Ecossistemas da Amazônia

VERSÃO DO PROFESSOR
Ecossistemas Brasileiros
D I S C I P L I N A
Ecossistemas da Amazônia
O
Autores
Maria das Graças Ouriques Ramos
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SÃ
Márcia Rejane de Queiroz Almeida Azevedo
aula
09
Governo Federal
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Secretário de Educação a Distância – SEED
Carlos Eduardo Bielschowsky
Universidade Estadual da Paraíba
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Reitora
Marlene Alves Sousa Luna
Reitor
José Ivonildo do Rêgo
Vice-Reitor
Aldo Bezerra Maciel
Vice-Reitora
Ângela Maria Paiva Cruz
Secretária de Educação a Distância
Vera Lúcia do Amaral
Coordenadora Institucional de Programas Especiais - CIPE
Eliane de Moura Silva
Coordenador de Edição
Ary Sergio Braga Olinisky
Revisora de Estrutura e Linguagem
Rossana Delmar de Lima Arcoverde (UFCG)
Projeto Gráfico
Ivana Lima (UFRN)
Revisora de Língua Portuguesa
Maria Divanira de Lima Arcoverde (UEPB)
Revisora Tipográfica
Nouraide Queiroz (UFRN)
Ilustradora
Carolina Costa (UFRN)
Editoração de Imagens
Adauto Harley (UFRN)
Carolina Costa (UFRN)
Diagramadores
Ivana Lima (UFRN)
Johann Jean Evangelista de Melo (UFRN)
Mariana Araújo de Brito (UFRN)
Vitor Gomes Pimentel (UFRN)
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central - UEPB
Copyright © 2009 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização expressa da
UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba.
VERSÃO DO PROFESSOR
Apresentação
A
pós termos estudado os Ecossistemas Cerrado e Caatinga, vamos agora fazer uma
grande viagem para conhecer um ecossistema muito importante para o Brasil e para
o mundo: a Amazônia, onde se encontra a maior reserva de biodiversidade do planeta.
Vamos estudar a geologia, a geomorfologia hidrografia, o clima, a fauna, a flora e os nativos
desta região, e temos a certeza de que após conhecê-la mais amiúde, você também se tornará
um(a) apaixonado(a) e defensor(a) desta, que é a maior e mais importante floresta tropical do
Planeta, onde se desenvolve um mosaico de diferentes associações vegetais.
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Objetivos
Ao final desta aula, esperamos que você seja capaz de:
Conhecer a biodiversidade do Ecossistema da Amazônia;
VI
1
Conhecer a geologia e a geomorfologia da região;
Verificar que há uma quantidade inimaginável de espécies
da fauna e da flora, peculiares a este ecossistema;
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Conhecer os principais rios e seus afluentes;
Compreender que a Amazônia é um ecossistema muito
importante para o equilíbrio do planeta.
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Vamos iniciar a nossa viagem...
Vamos começar a nossa aula situando a Amazônia por meio de suas características físicas
tais como: o clima, a geologia, o revelo e a hidrografia.
Situação geográfica
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O
O ecossistema da Amazônia situa-se ao norte da América do Sul e abrange parte dos
territórios de nove países, dentre eles o Brasil, a Bolívia, a Colômbia, o Equador, o Peru, a
Venezuela, o Suriname, a Guiana e a Guiana Francesa.
VI
A Amazônia brasileira abrange parte dos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Roraima,
Pará, Maranhão, Goiás, Mato Grosso e Rondônia, compreendendo uma área de 5.033.072 Km2,
que corresponde a 61% de todo o território brasileiro. A região detém 20%, de toda reserva
de água doce do planeta, o equivalente a 1/5 (ARAÚJO, 1998).
