns
(avaliação, execução dos laboratórios, outras tarefas interessantes etc.).
Assim, estamos abrindo mais um canal para que você, professor, possa participar da continuidade desse trabalho coletivo – remeta sua
contribuição ao Apoio Pedagógico, aos cuidados da Prof.a Ana Paula – Coordenadora de Geografia do Ensino Fundamental.
Aprimorar o olhar e ver por dentro! Eis a questão da aprendizagem, a tarefa de quem ensina, de quem avalia, o grande desafio de
sala de aula, não só do mestre como do aluno!
Ver por dentro! Tarefa, quase provocação!
Ver por dentro, com olhar de aluno, de mestre, de cientista. E, por que não, de poeta também? Talvez, com o mesmo olhar que
abraça a beleza do mundo.
O que seria, então, para o professor, “ver por dentro”?
(…) Portanto é, na sala, durante a aula, que o mestre, exercendo a liderança e buscando um relacionamento afetivo e disciplinado,
precisa, contínua e quotidianamente, olhar e ver como a aprendizagem está se dando. Isto poderá acontecer na medida em que ele
conseguir responder-se a esta questão que passa a ser uma das chaves do problema: enquanto está dando a sua aula, o que seus alunos
estão fazendo?
Evidentemente, esse “estar fazendo” não se refere só às atitudes de fora, mas aos espaços de dentro, isto é, queremos saber o que os
alunos estão fazendo POR DENTRO, se e como estão pensando, se e como estão estruturando o pensamento. (…)
(Cleide Terzi & Paulo Ronca, 1996, pp. 49-50.)
O poder americano
Quando se discute o real poder
dos Estados Unidos, fala-se muito em
tecno lo gia, fábricas de carros e de
jatos. Na da disso deve ofuscar o
dínamo cultural por meio do qual os
EUA exercem um domínio incontrastável sobre os outros países. É frequente
ver autoridades francesas reclamando
da invasão de seu ter ritório por
produtos da cultura de massa americana, espe cial mente o cine ma. A
França mantém uma política pro te cionista ativa em benefício de sua indústria cinematográfica. Graças aos
esforços do governo francês, os filmes
de Hollywood, hoje, for mam apenas
um ter ço do que é lançado no país.
Ainda as sim, em 1998, a pro dução
holywoodiana conquistou seis das dez
maiores bilheterias entre os franceses.
Se não houves se protecionismo, a
França, por escolha dos próprios cidadãos, já teria fechado as portas de sua
indústria de cinema. A batalha é mais
inglória em outras partes do mundo.
No ano passado, foram lançadas nos
cinemas brasileiros 211 fitas. Mais de
60% delas eram americanas e oito figuraram entre as dez mais vistas. No
Ca na dá, que divide com os Estados
Uni dos uma fronteira de dimensões
con ti nen tais, o índice de filmes
fornecidos pelo vizinho chega
facilmente aos 90%. Os canadenses,
claro, também se quei xam, como a
maioria dos brasileiros e fran ce ses.
Afinal, todas as pessoas que compram
bilhetes nos guichês dos cinemas, em
São Paulo, Toronto ou Paris, estão
exercendo uma opção preferencial pelo
cinema rico na versão Hollywood. Nos
fes tivais, os jurados muitas vezes
aplaudem belos filmes de cinemas pobres, mas esse critério, infelizmente,
não cos tu ma funcionar para as
multidões. Com os filmes, os livros ou
o rock vem outra coisa. “Os Estados
Unidos não estão interessados apenas
em exportar seus filmes. Eles querem
exportar é seu estilo de vida”, acusa
Gilles Jacob, diretor do Festival de
Cannes.
O diagnóstico de Jacob é impecável. Só é preciso completar o raciocínio: não faltam, mundo afora, interessados em comprar esse produto de
exportação, caso contrário ele não seria vendido. O que fascina as plateias,
além dos efeitos especiais, é o retrato
idealizado que as fi tas fazem da
sociedade americana, no qual sobressaem valores como vita li da de, dina mismo, mobilidade social, igualdade,
justiça e a certeza de que é possível
vencer pelo próprio esforço, ou seja,
tudo aquilo que compõe as aspirações
da humanidade desde as revo lu ções
democráticas do século XVIII, mas que
até hoje ninguém desfruta a contento
em par te alguma do planeta. Além
II
disso, o cinema americano canta as
glórias do consumo com um despudor
que não se vê em nenhum outro. E,
desde a derrocada do comunismo e a
decolagem da globalização econômica, há, cada vez mais, candidatos
dispostos a se renderem ao canto dessa
sereia.
O resultado pode ser sentido na
prática: de acordo com o jornal The
New York Times, hoje a indústria do
en tre tenimento é o segundo mais
lucrati vo artigo de exportação dos
Estados Uni dos. Só perde para a
tecnologia aeroespacial. É espantoso,
quando se con si de ra que os ameri canos ainda são os maiores consu midores de seus próprios produtos. Um
terço das vendas de CDs do mundo,
por exemplo, acontece dentro do
próprio país. Metade do faturamento
de Hollywood é doméstico. O consumo
de revistas e livros é gigantesco e a televisão não conhece rival no mundo –
quase todos os domicílios têm televisores. Mas todos os grandes conglomerados de entretenimentos do país concordam num ponto: estão explorando um
mercado maduro, que comporta
índices li mi tados de crescimento.
Ganhar o mun do é essencial para
subsistir.
Veja, 26/4/2000.
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Este espaço está reservado para sua participação.
III
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Trabalho bimestral de Inglês e Geografia
3..o Bimestre – 8.o ano
___________________________________________________
Objetivo: Reconhecer as várias regiões norte-americanas e
canadenses.
Tema: Folheto bilíngue de viagem (português/inglês).
• O grupo deverá criar um folheto de viagem com programação para 20 dias, abrangendo os seguintes assuntos:
– Época do ano da viagem;
– Condições naturais, sociais e econômicas do lugar;
– Infraestrutura de transportes;
– Vestimentas;
– Alimentação;
– Música;
– Pontos turísticos (passeios culturais);
– Personalidades locais;
– Custo da viagem;
– Outros...
• O folheto deverá conter dados de, pelos menos, 5 cidades
e o mapa do roteiro da viagem com fotos ilustrativas e
legenda.
• As regiões a serem pesquisadas são:
IV
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I) Estados Unidos: Região Nordeste,
Região Sudeste,
Região Noroeste,
Região Sudoeste e
Região Central.
II) Canadá: Costa Leste e
Costa Oeste.
• A classe será dividida em sete grupos, que selecionarão
um dos roteiros para a viagem. Caso haja dois grupos
interessados no mesmo roteiro, a escolha será feita por
meio de sorteio.
• Cada grupo, cujos integrantes podem estar caracterizados,
deverá fazer uma apresentação oral da sua viagem
utilizando o mapa como roteiro.
• Na avaliação, serão levadas em conta a
– clareza de informações;
– pontualidade;
– criatividade;
– limpeza;
– organização.
Apresentação do roteiro: _____/_____/_____.
Entrega final: _____/_____/_____.
V
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Orientações para o Professor – Geografia – 8.º ano – 3.º bimestre
GABARITO
Sociedade de elevado nível de desenvolvimento
humano
CAPÍTULO 8
Resposta do aluno.
Assim, liste os países desenvolvidos segundo o continente em que se encontram.
O MUNDO DESENVOLVIDO
Vamos ver! Responda ao que se pede a seguir:
• Como os países ricos conseguiram a sua riqueza?
América:
EUA e Canadá.
Acumulando capitais e diversificando suas atividades
industriais.
•
Europa:
Europa Ocidental.
E os países pobres, como se estruturaram como tal?
Suas riquezas foram exploradas pelas suas metrópoles,
não acumularam capitais e continuaram dependentes do
mercado de seus produtos primários.
•
Ásia:
Japão.
Oceania:
Hoje, quais as principais atividades que se desenvolvem em cada tipo de país?
Austrália e Nova Zelândia.
Considerando o nosso dia a dia, aponte exemplos dessas intervenções da tecnologia.
Desenvolvidos
Indústria e serviços.
Resposta do aluno.
Subdesenvolvidos
Aponte, aqui, sua análise dessa tabela.
Agropecuária e extrativismo; alguns tiveram instaladas
multinacionais de países desenvolvidos.
Resposta do aluno.
Anote sua conclusão.
•
•
No planisfério, há maior concentração de:
a) países ricos = no norte;
b) países pobres = no sul.
Resposta do aluno.
Quais as características básicas da economia dos
países desenvolvidos?
Considerando o que você aprendeu e a observação dos
dados apresentados, responda:
a) Quais os países que se destacam quanto ao poder
tecnológico?
Comente o gráfico.
Resposta do aluno.
Altamente industrializados e com autonomia tecnológica,
apresentam, hoje, um setor de serviços altamente desenvolvido, além de uma agricultura moderna e de grande
produtividade.
•
Japão, Rússia, EUA, Alemanha.
b) Você poderia identificar que tipo de países são
esses, segundo a DIT?
E do ponto de vista de suas populações, como elas
vivem?
São considerados desenvolvidos.
As populações desses países têm boas condições de vida,
com alto nível de atendimento social.
c) Quais os países com menor poder tecnológico?
•
Portugal, Brasil, Índia, Colômbia.
Quais as características básicas da economia dos
países subdesenvolvidos?
d) Você poderia identificar que tipo de países são
esses, segundo a DIT?
Suas economias, basicamente agropecuárias e extra ti vistas, são dependentes de mercados, investimentos e
tecnologia.
•
A maioria deles é subdesenvolvida (Portugal é considerado
desenvolvido por causa da sua participação na UE).
Do ponto de vista de suas populações, quais os
problemas que enfrentam?
e) Que tipo de relação se estabelece entre os países
que você identificou na letra a com os países identificados na letra c?
Têm má qualidade de vida, sobretudo por causa da má
distribuição de renda.
O aluno deverá perceber que a maioria dos países com
menos tecnologia é emergente, ou seja, recebe investi mentos via multinacionais.
Sociedades urbanas e industrializadas
Resposta do aluno.
VI
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Observe o painel da página 8, com produtos de consumo cotidiano, para responder às questões seguintes.
c) Por que a influência desses países é tão grande nos
demais países?
Porque controlam a economia industrial dos países onde
instalaram multinacionais.
Junte-se a um colega (dupla) e avaliem:
a) Coisas essenciais para consumo.
Comidas, bebidas.
Analise o mapa com cuidado e, com suas palavras, explique cada uma das categorias de países apresentados,
dando alguns exemplos:
a) países centrais →
b) Coisas supérfluas para consumo.
Resposta do aluno.
c) Quais delas são mais caras? Por quê?
EUA, França, Alemanha, Inglaterra, Rússia (área
europeia).
As que contêm maior quantidade de trabalho social
aplicado e maior tecnologia.
b) países periféricos da área central →
d) Escolham três das fotos de propaganda apresentadas e comentem qual a abordagem para melhor
vendê-la?
Canadá, Portugal, Espanha, países da Europa do Leste,
países que integraram a antiga URSS.
c) países considerados subcentros da área periférica →
Resposta do aluno.
México, Venezuela, Brasil, Argentina, África do Sul, Egito,
Irã, Iraque, Síria, Índia etc.
e) Reflita com seu colega: quais dos objetos
apresentados vocês comprariam? Por quê?
d) países da área periférica →
Resposta do aluno.
Regiões da África, América Latina, Ásia etc.
f) Vocês acham que são “consumidores conscientes”?
Justifiquem.
e) países da área marginal →
Países do Saara, América Andina, Ásia de Monções etc.
Resposta do aluno.
g) Todas as pessoas podem consumir, igualmente, os
produtos anunciados?
Considerando o mapa e o que você aprendeu nas
discussões até aqui, responda:
a) Quais os principais centros observados no mapa?
