03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL INTRODUÇÃO Aula A reunião organizada de células especializadas que atuam em conjunto no desempenho de uma função específica é denominada tecido. Biologia Tema: Histologia Vegetal Marcos Vinícius A presença de tecidos caracteriza dois reinos de seres vivos – Metáfita (Plantae) e Metazoa (Animalia). HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL Embrião Meristemas apicais Caulinar e radicular TECIDOS VEGETAIS • As células vegetais formam tecidos bastante variados; • A origem de todos os tecidos vegetais está nas células indiferenciadas do embrião e nos tecidos de crescimento vegetal, chamados meristemas, que persistem em algumas partes do vegetal adulto. Protoderme (Dermatogênio) Epiderme Colênquima Esclerênquima Felogênio Súber Feloderme Xilema secundário Floema secundário • MERISTEMA PRIMÁRIO É encontrado nas regiões terminais da raiz e do caule. Meristema Fundamental Procâmbio • Origina-se diretamente do embrião, permanecendo indiferenciado na planta adulta; • Determina o crescimento em comprimento; Xilema secundário Floema secundário HISTOLOGIA VEGETAL • MERISTEMA PRIMÁRIO Meristema Apical do caule Câmbio Fascicular Meristema Secundário TECIDOS MERISTEMÁTICOS Protoderme Floema Câmbio interfascicular Meristema Primário HISTOLOGIA VEGETAL Xilema Primário Meristemas Secundários Células indiferenciadas Tecidos permanentes Parênquima Procâmbio Desdiferenciação Meristemas Embrião Meristema Fundamental (Pleroma) Gema apical do caule (meristema primário) Gemas laterais do caule (meristema primário) Meristema apical da raiz Gema apical da raiz (meristema primário) 1 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL • MERISTEMA PRIMÁRIO HISTOLOGIA VEGETAL • MERISTEMA PRIMÁRIO As novas células resultantes dessas mitoses aumentam em volume (elongamento ou distensão) e proporcionam o crescimento dos órgãos onde se encontram. As células meristemáticas caracterizam-se por serem pequenas, de paredes finas, com vacúolos minúsculos ou ausentes, núcleos relativamente grandes e muito protoplasma. Elas têm a capacidade de efetuar mitoses. HISTOLOGIA VEGETAL • RESUMO: MERISTEMA PRIMÁRIO HISTOLOGIA VEGETAL • MERISTEMA SECUNDÁRIO Origina-se por desdiferenciação dos parênquimas primários; Ocorre nos vegetais adultos, excetos nas regiões apicais; Determina o crescimento secundário em espessura;. HISTOLOGIA VEGETAL • RESUMO: MERISTEMA PRIMÁRIO HISTOLOGIA VEGETAL • MERISTEMA SECUNDÁRIO Localiza-se no córtex e no cilindro central das dicotiledôneas e gimnospermas; Não ocorre nas monocotiledôneas, exceto nos gêneros Yucca, Dracena e Aloe. 2 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL Monocotiledônea do gênero Yucca sp. HISTOLOGIA VEGETAL Monocotiledônea do gênero Dracena sp. HISTOLOGIA VEGETAL Monocotiledônea do gênero Aloe sp. HISTOLOGIA VEGETAL Monocotiledônea do gênero Yucca sp. HISTOLOGIA VEGETAL Monocotiledônea do gênero Dracena sp. HISTOLOGIA VEGETAL Monocotiledônea do gênero Aloe sp. 3 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL • RESUMO: MERISTEMA SECUNDÁRIO Monocotiledônea do gênero Aloe sp. HISTOLOGIA VEGETAL • RAIZ – CRESCIMENTO SECUNDÁRIO • RAIZ - CRESCIMENTO PRIMÁRIO • CAULE - CRESCIMENTO PRIMÁRIO • CAULE - CRESCIMENTO SECUNDÁRIO Casca = súber + felogênio + feloderma + floema secundário 4 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL • CAULE - CRESCIMENTO SECUNDÁRIO • ESTRUTURA DO TRONCO HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS Madeira = xilema secundário • REVESTIMENTO E PROTEÇÃO • EPIDERME: é um revestimento vivo, formado por células justapostas, dispostas em uma única camada. Ocorre nas partes novas do vegetal e nas plantas novas e herbáceas. Ep = epiderme; Pr = pêlos radicular; Ex = exoderme; Pc = parênquima cortical; En = endoderme; P = periciclo; Xp = xilema