Lição 2 - “Céu” na Terra

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Lição 2 - “Céu” na Terra
Sábado à tarde
5 a 12 de outubro
Ano Bíblico: Mt 1–4
VERSO PARA MEMORIZAR:
“Os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés
divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz Ele: Vê que faças
todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte” (Hb 8:5).
Leituras da Semana:
Gn 1:31-2:3; Êx 39:32, 43; 25:9; Hb 8:5; Jo 2:19-21; 1Co 3:16, 17; Ap 21:1-22
Embora o santuário celestial seja o original, no qual Deus está ministrando “por nós” (Hb 9:24),
o Senhor revelou, na Terra, de diferentes formas, verdades sobre esse santuário.
Deus criou o Jardim do Éden como símbolo do santuário. O santuário celestial e sua função na
salvação foram representados no tabernáculo terrestre e na estrutura maior dos templos
israelitas.
Em Jesus, o templo foi manifestado em um ser humano. E, finalmente, o templo celestial
descerá à Nova Terra.
Como veremos, Deus usou conceitos relacionados ao santuário celestial para revelar a verdade.
Nesta semana, estudaremos alguns desses conceitos.
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Domingo
Ano Bíblico: Mt 5–7
O primeiro “santuário” na Terra
Estudiosos da Bíblia têm observado que muitas características do Jardim do Éden correspondem
aos santuários posteriores de Israel, indicando que o Éden foi o primeiro “templo” simbólico na
Terra.
1. Estude os paralelos a seguir e faça uma tabela ou diagrama usando estas informações:
Alguns paralelos entre o Éden e o santuário incluem os seguintes:
1. No fim do relato da criação e da narrativa sobre a construção do tabernáculo no deserto, os
mesmos três elementos – aprovação, conclusão e bênção – são expressos com as mesmas
palavras-chave (compare as palavras “tudo/todo”, “terminar/concluir” e “abençoar”, em Gênesis
1:31–2:3 com essas mesmas palavras em Êxodo 39:32, 43; 40:33).
2. Assim como Deus “andava no jardim” (Gn 3:8), também estava no meio de Seu povo no
santuário (2Sm 7:6, 7).
3. Adão devia “cultivar” e “guardar” o jardim (Gn 2:15). Em hebraico, os mesmos dois verbos
são usados em relação ao serviço dos levitas no tabernáculo (Nm 3:7, 8).
4. Figuras relacionadas a um jardim aparecem por todo o santuário (Êx 25:31-36, 1Rs 6:18).
5. Querubins guardavam o jardim (Gn 3:24); dois querubins foram colocados no Lugar
Santíssimo (Êx 25:18-22).
6. A criação durou seis dias, sendo cada dia introduzido pela expressão “Disse Deus” (ou “Disse
também Deus”), e os seis dias foram sucedidos pelo sábado. Assim também existem seis
seções introduzidas com as palavras “Disse o Senhor a Moisés” (“Disse mais o Senhor a
Moisés”), relacionadas ao tabernáculo (Êx 25:1; 30:11, 17, 22, 34; 31:1), seguidas por uma
sétima seção sobre o sábado (Êx 31:12-17).
7. O santuário foi levantado no primeiro dia do primeiro mês (Êx 40:17), o dia do Ano Novo
hebraico, que recorda o fim da criação do mundo.
Gênesis 2 não precisava ser explícito sobre esses paralelos, pois os antigos os entendiam. Por
exemplo, um escrito judaico do segundo século a.C. afirma que “o Jardim do Éden era o Santo
dos Santos e a habitação do Senhor”.
O Jardim do Éden é chamado de “jardim de Deus” (Is 51:3; Ez 28:13; 31:9). Era a morada de
Deus na Terra, o lugar em que nossos primeiros pais deviam adorar e ter comunhão com Ele.
Portanto, a maior perda na queda não foi a expulsão de Adão e Eva do jardim, mas a perda da
possibilidade de estar na presença imediata de Deus.
