Febre hemorrágica viral Filoviridae Marburg e Ebola Doença do vírus Ebola, 2014 África Conflitos, Diásporas e Pobreza! Campos de refugiados, aglomerações E muitas doenças! Malária, Febre de Lassa, Cólera, HIV e Tuberculose! Ebola Pobreza, Muita Pobreza! Malária Febre Hemorrágica Viral - FHV Doença humana ou animal causada por cinco distintas famílias de vírus RNA Arenaviridae, Bunyaviridae, Flaviviridae, Filoviridae, Rhabdoviridae. Febre e desordens hemorrágicas evolui para Febre alta, choque e morte. Ex. Ebolavirus Amena. Nefropatia epidêmica escandinava (hantavírus) Febres Hemorrágicas Arenaviridae : Febre de Lassa (endêmica, Libéria, Serra Leoa, Congo e Nigéria), Febre do vírus Lujo (Lusaka, Zâmbia e em Johanesburgo, África do sul). Febres hemorrágicas: Argentina, Boliviana, Brasileira e Venezuelana. Bunyaviridae - gêneros: Hantavirus: febre hemorrágica com síndrome renal . Nairovirus : febre hemorrágica da Criméia – Congo Orthobunyavirus: vírus Garissa e vírus Ilesha Phlebovirus : vírus da Febre do Vale Rift (RVF) Febres Hemorrágicas Flaviviridae: Dengue, Febre amarela, Encefalite transmitida pelo carrapato - dois virus: vírus da febre hemorrágica de Omsk e vírus da doença da floresta de Kyasanur. Rhabdoviridae: quatro casos (dois fatais) de febre hemorrágica do distrito Bas-Congo na República Democrática do Congo. Filoviridae - Filovirus Vírus de Marburg Febre hemorrágica de Marburg Ebola Zaire Febre hemorrágica Ebola Ebola Sudão Febre hemorrágica Ebola Ebola Reston Não Patogênico para humanos Ebola Costa do Marfim Febre hemorrágica Ebola Ebola Bundibugyo Febre hemorrágica Ebola Árvore filogenética: Comparação entre os Marburgvirus e Ebolavirus. Marburgvirus Sobre a febre hemorrágica de Marburg Marburg História e epidemiologia: vírus de Marburg Em 1967, na acolhedora cidade de Marburg Alemanha. Laboratório de produção de vacina de Pólio Macaco verde africano Cercopithecus aethiops Cultivo de células contaminada enviada a outros laboratórios Marburg: primeira epidemia, 1967 Alemanha: Marburg e Frankfurt – 21 pessoas Antiga Yugoslávia (Sérvia) - Belgrado. Primeiro isolamento e identificação de filovírus 37 pessoas infectadas 6 casos de infecção secundária 7 casos fatais Epidemias: 1975, 1980, 1987, 1998, 2004 e 2005... Quênia, Zimbábue, Congo, Angola, Uganda. Ocorrência de Febres hemorrágicas associadas vírus de Marburg: caverna Kitum Zimbábue 1975, em Johanesburgo, África do Sul Jovem australiano de 20 anos em regresso de longa viaje a Zimbábue – morto quatro dias após. Quênia – Janeiro, 1980. Charles Monet, um francês de 56 anos faleceu em 7 dias. Visitou a caverna Kitum, o Monte Elgon. Jovem de 19 anos - companheira de viagem. Sobreviveu. uma enfermeira de 20 anos. Sobreviveu. Médico também morreu. Quênia – 13 de agosto de 1987, Jovem 15 anos Morreu após 10 dias. Caverna Kitum. Monte Elgon – caverna Kitum Monte Elgon – caverna Kitum Caverna Kitum- Celebração em Masai Epidemias associadas ao vírus de Marburg: RDC e Angola Entre 1998 e 2000 - República Democrática do Congo. 154 doentes – morte de 128 (mortalidade 83%). Mineiros - mina de ouro de Durba, aldeia de Watsa Entre 2004-2005 - Angola maior surto de febre hemorrágica de Marburg da historia. província de Uíge, outubro de 2004. Morte de Maria Bonino 374 casos (mortalidade 88%) Revolta popular Febre hemorrágica associada ao vírus de Marburg: Uganda Entre Junho e agosto de 2007 - Uganda três casos entre mineiros de Kamwenge. Dois se infectaram ao atender o companheiro doente Um morreu Holanda - Julho de 2008, holandesa após férias Uganda. Havia visitado varias cavernas habitadas por morcegos Morcegos? Outros animais silvestres? Morcegos Ebola Sobre a febre hemorrágica Ebola Vírus Ebola: Sudão e Zaire (RDC) 1976 O primeiro surto de Ebola em Nzara, Sudão (subtipo: Sudão) O segundo surto em Yambuku, Zaire, Ebola-Zaire (subtipo: EBOZ). mais de 284 pessoas taxa de mortalidade de 53%. EBOZ infectou 