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Características físicas
da Amazônia
O
clima da região é o equatorial quente e úmido e apresenta temperaturas e índice
pluviométrico elevados. As temperaturas médias oscilam entre 22°C e 28°C
e as precipitações médias variam entre 1500 mm e 3600 mm por ano e são
predominantemente convectivas, com umidade relativa alta, em torno de 80%. Segundo
Vianello e Alves (2000), os principais mecanismos que explicam o regime pluvial na região
resultam da combinação ou da atuação predominante da Zona de Convergência Intertropical,
das brisas marítimas, da penetração de sistemas frontais oriundos do sul do continente e da
fonte de vapor representada pela Floresta Amazônica e pela Cordilheira dos Andes.
A estrutura geológica é formada pelo Escudo das Guianas que abrange o norte da
Amazonas, Pará, Roraima e Amapá, o qual é constituído por rochas gnáissicas, quartzitos
e granitos. No Amapá se encontram importantes depósitos de manganês, ferro e ouro.
As rochas sedimentares formam a bacia sedimentar ao longo da rede hidrográfica do Rio
Amazonas (POPP, 2007).
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Aula 09
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Quanto ao solo desta região, segundo Ross (1995) é pobre, mas mantém uma floresta
riquíssima em espécies, graças a rápida reciclagem da enorme quantidade de matéria orgânica
que se acumula no húmus. Essa reciclagem dos nutrientes é um dos aspectos mais importantes
para a revivência.
O relevo da Amazônia é formado por planaltos, planícies e depressões, não apresentando
altitudes superiores a 200m, com as seguintes unidades de relevo e suas formações geológicas.

Várzeas - formadas por sedimentos recentes, pouco acima do nível das águas,
periodicamente inundadas, e terraços pleistocênicos;
Planalto amazônico - formado por sedimentos terciários argilo-arenosos, com altitudes
de 150 a 200m;

Escudos cristalinos – situados ao norte e ao sul da bacia sedimentar, muito pediplanados
e nivelados com a bacia por terrenos mais antigos.
O

Pleistocênicos
Referente ao tempo
geológico Plioceno
e marca o início do
período Quaternário
(GUERRA e GUERRA,
2001).
Mata de terra firme - Esta mata localiza-se em regiões mais elevadas, onde não há
inundação, por isso é sempre seca. É o hábitat da castanheira, do mogno, do angelim,
do cedro, da andiroba, do guaraná, do caucho (látex). Por apresentar espécies, cuja
madeira é conhecida como nobre, é alvo de extração por madeireiros.
Fonte: www.ipef.br
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
SÃ
A topografia do bioma, juntamente com a qualidade da água dos rios, determina as
características dos principais ecossistemas encontrados na Amazônia. São eles:
Figura 1– Mata de terra firme
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Fonte: www.bomconselho.com.br
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Mata de várzea (alagada na época das chuvas) - Nessa mata encontram-se várias espécies
vegetais que podem atingir até 40 m de altura. Dentre elas está a Hevea brasiliensis conhecida
como seringueira, de onde se extrai o látex para fabricação de borracha.
Figura 2 – Mata de várzea
VI
Mata de Igapó - são áreas permanentemente inundadas por rios como o Tapajós,
Tocantins, Xingu, Araguaia, Negro e outros. Por serem as águas desses rios pobres em
nutrientes, a flora e a fauna deste ecossistema também o são. Aí se encontram espécies
vegetais como a vitória-régia, a piaçava e palmeiras.
Fonte: www.inpa.gov.br/cpca/luizoli/fotos/48
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Figura 3 – Mata de igapó

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Aula 09
Igarapé (pequenos rios que cruzam as florestas de várzeas) - são cursos de água
amazônicos de primeira ou segunda ordem, componentes primários de tributação de rios
pequenos, médios e grandes, sendo que a sua boca serve de porta de acesso às matas.
