SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO E OBJETIVO........................................................................ 7 2 CONCLUSÕES............................................................................................. 9 3 RECOMENDAÇÕES................................................................................... 10 4 CONDUTOR ECONÔMICO........................................................................ 11 4.1 PREMISSAS.................................................................................................11 4.2 METODOLOGIA..........................................................................................11 4.3 CUSTO ANUAL DE ENERGIA PERDIDA.....................................................11 4.4 ANÁLISE ECONÔMICA...............................................................................12 4.5 CONCLUSÃO...............................................................................................12 4.6 RECOMENDAÇÃO......................................................................................12 5 METODOLOGIA DOS ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS ELETROMAGNÉTICOS.............................................................................. 13 5.1 REGIME PERMANENTE..............................................................................13 5.2 SIMULAÇÕES ESTATÍSTICAS E DETERMINÍSTICAS................................13 5.3 LINHAS DE TRANSMISSÃO.......................................................................13 5.4 RELIGAMENTO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO.......................................13 5.5 REJEIÇÃO DE CARGA.................................................................................14 5.6 CRITÉRIOS..................................................................................................14 5.7 TENSÕES ADMISSÍVEIS.............................................................................14 5.8 DADOS PARA MODELAGEM DO SISTEMA ELÉTRICO............................14 6 ENERGIZAÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO..................................... 16 6.1 INTRODUÇÃO.............................................................................................16 6.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS.....................................................................16 6.3 ENERGIZAÇÃO DA LT ANASTÁCIO- CORUMBÁ – CASO MAIS CRÍTICO..................................................................................17 6.4 RESUMO DOS RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES.....................................19 6.5 CONCLUSÃO...............................................................................................20 SUMÁRIO 7 RELIGAMENTO TRIPOLAR DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO................ 21 7.1 INTRODUÇÃO.............................................................................................21 7.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS.....................................................................21 7.3 RELIGAMENTO TRIPOLAR DA LT ANASTÁCIO- CORUMBÁ – CASO MAIS CRÍTICO..................................................................................22 7.4 RESUMO DAS SIMULAÇÕES ESTATÍSTICAS............................................23 7.5 CONCLUSÃO...............................................................................................24 8 RELIGAMENTO MONOPOLAR DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO.......... 25 8.1 ANÁLISE DOS CASOS................................................................................25 8.2 CONCLUSÃO...............................................................................................28 9 REJEIÇÃO DE CARGA............................................................................... 29 9.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS.....................................................................29 10 ARCO SECUNDÁRIO............................................................................... 34 10.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS...................................................................35 10.2 CONCLUSÃO.............................................................................................38 11 ENERGIZAÇÃO DE TRANSFORMADOR................................................ 39 11.1 PREMISSAS ..............................................................................................39 11.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS...................................................................40 11.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS...................................................................40 11.4 ENERGIZAÇÃO DO TRANSFORMADOR.................................................40 11.5 ENROLAMENTO DE 138KV.....................................................................42 11.6 CONCLUSÃO DA ANÁLISE......................................................................43 11.7 CONCLUSÃO.............................................................................................43 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................... 44 LISTA DE TABELAS TABELA 4.1: ALTERNATIVAS PARA A ESCOLHA DO CONDUTOR............... 11 TABELA 4.2: VPL -CUSTO PARA CADA ALTERNATIVA............................... 12 TABELA 5.1: LINHAS DE TRANSMISSÃO...................................................... 14 TABELA 5.2: LT CD 230KV ANASTÁCIO -CORUMBÁ ................................... 15 TABELA 5.3: REATORES DE BARRA............................................................... 15 TABELA 5.4: REATORES DE LINHA................................................................ 15 TABELA 5.5: COMPENSADOR ESTÁTICO ..................................................... 15 TABELA 5.6: TRANSFORMADORES............................................................... 15 TABELA 6.1: VALORES MÁXIMOS – ENERGIZAÇÃO DE LT.......................... 17 TABELA 7.1: PIOR CASO - VALORES MÁXIMOS OBSERVADOS RELIGAMENTO TRIPOLAR............................................................................. 21 TABELA 8.1: CASO CRÍTICO-RELIGAMENTO MONOPOLAR....................... 25 TABELA 9.1: VALORES MÁXIMOS VERIFICADOS NAS REJEIÇÕES............. 30 TABELA 10.1: ARCO SECUNDÁRIO - RESUMO DOS RESULTADO............... 38 TABELA 11.1: PARÂMETRO DO TRANSFORMADOR................................... 39 TABELA 11.2: DADOS DA CURVA DE SATURAÇÃO..................................... 