Geografia Aluno Caderno de Atividades Pedagógicas de Aprendizagem Autorregulada - 03 6ª Série | 3° Bimestre Disciplina Curso Bimestre Série Geografia Ensino Fundamental 3° 6ª Habilidades Associadas 1. Identificar os fatores que interferem no clima e distinguir os tipos climáticos. 2. Relacionar as paisagens vegetais com os tipos climáticos. 3. Reconhecer a estrutura interna da Terra e identificar sua relação com a formação do relevo terrestre e a ocorrência dos fenômenos naturais. 1 Apresentação A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado. A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional. Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem. Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam, também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática. Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as ferramentas da autorregulação. Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser. A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às suas aulas. Estamos à disposição através do e-mail [email protected] para quaisquer esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material. Secretaria de Estado de Educação 2 Caro aluno, Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas habilidades e competências do 3º Bimestre do Currículo Mínimo de Geografia do 6º ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período de um mês. A nossa proposta é que você, Aluno, desenvolva estas Atividades de forma autônoma, com o suporte pedagógico eventual de um professor, que mediará as trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você desenvolver a disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do conhecimento do século XXI. Neste Caderno de Atividades, vamos aprender algumas noções sobre clima, vegetação e relevo. Na primeira parte deste caderno, você vai compreender a influência dos fatores climáticos no balanço da temperatura e das chuvas. Em seguida, trataremos de classificar o clima. Na segunda parte, vamos inter-relacionar o clima com a estrutura das formações vegetais. Na terceira e última parte, refletiremos sobre como o terreno em que pisamos, o relevo, sofre alterações, ao longo do tempo, em função da atuação dos agentes endógenos e exógenos. Este documento apresenta 05 (cinco) Aulas. As aulas podem ser compostas por uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar a aprendizagem, propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto. Um abraço e bom trabalho! Equipe de Elaboração 3 Sumário Introdução ..........................................................................................................3 Aula 1: Entendendo os fatores e tipos de clima .................................................. 5 Aula 2: Ligando o Clima à Vegetação ................................................................. 10 Aula 3: O relevo terrestre e seus fatores de formação ...................................... 14 Avaliação ............................................................................................................ 20 Pesquisa.............................................................................................................. 22 Referências ......................................................................................................... 25 4 Aula 1: Entendendo os fatores e tipos de clima Para definir o clima, é necessário compreender o que chamamos de tempo atmosférico, que vem a ser a condição atmosférica em um curto período de tempo. Nos jornais, costumamos ler sobre a previsão do tempo para a nossa cidade, estado e país, não é? Recebemos informações sobre a previsão de chuvas, a maior e a menor temperatura registrada... Essas informações referem-se ao dia e, no máximo, a alguns dias da semana. Veja o exemplo abaixo. Fonte: http://www.climatempo.com.br/mapas/ A gente precisa imaginar o ar acima de nós como uma grande “esteira rolante” que tende a repetir movimentos. Quando buscamos entender esses ciclos, recorremos, então, ao conceito de clima, que pode ser entendido como um padrão atmosférico esperado, resultante do estudo do tempo atmosférico durante, pelo menos, 30 anos. Observando o clima, podemos ter uma noção sobre quais são as estações chuvosas, secas, mais quentes, mais frescas em uma dada região ao longo dos anos, 5 das décadas. Como cada região possui diferentes ciclos de chuvas e temperatura, temos que classificar esses ciclos, que chamamos de tipos climáticos. Os tipos climáticos são diferentes porque existem fatores no espaço geográfico que influenciam a mudança do clima. São