A CADEIA DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Professor Esp. André Luís Souza Stella A DINÂMICA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS • O comportamento das doenças infecciosas, na comunidade, varia em cada ponto no tempo e no espaço. • Para que ocorram infecções parasitárias é fundamental que haja elementos básicos expostos e adaptados às condições do meio. • Para que possamos compreender melhor a dinâmica das doenças de notificação compulsória, faz-se necessário primeiramente, a compreensão de alguns conceitos básicos e importantes relativos e doenças infecciosas e parasitárias. 2 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA • História natural da doença: é o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento. • Estes processos, compreendem: • As primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente; • A resposta do homem ao estímulo; • As alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte; 3 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA • História natural da doença, portanto, tem desenvolvimento em dois períodos sequenciados: • 1. Período Epidemiológico : o interesse é dirigido para as relações suscetível-ambiente. • 2. Período Patológico: interessam as modificações que se passam no organismo vivo. 4 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA • Abrange, portanto, dois domínios interagentes, consecutivos e mutuamente exclusivos, que se completam: • o meio ambiente, onde ocorrem as pré-condições; 5 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA • O meio interno, lócus da doença, onde se processaria, de forma progressiva, uma série de modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de uma determinada enfermidade. 6 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA • PERÍODO DE PRÉ-PATOGÊNESE (EPIDEMIOLÓGICO) • O primeiro período da história natural: é a própria evolução das inter-relações dinâmicas, que envolvem, de um lado, os condicionantes sociais e ambientais e, do outro, os fatores próprios do suscetível, até que se chegue a uma configuração favorável á instalação da doença. Os condicionantes sociais e ambientais somados aos fatores próprios do suscetível, podem configurar a instalação de uma doença. 7 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA • PERÍODO DE PRÉ-PATOGÊNESE (EPIDEMIOLÓGICO) • É também a descrição desta evolução. Envolve, como já foi referido antes, as inter-relações entre os agentes etiológicos da doença, o suscetível e outros fatores ambientais que estimulam o desenvolvimento da enfermidade e as condições sócio-econômico-culturais que permitem a existência desses fatores. 8 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA • PERÍODO DE PATOGÊNESE (PATOLÓGICO) • É o seguimento da história natural da doença com a sua implantação e evolução no homem. • É o período do desenvolvimento da doença. PERÍODO PRÉ-PATOGÊNESE PERÍODO DE PATOGÊNESE 9 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA • PERÍODO DE PATOGÊNESE (PATOLÓGICO) • Este período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado. • Seguem-se as perturbações bioquímicas em nível celular, continuam com as perturbações na forma e na função, evoluindo para defeitos permanentes, cronicidade, morte ou cura. 10 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA • CONCLUI-SE QUE: • Em cada ponto no tempo e no espaço, a forma particular de comportamento das doenças na comunidade estaria condicionada pela estrutura epidemiológica. • A forma de apresentação das doenças infecciosas nas comunidades em cada momento e lugar, expressaria o que podemos denominar de características epidemiológicas relativos à pessoa, tempo e lugar. 