A reflexão do aluno deverá abordar a desigualdade social.
EUA, Alemanha, Japão.
b) Dentro da Europa Ocidental (UE), qual o país de
maior destaque quanto aos critérios que adotamos
para estabelecer como centro?
Considerando as tabelas e mapas, responda ao que se
pede:
a) Quais os países com maior nível de consumo?
Alemanha.
Análise do aluno.
c) Aponte alguns países periféricos em cada um dos
blocos.
– EUA:
b) Quais os países com menor acesso ao consumo?
Análise do aluno.
México, Colômbia, Brasil.
c) Destaque o Brasil em cada tabela e mapa e
comente seu nível de consumo.
– UE:
Líbia, Egito, República do Congo.
Reflexão sobre as condições brasileiras no mundo.
– Japão:
Vietnã, Austrália, Indonésia.
d) Na sua opinião, essas áreas são fixas ou se entrecruzam? Por quê?
Responda às questões a seguir, baseando-se nas
informações do mapa.
a) Que países podem ser considerados os mais ricos?
Por quê?
Se entrecruzam.
e) Nos últimos anos, houve modificações importantes
nas áreas 1, 2 e 3 que as integraram como áreas de
influência dos grandes centros mundiais. Escolha
uma delas e pesquise como ela se encaixa
atualmente no espaço globalizado.
EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália; têm
mais multinacionais.
b) Quais deles fazem parte do Grupo dos 7?
Os 6 citados mais o Canadá.
Resposta em que o aluno deverá avaliar a inserção do país
escolhido.
VII
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EXERCÍCIOS
1. Como você caracterizaria um país desenvolvido?
Pela DIT (seu papel é o investimento de capitais e a expansão da tecnologia) e pelo IDH (são países cuja qualidade de vida é boa,
com alta renda per capita, boa saúde e boa escolaridade).
2. O que significa a expressão “Norte rico”?
Ali se concentram os países mais ricos, enquanto os países pobres ficam concentrados no Sul.
3. No mapa a seguir, identifique os países desenvolvidos em cada continente:
VIII
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4. Leia a frase de Milton Santos:
“... quando a ciência se deixa cooptar por uma tecnologia cujos objetivos são econômicos, tecnocráticos,
militares e não sociais, consequentemente não serve à maioria da sociedade e, sim, só àqueles que detêm o seu
monopólio”;
• procure no dicionário as expressões grifadas;
• explique, com suas palavras, o que ele quer dizer;
• dê exemplos atuais da verdade dessa afirmação.
A frase indica que a ciência pode ser utilizada para o bem social, assim como para obter poder.
5. A informática está presente hoje em todas as esferas da vida e nos mais variados bens de consumo.
Faça uma pesquisa sobre a história do computador e aponte:
a) Como ele mudou o mundo da produção?
b) Como ele mudou o mundo do trabalho?
c) Como ele mudou a sua vida?
(Obs.: Você poderá conversar com pessoas mais velhas da família para estabelecer essas mudanças. Mais
interessante ainda se forem de gerações diferentes!)
O aluno deverá apontar as constantes mudanças no formato e uso do computador e refletir sobre como isso pode mudar a vida
das pessoas.
6. Qual o papel das empresas multinacionais nesse processo de influência dos países ricos?
Elas controlam o processo de produção desses países em que se instalam.
7. Na atual ordem mundial, o Brasil se encontra sob a influência de que país rico? Dê exemplos dessa influência.
O aluno deverá dar sua opinião e justificá-la. Poderá, ainda, mostrar várias influências, segundo seu critério.
8. Observe, com atenção, o mapa da Nova Ordem Mundial e reflita:
A demarcação das áreas de influência dos 3 grandes centros é rígida, isto é, eles atuam somente nesses limites?
Por quê?
A resposta do aluno deverá indicar a interferência em várias áreas.
IX
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Responda, agora, ao que se pede:
a) Faça uma reflexão sobre o nível de consumo da
sociedade americana.
CAPÍTULO 9
ESTADOS UNIDOS A GRANDE POTÊNCIA MUNDIAL
a) Considere o mapa do relevo e responda: como se
caracteriza o relevo dos EUA no sentido
leste/oeste?
Reflexão do aluno sobre a sociedade de consumo.
b) Aponte os principais problemas que esse consumo
acarreta para o resto do mundo.
Análise de mapa.
O aluno deverá destacar:
• lixo e
• poluição ambiental.
b) Usando sua leitura do mapa, caracterize a hidrografia dos EUA.
Rios curtos e encachoeirados no Pacífico.
Rios longos nas planícies dos Grandes Lagos.
Faça a legenda com comentários sobre os tipos de
indústrias existentes em cada área.
Amarelo – Manufacturing Belt
Laranja – equipamentos e consumo
Roxo – indústria de ponta ligada a universidades
Verde – Sun Belt
Bolinha vermelha – grandes centros industriais
Bolinha azul – outras cidades industriais
c) Aponte, com base no mapa de clima, os climas e
vegetações correspondentes a eles em cada
região norte-americana:
Região
Centro-Oeste
Sudeste
Sudoeste
|
|
|
|
Clima
Temperado
Subtropical
Semiárido
|
|
|
|
Vegetação
Pradarias
Florestas
Xerófitas
Responda ao que se pede, a partir da análise do gráfico:
a) Quais os mercados mais expressivos dos EUA?
Europa, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África e
América Latina.
Analisando a pirâmide etária dos EUA, responda:
a) Como você caracterizaria a distribuição por sexo?
Há equilíbrio. As mulheres têm maior expectativa de vida.
b) Quais dos fluxos identificam o comércio com
países subdesenvolvidos?
b) Quais as faixas etárias com mais destaque? O que
isso significa?
Os da América Latina e África.
20 a 60 anos = adultos.
c) Quais os produtos que você deduz que são comprados (importados) dos países desenvolvidos?
c) Comente a taxa de natalidade e de mortalidade.
Dinheiro, tecnologia, equipamentos industriais, cereais.
Baixa natalidade.
Baixa mortalidade.
d) Quais os produtos que você deduz que são comprados dos países subdesenvolvidos?
d) Pelo que você aprendeu sobre desenvolvi men to/subdesenvolvimento, como se evidencia uma
sociedade desenvolvida nessa pirâmide?
Matérias-primas, energia e produtos de consumo dos
países emergentes.
e) Que tipo de produtos são vendidos (exportados)
pelos EUA?
Baixa natalidade, boa qualidade de vida (baixa mortalidade infantil e geral), alta expectativa de vida.
Dinheiro, tecnologia, equipamentos maquinários, cereais
etc.
Analisando-a, responda ao que se pede:
a) O setor terciário, como você observa, concentra a
maior parte dos trabalhadores. Quais as atividades
incluídas nesse setor?
Pesquise, na sua apostila I e em outras fontes, por que
há essa resistência à formação da Alca e resuma, aqui,
suas conclusões.
Serviços, comércio, serviços financeiros, turismo etc.
Os diversos países têm interesse em estabelecer relações mais
igualitárias e, especialmente os integrantes do Mercosul, não
veem vantagens.
b) Como você pode explicar o alto nível de desemprego observado?
Parte da população não se adaptou ainda à nova estrutura do mercado.
Analise as tabelas apresentados e comente a situação
do comércio exterior dos EUA.
Análise do aluno.
Além dos fluxos que vêm aumentando, o aluno deverá destacar
que o déficit americano vem aumentando. Ele deverá tentar
justificar isso com a leitura do texto complementar.
c) Você se lembra de que a renda per capita é a divisão simples do PIB pelo número de habitantes; ela
reflete a qualidade de vida de toda a população?
Não, ela representa uma média. Nem todos a recebem,
enquanto outros ganham mais.
X
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EXERCÍCIOS
1. Compare o Nordeste e as Pradarias Centrais dos Estados Unidos quanto
• à organização agropecuária;
• à hidrografia e
• aos recursos minerais.
• NE
{
área de produção mecanizada com belts de consumo na própria área urbana (trigo, milho, laticínios);
região dos Grandes Lagos e São Lourenço;
ferro, petróleo, carvão.
• Pradarias
{
produção de algodão, frutas e gado de corte no meio-oeste;
Bacia do Mississipi;
petróleo.
2. Analise a facilidade de ocupação na área da Flórida e a dificuldade na área das Montanhas Rochosas, segundo
os elementos geográficos que lhe são característicos, explicando-os.
• Flórida → área de planície, com clima mais ameno, onde se produzem frutas cítricas e há turismo, graças às praias.
• Montanhas Rochosas → áreas montanhosas com desertos entre as várias cadeias e áreas mais frias no topo; vegetação mais
rarefeita, aproveitada para atividades de pecuária.
3. Faça entrevistas com pessoas de sua família que trabalham, abordando:
• Nível de escolaridade;
• Profissão;
• Nível de inclusão digital;
• Renda média;
• Itens que mais consomem (alimentação, vestuário, cultura...).
Resposta do aluno.
4. Compare, agora, essas situações com os dados da aula sobre a população americana.
Resposta do aluno.
5. Compare as regiões industriais do Nordeste dos EUA com os da Costa do Pacífico, do ponto de vista
a) da estrutura da indústria e
NE → indústria de base e consumo;
Pacífico → indústria de tecnologia bélica, naval e aeronáutica.
b) da organização do trabalho.
NE → qualificação média;
Pacífico → altamente qualificada.
XI
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6. Estatísticas da ONU mostram que as empresas multinacionais americanas no exterior são financiadas em até
83% por recursos do próprio país em que se instalam.
Na América Latina, entre 1963 e 1965, esse percentual era de 91%, o que significa que apenas 9% dos recursos
vinham de sua sede.
Explique por que podemos afirmar que a América Latina se transformou numa exportadora de capitais para os
EUA.
Porque os países emergentes da América Latina têm tido excedentes de lucros nas multinacionais, que são enviados à sua sede.
7. Explique, com suas palavras, o que é:
– Doutrina Monroe
Política que defendia o privilégio de continente contra a supremacia europeia.
– Big Stick
Política de força usada pelos EUA na América Latina.
– Doutrina Bush
Política de ataque ao terrorismo.
8. Observe o quadro a seguir com atenção:
Escolha uma das intervenções apontadas e pesquise sobre ela, apontando:
• causas
Resposta do aluno.
• consequências
Resposta do aluno.
XII
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CAPÍTULO
8
O mundo desenvolvido
1. Introdução
• No planisfério, há maior concentração de:
Vimos, durante todo o semestre passado, como se
construiu o espaço geográfico globalizado que
podemos observar hoje, tanto do ponto de vista
histórico, por meio do estudo dos diferentes modos de
produção, quanto do ponto de vista social.
Nas nossas últimas aulas do caderno anterior,
observamos, ainda, que, com base nos vários fatores
estudados, podemos dividir o mundo de agora entre
ricos (ou desenvolvidos) e pobres (subdesenvolvidos).
Você ainda se lembra?
a) países ricos = ______________________ ;
b) países pobres = _____________________
• Quais as características básicas da economia
dos países desenvolvidos?
Vamos ver! Responda ao que se pede a seguir:
• Como os países ricos conseguiram a sua riqueza?
• E do ponto de vista de suas populações, como
elas vivem?
• E os países pobres, como se estruturaram como tal?
• Quais as características básicas da economia
dos países subdesenvolvidos?
• Hoje, quais as principais atividades que se desenvolvem em cada tipo de país?
Desenvolvidos
Subdesenvolvidos
• Do ponto de vista de suas populações, quais os
problemas que enfrentam?
1
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Relembrou tudo direitinho? Parabéns!
Sociedades urbanas e industrializadas
Nosso trabalho durante todo este bimestre será
per correr o mundo desenvolvido, aprendendo mais
detalhes dos países que aí estão incluídos!
