Relatório de Petrografia (Metamórficas)

Propaganda
Identificação macroscópica
de Rochas Metamórficas
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
Revisão
O que é o metamorfismo ?
Metamorfismo
Meta = mudança
Morfos = forma
(língua grega)
O metamorfismo corresponde à transformação
de uma rocha pré-existente através da acção do
calor, da pressão e/ou de fluidos quentes.
Ma
O tempo potencia as variáveis anteriores
Quanto mais tempo a rocha estiver nas mesmas condições
(P,T) maiores serão as transformações que sofrerá.
Metamorfismo
As Modificações texturais e mineralógicas representam a
adaptação da rocha original às novas condições e serão tanto
mais pronunciadas quanto maior for o contraste entre aquelas
condições e as do seu ambiente de formação.
P1, T1, X
P2, T1, X
T – temperatura
P – pressão
X - composição
T3> T2 >T1
P3> P2 >P1
P1, T2, X
Transformações
Isoquímicas
∆X ≈ 0
P2, T2, X
P3, T3, X
Rocha original = Protólito
Temperatura
Pressão
Fluidos
O que é o gradiente geotérmico ?
O que é o gradiente geobárico ?
Tempo
PORTUGAL FERREIRA (1972)
FACTORES DE METAMORFISMO
Isotérmicas na crosta e manto superior
ZONAS DE
SUBDUÇÃO
RIFTES
Qual é o gradiente geotérmico médio na crosta ?
PORTUGAL FERREIRA (1972)
FACTORES DE METAMORFISMO
Qual é o gradiente geobárico médio na crosta ?
PORTUGAL FERREIRA (1972)
FACTORES DE METAMORFISMO
GIBBS (1874)
F + L = C +2
L=2
TEMPERATURA
PRESSÃO
F=C
FASES
MINERAIS
COMPONENTES
Diagénese - Metamorfismo – Fusão parcial
‰ A DIAGÉNESE é uma modificação da forma,
ocorrente no domínio sedimentar.
Designam-se por
processos
diagenéticos
aqueles
que
ocorrem
a
temperaturas inferiores a 200ºC e a pressões inferiores a
cerca de 300 MPa (equivalentes a cerca de 3000
atmosferas).
DOMÍNIO
SEDIMENTAR
‰ O METAMORFISMO ocorre a temperaturas e
200ºC e 300 MPa,
pressões
superiores
a
respectivamente. Estas condições dependem do domínio
crustal considerado e estão dependentes dos processos
tetónicos, nomeadamente da colisão continental e de
fenómenos de subducção.
‰ O limite superior do metamorfismo corresponde ao
domínio da FUSÃO PARCIAL HÚMIDA da rocha em
questão. A partir do momento em que a rocha começa a
fundir (ULTRAMETAMORFISMO ou ANATEXIA) o
processo aproxima-se dos processos ígneos e as
estruturas geradas são mais complexas.
DOMÍNIO
METAMÓRFICO
DOMÍNIO
MAGMÁTICO
Que processos intervêm no
metamorfismo ?
Principais processos actuantes
no Metamorfismo
‰ Recristalização – Aumento da dimensão dos cristais, relativamente à
rocha original; reporta-se essencialmente a rochas de composição monomineral
(ex. siliciosas, calcárias).
‰ Neomorfismo
- Aparecimento de novas espécies minerais*,
adaptadas a condições de pressão e de temperatura superiores; reporta-se a
rochas com mineralogia diversificada ou com minerais de composição química
complexa.
* ex. moscovite, clorite, talco, granada, turmalina, serpentina
‰ Metassomatismo
- Modificações da composição química das rochas
promovidas pelo contacto com fluidos hidrotermais, que são responsáveis pela
remoção de alguns componentes da rocha e pelo fornecimento de novos
componentes.
‰ Cataclase –
Esmagamento dos componentes da rocha devido a
movimentos tectónicos compressivos repetidos; estas rochas, de ocorrência mais
limitada, são designadas por milonitos.