318 pessoas alta taxa de mortalidade (88%). O reservatório natural do vírus não foi identificado. Perto do rio Ebola que deu nome a doença. Rio Ebola- Zaire -RDC O rio Ebola é localizado na região norte da RDC. Ebola Reston e Costa do Marfim Surto de Ebola em Reston, Virginia, USA (subtipo EBOR), 1989. Macacos oriundos de Mindanao, Filipinas. As pessoas infectadas com o EBOR - não adoeceram - soro converteram não desenvolveram a febre hemorrágica Ebola. Surto de Ebola na Costa do Marfim - necropsia chimpanzé da floresta Tai – 1994/1995 sub tipo EBO-IC - Ebola da floresta Tai - TAFV Ebolavirus 2014 Guine, Serra Leoa, Libéria Mais de 5000 mortes Ebola vírus: casos e mortes de abril a julho de 2014 Ebola surtos até 19 de julho de 2014 Ebola Costa Ocidental: agosto-novembro Atualização dos casos de Ebola 15 de Dezembro de 2014. CDC/USA Atualização dos casos de Ebola 15 de Dezembro de 2014. CDC/USA CDC 2014 Ebola Outbreak in West Africa Outbreak Distribution Map Epidemiologia molecular Guiné 2014 Seqüenciamento genômico EBV: Instituto Broad e da Universidade de Harvard, com Ministério da Saúde de Serra Leoa e pesquisadores de diversos institutos e continentes. Mais de 99 genomas do vírus Ebola oriundos de 78 pacientes diagnosticados em Serra Leone Mais de 300 alterações genéticas - mutações Distinto dos surtos anteriores Variações nas seqüências indicam uma única introdução do vírus entre os humanos O EBV se dispersou pessoa a pessoa por muitos meses Variações genéticas Região do genoma do vírus que codifica as proteínas. Algumas das variações genéticas afetavam os Primers (pontos para a síntese de DNA de partida) utilizados no diagnóstico por PCR, Enfatizando a importância e a necessidade da vigilância genômica. Técnica: Deep sequence (seqüenciamento é repetido várias vezes até chegar a um resultado de alta confiança) 2014 Zaire Ebolavirus (EBOV ) Para acelerar os esforços de resposta, as seqüências de tamanho completo foram divulgadas no Centro Nacional de Informações Biotecnológicas do banco do NCBI) 2014 -Zaire Ebolavirus (EBOV) e o 1976-Zaire Ebolavirus: ancestral comum Transmissão Humano para humano Animal para humano Mecanismo de transmissão Contato Direto com as secreções de indivíduos primatas e não primatas com sintomas de infecção. Morcegos – infectados não sintomáticos ? Transmissão aérea ? Em alguns primatas não humanos oral ou conjuntiva Nota do CDC Humano – humano: contato direto Lesões/micro lesões na pele ou na mucosa: Cerimônias fúnebres – embalsamento: contato com sangue, secreções, fluidos corporais ou de órgão de pessoa ou animais infectados. contado direto com o cadáver. Sexual: o sêmen até sete semanas após a recuperação. Em laboratório Em laboratório: o vírus não é transmitido por via aérea de forma natural. Transmissão transmitida através de gotículas inaláveis produzidas em laboratório. Vírus puro, concentrado. Os Ebolavirus são classificados como armas biológicas de categoria A. Contato indireto Meio ambiente e equipamentos contaminados Instrumentos médicos As transmissões em meio hospitalar na África associadas a reutilização de agulhas inexistência de medidas de precaução universais. OMS: Os profissionais de saúde que não usem vestuário de proteção apropriado apresentam um risco acrescido de contrair a doença. Ebola Serra Leoa/Libéria Serviço médico no Zaire, 1976. Ebola Uganda 2000 Transmissão de animais – humana Contaminação direta ou indireta com sangue, secreções, fluidos corporais e órgãos de animais infectados. A manipulação de chimpanzés, gorilas, morcego frutívoro, macacos, antílopes e porcos-espinhos encontrados doentes ou mortos. Células oriundas de animais infectados Vírus Ebola em animais Primatas não humanos - fonte de infecção ? Não são reservatórios – infecção acidental 1994 – surtos de Ebola em chimpanzés e gorilas Costa do Marfim, Floresta Tai. Tai Forest Ebolavirus – TAFV 5000 gorilas mortos Surto de Ebola