39 TABELA 11.3: ENERGIZAÇÃO DO TRANSFORMADOR DE CORUMBÁ MÁXIMOS VALORES REGISTRADOS............................................................. 40 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1.1: DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DAS LT E TRANSFORMADORES DE 230/138KV-50MVA..................................................................................... 7 FIGURA 6.1: ENERGIZAÇÃO DE LT - TENSÃO NO TERMINAL REMOTO DA LT DE 230KV.............................................................................................. 17 FIGURA 6.2: ENERGIZAÇÃO DE LT - ENERGIA NO TERMINAL REMOTO DA LT DE 230KV.............................................................................................. 18 FIGURA 7.1: RELIGAMENTO TRIPOLAR DE LT - TENSÃO NO TERMINAL REMOTO DA LT DE 230KV ............................................................................. 22 FIGURA 7.2: RELIGAMENTO TRIPOLAR DE LT - ENERGIA NO TERMINAL REMOTO DA LT DE 230KV ............................................................................. 22 FIGURA 8.1 RELIGAMENTO MONOPOLAR DA LT - TENSÃO NO TERMINAL REMOTO DA LT DE 230KV ............................................................................. 26 FIGURA 8.2 RELIGAMENTO MONOPOLAR DA LT - ENERGIA NO TERMINAL REMOTO DA LT DE 230KV ............................................................................. 26 FIGURA 9.1: TENSÕES DE BARRA ABERTURA DUPLA SEGUIDA DE DEFEITO. A TENSÃO MANTÉM-SE ELEVADA, ATÉ AOS 320MS, EM QUE OCORRE A ATUAÇÃO DA PROTEÇÃO DA LT................................................................ 32 FIGURA 9.2: ENERGIA DE PÁRA-RAIOS. ...................................................... 32 FIGURA 9.3: TENSÕES DE BARRA. ABERTURA DUPLA SEGUIDA DE DEFEITO. A TENSÃO MANTÉM-SE ELEVADA DURANTE 150MS, (ATÉ 320MS), TEMPO DE ATUAÇÃO DA PROTEÇÃO DA LT................................................ 33 FIGURA 9.4: ENERGIA DE PÁRA-RAIOS. ...................................................... 33 FIGURA 10.1: CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DA PROBABILIDADE DE SUCESSO DO RELIGAMENTO......................................................................................... 34 LISTA DE FIGURAS FIGURA 10.2: TEMPO MORTO NECESSÁRIO PARA EXTINÇÃO DO ARCO SECUNDÁRIO X VALOR EFICAZ DA CORRENTE DE ARCO SECUNDÁRIO (FIGURA 4 DO ANEXO TÉCNICO DO EDITAL ............................................... 35 FIGURA 10.3: CORRENTE SECUNDÁRIA (IEFICAZ)..................................... 35 FIGURA 10.4: CORRENTE SECUNDÁRIA (IEFICAZ)..................................... 36 FIGURA 10.5: TRT - TENSÃO DE RESTABELECIMENTO DO ARCO SECUNDÁRIA (V)............................................................................................ 36 FIGURA 10.6: CORRENTE SECUNDÁRIA (IEFICAZ)..................................... 37 FIGURA 10.7: TRT - TENSÃO DE RESTABELECIMENTO DO ARCO SECUNDÁRIA (V)............................................................................................ 37 FIGURA 11.1: CURVA DE SATURAÇÃO......................................................... 39 FIGURA 11.2: ENERGIZAÇÃO DO ENROLAMENTO DE 230KV DO TRANSFORMADOR - TENSÃO NO ENROLAMENTO DO TRANSFORMADOR.................................................................................. 41 FIGURA 11.3: ENERGIZAÇÃO DO ENROLAMENTO DE 230KV DO TRANSFORMADOR DE CORUMBÁ. CORRENTES NOS ENROLAMENTOS ENERGIZADOS................................................................................................ 41 FIGURA 11.4: ENERGIZAÇÃO A PARTIR DA BARRA DE CORUMBÁ 138KV TENSÃO NO ENROLAMENTO DO TRANSFORMADOR................................ 42 FIGURA 11.5: ENERGIZAÇÃO, A PARTIR DA BARRA DE CORUMBÁ 138KV. CORRENTES NOS ENROLAMENTOS ENERGIZADOS.................................. 42 1 INTRODUÇÃO E OBJETIVO O presente relatório compreende os estudos de transitórios eletromagnéticos referentes à Linha de Transmissão CD de 230 kV Anastácio - Corumbá e Transformadores de 2x100MVA-230/138kV , em continuidade ao relatório Planejamento da Expansão do Sistema de Transmissão. Reforços estruturais para o Mato Grosso do Sul. EPE-DEE-RE-028/2009-r0. Julho de 2009 [6]. O Ofício SPE/MME 137/2010, de 4 outubro de 2010, modificou a capacidade dos dois transformadores previstos para a SE Corumbá de 50MVA para 100MVA, tendo em vista nova projeção das cargas das SEs Corumbá-MS e Miranda-MS. Em razão do exposto se procede à revisão do presente relatório. Consta do relatório EPE-DEE-RE-028/2009-r0 o plano de obras (alternativa 2) e considerando a alteração implementada pelo Ofício SPE/MME 137/2010, são essas as obras prevista para o presente empreendimento: • LT CD 230kV Corumbá Anastácio de 296km; • Na SE Corumbá • 2 transformadores de 100MVA-230/138kV, • 1 reator de LT de 20MVAR-230kV, e • 1 reator de barra de 15MVAR-230kV. • Na SE Anastácio • 1 reator de LT de 20MVAR-230kV, e • 1 CE -50.-+50MVAR. O diagrama a, seguir, apresenta a Linha de Transmissão 230 kV Anastácio- Corumbá e os transformadores de 100MVA-230/138kV em Corumbá e os demais equipamentos do empreendimento. 7 Figura 1.1: Diagrama esquemático das LT e transformadores de 230/138kV-50MVA Será, objeto deste estudo a análise dos transitórios eletromagnéticos decorrentes de manobras e a escolha econômica do condutor, a seguir especificados: • Condutor Econômico; • Energização de linha de transmissão; • Religamento monopolar de linha de transmissão; • Religamento tripolar de linha de transmissão; • Rejeição de carga; • Energização de transformadores; e • Arco secundário. 8 2 CONCLUSÕES São essas as conclusões do presente estudo: • Com base nas previsões da EPE para o período 2011-2020, para carga pesada e carga leve, e projeção de mercado para o período posterior a 2020, o custo de expansão mais econômico ocorre com o feixe de condutores Tern 2x795 MCM; • É permitida a energização da Linha de Transmissão 230 kV Anastácio-Corumbá, a partir da barra de 230 kV da SE Anastácio; • A análise de extinção do arco secundário indicou que o tempo morto no religamento mono e tripolar seja elevado de 500ms para 600ms; obtém-se com ajuste do tempo morto para 600ms elevada probabilidade de sucesso do religamento monopolar ou tripolar; • Não foi verificada a necessidade de se utilizar reatores de neutro nos reatores da LT CD 230kV Anastácio-Corumbá; • É permitido o religamento monopolar da Linha de Transmissão 230 kV Anastácio- Corumbá partir da barra de 230 kV da SE Anastácio; • É permitido o religamento tripolar da Linha de Transmissão 230 kV Anastácio-Corumbá, a partir da barra da SE 230 kV da SE Anastácio; • Não é permitido o religamento monopolar ou tripolar da Linha de Transmissão 230 kV Anastácio-Corumbá, a partir da barra da SE 230 kV da SE Corumbá; • Os transformadores de 230/138kV-100MVA da SE Corumbá podem ser energizados a partir das barras de 230kV da SE Corumbá; • Não é permitido energizar os transformadores 100MVA-230/138kV de Corumbá a partir da barra de 138kV de Corumbá; • Não foram verificadas tensões acima de valores admissíveis nas rejeições de carga; e • Não foi necessária a utilização de resistência de energização em disjuntores. 