11 DOENÇA INFECCIOSA • CONCEITO • Doença infecciosa é aquela causada por um agente infeccioso específico ou por seu produto tóxico e ocorre pela transmissão deste agente ou dos seus produtos de uma pessoa, animal ou reservatório infectado para um hospedeiro susceptível. BACTÉRIAS VÍRUS FUNGOS PROTOZOÁRIOS ECTO PARASITAS ENDO PARASITAS 12 DOENÇA • DOENÇA • Alteração do estado de equilíbrio de um indivíduo consigo mesmo ou com o meio. • Doença é um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando o seu estado normal de saúde. • O vocábulo é de origem latina, em que “dolentia” significa “dor, padecimento”. 13 DOENÇAS INFECCIOSAS • Para que ocorram infecções parasitárias é fundamental que haja elementos básicos expostos e adaptados às condições do meio. • Os elementos básicos da cadeia de transmissão das infecções parasitárias são o hospedeiro, o agente infeccioso (causador ou etiológico) e o meio ambiente. No entanto, em muitos casos, temos a presença de vetores (transmissores), isto é, insetos que transportam os agentes infecciosos de um hospedeiro parasitado a outro, até então sadio, ou seja, não infectado, como podemos citar nos casos da febre amarela, da leishmaniose e outras doenças. 14 DOENÇA INFECCIOSA • AGENTE ETIOLÓGICO • Causador ou responsável pela origem da doença (infecção). • É um ser vivo capaz de reconhecer seu hospedeiro, penetrar, desenvolver-se, multiplicar-se neste ser vivo e, mais tarde, sair para alcançar novos hospedeiros. BACTÉRIAS VÍRUS FUNGOS PROTOZOÁRIOS ECTO PARASITAS ENDO PARASITAS 15 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA • MEIO AMBIENTE • É o espaço constituído pelos fatores físicos, químicos e biológicos, cujo intermédio são influenciados o agente infeccioso/parasita e o hospedeiro. 16 ELEMENTOS DA CADEIA DE TRANSMISSÃO • HOSPEDEIRO • Em uma cadeia de transmissão, o hospedeiro pode ser o homem ou um animal, Inclusive aves e artrópodes, que ofereça, em condições naturais, subsistência ou alojamento a um agente infeccioso. • Na relação parasito-hospedeiro, esse pode comportar-se como um portador que não apresenta sintomas ou como um indivíduo que apresente sintomas, sendo que os dois são capazes de transmitir a doença. • Classificam-se de quatro tipos: PRIMÁRIO OU DEFINITIVO, SECUNDÁRIO OU INTERMEDIÁRIO, PARATÉNICO OU DE TRANSPORTE e RESERVATÓRIO; 17 ELEMENTOS DA CADEIA DE TRANSMISSÃO • HOSPEDEIRO PRIMÁRIO OU DEFINITIVO: • Um ser vivo que é imprescindível para o desenvolvimento do agente etiológico, já que aí desenvolverá, principalmente, sua fase adulta. • É o hospedeiro em que o parasita atinge a maturidade ou passa sua fase sexuada. 1. 2. 1. O hospedeiro definitivo do Plasmodium é o Anopheles; 2. Os hospedeiros definitivos do Schistossoma mansoni são os humanos 18 ELEMENTOS DA CADEIA DE TRANSMISSÃO • HOSPEDEIRO SECUNDÁRIO OU INTERMEDIÁRIO: • Igualmente imprescindível no ciclo vital do parasita, onde este desenvolve alguma ou todas as fases larvais ou juvenis. • Os hospedeiros intermediários abrigam parasitas na fase larvária ou assexuada. Ex: O caramujo é o hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni. 19 ELEMENTOS DA CADEIA DE TRANSMISSÃO • HOSPEDEIRO PARATÉNICO OU DE TRANSPORTE: • É o tipo de hospedeiro intermediário no qual o parasita imaturo pode sobreviver por tempo indefinido, mas o desenvolvimento requer a infecção pelo hospedeiro definitivo. • O parasita não evolui nesse e portanto, não é imprescindível para completar o ciclo vital. EX.: Peixes de grande porte, que ingerem outros peixes de menor porte contendo larvas do parasita de Diphyllobotrium. Essas larvas são transportadas aos humanos quando eles ingerem os peixes parasitados. 20 ELEMENTOS DA CADEIA DE TRANSMISSÃO • HOSPEDEIRO RESERVATÓRIO: • É o que abriga, tanto quanto o hospedeiro primário, a um agente infeccioso ou parasita que pode invadir ocasionalmente também o organismo humano. • EX.: Além do homem, mamíferos domésticos e silvestres têm sido naturalmente encontrados infectados pelo Trypanosoma cruzi, tais como gato, cão, rato, tatu, gambá. 