2. O mundo desenvolvido
A parte desenvolvida do mundo corresponde a
cerca de 40% da superfície do globo e tem,
aproximadamente, 20% da população mundial, e,
como você já deve ter apontado na sua “revisão” da
regionalização atual do mun do, concentra-se no
hemisfério Norte, daí falarmos em “Norte rico”.
Fazem parte dele países da América Anglo-Saxônica, Europa, Ásia e Oceania – embora com diferenças
marcantes entre os países quanto ao nível de desenvolvimento e à qualidade de vida.
Apesar disso, podemos apontar pontos comuns que
permitem agrupá-los no mesmo conjunto.
Observe algumas das características mais comuns
e tente explicá-las com suas palavras.
Sociedade de elevado nível de desenvolvimento
humano
No mapa a seguir, localize os países do mundo desenvolvido, com seus lápis de cor e com a ajuda de um atlas
ou do planisfério do professor:
2
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Assim, liste os países desenvolvidos segundo o
continente em que se encontram.
América:
Europa:
Ásia:
Oceania:
São esses os países que estudaremos neste segundo
semestre.
Observe, agora, a colocação desses países quanto
ao Produto Nacional Bruto e ao desenvolvimento
humano na tabela a seguir:
Nem todos os países desenvolvidos são iguais...
1. Introdução
poderem ser classificados, ao considerarmos somente a
DIT e o IDH.
Por isso, podemos utilizar alguns outros critérios
que nos ajudem a perceber essas diferenças. Dois deles
nos parecem fundamentais: a tecnologia e o nível de
consumo. E é isso que analisaremos mais de perto,
nestas aulas.
A abordagem que adotamos até agora (a
consideração do nível econômico na Divisão
Internacional do Trabalho e a qualidade de vida da
população, por meio do Índice de Desenvolvimento
Humano) é, sem dúvida, a mais utilizada para entender
e avaliar o mundo atual – qualquer notícia de jornal lhe
dará essas informações como base para conhecer um
determinado país ou parte do mundo.
O principal problema que se coloca, no entanto, é
que você acaba por não considerar as particularidades
de cada país ou região do mundo: na verdade, dentro
do mesmo país, você pode encontrar situações que o
colocam em dois blocos homogêneos. Por exemplo,
conhecemos regiões da Itália com alto grau de
desenvolvimento, enquanto outras ainda permanecem
muito atrasadas – de fato, isso é próprio do
capitalismo, em que as sociedades se expressam na
forma da desigualdade social, na qual uns usufruem de
muito e outros, de muito pouco.
Assim, nem todos os países desenvolvidos têm o
mesmo nível de desenvolvimento, apesar de assim
2. Tecnologia e Ciência
O homem, com sua curiosidade natural, sempre
procurou conhecer o mundo que o cercava e acumular
dados que possibilitaram o desenvolvimento das várias
ciências. Nem sempre, no entanto, esse conhecimento
científico foi integrado ao processo de produção –
durante toda a Idade Média e a Idade Moderna, esses
dois caminhos seguiam paralelos e até mesmo
conflituosos.
Com a Segunda Revolução Industrial, no entanto,
a generalização da indústria e seu complexo processo e
a acirrada concorrência entre os países para colocar
seus produtos em menos tempo e com custos menores
fazem com que se oficialize a ciência como produtora
3
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de novas descobertas e de processos que aumentem a
lucratividade. Essa aliança se consagra ainda mais
nitidamente após a Segunda Guerra Mundial.
Assim, a partir de meados do século XX,
incentiva-se o uso do conhecimento científico na
produção de tecnologias cada vez mais sofisticadas,
sendo patrocinado pelas próprias empresas
(especialmente as grandes multinacionais) e pelo
Estado, que privilegia seus gastos nas universidades
para desenvolver as pesquisas científicas cujo objetivo
é a aplicabilidade imediata das novas tecnologias.
Essas tecnologias modernas cada vez ocupam
maior espaço de aplicação, substituindo outras formas,
principalmente nos setores de
• processos de produção;
• novos produtos;
• novas formas de energia;
• novos materiais;
• novos sistemas de organização do trabalho;
• artefatos militares;
• controle de mercado e difusão de informações.
por investimentos em tecnologia, quantidade de cientistas, quantidade de patentes e robotização da produção.
Observe as tabelas e mapas a seguir:
Considerando o nosso dia a dia, aponte exemplos dessas intervenções da tecnologia.
A maioria dos financiamentos de pesquisas científicas provém de duas fontes principais: as empresas
(2/3 do total) e o governo (10%). Há, ainda, as pesquisas de base das universidades (30%).
Aponte, aqui, sua análise dessa tabela.
O novo momento do capitalismo – a globalização
– a chamada Terceira Revolução Industrial, que criou a
mecatrônica, a robotização, a biogenética e, sobretudo,
a informatização, acelerou a dispersão das novas
tecnologias pelo mundo e, claro, aumentou o poder dos
países que as possuem em relação aos demais. O
domínio e o acesso a essas tecnologias transformam-se
num dos elementos básicos da vida moderna.
Assim, podemos comparar os países, hoje, também
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Anote sua conclusão.
Comente o gráfico.
Dados de 2000 (patentes) e 2002 (espécies).
Fontes: World Intellectual Property Organization
e World Resources Institute.
Google – Os 10 países mais robotizados do mundo/Exame.com.2012.
Fonte: Atualidades Vestibular 2007.
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Considerando o que você aprendeu e a observação dos dados apresentados, responda:
a) Quais os países que se destacam quanto ao
poder tecnológico?
e) Que tipo de relação se estabelece entre os
países que você identificou na letra a com os
países identificados na letra c?
b) Você poderia identificar que tipo de países são
esses, segundo a DIT?
c) Quais os países com menor poder tecnológico?
d) Você poderia identificar que tipo de países são
esses, segundo a DIT?
3. A sociedade de consumo globalizada
Com a globalização da economia, podemos afirmar que, de maneira geral, a humanidade está submetida,
relativamente, a um mesmo modelo de consumo.
Os grandes conglomerados multinacionais espalhados pelo mundo dispõem de meios sofisticados para garantir
suas vendas: antes mesmo de se lançarem à produção de uma nova mercadoria, estudos sistemáticos são feitos na
área de marketing para atender ao consumo de um novo produto; posteriormente, a publicidade criará a imagem do
consumo ligado a sentimentos como felicidade, conquistas pessoais, relações afetivas, status social etc.
Por outro lado, sabemos que nem todos têm igual acesso a esse consumo – porém, desejam-no da mesma forma,
pois há uma difusão por meio dos meios de comunicação que alcança bem mais pessoas do que aquelas que serão
consumidores.
Observe o painel da página 8, com produtos de consumo cotidiano, para responder às questões seguintes.
Junte-se a um colega (dupla) e avaliem:
a) Coisas essenciais para consumo.
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b) Coisas supérfluas para consumo.
c) Quais delas são mais caras? Por quê?
d) Escolham três das fotos de propaganda apresentadas e comentem qual a abordagem para melhor vendê-la?
e) Reflita com seu colega: quais dos objetos apresentados vocês comprariam? Por quê?
f) Vocês acham que são “consumidores conscientes”? Justifiquem.
g) Todas as pessoas podem consumir igualmente os produtos anunciados?
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Com certeza, na discussão com seu colega, você
percebeu que muitos dos produtos não precisam, de fato,
ser consumidos. As “novidades” acabam, sempre, por nos
remeter ao conceito de que ter coisas é mais importante
porque estamos sendo constantemente bombardeados pela
propaganda, que nos promete diferenciar-nos daqueles que
não têm acesso aos novos produtos ou identificar-nos com
um grupo (ou “tribo”) específico no modo de vestir, no
automóvel que se possui, caracterizando a personalidade
de alguém pelo que consome.
Por outro lado, quando consideramos os diferentes
países, também podemos observar que alguns consomem
muito mais que outros, sejam os produtos essenciais,
sejam aqueles considerados supérfluos, que dão à sua
população o status de um grupo privilegiado.
Fonte: Akamai, fevereiro/2011.
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Considerando as tabelas e mapas, responda ao que se pede:
a) Quais os países com maior nível de consumo?
b) Quais os países com menor acesso ao consumo?
c) Destaque o Brasil em cada tabela e mapa e comente seu nível de consumo.
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Os “centros” da Nova Ordem
1. Introdução
momentos e as relações que se estabeleceram no
espaço mundial em cada fase, entre os diferentes
países.
Mas, e hoje? Como entender a dinâmica da Nova
Ordem Mundial que se estrutura na globalização?
Nossa avaliação sobre os países evidencia, seja
qual for o critério que possamos utilizar, que alguns
países se destacam promovendo o movimento da
economia mundial: os países desenvolvidos. Dentre
eles, alguns, mais que outros, promoveram a
mundialização de seus capitais, tecnologias, formas de
consumo etc. pelo resto do mundo, podendo ser
considerados como “centros” de decisão, de produção
e de domínio de mercado.
Esse processo vem alimentando o capitalismo
desde seu início: nos séculos XVI a XIX, os países
europeus colonizaram o resto do mundo, produzindo
relações desiguais entre os países – de um lado, as
metrópoles, controlando o processo de exploração de
recursos e de acúmulo de capital; de outro, as colônias,
submetidas aos interesses de suas metrópoles; no final
do século XIX e no início do século XX, as relações
coloniais foram quebradas, porém a situação de
dependência dos novos países “livres” permanece; e
após a II Guerra Mundial, dois grandes blocos se
formam no contexto da Guerra Fria: um comandado
pelos EUA; outro, pela extinta URSS; e com o fim da
Guerra Fria, em 1990, impõe-se uma Nova Ordem
Mundial que redefine as relações mundiais.
Já estudamos, detalhadamente, cada um desses
2. Sob as regras do capitalismo
Como já vimos, a Nova Ordem Mundial se estabelece com o capitalismo se transformando, praticamente, no único modo de produção em todo o globo. Assim, as leis do capitalismo se estendem a todo mundo:
ampliar lucros, produzindo para o consumo de um
mercado cada vez maior, que demanda ainda mais
produção e, consequentemente, maior lucro. A economia de mercado pressupõe, então, a livre concorrência
entre os países e se estabelece a competição pelo
mercado mundial. Mas essa concorrência tem cartas
marcadas: os mais ricos levam vantagem e estabelecem
áreas de influência.
Assim, relembramos aqui o Grupo dos 7, criado
em 1975, congregando os países mais ricos e que se
reúnem anualmente para discutir e estabelecer a política econômica internacional, assim como o modelo
econômico que melhor atenderá a seus interesses no
processo de desenvolvimento capitalista.
Observe, com atenção, o mapa a seguir:
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EUA, o Japão, a Alemanha, a França, o Reino Unido
(os primeiros cinco que se organizaram no Grupo dos
7), além da Itália e do Canadá, que foram integrados a
esse grupo posteriormente.
Também se evidencia sua capacidade de influência
no resto do mundo, pois as multinacionais levam investimentos e tecnologia a muitos países e controlam,
segundo suas necessidades de mercado, grande parte da
economia de outros setores (matéria-prima, energia
etc.) e do mercado de trabalho dos países em que se
instalam. Esses países, assim, tornam-se dependentes
dos países mais ricos, quer em seu desenvolvimento
interno, quer na sua inserção no mundo globalizado.
No entanto, você também sabe que nem todos os
países são “privilegiados” por esses capitais externos:
alguns deles se destacam por condições como mão de
obra abundante, existência de recursos minerais, infraestrutura energética e, sobretudo, incentivos fiscais,
que os tornam mais atraentes como geradores de
lucros; outros são considerados áreas de maior risco
para investimentos. Assim, a distribuição dos recursos
está nas mãos dos países ricos, enquanto as outras
áreas, embora participantes do processo de produção
globalizado, estão sob a influência dos interesses
daqueles. Os países mais ricos tornam-se, assim, o
centro de decisões econômicas, enquanto os demais
países repartem-se na periferia do sistema de produção.