9 3 RECOMENDAÇÕES • Recomenda-se a utilização, na LT de 230kV Anastácio-Corumbá, o feixe de condutores Tern 2x795 MCM; • Recomenda-se a adoção de pára-raios ZnO, com capacidade mínima de absorção de energia 4kJ/kV, para as subestações de 230 kV de Anastácio - Corumbá; • Recomenda-se implementar o religamento monopolar ou o religamento tripolar da Linha de Transmissão 230kV Anastácio-Corumbá, a partir da barra da SE 230 Anastácio. 10 4 CONDUTOR ECONÔMICO 4.1 PREMISSAS Para a avaliação de custo utilizaram-se os seguintes parâmetros: • Referências de Custos de Linhas de Transmissão e Subestações de AT e EAT. Dezembro de 2007 [8]; • Custo marginal de expansão de R$ 138/MWh; • Taxa de retorno de 11%; • Projeção de fluxo na LT de acordo com os casos base de 2011-2020 do EPE; • Vida útil do empreendimento – 30 anos; • Comprimento da LT 296km. 4.2 METODOLOGIA Os custos da linha foram calculados com base no custo modular “Referência de Custos LTs e SEs de Eletrobrás, dezembro/2007[7]. As alternativas de feixe de condutores pesquisadas nessa avaliação são apresentadas na tabela, a seguir. Tabela 4.1: Alternativas para a escolha do condutor Tensão [kV] Tipo de Torre Cabo Condutor Cabo [MCM] Tipo Circuito 230 CP Dove 2x556.5 CS 230 CP Grosbeak 2x636 CS 230 230 230 230 CP CP CP CP Tern Ruddy Rail Bluejay 2x795 2x900 2x954 2x1113 CS CS CS CS 4.3 CUSTO ANUAL DE ENERGIA PERDIDA O custo de energia perdida foi avaliado considerando o custo marginal de expansão de R$ 138/MWh, taxa de retorno de 11%, período de 30 anos (vida útil das linhas), o fluxo de potência previsto nos casos bases da EPE. Foram adotados os critérios de tempo de permanência de carga do Relatório R1 [6] isto é: as cargas perdas diárias foram calculadas com 14,7 horas para carga pesada e 9,3 horas para a carga leve. 11 4.4 ANÁLISE ECONÔMICA Na tabela, a seguir, estão apresentados os resultados obtidos para os condutores pesquisados. Tabela 4.2: VPL -Custo para cada alternativa Tensão Cabo Nome Seção (MCM) Torre Circuito Extensão (km) V.P.L. R$ x 1000 Índice Investimento Perdas Expansão 230 CP Dove 2x556,5 CV CD 296 160.379 38.246 198.625 1,002 230 CP Grosbeak 2x636 CV CD 296 169.108 33.540 202.648 1,002 230 CP Redwing 2x715,5 CV CD 296 187.833 29.918 217.751 1,099 230 CP Drake 2x795 CV CD 296 186.708 26.966 213.674 1,078 230 CP Tern 2x795 CV CD 296 171.138 27.055 198.193 1,000 230 CP Ruddy 2x900 CV CD 296 180.797 24.007 204.804 1,033 230 CP Rail 2x954 CV CD 296 185.571 22.704 208.276 1,051 Na tabela acima, o feixe condutor mais econômico e tecnicamente mais vantajoso é o Tern, 2x795MCM com custo de expansão praticamente igual ao da opção Dove 2x556,5MCM. A decisão entre os dois é de caráter técnico: o feixe de condutores escolhido Tern 2X795MCM possui maior capacidade de transmissão e menores perdas do que o Dove 2X556MCM. 4.5 CONCLUSÃO O estudo condutor econômico, para a LT de 230kV Anastácio-Corumbá, conduziu aos seguintes resultados: • O custo de expansão mais econômico e tecnicamente justificável ocorre com o feixe de condutores Tern 2x795 MCM. 4.6 RECOMENDAÇÃO Recomenda-se a utilização, na LT de 230kV –Anastácio-Corumbá, do feixe de condutores Tern 2x795 MCM. 12 5 METODOLOGIA DOS ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS ELETROMAGNÉTICOS Os estudos de transitórios eletromagnéticos, sob o ponto de vista de expansão de sistema, visam a definir as características elétricas básicas dos equipamentos a serem especificadas e recomendar as adequações necessárias para reduzir as solicitações de tensão ou de dissipação de energia em pára-raios. No programa ATP, foi ajustada a configuração para o ano de 2012 [1] e o fluxo de potência com base no estudo de regime permanente do Sistema Interligado Nacional para o ano de 2012 do programa decenal, com os ajustes determinados relatório EPE-DEE-RE-024/2010-r1 [7]. A metodologia utilizada para avaliar as solicitações decorrentes das manobras, sob o ponto de vista de Transitórios Eletromagnéticos, bem como, o ajuste da condição de regime permanente para o programa ATP estão sumariamente descritas a seguir. 5.1 REGIME PERMANENTE No programa ATP, a condição de regime permanente foi ajustada para reproduzir a condição de carga do programa de fluxo de potência, ANAREDE [4], para o ano que considera a entrada em operação desses novos empreendimentos. Nas simulações de transitório eletromagnético, as tensões de barra de regime permanente foram ajustadas nos valores máximos possíveis. 5.2 SIMULAÇÕES ESTATÍSTICAS E DETERMINÍSTICAS As manobras simuladas no modo estatístico foram feitas com um conjunto de 200 chaveamentos numa janela de um ciclo. Foram adotados os seguintes valores para a análise estatística: • Desvio padrão do tempo de atuação do disjuntor: σ = 0,00125 s. • Não se utilizou resistor de pré-inserção. Foram processados os casos determinísticos correspondentes às solicitações mais severas obtidas dos casos estatísticos. 5.3 LINHAS DE TRANSMISSÃO As simulações foram feitas tanto sem aplicação de falta quanto com falta monofásica para terra. Nas simulações estatísticas de energização e religamento da LT foi aplicada falta monofásica nas extremidades e ao longo da LT. As tensões foram monitoradas ao longo da LT. 5.4 RELIGAMENTO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO A abertura dos terminais da linha é considerada a 150ms após a aplicação da falta. O critério para a eliminação do defeito é vinculado ao sucesso ou insucesso do religamento: No caso de religamento com sucesso considera-se que o religamento ocorre após a extinção do arco secundário: caso em que o tempo adotado para eliminação do arco secundário (defeito monofásico para terra) foi de 500 ms; No caso do religamento sem sucesso o arco secundário é mantido até o fim da simulação; o religamento ocorre, pois, na presença do arco secundário. 13 5.5 REJEIÇÃO DE CARGA Devem ser avaliados os casos de interrupção do fluxo de potência envolvendo: • abertura eventual sem defeito; e • abertura eventual seguida de defeito monofásico para terra. 