Identificação das principais ordens e famílias de importância florestal

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ENT 115 - MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS FLORESTAIS
AULAS PRÁTICAS
Prof. Alessandra de Carvalho Silva
PRÁTICAS 5 e 6: ORDENS DE INSETOS DE INTERESSE FLORESTAL
Uso de chave dicotômica
1. OBJETIVO E IMPORTÂNCIA
Esta aula visa mostrar aos alunos as principais características morfológicas das ordens e
famílias de importância florestal. Através do uso de chave dicotômica o aluno poderá revisar os
conhecimentos adquiridos nas aulas anteriores e conhecer a diversidade de insetos em cada grupo
estudado.
2. ORDEM ORTHOPTERA
Representantes: paquinhas, grilos, esperanças, gafanhotos, taquarinhas.
Do grego: orthos = reto ou direito; pteron = asa. Nome alusivo à forma ou à disposição das asas
anteriores sobre o corpo, quando o inseto está em repouso.
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Características gerais:
Terceiro par de pernas do tipo saltatório; primeiro e segundo pares do tipo ambulatorial ou o
primeiro par pode ser do tipo fossorial;
Quando possuem asas, as anteriores são do tipo tégmina e as posteriores do tipo membranosa;
Algumas espécies possuem cabeça prolongada entre os olhos: fastígio = ápice; carenas laterais
= margens;
Antenas filiformes ou setáceas;
Aparelho bucal mastigador;
A maioria dos representantes desta ordem possui tímpanos (gafanhotos, grilos, paquinhas e
esperanças)
fina membrana cuticular formando uma estrutura em forma de tambor, associada
a uma ou mais traquéias e sensilos. Função de audição.
Desenvolvimento por paurometabolia;
Alguns ortópteros habitam a superfície do solo ou o seu interior (grilos e paquinhas), outros
vivem sobre as plantas cultivadas ou silvestres (gafanhotos e esperanças);
Importância: taquarinhas, grilos e paquinhas são pragas de viveiros florestais e mudas no
campo, além de hortaliças e outras culturas.
Divisão da ordem:
Subordem Caelifera: antenas curtas e tímpanos no primeiro urômero.
– Família Acrididae: migratórios ou sedentários.
– Família Proscopiidae: assemelham-se ao bicho-pau, mas possuem antenas curtas.
São pragas de mudas florestais no campo.
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Subordem Ensifera: antenas longas e tímpanos nas tíbias anteriores.
– Família Tettigoniidae: mimetizam folhas (verdes ou marrons, com/sem manchas).
– Família Gryllidae: hábito noturno. Praga de viveiros.
– Família Gryllotalpidae: pernas anteriores fossoriais. São pragas de viveiros.
A
B
C
D
E
F
G
Figuras retiradas da Internet (2006).
Figura 1. Insetos da ordem Orthoptera. A e B. Esperança; C. Grilo; D.Gafanhoto; E.Taquarinha;
F. Paquinha; G.Pernas anteriores da paquinha.
Curiosidade:
O “canto” desses insetos é conseguido por estridulação, ou seja, atritando uma parte do
corpo contra a outra. É característica dos machos, havendo todavia, algumas espécies cujas fêmeas
também podem estridular, mas produzindo sons mais brandos.
Alguns destes insetos podem produzir dois ou mais tipos de sons, de acordo com a
circunstância (apelo sexual, advertência, intimidação, alarme...).
•
: movimento rápido da tégmina esquerda (que possui nervuras transversais na face
interna = aspecto de lima) sobre a direita (nervuras salientes), provocando vibração do espelho
(área transparente variável na forma e tamanho) da asa direita. As nervuras salientes ficam na
base da asa. As esperanças possuem tímpano complexo próximo à base de cada tíbia anterior.
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•
: O aparelho estridulatório também está localizado na base das tégminas. Existe uma crista
estridulante na face inferior de cada tégmina que atua sobre a outra tégmina ou sobre as asas
membranosas do segundo par. Em geral, a tégmina direita cobre a esquerda.
•
: Possuem uma série de dentículos (80 a 90) na face interna do fêmur posterior que
são raspados contra as nervuras das tégminas quando o inseto está pousado. Em vôo: atrito da
face superior da margem costal das asas membranosas contra a face inferior da tégminas. Os
gafanhotos possuem um par de tímpanos no primeiro segmento abdominal.
2. ORDEM LEPIDOPTERA
Representantes: Borboletas e mariposas.
Do grego: Lepis = escama; pteron = asa. Nome alusivo às asas membranosas cobertas com escamas.