Pense no conceito da palavra santuário. O que vem à sua mente? Que coisas formam um
“santuário” para você agora? A compreensão dos santuários terrestres o ajuda a entender mais
o que o santuário celestial oferece a você?
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Segunda
Ano Bíblico: Mt 8–10
Cópia do modelo
2. Qual é a relação entre os santuários terrestre e celestial? Êx 25:9, 40; Hb 8:5;
9:23, 24
As Escrituras ensinam claramente que Moisés não inventou o tabernáculo, mas o construiu de
acordo com a instrução divina que havia recebido no monte (Êx 26:30; 27:8; Nm 8:4). O
santuário terrestre devia ser construído segundo o “modelo” (Êx 25:9, 40). A palavra hebraica
para “modelo” (tabnit) expressa a ideia de modelo ou cópia. Assim, concluímos que Moisés viu
um modelo em miniatura, que representava o santuário celestial, e que esse modelo serviu de
padrão para o santuário terrestre.
Portanto, o templo celestial é o original, o modelo para os santuários israelitas. Também é
óbvio que não se pode equiparar o santuário no Céu com o próprio Céu. O templo celestial está
“no Céu” (Ap 11:19; 14:17; 15:5). Assim, o Céu o contém. Os dois não são sinônimos.
O livro de Hebreus explica em termos inequívocos que o santuário celestial é real. Ele é
chamado de “verdadeiro tabernáculo” (Hb 8:2), bem como o “maior e mais perfeito
tabernáculo” (Hb 9:11), enquanto o terrestre é uma “figura e sombra das coisas celestiais” (Hb
8:5). Como a sombra é sempre uma simples representação de algo real, e, por sinal, uma
representação imperfeita e indefinida, o santuário terrestre é mera representação do celestial.
Apesar de suas limitações, o santuário terrestre refletia a realidade do celestial em aspectos
importantes.
A relação entre os dois é chamada tipologia, uma prefiguração profética divinamente concebida,
que envolve duas realidades históricas correspondentes, chamadas de tipo (original) e antítipo
(cópia). Uma vez que a correspondência vai do tipo (original) para o antítipo (cópia), podemos
ver em Hebreus que o modelo celestial que Moisés tinha visto é mencionado como “tipo” ou
“modelo” (Hb 8:5) e o santuário terrestre como “antítipo” ou “cópia” (Hb 9:24). Essa verdade
apresenta mais evidências de que o santuário celestial existia antes do terrestre. Como
adventistas do sétimo dia, estamos em sólido fundamento bíblico quando enfatizamos a
realidade física do santuário celestial.
Por causa de nossa natureza pecaminosa, é fácil pensar que Deus está irado conosco. Como a
revelação do amor de Deus, visto na vida e morte de Jesus, nos ajuda a entender que Deus nos
ama, apesar das nossas falhas? De que maneira essa compreensão deve nos encorajar a
vencer o próprio eu?
Nota do editor: ”A Epístola aos Hebreus refere-se ao tabernáculo terrestre como “antítipo” e
ao modelo mostrado a Moisés no Monte Sinai como “tipo.” Portanto linguisticamente os termos
estão corretamente definidos. No entanto, na tradição teológica, normalmente usa-se o termo
“tipo” para as realidades terrenas e “antítipo” para as celestes. Isto pode ocasionar alguma
confusão na cabeça de algumas pessoas que estão acostumadas com o uso tradicional destes
termos. Rigorosamente falando, o termo tipo pode ser usado tanto para o original como para a
cópia” (Pr. Elias Brasil, Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral).
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Terça
Ano Bíblico: Mt 11–13
Jesus como Santuário
3. Por que o corpo de Jesus é comparado ao templo? Jo 2:19-21; Jo 1:14
Um dos temas do evangelho de João é que, com Jesus, o melhor “templo” havia chegado. A
imagem do tabernáculo já é usada em João 1:14. Jesus é o Verbo que “habitou” entre os
homens, e eles viram a Sua glória. A palavra grega usada para “habitar” (skenoo) é a forma
verbal do substantivo grego para “tabernáculo” (skene). Por isso, o verso 14 poderia ser
traduzido como “o Verbo Se fez carne e „tabernaculou‟ entre nós”. Nesse contexto, a palavra
glória relembra a glória divina, que encheu tanto o tabernáculo no deserto (Êx 40:34, 35)
quanto o templo de Salomão em sua inauguração (2Cr 7:1-3). Assim como Deus prometeu,
quando Cristo veio à Terra como ser humano, cumpriu a divina promessa relacionada ao
templo, de habitar entre Seu povo.