em gorilas, 1994 Costa do marfim Filipinas: surtos em macacos Ebola subtipo Reston 1989- surtos de Ebola nos macacos (Macaca fascicularis) Filipinas importados pelo EUA (1989, 1990 e 1996) importados pela Itália em 1992. Desde 2008, surtos de doença mortal em suínos na República popular da China e nas Filipinas. Infecção assintomática em suínos natural e experimental – subtipo Reston Macaca fascicularis Outros animais Rastreamento do vírus de 1976 a 1998: 30.000 mamíferos, aves, répteis, anfíbios e artrópodes recolhidas nas regiões dos surtos, não foi detectado Ébola vírus Alguns vestígios genéticos em seis roedores na República Centro-Africana: Mus setulosus e Praomys e um musaranho (Sylvisorex ollula) Os morcegos de fruta: reservatório são também uma fonte alimentar em algumas regiões da África ocidental, onde são defumados, grelhados ou usados na preparação de sopa. Consumo de carne selvagem Morcegos morcegos das frutas da família Pteropodidae Ciclo enzoótico Hospedeiros naturais – ciclo enzoótico África e Filipinas morcego de frutas Família: Pteropodidae Espécies: Hypsignathus monstrosus, Epomops franqueti Myonycteris torquata Hospedeiros naturais – ciclo enzoótico África e Filipinas morcego de frutas Família: Pteropodidae Espécies: Hypsignathus monstrosus, Epomops franqueti Myonycteris torquata Ciclos: enzoótico e epizótico Mecanismo de transmissão: Hipótese Os morcegos descartam fruta parcialmente ingerida. Mamíferos terrestres ingerem a fruta contaminada. Considerado um possível meio de transmissão indireta entre o hospedeiro natural e as populações animais. Surtos ocasionais: a produção de fruta comportamento animal o local e a época Febre Hemorrágica e florestas Vírus de Marburg (MARV) Vírus do Ebola Filoviridae Características dos Filovirus Vírus de Marburg Vírus Ebola Classificação Ordem: Mononegavirales Vírus com genoma RNA, não segmentado, senso negativo Famílias: Paramyxoviridae, Rhabdoviridae, Filoviridae Família Filoviridae: Gêneros: Marburgovirus e Ebolavirus Ebola (EBOV) e Marburg (MARV) Cortesia do CDC Microscopia eletrônica de transmissão (MET). Efeito citopático e presença de virions em tecidos infectados com EBOV. Filovirus – Patógeno animal Vírus de Marburg Vírus Ebola Ebola Zaire ou ZEBOV, Ebola Sudão ou SEBOV, Ebola Costa do Marfim ou TAFV Ebola Bundibugyo – Uganda 2008 Ebola Reston – USA e Filipinas – assintomático para humanos e infecções em macacos BDBV, EBOZ e o SUDV: grandes surtos na África. Ebola sub tipo Reston - Suínos – infecções assintomáticas Todos os subtipos doença experimental: macacos, cobaias, hamsters e camundongos Taxonomia e características Ordem: Mononegavirales Família: Filoviridae Gênero: Filovirus Formato: pleomórficos, longo filamento em forma de U, 6 ou circular. Tubular ou filiforme Diâmetro: 80nm Comprimento médio: Vírus Ebola: 974 to 1,086 nm Vírus de Marburg : 795–828 nm Partículas de 14,000 nm foram observadas em cultivo celular. Estrutura e Composição Envelope lipídico Grandes Peplômeros: 7-10 nm Rígido nucleocapsídeo: 50nm Simetria helicoidal Massa molecular: >500x106 Densidade em tartarato de potássio: 1,14g/cm3 Nucleocapsídeo Consiste genoma RNA fita simples helicoidal Envolto pelas proteínas NP, VP35, VP30 e L. Envelope externo derivado da membrana celular com projeções, de glicoproteínas de 10 nm (GP) espículas. Entre o Capsídeo e o envelope estão as proteínas VP40 e VP24 Genoma Ácido Ribonucléico- RNA. Molécula linear. Fita única. Sentido negativo. Tamanho: 19.1 kb. Complementaridade inversa: términos 3' e 5‘. Não possuem 5' Cap nem são poliadenilados. Genes: codificam sete proteínas estruturais e uma não estrutural. As regiões leader e trailer não são transcritas: sinais de controle da transcrição, replicação e empacotamento. 