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Fonte: www.vivaterra.org.br/florestaamazonica.htm
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Cerrado (floresta baixa com árvores pequenas e retorcidas)
Fonte: www.dialogos.org.br/fotos
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Figura 4 – Igarapé
Figura 5 – Cerrado
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Caatinga amazônica ou campinarana - Tipo de floresta baixa, arbustiva, variando entre seis
e vinte metros, que cresce em solos com muita areia branca, inundável quando ocorrem
as chuvas mais fortes, sendo, na sua forma mais pobre, constituída de arbustos mais
baixos (três a sete metros) e esparsos, intercalados com vegetação rasteira;
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Fonte: Marcos Silveira (2003).
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Figura 6 – Campina arbustiva
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Atividade 1
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Estudamos que o ecossistema amazônico é um dos maiores e mais importantes
do planeta. E dentro deste, existe ecossistemas menores, responda:
sua resposta
Qual a explicação para a existência dos ecossistemas menores, e o que os
caracterizam?
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sua resposta
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Vamos continuar a nossa viagem navegando pelos rios da Amazônia...
Vamos dar continuidade estudando agora a hidrografia do ecossistema da Amazônia. É
uma região onde existe uma rica variedade de águas perenes, com rios negros, brancos e de
águas cristalinas (ROSS, 1995).
Hidrografia
A
bacia amazônica é considerada a maior bacia do mundo e compreende uma área de
6.112.000 Km², ocupando cerca de 42 % da superfície do território brasileiro. É formada
pelos rios Amazonas, Solimões, Negro, Xingu, Tapajós, Jurema, Madeira, Purus, Branco,
Juruá, Trombetas e Uatumã e muitos outros (Figura 7).
Para Ross (1995), a bacia a amazônica é formada por uma grande extensão de terras de
baixas altitudes que contém uma complexa rede de canais, lagos e lagunas que drenam dos
Andes, das Guianas e do Brasil Central.
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Figura 7 – Bacia amazônica
Fonte: www.guiapescaelazer.com.br
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O Rio Amazonas - Nasce no Peru na Cordilheira dos Andes a 5000 m acima do nível
do mar. Percorre 6.570 quilômetros até chegar a sua foz, no Oceano Atlântico. Entra no
Brasil na confluência com o rio Javari, próximo a Tabatinga, sendo então chamado de
Solimões. Em seu percurso, o Amazonas recebe quase 7.000 afluentes. Os afluentes do
rio Amazonas pela margem esquerda são os rios Pacajá, Xingu, Tapajós, Madeira, Purus,
Juruá, Jutaí e Javari e pela margem direita os rios Jari, Paru, Curuapanema, Trombetas,
Uatumã, Negro, Japurá, Icá e Mamoré.
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O maior deles, o rio Amazonas nasce no Peru, com o nome de Marañon, e passa a ser
denominado Solimões da fronteira brasileira até o encontro com o rio Negro. A partir daí,
recebe o nome de Amazonas.
Figura 8 – Rio Amazonas
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Aula 09
Fonte: www.skyscrapercity.com
De uma margem a outra, normalmente, apresenta uma largura de 15 quilômetros, mas
em alguns trechos, pode chegar a 100 quilômetros. Também apresenta, em média, 50 metros
de profundidade, sendo navegável, na parte brasileira, durante todo o ano.
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O Rio Solimões – Nasce no Peru e ao entrar no Brasil, no município de Tabatinga, recebe
o nome de Solimões. Tem como afluentes da margem direita o Rio Javari, Jutaí, Juruá e
Purus. Na margem esquerda, os rios Içá e Japurá e percorre as cidades de São Paulo de
Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Tocantins, Jutaí, Fonte Boa, Tefé, Coari, Codajás,
Anamã, Anori, Manacapuru, totalizando aproximadamente 1.700 km até chegar a Manaus,
onde ao encontrar o Rio Negro, recebe o nome de Rio Amazonas, percorrendo as águas
com cores contrastantes por vários quilômetros.
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Figura 9 – Rio Solimões no ponto de “encontro das águas” com o Rio Negro.
Rio Negro – Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica. É o maior
afluente da margem esquerda do rio Amazonas. Apresenta águas muito escuras devido
à decomposição da matéria orgânica vegetal que cobre o solo das florestas e que é
carregada pelas inundações.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Negro_(Amazonas).