Quais os grandes tipos de
metamorfismo ?
Metamorfismo
Onde se formam as rochas
metamórficas ?
Metamorfismo e Tectónica de Placas
• Fundos
oceânicos (riftes médio-oceânicos)
T muito alta/ P baixa
• Zonas
de subducção
Elevada P/ Baixa T
• Arcos
vulcânicos
Baixa P / Elevada T
• Colisão
Continente–Continente
P intermédia/ T intermédia
• Riftes
continentais
P intermédia / Elevada T
FÁCIES DE METAMORFISMO
O QUE É ?
Designa o conjunto de ROCHAS METAMÓRFICAS,
independente da sua natureza (origem), que se
formaram sob as MESMAS CONDIÇÕES de P e T e é
definida pela associação de minerais tipomorfos*
presentes numa dessas rochas escolhidas para o efeito.
* MINERAIS TIPOMORFOS
Termómetros e Barómetros das rochas
Ex. polimorfos de Al2SiO5
cianite (P elevada) – andaluzite (P e T menores) – silimanite (T elevada)
Fácies de metamorfismo
…a temperaturas e pressões mais elevadas inicia-se a fusão húmida
Sequências de metamorfismo
Diferentes composições de rochas originais
(protólitos)
Argilosas, siliciosas, quartzo-feldspáticas, ígneas básicas,
ígneas ultrabásicas,…, carbonatadas
Diferentes sequências evolutivas
Menor grau
metamorfismo
Maior grau
Que tipo de rocha se obtém pelo metamorfismo de…?
Diferentes rochas metamórficas
… deixando para trás
toda esta “conversa”
Como reconhecer uma rocha
ou
formação metamórfica ?
Metamorfismo
O metamorfismo reconhece-se pelas
transformações minerais, estruturais e
texturais
• Estruturas deformadas
• Orientação dos minerais
• Minerais típicos (novos minerais)
• Texturas típicas
Rochas Metamórficas
Relatório macroscópico
RELATÓRIO DE PETROGRAFIA
Quais os parâmetros a considerar na
descrição/classificação de uma rocha metamórfica ?
A. Estrutura
B. Textura
C. Descrição
Minerais constituintes
Abundância relativa
Estado de alteração e outros aspectos gerais
D. Nome
Estrutura
… No Campo
Morfologia e organização interna das formações
[muitas estruturas são herdadas de outras pré-existentes
destacando-se, geralmente, pela existência de deformação
(tectónica) e/ou de recristalização]
… Em Amostra de mão (relatório)
Orientação preferencial dos constituintes da rocha
- depende do processo evolutivo e da mineralogia presente
Como avaliar este aspecto ?
A rocha apresenta orientação preferencial?
A rocha tem clivagem fácil ?
Os constituintes minerais estão dispostos em bandas?
ESTRUTURAS
ESTRUTURAS ISOTRÓPICAS
Os minerais apresentam distribuição e orientação aleatória na
rocha. Típica de rochas monominerais que sofreram
recristalização. As propriedades mecânicas destas rochas não
variam significativamente consoante a direcção considerada.
ESTRUTURAS ANISOTRÓPICAS
Parte ou a quase totalidade dos minerais estão orientados
espacialmente, como resposta às tensões aplicadas durante o
processo de formação ou deformação da rocha. As
propriedades
mecânicas
destas
rochas
variam
significativamente consoante a direcção considerada.