como ingredientes combinados em uma sopa. O sabor de cada sopa depende da escolha de ingredientes, não é? Voltando à nossa conversa sobre o clima, quais seriam os fatores que o influencia? De forma bem simplificada, listamos alguns: latitude, altitude, massas de ar, continentalidade, maritimidade, correntes marítimas, relevo e vegetação. Esses fatores alteram os valores de temperatura, umidade e pressão atmosférica locais – os elementos do clima. Vejamos algumas informações importantes sobre esses fatores climáticos logo abaixo. A latitude, como uma coordenada geográfica medida em graus, varia da linha do Equador (0°) até os polos (90°). Então, quanto mais nos deslocamos de regiões próximas à linha do Equador em direção aos polos norte ou sul a temperatura tende a diminuir. A altitude se refere a qual distância estamos do nível do mar. De forma geral, quando subimos uma serra, percebemos o ambiente mais fresco, não é? Então, quanto maior a altitude, menor a temperatura. As massas de ar consistem em enormes bolsões de ar que costumam se movimentar para outros lugares. Conforme se deslocam, carregam as características de temperatura e umidade do local onde se formaram. Quando você ouve no jornal que uma frente fria se aproxima do Rio de Janeiro, significa que algumas massas de ar estão se encontrando no Estado. Vamos tratar os fatores continentalidade e maritimidade de forma conjunta? De forma geral, quando estamos mais próximos do mar ou de grandes rios, há maior umidade na atmosfera, assim como as temperaturas tendem a ser mais frescas e variam pouco ao longo do dia. Esse seria o efeito da maritimidade. Quando estamos localizados em regiões mais interioranas, podemos dizer que o ar é mais seco e a 6 temperatura varia mais ao longo do dia, baixas e altas. Há, então, o domínio da continentalidade. As correntes marítimas são "rios" que existem nos oceanos. Podem ser frias ou quentes. Esses "rios" se deslocam pelos litorais do mundo e influenciam o clima de cidades localizadas próximas à costa. O relevo pode ser entendido como o conjunto de formas do terreno. Em muitos lugares, a forma do terreno vira uma "rampa" para a passagem de massas de ar. Em outros lugares, o relevo pode bloquear a passagem da chuva para o interior do continente. Então, dependendo do relevo, algumas áreas podem ficar sem chuva ou até fazer mais frio. A vegetação é a soma de espécies vegetais de um dado lugar. A vegetação transpira e libera água na atmosfera. De forma geral, quanto mais cobertura vegetal, maior a disponibilidade de água na atmosfera. Isso funciona como um regulador térmico. Como cada região recebe algum tipo de interferência dos fatores climáticos expostos acima, há uma grande diversidade no clima. Por isso, costumamos classificar esse comportamento climático diferenciado. Assim, os tipos climáticos são os seguintes: equatorial, tropical, semiárido, desértico, mediterrâneo, subtropical, temperado e polar. Listamos abaixo algumas anotações sobre esses tipos. clima equatorial - elevada quantidade de chuvas durante todo o ano; pequena variação da temperatura ao longo do ano; alta média térmica anual. clima tropical - existência de uma estação chuvosa (primavera e verão) e outra um pouco mais seca (outono e inverno); pequena variação da temperatura ao longo do ano; alta média térmica anual. clima semiárido - marcado pela irregularidade na frequência de chuvas; alta média térmica anual. 7 clima desértico - predominantemente seco com ausência ou extrema irregularidade de precipitação; grande variação da temperatura ao longo do dia. clima mediterrâneo - ocorrência de uma estação chuvosa (outono e inverno) e outra bem seca (primavera e verão); temperaturas baixas a amenas no outono e inverno e altas no verão. clima subtropical - chuvas regulares e bem distribuídas durante o ano; temperaturas baixas e amenas durante o outono e inverno; verão quente; média variação da temperatura ao longo do ano. clima temperado - chuvas regulares e bem distribuídas durante o ano; temperaturas baixas durante o outono e inverno com ocorrência de neve; verão ameno; grande variação da temperatura ao longo do ano. clima polar - baixa precipitação; temperaturas baixas e abaixo de 0°C durante boa parte do ano; extrema variação da temperatura ao longo do ano. clima frio de montanha - ocorre em áreas de elevada altitude e possui temperaturas baixas durante todo o dia. E para fechar essa aula, não esqueçamos de algo muito importante: o clima tende a mudar ao longo do tempo. Novas combinações entre os fatores climáticos somadas às intervenções humanas podem alterar a extensão e a natureza do clima do planeta. Sobre a questão do aquecimento global, analise a charge abaixo. Fonte: http://n.i.uol.com.br/monkeynews/10charge.jpg 8 Atividade 1 1. O clima resulta da combinação de fatores existentes no espaço geográfico. Sobre os efeitos dos fatores geográficos no clima, são corretas as seguintes assertivas, exceto: (A) quanto maior a latitude, menor a temperatura. (B) quanto maior altitude, menor a temperatura. (C) dependendo da forma do relevo, algumas áreas podem ficar sem chuva ou até fazer mais frio. (D) quanto mais cobertura vegetal, menor a disponibilidade de água na atmosfera. 