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Características gerais:
Constituem a segunda ordem em número de espécies e a um dos mais importantes agentes de
danos em florestas no Brasil;
Possuem asas membranosas cobertas de escamas que se destacam facilmente. Escamas são
células epidérmicas evaginadas e achatadas;
Quando jovem são lagartas (larvas do tipo eruciforme): até quatro pares de pernas abdominais
(3°,4°,5° e 6° urômero) e um par de pernas anais (10° urômero) → fase em que são prejudiciais
às florestas, pois desfolham as plantas adultas;
Aparelho bucal - nos adultos é do tipo sugador maxilar com presença de espirotromba ou
probóscida; nas lagartas é do tipo mastigador;
Antenas de vários tipos: clavadas, filiformes, pectinadas... → separam sexo e espécies;
Adultos com corpo recoberto de escamas;
Sistema de nervação das asas diferente dos outros insetos: presença de célula discoidal ou discal
de onde partem várias nervuras simples;
Desenvolvimento por holometabolia;
Lagartas têm coloração verde quando se alimentam de folhas e parda quando vivem no solo;
Utilidade: bicho-da-seda → seda produzida por glândulas labiais situadas entre o trato digestivo
e a parte lateral do corpo;
Lagartas urticantes: pêlos ligados às glândulas urticantes liberam substância quando se quebram,
causando queimaduras, reações ganglionares e febre.
Famílias de importância florestal:
a)
b)
– algumas lagartas são desfolhadoras de eucalipto. São do tipo mede-palmo
(apenas dois pares de falsas pernas, no sexto e último urômero).
Ex.: Thyrinteina arnobia (principal lepidóptero desfolhador de eucalipto no Brasil)
Glena unipennaria
Sabulodes caberata
– algumas lagartas são desfolhadoras de eucalipto.
Ex.: Eupseudosoma aberrans e Eupseudosoma involuta.
3
c)
d)
e)
– algumas lagartas são desfolhadoras de eucalipto. Os adultos têm antenas
pectinadas e corpo piloso. Ex.: Automeris sp., Dirphia spp., Oxydia spp.
– machos são mariposas e fêmeas passam a vida toda como lagarta dentro do cesto
(larva neotênica). Ex.: Oiketicus kirkyi (Bicho-cesto).
– algumas lagartas são broqueadoras. Ex.: Broca-do-cedro (Hypsipyla grandella).
A
C
F
B
E
D
G
Figuras retiradas de Zanuncio (1993), Pedrosa-Macedo (1993) e internet.
Figura 2. Lepidópteros desfolhadores de eucalipto – adultos. A.Eacles imperialis (Saturniidae);
B.Thyrinteina arnobia (Geometridae); C.Oxydia vesulia (Geometridae); D.Automeris
illustris (Saturniidae); E.Dirphia rosacordis (Saturniidae); F.Oiketicus kirbyi (Psychidae);
G. Eupseudosoma involuta (Arctiidae).
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A
B
C
D
E
Figuras retiradas de Zanuncio (1993), Pedrosa-Macedo (1993) e internet.
Figura 3. Lepidópteros pragas de eucalipto – Lagartas. A. Oxydia vesulia (Geometridae);
B.Thyrinteina arnobia (Geometridae); C.Automeris illustris (Saturniidae); D.Eacles
imperialis (Saturniidae); E.Hypsipyla grandella (Pyralidae).
3. ORDEM COLEOPTERA
Representantes: besouros, vagalumes, serra-paus, vaquinhas, joaninhas, gorgulhos, carunchos.
Do grego: koleos = estojo; pteron = asa. Nome alusivo ao primeiro par de asas destes insetos, os
élitros, que protegem o segundo par de asas (membranosas) e parte do corpo.
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Características gerais:
É a ordem com maior número de espécies de insetos;
Tamanho variado (de 1 mm até 20 cm);
Aparelho bucal mastigador, mesmo aqueles com rostro (Família Curculionidae);
Alimentação variada (só não existe hematofagia);
Antenas de vários tipos: lamelada, moniliforme, imbricada, serreada, denteada, flabelada...
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Protórax bem desenvolvido;
Pernas: ambulatoriais na grande maioria, mas podem ser natatórias e fossoriais;
Distingue-se de outros insetos pelo primeiro par de asas, do tipo élitro;
Asas membranosas (segundo par) dobram-se longitudinal e transversalmente;
Desenvolvimento por holometabolia ou hipermetabolia (vários tipos de larvas em uma só
espécie como ocorre na família Meloidae);
Larvas de vários tipos: curculioniforme, carabiforme, escarabeiforme, campodeiforme,
elateriforme...