primária; Fp = floema primário. Corte transversal da raiz primária de Mandevilla velutina. HISTOLOGIA VEGETAL • EPIDERME HISTOLOGIA VEGETAL • EPIDERME DA FOLHA As células epidérmicas secretam para o exterior substâncias impermeabilizantes, que formam uma película de revestimento denominada cutícula. HISTOLOGIA VEGETAL • Anexos da epiderme HISTOLOGIA VEGETAL • Anexos da epiderme 5 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL • Anexos da epiderme HISTOLOGIA VEGETAL • Anexos da epiderme HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL • SÚBER TECIDOS ADULTOS • REVESTIMENTO E PROTEÇÃO • SÚBER: é constituído por várias camadas de células mortas, impregnadas pela suberina. • Ocorre nas partes velhas das plantas e dos caules. HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS 1 - Felogênio 2 – Súber (Felema) 3 - Feloderme 4 - Epiderme HISTOLOGIA VEGETAL • PERIDERME • REVESTIMENTO E PROTEÇÃO Casca (súber) Árvore de Cerrado (Barbatimão) 6 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL • PERIDERME HISTOLOGIA VEGETAL • PERIDERME HISTOLOGIA VEGETAL • PERIDERME HISTOLOGIA VEGETAL • PERIDERME HISTOLOGIA VEGETAL • PERIDERME HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS • PREENCHIMENTO (PARÊNQUIMAS) • CORTICAL (córtex): preenche a casca ou o córtex da raiz ou do caule. Ep = epiderme; Pr = pêlos radicular; Ex = exoderme; Pc = parênquima cortical; En = endoderme; P = periciclo; Xp = xilema primária; Fp = floema primário. Corte transversal da raiz primária de Mandevilla velutina. 7 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL • CORTICAL HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS • PREENCHIMENTO (PARÊNQUIMAS) • MEDULAR: preenche o cilindro central ou da medula da raiz ou do caule. Forma os raios medulares. Parênquima cortical ou córtex 1 e 2 - Espaços intercelulares Parênquima medular HISTOLOGIA VEGETAL • MEDULAR Parênquima medular do caule de Ambrosia sp. Foto de Mauseth, J.D. HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS • PREENCHIMENTO (PARÊNQUIMAS) Parênquima cortical ou córtex • RESERVA: pode acumular, principalmente, em suas células amido (amilífero), e outras substâncias de reserva, como por exemplo, ar (aerífero) e água (aquífero). Parênquima medular HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL 1 - Substância de reserva (amido) 2 - Espaço intercelular Parênquima de reserva. Foto de Mauseth, J.D. Detalhe do aerênquima do escapo de Cephalostemon angustatus. Foto de Castro, N.M 8 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS • PREENCHIMENTO (PARÊNQUIMAS) • CLOROFILIANO: está situado nas folhas e nos caules verdes. É rico em clorofila. É dividido em paliçádico (células justapostas) e lacunosos (células irregulares e afastadas). HISTOLOGIA VEGETAL Parênquima clorofiliano. Disponível em: http://bugs.bio.usyd.edu.au 1 - Epiderme HISTOLOGIA VEGETAL Corte transversal de folha de Curatella americana mostrando os parenquimas clorofilianos paliçadico e lacunoso HISTOLOGIA VEGETAL • RESUMO: PARÊNQUIMAS 2 - Parênquima clorofiliano HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS • SUSTENTAÇÃO • COLÊNQUIMA: é um tecido formado por células flexíveis, resistentes, vivas, cuja paredes celulósicas encontram-se espessadas nos ângulos, mantendo o interior da célula desobstruído. Ocorre nas plantas jovens e nos vegetais herbáceos. Detalhe do colênquima angular. Disponível em: www.biologia.edu.ar/botanica 1 - Parede celular 2 - Lúmen de célula Paredes celulósicas encontram-se espessadas nos ângulos 9 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL Detalhe do colênquima angular. Disponível em: www.biologia.edu.ar/botanica Colênquima angular. Capturado da internet 1 - Parede celular 2 - Lúmen de célula Paredes celulósicas encontram-se espessadas nos ângulos 1 - Parede celular 2 - Lúmen de célula