Semicondutores Magnéticos Diluídos Mauricio Pamplona Pires IF - UFRJ Resumo • Magnetismo e spintrônica • O que são semicondutores magnéticos? • Fabricação – Crescimento epitaxial – Implantação • Dispositivos Corrente Fluxo de elétrons Elétron massa, carga e spin Controle da carga Dispositivos eletrônicos convencionais ignoram o spin do elétron. Novos dispositivos controlariam o spin do elétron ao invés da corrente Dipositivos mais rápidos e menor potência dissipada •O spin pode ser manipulado mais rápido e com menos energia •Aumento da velocidade de processamento •Aumento da densidade dos dispositivos O que é Magnetismo ? “Few subjects in science are more difficult to understand than magnetism.” Enciclopédia Britânica 1987 Dick Tracy – 1935 “ A nação que dominar o magnetismo dominará o mundo.” X-Men Magneto Magnetismo – Fenômeno coletivo, estável apesar de temperaturas elevadas. Ordem magnética: impacto sobre propriedades dos materiais como transporte e propriedades óticas. De onde vem ?..... Momento de Dipolo Magnético Histórico Magnetismo Básico Nanomagnetismo Próxima Momento de Dipolo Magnético Momento Magnético Total µT = -g µB j g = 1 somente orbital g = 2 somente spin { Magnetização ∑µ M = 1 1 1 s = , ms = − , e g = 2,00232 2 2 2 V Classificação • Origem dos momentos magnéticos • Tipo de interação entre os momentos – Magnetismo Fraco Diamagnetos Paramagnetos – Magnetismo Forte Materiais Ordenados: – Ferromagnetos Ferrimagnetos Antiferromagnetos Diamagnetos • Não possuem momento permanente – Origem: variação do momento orbital dos elétrons induzida pela ação de um campo magnético (Lei de Lenz) – Resposta se opõe ao campo → χ= M < 0(≈-10-6) H µ • • Todo material apresenta diamagnetismo Resulta do efeito de um campo VARIÁVEL sobre os elétrons Paramagnetismo • • Possuem momento magnético permanente Não há interação entre momentos • χ>0 porém pequena (10-5 - 10-3) (tende a alinhar com o campo) Temperatura X M Campo Magnético θ H H=0, M=0 H≠0 momento dipolo magnético Paramagnetismo ? Ferromagnetismo Histerese e Processos de Magnetização Mr: remanência MS Magnetização resultante quando o campo é retirado após saturação Magnetização de Saturação M Ferromagneto Macio HC: coercividade Campo reverso que reduz a magnetização a zero H Ferromagneto Duro Ferromagnetismo : Campo Molecular Hipótese de Weiss • Cada momento de dipolo magnético sofre a ação de um campo magnético efetivo criado pelos vizinhos • Campo molecular médio → Magnetização espontânea (MS) 40 χ 30 20 10 Desordenado Ordenado He = λM H tot = H a + H e = H + λ M TC 0 10 15 20 25 30 35 T χ= M H = C onde TC = λC T − Tc Lei de Curie-Weiss 40 45 50 55 60 • Aplicações Materiais magnéticos MACIOS: Fe, Permaloy – Alta permeabilidade: bons condutores de fluxo magnético – Guias de fluxo – Blindagem 1 Gb/in2 Cabeça indutiva: leitura e gravação (1986 ~ 94) Aplicações Semicondutores magnéticos diluídos GaxMn1-xAs InxMn1-xAs Interação entre átomos de Mn mediado por portadores Proprieades magnéticas podem ser influenciadas pelos mesmos fatores que modificam as propriedades elétricas Tabela periódica dos elementos III IV V Temperatura crítica Pouco compreendida Tc vs. baixas densidades de portadores Crescimento de Camadas Epitaxiais • • • • LPE VPE MBE – Molecular Beam Epitaxy MOCVD - Metal Organic Chemical Vapour Deposition Reator MBE No final dos anos de 60 foi desenvolvido também na Bell-Labs, por Cho a técnica chamada epitaxia por feixe molecular.