MÚSICA MÚSICA • “Música” é a arte de combinar os sons e o silêncio; • é parte integrante da nossa vida, ela é nossa criação quando cantamos, batucamos ou ligamos um rádio ou TV; • se faz presente em todas as mídias, pois ela é uma linguagem de comunicação universal, é utilizada como forma de “sensibilizar” o outro para uma causa de terceiro; • A música existe e sempre existiu como produção cultural; ORIGENS DA MÚSICA • de acordo com estudos científicos, desde que o ser humano começou a se organizar em tribos primitivas pela África, a música era parte integrante do cotidiano dessas pessoas; • seu surgimento data de 50.000 anos, onde as primeiras manifestações tenham sido feitas no continente africano, expandindo-se pelo mundo com o dispersar da raça humana pelo planeta. • A música possui a capacidade estética de traduzir os sentimentos, atitudes e valores culturais de um povo ou nação. A música é uma linguagem local e global. MÚSICA E RELIGIÃO • Inicialmente a música era ligada a religião, sendo parte obrigatória das cerimônias devotadas aos deuses ou as graças ligadas a natureza. DIVISÃO DA MÚSICA • MÚSICA ERUDITA • MÚSICA POPULAR • MÚSICA ÉTNICA A TEORIA MUSICAL • A teoria musical só começou a ser elaborada no século V a.C., São poucas as peças musicais que ainda existem deste período, e a maioria são gregas. • Na Grécia a representação musical era feita com letras do alfabeto, formando “tetracordes” (quatro sons) com essas letras. • Foram os filósofos gregos que criaram a teoria mais elaborada para a linguagem musical na Antiguidade. • Pitágoras acreditava que a música e a matemática formavam a chave para os segredos do mundo, que o universo cantava, justificando a importância da música na dança, na tragédia e nos cultos gregos. COMPOSIÇÃO DA MÚSICA MELODIA - é a voz principal do som, é aquilo que pode ser cantado. HARMONIA - é uma sobreposição de notas que servem de base para a melodia. Por exemplo, uma pessoa tocando violão e cantando está fazendo harmonia com os acordes no violão e melodia com a voz. Por isso que os acordes fazem parte da harmonia. RITMO - é a marcação do tempo de uma música. Assim como o relógio marca as horas, o ritmo nos diz como acompanhar a música. TETRACORDES É uma série de quatro tons que preenchem um intervalo de quarta justa. Modernamente, o termo é usado para qualquer segmento de escala ou série tonal de quatro notas. Deriva da teoria musical da Grécia Antiga. Significa "quatro cordas", referindo-se a instrumentos como a harpa, a lira ou a cítara — o termo conota que as cordas sejam contíguas. INSTRUMENTOS ROMANOS HYDRAULIS TROMPETE RETO MÚSICA MEDIEVAL • A Igreja, durante a Idade Média, ditou as regras culturais, sociais e políticas de toda a Europa, com isto interferindo na produção musical daquele momento. • A música “monofônica” (que possui uma única linha melódica), sacra ou profana, é a mais antiga que conhecemos, é denominada de “Cantochão”, porém a música utilizada nas cerimônias católicas era o “canto gregoriano”. O CANTO GREGORIANO O canto gregoriano foi criado antes do nascimento de Jesus Cristo, pois ele era cantado nas sinagogas e países do Oriente Médio. Por volta do século VI a Igreja Cristã fez do canto gregoriano elemento essencial para o culto. O nome é uma homenagem ao Papa Gregório I (540-604), que fez uma coleção de peças cantadas e as publicou em dois livros: Antiphonarium e as Graduale Romanum. No século IX começa a se desenvolver o “Organum”, que são as primeiras músicas polifônicas com duas ou mais linhas melódicas. Mais tarde, no século XII, um grupo de compositores da Escola de Notre Dame reelaboraram novas partituras de Organum, tendo chegado até nós os nomes de dois compositores: Léonin e Pérotin. MÚSICA ERUDITA • • • • • Existem três definições para a música erudita, ou música clássica: - A primeira, utilizada por muitos dicionários de música, define a música erudita como sendo música "séria" em oposição à música popular, música folclórica, música ligeira ou de jazz. - A segunda definição, que serve apenas para a música clássica, afirma que essa música seria qualquer música em que a atração estética resida principalmente na clareza, no equilíbrio, na austeridade e na objetividade da estrutura formal, em lugar da subjetividade, do emocionalismo exagerado ou da falta de limites de linguagem musical. - A terceira definição afirma que música erudita seria a música feita durante o período de 1750 a 1830, em especial a de Haydn, Mozart e Beethoven. Podemos dizer que nesse período a música mais representativa e mais mencionada é a da Escola Clássica Vienense, refletindo a importância de Viena como capital musical da Europa nesse período. A música erudita ocidental distingue-se de outras formas de música, principalmente, por seu sistema de notação em partituras, em uso desde o século XVI. O sistema ocidental de partituras é utilizado pelos compositores para prescrever, a