Reforço de celulose nos ângulos da célula. HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS • SUSTENTAÇÃO • ESCLERÊNQUIMA: é um tecido formado por células mortas impregnadas pela lignina nas paredes celulares, tornando-as muito espessas, a ponto de invadir o interior da célula. É rígido. Ocorre nas partes velhas da planta. HISTOLOGIA VEGETAL Corte transversal da polpa de Pyrus sp. evidenciando um grupo de braquiesclereides. Disponível em www.uri.edu 1 – Esclereídes São células curtas com paredes celulares espessas e lignificadas, O esclerênquima ocorre em diversas partes das plantas como: nas raízes, caules, frutos e sementes. 2 - Células parenquimáticas O revestimento duro de algumas sementes como nas nozes e avelãs são constituídos principalmente de esclerênquima, HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL Detalhe de parede de dois braquiesclereídes de Hoya sp., evidenciando as pontoações entre as células. Disponível em: Feixe de fibras de folhas de Bromélia visto em Microscopia Eletrônica de Varredura . Disponível em: www.biologia.uni-hamburg.de www.uoguelph.ca/botany/courses/BOT3410 1 - Parede celular 2 - Pontoação em corte tranversal 3 - Pontoações em vista frontal 1 - Fibras esclerenquimáticas 10 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) • Fibras vegetais têm sido utilizados pelo homem desde os tempos antigos; o Linho foi cultivado 3.000 anos a.C, na Europa e no Egito; • As fibras são tecidos estruturais das plantas, formadas principalmente por lignina, um polissacarídeo presente em aproximadamente 25% da matéria dos vegetais.; HISTOLOGIA VEGETAL • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) • ALGODÃO - A fibra esbranquiçada e macia cresce em volta das sementes de um vegetal do gênero Gossypium, família Malvaceae. Uma das fibras naturais mais usadas do mundo, o algodão é uma fibra branca de origem vegetal, gerada ao redor das sementes do algodoeiro É um dos materiais naturais mais usados na indústria têxtil, em forma de fio compacto ou de tecidos, como a malha e o jeans. HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) • CÂNHAMO - É o nome que recebe uma das variedades da planta Cannabis sativa (popular, maconha), da Família – Cannabinacease • CÂNHAMO - É o nome que recebe uma das variedades da planta Cannabis sativa (popular, maconha), da Família – Cannabinacease O cânhamo industrial é o nome da fibra que se obtem dos talos da planta do gênero Cannabis, que tem, entre outrosutilidades, o uso têxtil. Além de roupas, é utilizado na fabricação de papel e como forragem animal. HISTOLOGIA VEGETAL • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) • JUTA (Corchorus capsularis) é uma fibra têxtil vegetal que provém da família Tilioideae. A Juta Esta erva lenhosa alcança uma altura de 3 a 4 metros e o seu talo tem uma grossura de aproximadamente 20 mm, crescendo em climas úmidos e tropicais 11 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) JUTA (Corchorus capsularis) HISTOLOGIA VEGETAL • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) HISTOLOGIA VEGETAL • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) Produção de juta em Óbidos - PA HISTOLOGIA VEGETAL • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) • JUTA (Corchorus capsularis) Todos os manufaturados de juta são produtos biodegradáveis. Por essas e por outras razões a juta é considerada a fibra do futuro. Sua cultura é auto-sustentável e renovável anualmente, não sendo necessários defensivos, fertilizantes, queimadas ou desmatamento de novas áreas. HISTOLOGIA VEGETAL Depois de décadas esquecida e relegada pelos sacos plásticos, a juta das várzas amazônicas pode voltar a ser fonte de riqueza na região, como foi no passado. HISTOLOGIA VEGETAL • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) • SISAL (Agave sisalana), podem chegar a dois metros de comprimento. Elas não têm caules. O sisal é da família Agavaceae. Seu principal produto é a fibra tipo dura, com elevados teores de celulose e lignina, que oferecem inúmeras aplicações. O duríssimo trabalho de plantio e sobretudo de colheita da fibra pode retornar no embalo dos produtos ecologicamente corretos No Nordeste brasileiro, é produzida em 112 municípios, localizados também na Paraíba e no Rio Grande do Norte, sendo a Bahia o maior produtor do Brasil, e o Brasil, o maior produtor mundial. 