ESTRUTURAS ISOTRÓPICAS
ESTRUTURAS SEM FOLIAÇÃO OU LINEAÇÃO
Quartzito
ESTRUTURAS ANISOTRÓPICAS
ESTRUTURAS COM FOLIAÇÃO
Os minerais, com forma lamelar, dispõem-se em
leitos ou camadas conferindo à rocha uma
orientação preferencial (direcção de fraqueza
mecânica)
ESTRUTURAS COM LINEAÇÃO
(não se estudam na aula prática)
Os minerais, fibrosos ou prismáticos alongados,
dispõem-se segundo uma direcção preferencial
formando alinhamentos
ESTRUTURAS COM FOLIAÇÃO
‰ XISTOSAS
‰ LISTRADAS
‰ GNAISSICAS
‰ PLISSADAS
ESTRUTURAS COM FOLIAÇÃO
ESTRUTURAS XISTOSAS
Com foliação muito fina (clivagem xistenta) – típica de rochas
constituídas por minerais filitosos de pequena dimensão (minerais
argilosos, sericite, clorite, talco)
Sericitoxisto
ESTRUTURAS COM FOLIAÇÃO
ESTRUTURAS LISTRADAS
Foliação fácil – típica de rochas com grande conteúdo em micas
(moscovite e biotite). Minerais lamelares e granulares (finos)
alternam em leitos.
Micaxisto biotítico
ESTRUTURAS COM FOLIAÇÃO
ESTRUTURAS GNAISSICAS
Foliação muito grosseira, conferida pelas micas, que conferem à
rocha uma orientação também grosseira. As micas formam
bandas, interrompidas pelos cristais granulares (quartzo,
feldspato,..) bem desenvolvidos
Gnaisse biotítico
ESTRUTURAS COM FOLIAÇÃO
ESTRUTURAS PLISSADAS
Para além da foliação, sobrepõem-se microdobras. Aplicável a
qualquer dos tipos anteriores
Xisto grafitoso
Factores Geológicos e Engenharia
ESTRUTURAS GEOLÓGICAS
Estruturas
geológicas
Propriedades típicas
Problemas
geotécnicos
Falhas e
fracturas
Superfícies muito contínuas;
espessura variável
Roturas, instabilidades,
acumulação de tensões,
infiltrações e alterações
Planos de
estratificação
Superfícies contínuas;
pequena separação
Roturas, instabilidades e
infiltrações
Diaclases
Superfícies pouco contínuas,
fechadas ou pouco separadas
Roturas, instabilidades,
infiltrações e alterações
Dobras
Superfícies de grande
continuidade
Instabilidade, infiltrações e
tensões condicionadas pela
orientação
Foliação,
xistosidade
Superfícies pouco contínuas e
fechadas
Anisotropia em função da
orientação
O que é uma estrutura ?
Estruturas geológicas e problemas geotécnicos
Linguagem e outros factores distintivos
Geologia
Engenharia
Devido à independência das terminologias próprias da geologia e
da engenharia, cada área dá destaque a aspectos diferentes e os
resultados são valorizados de modo distinto, de acordo com as
suas especificidades próprias.
• Materiais anisotrópicos e heterogéneos, e • Materiais cujas propriedades variam
apresentam propriedades muito variáveis e que muito pouco. Podem ser ensaiados em
laboratório (betões, aços, etc.) e não
sofrem modificações com o tempo.
existe
variação
significativa
das
• Quantificação numérica e a atribuição precisa das propriedades com o tempo.
propriedades é difícil, ou às vezes impossível de
• Dados quantificáveis e susceptíveis de
modo a cumprir os requisitos de um projecto.
serem modelizados
• Informação geológico-geotécnica - número
limitado de reconhecimentos, ocasionando um • Grau de conhecimento muito preciso
factor de incerteza que afecta a maioria dos sobre os materiais de construção
projectos.
A utilização do conceito de coeficiente de segurança faz parte
também da prática da engenharia geológica
Factores Geológicos e Engenharia
LITOLOGIA – Tipos de rochas
Influência da litologia no comportamento geotécnico dos terrenos
Litologia
Propriedades típicas
Problemas
geotécnicos
Rochas
duras
Minerais duros e
abrasivos
Rochas
brandas
Resistência média a baixa Roturas em taludes
Minerais alteráveis
Deformabilidade em túneis
Alteração das propriedades com o tempo
Solos duros Resistência média a alta
Abrasividade
Dificuldade de escavação
Problemas nas fundações com argilas
expansivas e com estruturas instáveis
Solos
brandos
Resistência baixa a muito
baixa
Assentamentos de fundações
Roturas em taludes
Solos
orgânicos/
biogénicos
Compressibilidade alta
Estruturas meta-estáveis
Subsidência e colapsos
Textura
De que falamos
e
d
s
o
am
l
a
f
o
d
n
a
u
q
?