Observe a divisão do espaço mundial no mapa a
seguir:
Responda às questões a seguir, baseando-se
nas informações do mapa.
a) Que países podem ser considerados os mais
ricos? Por quê?
b) Quais deles fazem parte do Grupo dos 7?
c) Por que a influência desses países é tão grande
nos demais países?
Você, certamente, apontou os países que têm mais
multinacionais como aqueles de maior poder
econômico, destacando, por ordem decrescente, os
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Analise o mapa com cuidado e, com suas palavras, explique cada uma das categorias de países
apresentados, dando alguns exemplos:
a) países centrais →
b) países periféricos da área central →
c) países considerados subcentros da área periférica →
d) países da área periférica →
e) países da área marginal →
Nessa visão centro-periferia, percebe-se que nem
todo centro é igual, assim como nem toda periferia é
igual. Há, portanto, entre os países desenvolvidos,
aqueles que se destacam, graças não só à sua pujança
econômica, mas também considerando sua capacidade
de concorrência, desenvolvendo tecnologia e am pliando o mercado consumidor, interferindo mesmo
nos demais países ricos, imprimindo sua marca, quer
por meio de parcerias, quer controlando suas possibilidades de expansão.
3. A Nova Ordem Mundial
É nesse cenário que, nos últimos anos, se instala a
chamada Nova Ordem Mundial, que se caracteriza por
ter vários polos de influência, nos quais o que vale é a
capacidade econômica dos países, ou seja, sua
disponibilidade de capitais, o avanço tecnológico, a
qualificação de mão de obra, o nível de produtividade
e, sobretudo, sua capacidade de concorrência com seus
iguais.
Observe o mapa a seguir e avalie como se estrutura
o atual espaço geográfico:
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Considerando o mapa e o que você aprendeu nas discussões até aqui, responda:
a) Quais os principais centros observados no mapa?
b) Dentro da Europa Ocidental (UE), qual o país de maior destaque quanto aos critérios que adotamos para
estabelecer como centro?
c) Aponte alguns países periféricos em cada um dos blocos.
– EUA:
– UE:
– Japão:
d) Na sua opinião, essas áreas são fixas ou se entrecruzam? Por quê?
e) Nos últimos anos, houve modificações importantes nas áreas 1, 2 e 3 que as integraram como áreas de
influência dos grandes centros mundiais. Escolha uma delas e pesquise como ela se encaixa atualmente no
espaço globalizado.
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Laboratório
1. Introdução
Fora da nova ordem mundial’,
• explicitar a letra;
• estabelecer soluções que atendam às necessidades reais do velho e do novo no seu bairro
e/ou cidade.
Como vimos, a Nova Ordem Mundial nem é tão
nova assim! As estruturas produtivas se modernizaram
e se sofisticaram no mundo todo, os mercados
consumidores se ampliaram graças ao crescimento das
metrópoles pelo globo, mas a desigualdade permanece
e, pior, se acentua ainda mais, aparecendo em todos os
espaços, inclusive na sua cidade e bairro.
Nossa proposta para facilitar a compreensão dessas
relações no nível mundial é observarmos com mais
cuidado essas desigualdades que estão mais próximas
de nós.
Mãos à obra!
Bom trabalho!
2. O que fazer?
• A classe deverá se reunir em grupos.
• As primeiras tarefas são:
– pesquisa sobre origem e transformações de seu
bairro e/ou cidade nos últimos 20 anos;
– divisão do bairro e/ou cidade em zonas de
atividades (ex.: área comercial, área residencial,
área dos serviços bancários etc.);
– em cada área do bairro e/ou cidade, o grupo
deverá fotografar desigualdades manifestas no
espaço (ex.: a quitanda tradicional /a área de
hortifrúti do supermercado);
– o grupo, então, deverá montar um painel
fotográfico que servirá de base à discussão
coletiva.
3. O Trabalho
Os painéis deverão ser fixados todos juntos, somente com a identificação dos lugares.
Cada grupo terá cerca de 5 minutos para expor como foi feita a seleção e os motivos dela.
Depois, a classe inteira deverá debater o trabalho
partindo das seguintes orientações:
a) como era a cidade de antigamente quanto aos
equipamentos e como é agora;
b) sugerir por que as modificações no espaço aconteceram, baseando-se nas aulas anteriores (sistema produtivo, força de trabalho, novas necessidades de consumo etc.);
c) a partir dos seguintes versos da canção “Fora de
Ordem”, de Caetano Veloso:
‘Eu sei o que é bom
Eu não espero pelo dia em que todos os homens
concordem
Apenas sei de diversas harmonias bonitas possíveis
sem juízo final
Alguma coisa está fora da ordem
15
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TEXTO COMPLEMENTAR I
A geografia dos blocos de países e a geografia dos espaços
Há, no entanto, um traço comum em
todas elas: a identificação de diferentes
blocos de países, como uma espécie de
fato consumado da geografia mundial.
Essa identificação é tão corriqueira
que até parece descompro metida e
independente de qualquer ideia.
Assim, quando se fala em países do
Norte, países civilizados, industrializados ou do Primeiro Mundo, estão sendo
usadas diferentes expressões para fazer
referência ao conjunto de países considerados ricos e prósperos, como os da
Europa Ocidental, os EUA, o Japão, a
Austrália etc.
De outro lado, países do Sul, países
selvagens, Terceiro Mundo ou países não
industrializados são expressões usadas
para fazer referência a um conjunto de
países que, de uma maneira geral, não
poderiam ser considerados nem ricos,
nem podero sos. São os países da
América Latina, da África, de boa parte
da Ásia e até mesmo do Leste Europeu.
A todas essas classificações, cada
um de nós poderia acrescentar muitas
outras, tais como países do centro, da
periferia, desenvolvidos, subdesenvolvidos, em vias de desenvolvimento etc. etc.
Aparentemente, tais caracterizações
visam apenas a distinguir os tipos de
países existentes no globo, suas condições e os tipos de relação que estabelecem entre si. Mas, se examinarmos um
pouco mais a fundo algumas dessas
expressões, notaremos que não são
poucos os problemas que a adoção de
cada uma delas, com as ideias que
contém, pode acarretar.
O primeiro problema é que
dificilmente encontraremos, entre essas
expressões, alguma que consiga de fato
retratar a realidade do conjunto de
países a que se refere. Por exemplo,
quando falamos “países do Norte”, não
só te mos que incluir nesse bloco a
Austrália, que fica no Sul, como temos
que excluir uma série de países
africanos, asiáticos, americanos ou até
mesmo europeus que, embora se situem
ao Norte do equador, não possuem
aquelas características eleitas como as
das chamadas grandes potências.
O mesmo acontece com outras
expressões, tais como “países do
centro”, “países da periferia”, “mundo
ocidental” etc. Todas elas nos obrigam a
abrir muitas exceções – para justificar,
por exemplo, a inclusão do Japão, país
do Extremo Oriente, entre as “potências
ocidentais”, ou a distinção entre centrais
e periféricos para países que, na
verdade, situam-se nas mesmas
longitudes, como a Suíça e a República
dos Camarões. Muitos outros exemplos
você poderá encontrar numa simples
olhadela no mapa-múndi (confira). Não
custa lembrar, além disso, que numa
superfície esférica não há referências
centrais ou periféricas definidas a priori.
Esse tipo de confusão não ocorre
apenas quando usamos expressões que
fazem referência às localizações (Norte,
Oeste, periferia etc.), reproduzindo-se
também nas tentativas de agrupar países
segundo as supostas semelhanças de
situação econômica, social e cultural. E
isso por duas razões: tais referências
acabam agrupando, num mesmo bloco,
países de situações econômicas tão
diferentes como, por exemplo, o Brasil e
o Haiti, ou de tradições culturais tão
diversas, como o México e a Índia, e
também atribuem a cada país uma
homo geneidade que a rigor nenhum
deles apresenta.
Nenhum país do globo, e muito
menos o conjunto de seus habitantes, é,
por exemplo, totalmente pobre ou
totalmente rico. Mas é esta a impressão
que fica quando classificamos alguns no
grupo dos pobres e outros no grupo dos
ricos.
Expressões como subdesenvol vi mento, desenvolvimento ou em vias de
desenvolvimento, por sua vez, transmitem a impressão de que há diversos
estágios pelos quais os países deverão
passar, necessariamente, antes de se
tornarem “ricos e poderosos”.
Alimenta-se, assim, a ideia de que é
possível ter um mundo só de países como
os EUA, a Suíça ou o Japão, desde que
superados todos os estágios de desenvol-
16
vimento. Com isso, escamoteia-se o fato
de que a existência de três países desse
tipo depende da manutenção de muitas
dezenas de outros em condições bem
inferiores.
Se tomarmos como exemplo não os
países, mas as condições concretas das
populações de qualquer canto do mundo,
o papel escamoteador dessas expressões
ficará ainda mais evidente. Veja: genericamente, classificamos as pessoas
como ricas, pobres e médias. Bastaria
chamarmos essas últimas de “sub-ricas”
e “em vias de enriquecimento”, respectivamente, para vê-las mais felizes ou mais
conformadas. Mas isso não mudaria um
milímetro suas reais condições.
A essa regra de confusão não fogem
nem mesmo as classificações mais
consagradas, particularmente pela
imprensa, como as de Primeiro ou
Terceiro Mundo. A expressão Segundo
Mundo, referente aos países socialistas,
nunca teve grandes repercus sões. E
agora, com a integração da maioria
desses países ao capitalismo mundial,
qualquer menção à existência de um
Segundo Mundo perdeu completamente o
sentido.
Restaram apenas o Primeiro e o
Terceiro, cuja definição envolve o uso de
algumas daquelas expressões já
examinadas: “Norte”, “periféri co”,
“subdesenvolvidos” ... Restabelece-se,
portanto, a confusão, a necessidade das
exceções etc. etc.
Enfim, por mais que examinássemos
o conjunto dessas expres sões, ou
tentássemos inventar outras, sempre nos
depararíamos com inúmeros obstáculos
que dificultariam sobre maneira a
compreensão da dinâmica real da
geografia do planeta.
O fato é que todas elas padecem de
um mesmo problema: a pasteurização
das particularidades presentes nos
diversos cantos do globo. Isso ocorrerá
sempre que se tomarem os países como
unidades básicas para o estudo da
dinâmica geográfica mundial, pois o
planeta é muito mais que um simples
aglomerado de países ou dos blocos de
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CONTINUAÇÃO
países de dois ou três tipos, como pretendem as expressões classificatórias.
Se é certo que a sociedade industrial
em moldes capitalistas constitui hoje um
fenômeno mundial, é certo também que
as formas de manifestação e organização
dessa sociedade são múltiplas, não só
nos diversos países, mas dentro de cada
um deles. Pois essas formas sempre
dependerão das particularidades culturais, físicas ou históricas de cada lugar e
de cada agrupamento humano.
Portanto, a dinâmica geográfica
resultará sempre desse cruzamento entre
os espaços de produção, de circulação e
de ideias, que se pretendem mundiais, e
as adaptações ou até mesmo as resistências impostas pelas características
particulares encontradas em cada canto
do planeta.
Esse “jogo”, proporcionado por
uma “geografia dos espaços”, é que
explica o imenso mosaico de paisagens
que encontramos na superfície da Terra.
