028 Diretrizes Clínicas Protocolos Clínicos Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Última revisão: 19/08/2013 Estabelecido em: 22/11/2008 Responsáveis / Unidade Adriana Carla de Miranda Magalhães - Médica | DIRASS Alcino Lázaro da Silva - Médico | HCM Carlos Starling - Médico | HMAL Jerusa Roesberg - Médica | HCM Johnny Hayck - Médico | HCM Rodney Martins Neto –Médico | HJK Colaboradores Ana Paula Ribeiro Silva - Médica | HMAL Arlete Magalhães – Médica | HJK Artur Bloom - Médico | HJXXIII Flávio de Souza Lima - Médico | DIRASS Hessem Miranda Neiva - Farmacêutica | DIRASS Disponível em www.fhemig.mg.gov.br e intranet INTRODUÇÃO / RACIONAL A antibioticoprofilaxia é uma das estratégias fundamentais para prevenção das infecções cirúrgicas. Aliado à antissepsia da pele e técnica cirúrgica adequadas, o uso racional dos antibióticos reduz as taxas de infecções de forma significativa. OBJETIVOS Reduzir a incidência de infecções em sítios cirúrgicos; Promover o uso de antibióticos de efetividade comprovada; Minimizar o efeito dos antibióticos na flora bacteriana; Minimizar riscos de efeitos adversos aos antibióticos; Minimizar custo com antibioticoprofilaxias desnecessárias. SIGLAS ASA: Classificação do risco anestésico da Sociedade Americana de Anestesiologia ATB: Antibiótico CCIH: Comissão de Controle de Infecção Hospitalar CTI: Centro de Tratamento Intensivo EV: Via Endovenosa FO: Ferida Operatória G: Grama H: Hora Intra-op: Período intra-operatório ISC: Infecção de Sítio Cirúrgico Kg: Quilograma Mg: Miligrama Min: Minutos Ml: Mililitro MRSA: Estafilococos Aureus Resistentes à Meticilina MRSE: Estafilococos Epidermidis Resistente à Meticilina Per-op: Período per-operatório Pós-op: Período pós-operatório SCIH: Serviço de Controle de Infecções Hospitalares SMZ: Sulfametoxazol UTI: Unidade de Tratamento Intensivo VO: Via Oral MATERIAL / PESSOAL NECESSÁRIO Disponibilidade do protocolo para consulta no bloco cirúrgico, enfermarias, CTIs, ambulatórios; Disponibilidade das drogas indicadas em estoque na farmácia e no bloco cirúrgico; Agentes operacionais: Cirurgiões, Anestesistas, Clínicos, Intensivistas, Residentes, Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem e Farmacêuticos. ATIVIDADES ESSENCIAIS Utilização do protocolo no atendimento ao paciente; Treinamento de todo corpo clínico para interpretação e aplicação correta do protocolo. Pág. 58 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO - ISC Estima-se que a ISC ocorra após 11% das operações no Brasil, segundo estudo multicêntrico do Prof. Edmundo Ferraz. Os microorganismos atingem a ferida operatória (FO) na maioria das vezes durante o ato cirúrgico, quando há exposição de tecidos internos ao meio ambiente. Quando não há fechamento primário da ferida, deiscência, presença de dreno ou se ocorre manipulação excessiva da ferida, a contaminação pode se dar no período pós-operatório, quando também pode haver, ocasionalmente, implante secundário de patógenos por via hematogênica. Conceito Infecção de sítio cirúrgico é aquela que ocorre até 30 dias após a realização do procedimento cirúrgico e, em caso de implante de prótese, em até 01 ano após o procedimento. Epidemiologia As infecções de sítios cirúrgicos contribuem para cerca de 15% de todas as infecções relacionadas a assistência à saúde e 37% das infecções de pacientes cirúrgicos adquiridas em hospital. Dois terços são incisionais e um terço confinado ao espaço orgânico. Em paises ocidentais, a freqüência de tais infecções é de 15%–20% de todos os casos, com uma incidência de 2%-15% em cirurgia geral. Os custos da assistência à saúde aumentam substancialmente em pacientes com ISC (26). As ISC levam a um aumento médio da duração da internação hospitalar em 4 a 7 dias. Os pacientes infectados têm duas vezes mais chance de ir a óbito, duas vezes mais chance de passar algum tempo na UTI e cinco vezes mais chance de ser readmitido após a alta. Etiologia Os agentes etiológicos são constituídos pela flora bacteriana do paciente no local da cirurgia: Cirurgias limpas: Staphylococcus aureus, estafilococo coagulase negativo, estreptococo