2. São características do tipo climático tropical: (A) elevada quantidade de chuvas durante todo o ano; pequena variação da temperatura ao longo do ano; alta média térmica anual. (B) existência de uma estação chuvosa (primavera e verão) e outra um pouco mais seca (outono e inverno); pequena variação da temperatura ao longo do ano; alta média térmica anual. (C) predominantemente seco com ausência ou extrema irregularidade de precipitação; grande variação da temperatura ao longo do dia e do ano. (D) chuvas regulares e bem distribuídas durante o ano; temperaturas baixas e amenas durante o outono e inverno; verão quente; média variação da temperatura ao longo do ano. 3. A alternativa que agrupa corretamente os tipos climáticos abaixo nas categorias quente e frio é a seguinte: (A) climas quentes (polar – equatorial); climas frios (temperado – tropical). (B) climas quentes (equatorial – temperado); climas frios (tropical – polar). (C) climas quentes (equatorial – tropical); climas frios (polar – temperado). (D) climas quentes (equatorial – temperado – tropical); climas frios (polar). 9 Aula 2: Ligando o Clima à Vegetação Clima e vegetação são elementos do meio ambiente que estão interligados. É bem simples: a floresta, as matas que estão a sua volta só conseguem crescer se o clima ajudar com a quantidade de chuvas e temperaturas ideais. Paisagem composta por vegetação tipo mata Atlântica. Sumidouro – RJ. Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/falta-de-infraestrutura-e-entrave-para-turismo-no-interior-do-estado3011487 Então, a quantidade de chuva e a temperatura média condiciona o tipo de vegetação. Algumas espécies só conseguem se desenvolver em áreas sob regimes climáticos quentes e úmidos, nos domínios equatorial e tropical. Outras espécies são adaptadas a climas frios e úmidos, em domínio temperado. Existem também aquelas que se ajustam a climas quentes e secos, em domínios desérticos. No caso da contribuição da vegetação para a manutenção do clima, podemos destacar que a transpiração das plantas eleva a umidade na atmosfera e favorece a ocorrência de chuvas. Um exemplo clássico seria a relação da floresta amazônica com o clima equatorial. Se, por “acaso”, retirarmos essa cobertura florestal, o regime 10 climático equatorial, característico pela alta pluviosidade, seria gravemente afetado – choveria menos e rios secariam! Abaixo, apresentamos e listamos algumas informações sobre as principais formações vegetais do Planeta. Tundra - É uma vegetação rasteira, de ciclo curto, composta por musgos e liquens. Desenvolve-se apenas durante os três meses de verão, em locais onde houve degelo. Está relacionada com o clima polar. Florestas de coníferas - Também chamada de taiga, é uma formação florestal composta por espécies de pinheiros resistentes e estações frias, típica em altas latitudes e sob regime climático temperado continental. Floresta temperada - é um tipo de vegetação caducifólia - que perde as folhas no período de inverno rigoroso - de grande estrutura arbórea, típica das zonas climáticas temperadas sob maior influência da maritimidade; é encontrada em latitudes um pouco mais baixas que o domínio das coníferas. Mediterrânea - são formações arbustivas e de estrutura arbórea mais esparsa adaptadas a verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos sob domínio climático mediterrâneo. Pradarias - vegetação rasteira composta basicamente de gramíneas, encontradas em regiões de clima temperado continental e subtropical. Estepes - nessas formações destacam-se espécies de gramíneas mais esparsas e ressecadas mescladas em menor quantidade a uma vegetação arbustiva adaptada a pouca chuva. Essa formação vegetal coincide com o domínio climático semiárido. Formações desérticas - predomínio de espécies vegetais arbustivas, bem esparsas e adaptadas à escassez de água; destaque para espécies de cactáceas. O domínio climático predominante é árido