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Figura 10 – Rio Negro
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Fonte: www.altiplano.com.br/0707kaiapo2.html
Rio Xingu – Nasce no estado do Mato Grosso, entra no estado do Pará e deságua próximo
á foz do rio Amazonas. É afluente do lado direito do Amazonas. Tem 1.980 km de extensão,
mas é navegável em apenas 900 km. Tem um curso sinuoso e várias cachoeiras, algumas
com mais de 50 m de altura.
O

Tapajós - A bacia hidrográfica do Tapajós estende-se totalmente em território brasileiro,
ocupando terrenos dos estados de Mato Grosso, Pará e Amazonas. O rio nasce nas
divisas desses estados e tem 1992 km de extensão. Não apresenta tributários de grande
importância, percorrendo uma extensão da ordem de 795 km, até desaguar na margem
direita do Amazonas. Apresenta declividade média inferior às dos seus formadores, um
leito acidentado até a Cachoeira de Maranhãozinho e grande número de ilhas deste ponto
para jusante. As águas do Tapajós, devido às diferenças de composição, densidade e
temperatura, não se misturam com às do Rio Amazonas.
Fonte: picasaweb.google.com/.../wxsP455Qdi7k5-HlTMku6Q
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Figura 11 – Rio Xingu
Figura 12 – Rio Tapajós
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Rio Madeira - Nasce na Cordilheira dos Andes, na Bolívia. Desce das cordilheiras em
direção ao norte recebendo então o rio Mamoré-guaporé e tornando-se o rio Madeira o
qual traça a linha divisória entre Brasil e Bolívia.
VI
Fonte: http://pt.wikipedia.org
SÃ
O
De acordo com o site wikipédia, entre a estação chuvosa e a seca o rio varia bastante de
profundidade. Na estação seca, as águas do rio, que fluem em direção ao Amazonas, formam
praias. Há muitas corredeiras. Quando o rio enche devido as chuvas sobe cerca de 17m ,
alagando todas as cachoeiras em seu leito até formar um espelho de água que tanto invade
florestas como cobre as praias e toda a planície Amazônica.
Figura 13 – Rio Madeira
Rio Purus - É um dos mais importantes afluentes da margem direita do Rio Solimões.
Nasce no Peru na Serra da Contamana com aproximadamente 500m de altitude e percorre
cerca de 3.300 km até a Foz. Com características de rio de baixada, possui um percurso
bastante sinuoso e curvas bem fechadas. A bacia do Purus abrange uma área de mais
de 320 mil km² em território brasileiro e sua floresta, quase intacta, preserva abundante
mata primária e fantástica biodiversidade.
Fonte: http://blogdobrana.blogspot.com/2008_08_01_archive.html
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Figura 14 – Rio Purus
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Rio Branco – De acordo com o que dispõe o site wikipédia, o rio Branco origina-se
da confluência dos rios Uaricoera - o maior do estado – e Tacutu, trinta quilômetros a
norte da capital Boa Vista. Nesta altura o rio chega a cerca de 1,5 quilômetro de largura,
oferecendo condições de navegação durante a época das cheias. Centenas de quilômetros
abaixo, na altura da vila de Vista Alegre, após receber as águas do rio Mucajaí, inicia-se o
médio rio Branco na Cachoeira do Bem-Querer: corredeiras que descem dezoito metros ao
longo de vinte e quatro quilômetros. Estas quedas de água impedem o tráfego. Enquanto
em seu alto curso o Branco alcança pouco mais de um quilômetro de largura, o mesmo
chega, em seu baixo curso, quinhentos quilômetros a sul, a até quatro quilômetros
dependendo da estação do ano. Isso se deve aos grandes e vários afluentes que o mesmo
recebe neste meio-tempo, com destaque para os rios Mucajaí, Catrimani e Anauá. Há
forte presença de ilhas.