ß hemolítico; Cirurgia de cabeça e pescoço: Staphylococcus aureus, estafilococo coagulase negativo, estreptococo ß hemolítico, anaeróbios de boca; Cirurgias abaixo do diafragma: Staphylococcus aureus, estafilococo coagulase negativo, estreptococo ß hemolítico, anaeróbios, enterobactérias; Inserção de próteses, enxertos, “shunt”: estafilococo coagulase negativo, Staphylococcus aureus; Bactérias multirresistentes em ambientes e situações específicas: MRSA, MRSE. Critérios para indicação da profilaxia cirúrgica Tradicionalmente, a profilaxia cirúrgica é indicada de acordo com a classificação da ferida operatória. No entanto, devemos avaliar também o tipo de cirurgia, as condições do paciente, o risco de ISC e, se esta ocorrer, qual a sua gravidade. 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 59 CLASSIFICAÇÃO DA FERIDA OPERATÓRIA Grau de contaminação Percentual de infecção Indicação de antibiótico profilático Cirurgias Limpas São aquelas realizadas geralmente de forma eletiva, na ausência de processo infeccioso local, em tecidos estéreis ou de fácil descontaminação. Cirurgias realizadas na pele, tela subcutânea, coração e vasos, baço, fígado, pâncreas, estômago (exceto em casos de acloridria, obstrução e hemorragia), ossos, articulações, glândulas endócrinas, sistema nervoso, aparelho renal, ovário, trompas e glândulas mamárias. < 5% Não Exceção: cirurgias cardíacas, neurocirurgias e implante de próteses. 8% a 15% Sim 15% a 20% Sim > 50% Uso Terapêutico Cirurgias Potencialmente Contaminadas São aquelas realizadas na ausência de supuração, em tecidos que albergam uma microbiota própria, pouco numerosa, de difícil descontaminação. Incluem cirurgias realizadas na conjuntiva ocular, ouvido externo, esôfago, estômago e duodeno (nos casos de acloridria, sangramento ou obstrução), vesícula biliar, uretra, útero e próstata. Cirurgias Contaminadas Englobam as cirurgias realizadas em tecidos inflamados ou com microbiota própria, abundante, de difícil descontaminação. Incluem cirurgias realizadas no trato respiratório alto e cavidade bucal; no íleo, cólon, reto e ânus; na vulva e vagina. Compreendem também feridas traumáticas ocorridas 4 a 6 h antes da cirurgia. Cirurgias Infectadas São as realizadas em qualquer tecido que apresente supuração local, bem como as feridas traumáticas ocorridas há mais de 6 horas do atendimento; as feridas traumáticas grosseiramente contaminadas com sujeira ambiental ou fezes, as fraturas expostas e as perfurações de vísceras ocas no abdome. Pág. 60 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Fatores de Risco de ISC Relacionados ao paciente Relacionados ao préop Relacionados ao intra-op Extremos de idade Permanência hospitalar prolongada Quebra da técnica asséptica Desnutrição Tricotomia inadequada Grau de contaminação da ferida cirúrgica Obesidade Tratamento prévio com antimicrobianos Tempo prolongado de cirurgia Diabetes Aplicação de vasoconstritores locais Hipoxemia Uso abusivo de eletrocautério Múltiplas comorbidades Hematomas não drenados, espaço vazio ou tecidos desvitalizados Infecção concomitante Corpos estranhos e drenos Uso de terapia imunossupressora Próteses Doenças imunossupressoras Hipotermia Cirurgia recente (<30 dias) Hiperglicemia ASA classe 3, 4 ou 5 Hipotensão arterial Transfusão sanguínea Fatores protetores de ISC Uso apropriado de antibiótico profilático; Técnica cirúrgica asséptica; Normoglicemia; Hiperoxigenação; Normotermia; Remoção apropriada dos pelos. Métodos para limitar o risco de infecção Avaliação completa de todos os pacientes cirúrgicos no pré-operatório; Redução da hospitalização pré-operatória; Avaliação e tratamento de infecções metastáticas; Redução de peso (para pacientes obesos); Interrupção do uso de tabaco; Controle da hiperglicemia; Restauração das defesas do hospedeiro; Diminuição da contaminação bacteriana endógena; Uso de métodos apropriados para remoção de pelos; 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 61 Administração apropriada e oportuna de antimicrobianos profiláticos; Confirmação de assepsia de instrumentais e antissepsia correta da pele; Manutenção de técnica cirúrgica correta e de minimização do trauma tecidual; Manutenção de normotermia durante a cirurgia. Diminuição do tempo operatório; Vigilância efetiva da ferida. Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Benefícios Prevenção de infecções cirúrgicas; Diminuição de mortalidade pós-operatória; Diminuição de morbidade pós-operatória; Redução do tempo de hospitalização; Retorno mais rápido às atividades usuais após a alta hospitalar. Riscos Reações alérgicas ao antibiótico; Diarréia associada a uso de antibiótico e diarréia por Clostridium difficile; Indução de resistência bacteriana; Interação com outros medicamentos; Seleção de microorganismos resistentes; Custos elevados. Indicação de uso Cirurgias com taxas elevadas de infecção ou com morbi-mortalidade elevada (uso de próteses, cirurgias cardíacas, cirurgias ortopédicas com uso de fios ou próteses, neurocirurgias); Em cirurgias limpas, quando não existir evidência científica que comprove benefício, não são indicadas, com exceção das condições acima descritas; Não há indicação de antibioticoprofilaxia se o paciente estiver em uso de tratamento eficaz. Força da indicação Fortemente recomendada O uso de profilaxia antimicrobiana inequivocadamente reduz a mortalidade, o custo hospitalar e o consumo total de antibióticos; Recomendada O uso de profilaxia reduz a morbidade precoce, o custo hospitalar e pode diminuir o consumo total de antibióticos; Deve ser considerada Em procedimentos cirúrgicos em que não existem evidências científicas definitivas com a qualidade desejada, por exemplo: cirurgias potencialmente contaminadas ou procedimentos com inserção de prótese; Não recomendada Em que não há comprovação de efetividade clínica e, como as consequências de infecção estão relacionadas à morbidade precoce, é provável que haja aumento do consumo de antibióticos com pouco benefício clínico. Pág. 62 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Escolha do antibiótico Os antibióticos escolhidos devem ser efetivos contra os patógenos esperados para aquele sítio; Devem-se utilizar antibióticos de espectro de ação reduzido; Pacientes colonizados com bactérias multirresistentes (MRSA, MRSE) ou ambientes com alta prevalência de bactérias multirresistentes e em procedimentos de alto risco (cardíacos, neurocirurgia, prótese vascular: - Em caso de pacientes portadores de bactérias multirresistentes deverá ser solicitada avaliação prévia do SCIH quanto à necessidade de antibioticoprofilaxia cirúrgica especial; - Antibioticoprofilaxia com DROGAS APROPRIADAS (ex: vancomicina); - Descolonização prévia (mupirocina nasal). Pacientes alérgicos a beta-lactâmicos: - Desenvolveram urticária, angioedema, broncoespasmo, hipotensão, arritmia, edema laríngeo, necrólise epidérmica tóxica ou febre por droga após uso de medicamentos dessa classe; - Clindamicina é a substituta usual; - Vancomicina deve ser usada em situações específicas. Pacientes alérgicos a sulfametoxazol/trimetoprim devem usar ciprofloxacim; Em cirurgias abdominais, a clindamicina pode ser substituída por metronidazol se houver impedimento do uso do primeiro antibiótico. Administração Administração por via venosa (exceto em recomendações para procedimentos específicos); A administração do antibiótico deve estar completa no período preferencial de até 30 min antes da incisão cirúrgica. Observação: - Observar o tempo recomendado de infusão de cada antibiótico; - Vancomicina, quando indicada, deve ser infundida 60 a 120 min antes da incisão da pele em infusão de aproximadamente 1 hora (risco de síndrome do homem vermelho). A dose utilizada deve ser a mesma empregada para o tratamento de infecção; Se houver necessidade de utilizar torniquete na cirurgia, a dose do antibiótico deve estar completamente infundida antes da insuflação do mesmo. Duração da antibioticoprofilaxia Dose única Exceções: - Artroplastia – até 24 h - Cirurgia cardíaca aberta – até 48 h - Trauma abdominal com perfuração de víscera oca – até 24h. Em caso de sinais de infecção administrar antibioticoterapia. Necessidade de doses adicionais durante a cirurgia: - Quando a cirurgia se prolongar por mais de 4h e caso o antibiótico em uso seja a cefazolina; - Se houver perda significativa de sangue durante a cirurgia (≥ 1.500 ml no adulto e ≥ 25 ml/Kg em criança). 