A geografia que toma por base
apenas as relações entre os países ou
entre os blocos a que pertenceriam, como
se fossem realidades homogê neas,
escamoteia esse “jogo”, atropela
culturas, histórias e situações parti culares. No fundo, em vez de retratar a
dinâmica geográfica do planeta, o
método “dos blocos de países” se presta
a um outro papel: o de defender a ideia
de uma geografia da submissão. Para
essa geografia, quem não adota o
sistema de vida consi derado o mais
correto, ou não se enquadra no tipo de
produção ou movimento previsto pela
dinâmica que se autoelegeu como a
melhor, é carimbado de subdesenvolvido,
de periférico, e colocado num mundo à
parte (Segundo ou Terceiro). Ou, pior
ainda, é excluído da chamada civilização
– o que se explicita com o uso, no
sentido pejorativo, da palavra
“selvagem” para fazer referência a
determinados povos ou países.
Em suma, as expressões analisadas,
tão corriqueiras, não se prestam ao real
entendimento de uma geografia que
resulta de um “jogo” muito complexo
entre os espaços que se pretendem
mundiais e as paisagens concretas
através das quais eles se manifestam nos
diversos cantos do planeta.
As fronteiras e os países que elas
definem são apenas um fator a mais que
deveremos levar em consideração
quando quisermos entender as regras
desse “jogo”. Mas estão longe de
constituir um fator determinante da
geografia mundial, ou até mesmo das
geografias particulares que encontramos
no interior de qualquer país.
in Geografia, Ciência do Espaço.
Fonte: Pereira, D.; Santos, D.; Carvalho,
M. de.
TEXTO COMPLEMENTAR II
O minúsculo mundo da nanotecnologia
Richard Feynman, um dos maiores
físicos do século XX, fez uma célebre
palestra no Instituto de Tecnologia da
Califórnia, em 1959, sugerindo algo
que parecia um sonho. Em um futuro
não muito distante, os engenheiros
poderiam pegar átomos e colocá-los
onde bem entendessem, desde que as
leis da natureza fossem respeitadas.
A ideia deixou todos perplexos.
Seria possível manipular diretamente
os átomos e, a partir deles, construir
novos materiais. Hoje, qualquer CDplayer é a prova de que Feynman –
Prêmio Nobel de Física de 1965 –
estava certo. O laser desses aparelhos,
que não existe na natureza, foi criado
pelo homem com uma composição de
camadas atômicas. O mesmo ocorre
com os DVDs e muitas maravilhas da
tecnologia moderna, frutos de uma das
mais novas ciências do mundo: a
nanotecnologia.
Nanotecnologia é o ramo do
conhe cimento que trabalha com
materiais no ínfimo mundo na nométrico, que corresponde a ta manhos da ordem de 0,000000001
metro (1 bilionésimo de metro). A
escala atômica, difícil de ser imaginada por um ser humano, é a base da
17
física e da química modernas, das
quais diversas aplicações começam a
surgir no mercado. Dos computadores
de alto desempenho aos materiais mais
leves e resistentes para automóveis e
aviões, com economia de matériasprimas escassas, a lista de utilidades é
cada vez maior. São tecidos resistentes
a manchas e que não amas sam,
produtos que limpam materiais tóxicos
ou cosméticos com microcápsulas que
se espalham pela pele. No campo da
informática, a nanotecnologia trabalha
para produzir chips 1 milhão de vezes
inferiores ao menor que existe hoje.
Isso multiplicaria por mil a capacidade
de processa mento das máquinas
atuais.
Fonte: Atualidades Vestibular/2007.
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TEXTO COMPLEMENTAR III
A era da tecnologia
O mundo é conectado por 1 bilhão de
usuários de internet e 2 bilhões de
telefones celulares; a vida sem
computador se torna cada vez mais difícil.
Cidadania
Mais difícil ainda seria prever
quanto a internet mudou o mundo e a
própria rotina das pessoas. Palavras
como e-mail, site, chat, on-line, blog e
muitas outras passaram a fazer parte
do vocabulário popular. E o computador, plugado com o resto do planeta,
ganhou inúmeras utilidades além de
fazer cálculos e escrever textos. Ele se
presta a fornecer extrato bancário,
gravar e tocar música, realizar pesquisa escolar, fazer compras, divulgar
notícias, permitir uma conversa com os
amigos e até a busca de um namorado,
entre tantos usos. A evolução dos
computadores e, em particular, da
internet causou uma revolução nas
telecomunicações na última década.
A rapidez na transmissão de dados
se alia ao desenvolvimento de dis positivos eletrônicos cada vez mais
práticos e menores – chegando ao
nível das moléculas e átomos, graças
ao avanço da nanotecnologia (veja
texto anterior). Como resultado, o
mercado vem sendo bombardeado por
sofisticados produtos eletrônicos que
estão sempre em evolução, cativando
os desejos de consumo. São DVDs,
câmeras digitais, iPods, telefones
celulares, televisores digitais e uma
parafernália tecnológica vista cada vez
mais como algo não supérfluo.
Não estar conectado à rede
mundial significa ter mais dificuldade
para avançar profissionalmente ou
obter um emprego. É por isso que ter
acesso a um computador passou a ser
Exercícios
1) Como você caracterizaria um país desenvolvido?
2) O que significa a expressão “Norte rico”?
18
uma condição para a cidadania. Quem
está fora da rede tem menos meios de
expressão, aprendizado, acesso à
informação e escassas oportunidades
de trabalho. A internet, a mais completa e dinâmica fonte de informação
instantânea do planeta, é vista como
indispensável nesse processo.
O computador, porém, não é
suficiente: é preciso também ter um
mo dem, uma linha telefônica e um
provedor de acesso que faça a conexão
da máquina com a rede mundial. É
necessário ainda adquirir noções
básicas de funcionamento dos principais softwares e suas aplicações. Mas,
apesar do rápido crescimento da
internet, cerca de 84% da população
mundial ainda não tem acesso à rede.
Fonte. Atualidades Vestibular/2007.
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3) No mapa a seguir identifique os países desenvolvidos em cada continente:
4) Leia a frase de Milton Santos:
“... quando a ciência se deixa cooptar por uma tecnologia cujos objetivos são econômicos, tecnocráticos,
militares e não sociais, consequentemente não serve à maioria da sociedade e, sim, só àqueles que detêm o seu
monopólio”;
• procure no dicionário as expressões grifadas;
• explique, com suas palavras, o que ele quer dizer;
• dê exemplos atuais da verdade dessa afirmação.
5) A informática está presente hoje em todas as esferas da vida e nos mais variados bens de consumo.
Faça uma pesquisa sobre a história do computador e aponte:
a) Como ele mudou o mundo da produção?
b) Como ele mudou o mundo do trabalho?
c) Como ele mudou a sua vida?
(Obs.: Você poderá conversar com pessoas mais velhas da família para estabelecer essas mudanças. Mais
interessante ainda se forem de gerações diferentes!)
6) Qual o papel das empresas multinacionais nesse processo de influência dos países ricos?
7) Na atual ordem mundial, o Brasil se encontra sob a influência de que país rico? Dê exemplos dessa influência.
8) Observe, com atenção, o mapa da Nova Ordem Mundial e reflita:
a) a demarcação das áreas de influência dos 3 grandes centros é rígida, isto é, eles atuam somente nesses
limites? Por quê?
19
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CAPÍTULO
9
Estados Unidos –
A grande potência mundial
1. Introdução
Quando observamos o conjunto do mundo
globalizado, como vimos, não podemos nos furtar a
perceber a importância dos Estados Unidos como
poder político, econômico e cultural.
Alguns fatores contribuíram para essa situação:
dimensões continentais com grandes reservas energéticas
e de matérias-primas; uma enorme população que, de um
lado, representa mão de obra qualificada e, de outro, um
mercado consumidor de alto poder aquisitivo; uma
economia capitalista que considera o papel fundamental
do capital como fator de produção e de expansão, via
multinacionais, para todo o planeta; e, não menos importante, uma indústria bélica que é responsável por mais da
metade do comércio mundial de armas.
Assim, apesar da construção de um mundo multipolar e do domínio mais direto no continente americano, a intervenção dos EUA aparece associada também
à União Europeia e à Ásia com uma força que seus
concorrentes não conseguem superar.
Para entender melhor como isso foi possível, nesta
e nas próximas aulas evidenciaremos a construção desse império mundial a partir daqueles fatores internos
que acabamos de apontar.
Fonte: El mundo em que vivimos – J. Sánchez – A. Zárate.
2. O quadro físico e os recursos
naturais
Observe, com atenção, os mapas a seguir:
AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA: RELEVO
a) Considere o mapa do relevo e responda: como
se caracteriza o relevo dos EUA no sentido
leste/oeste?
20
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Observe, no gráfico a seguir, a utilização das
fontes energéticas.
b) Usando sua leitura do mapa, caracterize a hidrografia dos EUA.
c) Aponte, com base no mapa de clima, os climas
e vegetações correspondentes a eles em cada
região norte-americana:
Região
Centro-Oeste
Sudeste
Sudoeste
|
|
|
|
Clima
|
Vegetação
|
|
|
Sem dúvida, você percebeu que o relevo dos EUA
se caracteriza pela variedade de terrenos ao longo da
faixa leste/oeste: os terrenos mais antigos, no leste,
constituindo o planalto dos Montes Apalaches; os
terrenos das planícies centrais e as áreas recentes no
oeste, o complexo das Montanhas Rochosas.
Essa variedade e a grande extensão territorial permitem a existência de recursos minerais e energéticos
em abundância. Verifique sua distribuição pelo território:
Também deve ter-lhe chamado a atenção a abundância de rios que descem das montanhas em direção à
planície – nas áreas montanhosas, encachoeirados,
permitem um amplo aproveitamento para a produção
de energia elétrica (principalmente os da Costa Oeste).
Também na Região dos Grandes Lagos, há aproveitamento hidrelétrico. Além disso, nas áreas de planície,
perceba como os rios formam uma rede de integração
natural entre o Norte e o Sul (Rio Mississipi) e o Centro e a Costa Leste (Grandes Lagos e São Lourenço),
onde há grandes hidrovias.
Já a variedade de climas e de solos, associados a
um alto nível tecnológico (mecanização e elevada produtividade), faz do país um grande produtor agropecuário, que se destaca pelo volume (que atende não só
às necessidades internas, mas também à exportação) e
pela variedade de produção.
Você observa, pelo mapa, que os EUA têm reservas significativas de ferro (2.° produtor mundial), além
de cobre, urânio, ouro e prata. Apesar disso, é um
grande importador desses minerais por causa das
grandes dimensões de seu parque industrial, sendo sua
dependência em relação a matérias-primas cada vez
maior.
Por outro lado, as reservas de carvão e petróleo são
abundantes, como você pode verificar: é o 2.° produtor
mundial de carvão e dispõe de 15% das reservas
petrolíferas mundiais, além de 50% das reservas de gás
natural. Também neste setor, há uma dependência
bastante importante da importação por causa do alto
consumo, principalmente do petróleo.
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A distribuição dos produtos agrícolas é feita em faixas ou cinturões (belts), que se estendem no sentido lesteoeste do país, variando os produtos no sentido norte-sul, segundo as condições climáticas.
Observe o mapa com a distribuição agropecuária e os belts:
Apesar de representar apenas cerca de 3% do PIB nacional, a atividade agropecuária nos EUA destaca-se em 1.°
lugar na produção de fumo, milho e frutas e em 2.° lugar na de algodão, trigo e agora também na de soja. Os EUA
estão em 1.° lugar na produção mundial de carne e em 2.° lugar na de leite.
Percebemos, assim, a importância do quadro natural para o aproveitamento intenso de recursos, atendendo,
prioritariamente, ao mercado interno, mas também, especialmente quanto aos cereais, como grande área comercial
para o mercado externo.
Considerando o que você acabou de aprender e seus conhecimentos sobre recursos naturais, responda:
como você imagina que se encontra o meio ambiente norte-americano com relação à exploração do solo e do
subsolo?