Famílias de interesse florestal:
Desfolhadores e cortadores: alimentam-se de folhas (rendilhamento) ou serram ramos.
: Além das folhas, alimentam-se de brotos e galhos tenros de árvores jovens.
Ex.: Gêneros Lampetis (Fig. 4A) e Psiloptera (besouro-cai-cai, besouro-manhoso).
: rendilhamento de folhas. Ex.: besouro-de-limeira (Fig. 4B), besouroamarelo-dos-eucaliptos (Fig. 4C).
: cortam ramos. Ex.: Serrador-da-acácia (Fig. 4D).
: rendilhamento das folhas - Gonipterus scutellatus (Fig. 4E)
desaciculamento - Naupactus spp. (Fig. 4F).
A
B
E
C
D
F
Figuras retiradas de Zanuncio (1993), Pedrosa-Macedo (1993) e internet.
Figura 4. Coleópteros pragas de florestas. A.Lampetis sp. (Buprestidae); B.Sternocolaspis sp.
(Chrysomelidae); C.Costalimaita ferruginea (Chrysomelidae); D.Oncideres sp.
(Cerambycidae); E.Gonipterus sp. (Curculionidae); F.Naupactus spp. (Curculionidae).
Broqueadores: constroem galerias na madeira e podem cultivar e semear fungo que deixa a madeira
com coloração preta-azulada (desvalorização da madeira).
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broca-da-erva-mate (A), foracanta do eucalipto (B);
•
: besouro Ambrósia do eucalipto e do pinus.
•
: Platypus sulcatus.
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A
B
C
D
Figuras retiradas de Pedrosa-Macedo (1993) e internet.
Figura 5. Coleópteros broqueadores de florestas. A.Xyleborus sp. (Scolytidae) e seus danos;
B.Platypus sulcatus (Platypodidae) e seus danos; C.Hedypathens betulinus
(Cerambycidae); D.Phoracantha semipunctata (Cerambycidae).
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Curiosidade: Encontrada nos vagalumes (Família Lampyridae) e nos pirilampos (Família Elateridae).
Comum nos dois sexos, mas as fêmeas emitem luz mais brilhante. Obtida por uma reação química
de oxidação da luciferina com água sob ação da enzima luciferase.
• Função: atração do sexo oposto (freqüência diferente em machos e fêmeas).
• Controle da luminescência: os órgãos luminescentes são circundados por músculos especiais,
que controlam a entrada de sangue. Quando o sangue entra no órgão luminoso, a luciferase entra
em contato com a luciferina das células fotógenas e a luz é produzida. Quando o sangue está
parado, a luz se torna fraca ou é extinta; quando os músculos apresentam movimentos rítmicos, a
luz é brilhante.
• Localização do órgão fotogênicos:
Lampyridae - localizados na face ventral dos últimos urômeros; a luz é amarelada e brilhante.
Elateridae - localizados em posição dorso-posterior do protórax; a luz é de cor azul-esverdeada.
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4. ORDEM HYMENOPTERA
Representantes: abelhas, mamangavas, vespas, formigas.
Do grego: Hymen = casamento; pteron = asa. Nome alusivo ao tipo de asas presentes nos adultos
(membranosas).
Características da ordem:
• É a terceira ordem com maior número de espécies de insetos;
• Existem espécies nocivas [saúvas, espécies cecidógenas (causam galhas), fitófagas (Subordem
Symphyta, abelhas irapuá), hiperparasitos];
• Existem também espécies úteis (abelhas
mel, cera, geléia real, polinização; vespas e
mamangavas
polinização; parasitóides e predadores
controle biológico);
• Considerados os insetos mais evoluídos;
• Tamanho variado (existem microhimenópteros parasitóides com 0,25 mm);
• Antenas com número variável de segmentos em machos e fêmeas (dimorfismo sexual);
Tipos: geniculada, genículo-clavada, filiforme;
• Aparelho bucal: mastigador (vespas e formigas) ou lambedor (superfamília Apoidea);
• Asas membranosas hialinas ou coloridas, sendo as asas anteriores maiores que as posteriores.