5.6 CRITÉRIOS Em estudos de transitórios eletromagnéticos, os critérios definem os valores máximos das solicitações decorrentes de manobra a que os equipamentos podem ficar expostos, sem comprometer a sua integridade física e operacional. Nas simulações, foi utilizado o programa de simulação digital Alternative Transients Program - ATP [5]. Com essa finalidade, são monitoradas as tensões fase-terra e fase-fase nos terminais e ao longo da linha de transmissão, a energia absorvida, as correntes de descarga nos pára-raios e as correntes de inrush no caso de energização de transformadores. 5.7 TENSÕES ADMISSÍVEIS Para avaliar as solicitações de transitórios eletromagnéticos decorrentes das manobras, adotou-se os critérios que constam do manual da EPE [2] o Submódulo 23.3 “Diretrizes e critérios para estudos elétricos.”, Resolução nº 1051/07, do Procedimento de rede [1]. 5.8 DADOS PARA MODELAGEM DO SISTEMA ELÉTRICO Tabela 5.1: Linhas de Transmissão Tensão Trecho (kV) Sequência zero R0 W/Km X0 W/Km Sequência positiva Y0 S/Km R1 W/Km X1 W/Km L Km Y1 L S/Km (km) PPrimavera Dourados 230 1,572138 3,444993 1,117564 0,043658 0,343218 4,755739 218 Anastacio Dourados 230 0,391409 1,657957 2,322135 0,057565 0,445433 3,703457 208 Dourados Anastacio 230 0,391409 1,657957 2,322135 0,057565 0,445433 3,703457 208 1,572138 3,444993 1,117564 0,043658 0,343218 4,755739 Dourados PPrimavera 230 Anastácio Sidrolândia 230 ,3609 1,869 2,373 ,0516 ,412 4,089 101 218 Sidrolândia Imbirussu 230 ,3609 1,869 2,373 ,0516 ,412 4,089 48 PPrimavera Ivinhema 230 ,382 1,466 2,902 ,043 ,343 4,755 68 Ivinhema Dourados 230 ,382 1,466 2,902 ,043 ,343 4,755 149 Dourados Guaíra 230 ,391 1,657 2,322 ,057 ,445 3,703 229 Imbirussu Aquidauana 138 0,522096 1,861955 0,19143 0,506178 3,284865 118 Aquidauana Corumbá 138 0,426783 1,538952 2,501702 0,198853 0,512236 3,223707 290 Aquidauana Miranda 138 0,426783 1,538952 2,501702 0,198853 0,512236 3,223707 84 Aquidauana Imbirussu 138 0,522096 1,861955 118 Dourados DN 138 0,522 1,861 2,067 ,191 ,506 3,284 28 DN Imbirussu 138 0,522 1,861 2,067 ,191 ,506 3,284 223 14 2,06772 2,06772 0,19143 0,506178 3,284865 Tabela 5.2: LT CD 230kV Anastácio -Corumbá Sequência zero Trecho Tensão (kV) Circ R0 X0 Sequência positiva Y0 R1 W/Km W/Km S/Km W/Km X1 Y1 R1 X1 Y1 W/Km S/Km W/Km W/Km S/Km L Km L (km) Anastácio Corumbá 230 1 0,749 2,06145 0,04277 0,31913 5,25879 0,04352 0,44706 3,76758 296 Anastacio Corumbá 230 2 0,7493 2,58477 2,06145 0,04277 0,31913 5,25879 0,04352 0,44706 3,76758 296 2,584 Tabela 5.3: Reatores de barra Barra Tensão (kV) Capacidade (MVAR) Anastacio 230 20 Corumbá 230 15 Dourados 230 26 Sidrolândia 230 27 Aquidauana 138 10 Corumbá 138 10 Tabela 5.4: Reatores de linha Barra de Barra para Local Circuito Tensão (kV) Potência (Mvar) Anastácio Corumbá Anastácio C1 230 Anastácio Corumbá Anastácio C2 230 20 Anastácio Corumbá Corumbá C1 230 20 Anastácio Corumbá Corumbá C2 230 20 Sidrolândia Anastácia Sidrolândia C1 230 10 Dourados Guaira Dourados C1 230 25 20 Tabela 5.5: Compensador estático Barra Tensão (kV) Capacidade (MVAR) Anastacio 230 -50 a 50 Tabela 5.6: Transformadores Subestação Tensões (kV) Quantidade Xps (%) Corumbá 230/138 2 14 Anastácio 230/138 1 12,86 Anastácio 230/138 1 12,65 Dourados 230/138 2 11,33 Dourados 230/138 1 12,3 15 Potência base (MVA) 100 6 ENERGIZAÇÃO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO 6.1 INTRODUÇÃO O relatório EPE R1 [6], ás fls.47, apresenta a análise da energização da LT de 230kV Anastácio – Corumbá, a partir de Corumbá. Consta que essa manobra resultou em desenvolvimento de sobretensão em Corumbá e na extremidade da aberta da LT, o que impossibilita a energização da LT de 230kV Anastácio – Corumbá a partir da SE Corumbá. Diante dessa restrição, neste trabalho, serão conduzidas as análise para a energização dessa LT, unicamente, a partir da barra de 230kV da SE Anastácio. Foram feitos processamentos estatísticos de energização LT de 230kV Anastácio – Corumbá. Os processamentos incluem energização com ou sem falta. Nos casos de falta, foi considerada falta na extremidade e ao longo da LT. As tensões nas extremidades e ao longo da LT foram monitoradas. As faltas, quando aplicadas, o foram nas extremidades e ao longo da LT. Observaram-se as normas e procedimentos - Submódulo 23.3 R1 Diretrizes e critérios para estudos elétricos e EPE [1] e [2]. 6.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS Foram verificadas as curvas de tensão e de energia ao longo do tempo dos casos mais severos. Os resultados encontram-se tabelados em item posterior deste capítulo. A seguir tabela apresentando os valores máximos observados. 16 O caso mais crítico, nas simulações deste estudo é o seguinte. Tabela 6.1: Valores máximos – energização de LT Energ Energização de circuito Anastácio Corumbá Sentido da operação: Anastácio para Corumbá. Tensão fase-neutro (pu) Local Vmax Vm+3s Vm Energia kJ s*100 Local ( kJ) Com defeito monofásico no final da LT. Início da LT 1,609 1,583 1,391 A 25% 1,971 1,965 1,634 11,016 A 50% 2,072 2,095 1,768 10,89 A 75% 2,041 2,117 1,865 8,374 1,86 1,865 1,814 1,685 Final do C1 6,396 Final do C1 113 Na tabela acima, são apresentadas as seguintes informações do pior caso: local da ocorrência da sobretensão máxima, e o valor da máxima energia dissipada nos pára-raios do terminal remoto da LT. 6.3 ENERGIZAÇÃO DA LT ANASTÁCIO- CORUMBÁ – CASO MAIS CRÍTICO Figura 6.1: Energização de LT - Tensão no terminal remoto da LT de 230kV Tensões no terminal de LT 230kV da SE Corumbá. Energização da LT de 230kV Anastácio- Corumbá a partir Anastácio 17 Figura 6.2: Energização de LT - Energia no terminal remoto da LT de 230kV Energia nos pára-raios no terminal de LT 230kV da SE Corumbá. Energização da LT de 230kV Anastácio- Corumbá a partir Anastácio 18 6.4 RESUMO DOS RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES Os resultados das simulações são apresentados a seguir. Energ nº 1 Energização de circuito Anastácio Corumbá Sentido da operação: Anastácio para Corumbá. Tensão fase-neutro (pu) Local Vmax Vµ+3σ Energia kJ Vµ σ*100 Local ( kJ) ENERG-ANASTACIOCORUMBADIR-TR2 Com defeito monofásico a 25% do comprimento da LT. Início da LT 1,569 1,632 1,417 7,19 A 25% 2,041 2,116 1,806 10,35 A 50% 2,051 2,085 1,854 7,686 A 75% 2,101 2,127 1,886 8,028 Final do C1 1,857 1,877 1,792 2,831 Final do C1 104 Com defeito monofásico a 50% do comprimento da LT. Início da LT 1,507 1,548 1,384 5,452 A 25% 1,986 1,855 1,669 6,181 A 50% 2,137 2,063 1,874 6,31 A 75% 2,17 2,21 1,945 8,842 Final do C1 1,868 1,892 1,816 2,55 Início da