quem executa a obra, a altura, a velocidade, a métrica, o ritmo e a exata maneira de se executar uma peça musical. Isto deixa menos espaço para práticas como a improvisação e a ornamentação. FASES DA MÚSICA ERUDITA • Período Renascentista (1400 – 1600) • Período Barroco (1600 – 1760) Johann Sebastian Bach, Georg Friedrich Händel, Antonio Vivaldi, Claudio Monteverdi, • Período Clássico (1730 – 1820) Franz Joseph Haydn, Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van Beethoven, José Maurício Nunes Garcia • Período Romântico (1815 – 1910) Richard Wagner, Piotr Ilitch Tchaikovsky, Frédéric François Chopin • Período Contemporâneo (séculos XX e XXI) Carlos Gomes, Heitor Villa Lobos, MÚSICA POPULAR • Música popular é qualquer gênero musical acessível ao público em geral. Distingue-se da música folclórica por ser escrita e comercializada como uma comodidade, sendo a evolução natural da música folclórica, que seria a música de um povo transmitida ao longo das gerações. Como o nome mesmo já diz, é a música do povo, oposta à chamada "música erudita" por ter o foco no intérprete e na performance numa determinada camada social. • Entre estudiosos em ciências humanas, foi proposto um grande número de definições a respeito da música popular. Frans Birrer (1985, pág. 104) estabelece quatro conceitos de "música popular", a saber: • Definição normativa: a música popular é um tipo musical de qualidade inferior. • Definição negativa: a música popular é a música que não pode ser classificada em qualquer outro gênero. • Definição sociológica: a música popular é associada a um estrato específico da sociedade. • Definição tecnológico-econômica: a música popular é disseminada pela mídia de massa e pelo mercado. MÚSICA FOLCLÓRICA ou ÉTNICA A música folclórica, segundo a etimologia do termo adotada no século XIX, era a música feita pela sabedoria popular. O termo indica especialmente a música feita pela sociedade pré-industrial, fora dos circuitos da alta cultura urbana. Essas canções, tratam de quase todos os tipos de atividades humanas. Assim, muitas delas expressam crenças religiosas ou políticas de um povo ou descrevem sua história. A melodia e a letra de uma canção popular podem sofrer modificações no decorrer de um tempo, pois normalmente a transmissão é oral e passam de geração em geração. MÚSICA NO SÉCULO XX Uma revolução ocorreu na música do século XX com ganho de popularidade do rádio pelo mundo, e novas medias e tecnologias foram desenvolvidas para gravar, capturar, reproduzir e distribuir música. Como ela já não era mais limitada a concertos e clubes, tornou-se possível aos artistas da música ganhar rapidamente fama nacional e até internacional. Da mesma forma, o público poderia agora estar exposto a um leque maior de opções que anteriormente, resultando no fenômeno da world music. As apresentações tornaram-se cada vez mais visuais com a transmissão e gravação de vídeos musicais e concertos. Música de todo gênero tornou-se cada vez mais portátil. Os fones de ouvido permitiram às pessoas a sentarem-se próximas das outras e ouvirem composições completamente diferentes ou compartilhar a mesma composição. As leis de direitos autorais foram desenvolvidas, mas novas tecnologias tornaram mais fácil a gravação, o compartilhante e a reprodução ilegal de música. DODECAFONISMO O dodecafonismo é um sistema de organização de alturas musicais criada na década de 1920 pelo compositor austríaco Arnold Schoenberg. Nele as 12 notas da escala cromática são tratadas como equivalentes, ou seja, sujeitas a uma relação ordenada e não hierárquica. As notas são organizadas em grupos de doze notas denominados séries as quais podem ser usadas de quatro diferentes maneiras. MÚSICA ATONAL Em seu sentido mais amplo, é a música desprovida de um centro tonal, ou principal, não tendo, portanto, uma tonalidade preponderante. Atonalidade, neste sentido, geralmente se aplica a composições escritas de 1908 até os dias atuais, embora anteriormente já fosse usada com menos frequência. Na música atonal, as notas da escala cromática trabalham independentemente uma da outra. Em sentido mais restrito, musica atonal é aquela que não se conforma com o sistema de hierarquias que caracterizam a música tonal clássica europeia, produzida entre os séculos XVII e XIX. Em sentido ainda mais restrito, música atonal se refere à música que não é tonal nem serial, em especial a música pré-dodecafônica da Segunda Escola de Viena, principalmente a de Alban Berg, Arnold Schoenberg e Anton Webern. MÚSICA ALEATÓRIA É um estilo de música que se desenvolveu no Século XX na qual alguns dos elementos da composição são deixados ao acaso. O termo foi inventado pelo compositor francês Pierre Boulez para descrever trabalhos a cujos executores eram dados certas liberdades com ressalvas para a ordem e repetição das partes da obra musical. A intenção de Boulez com o termo era distinguir seus