Diretrizes para o Ataque Isquêmico Transitório

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ProtocoloAssistencial
Título Documento
Diretrizes para o Ataque Isquêmico Transitório
Diretriz para Ataque Isquêmico Transitório
OBJETIVO - POPULAÇÃO ALVO
Estabelecer as diretrizes para o atendimento, tratamento e acompanhamento dos pacientes do
Centro de Atendimento ao paciente com AVC do Hospital israelita Albert Einstein com diagnóstico de
Ataque Isquêmico Transitório.
APLICABILIDADE: CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Critério de inclusão:
Pacientes com diagnóstico principal ou intra-hospitalar de Ataque Isquêmico Transitório.
Critério de exclusão:
Não se aplica
INTRODUÇÃO
Fluxograma na Unidade de Primeiro Atendimento (UPA)
O atendimento do paciente com AIT deve ser sincronizado e ágil. O reconhecimento precoce da
suspeita de AIT e a sequência organizada das ações na fase aguda dependem de um fluxo de
atendimento pré-estabelecido e bem determinado.
RECOMENDAÇÕES
A equipe estabiliza o paciente com quadro de AIT, realiza história clínica e exame direcionado,
investiga os diagnósticos diferenciais e inicia o tratamento através das medidas gerais. O médico faz a
avaliação imediata e conduz o caso. O paciente é transportado até o exame de imagem, que é
realizado em caráter emergencial. Durante o transporte intra-hospitalar o paciente é acompanhado
pelo médico. Quando há instabilidade clínica ou alteração do nível de consciência, um anestesista é
chamado para auxiliar no transporte. O paciente pode retornar a Unidade de Primeiro Atendimento
(UPA), ser encaminhado para outro exame complementar ou pode ser transferido imediatamente
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Diretrizes para o Ataque Isquêmico Transitório
para
a
Unidade
de
Terapia
Intensiva
ou
semi-intensiva.
Estratificação de Risco
Aproximadamente metade do risco de AVCi após um AIT acontece nas primeiras 48 horas, fazendo
com que a avaliação diagnóstica precoce seja fundamental na prevenção de novos eventos. A
avaliação utilizando o escore ABCD2 é recomendada para diferenciar pacientes de alto e baixo risco.
O escore compreende os seguintes itens:
Figura 1. ABCD2 Score
Pacientes com escore = 4 são classificados como de alto risco, enquanto pacientes com escore < 4
como de baixo risco. Em séries de validação do escore ABCD2, o risco de AVCi foi de 0% para escores
0-1, 1.3% para escores dois ou 3, 4.1% para escores quatro ou cinco e 8.1% para escores seis ou sete.
O escore ABCD2 é utilizado no Hospital Israelita Albert Einstein para definir se o paciente será
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internado em ambiente de terapia intensiva (escore > 4) ou em clínica médica neurológica (escore =
4).
Exames realizados após a avaliação inicial
Hemograma completo com plaquetas e coagulograma completo.
Glicemia sérica, sódio, potássio, uréia, creatinina, avaliação de intoxicação por drogas em caso de
suspeita, troponina sérica e colesterol total e frações.
Eletrocardiograma.
Tomografia de Crânio sem contraste.
Avaliação da presença de oclusões ou estenoses arteriais
Idealmente, pacientes com AIT deve ser avaliada rapidamente quanto à presença de estenoses ou
oclusões em artérias extra e intracraniana. A escolha de que teste utilizar depende da disponibilidade
e experiência de cada instituição, além da presença ou não de contra-indicação a realização de
determinados testes (por exemplo, RM em pacientes portadores de marcapasso ou angiotomografia
em pacientes com insuficiência renal). Para avaliação das artérias cervicais e intracraniana podem ser
utilizados a angiorressonância, angiotomografia ou o ultrassom com Doppler.
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Tratamento
1. Observação em ambiente de semi-intensiva ou unidade de terapia intensiva por 24 a 48 horas se
escore ABCD2 = 4;
2. Internação em clínica médica cirúrgica se ABCD2 < 4 e controle dos sinais vitais a cada 4 horas e
avaliação neurológica a cada 6 horas;
3. Controle dos níveis pressóricos e da glicemia (ver capítulos de protocolos clínicos);
4. Profilaxia de trombose venosa profunda de acordo com protocolo institucional;
5. Realização dos exames complementares citados acima;
6. Antiagregação plaquetária precoce;
7. Abordagem cirúrgica ou endovascular das carótidas quando indicado por grau de estenose e/ou
características da placa;
8. Heparinização e anticoagulação nos casos caracterizados como cardioembolia com alto risco de
recorrência (exemplo fibrilação atrial);
9. Controle dos fatores de risco como dislipidemia e tabagismo;
10. Educação para o paciente e seus familiares, além de orientações constantes durante a internação
e na alta.
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FLUXOS
Figura 3. Fluxograma para atendimento inicial, diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos
pacientes com Ataque Isquêmico Transitório.