s
a
r
u
text
Form
a
Dimensão
l
a
i
c
a
p
s
E
o
j
Arran
Constituintes
Texturas
‰ Lepidoblástica
Mais comuns
‰ Granoblástica
‰ Porfiroblástica
‰ Nematoblástica
(minerais alongados e estreitos)
Menos comuns
‰ Cataclástica e Milonítica
(esmagamento dos constituintes)
Textura lepidoblástica
(minerais filitosos)
Xisto Luzente
(Serra da Freita)
Micaxisto biotítico
(Esmoriz)
Cristalinidade baixa a elevada
Textura granoblástica
(minerais granulares)
Calcário cristalino fétido
(Serra de Sintra)
Mármore rosa
Quartzito ferruginoso
(Vila Viçosa)
Grão grosseiro a microgranular (compacta)
Composição simples => recristalização
Lepidogranoblástica
ou
Granolepidoblástica
Textura porfiroblástica
Xisto Mosqueado (andaluzítico)
Metamorfismo de Contacto
(porfiroblastos + matriz fina)
(Serra da Freita)
Porfiroblastos: andaluzite, estaurolite, granada, micas…
Quadro-resumo das rochas metamórficas
(Colecção das aulas)
Sem foliação
Tipo de
metamorfismo
TÉRMICO
E
REGIONAL
TÉRMICO
Rocha de
origem
Calcário
Rocha metamórfica
CALCÁRIO CRISTALINO
(MÁRMORE)
CALCÁRIO CRISTALINO
FÉTIDO
Grés
silicioso
QUARTZITO*
Xisto
argiloso
XISTO MOSQUEADO
Estrutura
Textura
Granoblástica
Isotrópica
Anisotrópica
Xistosa
* Geralmente
grão mais fino
que os calcários
cristalinos
Porfiroblástica
Com foliação
ARDÓSIA
Xisto
argiloso
REGIONAL
Rochas
ígneas
básicas
Xisto
argiloso
SERICITOXISTO
Anisotrópica
Xistosa
Lepidoblástica
Componentes
essenciais
Calcite + silicatos de
metamorfismo
Quartzo
Matriz + Porfiroblastos
Minerais filitosos +
quartzo +…
Sericite
CLORITOXISTO
Clorite
TALCOXISTO
Talco
MICAXISTOS
Anisotrópica
Listrada
Lepidogranoblástica
Moscovite, Biotite +
minerais granulares
finos
GNAISSES
Anisotrópica
Gnaissica
Granolepidoblástica
Minerais granulares
(quartzo + feldspato)
+ micas ou anfíbolas
Mineralogia
Minerais comuns nas rochas
metamórficas das aulas :
Sericite – moscovite muito fina
Clorite – mica fina esverdeada
Talco – silicato de Mg, muito macio, D=1
Moscovite
Biotite
Feldspato
Quartzo
Calcite
Dolomite
Silicatos de alumínio – andaluzite e estaurolite
Granada – mineral duro de cor avermelhada
Classificação macroscópica de
rochas metamórficas
Como atribuir o Nome à rocha ?
1. Definir o Tipo em função da Estrutura e da Textura
2. Definir o Subtipo de acordo com a mineralogia
essencial ou com os porfiroblastos
QUARTZITO - Isotrópico e textura granoblástica – composição
siliciosa
MICAXISTO BIOTÍTICO - Anisotrópico listrado e textura
lepidogranoblástica, com biotite dominante
XISTO MOSQUEADO ANDALUZÍTICO - Anisotrópico xistento e
textura porfiroblástica, com porfiroblastos de andaluzite
Bom Trabalho
Download