RE
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Figura 15 – Rio Branco

Rio Juruá - Afluente da margem direita do rio Amazonas com cerca de 3.350 km de
extensão da nascente até a foz. O rio Juruá nasce no Peru, atravessando o Acre até
desaguar no rio Solimões. Tem em fevereiro/abril seu período de águas altas e julho/
setembro o período de águas baixas, sendo também o mais sinuoso dos rios da Amazônia.
O alto Juruá não é navegável, esta só é realizada no médio e baixo curso do rio.
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Fonte: Luis Eduardo Pomar em flickr.com/photos/70746048@N00/186625094
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Rio Trombetas - Nasce na fronteira do Brasil com a Guiana e tem 750 km de extensão.
Banha o estado do Pará. Quando se encontra com o rio Paraná de Sapucuá, ganha o
nome de baixo Trombetas e chega a atingir 1.800 m de largura. Seu leito divide-se em
várias ilhas estreitas e compridas.
Fonte: www.trekearth.com
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Figura 16 – Rio Juruá
Figura 17 – Rio Trombetas

Rio Uatumã - É um rio afluente da margem norte do Rio Amazonas, tem instalado em
seu leito a Usina Hidrelétrica de Balbina que é responsável por 50% do abastecimento
de energia elétrica de Manaus. E seu curso navegável em 295 km, até a usina de Balbina.
A sua nascente se localiza na divisa dos estados do Amazonas e de Roraima, no maciço
das Guianas. As profundidades do rio são boas, superiores a 2,10m em águas médias e
altas (fevereiro a agosto).
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Fonte: www.iteam.am.gov.br/adm/noticias/img/20080529
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Figura 18 – Rio Uatumã
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SÃ
Atividade 2
Quais as riquezas naturais do lugar onde você mora?
2
Como você caracteriza a hidrografia da sua região?
RE
1
sua resposta
3
Desenhe o mapa do seu município, destacando a rede hidrográfica
que o abastece.
1.
2.
Dando continuidade à nossa viagem, vamos estudar a fauna e a flora amazônica...
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A biodiversidade da Amazônia
Fauna
Para Capobianco (2005), na Amazônia há uma variadíssima espécie de aves, das
quais muitas possuem distribuição restrita ou são raras; muitas espécies de peixes, com
quantidade superior à encontrada nas demais bacias do mundo; milhares de espécies de
plantas superiores; cerca de 62% das espécies de mamíferos encontrados no Brasil; das
várias espécies de répteis, mais de 60% são endêmicas além de uma enorme diversidade de
espécies de invertebrados e anfíbios.
Figura 20 – Tucano
Fonte: www.niltonloriano.blog.uol.com.br
Figura 19 – papagaio de cara roxa
Fonte: www.flickr.com
RE
VI
SÃ
O
A Floresta tem a maior variedade de espécies de aves, primatas, roedores, jacarés,
sapos, insetos, lagartos e peixes de água doce do mundo. A maior parte da fauna amazônica
é composta de pequenos roedores, aves, répteis e anfíbios, bem como, animais que habitam
as copas das árvores, entre 30 e 50 metros. Não existem animais de grande porte. Entre as
aves da copa estão os papagaios (Figura 19), tucanos (Figura 20) e pica-paus (Figura 21).
Figura 21 – Pica-pau quero-quero
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SÃ
O
Entre os mamíferos estão morcegos, bichos preguiça (Figura 22), suçuaranas (Figura
23), roedores, macacos e marsupiais, as antas, o cateto e a queixada.
RE
VI
Figura 22 – Preguiça
Figura 23 – Suçuarana ou onça parda
Estudiosos da floresta amazônica calculam que dentro dela convivem em harmonia mais
de 20% de todas as espécies vivas do planeta, sendo 1400 de peixes, 324 de mamíferos e
1300 de pássaros e dezenas de milhares de espécies de insetos, como besouros, formigas e
cupins, outros invertebrados e microorganismos.