LT 1,55 1,532 1,399 4,418 A 25% 1,912 1,92 1,677 8,11 A 50% 2,063 2,074 1,827 8,214 A 75% 2,143 2,169 1,942 7,556 Final do C1 1,86 1,878 1,815 2,093 Final do C1 102 Com defeito monofásico a 75% do comprimento da LT. Final do C1 109 Com defeito monofásico no final da LT. Início da LT 1,609 1,583 1,391 6,396 A 25% 1,971 1,965 1,634 11,02 A 50% 2,072 2,095 1,768 10,89 A 75% 2,041 2,117 1,865 8,374 Final do C1 1,86 1,865 1,814 1,685 Final do C1 113 Final do C1 52 Sem defeito na LT. Início da LT 1,462 1,479 1,398 2,721 A 25% 1,815 1,863 1,59 9,128 A 50% 1,983 1,959 1,675 9,462 A 75% 2,025 2,047 1,748 9,946 Final do C1 1,834 1,869 1,742 4,235 19 Energ nº 2 Energização do segundo circuito Anastácio Corumbá Sentido da operação: Anastácio para Corumbá. Tensão fase-neutro (pu) Local Vmax Vµ+3σ Energia kJ Vµ σ*100 Local ( kJ) ENERG-ANASTACIOCORUMBADIR-TR2CK2 Com defeito monofásico a 25% do comprimento da LT. Início da LT 1,487 1,494 1,357 4,562 A 25% 1,988 2,008 1,746 8,734 A 50% 2,227 2,274 1,923 11,7 A 75% 2,251 2,275 1,903 12,39 Final do C1 1,856 1,939 1,77 5,637 Final do C1 73 Com defeito monofásico a 50% do comprimento da LT. Início da LT 1,502 1,524 1,362 5,396 A 25% 1,994 2,005 1,684 10,73 A 50% 2,158 2,24 1,926 10,48 A 75% 2,3 2,29 1,95 11,26 Final do C1 1,858 1,935 1,792 4,773 Final do C1 76 Com defeito monofásico a 75% do comprimento da LT. Início da LT 1,519 1,543 1,354 6,298 A 25% 2,025 2,07 1,659 13,7 A 50% 2,081 2,196 1,823 12,43 A 75% 2,132 2,234 1,927 10,24 Final do C1 1,837 1,915 1,784 4,379 Final do C1 54 Com defeito monofásico no final da LT. Início da LT 1,478 1,498 1,335 5,45 A 25% 1,913 1,892 1,565 10,9 A 50% 2,106 2,16 1,737 14,11 A 75% 2,031 2,122 1,812 10,31 Final do C1 1,845 1,929 1,791 4,623 Final do C1 77 Final do C1 50 Sem defeito na LT. Início da LT 1,64 1,646 1,431 7,16 A 25% 1,883 1,862 1,652 6,993 A 50% 2,073 2,019 1,803 7,204 A 75% 2,085 2,07 1,866 6,819 Final do C1 1,85 1,888 1,8 2,956 Verifica-se que os valores revelados nas simulações situam-se dentro dos limites de suportabilidade dos equipamentos das referencias [1] e [2]. 6.5 CONCLUSÃO Conclui-se que é permitida a energização da LT de 230kV Anastácio - Corumbá, a partir da barra de 230kV da SE Anastácio. 20 7 RELIGAMENTO TRIPOLAR DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO 7.1 INTRODUÇÃO Nas simulações de religamento tripolar, devem ser considerados o religamento com falta na extremidade e ao longo da LT e o religamento sem falta. Devem ser simulados o religamento com ou sem sucesso. No religamento com sucesso, o arco secundário encontra-se extinto no momento do religamento. No religamento sem sucesso, o arco secundário encontra-se ativo no momento do religamento. As referências [1] e [2] estabelecem procedimentos e critérios para religamento de LTs. Nos casos estatísticos, foram verificados os valores de tensão e de energia nos pára-raios. Em razão da restrição de não energização da LT CD de 230kV Anastácio- Corumbá a partir da barra de 230kV da SE Corumbá contida no R1 [6], o religamento dessa LT foi considerado unicamente a partir da barra de 230kV da SE Anastácio. 7.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS Foram feitos as simulações de religamento tripolar da LT 230kV Anastácio- Corumbá a partir da barra de 230kV da SE Anastácio. Os valores máximos observados, nas simulações estatísticas deste estudo são apresentados adiante nesse capítulo. Desses, foi escolhido o caso crítico seguinte. Tabela 7.1: Pior caso - valores máximos observados - religamento tripolar. Tripolar Religamento tripolar do C1 Anastácio Corumbá com sucesso. Sentido da operação: Anastácio para Corumbá. Tensão fase-neutro (pu) Local Vmax Vµ+3σ Energia kJ Vµ σ*100 Início da LT 1,888 1,743 1,609 A 25% 2,269 2,371 1,842 17,644 A 50% 2,612 2,785 2,079 23,554 A 75% 2,651 2,853 2,132 24,023 Final do C1 1,918 2,005 1,84 5,503 Local 4,458 Final do C1 ( kJ) 400 Na tabela acima, são apresentadas as seguintes informações do pior caso: sentido da operação, o tipo de estudo, sucesso ou insucesso do religamento, local da ocorrência da sobretensão máxima, tensão máxima, tensão máxima estatística e o valor da máxima energia dissipada nos pára-raios do terminal remoto da LT. 21 7.3 RELIGAMENTO TRIPOLAR DA LT ANASTÁCIO- CORUMBÁ – CASO MAIS CRÍTICO Figura 7.1: Religamento tripolar de LT - Tensão no terminal remoto da LT de 230kV Figura 7.2: Religamento tripolar de LT - Energia no terminal remoto da LT de 230kV 22 7.4 RESUMO DAS SIMULAÇÕES ESTATÍSTICAS Tripolar nº 1 Religamento tripolar do C1 Anastácio Corumbá com sucesso. Sentido da operação: Anastácio para Corumbá. Tensão fase-neutro (pu) Local Vmax Vµ+3σ Vµ Energia kJ σ*100 Local ( kJ) TRI-ANASTACIOCORUMBASUC-DIR-TR2 Com defeito monofásico a 25% do comprimento da LT. Início da LT 1,754 1,685 1,657 0,932 Final do C1 A 25% 2,253 2,273 1,842 14,37 A 50% 2,562 2,709 2,071 21,29 A 75% 2,672 2,768 2,108 22,01 Final do C1 1,915 2,017 1,835 6,064 Início da LT 1,748 1,67 1,632 1,283 Final do C1 A 25% 2,247 2,286 1,836 15,02 A 50% 2,55 2,718 2,067 21,71 A 75% 2,669 2,77 2,106 22,13 Final do C1 1,915 2,02 1,835 6,187 319 Com defeito monofásico a 50% do comprimento da LT. 323 Com defeito monofásico a 75% do comprimentoda LT. Início da LT 1,746 1,664 1,622 1,426 Final do C1 A 25% 2,243 2,279 1,83 14,98 A 50% 2,545 2,709 2,06 21,61 A 75% 2,664 2,761 2,099 22,06 Final do C1 1,914 2,022 1,833 6,277 Início da LT 1,786 1,64 1,515 4,164 Final do C1 A 25% 2,234 2,242 1,771 15,69 A 50% 2,571 2,691 1,977 23,8 2,69 2,763 2,024 24,65 1,913 2,088 1,804 9,457 314 Com defeito monofásico no final da LT. A 75% Final do C1 333 Sem defeito na LT. Início da LT 1,888 1,743 1,609 4,458 Final do C1 A 25% 2,269 2,371 1,842 17,64 A 50% 2,612 2,785 2,079 23,55 A 75% 2,651 2,85 2,132 24,02 Final do C1 1,918 2,005 1,84 5,503 23 400 Tripolar nº 1 Religamento tripolar do C1 Anastácio Corumbá sem sucesso. Sentido da operação: Anastácio para Corumbá. Tensão fase-neutro (pu) Local Vmax Vmed+3s Energia kJ Vmed σ∗100 Local ( kJ) TRI-ANASTACIOCORUMBANSU-DIR-TR2 Com defeito monofásico a 25% do comprimento da LT. Início da LT 1,617 1,617 1,617 0 Final do C1 A 25% 2,313 2,498 1,914 19,45 A 50% 2,732 2,918 2,132 26,2 A 75% 2,509 2,72 2,068 21,73 Final do C1 1,897 2,032 1,828 6,817 316 Com defeito monofásico a 50% do comprimento da LT. Início da LT 1,613 1,613 1,613 0 Final do C1 A 25% 2,31 2,317 1,814 16,77 A 50% 2,661 2,76 2,091 22,32 A 75% 2,659 2,78 2,106 22,46 Final do C1 1,903 2,013 1,836 5,889 Início da LT 1,821 1,821 1,821 A 25% 2,259 2,213 1,904 10,3 A 50% 2,443 2,52 2,009 17,02 2,69 2,654 2,06 19,81 1,896 1,969 1,833 4,54 321 Com defeito monofásico a 75% do comprimentoda LT. A 75% Final do C1 0 Final do C1 271 Com defeito monofásico no final da LT. Início da LT 1,548 A 25% A 50% A 75% Final do C1 1,539 1,533 0,194 Final do C1 1,952 2 1,677 10,79 2,426 2,556 1,842 23,81 2,36 2,588 1,893 23,15 1,905 2,077 1,79 9,583 290 7.5 CONCLUSÃO Diante dos resultados em confronto com os critérios adotados [1] e [2], conclui-se que a LT 230 kV Anastácio Corumbá pode ser religada a partir da barra de 230kV da SE Anastácio. 