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Estados Unidos II
Entre os séculos XVI e XVII, os espanhóis exploram a
Flórida e o Colorado; os franceses, o Vale do
Mississipi e os holandeses fundam a colônia de Nova
Amsterdã, que, em 1664, foi tomada pelos ingleses,
que lhe deram o nome de Nova York. Antes, os
britânicos já haviam ocupado regiões da Virgínia,
Massachusetts, Connecticut e Pensilvânia. Nesse
momento, negros são trazidos como escravos para
trabalhar nas colônias.
Havia, ao contrário do que ocorreu na América
Latina que sofreu uma colonização de exploração,
uma relativa autonomia dos povoadores das 13
colônias britânicas, que pagavam impostos, mas podiam exercer, livremente, as atividades econômicas
(colonização de povoamento). Entre 1764 e 1775, a
Inglaterra altera as regras até então existentes, tentando
exercer maior controle sobre a colônia.
A resposta, em 4 de julho de 1776, é a divulgação
da Declaração da Independência dos Estados Unidos
da América.
No século XIX, o país se expande para oeste até o
Pacífico com a compra de possessões, guerra com o
México – acrescentando as regiões da Califórnia e do
Texas – e conquista das terras indígenas, depois de
dizimá-los. Em 1867, compra o Alasca da Rússia.
1. Introdução
Também importante fator na construção da potência norte-americana é sua população: hoje em 2010,
ela contava com 317,6 milhões de pessoas,
representando 5% da população mundial, vivendo,
sobretudo, nas áreas urbanas (82%), com um IDH de
0,902, população ativa de 158.200.000 e renda per
capita de US$ 47.240.
Não é difícil perceber que, sem dúvida, ela representa um mercado de mão de obra bastante extenso,
com grande capacidade de aproveitamento econômico
do território, aliado a um espírito inovador, empresarial,
científico e técnico. Por outro lado, forma um grande
mercado de consumo interno, que instalou o ciclo
“produzir para consumir, consumir mais para produzir
mais” (sociedade do consumo e/ou do desperdício).
Mas como se construiu essa população num país
colonial? Como ela se estrutura hoje?
2. A construção do território e
da população
A América do Norte era habitada por indígenas
quando Cristóvão Colombo chegou ao continente.
O Norte, mais rico e desenvolvido, quer abolir a
escravidão para ampliar o mercado interno e
modernizar o país; o Sul, agrário e escravagista, tenta
se separar da União – é deflagrada a Guerra Civil
Americana, em que o Norte sai vencedor.
Segue-se uma fase de desenvolvimento industrial e
de construção de ferrovias que ligam os EUA de leste a
oeste.
Para ocupar o território e desenvolver as novas
atividades, era necessário mais gente: no período de
1800 a 1920, chegaram mais de 44 milhões de imigrantes, principalmente europeus (ingleses, irlandeses,
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escandinavos, alemães, italianos, eslavos, judeus), mas
também asiáticos (chineses e japoneses) e povos
latinos. Em 1920, as autoridades criam leis restritivas a
essa imigração, provocando uma sensível diminuição.
Em 1898, os EUA ampliam seus territórios, anexando o Havaí, alguns territórios do Caribe e Filipinas,
e, em 1903, obtêm a posse da Zona do Canal do Panamá, intervindo com força no México e na América
Central. O país já é uma potência imperialista na
América Latina, que se transforma no “quintal dos
EUA”.
Assim, no início do século XX, a ampliação territorial interna está concluída, bem como a base da população
atual que, posteriormente, continua a receber imigrantes (só nos anos 90, a imigração de latino-americanos cresceu
60%), tanto legais quanto ilegais, em busca de melhores condições de vida e emprego num país com grande
geração de empregos.
3. A estrutura da população atual
Você se lembra, com certeza, de que, ao abordarmos a população de um país, alguns dados são fundamentais
para entendê-la. Esses dados são obtidos a partir dos recenseamentos ou censos.
Observe, agora, alguns desses dados nos gráficos a seguir:
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Certamente, fica evidente a colaboração dos grupos de imigrantes durante a formação histórica, bem
como a dos atuais na composição da totalidade da
população. Também ficam visíveis as áreas que foram
privilegiadas com o trabalho das várias etnias, historicamente.
A distribuição da população ativa nos diversos
setores pode nos indicar o nível de qualificação dessa
população. Observe a tabela:
Analisando a pirâmide etária dos EUA, responda:
a) Como você caracterizaria a distribuição por
sexo?
b) Quais as faixas etárias com mais destaque? O
que isso significa?
PEA dos EUA
Total
Setor primário
Setor secundário
Setor terciário
Taxa de desemprego
Renda per capita
c) Comente a taxa de natalidade e de mortalidade.
51%
3%
26%
71%
5,8%
47.240
Dados de 2010.
Analisando-a, responda ao que se pede:
a) O setor terciário, como você observa, concentra a maior parte dos trabalhadores. Quais as
atividades incluídas nesse setor?
d) Pelo que você aprendeu sobre desenvolvimento/subdesenvolvimento, como se evidencia
uma sociedade desenvolvida nessa pirâmide?
b) Como você pode explicar o alto nível de desemprego observado?
Observe, agora, a composição étnica da população
americana e suas áreas de concentração mais
destacadas no território:
c) Você se lembra de que a renda per capita é a
divisão simples do PIB pelo número de habitantes; ela reflete a qualidade de vida de toda a
população?
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Na sua análise da população dos EUA, você deve
ter percebido que a porcentagem homens/mulheres é
bastante equilibrada, com uma pequena vantagem
para as mulheres, que têm uma expectativa de vida
ligeiramente mais alta que a dos homens. Além disso,
evidencia-se a predominância de adultos (20 a 60
anos), que constituem a maior parte da mão de obra
para o mercado de trabalho, o que incentiva a criação
de empregos.
Por outro lado, você pode observar que a taxa de
natalidade é baixa (14,7%) e a de mortalidade também
(8,7%), demonstrando um alto nível de informação e
qualidade de vida.
Entre os trabalhadores, a maior parte se concentra
no setor de serviços (comércio, finanças etc.),
indicando a tendência da globalização para esse setor,
principalmente por causa da alta qualificação e da
sofisticação tecnológica – também características de
um país de alto grau de desenvolvimento. Apesar
disso, as taxas de desemprego são altas para aqueles
que ainda não se adequaram aos novos tempos por
meio da inclusão digital, por exemplo. Isso faz com
que cerca de 37 milhões de pessoas, nos EUA, vivam
abaixo da linha da pobreza. Também isso não é
novidade: afinal, o capitalismo pressupõe a divisão de
classes sociais e a existência de ricos e pobres.
Responda, agora, ao que se pede:
a) Faça uma reflexão sobre o nível de consumo
da sociedade americana.
b) Aponte os principais problemas que esse
consumo acarreta para o resto do mundo.
4. O consumo interno
Já observamos que a “outra face” do desenvolvimento
capitalista é a sociedade de consumo (lembra? “Produzir
para consumir, consumir mais para produzir mais”).
Considere o que você já sabe sobre a população
americana e o quadro a seguir:
26
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Estados Unidos III
país de ponta a ponta permitiu a distribuição das
mercadorias para outras áreas.
Assim, a Região Nordeste se torna, ao longo da
história dos EUA, a região de maior concentração
urbano-industrial do planeta, formando um enorme
cinturão industrial, o Manufacturing Belt, que se
estende por várias cidades e que, por volta de 1900, era
responsável por mais de 75% da produção industrial do
país e onde se concentram, pelo menos, 200 das
maiores empresas mundiais, grande parte delas com
multinacionais espalhadas pelo mundo.
1. Introdução
Entre os principais fatores que transformaram os
EUA na potência mundial que é hoje, sem dúvida a
pujança de sua indústria interna e, sobretudo, sua
expansão por meio das multinacionais espalhadas pelo
mundo contribuem com grande presença. Já vimos que
essas multinacionais não só expandem capitais e
tecnologia, mas também são responsáveis pelo controle
das economias internas dos países em que estão
instaladas, já que são geradoras de emprego e de
consumo.
Vamos conhecer mais de perto como isso funciona
e como promove a riqueza norte-americana?
2. O nascimento da indústria
O processo de industrialização dos EUA se iniciou
por volta de 1840, ou seja, já no século XIX. A fixação
de imigrantes britânicos, principalmente na faixa
conhecida como Nova Inglaterra, fez dessa área a
primeira onde se desenvolveu a atividade manufatureira, pois os imigrantes trouxeram suas habilidades e
ferramentas e havia um mercado em expansão para as
cidades que cresciam em ritmo bastante rápido na
região. Assim, os capitais se concentraram nessa área e
os negócios se expandiam rapidamente – o Sul, que
teve seu desenvolvimento ligado às plantations de
algodão, propiciava um mercado menos dinâmico, já
que a maioria da população se constituía de escravos
vindos da África e a riqueza ficava concentrada na mão
dos grandes latifundiários, que vendiam sua produção,
sobretudo, para o Reino Unido. Mas, com a Guerra da
Secessão (1861-1865), o Norte vence e segue-se, ali
também, uma fase de desenvolvimento industrial,
principalmente na área têxtil.
Já apontamos que a Região Nordeste concentrava,
também, grandes jazidas de carvão e de ferro,
fundamentais para o surgimento da indústria do aço em
Pittsburgh, de máquinas agrícolas e material ferroviário
em Chicago e a posterior indústria de consumo, de
eletrodomésticos a automóveis, além de todos os seus
derivados (autopeças, produtos elétricos, vidros etc.).
Outro elemento natural importante é a conexão do
Nordeste com o litoral e com o sistema dos Grandes
Lagos-São Lourenço, que faz a ligação com o interior
do país. A ampliação do sistema pela construção de
eclusas e canalização faz com que se expanda a área.
Além disso, a construção de ferrovias que atravessam o
Vista aérea de Pittsburgh, grande centro siderúrgico localizado no Nordeste
dos Estados Unidos.
3. A indústria americana hoje
Há algumas décadas, vem ocorrendo um processo
de descentralização industrial que vai ocupar novos
espaços – a razão é, sobretudo, o alto custo de produção que leva os investidores a procurar novos lugares
onde a mão de obra seja mais barata e a proximidade
de matérias-primas ou energia viabilize o barateamento
de custos.
Especialmente no período da Guerra Fria, um
conjunto de fatores contribuiu para abalar a supremacia
do Manufacturing Belt: utilização mais intensa das
fontes energéticas do Golfo do México (Texas) e do
Oeste (Califórnia), modernização do Sul com pesados
investimentos federais provenientes de uma política de
defesa e de desenvolvimento aeroespacial, integração
rodoviária do território, descentralização estratégica
das indústrias de armas e atração econômica exercida
pela orla do Pacífico.
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levando o país a avanços, principalmente, na área militar. A partir dos anos 80, porém, essas novas tecnologias passaram a ser aplicadas no setor produtivo – hoje, a busca de maior produtividade e qualidade, na
guerra pela concorrência, constitui um dos impulsos
básicos da aceleração tecnológica.
Novamente, é a área do Sun Belt que vai se destacar: a maior parte das universidades e centros de pesquisa (Stanford, Berkeley etc.) se encontra no Oeste –
o melhor exemplo é a área de São Francisco, conhecida
como o Vale do Silício. Ali se localiza a indústria eletrônica produtora de microchips, de computadores e de
periféricos, além de programas e sistemas. Também
aparecem laboratórios de biotecnologia e de química
fina, indústria mecânica de precisão (robótica) etc.
Dallas.
Assim, no Sul, destacam-se, hoje, além da petroquímica, a indústria aeronáutica, química, naval, bélica
e os centros espaciais de lançamento de foguetes.
Também a abundante matéria-prima agrícola permite a
produção de cigarros e de suco de laranja. Há, ainda,
uma outra atividade de destaque na área que é
representada pela indústria do turismo (na realidade,
um serviço).