3'-UTR-NP-VP35-VP40-GP-VP30-VP24-L-5'-UTR Replicação de Filovírus Genoma Marburg Ebola Gene 4: glicoproteína O gene 4 - É transcrito em duas frentes abertas de leitura (ORF) O produto gênico primário é uma pequena glicoproteína (sGP). A Glicoproteína total (GP) expressa por dois mecanismos diferentes: Edição do RNA ou Frameshift - alterações no quadro de leitura da transcrição Duas glicoproteínas: sGP e GP1-GP2 Glicoproteína solúvel ou secretada (sGP) Menor, não estrutural, Dimérica, solúvel Transcrita diretamente do RNAm viral. Função- desconhecida (?) Não é encontrada na partícula viral Secretada da célula infectada para o sangue. Duas glicoproteínas: sGP e GP1-GP2 Glicoproteína tipo I Transmembrana. Trimérica. Projeções no envelope. Transcrição editada. Os trímeros-heterodímeros : GP1-GP2 ligados pontes de dissulfideo. Clivagem da GP precursora pela convertase Furina . Função: ligação (GP1) e fusão (GP2). Alvo dos anticorpos neutralizantes. Proteínas virais e funções Ribonucleoproteína: NP, VP30, VP35, e L. Marburgvirus é capaz replicar na ausência VP30. A VP35 bloqueia a indução de Interferon tanto nos vírus de Marburg como nos vírus Ebola Seqüência da VP35 – no genoma do morcego VP40 eVP24 formam a membrana interna viral (matriz) Ciclo de replicação viral Sinais e sintomas Febre Hemorrágica Alerta! Febre hemorrágica de Marburg Febre, dores de cabeça e mialgia Incubação: 5 a 10 dias. Inflamação maculopapular, vômitos, dores do peito e abdominais e diarréia. Agravamento: icterícia, delírios, problemas hepáticos e hemorragias extensas. Recuperação: inflamação dos testículos, hepatite recorrente, inflamações da medula espinal, olhos e da glândula parótida. Dependendo dos serviços de saúde e apoio hospitalar: mortalidade entre 25% até 92% Febre hemorrágica Ebola: Incubação: 8 a 10 dias, pode ocorrer entre 2 e 21 dias. Alerta: diferencial Os primeiros sintomas do Ebola: febre semelhantes a malária, dengue, Lassa ou outras doenças tropicais, antes da doença progredir para a fase hemorrágica. Estágio inicial: Forma súbita semelhante à gripe Fadiga, febre, dor de cabeça e dores nas articulações, musculares e abdominais. Anorexia, vômitos e diarréia – insuficiência renal e hepática Menos comum: a inflamação da garganta, dores no peito, soluços, falta de ar e dificuldade em engolir. Em 50% casos - apresentam exantema maculopapular. Começam os problemas hemorrágicos Agravamento: hemorragias Fase hemorrágica Comprometimento do sistema circulatório: coagulopatia. Primeiras hemorragias internas ou subcutâneas : olhos avermelhados ou presença de sangue no vômito, na tosse e nas fezes 40-50% dos casos - hemorragias nas dobras da pele e das mucosas: sistema digestivo, nariz, vagina e gengivas. Hemorragias intensas são raras Sintomas hemorrágicos - agravamento do prognóstico Perda de sangue - morte. Fisiopatologia Tropismo viral: células endoteliais, os fagócitos mononucleares e os hepatócitos. Síntese da GP viral: Glicoproteína segregada (sGP) sobrepõe a síntese protéica celular. GP dimérica - interfere na sinalização dos neutrófilos bloqueia sistema imune. GP viral trimérica - células endoteliais da superfície interior dos vasos sanguíneos Disseminação do vírus Gânglios linfáticos, fígado, pulmões e baço. Patogenia Replicação viral – produção de citocinas sinalização para a febre e inflamação. Lesões células endoteliais provoca a perda da integridade vascular. Replicação viral - síntese de GP. Reduz a produção das integrinas específicas responsáveis pela coesão celular - intercelular Infecção e necrose nos hepatócitos - lesões no fígado – coagulopatia. Patogênese Anticorpos x infecção Citocinas e Ebola Quem mata o homem? Vírus ou o sistema imune? “CYTOKINE STORM” Sistema Imune: Citocinas Função: defender o organismo. Função exacerbada: fora de controle e provoca danos ao hospedeiro. Influenza aviária, SARS, vírus da doença do Ebola é o mais eficiente. Estágio final da infecção com Ebolavirus : tempestade de citocinas Tempestade de citocinas Sinal para o sistema imune Ativar seu arsenal de armas de uma só vez. Gera vários