trabalhos dos compostos por John Cage que se utilizava de operações improváveis para realizá-los. DANÇA • Desde 1982, no dia 29 de abril, comemora-se o dia internacional da dança, instituído pela UNESCO em homenagem ao criador do balé moderno, Jean-Georges Noverre. • A Dança é a arte de mexer o corpo, através de uma cadência de movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria. • Não é somente através do som de uma música que se pode dançar, pois os movimentos podem acontecer independente do som que se ouve, e até mesmo sem ele. • A história da dança retrata que seu surgimento se deu ainda na PréHistória, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas. • O surgimento das danças em grupo aconteceu através dos rituais religiosos, em que as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva. Os primeiros registros dessas danças mostram que elas surgiram no Egito, há dois mil anos antes de Cristo. • Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as danças apareceram na Grécia, em virtude das comemorações aos jogos olímpicos. - O Japão preservou o caráter religioso das danças. Até hoje, elas são feitas nas cerimônias dos tempos primitivos. - Em Roma, as danças se voltaram para as formas sensuais, em homenagem ao deus Baco (deus do vinho), e dançava-se em festas e bacanais. - Nas cortes do período renascentista, as danças voltaram a ter caráter teatral, que estava se perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com esse propósito. Praticamente daí foi que surgiram o sapateado e o balé, apresentados como espetáculos teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação e cenário compõem sua estrutura. - No século XVI surgiram os primeiros registros das danças, em que cada localidade apresentava características próprias. No século XIX surgiram as danças feitas em pares, como a valsa, a polca, o tango, dentre outras. Estas, a princípio, não foram aceitas pelos mais conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n roll, que revolucionou o estilo musical e, consequentemente, os ritmos das danças. - Assim como a mistura dos povos foram acontecendo, os aspectos culturais foram se difundindo. - O maracatu, o samba e a rumba são prova disso, pois através das danças vindas dos negros, dos índios e dos europeus esses ritmos se originaram. - Hoje em dia as danças voltaram-se muito para o lado da sensualidade, sendo mais divulgadas e aceitas por todo o mundo. Nos países do Oriente Médio a dança do ventre é muito difundida; e no Brasil, o funk e o samba são populares. Além desses, o strip-tease tem tido grande repercussão, principalmente se unido à dança inglesa, pole dance, também conhecida como a dança do cano. DANÇA DE SALÃO • A dança social ou dança de salão é praticada por casais, em reuniões sociais e surgiu na Europa, na época do Renascimento. Pelo menos desde os séculos XV e XVI, tornou-se uma forma de lazer muito apreciada, tanto nos salões dos palácios da nobreza, como entre o povo em geral. É chamada de social por ser praticada por pessoas comuns, em festas de confraternização, propiciando o estreitamento de relações sociais de amizade, de romance, de parentesco e outras. De salão, porque requer salas amplas para os dançarinos fazerem livremente suas evoluções e porque foi através da sua prática nos salões das cortes reais europeias que este tipo de dança foi valorizado e levado para as colônias da América, Ásia e África, sendo divulgado pelo mundo todo e transformando-se num divertimento muito popular entre diversos povos. A dança de salão chegou ao Brasil trazida pelos colonizadores portugueses, ainda no século XVI, e mais tarde, pelos imigrantes de outros países da Europa que para cá vieram. Num país como o Brasil, com tão fortes e diferentes influências culturais, não tardaram a se mesclar contribuições dos povos indígenas e africanos, num processo de inovação e modificação de algumas das danças europeias importadas, bem como de surgimento de novas danças, bem brasileiras. No Brasil, oito ritmos são os mais praticados, tanto nos bailes quanto nas escolas especializadas, sendo eles: bolero, soltinho, samba, forró, lambada, zouk, salsa e tango, sendo que ainda podemos encontrar diversas variações destes ritmos CLASSIFICAÇÃO DAS DANÇAS • Quanto ao modo de dançar: – dança solo (coreografia de solista no balé, sapateado); – dança em dupla (tango, salsa, valsa, forró); – dança em grupo (danças de roda, sapateado). • Quanto a origem: – dança folclórica (catira, carimbó, reisado); – dança histórica (sarabanda, bourré, gavota); – dança cerimonial (danças rituais indianas); – dança étnica (danças tradicionais de países ou regiões). • Quanto a finalidade: – dança erótica (can can, striptease, pole dancing); – dança cênica ou performática (balé, dança do ventre, sapateado, dança contemporânea); – dança social (dança de salão, axé, tradicional); – dança religiosa/dança profética (dança sufi).