ou desértico. Floresta estacional e savana: desenvolvem-se em regiões com elevado padrão de precipitação concentrado em poucos meses do ano; Nas estações secas, as espécies arbóreas perdem totalmente as folhas; a savana é uma formação que se caracteriza por espécies arbóreas retorcidas e distantes uma das outras mescladas 11 a espécies de arbustos e gramíneas. O domínio climático predominante é o tropical continental. Floresta pluvial tropical - ocorre em regiões tropicais e equatoriais quentes e úmidas com altos índices pluviométricos; apresentam folhas largas e grande estrato arbóreo; concentram-se entre os trópicos, em baixas latitudes. Vegetação alto montana - ocorre em regiões montanhosas onde há uma grande variação altitudinal. À medida que aumenta a altitude e diminui a temperatura, os solos ficam mais rasos e a vegetação mais esparsa, rasteira, arbustiva e herbácea. O tipo climático predominante é frio de montanha. Atividade 2 1. A alternativa que melhor explica a relação de interdependência entre clima e vegetação é a seguinte: (A) a quantidade de chuvas e a temperatura média condicionam o tipo de vegetação. (B) algumas espécies vegetais só conseguem se desenvolver em áreas sob regimes climáticos quentes e úmidos, nos domínios temperado e subtropical. (C) a transpiração das plantas eleva a umidade na atmosfera e desfavorece a ocorrência de chuvas. (D) outras espécies são adaptadas a climas frios e úmidos, em domínio equatorial. 2. Formação vegetal constituída principalmente por liquens e musgos que vegetam num período muito curto do ano. Está concentrada no _____________ e é conhecida por _____________. (A) Polo Norte - Taiga (B) Polo Sul – Floresta Temperada (C) Polo Sul - Floresta de Coníferas (D) Polo Norte - Tundra 12 3. Refere-se à formação vegetal de savana: Fonte: http://www.brasilescola.com/upload/e/savana(1).jpg (A) predomínio de espécies vegetais arbustivas, bem esparsas e adaptadas à escassez de água; destaque para espécies cactáceas. (B) ocorre em regiões tropicais e equatoriais quentes e úmidas com altos índices pluviométricos; apresentam folhas largas e grande estrato arbóreo. (C) ocorre em regiões montanhosas onde há uma grande variação altitudinal. (D) caracteriza-se por espécies arbóreas retorcidas e distantes umas das outras, mescladas a espécies de arbustos e gramíneas. 13 Aula 3: O relevo terrestre e seus fatores de formação O que você acha que existe abaixo do chão que pisamos? Você já deve ter visto algum filme, reportagem ou documentário que mostra a saída de um curioso material incandescente – quente e dourado – das profundezas da Terra... Pois saiba que existe uma grande quantidade de energia guardada no interior do Planeta. Na verdade, devemos pensar a Terra como uma esfera irregular composta por camadas com características bem diferentes – como uma cebola. Veja a figura a seguir. Representação das camadas da Terra. Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/53/Jordens_inre.svg/250pxJordens_inre.svg.png Essa superfície que pisamos, a crosta terrestre, possui uma pequena espessura sólida, composta por solo e rochas, e está sobre um material viscoso muito quente, chamado magma. A crosta inclui os continentes e o fundo oceânico. No fundo dos oceanos estão rochas mais jovens e mais densas formadas basicamente de silício e magnésio, a SIMA. Os continentes possuem rochas mais antigas e leves, formadas por silício e alumínio, o SIAL, acima da SIMA. A camada logo abaixo da crosta, o manto, por sua vez, está sobre uma camada ainda mais densa, o núcleo da terra, interno e externo, composto basicamente por níquel e ferro, o NIFE. 14 A energia guardada no interior do nosso planeta atua há bilhões de anos na construção e deformação da crosta terrestre, camada na qual habitamos. O relevo, a forma do terreno que pisamos, tende a se modificar ao longo do tempo. Os fatores ligados à energia interna da Terra que contribuem para a mudança do relevo são chamados fatores endógenos ou construtores. No entanto, não são apenas as forças das profundezas que dão forma ao relevo. A dinâmica da atmosfera, ou seja, o clima, também atua no desgaste, na modelagem do relevo. Podemos dizer então que há a atuação de fatores exógenos ou externos. Dos fatores internos de formação do relevo, destacamos: tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos. Lembra-se de quando comentamos que a Terra pode ser dividida em camadas? Temos a crosta terrestre, o manto e o núcleo. Quando a energia interna do planeta é liberada, alguns movimentos do manto "forçam" algumas áreas da