Existem espécies ápteras (fêmeas Mutillidae) ou castas ápteras (operárias Formicidae);
• Apídeos (abelhas e mamangavas)
perna do tipo coletor e asas com hâmulos;
• Abdome: tipo séssil (Symphyta), livre ou pedunculado. Abdome pedunculado dividido em
propódeo ou epinoto (primeiro urômero fundido ao tórax), pecíolo (constrição formada pelo
urômero 2 e 3), gáster (parte mais dilatada) e pigídeo (parte final afunilada).
• Presença de ovipositor na fêmea (forma de terebra ou de ferrão). O ferrão pode estar associado à
glândulas veneníferas, glândulas ceríparas (abelhas) ou glândulas coletéricas (formação de
galhas). Apenas as fêmeas podem ferroar.
• Reprodução
Cópula realizada durante o vôo. Durante a separação do casal, o macho perde a
genitália e morre após o acasalamento. Espermatozóides acumulados na
espermateca. Presença de poliembrionia (um ovo= muitos descendentes).
Abelhas: ovos fertilizados dão origem às fêmeas e não fertilizados dão origem aos machos.
Desenvolvimento: holometabolia.
Famílias de importância florestal:
a) Formicidae: Formigas cortadeiras
(Acromyrmex spp.) que possui 4-5 pares de
espinhos no dorso do tórax, e
(Atta spp.) que possui 3 pares de espinhos no local. Estes
dois gêneros citados alimentam-se de fungo, mas outras formigas podem alimentar-se de seiva,
vegetais, insetos mortos, substâncias adocicadas...
Castas: Permanentes (ápteras): rainha (sexuada)
operárias (estéreis) – jardineiras, cortadeiras e soldados.
Temporárias (aladas): fêmeas (içás ou tanajuras)
machos (bitus).
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A
B
Figuras retiradas da Internet (www.tightloop.com/ants.htm).
Figura 6. Formigas dos gêneros Acromyrmex (quenquém) (A) e Atta (saúva) (B).
b) Siricidae: vespa-da-madeira (Sirex noctilio) - são vespas que fazem postura em árvores
danificadas por causa do fogo, poluição, danos operacionais, vento e doenças. As
posturas são colocadas de cima para baixo na árvore, juntamente com um fungo
simbionte. As larvas fazem galerias e se alimentam do fungo, não de madeira.
Provocam a morte da árvore e acelera a deterioração da madeira.
A
B
C
D
Figuras retiradas da Internet.
Figura 7. Fêmea (A), macho (B), larva (C) e orifício de entrada de Sirex noctilio (Siricidae).
Outras famílias de Hymenoptera (sem importância para florestas):
a) Apidae – abelhas. Alimentam-se de néctar e pólen; tíbia posterior com corbícula, hábito
social, produtora de mel. Castas: rainha, zangões e operárias.
Ex.: Apis spp. [abelha (com ferrão)
Apinae];
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Trigona spp. [irapuá (sem ferrão)
Meliponinae];
Bombus spp. [falsas mamangavas (fêmeas com ferrão)
Bombinae].
b) Vespidae: chamadas de vespas ou marimbondos. Possuem a margem interna dos olhos com
reentrâncias e as asas anteriores, quando em repouso, dobradas longitudinalmente (largura
reduzida à metade). Castas: rainha, machos e operárias. Algumas espécies podem ser utilizadas
no controle biológico, como predadoras de larvas e lagartas.
c) Anthophoridae: mamangavas verdadeiras. Pernas com escopa, hábito solitário, ninhos feitos no
solo ou em casca de árvores. Importantes polinizadoras (maracujá).
d) Mutillidae - formiga feiticeira. Possuem coloração preta com manchas vermelhas e brancoamareladas; machos alados e fêmeas ápteras; ferroada dolorida.
A
B
C
D
Figuras retiradas da Internet.
Figura 8. Exemplares das famílias Apidae (A), Vespidae (B), Anthophoridae (C) e Mutillidae (D).
5. ORDEM ISOPTERA
Representantes: cupins.
Do grego: Iso = igual; pteron = asa. Nome alusivo ao tamanho igual das asas anteriores e
posteriores destes insetos.
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Características da ordem:
Mais de 2.000 espécies descritas;
Olhos compostos presentes nas formas aladas e atrofiados nas formas ápteras;
Antenas do tipo moniliforme;
Aparelho bucal mastigador;
Possuem asas membranosas que se destacam facilmente em uma sutura existente em sua base. O
rudimento da asa se chama escama. Nervação simples das asas;
Aparelho reprodutor desenvolvido em rainhas e atrofiado em operárias e soldados;
Desenvolvimento por paurometabolia;
Algumas famílias possuem indivíduos com presença de fontanela (depressão no alto da cabeça
que possui um orifício) e poro frontal (orifício encontrado na fontanela no qual se abre uma
glândula cefálica que secreta um líquido viscoso com função de defesa);
São espécies sociais e formam castas (com indivíduos ápteros ou alados).