(Molecular Beam Epitaxy – MBE). Este tem sido o mais sofisticado método de crescimento. O princípio deste crescimento reside na evaporação de fontes sólidas altamente purificadas em alto vácuo (10-10 torr sem crescimento e 10-8 a 10-6 torr durante o crescimento), produzindo feixes moleculares irecionados sobre a superfície aquecida do substrato. Cho, A. Y. e Arthur J. R.; Molecular Beam Epitaxy, Progress in Solid State Chemistry, 10, 3, 157-191 (1975). Reator MBE Reator MBE Reator MOCVD Uma outra técnica distinta chama-se deposição química por fase vapor (Chemical Vapour Deposition – CVD). Uma variante desta técnica é a epitaxia por fase gasosa de organo-metálicos (Metal Organic Vapour Phase epitaxy – MOVPE, ou Metal Organic Chemical Vapour Deposition – MOCVD). O princípio de crescimento do MOVPE baseia-se num fluxo laminar sobre o substrato aquecido por rádio freqüência ou lâmpadas infra-vermelhas. Embora o MOVPE tenha sido desenvolvido no fianl dos anos 60, ele só apareceu como alternativa a partir do começo da década de 80. Houve, nesta última década, o desenvolvimento e a purificação das fontes organometálicas para o uso no processo MOVPE. Manasevit, H., Applied Physics Letters, 12, 156 (1968). Reator MOCVD (PUC-Rio) • Temperatura • Pressão • Gases: • • • • • • • • • AsH3 PH3 TMGa TMIn TMAl, CBr4, DMZn, SiH3, (MeCp)2Mn • Fluxos bis(methylcyclopentadienyl)manganese Vantagem Desvantagem LPE •Simples •Barata •Alta taxa de crescimento •Segura •Baixa manutenção •Baixa produtividade •Baixa pureza •Não pode crescer poços quânticos •Filme não uniforme •Interfaces não abruptas MBE •Simples •Uniforme •Excelente morfologia •Interface abrupta •Controle in-situ •Alta pureza •Crescimento de nanoestruturas •Alto custo •Alta manutenção •Defeitos ovais MOVPE •Fexível •Interface abrupta •Excelente morfologia •Alta pureza •Escalabilidade •Segurança •Fontes caras •Crescimento complicado •Crescimento de nanoestruturas Onde ? MOCVD Rio de Janeiro MBE São Paulo Campinas Belo Horizonte AlAs GaP GaxAl1-xAs InxGa1-xP GaAs InP InxGa1-xAs InAs InxAl1-xAs Crescimento de (III) Mn As Condições normais de crescimento : Incorporação < 0.1% Segregação e separação de fase Tc pode depender de muitos fatores... Onde está o átomo de Mn irá ser importante na propriedade magnética do material Implantação de Mn em GaAs •Marcelo Sant’Anna (Professor-UFRJ) •Germano Penello (IC) Laboratório de Colisões Atômicas e Moleculares Imã MnO- Acelerador de 1.7 MV NEC Tandem Mn+ Substrato de GaAs Feixe de 1000 íons a 0º (200KeV) Feixe de 1000 íons a 0º (400KeV) Adaptações no acelerador Porta amostra Espaçador para a linha do acelerador (bomba adicional) Câmara para os testes iniciais Implantação iônica (1ª no LaCAM) Feixe de Mn+ Braço móvel Porta amostra Feixe de Mn+ Medidor de Pressão Produzindo o feixe de Mn+ • Preparação da pastilha: 1. MnO2 + W ( 70% + 30%); 2. Prensamos essa mistura em um cadinho de cobre; Acelerador Imã MnOCadinho Mn+ Substrato de GaAs Cs+ N2 Mn+ MnMn MnO+ MnOO ... Problemas e Modificações: Contaminação do feixe Antes - corrente de feixe (u.a.) Cu 63 MnO- corrente de feixe (u.a.) 65 - Cu 0.1 65 - Total CuO 63 - CuO - 0.01 MnO - MnH 1E-3 0.2 0.4 Vseletor de velocidade (u.a.) Cadinho de cobre: 0.1 Depois MnO2Total 0.01 Feixe limpo ! Selecionando o MnO por campo magnético 1E-3 0.2 0.4 Vseletor de velocidade (u.a.) Cadinho de prata: Dose: Qual a situação hoje:? • Na literatura as doses variam entre 1015 ~ 1017 cm-2. 5 horas para produzir uma amostra com 1015cm-2 Que fazer com estas amostras? GaAs p i Propriedades magnéticas? n Dopagem Implantação + annealing Reator MOCVD (PUC-Rio) Muitas possibilidades: – Crescimento epitaxial – Camadas com espessura controlada – Possibibidades de crescimento de nanoestruturas: Dopagem delta Pontos quânticos Fios quânticos GMR- Giant Magnetoresistive Effect (1988) Pequenas mudanças no campo provocam grandes variações no resistência Transição para-ferro pode ser controlada Ohno et al, Nature (2000) R. Fiederling et al, Nature (1999) 5 Mbyte 340 Mbyte