24 8 RELIGAMENTO MONOPOLAR DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO Em razão da restrição de não energização da LT CD de 230kV Anastácio- Corumbá a partir da barra de 230kV da SE Corumbá, o religamento dessa LT foi considerado unicamente a partir da barra de 230kV da SE Anastácio. Para cada uma das condições, devem ser considerados o religamento com falta na extremidade e ao longo da LT e o religamento sem falta. Foram simulados o religamento monopolar com e sem sucesso. No religamento com sucesso, o arco secundário encontra-se extinto no momento do religamento. No religamento sem sucesso, o arco secundário encontra-se ativo no momento do religamento. 8.1 ANÁLISE DOS CASOS Nos casos estatísticos, foram verificados os valores de tensão e de energia nos pára-raios; as curvas de tensão ou de energia versus tempo dos casos mais severos. Os valores máximos observados, nas simulações estatísticas deste estudo são os seguintes. Tabela 8.1: Caso crítico-religamento monopolar Monopolar nº 1 Religamento monopolar do C1 Anastácio Corumbá com sucesso. Sentido da operação: Anastácio para Corumbá. Tensão fase-neutro (pu) Local Vmax Vµ+3σ Energia kJ Vµ σ*100 Local ( kJ) Sem defeito na LT. Início da LT 1,844 1,844 1,844 0 Final do C1 A 25% 2,104 2,099 1,912 6,235 A 50% 2,287 2,487 2,043 14,811 A 75% 2,233 2,447 2,033 13,767 Final do C1 1,908 1,996 1,853 4,769 444 Na tabela acima, são apresentadas as seguintes informações dos piores casos: sentido da operação, sucesso ou insucesso do religamento, local da ocorrência da sobretensão máxima, tensão máxima, e o valor da máxima energia dissipada nos pára-raios do terminal remoto da LT. A seguir, a análise, desse caso paradigma. 25 Figura 8.1 Religamento monopolar da LT - Tensão no terminal remoto da LT de 230kV Figura 8.2 Religamento monopolar da LT - Energia no terminal remoto da LT de 230kV 26 Os resultados das simulações são apresentados a seguir. Monopolar nº 1 Religamento monopolar do C1 Anastácio Corumbá com sucesso. Sentido da operação: Anastácio para Corumbá. Tensão fase-neutro (pu) Local Vmax Vµ+3σ Energia kJ Vµ σ*100 Local ( kJ) MON-ANASTACIOCORUMBASUC-DIR-TR2 Com defeito monofásico a 25% do comprimento da LT. Início da LT 1,417 1,424 1,346 2,603 Final do C1 A 25% 2,006 2,097 1,776 10,69 A 50% 2,176 2,42 1,953 15,57 A 75% 2,154 2,493 1,94 18,45 Final do C1 1,886 2,097 1,802 9,819 242 Com defeito monofásico a 50% do comprimento da LT. Início da LT 1,42 1,418 1,354 A 25% 2,011 2,175 1,752 14,1 A 50% 2,183 2,456 1,949 16,92 A 75% 2,16 2,507 1,942 18,83 1,887 2,097 1,804 9,74 Final do C1 2,155 Final do C1 249 Com defeito monofásico a 75% do comprimentoda LT. Início da LT 1,415 1,415 1,35 A 25% 2,002 2,152 1,752 2,143 Final do C1 13,36 A 50% 2,174 2,455 1,94 17,15 A 75% 2,151 2,483 1,94 18,11 Final do C1 1,885 2,097 1,802 9,841 240 Com defeito monofásico no final da LT. Início da LT 1,449 1,449 1,449 0 Final do C1 A 25% 1,977 2,133 1,742 13,04 A 50% 2,147 2,53 1,902 20,95 A 75% 2,127 2,502 1,919 19,45 Final do C1 1,879 2,093 1,792 10,05 214 Sem defeito na LT. Início da LT 1,844 1,844 1,844 A 25% 2,104 2,099 1,912 6,235 0 Final do C1 A 50% 2,29 2,487 2,043 14,81 A 75% 2,233 2,447 2,033 13,77 Final do C1 1,908 1,996 1,853 4,769 27 444 Monopolar nº 2 Religamento monopolar do C1 Anastácio Corumbá sem sucesso. Sentido da operação: Anastácio para Corumbá. Tensão fase-neutro (pu) Local Vmax Vµ+3σ Energia kJ Vµ σ*100 Local ( kJ) MON-ANASTACIOCORUMBANSU-DIR-TR2 Com defeito monofásico a 25% do comprimento da LT. Início da LT A 25% 1,379 1,388 1,333 1,826 Final do C1 1,66 1,66 1,66 0 A 50% 1,72 1,72 1,723 0 A 75% 1,586 1,586 1,586 0 Final do C1 1,329 1,329 1,329 0 0 Com defeito monofásico a 50% do comprimento da LT. Início da LT 1,337 1,337 1,337 0 Final do C1 A 25% 1,564 1,564 1,564 0 A 50% 1,686 1,686 1,686 0 A 75% 1,542 1,542 1,542 0 Final do C1 1,324 1,324 1,324 0 0 Com defeito monofásico a 75% do comprimentoda LT. Início da LT 1,334 1,334 1,334 0 Final do C1 A 25% 1,582 1,582 1,582 0 A 50% 1,671 1,671 1,671 0 A 75% 1,602 1,602 1,602 0 Final do C1 1,356 1,356 1,356 0 0 Com defeito monofásico no final da LT. Início da LT 1,449 1,449 1,449 0 Final do C1 A 25% 1,592 1,592 1,592 0 A 50% 1,52 1,52 1,52 0 A 75% 1,47 1,47 1,47 0 Final do C1 1,49 1,49 1,49 0 0 8.2 CONCLUSÃO Os valores verificados permitem concluir que as solicitações de tensão ou de energia nos pára-raios, decorrentes de religamento monopolar, não impõem riscos aos equipamentos. È permitida a implantação de religamento monopolar da LT de 230kV Anastácio - Corumbá, nos dois sentidos, a partir de ambos os terminais 28 9 REJEIÇÃO DE CARGA No estudo de rejeição de carga, o circuito é desligado em uma extremidade e mantido conectado temporariamente pela outra extremidade ou barra do sistema elétrico. Foram simuladas os casos de rejeição sobre uma extremidade e a rejeição sobre a barra na outra extremidade. Foram feitas simulações para abertura com falta monofásica, abertura eventual sem falta e abertura eventual seguida de falha. 9.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS A tabela, a seguir, apresenta os resultados das simulações de rejeição de carga, sobre as as SEs dos terminais da LT, nos dois sentidos, com ou sem falta prévia à abertura da LT, e a abertura eventual sem falta seguida de falta na LT. Foram verificadas as curvas de tensão ou de energia versus tempo. Os casos mais severos são os de rejeição dupla com defeito. A tabela, a seguir, apresenta o resumo dos resultados das simulações de rejeição de carga. 29 Tabela 9.1: Valores máximos verificados nas rejeições Rejeição LT sobre Anastácio abertura em Corumbá. nº 1 Rejeição simples de circuito Anastácio Corumbá Tensão fase-neutro instantânea (pu) Local Energia( kJ) Vmax V após 150ms (kJ) 3 Defeito na barra até a abertura do circuito. Final do C1 1,669 1,386 Anastácio 1,581 1,304 Abertura eventual sem defeito. Final do C1 1,253 1,191 Anastácio 1,143 1,136 0 Rejeição LT sobre Corumbá abertura em Anastácio. nº 2 Rejeição simples de circuito Anastácio Corumbá Tensão fase-neutro instantânea (pu) Local Energia( kJ) Vmax V após 150ms (kJ) 16 Defeito na barra até a abertura do circuito. Final do C1 1,765 1,468 Anastácio 1,545 1,286 Abertura eventual sem defeito. Final do C1 1,24 1,24 Anastácio 1,144 1,134 Rejeição LT sobre Anastácio abertura em Corumbá. 