De acordo com os textos acima, Jesus declarou que Ele mesmo era o templo, indicando o fim
do significado do templo terreno depois de Sua morte (Jo 2:19-21; Mt 27:51). Além disso,
quando Jesus disse que Ele é o Pão da vida (Jo 6:35) e a Luz do mundo (Jo 8:12), Ele poderia
estar apontando para além do maná sobre a mesa, para os pães da proposição e o candelabro,
objetos do santuário terrestre. Uma referência exata para o santuário é a descrição de Jesus
como “Cordeiro de Deus”, que leva sobre Si o pecado do mundo (Jo 1:29).
“Todos os que prestavam serviço em relação com o santuário eram constantemente educados
acerca da intervenção de Cristo em favor da raça humana. Esse serviço destinava-se a criar em
todo coração humano o amor à lei de Deus, que é a lei de Seu reino. O ato de oferecer
sacrifícios devia ser uma lição objetiva do amor de Deus revelado em Cristo – a Vítima
sofredora e agonizante, que tomou sobre Si o pecado do qual o homem era culpado – o
Inocente que foi feito pecado por nós” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 233).
Uma eternidade em relacionamento íntimo com Deus? Por que é tão importante andar, agora,
como Ellen G. White diz repetidas vezes, em “íntima comunhão com Deus”?
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Quarta
Ano Bíblico: Mt 14–16
A igreja como santuário
Depois da ascensão de Cristo ao Céu e do início de Suas atividades como Sumo Sacerdote no
santuário celestial, o templo terrestre já não tinha propósito real no plano da salvação (Mt
27:50, 51). No entanto, Deus ainda procura habitar entre Seu povo na Terra, o que se tornou
possível por intermédio do Espírito Santo. Os apóstolos usam imagens do templo para transmitir
essa verdade.
4. Leia 1 Coríntios 3:16, 17; 6:19, 20; 2 Coríntios 6:16; Efésios 2:19-22. Observe o
simbolismo do santuário nesses textos. Que verdade é neles ensinada?
Paulo falou em 1 Coríntios 3:16, 17 para a igreja como unidade corporativa, e apresentou dois
temas relacionados ao templo: propriedade (1Co 3:16) e santidade (1Co 3:17). Em 1 Coríntios
6:19, 20, ele aplicou os mesmos princípios ao cristão individual. Como templo, o cristão é terra
santa e, como tal, está sob divina obrigação de viver em santidade. Paulo usou o simbolismo do
templo para enfatizar seu chamado a uma vida pura e santa que, nesse contexto, ele
identificou como pureza sexual (1Co 6:15-18). A última referência de Paulo à igreja como divino
santuário se encaixa nesse padrão. Não há harmonia entre cristãos e não crentes (2Co 6:14–
7:1), pois a igreja está em um relacionamento de aliança com Deus e, portanto, é
exclusivamente Sua (2Co 6:18).
Ao mesmo tempo, a igreja é não apenas o templo de Deus, mas também um sacerdócio santo
(1Pe 2:5, 9). Sem dúvida, com um privilégio como esse, vêm importantes responsabilidades. É
muito importante que entreguemos nossa vida em fé e obediência ao Senhor que nos deu tanto
e que, em resposta, pede muito de nós.
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Quinta
Ano Bíblico: Mt 17–20
Nova criação
5. Leia Apocalipse 7:15-17. Onde estão os redimidos, e como essa passagem os
retrata?