crosta, gerando "rachaduras". Essas rachaduras dividem o planeta em "pedaços", que podemos chamar de placas tectônicas. Veja a figura a seguir. As placas tectônicas da Terra. Fonte: http://atlasescolar.ibge.gov.br/a-terra/formacao-dos-continentes. O tectonismo seria então um fenômeno que corresponde à movimentação dessas placas tectônicas. Existem situações nas quais as placas se afastam, se deslocam lateralmente e se encontram. O encontro de placas tectônicas, por exemplo, correspondem às maiores elevações do planeta. A dinâmica tectônica está acompanhada, na maior parte das vezes, de erupções vulcânicas e abalos sísmicos, também chamados terremotos. Então, o vulcanismo seria 15 a saída de material magmático para a superfície, formando fissuras, novas rochas, rebaixamentos e elevações na paisagem. Exemplo de vulcão em erupção. Fonte: http://www.mundoeducacao.com/upload/conteudo_legenda/5037ad2775203f85bb60fa8e8512bf30.jp g O tectonismo acompanhado de erupções vulcânicas comprime e pressiona o relevo. Quando há alívio de tensão nas áreas de atrito entre placas tectônicas e de saída de magma, ocorrem os terremotos, ou abalos sísmicos. Os terremotos podem criar rachaduras no terreno, originar novos vales por onde rios deverão passar e até mesmo formar enormes ondas no oceano, chamadas Tsunami. Já os fatores externos de formação do relevo são os seguintes: intemperismo, erosão e sedimentação. Exemplo de paisagem modelada por fatores exógenos de formação do relevo. Fonte: http://www.alunosonline.com.br/upload/conteudo/images/acao-dos-ventos.jpg 16 Como já foi comentado, os fatores exógenos esculpem e modelam o relevo. O intemperismo consiste na etapa referente ao desgaste, quebra e corrosão da rocha por agentes como: radiação solar, a água e partículas com poder de abrasão levadas pelo vento. A quantidade de material intemperizado origina os solos. Os solos são a base para o plantio dos nossos alimentos. A etapa referente à erosão está associada ao transporte do material que foi destacado das rochas. Devemos entender que um erosivo está diretamente relacionado a um agente de transporte. Podemos então citar: erosão fluvial (rios), erosão pluvial (chuvas), erosão glacial (gelo), erosão marinha (oceanos), erosão eólica (ventos), erosão biológica (fauna e flora) e erosão antrópica (atuação humana). A sedimentação corresponde à etapa de deposição ou acúmulo de sedimentos. Em cada região há um tipo de material ali acumulado há milhões de anos. Atenção! Não devemos subestimar a ação dos fatores exógenos de formação do relevo. Você já ouviu essa expressão "água mole em pedra dura tanto bate até que fura"? Então, se os fatores endógenos algum dia deixassem de pressionar a crosta terrestre para cima, os fatores exógenos corroeriam toda a superfície do planeta e um único oceano apenas existiria. Por fim, entendemos nessa aula que o relevo, a forma do terreno que pisamos, resulta da ação combinada de forças construtoras internas e das forças modeladoras externas. 17 Atividade 3 1. Analise a figura a seguir e identifique as camadas da Terra. Camadas da Terra. Fonte: http://www.infoescola.com/geologia/camadas-da-terra/ Marque abaixo a alternativa que apresenta a associação correta. (A) I - Núcleo externo, II - Núcleo interno, III – Manto e IV - Crosta. (B) I - Núcleo interno, II - Núcleo externo, III – Manto e IV - Crosta. (C) I - Crosta, II - Núcleo externo, III - Manto e IV - Núcleo interno. (D) I - Núcleo interno, II - Manto, III - Núcleo externo e IV - Crosta. 2. São as forças que resultam da liberação da energia interna do Planeta, provocando modificações na superfície terrestre. A frase anterior se refere à atuação: (A) dos agentes endógenos ou construtores do relevo. (B) da erosão eólica e dos terremotos. (C) da erosão antrópica e do intemperismo. (D) Agentes modeladores do relevo. 18 3. Correlacione os eventos abaixo com suas respectivas características. I. Erosão Fluvial II. Erosão Marinha III. Erosão Glacial IV. Erosão Pluvial É a capacidade de transporte das águas dos rios. É causada pelas águas das chuvas. Contribui para a alteração das linhas de costa (litorais). Consiste na capacidade abrasiva e de transporte da água em estado sólido. A alternativa que preenche corretamente as lacunas é: (A) I, II, III e IV. (B) II, I, III e IV. (C) I, IV, II e III. (D) II, IV, I e III. 19 Avaliação 1. As assertivas abaixo fazem a correta correspondência entre os fatores climáticos e suas respectivas características, exceto: (A) pode bloquear a passagem da chuva para o interior do continente - relevo. (B) são "rios" se deslocam pelos litorais do mundo e influenciam o clima de cidades localizadas próximas à costa - correntes marítimas. (C) conforme se deslocam, carregam as características de temperatura e umidade do local onde se formaram - massas de ar. (D) quando estamos mais próximos do mar ou de grandes rios, há maior umidade na atmosfera - continentalidade. 