Escola Secundária de Manuel Teixeira Gomes - Portimão - 2010/2011 Aluno: Anna Momotova | e-mail: [email protected] | Nº: 1 Grego | Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades 12.º ano de escolaridade | Turma: E Mitologia Prometeu Atlas "Prometeu Acorrentado", Rubens, 1612 Estátua de Atlas, Gustavo Trapp, 1864 Prometeu (em grego Προμηθεύς) era um titã filho de Jápeto e da Oceânide Clímene tendo como irmãos Atlas, Menécio e Epimeteu. Era casado com Caleno e dessa união nasceram Deucalião, Lico e Quiremeu, a que se acrescenta, por vezes, Etneu, Hélen e Tebe. Prometeu possuía dons de adivinho e era considerado o benfeitor da humanidade, como mostra esta lenda. Durante a sua permanência no Olimpo, Prometeu foi sempre um defensor dos mortais e foi por amor aos homens que ele enganou Zeus. Um dia, durante um sacrifício solene, Prometeu dividiu um boi em duas partes: pôs para um lado a carne e as entranhas do animal, cobrindo-as com a pele; aos ossos, despojados de carne, cobriu-os com gordura, tingindo-os assim de branco. Disse depois a Zeus que escolhesse a sua parte, deixando o resto aos homens. O deus, atraído pela gordura, optou pelo esqueleto coberto de banha e, quando descobriu que nessa parte só havia ossos, ficou revoltado contra Prometeu que tinha favorecido a astúcia dos mortais. É por isso que nos sacrifícios os gregos queimavam a gordura e os ossos para os deuses, mas a carne e as vísceras eram comidas pelos participantes na cerimónia. Ao descobrir que tinha sido enganado para favorecer os homens, o pai dos deuses resolveu vingar-se privando a humanidade do fogo. Novamente, porém, Prometeu auxiliou-os, desta vez roubando para eles uma centelha do fogo divino. 1 Face à insolência e desobediência de Prometeu, Zeus puniu, uma vez mais, os mortais e o seu benfeitor. Aos primeiros, enviou-lhes uma criatura por ele forjada – Pandora. Quanto a Prometeu, acorrentou-o a um rochedo e determinou que uma águia lhe fosse comendo o fígado, que se ia renovando incessamente. Etimologicamente, Prometeu é “aquele que é prudente” e esta figura mitológica simboliza o homem que, para beneficiar a humanidade, enfrenta um castigo terrível que lhe provê sofrimento eterno. Atlas (em grego, Άτλας) foi um dos titãs gregos e o primeiro rei da mítica Atlântida. Gigante, filho de Jápeto e da Oceânide Clímene, é irmão de Menécio, Prometeu e Epimeteu. Atribuem-lhe vários filhos: de Plêione, teve as Plêiades e as Híades; de Hespéride, as Hespérides. Atlas pertence à geração divina anterior à dos Olímpicos, a dos seres monstruosos, violentos e desproporcionados. As especulações tardias consideram Atlas como um astrónomo que ensinou aos homens as leis do céu e que, por essa razão, foi divinizado. Um dia, Atlas juntamente com os outros titãs, forças do caos e da desordem, pretendeu alcançar o poder supremo, pelo que atacou o Olimpo e combateu ferozmente Zeus e os seus aliados. Zeus, irado, castigou os seus inimigos lançandoos para o Tártaro, a região mais profunda do Hades, para que de lá nunca fugissem. Reservou para Atlas, porém, uma pena especial: pô-lo a sustentar, nos ombros e para sempre, a abóbada celeste. Situam, geralmente, a sua localização no Extremo Ocidente, no país das Hespérides e, por vezes, “entre os Hiperbóreos”. Heródoto, um historiador grego, é o primeiro a falar de Atlas como sendo uma montanha situada no Norte de África. Diz-se, ainda, que esse seu fardo fora temporariamente aliviado por Héracles durante um dos seus 12 trabalhos, mas que Atlas fora enganado e voltara a carregar o céu sobre os ombros. Segundo uma das versões existentes, Atlas tornou-se guardião dos Pilares de Hércules, sobre os quais os céus foram colocados, e que também eram a passagem para o lar oceânico de Atlântida (o Estreito de Gibraltar). O seu nome passou a significar "portador" ou "sofredor". O nome deste titã deu origem a vários nomes presentes na nossa cultura hoje em dia. Na cartografia, a colecção de mapas que representam o planeta Terra designa-se por Atlas e um dos oceanos chama-se Atlântico em sua homenagem. Para além disso, Atlas é o nome que é dado à primeira vértebra da coluna cervical sendo uma referência ao local onde o gigante sustentava o peso que fora condenado a suportar. 2 Referências Bibliográficas: Vasconcellos, Paulo (1998). Mitos Gregos. São Paulo: Objetivo. Graves, Robert (1990). Os Mitos Gregos I. Tradução de Fernanda Branco. Lisboa: Publicações Dom Quixote. Grimal, Pierre (1992). Dicionário de Mitologia Grega e Romana. Tradução de Victor Jabouille. Lisboa: Difel. Sites Consultados: http://pt.wikipedia.org/wiki/Prometeu http://pt.wikipedia.org/wiki/Atlas_mitologia 3