12 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL Agave sisalana Fibras extraídas do sisal (Agave sisalana). HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL Misturado ao cimento, areia e pedra, o sisal melhora o desempenho dos blocos de concreto. A descoberta é resultado de pesquisa realizada pela USP. Fibras extraídas do sisal (Agave sisalana). HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) • FIBRAS VEGETAIS (Eslerenquimáticas) • PIAÇAVA – Originária da Bahia, a piaçaveira (Attalea funifera) consta do relato de Pero Vaz de Caminha quando do Descobrimento do Brasil • PIAÇAVA – Originária da Bahia, a piaçaveira (Attalea funifera) consta do relato de Pero Vaz de Caminha quando do Descobrimento do Brasil A piaçava-da-Bahia tem fibras impermeáveis que conservam a elasticidade quando umedecidas. usada na confecção de vassouras, escovas, cordas para navios, cestos, invólucros para moringas e outros artigos domésticos. 13 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS Conduz a seiva bruta ascendente. • CONDUÇÃO • LENHO ou XILEMA: é um conjunto de vasos lenhosos formados por células mortas impregnadas pela lignina. Localiza-se no cilindro central dos órgãos vegetais. Ep = epiderme; Pr = pêlos radicular; Ex = exoderme; Pc = parênquima cortical; En = endoderme; P = periciclo; Xp = xilema primária; Fp = floema primário. Corte transversal da raiz primária de Mandevilla velutina. HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS Conduz a seiva elaborada. • CONDUÇÃO • LÍBER ou FLOEMA: é um conjunto de vasos liberianos, formados por células vivas, localiza-se no córtex dos órgãos vegetais. Ep = epiderme; Pr = pêlos radicular; Ex = exoderme; Pc = parênquima cortical; En = endoderme; P = periciclo; Xp = xilema primária; Fp = floema primário. Corte transversal da raiz primária de Mandevilla velutina. 14 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL HISTOLOGIA VEGETAL o Elementos de Tubo crivado Anucleadas Sobrevive graças ao auxílio das células companheiras. o Células companheiras Nucleada Fornece todas as substâncias necessárias ao metabolismo das células dos elementos de tubo crivado. HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS • ANEL DE MALPIGHI O papel do floema na condução da seiva elaborada pode ser demonstrado por meio de um experimento simples que foi concebido em 1675 pelo biólogo italiano Marcello Malpighi (16281694). HISTOLOGIA VEGETAL • ANEL DE MALPIGHI Anel de Malpighi é um corte que fazem ao redor da arvore atingindo o floema impedindo que haja distribuição de seiva elaborada. HISTOLOGIA VEGETAL • ANEL DE MALPIGHI HISTOLOGIA VEGETAL (UFSCAR) O desenvolvimento de um fruto depende das substâncias produzidas na fotossíntese, que chegam até ele transportadas pelo floema, De um ramo de pessegueiro, retirou-se um anel da casca (anel de Malpighi), conforme mostra o esquema. Responda. a) O que deve acontecer com os pêssegos situados no galho, acima do anel de Malpighi, em relação ao tamanho das fruta s e ao teor de açúcar? 15 03/06/2013 HISTOLOGIA VEGETAL TECIDOS ADULTOS • SECREÇÃO • É um tecido formado por células que produzem látex, resinas, visgos, essências, óleos, etc. Vasos resiníferos são aqueles que recebem a secreção de células dispostas ao redor de um canal central. São muito comuns nas gimnospermas. 16