Principais famílias de cupins:
o Kalotermitidae – sem fontanela, vivem em madeira seca ou úmida sem contato com o solo,
colônias pequenas e sem operárias, soldados com mandíbulas denteadas.
o Rhinotermitidae – com fontanela e escamas grandes nas asas, atacam plantas e madeiras
mortas, formam ninhos subterrâneos ou fora do solo, mandíbulas sem
dentes.
o Termitidae – com fontanela e escamas pequenas, diferentes tipos de ninhos (arborícolas,
subterrâneos, montículos), mandíbulas com dentes.
'
Curiosidades:
o Indivíduos sexuados: alados (siriri, aleluia...) encarregados da formação de novas colônias.
ápteros (reis e rainhas) reprodução dentro do cupinzeiro.
o Indivíduos estéreis: operárias
várias funções.
soldados
defesa da colônia.
Figura 9. Castas de uma colônia de Amitermes hastatus (Família Termitidae): a. operária; b.
soldado; c. rainha primária com cerca de cinco anos; d. rainha secundária; e. rainha
terciária; f. ovo. Obs.: as castas foram desenhadas na mesma escala. A operária tem 5
mm de comprimento. Figura retirada de Berti Filho (1993).
11
Acontece entre agosto e outubro:
voam
formam casais
procuram local apropriado
constroem novo cupinzeiro
constroem câmara nupcial (mais ampla que as demais) cópula.
Obs.: o macho coabita com a fêmea na câmara real e a fecunda por vários anos.
Figura retirada de Berti Filho (1993).
Figura 10. Ciclo de vida do cupim.
Diferenças entre cupins e formigas:
Cupins
Desenvolvimento por paurometabolia (ninfas)
Corpo mole e geralmente de cor clara
Asas anteriores e posteriores de tamanho e
nervação semelhantes
Abdome séssil
Antenas moniliformes ou filiformes
Sem ferrão
Machos (reis) permanentes na colônia
Acasalamento após vôo e é periódico
Operárias e soldados são indivíduos estéreis dos
dois sexos
Formigas
Desenvolvimento por holometabolia (larvas)
Corpo duro e geralmente de cor escura
Asas anteriores maiores que as asas posteriores
Abdome peciolado
Antenas geniculadas
Com ferrão na extremidade do abdome
Machos só aparecem temporariamente
Acasalamento no vôo
Operárias e soldados são fêmeas estéreis
6. INIMIGOS NATURAIS
O Controle Biológico é um tipo de controle onde são utilizados insetos e patógenos que já
controlam naturalmente outros insetos no campo. Estes agentes de controle são chamados de
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inimigos naturais. Dentro da Classe Insecta, várias ordens possuem representantes que atualmente
são utilizados como inimigos naturais para controle de pragas em cultivos agrícolas e florestais em
escala comercial, preservando a saúde do ambiente, aplicadores e consumidores.
Os insetos que agem como agentes de controle biológico podem ser divididos em
predadores (usam várias presas para se alimentarem) e parasitóides (usam um único hospedeiro
como alimento e abrigo para passarem por todo o seu ciclo de vida). Alguns destes inimigos
naturais estão nas figuras a seguir.
Figuras retiradas da Internet
Figura 11. Inimigos naturais: Parasitóides..
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Figura 12. Inimigos naturais: Predadores. Figuras retiradas da Internet.
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7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Berti Filho, E. (Coord.) 1993. Manual de Pragas em Florestas: Cupins ou Térmitas. IPEF/SIF,
56 p.
Borror, D.J. & De Long, D.M. 1969. Introdução ao Estudo dos Insetos. Rio de Janeiro,
PPD/USAID, 653 p.
Gallo, D. et al. 2002. Manual de Entomologia. Piracicaba, Fealq, 920 p.
Maranhão, Z.C. 1976. Entomologia Geral. São Paulo, Nobel, 514 p.
Pedrosa-Macedo, J.H. (Coord.).1993. Manual de Pragas em Florestas: Pragas Florestais do Sul
do Brasil. IPEF/SIF, 111 p.
Zanuncio, J.C. 1993. Manual de Pragas em Florestas: Lepidópteros Desfolhadores de
Eucalipto – Biologia, ecologia e controle. IPEF/SIF, 139 p.
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