0 nº 3 Rejeição simples de circuito Anastácio Corumbá Tensão fase-neutro instantânea (pu) Local Vmax V após 150ms (kJ) 77 Abertura eventual seguida de defeito. Final do C1 1,841 1,637 Anastácio 1,675 1,373 30 Rejeição LT sobre Corumbá abertura em Anastácio. nº 4 Rejeição simples de circuito Anastácio Corumbá Tensão fase-neutro instantânea (pu) Local Vmax V após 150ms (kJ) 37 Abertura eventual seguida de defeito. Final do C1 1,817 1,455 Anastácio 1,603 1,279 Rejeição LT sobre Anastácio abertura em Corumbá. nº 5 Rejeição dupla de C1 e C2 Anastácio Corumbá Tensão fase-neutro instantânea (pu) Local Vmax V após 150ms (kJ) 305 Abertura eventual seguida de defeito. Final do C1 1,891 1,828 Anastácio 1,677 1,294 Rejeição LT sobre Corumbá abertura em Anastácio. nº6 Rejeição dupla de C1 e C2 Anastácio Corumbá Tensão fase-neutro instantânea (pu) Local Vmax V após 150ms (kJ) 114 Abertura eventual seguida de defeito. Final do C1 1,837 1,706 Anastácio 1,604 1,247 De acordo com os critérios adotados, nos caso de abertura defeito na LT, no tempo da proteção, a LT será isolada em ambos os terminais, admitindo-se que no tempo de TDD a LT poderá permanecer conectada por um dos terminais. Se houver abertura eventual, sem atuação da proteção, a LT permanecerá conectada a uma barra. Se houver desenvolvimento de sobretensão em valor elevado, a proteção de sobretensão atuará e desligará o terminal remanescente. Se houver abertura eventual, seguida de defeito, a LT permanecerá conectada a uma barra até que a proteção isole ambos os terminais da LT. O casos mais severos tratam de abertura dupla da LT sobre Anastácio e sobre Corumbá, ambos com abertura eventual seguida de defeito. Passemos ao exame desses casos. 31 Caso de abertura eventual dupla seguida de falha da LT em Corumbá. Rejeição LT sobre Anastácio abertura em Corumbá. nº 7 Rejeição dupla de C1 e C2 Anastácio Corumbá Tensão fase-neutro instantânea (pu) Local Vmax V após 150ms (kJ) 305 Abertura eventual seguida de defeito. Final do C1 1,891 1,828 Anastácio 1,677 1,294 Anastácio 1,604 1,247 Figura 9.1: Tensões de barra abertura dupla seguida de defeito. A tensão mantém-se elevada, até aos 320ms, em que ocorre a atuação da proteção da LT. Figura 9.2: Energia de pára-raios. 32 Caso de abertura eventual dupla seguida de falha da LT em Anastácio. Rejeição LT sobre Corumbá abertura em Anastácio. nº8 Rejeição dupla de C1 e C2 Anastácio Corumbá Tensão fase-neutro instantânea (pu) Local Vmax V após 150ms (kJ) 114 Abertura eventual seguida de defeito. Final do C1 1,837 1,706 Anastácio 1,604 1,247 Figura 9.3: Tensões de barra. Abertura dupla seguida de defeito. A tensão mantém-se elevada durante 150ms, (até 320ms), tempo de atuação da proteção da LT. Figura 9.4: Energia de pára-raios. 33 10 ARCO SECUNDÁRIO O sucesso da extinção do arco secundário no religamento monopolar é caracterizado pelo valor eficaz do último pico da corrente do arco secundário (Ia) e pelo valor do primeiro pico da tensão de restabelecimento transitória (Vp) através do canal do extinto arco. Existem dois critérios de avaliação do sucesso de extinção de arco secundário dependendo dos valores mencionados Vp e ia e do tempo morto. Critério valores Vp e ia Caso esse par de valores (Vp, Ia) esteja localizado no interior de uma curva que caracterize a zona de alta probabilidade de extinção do arco secundário (vide Figura 4.1), considera-se que o religamento monopolar obteve sucesso. Figura 10.1: Critério de avaliação da probabilidade de sucesso do religamento. Critério do Tempo Morto Este critério só deverá ser empregado caso o critério com tempo morto de 500 ms não possa ser adotado com a utilização de métodos de mitigação. Para avaliação do sucesso do religamento monopolar, deverá ser considerada a curva mostrada na Figura a seguir que relaciona o tempo morto, necessário para extinção do arco secundário, com o valor do último pico da corrente de arco secundário, utilizando meios de mitigação convencionais. 34 Figura 10.2: Tempo morto necessário para extinção do Arco Secundário x Valor eficaz da corrente de arco secundário (Figura 4 do Anexo técnico do Edital 10.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS Foram feitas as seguintes simulações de aplicação de defeito e extinção do arco secundário para 500ms de tempo morto, nos Procedimentos de rede - Submódulo 23.3 [1] na LT de 230kV CD Anastácio – Corumbá com 4 reatores de 20MVAR, 1X20MVAR nas extremidades de cada circuito. Caso 2 Corrente de arco secundário – curto circuito na extremidade de Corumbá – tempo morto de 500ms A corrente arco secundário permanece após a aplicação de curto-circuito monofásico de 150ms, e após a abertura dos disjuntores da LT. A figura a seguir apresenta a corrente de arco secundário até a sua extinção ao fim de 500ms de tempo morto. Figura 10.3: Corrente secundária (IEFICAZ) 35 Verifica-se o valor da corrente secundária de 51A ao fim do tempo morto. O valor ultrapassa o critério acima descrito. Cumpre observar o critério número 2, e determinar o tempo para que se encontrar o par {corrente, TRT} dentro da área definida no primeiro critério. Para 600ms de tempo morto, tem-se. Tensão de restabelecimento transitória da fase no primeiro pico após a extinção do arco secundário. Figura 10.4: Corrente secundária (IEFICAZ) A corrente de arco secundária antes da interrupção da falha é de 46A. Figura 10.5: TRT - Tensão de restabelecimento do arco secundária (V) A TRT é de 20kV. {corrente, TRT} dentro da área definida no primeiro critério. 36 Caso 2 Corrente de arco secundário – curto circuito na extremidade de Anastácio– tempo morto de 600ms Figura 10.6: Corrente secundária (IEFICAZ) Verifica-se que a corrente secundária ao fim do tempo morto é de 33A. Tensão de restabelecimento transitória da fase após a retirada da falta. Figura 10.7: TRT - Tensão de restabelecimento do arco secundária (V) A tensão transitória é no momento da extinção do arco secundário é de 33kV. A tabela, a seguir, apresenta os valores de corrente e TRT obtidos nas simulações: 37 Tabela 10.1: Arco secundário - resumo dos resultado LT de 230kV Anastácio Corumbá Falta Lado Corrente de arco secundário (Aeficaz) Primeiro pico da TRT (kVpico ) Anastácio 33 33 46 20 Corumbá Resultado das observações da Corrente (IEFICAZ) e tensão (kVpico) Valores situam-se no interior do polígono indicado na figura 10.1 Os valores apresentados de corrente de arco secundário ao fim de 600ms de tempo morto e de tensão de restabelecimento transitória para a LT de 230kV Anastácio - Corumbá estão dentro da região de provável extinção de arco secundário. 