21 ELEMENTOS DA CADEIA DE TRANSMISSÃO • HOSPEDEIRO SUSCEPTÍVEL: • Representa, mediante todos os hospedeiros, o indivíduo que pode contrair a doença. 22 ELEMENTOS DA CADEIA DE TRANSMISSÃO • VEÍCULO • Elementos ou objetos inanimados que veiculam (transportam) agentes infecciosos. • EX.: Alimentos, Água, Agulhas, Seringas, Panos, Copos, Talheres. 23 ELEMENTOS DA CADEIA DE TRANSMISSÃO • INFECÇÃO • Penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no homem. 24 ELEMENTOS DA CADEIA DE TRANSMISSÃO • INFESTAÇÃO • Alojamento, desenvolvimento e artrópodes na superfície do corpo. reprodução de Pediculus humanus Pthirus pubis Sarcoptes scabiei Ancylostoma brasiliense Tunga penetrans 25 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Professor Esp. André Luís Souza Stella ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • TRANSMISSÃO • Entendemos transmissão como a transferência de um agente etiológico animado de um reservatório ou fonte de infecção (veículo) para um novo hospedeiro suscetível. • A transmissão pode ocorrer de três formas: DIRETA (CONTÁGIO) IMEDIATA MEDIATA INDIRETA AGENTES VEÍCULOS VERTICAL 27 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • TRANSMISSÃO DIRETA (CONTÁGIO) • É transferência rápida do agente etiológico, sem a interferência de veículos. Pode ocorrer de duas formas distintas: TRANSMISSÃO DIRETA (CONTÁGIO) DIRETA IMEDIATA DIRETA MEDIATA É a transmissão em que há um contato físico entre o reservatório ou fonte de infecção e o novo hospedeiro suscetível. É a transmissão em que não há contato físico entre o reservatório ou fonte de infecção e o novo hospedeiro; a transmissão se faz por meio das secreções oro nasais transformadas em partículas pelos movimentos do espirro ou da fala. Essas partículas, são dotadas da capacidade de conduzir agentes infecciosos existentes nas vias respiratórias. Essas partículas são denominadas "gotículas de flügge". EX.: DST’s EX.: COQUELUCHE, TUBERCULOSE 28 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • TRANSMISSÃO INDIRETA • É a transferência do agente etiológico por meio de veículos animados (vetores biológicos ou mecânicos) ou inanimados (veículos). A fim de que a transmissão indireta possa ocorrer, torna-se essencial que: os agentes etiológicos sejam capazes de sobreviver fora do organismo durante um certo tempo; existam veículos que transportem os microrganismos ou parasitas de um lugar a outro. 29 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • TRANSMISSÃO INDIRETA POR VEÍCULO ANIMADO • é aquela que se dá por meio de um artrópode que transfere um agente infeccioso do reservatório ou fonte de infecção para um hospedeiro suscetível. TRANSMISSÃO INDIRETA VEÍCULO ANIMADO VETOR BIOLÓGICO VETOR MECÂNICO Vetor no qual se passa, obrigatoriamente, uma fase do desenvolvimento de determinado agente etiológico; são também denominados hospedeiros. Erradicando-se o vetor biológico, desaparece a doença que ele transmite. Vetor acidental que constitui somente uma das modalidades da transmissão de um agente etiológico. Sua erradicação retira apenas um dos componentes da transmissão da doença. EX.: Mosquito Anopheles e a Malária. EX.: As moscas, que podem transmitir agentes eliminados pelas fezes, à medida que os transportam em suas patas ou asas após pousarem em matéria fecal. 