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 63 A folha de solicitação de antimicrobiano deve conter a justificativa de antibioticoprofilaxia cirúrgica no pós-operatório. As solicitações de antibióticos profiláticos por período maior que 12h de pós-op nos casos não previstos neste protocolo deverão ser justificadas e aprovadas pelo SCIH. Dose e Tempo de Infusão As doses consideradas na tabela abaixo são para pacientes adultos eutróficos. Consultar doses específicas por kg/peso para desnutridos e portadores de insuficiência renal. ANTIBIÓTICO DOSE RE-DOSE (se indicado durante cirurgia) CEFAZOLINA Criança: 20-30 mg/Kg Adulto: < 70 Kg – 1 g ≥ 70 Kg – 2 g 1 g a cada 4h 3 a 5 min CLINDAMICINA Criança: < 10 Kg – máx 37,5 mg ≥ 10 Kg – 3-6 mg/Kg Adulto: 600 mg 600 mg a cada 6h 10 a 60 min GENTAMICINA 1,5 mg/Kg 1,5 mg/Kg a cada 4a6h 30 a 60 min AMICACINA 15 mg/Kg – máx 1 g 500 mg a cada 6 h 30 a 60 min METRONIDAZOL 15 mg/Kg – máx 1 g Oral: 2 g 500 mg a cada 8 h 30 a 60 min VANCOMICINA 10-15 mg/Kg – máx 1 g 1 g a cada 12 h ≥ 60 min CIPROFLOXACIM 400 mg Oral: 500 mg 400 mg a cada 6 h 60 min SULFAMETOXAZOL/ TRIMETOPRIM Criança: 30 mg/Kg/d (SMZ) Adulto: 800/160 mg NEOMICINA Oral: 2 g ERITROMICINA Oral: 1 g Pág. 64 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica TEMPO DE INFUSÃO 30 a 60 min TABELAS Recomendações de Antibioticoprofilaxia Cirúrgica para Prevenção de Infecções de Sítio Cirúrgico 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 65 Pág. 66 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 67 Pág. 68 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 69 Pág. 70 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 71 Pág. 72 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 73 Pág. 74 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 75 Pág. 76 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 77 Pág. 78 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 79 Pág. 80 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 81 Pág. 82 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 83 Pág. 84 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 85 Pág. 86 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 87 Pág. 88 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica Pág. 89 Pág. 90 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica ITENS DE CONTROLE 1. Número absoluto de procedimentos cirúrgicos em que o antibiótico profilático recomendado foi administrado 30 minutos antes da incisão cirúrgica / Número absoluto de procedimentos cirúrgicos passíveis de uso de antibioticoprofilaxia no trimestre. Meta: 100%. 2. Número absoluto de casos de infecção de sítio cirúrgico em cirurgias limpas / Número absoluto de procedimentos cirúrgicos considerados como cirurgias limpas no trimestre. 3. Número absoluto de mortes nas primeiras 24h após cirurgia / Número absoluto de procedimentos cirúrgicos passíveis de uso de antibioticoprofilaxia no trimestre. 4. Número absoluto de mortes em pacientes internados após cirurgia / Número absoluto de procedimentos cirúrgicos passíveis de uso de antibioticoprofilaxia no trimestre. REFERÊNCIAS 1. Classen et al. The Timing of Prophylatic Administration of Antibiotics and the Risk of Surgical Wound Infection. The New England Journal of Medicine. Jan 30, 1992. 2. Antimicrobial Prophylaxis in Surgery. 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Segundo desafio global para a segurança do paciente: Cirurgias seguras salvam vidas (orientações para cirurgia segura da OMS)/Organização Mundial da Saúde; tradução de Marcela Sanchez Nilo e Irma Angélica Duran – Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde; Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, 2009. 26. Caderno de Protocolos Clínicos da FHEMIG Segunda Edição (revisada e ampliada), 2010. Disponível em http://www.fhemig.mg.gov.br/pt/protocolos-clinicos Pág. 92 028 – Antibioticoprofilaxia Cirúrgica