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Lista de abreviações usadas
AIT: Ataque isquêmico Transitório
TC: tomografia
AVC: Acidente Vascular Cerebral
AVCI: Acidente vascular cerebral isquêmico
RM: ressonância magnética
UPA: unidade de primeiro atendimento
NIVEL DE EVIDENCIA
Não se aplica
GERENCIADO
Protocolo Institucional gerenciado pelo Programa Integrado de Neurologia
INDICADOR INSTITUCIONAL
Indicadores de Qualidade
Os indicadores de qualidade acompanhados pelo Programa Integrado de Neurologia para pacientes
com AIT são:
Figura 2. Indicadores de qualidade acompanhados pelo Programa Integrado de Neurologia para
pacientes com AIT
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Indicador
Antitrombótico na admissão e na alta
Conduta para redução do colesterol sérico
Prescrição de anticoagulantes para pacientes com
fibrilação atrial
Tempo médio de permanência
Eventos adversos graves
Prescrição de antitrombóticos nas primeiras 48 horas da admissão e na alta hospitalar
São considerados elegíveis todos os pacientes com AIT que não possuam contraindicação para a
terapia.
Os anticoagulantes prescritos em doses para prevenção de TVP são insuficientes para terapia
antitrombótica.
População excluída: pacientes que foram transferidos para outro hospital; pacientes que evadiram se; pacientes que evoluíram a óbito; pacientes admitidos para endarterectomia eletiva.
Prescrição de anticoagulante na alta hospitalar dos pacientes com fibrilação ou flutter atrial
São considerados elegíveis todos os pacientes que apresentem fibrilação ou flutter atrial na ausência
de contraindicações para anticoagulação.
Conduta para redução do colesterol sérico
Pacientes com AVCI e LDL> 100, ou LDL não mensurada, ou usuário de hipolipemiante antes da
admissão devem receber hipolipemiante na prescrição de alta hospitalar.
População excluída: pacientes que foram transferidos para outro hospital; pacientes que evadiram se; pacientes que evoluíram a óbito; pacientes admitidos para endarterectomia eletiva;
- Orientações para alta hospitalar:
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Diretrizes para o Ataque Isquêmico Transitório
Educação do paciente sobre AVC, aconselhamento para cessação do tabagismo e
medicamentos após a alta.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Furie KL, Kasner SE, Adams RJ, Albers GW, Bush RL, Fagan SC, Halperin JL, Johnston SC,
Katzan I, Kernan WN, Mitchell PH, Ovbiagele B, Palesch YY, Sacco RL, Schwamm LH,
Wassertheil-Smoller S, Turan TN, Wentworth D; American Heart Association Stroke Council,
Council on Cardiovascular Nursing, Council on Clinical Cardiology, and Interdisciplinary
Council on Quality of Care and Outcomes Research. Guidelines for the prevention of stroke
in patients with stroke or transient ischemic attack: a guideline for healthcare professionals
from the american heart association/american stroke association. Stroke. 2011 Jan;
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2. Cucchiara B, Ross M. Transient ischemic attack: risk stratification and treatment. Ann Emerg
Med. 2008 Aug; 52(2):S27-39.
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Harbaugh R, Johnston SC, Katzan I, Kelly-Hayes M, Kenton EJ, Marks M, Sacco RL, Schwamm
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recommendations for the prevention of stroke in patients with stroke and transient
ischemic attack. Stroke. 2008 May; 39 (5):1647-52. Epub 2008 Mar 5.
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department diagnosis of TIA. JAMA 2000; 284(22):2901-6.
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Emerg
Med
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7. Gladstone DJ, Kapral MK, Fang J, Laupacis A, Tu JV. Management and outcomes of
transient ischemic attacks in Ontario. CMAJ 2004; 170(7):1099-104.
8. Eliasziw M, Kennedy J, Hill MD, Buchan AM, Barnett HJM, for the North American
Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial (NASCET) Group. Early risk of stroke after a
transient ischemic attack in patients with internal carotid artery disease. CMAJ 2004;
170(7):1105-9.
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9. Johnston SC, Fayad PB, Gorelick PB, Hanley DF, Shwayder P, van Husen D, et al. Prevalence
and knowledge of transient ischemic attack among US adults. Neurology 2003; 60:1429-34.
10. Whisnant JP, Wiebers DO, O'Fallon WM, Sicks JD, Frye RL. Effect of time since onset of risk
factors on the occurrence of ischemic stroke. Neurology 2002; 58(5):787-94.
11. Easton JD, Saver JL, Albers GW, Alberts MJ, Chaturvedi S, Feldmann E, Hatsukami TS,
Higashida RT, Johnston SC, Kidwell CS, Lutsep HL, Miller E, Sacco RL; American Heart
Association; American Stroke Association Stroke Council; Council on Cardiovascular Surgery
and Anesthesia; Council on Cardiovascular Radiology and Intervention; Council on
Cardiovascular Nursing; Interdisciplinary Council on Peripheral Vascular Disease. Definition
and evaluation of transient ischemic attack: a scientific statement for healthcare professionals
from the American Heart Association/American Stroke Association Stroke Council; Council on
Cardiovascular Surgery and Anesthesia; Council on Cardiovascular Radiology and Intervention;
Council on Cardiovascular Nursing; and the Interdisciplinary Council on Peripheral Vascular
Disease. The American Academy of Neurology affirms the value of this statement as an
educational tool for neurologists. Stroke. 2009 Jun; 40(6):2276-93.
RESUMO
Descrição da Diretriz de ataque isquêmico transitório
- Público Alvo
- Fluxograma de atendimento
- Áreas envolvidas
- Indicadores de qualidade e desfecho
ANEXOS
Não se aplica
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DOCUMENTOS RELACIONADOS
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Renata Carolina Acre Nunes Miranda (12/08/2014 05:15:01 PM) - Alteração do template
Renata Carolina Acre Nunes Miranda (09/03/2016 05:28:13 PM) - Atualização
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