Memória física Memória RAM(RandomAccess Memory), ou memória de acesso aleatório, é um tipo de memória que permite a leitura e a escrita, utilizada como memória primária em sistemas eletrônicos digital. A memória principal de um computador baseado na Arquitetura de Von-Neumann é constituída por RAM. É nesta memória que são carregados os programas em execução e os respectivos dados do utilizador. Uma vez que se trata de memória volátil, os seus dados são perdidos quando o computador é desligado. Para evitar perdas de dados, é necessário salvar a informação para suporte não volátil (por ex. disco rígido), ou memória secundária. O nome da Memória RAM não é verdadeiramente apropriado, já que outros tipos de memória (ROM, etc...) também permitem o acesso aleatório a seu conteúdo. O nome mais apropriado seria Memória de Leitura e Escrita. A capacidade de uma memória é medida em Bytes, kilobytes (1 KB = 1024 ou 210 Bytes), megabytes (1 MB = 1024 KB ou 220 Bytes) ou gigabytes (1 GB = 1024 MB ou 230 Bytes). Memória Virtual O conceito de realocação de memória possibilitou o desenvolvimento de um mecanismo mais sofisticado de utilização de memória denominado memória virtual. O conceito de memória virtual está baseado em desvincular o endereçamento feito pelo programa dos endereços físicos da memória principal. Assim, os programas e suas estruturas de dados deixam de estar limitados ao tamanho da memória física disponível. Segundo Deitel, “o termo memória virtual é normalmente associado com a habilidade de um sistema endereçar muito mais memória do que a fisicamente disponível”. Este conceito surgiu em 1960 no computador Atlas, construído pela Universidade de Manchester (Inglaterra), embora sua utilização mais ampla tenha acontecido recentemente. A Figura 9 mostra a representação da memória virtual e real. Figura 9 – Representação da memória virtual e real. Conforme pode ser visto na Figura 9, a memória virtual de um sistema é, de fato, o(s) arquivo(s) de troca ou swap file(s) gravado(s) no disco rígido. Portanto a memória total de um sistema, que possui memória virtual, é a soma de sua memória física, de tamanho fixo, com a memória virtual. O tamanho da memória virtual, chamado de arquivo de paginação no Windows XP, é definido, basicamente, pelo menor valor dentre os seguintes: • capacidade de endereçamento do processador; • capacidade de administração de endereços do SO; • capacidade de armazenamento dos dispositivos de armazenamento secundário (unidades de disco). Um programa no ambiente de memória virtual não faz referência a endereços físicos de memória (endereço reais), mas apenas a endereço virtuais. No momento da execução de uma instrução, o endereço virtual é traduzido para um endereço físico, pois o processador acessa apenas posições da memória principal. O mecanismo de tradução do endereço virtual para endereço físico é denominado mapeamento. Este mecanismo, nos sistemas atuais, é feito pelo hardware, com o auxílio do SO, e ele traduz um endereço localizado no espaço de endereçamento virtual para um endereço físico de memória, pois o programa executado em seu contexto precisa estar no espaço de endereçamento real para poder ser referenciado ou executado. Portanto um programa não precisa estar necessariamente contíguo na memória real para ser executado. O mecanismo de tradução se encarrega de manter tabelas de mapeamento exclusivas para cada processo, relacionando os endereços virtuais do processo às suas posições na memória física. A memória virtual pode ser implementada basicamente por meio dos mecanismos de paginação e segmentação. Atualmente, paginação é o mecanismo mais popular de implementação de memória virtual. A segmentação é uma alternativa menos utilizada, embora mais adequada do ponto de vista de programação. Alguns sistemas usam ambas as técnicas. Paginação A paginação é a técnica de gerenciamento de memória que faz uso da memória virtual, ou seja, o espaço de endereçamento é maior do que o tamanho da memória fisicamente presente no sistema. Nesta técnica, o espaço de endereçamento total do sistema, denominado de espaço de endereçamento virtual, é dividido em pequenos blocos de igual tamanho chamados páginas virtuais ou simplesmente páginas. Cada página possui um número que a identifica. Da mesma forma, a memória física é dividida em blocos iguais, do mesmo tamanho das páginas virtuais, denominados de molduras de páginas. Cada moldura de página também é identificada por um número, e corresponde uma certa região da memória física. Tanto as páginas virtuais como as molduras de páginas começam a ser identificadas a partir do número zero. Segmentação Segmentação é a técnica de gerenciamento de memória onde os programas são divididos logicamente em sub-rotinas e estruturas de dados e colocados em blocos de informações na memória. Os blocos têm tamanhos variáveis e são chamados segmentos, cada um com seu próprio espaço de endereçamento A grande diferença entre a paginação e a segmentação é que, enquanto primeira divide o programa em partes de tamanho fixo, sem qualquer ligação com a estrutura do programa, a segmentação permite uma relação entre a lógica do programa e sua divisão na memória. Mecanismos para alocação de memória {Simples} Contínua Alocação { Particionada } { Estática } { Dinâmica } Não continua Paginação Segmentação Segmentação com paginação Até estudarmos memória virtual supor que para um programa ser executado ele carregado completamente em memória. Alocação contígua simples • Sistema mais simples • Memória principal é dividida em duas partições: o Sistema operacional (parte baixa de memória) o Processo de usuário (restante da memória) • Usuário tem controle total da memória podendo inclusive acessar a área do sistema operacional. Ex.: DOS • Evolução: inserir proteção através de mecanismos de hardware + software o Registradores de base e de limite o Memory Management Unit (MMU) Alocação continua particionada • Existência de múltiplas partições • Imposta pela multiprogramação • Filosofia: o Dividir a memória em blocos (partições) o Cada partição pode receber um processo (programa) o Grau de multiprogramação é fornecido pelo número de partições necessita • Importante: não considerando a exstência de swapping • Duas formas básicas: o Alocação contígua com partições fixas (estática) o Alocação contígua com partições variáveis (dinâmica) • O sistema operacional é responsável pelo controle das partições mantendo informações como: o Partições alocadas o Partições livres Alocação contígua particionada fixa • Memória disponível é dividida em partições de tamanho fixo que podem ser do mesmo tamanho ou não • Questões: o Processos podem ser carregados em qualquer partição? _ Depende se o código é absoluto ou relocável o Número de processos que podem estar em execução ao mesmo tempo? _ Sem swapping – igual ao número de partições (máximo) _ Com swapping – maior que o número de partições o Se o programa é maior que o tamanho da partição? _ Não executa a menos que se empregue um esquema de overlay. SOBRE O WINDOWS 98 ELE NÃO GERENCIA COM SUA CAPACIDADE MÁXIMA MAIS QUE 128MB DE RAM. Se sabemos o quanto temos de ocupação em disco e limitamos o tamanho desta área destinada à memória virtual, conseguimos um bom ganho no desempenho e uma área do HD com 2 ou 3 vezes a quantidade de memória que o micro possui. Se o seu micro possui 32Mb de memória, especifique 96, se 64 use 128 e assim por diante. Use o raciocínio inverso para micros com grande quantidade de memória, uma vez que não há necessidade de grandes áreas de disco para esta função. Se observar problemas durante a execução de algum programa, altere estes valores, de forma a otimizar seu micro para as suas necessidades.