30 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • TRANSMISSÃO INDIRETA POR VEÍCULO INANIMADO • é aquela que se dá por meio de um artrópode que transfere um agente infeccioso do reservatório ou fonte de infecção para um hospedeiro suscetível. TRANSMISSÃO INDIRETA VEÍCULO INANIMADO ÁGUA AR ALIMENTO SOLO FÔMITES Ingestão ou contato com água contaminada por agentes etiológicos. Inspirar ar contaminado por agentes etiológicos. Ingestão de alimentos contaminados com o agente etiológico. Contato com partículas do solo contaminadas com o agente etiológico. Contato com instrumentos contaminados com o agente etiológico. EX.: Cólera EX.: Difteria EX.: Salmonelose EX.: Micoses EX.: Tétano 31 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • TRANSMISSÃO VERTICAL • É aquela que ocorre da mãe para o filho, através da placenta, amamentação ou parto. • Ex.: Sífilis Congênita, AIDS, Hepatite, TRANSMISSÃO VERTICAL 32 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • VIAS DE ELIMINAÇÃO DE AGENTES INFECCIOSOS • Os agentes infecciosos, após penetrarem no hospedeiro, instalam-se nos tecidos, cavidades ou órgãos que mais os beneficiam, multiplicam-se e, depois, saem ou eliminam formas infectantes (larvas, ovos, cistos). • Para tal, utilizam-se das seguintes portas de saída ou vias de eliminação: ÂNUS E BOCA (DIGESTIVA) PELE E MUCOSAS (TRANSCUTÂNEA) NARIZ E BOCA (RESPIRATÓRIA) VAGINA E URETRA (UROGENITAL) 33 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • ÂNUS E BOCA (DIGESTIVA) • Os agentes infecciosos saem, juntamente com as fezes, pela via digestiva, através do ânus. Estes são normalmente aqueles agentes que penetram por via oral (boca), localizando-se, geralmente, na faringe e órgãos do aparelho digestivo (principalmente nos intestinos). • Ex.: o Vírus da hepatite A e as bactérias causadoras de diarréias e disenterias (Entamoeba coli, Salmonella, Shigella), febre tifóide, cólera, toxoplasmose, cistecerco de Taenia sp., ovos de S. mansoni, A. lumbricoides, Enterobius (oxíuros) e Trichuris, cistos de amebas e giárdias e larvas de Strongyloides. São eliminados pela saliva, dentre outros, os vírus (herpes, raiva, poliomielite) e bactérias (difteria). 34 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • PELE E MUCOSAS (TRANSCUTÂNEA) • Normalmente, a pele se descama como resultado da ação do meio ambiente, em função de atividades físicas - como exercícios - e no ato de vestir-se e despir-se. Os agentes infecciosos eliminados pela pele são os que se encontravam alojados nela e que geralmente são transmitidos por contato direto, e não pela liberação no meio ambiente. • Ex.: Através da pele ocorre a saída de vírus (herpes, varicela, verrugas) e bactérias, como as que causam furúnculos, carbúnculos, sífilis e impetigo. Leishmanias responsáveis por úlceras cutâneas e o Sarcoptes scabiei, pela sarna, também utilizam a pele como porta de saída; 35 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • NARIZ E BOCA (RESPIRATÓRIA) • os agentes infecciosos são expelidos por intermédio de gotículas produzidas pelo mecanismo da tosse, do espirro, de escarros, secreções nasais e expectoração. Geralmente os agentes infectam os pulmões e a parte superior das vias respiratórias. • Ex.: Temos como exemplos as seguintes doenças transmissíveis: sarampo, caxumba, rubéola, catapora, meningite, pneumonia e tuberculose. Muitas vezes, os agentes que se utilizam das vias respiratórias vão para outros locais, causando diferentes manifestações clínicas. É o caso do Streptococos pneumoniae, causador da pneumonia, que também pode provocar sinusite e otite; 36 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • VAGINA E URETRA (UROGENITAL) • Os agentes infecciosos são geralmente eliminados por via vaginal e uretral - durante a relação sexual ou contato com líquidos corpóreos contaminados - pelo sêmen (HIV, herpes, sífilis, gonorréia e Trichomonas vaginalis), pelas mucosas (fungos) ou urina (febre tifóide e febres hemorrágicas; a leptospirose, transmitida pela urina de ratos e cães infectados). 