2. Assinale a alternativa que melhor expressa uma característica do tipo climático semiárido. (A) marcado pela irregularidade na frequência de chuvas. (B) predominantemente seco com ausência de precipitação. (C) ocorrência de uma estação chuvosa (outono e inverno) e outra bem seca (primavera e verão). (D) existência de uma estação chuvosa (primavera e verão) e outra um pouco mais seca (outono e inverno). 3. A alternativa que apresenta a associação incorreta entre o tipo climático e o tipo de formação vegetal resultante é a seguinte: (A) tundra - clima polar. (B) Vegetação mediterrânea - clima mediterrâneo. (C) floresta pluvial - clima equatorial e tropical úmido. (D) savana - clima semiárido. 20 4. A Terra é estruturalmente constituída por três camadas principais, que são, desde a mais superficial à mais interna. O(a) _______________ é a camada sólida mais externa da Terra e a sua espessura é variável. Imediatamente abaixo, encontra-se uma camada mais densa e plástica, o(a) _______________. O(a) _______________ é a parte central e mais profunda do Planeta, composta por Níquel e Ferro. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas. (A) erosão - núcleo - manto. (B) crosta - manto - núcleo. (C) manto - crosta - vulcanismo. (D) crosta - núcleo - manto. 5. A energia guardada no interior do nosso planeta contribui, há bilhões de anos, para a construção e deformação da crosta terrestre, camada na qual habitamos. No entanto, não são apenas as forças das profundezas que dão forma ao relevo. A dinâmica da atmosfera, ou seja, o clima, também atua no desgaste, na modelagem do relevo. Podemos dizer então que há a atuação de fatores exógenos ou externos. Considerando o relevo como resultado da atuação incessante dos dois fatores mencionados, são exemplos de fatores endógenos e exógenos, respectivamente: (A) erosão - sedimentação. (B) intemperismo - vulcanismo. (C) abalos sísmicos - erosão. (D) sedimentação - tectonismo. 21 Pesquisa Caro aluno, agora que já estudamos os principais assuntos relativos ao 3° bimestre, prosseguiremos com uma pesquisa sobre as unidades de conservação no Brasil. Então, vamos lá? Iniciamos o aprendizado a partir da construção de conhecimentos a partir das noções de clima, vegetação e geologia. Nesse momento, gostaríamos de complementar os seus conhecimentos sobre o meio ambiente no intuito de conscientizá-lo sobre a importância de preservar áreas de grande valor paisagístico e de biodiversidade. Acesse o portal http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/unid/ e responda as questões abaixo. 1. Segundo as informações do portal, o que seria uma unidade de conservação? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 2. Quais as diferenças entre as unidades de proteção integral e de uso sustentável? ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ 22 3. Ainda com base nas informações do portal, preencha o quadro a seguir a respeito dos tipos de unidades de conservação do Brasil. Unidades de Proteção Integral Categoria Objetivo Uso Unidades de Uso Sustentável Categoria Características Objetivo Uso 23 4. Por fim, registre quatro exemplos de unidades de conservação existentes no estado do Rio de Janeiro. ________________________________________________________ 24 Referências [1] MENDONÇA, Francisco; DANNI-OLIVEIRA, Ines Moresco. Climatologia: Noções Básicas e Climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007. [2] TEIXEIRA, Wilson [et al]. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2003. [3] TROPPMAIR, HELMUT. Biogeografia e Meio Ambiente. Biogeografia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Technical Books, 2012. [4] SENE, Eustáquio de.; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil - Espaço Geográfico e Globalização. São Paulo: Scipione, 2001. 25 Equipe de Elaboração COORDENADORES DO PROJETO Diretoria de Articulação Curricular Adriana Tavares Maurício Lessa Coordenação de Áreas do Conhecimento Bianca Neuberger Leda Raquel Costa da Silva Nascimento Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva Marília Silva PROFESSORES ELABORADORES Alberto Toledo Resende Elton Simões Gonçalves Patrícia Batista Melo Lopes Tiago da Silva Lyra Tongaté Arnaud Mascarenhas Junior 26