Esses versos descrevem os redimidos como reis e sacerdotes que servem no palácio e templo
de Deus (Ap 1:6; 5:10; 20:6). A promessa de que “Aquele que Se assenta no trono estenderá
sobre eles o Seu tabernáculo” (Ap 7:15) refere-se à presença de Deus no santuário do deserto,
onde Ele habitou como líder do antigo Israel. Na Nova Terra, o santuário mais uma vez se
tornará o perfeito lugar de relacionamento onde Deus e os redimidos se encontram. Ele garante
abrigo, proteção e vida na Sua presença e do Seu Cristo. Aquele que uma vez habitou entre os
homens (Jo 1:14), então estende o tabernáculo sobre Seus santos para que eles possam
“habitar” com Ele.
6. Leia Apocalipse 21:1-22. Como a Nova Jerusalém é descrita? Nesse texto, que
paralelos você encontra entre a cidade santa e o santuário?
João não viu templo na Nova Jerusalém (Ap 21:22), mas isso não significa que não haja
templo. Em vez disso, a Nova Jerusalém é o próprio templo e o “tabernáculo de Deus” (Ap
21:3). Vários elementos do santuário são atribuídos à Nova Jerusalém: ela é “santa” e de
origem celestial (Ap 21:2, 10); ela tem a mesma forma cúbica do santo dos santos (Ap 21:16;
1Rs 6:20); a exemplo dos recintos do templo, “coisa alguma contaminada” será permitida na
cidade (Ap 21:27); e, acima de tudo, Deus está presente. No santuário de Deus, podemos viver
com Ele no relacionamento mais íntimo possível (Ap 21:3, 7). Esse é o objetivo da salvação.
Sexta
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Ano Bíblico: Mt 21–23
Estudo adicional
Leia de Ellen G. White: Educação, p. 301-309, “A Escola do Futuro”; O Grande Conflito, p. 673678: “O Final e Glorioso Triunfo”.
“Um receio de fazer com que a herança futura pareça demasiadamente material tem levado
muitos a espiritualizar as mesmas verdades que nos levam a considerá-la nosso lar. Cristo
afirmou a Seus discípulos que iria preparar moradas para eles na casa de Seu Pai. Os que
aceitam os ensinos da Palavra de Deus não serão totalmente ignorantes com respeito à morada
celestial. E, contudo, “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao
coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam” (1Co 2:9, RC). A
linguagem humana não é adequada para descrever a recompensa dos justos. Esta será
conhecida apenas dos que a contemplarem. Mente finita nenhuma pode compreender a glória
do paraíso de Deus” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 674, 675).
Perguntas para reflexão
1. Por que é importante entender que o santuário celestial é um lugar real? Por que devemos
ser cuidadosos para não fazer uma comparação muito detalhada entre o templo terrestre e o
celestial?
2. Pense mais sobre a ideia da igreja como “santuário”. Como você entende essa verdade?
Como a igreja pode cumprir melhor esse ensino fundamental?
3. “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém
destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é
sagrado” (1Co 3:16, 17). O que esse texto nos ensina, e como podemos aplicar seus
ensinamentos à nossa maneira de viver?
4. Reflita sobre o conceito de que somos “sacerdotes” agora e de que atuaremos como
sacerdotes após a segunda vinda de Cristo. O que significa essa função agora, e o que ela
representará depois da volta de Jesus? Por que o próprio uso da palavra “sacerdotes” nos
mostra a importância do conceito de santuário para o plano da salvação?
Respostas sugestivas: 1. Faça o diagrama e leve para comentar com a classe. 2. O santuário
terrestre foi construído de acordo com o modelo celestial, apresentado por Deus. 3. Deus
prometeu que habitaria com os seres humanos. A vinda de Cristo representou a presença divina
com o povo. O santuário simbolizava o corpo de Cristo. 4. O nosso corpo, bem como a igreja,
são santuários habitados pelo Espírito Santo, dedicados ao Senhor. 5. Os redimidos estão no
templo de Deus, servindo-O sempre. São protegidos e guiados por Deus. 6. O tabernáculo de
Deus com os homens. Não haverá templo, pois Deus será o templo. Paralelos: 12 tribos,
pérolas, ouro e o Cordeiro.
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