danos colaterais. O mais extremo ataque do sistema imune Vazamentos nos vasos sanguíneos, nenhuma pressão arterial, queda temperatura corporal, choque Excessiva liberação de citocinas inflamatórias – fator de necrose tumoral Tempestade de Citocinas: vasos sanguíneos Aumenta a permeabilidade vascular: artérias, veias e capilares começam a vazar sangue e plasma. Grande liberação de óxido nítrico afina os vasos sanguíneos Todos esses fatores combinados: redução da pressão arterial. Morte pela perda de sangue semelhante ao choque séptico grave. Como é que Ebola consegue lançar a tempestade de citocinas? Mecanismos Patogênicos Em 1993, o CDC ainda propunha que o aumento de permeabilidade dos vasos sanguíneos era devido a replicação viral em células do endotélio. Em poucos anos foi demonstrado o aumento de permeabilidade era conseqüência da indução TNF pelos monócitos e macrófagos. Mecanismos Patogênicos 2 mecanismos patogênicos importantes: Resposta imune inata - macrófagos. Imunossupressão Provocam a libertação de grandes quantidades de citocinas pró-inflamatórias, tais como TNFα, Bloqueia a síntese de Interferon - Reduz a imunidade anti-viral Intensa replicação Inibição das células dendríticas Resposta imune específica Inibição da maturação das DCs em células apresentadoras de antígenos funcionais Juntamente com o decréscimo do IFN gama Bloqueia a ativação da células T e B Evita o desenvolvimento da resposta imune específica Disseminação para células hepáticas Ebola ataca as células do fígado e provoca insuficiência hepática. Depleção de fatores de coagulação Aumento a permeabilidade vascular - Perdas de fluidos: choque. Induz a produção de Fator Tecidual (TF), distúrbio na coagulação do sangue normal e contribui para a hemorragia Diagnóstico laboratorial Diferencial Vários métodos Preliminares Histórico médico e viagens Diagnóstico é confirmado Isolamento do vírus em cultura celular: mais eficaz durante a fase inicial e após a morte RNA pelo PCR ou proteínas virais (ELISA) – realizável em hospitais de campanha Anticorpos contra do vírus: mais eficaz em estágios avançados e nas pessoas em recuperação. Outros achados: baixas contagem de leucócitos e plaquetas e altas taxas de enzimas hepáticas. Diagnóstico Laboratorial ELISA de Captura: Detecção de antígeno virais Soro neutralização PCR - Padrão OMS – Primers fornecidos pela OMS Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz/Lacen,RJ Instituto Evandro chagas, Belém Microscopia eletrônica Isolamento do vírus em cultura celular PCR: análise de campo Diagnóstico: exclusão de doenças Diagnóstico diferencial Malária, Febre tifóide, Shigeloses, Cólera, Leptospiroses, Rickettsioses, Meningites, Hepatites Febre Lassa Outras febres hemorrágicas. Ainda não existe vacinas! Vacinas de DNA – prevenção equipe de saúde Vacinas Recombinantes 2003. Adenovirus: proteção 28 dias pi 2005. Vírus da Estomatite Vesicular: inserção de glicoproteína de Ébola ou do vírus de Marburg: proteção primatas não humanos. Filovírus: cepas próximas das epidemias A imunização induzida em seis meses impede o seu uso como medida de controle de surtos. Vacinas Em 2009. Experimental vírus da estomatite vesicular recombinante em modelos de primatas não humanos 2014. Ensaios clínicos de uma vacina experimental recombinante em Adenovirus modificado de chimpanzé NIAID/GSK – prometem 10 milhões de doses Tratamento Ala de quarentena em Uganda durante surto de 2000 Medicina de suporte: intensivo Desidratação: re-hidratação oral ou intravenosa soluções contendo eletrólitos Dor, enjôo febre e ansiedade, Derivados do sangue, hemácias, plaquetas ou plasma Reguladores da coagulação como a heparina – impedir a coagulação intravascular disseminada Fatores de coagulação – diminuir a hemorragia. Medicamentos para a malária e infecções bacterianas, Anticorpo policlonal – proteção de Rhesus. Tratamentos experimentais Ética e Desespero Maior disponibilidade