37 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • MECANISMOS DE ELIMINAÇÃO • Os agentes infecciosos se utilizam de mecanismos para serem eliminados, são eles: • ELIMINAÇÃO NATURAL: fezes, urina, excreção, secreções e placenta; • EXTRAÇÃO MECÂNICA: seringa, sexo, transplantes e mosquitos; • MORTE DE INFECTADO: carnes; 38 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • VIAS DE PENETRAÇÃO DE AGENTES INFECCIOSOS • Entende-se por via de penetração o trajeto pelo qual o agente introduz-se no novo hospedeiro. A via de penetração oferece acesso a tecidos nos quais o agente pode multiplicar-se ou local onde a toxina, por ele produzida, pode agir. Frequentemente, as vias de eliminação e de penetração são as mesmas. As vias mais importantes, são: TRATO DIGESTIVO PELE E MUCOSAS TRATO RESPIRATÓRIO TRATO UROGENITAL E SECREÇÕES 39 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • TRATO DIGESTIVO • Os agentes infecciosos penetram pela boca, junto com os alimentos, a água, ou pelo contato das mãos e objetos contaminados levados diretamente à boca. Isto acontece com os ovos de alguns vermes (lombriga), cistos de protozoários (amebas, giárdias), bactérias (cólera), vírus (hepatite A, poliomielite) e fungos; 40 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • PELE E MUCOSAS • Geralmente, os agentes infecciosos penetram na pele ou mucosa dos hospedeiros através de feridas, picadas de insetos, arranhões e queimaduras, raramente em pele íntegra. Como exemplos, temos: dengue, doença de Chagas e malária; 41 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • TRATO RESPIRATÓRIO • Os agentes são inalados juntamente com o ar, penetrando no corpo através do nariz e ou boca, pelo processo respiratório. Como exemplos, temos: vírus da gripe, do sarampo e da catapora; bactérias responsáveis pela meningite, tuberculose e difteria (crupe); 42 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • TRATO UROGENITAL • Os agentes infecciosos penetram nos hospedeiros pelos órgãos genitais, por meio de secreções e do sêmen, nos contatos e relações sexuais. Assim ocorre a transmissão da sífilis, gonorréia, AIDS, tricomoníase, herpes genital e o papilomavírus humano. 43 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • CADEIA GERAL DE TRANSMISSÃO 44 O PROCESSO MÓRBIDO DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Professor Esp. André Luís Souza Stella O PROCESSO MÓRBIDO • ASPECTOS • Os quatro aspectos básicos de um processo mórbido que formam as bases de uma doença são: • CAUSA (etiologia); • MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO (patogenia); • ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS induzidas nas células e órgãos do corpo (alterações morfológicas) • CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS das alterações morfológicas (importância clínica). 46 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • ETIOLOGIA ou CAUSA • Existem duas classes de fatores etiológicos: os intrínsecos ou genéticos e adquiridos. • No caso das doenças infecciosas, o foco se mantém nos fatores adquiridos; • O conhecimento da causa primária fornece a base sobre a qual se define um diagnóstico, compreende-se a enfermidade ou estabelece-se um tratamento. 47 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • PATOGENIA ou MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO • Refere-se à sequência de eventos na resposta das células ou tecidos ao agente etiológico, do estímulo inicial à expressão final da doença. • Compreende os eventos bioquímicos, imunológicos e morfológicos que expressam as várias etapas da doença. 48 ENTENDENDO A CADEIA DE TRANSMISSÃO • ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS ou MORFOLÓGICAS • Dizem respeito às alterações estruturais nas células ou tecidos que são típicas da doença ou diagnósticas do processo etiológico. • IMPORTÂNCIA CLÍNICA • A natureza das alterações morfológicas e sua distribuição em diferentes órgãos ou tecidos influenciam a sua função normal e determinam as manifestações clínicas (sinais e sintomas), evolução e prognóstico da doença. 49