Vista aérea de uma fábrica no Vale do Silício (Califórnia), onde se
concentram indústrias de ponta.
Missão espacial Atlantis. A corrida armamentista e aeroespacial foi um dos
principais motores do avanço tecnológico dos Estados Unidos.
No Oeste, a última região a ser industrializada,
aparecem, em destaque, a indústria aeronáutica (Seattle)
e metalurgia de alumínio (Portland). Mas é, sem dúvida, a região da Califórnia que recebe maiores investimentos, com um parque industrial bastante diversificado.
Essa nova área que vai de Sudeste (Flórida) a
Sudoeste (Califórnia) é conhecida como Sun Belt.
No final dos anos 70, vários ramos passaram a
desenvolver a chamada tecnologia de ponta, criando
as bases para uma nova definição do modelo de
desenvolvimento industrial: indústrias de química fina,
informática, biotecnologia e eletrônica. Nos EUA, esse
processo já havia se iniciado durante a Guerra Fria,
A biotecnologia é um dos ramos de vanguarda do avanço técnico-científico.
28
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As indústrias de chips para computadores, um dos mais importantes setores de
alta tecnologia, exigem instalações mais esterilizadas que uma sala de cirurgia.
Analise o mapa a seguir, em que se destacam as áreas industriais dos EUA, e relembre o que discutimos nesta aula.
Faça a legenda com comentários sobre os tipos de indústrias existentes em cada área:
Amarelo –
Laranja –
Roxo –
Verde –
Bolinha vermelha –
Bolinha azul –
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Estados Unidos IV
nortear sua futura política externa.
No início do século XX, o presidente Roosevelt
retoma a Doutrina Monroe, pela qual prioriza os
interesses norte-americanos na América Latina – o Big
Stick –, o que leva os EUA a várias intervenções,
inclusive em Cuba e Haiti.
Durante a I Guerra, os EUA se envolvem no
conflito ao lado do Reino Unido e da França; na II
Guerra, aparecem como o novo líder militar, ao lado
dos Aliados, lançando bombas atômicas sobre as
cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 1945.
Mas foi durante a Guerra Fria, dividindo a
influência mundial com a ex-URSS, que os EUA se
tornam uma potência, intervindo em todos os conflitos
dessa fase e criando grandes complexos industriaismilitares, mantidos por altos investimentos, já que a
corrida armamentista fazia parte da tensão
capitalismo/socialismo. O equilíbrio era mantido
graças ao desenvolvimento paralelo da URSS.
Com o fim da Guerra Fria, os EUA herdam a
hegemonia militar e estratégica do mundo moderno.
1. Introdução
Já analisamos aqui como os EUA se tornaram a
maior potência econômica do mundo: seu poderio
interno gerou uma economia dinâmica que se expandiu
para outros lugares do mundo por meio do comércio
internacional, das multinacionais instaladas em vários
países e de um modelo de consumo que se mundializou. Não podemos deixar de lado, porém, sua presença
como força militar atuante.
Com um exército de 1,3 milhão de soldados e investimentos militares na ordem de 400 bilhões de dólares anuais, não há inimigo que faça frente à máquina
de guerra dos EUA. Assim, percebemos, na participação americana nos diversos conflitos atuais, que os
EUA impõem, também pela força, seus interesses ao
resto do mundo.
E não só a intervenção direta conta! Já observamos
que a indústria bélica americana é responsável por mais
da metade do comércio mundial de armas.
Mas por que isso ocorre, já que a maioria das
pessoas prefere os tempos de paz? Quais as ideias que
estão por trás dessa atuação americana, além do lucro
evidente da sua indústria de armas?
3. Situação atual
Apesar do final da Guerra Fria, os EUA mantêm o
sistema de segurança da Otan (Organização do Tratado
do Atlântico Norte), que havia sido criado para
combater o grupo socialista (Pacto de Varsóvia), e
ampliam seu domínio para outros países, que passam a
fazer parte da organização, sob a sua liderança.
Na ótica dos líderes norte-americanos, os prováveis
perigos para os interesses da modernidade que eles
defendem seriam:
• a proliferação de armas de destruição massiva;
• tensões históricas em várias regiões;
• riscos de ataques terroristas e violência étnica;
• crescentes massas de miseráveis, famintos e toda
sorte de excluídos.
Caberia aos EUA, a “polícia do mundo”, liderar o
Ocidente contra todos esses perigos.
A situação se agravou com o “11 de Setembro de
2001”, com a Doutrina Bush, que apregoa ações
militares contra qualquer inimigo em potencial, mesmo
que não haja nenhuma agressão por parte deste.
2. As políticas americanas de
expansão
Até o século XIX, a política norte-americana era,
notadamente, caracterizada pela neutralidade nos assuntos internacionais. Sua preocupação era com seu desenvolvimento econômico e com a expansão territorial,
que já estudamos (anexação de vários territórios, seja
com a compra, seja por meio de guerras), permitindolhes formar um país de dimensões continentais – isso
acabou gerando uma concepção de que o Estado
americano se formou para erguer uma sociedade sem
igual no mundo, colonizando e civilizando novos territórios.
Na década de 1820, para impedir a ingerência
europeia, o presidente James Monroe criou a Doutrina
Monroe, cuja máxima era “A América para os americanos”, em que os EUA se propunham a assumir a liderança nas relações do continente, o que viria a
30
C3_Geografia_8oAno_SOME_2016_Tony 12/05/16 10:32 Página 31
Observe, a seguir, os investimentos americanos em armamentos e a distribuição de seu arsenal atômico pelo
mundo:
Fonte: Departamento de Defesa dos EUA.
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O comércio internacional dos EUA
1. Introdução
Um dos aspectos mais notáveis da economia mundial contemporânea reside no crescimento acelerado do
comércio internacional com taxas superiores às do crescimento da produção de mercadorias. Esse descompasso
revela a importância cada vez maior das exportações e importações para as economias nacionais.
Observe, no gráfico a seguir, a participação dos países nas exportações mundiais:
No mercado globalizado, a concorrência, você observa, é grande entre os países desenvolvidos por fatias do
mercado que garantam a continuidade do desenvolvimento econômico. Assim, além dos mercados tradicionais históricos, formaram-se, também, os blocos econômicos, integrando vários países que privilegiam a troca de mercadorias (produtos, serviços e aplicações financeiras) entre si, com isenção total ou parcial de taxas alfandegárias.
Observe o esquema a seguir:
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Fonte: Beaud, História do capitalismo, p. 383.
Responda ao que se pede, a partir da análise do gráfico:
a) Quais os mercados mais expressivos dos EUA?
b) Quais dos fluxos identificam o comércio com países subdesenvolvidos?
c) Quais os produtos que você deduz que são comprados (importados) dos países desenvolvidos?
d) Quais os produtos que você deduz que são comprados dos países subdesenvolvidos?
e) Que tipo de produtos são vendidos (exportados) pelos EUA?
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matérias-primas e produtos agrícolas.
Já o Canadá, também parceiro dos EUA desde
finais do século XIX, recebeu investimentos e atua, até
hoje, como uma área de complementariedade do sistema norte-americano. A diferença é que os capitais nacionais canadenses participam como parceiros importantes dessa economia, o que transforma o Canadá num
dos países mais ricos.
2. O comércio tradicional dos
EUA
Historicamente, a principal rota comercial dos
EUA é a Europa. Ali, além da venda de seus produtos
mais sofisticados e caros, os EUA também fizeram parcerias e instalaram multinacionais em alguns países.
Com o processo de desenvolvimento, no entanto, do
antigo Mercado Comum Europeu e, atualmente, com a
consolidação da União Europeia, há um incremento no
comércio interno dos países europeus, fazendo com
que os EUA procurem diversificar seus mercados para
outras áreas.
A Doutrina Monroe e, posteriormente, o Big Stick
transformaram a América Latina no verdadeiro “quintal dos EUA”, onde se estendeu a troca de produtos
industrializados oriundos do desempenho industrial,
principalmente de consumo, desde o século XIX, por
3. O comércio regional de hoje
Para atender às novas necessidades da economia
globalizada e garantir mercados estáveis, os EUA
criaram o Nafta – Acordo Norte-Americano de Livre
Comércio –, assinado em 1992 pelos Estados Unidos,
Canadá e México. Trata-se de um gigantesco mercado
com mais de 450 milhões de pessoas e um PIB
superior a 16 trilhões de dólares.
(Dados de 2010.)
34
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Observe que há uma enorme desigualdade de
condições entre seus membros, o que faz com que
ocorra uma maior dependência do México em relação
aos EUA.
Outro bloco de que os EUA também fazem parte é
a Apec – Cooperação Econômica Ásia-Pacífico –,
integrando à Bacia do Pacífico a Costa Oeste do Nafta.
Ela é o cenário dos grandes intercâmbios comerciais do
retângulo Estados Unidos – Japão – Ásia – Austrália.
Novamente, trata-se de uma relação desigual, num
duplo sentido: os EUA dominam o comércio de
produtos agrícolas e minerais, mas é o Japão que
domina o comércio de manufaturas.
Fonte: Gérard Chaliand e Jean-Pierre Rageau, Atlas estratégico y geopolítico. Madri, Alianza Editorial, 1983, p.69.
Mais recentemente, os EUA propõem a formação
de uma grande associação comercial, reunindo não só
os países do Nafta, mas todos os países do continente
americano, sob sua influência – é a Alca (Aliança de
Livre Comércio das Américas), que congregará 34
países em um acordo mercantil.
No entanto, muitos países latino-americanos,
liderados pelo Brasil, se opõem a essa associação.
Pesquise, na sua apostila I e em outras fontes, por que há essa resistência à formação da Alca e resuma, aqui,
suas conclusões.
35
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Observe, agora, as tabelas a seguir:
OS PRINCIPAIS PAÍSES EXPORTADORES DO MUNDO – 2010
(em bilhões de dólares)
PAÍS
1
2
3
Estados Unidos
Alemanha
Japão
EXPORTAÇÕES
IMPORTAÇÕES
SALDOS
1980
1990
1997
2010
1980
1990
1997
2010
1980
1990
1997
2010
213
192
130
389
391
280
689
512
421
1,270,0
1,337,0
765,2
250
186
140
497
319
216
899
442
338
1,991,9
985,6
607,8
–37
6
10
–108
72
64
–210
70
83
–721,9
351,4
157,4
–14
–31
0,7
10
11
–
9
0
–2
–
–4
10
–
21
–27
30
13
16
–21
41
13
–8
–7
9
–13
–
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
França
111
206
288
508,7
134
220
267
577,4
–23
Reino Unido
114
183
280
405,6
118
214
307
669,8
–4
Itália
78
169,9
239
458,4
98
169,2
239
463,2
–20
Canadá
63
128
214
406,8
58
118
201
385,4
5
Países Baixos
74
122
193
451,3
77
111
177
374,7
–3
Hong Kong(*)
20
–
188
382,6
22
–
209
329,5
–2
China
18
51
183 1,506,0
19
42
142
712,0
–1
Bélgica
64
109 168(**)
279,2
71
109 155(**)
308,4
–7
Coreia do Sul
17
63
137
466,3
22
65
145
313,9
–5
Cingapura
19
–
125
351,2
24
–
132
248,6
–5
Taiwan
20
51
122
274,6
20
55
113 não consta
0
Brasil
20
30
53
199,7
25
20
66
102,0
–5
Mundo
1 875
–
5 455 14,938,9
2 005
–
5 600 12,196,6
–
(*) Hong Kong é uma região administrativa especial chinesa. (**) Inclui Luxemburgo.
(World development report 1998/99 [dados de 1980]; Atlaseco 1995 [dados de 1990]; Relatório OMC1998 [dados de 1997].)
–68,7
–264,2
–4,8
21,4
76,6
53,1
794,0
–29,2
152,4
102,8
não consta
102,0
2.742,3
Analise as tabelas apresentadas e comente a situação do comércio exterior dos EUA a partir delas.