de tratamentos experimentais em África por razões humanitárias. Ética – utilização fármacos experimentais sem eficácia demonstrada! Em 12 de agosto de 2014, a OMS divulgou uma nota: o uso de tratamentos cuja eficácia ainda não está demonstrada é ético em determinadas situações... Medicamentos experimentais ZMapp: três anticorpos monoclonais. Demonstrou ter elevada eficácia em ensaios clínicos com macacos Rhesus. Pouca disponibilidade. Algumas destas pessoas tenham recuperado, os resultados não são considerados significativos em termos estatísticos. RNA interferente - tecnologia anti-senso Alvo-Ebola Zaire Exercito Americano Oligômeros de Morfolino (PMO) Análogo de ácido nucléico – imunização de símios Anti-senso – 25 pares de base Empresa canadense: TKM – Ebola Combinação de pequenos RNA interferentes. Três das sete proteínas do Ebola Zaire: L, VP24 e VP35, formulado com cm tecnologia de nanopartículas lipídica. Outros medicamentos Favipiravir, um antiviral japonês Japão Receptores de estrogênio prevenção para pandemias de gripe aparenta ter alguma eficácia em modelos de ratos de Ébola. inibem a progressão do vírus de Ébola em ratos infetados. 90% dos ratos tratados com clomifeno e 50% dos ratos tratados com toremifeno sobreviveram aos ensaios. Amiodarona, um bloqueador dos canais de íons usado no tratamento de arritmias cardíacas. bloqueia “in vitro” a entrada do vírus de Ébola nas células. Soro imune O soro de sobreviventes da infecção - possibilidade de tratamento eficaz (?) A favor: sete de oito pessoas infetadas com Ébola sobreviveram no surto de 1999 na República Democrática do Congo. Contra: tratamento só foi iniciado numa fase avançada da doença- indivíduos. Recuperação natural por si próprios, tratamento de maior qualidade Imunoglobulina por via intravenosa parece (?) proteger primatas não humanos. Prevenção e Controle Comportamental, equipamento de proteção individual e desinfecção. Evitar o contacto com sangue ou secreções corporais infetadas, de humanos e animais doentes ou suspeitos ou mortos Detectar e diagnosticar a doença durante a fase inicial e usar medidas de precaução universais para todos os pacientes. Uso de vestuário de proteção adequado, como máscaras, luvas, batas, óculos, Esterilização do equipamento. A lavagem das mãos é igualmente importante, mas pode ser difícil em regiões onde a disponibilidade de água é escassa. Quarentena A quarentena é geralmente eficaz na diminuição da velocidade de propagação. Rastreamento: Áreas ou regiões onde a doença ocorre Pessoas – contato- infetados. Controle de estradas ou meios de transporte tentativa de diminuir a velocidade de propagação do vírus em África. Ebola Reston – Granjas de suínos Granjas de Suínos – Amplificação – presença de morcegos de frutas Medidas de biosegurança apropriadas: Educação pública, redução de risco: Redução de contato: porco – humano criação Abate sangue, leite e carne crua Trabalhadores de laboratório Bissegurança Patógeno do grupo de risco 4 Requer – Biosegurança contenção - nível 4 Instituto Nacional de Saúde/ Instituto Nacional de alergia e doenças infecciosas – categoria A – patógeno prioritário Centros de controle de doenças e prevenção de bioterrorismo nível A Controle de agente biológico para exportação Bibliografia citada http://www.who.int/csr/disease/marburg/en/index.html http://www.who.int/csr/disease/ebola/en/index.html Dye, J.M., Herbert, A.S., Kuehne, A.I., Barth, J.F., Muhammad, M.A., Zak, S.E., Ortiz, R.A., Prugar, L.I., and Pratt, W.D. (2012). Postexposure antibody prophylaxis protects nonhuman primates from filovirus disease. Proc Natl Acad Sci U S A 109, 5034-5039. Takada et al. 2003. Journal of Virology, 77 (13): 7539-7544 Vários. Journal of Infections disease. Tânia R. P. Freitas Freitas, T. R. P., PhD. Pesquisadora em Ciências Exatas e da Natureza Virologia Animal – Pesquisa e Projetos Científicos LANAGRO - Minas Gerais Dezembro, 2014