Máquinas Eléctricas Resenha Histórica d O C á l c u l o O p e r a c i o n a l de H e a v i s i de 1 = 1 p ωp ·1 = sen ωt p2+ω 2 p ·1 = e–αt p+α p ·1 = eαt p–α 1 ·1 = 1 1 – e–αt p+α α 1 ·1 = t – 1 + e –αt α α2 p(p+α) α2 p ·1 = 1 · e–βt – e–αt (p+α)·(p+β) α–β p2 ·1 = cos ωt p2+ω 2 ωp ·1 = senh ωt 2 p –ω2 p2 ·1 = cosh ωt p2–ω2 –αt p ·1 = e ·sen ωt ω p 2+2αp+ω o2 TABELA No estudo dos fenómenos transitórios e m Electrotecnia surge a necessidade de formulação e de integração de equações diferenciais. Quando não estavam acessíveis métodos de computação numérica recorreu-se ao cálculo operacional, através do qual se substituiu nas equações fundamentais as derivadas por u m operador diferencial (p = d /dt) e as equações resultantes foram tratadas e resolvidas como equações algébricas em p. A diferenciação e a integração eram, neste método, processos inversos. As funções de entrada são do tipo unidade de variação brusca, ou escalão unitário: tem valor para t < 0 e o valor permanece unitário para t > 0. Normalmente o sistema em estudo está relaxado, isto é as condições de estudo iniciais correspondem às do sistema em equilíbrio. Considerando a função de entrada e m escalão unitário 1, Oliver Heaviside (1850–1925) 1 tn estipulou que: ·1 = . n p n! O método começou por ser aplicado a o estudo de fenómenos representados por equações diferenciais lineares de coeficientes constantes e que ocorriam em sistema e m repouso a que, bruscamente, era aplicada uma acção. Assim, num circuito eléctrico a aplicação, brusca, de uma força electromotriz unitária, seria o equivalente matemático, da aplicação de uma bateria de tensão unitária ao sistema no instante inicial O cálculo operacional começou a ser aplicado por Heaviside em 1881, tendo sido desenvolvido de uma forma empírica (“por instinto”) e não ligada ao corpo dos © Manuel Vaz Guedes, 1997 conhecimentos em Matemática da sua época. Esta atitude valeu-lhe uma incompreensão d a parte dos matemáticos. Só em 1914 começou a ser encontrada uma justificação formal para os trabalhos de Heaviside. Presume-se que Heaviside encontrou o método de tratamento de equações diferenciais comparando directamente a solução obtida por sucessivas integrações com o tratamento algébrico do seu operador. No caso do circuito RLC, a aplicação do cálculo operacional de Heaviside leva a que seja estabelecida directamente como equação que rege o fenómeno (equação integro-diferencial) 1 1 E·1 = R·i + pL·i + ·i = i·(R + pL + ) pC pC = i·Z(p) em que Z(p) é a impedância operacional. Retirando (operação algébrica) o valor de i = (E/Z(p))·1, ou i(p) = (E/Z(p)).(1/p), o que permite escrever 1 i(p) = E · ou L·p2 + R·p + (1/C) 1 = E· em que x1 e x2 (p+x1)(p+x2) são as raízes da equação algébrica de segunda ordem em p que constitui o denominador. N o domínio do tempo a solução resulta d a avaliação (em sentido contrário) da expressão estipulada por Heaviside, ou recorrendo a uma tabela, i(t) = A·exp(–x1·t) + B·exp(–x2·t) Actualmente deste método de resolução apenas subsiste o aspecto de notação, e de estabelecimento da equação diferencial. •