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
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__________________________________________________________________________________________
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Laboratório
1. Introdução
2. O Trabalho
Pelo que você pode perceber durante nosso estudo
sobre os Estados Unidos, as formas de dominação do
espaço mundial ocorrem de várias maneiras – e a
divisão prévia que fizemos na chamada Nova Ordem
Mundial, com suas áreas centrais e periféricas, é muito
mais ampla do que aquela que delimitamos.
Nesta aula, você terá oportunidade de, revendo
todas as áreas de influência dos EUA, construir uma
divisão do espaço mais próxima da realidade.
Mãos à obra!
No mapa da página seguinte, identifique:
a) áreas de influência econômica;
b) áreas de influência militar;
c) fluxos de comércio mais destacados.
37
✄NOME: ____________________________________________________________________
N.º
______________ UNIDADE: _________________________
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38
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TEXTO COMPLEMENTAR I
A grande reviravolta espacial
As crises econômicas dos anos
70 e 80 revelaram, brutalmente, a
reviravolta da dinâmica espacial: o
peso demográfico do Nordeste cai
de 46% para 40% entre 1950 e
1980 e seu peso industrial, de 68%
para 48%. O Manufacturing Belt,
daí em diante batizado de Frost
Belt, na verdade Rust Belt (cinturão da geada, da ferrugem...), perde sua substância em benefício do
Sul e do Oeste, o Sun Belt. O cinturão do sol estabelece novos imi grantes (cubanos na Flórida, mexicanos do Texas à Califórnia, asiáticos na Costa Oeste).
A reviravolta espacial foi estimu lada desde a Segunda Guerra
Mundial sob a influência de diversos fatores: a procura de novas bases energéticas (hidrocarburetos do
golfo do México, da Califórnia), a
política de grandes obras (acomoda ção dos rios Columbia,
Tennessee..., sistema de autoestra-
das) e descentralizações estratégicas (bases militares e contratos de
fabricação) com o estímulo do governo federal, o atrativo do sol (turismo, aposentados), o interesse pela região do Pacífico etc. O fato essencial é o reflorescimento do sistema industrial: as empresas fogem
de um espaço envelhecido, incômodo, e encontram, nos Estados que
proíbem o monopólio sindical, as
bases de uma maior rentabilidade.
O símbolo deste progresso é a
Silicon Valley, complexo de base
científica desenvolvido em torno da
Universidade de Stanford, próxima
a São Francisco, e, mais recentemen te, o Triângulo de Ouro da
Carolina do Norte, ou o complexo
microeletrônico de Austin (Texas).
A noção de reviravolta espacial
deve ser matizada: o destino do
cinturão do sol tem seus inconvenientes (sequelas da crise petrolífera
em Houston, por exemplo); se a
Califórnia é o primeiro Estado da
União (25 milhões de habitantes), o
Manufacturing Belt conserva uma
grande parte do poder de comando
(72% das sedes sociais das duzentas maiores empresas). Sobretudo,
permanecem o poder da megalópole (45 milhões de habitantes de
Boston até Washington) e o papel
comercial e financeiro de Nova
York. A América que experimenta
dificuldades é. antes de tudo,
aquela do Centro: o Meio-oeste das
indús trias pesadas sujeitas à re estruturação da siderurgia, da indús tria automobilística... e as
Grandes Planícies agrícolas, onde
a falência e a concentração da propriedade rondam numerosos produtores endividados, dependentes do
agro-business.
(MANZAGOL, Claude. Geopolítica
interna dos Estados Unidos. In: O
Mundo Hoje, 1993. pp.47-8.)
TEXTO COMPLEMENTAR II
Economia forte exibe fraquezas
A economia norte-americana é,
de longe, a mais poderosa do mundo. Em 2004, seu Produto Interno
Bruto (PIB) de 11,7 trilhões de dólares representava quase 28% do
PIB de todo o planeta. Mas essa
força pode levar também intranquilidade aos demais países, por causa
do alto endividamento que embute.
Há anos o governo dos EUA
gas ta mais do que arrecada. A
proposta orçamentária apresentada
pelo presidente George W. Bush
para o ano fiscal de 2007 (que vai
de outubro de 2006 a setembro de
2007) prevê um déficit de 354
bilhões de dólares. É o sexto ano
consecutivo de previsão de despesas maiores que as receitas. A principal causa é o aumento de gastos
militares, que, nesse mesmo orçamento de 2007, vão crescer 7%,
atingindo a marca de 439 bilhões
de dólares.
É verdade que o déficit de 2006
foi menor que o previsto. Houve um
grande e inesperado aumento na
arrecadação de impostos das empresas e dos mais ricos, que compen sou o aumento das despesas
com as guerras e, também, o custo
da ajuda às vítimas do furacão
Katrina. O saldo negativo de 248
bilhões de dólares em 2006, ainda
39
que seja um mau resultado, significa redução de 22% ante os 318,3
bilhões de dólares registrados no
ano anterior.
Analistas advertem, entretanto,
para o fato de que os gastos no
Afeganistão e no Iraque continuam
altos – cerca de 350 bilhões de dólares foram consumidos entre 2003
e 2006. Além disso, a numerosa
geração dos baby boomers – pessoas nascidas após o fim da II
Guerra Mundial (1945) – se aproxima do período de solicitar aposentadoria, o que elevará de forma
considerável os gastos da seguridade social e do Medicare, o seguro-
C3Geografia8oAnoPref_2012:C3Geografia8oAAlunoPref_2012 19/06/12 16:31 Página 40
CONTINUAÇÃO
saúde para idosos.
O governo pensa em diminuir o
déficit nos próximos anos por meio
de redução nos gastos sociais, do
próprio Medicare e de programas
ambientais, entre outros itens.
Déficit externo Outro déficit
que preocupa é o registrado na balança comercial – a diferença entre
as exportações e as importações.
Para fazer com que sua economia
cresça, os EUA necessitam cada
vez mais importar bens e serviços
de outros países. O resultado é o
aumento constante dos saldos
negativos: em 2005, foram quse
717 bilhões de dólares.
Em setembro de 2006, um rela-
tório do FMI avalia que o déficit
em conta corrente dos EUA (que
inclui, além das exportações e das
importações, os fluxos de investimentos) pode bater recorde em
2007, atingindo o equivalente a
6,9% do PIB. Esse resultado pode
prejudicar seriamente a economia
global. O documento prevê que a
economia norte-americana crescerá 3,4% em 2006 e 2,9% em 2007.
Para financiar o seu déficit
interno e o externo, os EUA tomam
várias medidas. Procuram estabele cer acordos de livre-comércio
com o maior número de países,
apostando na força de sua indústria para colocar os produtos que
fabrica em novos mercados. Correm o mundo também buscando
captar recursos. O Tesouro norteamericano emite títulos em dólar,
comprados maciçamente por
bancos centrais de países como
China e Japão. Mas os analistas
chamam atenção para o fato de que
a manutenção do déficit torna a
situação econômica muito instável.
Se os investidores estrangeiros avaliarem que a moeda norte-americana vai se desvalorizar muito,
serão levados a diversificar suas
reservas, comprando ativos em
euros ou ienes, o que colocaria a
economia dos EUA sob pressão.
Fonte: Almanaque Abril/2007.
TEXTO COMPLEMENTAR III
Regionalização e globalização
Provavelmente, você já ouviu falar
em globalização. Nos jornais, nos noticiários da televisão, nas conversas entre as pessoas, esse termo tem surgido
com muita frequência. Mas o que é
globalização?
Você deve ter estudado em suas
aulas de História que, nos séculos XV e
XVI, ocorreram as grandes navega ções, ou seja, portugueses, espanhóis,
in gle ses, franceses e outros povos
europeus lançaram-se ao mar e
chegaram às ter ras americanas,
africanas e asiáticas.
Podemos, então, dizer que, com as
grandes navegações ou com a ampliação do horizonte geográfico europeu,
ocorreu um processo de europeização
do mundo. Esse processo se prolongou
por cerca de quatro séculos, pois foi o
período que a liderança europeia
durou. Explicando melhor, foi um
longo período em que alguns países
europeus (Inglaterra, França, Espanha, Portugal, Holanda e Bélgica)
lideraram as relações internacionais e
estabeleceram uma ordem mundial
conveniente a eles. Essa expansão do
capitalismo, chamada também de
mundialização (do capitalismo), pode
ser entendida como uma das fases da
globalização.
Depois da europeização do
mundo, ocorreu a sua americanização.
Isso se deu principalmente após a
Primeira Guerra Mundial, quando os
Estados Unidos da América do Norte
despontaram como uma grande
potência industrial e financeira. Mas a
maior presença desse país no cenário
mundial aconteceu após a Segunda
Guerra Mundial, consolidando ainda
mais o capitalismo como sistema de
organização econômico-social.
A americanização do mundo,
acompanhada de grandes avanços
científicos e tecnológicos nas diversas
áreas do conhecimento humano –
principalmente na eletrônica, que, por
sua vez, permitiu o desenvolvimento de
satélites artificiais, da informática e da
robótica –, pode ser entendida como
outra fase da globalização.
Mas foi na década de 1990 que a
globalização e a mundialização do
capitalismo ocorreram de forma mais
rápida, diferentemente, portanto, das
fases anteriores.
A principal razão foi a falência do
socialismo real. Em outubro de 1989,
40
ocorreu a queda do Muro de Berlim,
seguida da desintegração dos Estados
socialistas do Leste Europeu e da
própria União Soviética. Em vista disso, o mundo tornou-se capitalista e
globalizado, ou seja, aceleraram-se:
• a internacionalização ou globalização da produção (controlada principalmente por gigantescas corporações transnacionais);
• a internacionalização ou globalização das finanças;
• a fragilidade dos Estados nacionais, levando-os a se adaptarem à nova ordem (ou desordem) mundial, em
que o capital financeiro reina de forma
absoluta e, ainda, enfraquecendo o seu
papel como protetor das econo mias
nacionais e provedor de bem-estar
social.
Esses acontecimentos alteraram,
profundamente, o espaço geográfico
mundial. Ele está sendo organizado e
regio nalizado segun do as conve niências do grande capital e segundo
as perspectivas que as economias
nacionais lhe oferecem.
Fonte: Adas, M. – Geografia.
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Exercícios
1) Compare o Nordeste e as Pradarias Centrais dos Estados Unidos quanto
• à organização agropecuária;
• à hidrografia e
• aos recursos minerais.
2) Analise a facilidade de ocupação na área da Flórida e a dificuldade na área das Montanhas Rochosas, segundo
os elementos geográficos que lhe são característicos, explicando-os.
3) Faça entrevistas com pessoas de sua família que trabalham, abordando:
• Nível de escolaridade;
• Profissão;
• Nível de inclusão digital;
• Renda média;
• Itens que mais consomem (alimentação, vestuário, cultura...).
4) Compare, agora, essas situações com os dados da aula sobre a população americana.
5) Compare as regiões industriais do Nordeste dos EUA com os da Costa do Pacífico, do ponto de vista
a) da estrutura da indústria e
b) da organização do trabalho.
41
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6) Estatísticas da ONU mostram que as empresas multinacionais americanas no exterior são financiadas em até
83% por recursos do próprio país em que se instalam.
Na América Latina, entre 1963 e 1965, esse percentual era de 91%, o que significa que apenas 9% dos recursos
vinham de sua sede.
Explique por que podemos afirmar que a América Latina se transformou numa exportadora de capitais para os
EUA.
7) Explique, com suas palavras, o que é:
– Doutrina Monroe
– Big Stick
– Doutrina Bush
8) Observe o quadro a seguir com atenção:
Escolha uma das intervenções apontadas e pesquise sobre ela, apontando:
• causas
• consequências
42
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