10.2 CONCLUSÃO Conclui-se que o sucesso do religamento monofásico para o tempo morto de 600ms para LT Anastácio - Corumbá é de elevada probabilidade. Conclui-se também que não foi verificada a necessidade de se prever reatores de neutro para essa LT. 38 11 ENERGIZAÇÃO DE TRANSFORMADOR 11.1 PREMISSAS A rede elétrica foi modelada conforme descrito anteriormente. A tabela, a seguir, apresenta os parâmetros dos transformadores representados nas simulações. Tabela 11.1: Parâmetro do transformador Subestação Potência (MVA) Relação de Tensões (kV) Ligações Corumbá 2 x 100 230/138/13.8 ¥¥Δ A seguir, a curva de saturação do transformador Figura 11.1: Curva de saturação Tabela 11.2: Dados da Curva de saturação do transformador Corrente (pu) Tensão (pu) 0,002 0,95 0,0025 1 0,003 1,05 0,0045 1,1 0,005 1,15 0,015 1,2 0,05 1,25 0,21 1,3 0,76 1,4 39 Impedância (% base 50 MVA) Xps 14 11.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS Foram processados os casos de energização (modo estatístico, 200 energizações) dos transformadores de 230/138kV – 100 MVA da SE Corumbá, pelos terminais de 230kV e pelos terminais de 138kV dessa SE. Admitiu-se uma distribuição normal para os instantes de fechamento dos três pólos. Para todos os casos observou-se o seguinte: • Foi considerado o fluxo residual nas unidades manobradas de 75% do fluxo nominal. • A tensão prévia à energização foi ajustada para 1,05pu, máxima tensão operacional permitida. • Para a energização do transformador pelo lado de 230kV, o caso foi ajustado para a situação de carga mínima, a partir da SE Corumbá 230kV. • Para a energização do transformador pelo lado de 138kV, foi utilizado o sistema derivado SE Corumbá 138kV. • O caso ajustado para a situação de recomposição sistema em carga leve, a partir da SE Anastácio 230kV com tensões e cargas locais restabelecidas na SE Anastácio 230kV, a LT CD Anastácio Corumbá energizada a vazio a partir da barra de 230kV da SE Anastácio e com o sistema derivado SE Corumbá 138kV. • Todas as simulações no modo estatístico foram feitas com 200 energizações. • Foram registrados os valores médios, máximos e desvios padrões no terminal energizado. 11.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS Os máximos valores registrados são apresentados em tabela, a seguir. Tabela 11.3: Energização do transformador de Corumbá Máximos valores registrados. Energização do transformador (estatístico 200 energizações) Transformador nº 2 Tensão fase-neutro (pu) Tensão da barra Vmax µ Corrente no enrolamento (pu) s Tensão da barra Imax m s 9,936 5,968 1,412 8,43 4,114 2,80 Energização a partir de Corumbá 230kV 230kV 1,559 1,210 13,364 230 Energização a partir de Corumbá 138kV 138kV 1,415 1,110 9,674 138kV As curvas das tensões de enrolamento e de corrente de energização correspondente aos caso mais críticos são apresentadas a seguir. Na análise do comportamento das variáveis no tempo, verificou-se que, em todos os casos, a corrente de energização apresentou amortecimento aceitável e as ondas de tensão dos enrolamento sob energização, após os picos iniciais, apresentaram bom amortecimento. 40 11.4 ENERGIZAÇÃO DO TRANSFORMADOR Enrolamento de 230kV As figuras relativas aos processamentos são apresentadas, a seguir. Figura 11.2: Energização do enrolamento de 230kV do transformador Tensão no enrolamento do transformador. Verificam-se picos de tensão seguidos de picos de menor valor, amortecidos que se sucedem até o final da simulação. Figura 11.3: Energização do enrolamento de 230kV do transformador de Corumbá. Correntes nos enrolamentos energizados. Verificam-se picos de corrente, com valor máximo de aproximadamente 3200A, amortecidos até o fim da simulação. 41 11.5 ENROLAMENTO DE 138KV Figura 11.4: Energização a partir da barra de Corumbá 138kV Tensão no enrolamento do transformador. As curvas de tensão se mantém sem amortecimento em nível de 1,40pu até 600ms de simulação. Nesse nível de tensão, recomenda-se que o transformador não seja energizado a partir da barra de 138kV de Corumbá. Figura 11.5: Energização, a partir da barra de Corumbá 138kV. Correntes nos enrolamentos energizados. Observa-se pico máximo de 5000A seguidos por picos menores, com amortecimento satisfatório. 42 11.6 CONCLUSÃO DA ANÁLISE Nas simulações a partir da barra de 230kV da SE Corumbá, a tensão e a corrente de energização apresentaram valores finais aceitáveis; com amortecimento para esse tipo de operação. Nas simulações a partir da barra de 138kV da SE Corumbá, as correntes de energização apresentaram valores finais aceitáveis; com amortecimento razoável. Contudo, a tensão se mostrou sem amortecimento, com valor com valor de 1,4pu aos 600ms de simulação. Os transformadores 100MVA-230/138kV de Corumbá somente devem ser energizados a partir da barra de 230kV da SE Corumbá, situação em que não foram determinadas quaisquer restrições. 11.7 CONCLUSÃO Os transformadores de 230/138kV-100MVA da SE Corumbá podem ser energizados a partir das barras de 230kV da SE Corumbá. Não se se deve a energizar dos transformadores de 100MVA-230/138kV de Corumbá a partir da barra de 138kV da SE Corumbá. 43 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • [1] Operador Nacional de Sistemas - ONS. Procedimentos de rede - Submódulo 23.3 R1 Diretrizes e critérios para estudos elétricos. 2009. • [2] Critérios e Procedimentos para o Planejamento da Expansão dos Sistemas de Transmissão, Comitê Técnico para Expansão da Transmissão – CTET. Outubro de 2002. • [3] Alternative Transients Program (ATP). 1987. • [4] Cepel. “Programa computacional de Análise de Rede – ANAREDE”. 2005 • [5] EPE- Empresa de Pesquisa Energética/ELETRONORTE. “Programa de Expansão de Referência – RE-0.007/05. 2005. • [6] EPE- Empresa de Pesquisa Energética. Análise técnico-Econômica de alternativas – Relatório R1. Planejamento da Expansão do Sistema de Transmissão. Reforços estruturais para o Mato Grosso do Sul. EPE-DEE-RE-028/2009-r0. Julho de 2009. • [7] Eletrobrás- Centrais Elétrica Brasileiras SA. Referências de Custos de Linhas de Transmissão e Subestações de AT e EAT. Dezembro de 2007. • [8] Ofício SPE/MME 137/2010, de 4 outubro de 2010, que alterou a capacidade dos dois transformadores de Corumbá de 50MVA para 100MVA. 44