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De acordo com o site ambiente Brasil, a riqueza da biodiversidade de animais cresce
a cada dia com as novas descobertas, mas está ameaçada pela caça, pela degradação e
devastação das florestas e de seus vários ecossistemas. Ainda há muitos animais e plantas
não catalogados. Na Amazônia só se conhece 30% das espécies do reino animal.
Há um registro de 163 espécies de anfíbios encontrados na Amazônia brasileira; 550
espécies de répteis na bacia amazônica e 89 espécies de lagartos.
As espécies e a quantidade de serpentes são bem menos conhecidos do que dos outros
grupos de répteis na Amazônia.
SÃ
Flora
O
As aves constituem um dos grupos mais bem estudados entre os vertebrados. Na
Amazônia, há cerca de 1.000 espécies raras, considerando as que ocorrem em apenas uma
das três grandes divisões da região (do rio Negro ao Atlântico; do rio Madeira ou rio Tapajós
até o Maranhão; e o restante ocidental, incluindo rio Negro e rio Madeira ou do rio Tapajós às
fronteiras ocidentais do País).
VI
A Amazônia possui 3.650.000 km² de florestas contínuas. A diversidade de árvores na
Amazônia varia entre 40 e 300 espécies diferentes por hectare. A flora amazônica é rica em
espécies medicinais, frutíferas e industriais, com grande potencial econômico, tanto para
extração de princípios ativos de largo uso na medicina, quanto na produção de frutos de
excelente valor nutritivo e sabor, que são exploradas, basicamente, através do extrativismo.
RE
Crescendo sob as árvores amazônicas, encontram-se plantas epífitas, como: bromélias,
orquídeas, imbés e cactos. Essas plantas são importantes para a fauna que vive exclusivamente
nos galhos e copas das árvores.
As matas alagadas contêm várias espécies de árvores de utilidade econômica, além
de madeiras de lei. A seringueira, a sorva, a andiroba, a massaranduba, o buriti e o tiucum,
produzem borracha, alimentos, óleos, resinas e fibras de importância econômica, além do
bacurizeiro, a ipeca e o jaborandi.
Específicas dos igapós de solos arenosos e de água preta são a piranheira (Piranhea
trifoliata), a oeirana (Alchornea castaniifolia), várias espécies de Inga e de Eugenia, as
palmeiras Copaifera martii (copaíba) e a Leopoldinia. Algumas árvores têm grande resistência
às enchentes prolongadas, tais como a Myrciaria dubia, a Eugenia inundata (araçá de igapó) e,
finalmente, a Salix humboldtiana, que sobrevivem há vários anos de submersão permanente.
A região amazônica tem um gigantesco potencial madeireiro, de plantas utilizáveis para
o paisagismo e de espécies vegetais com substâncias para uso medicinal (CAMPOS, 2007).
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VERSÃO DO PROFESSOR
Atividade 3
Com base na variedade da flora e fauna da Amazônia, responda às questões.
Após a leitura do fragmento do texto de Ross (1995) quando ele cita
uma afirmação de (SHUBART, apud SALATI et. al., 1983), faça uma
análise sobre a Floresta Amazônica hoje, com todas as ações maléficas
do homem sobre ela.
SÃ
2
Justifique a proposição: “A dimensão da Bacia Amazônica e a grande
heterogeneidade ambiental são fatores determinantes para a existência
de uma expressiva diversidade biológica” (CAPOBIANCO, 2000).
O
1
sua resposta
RE
VI
A maior extensão de florestas tropicais – úmidas continuais do mundo
é hoje um dos centros de atenção na questão ambiental deste final de
século. Na Amazônia, todo os números são grandiosos. São milhões
de organismos como afirma (SHUBART, apud SALATI et. al., 1983)
“regulando o ciclo hidrológico da maior bacia hidrográfica do mundo”.
1.
2.
Vamos agora estudar a economia e os povos da Amazônia...
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Aula 09
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Economia
A economia do bioma Amazônia baseia-se entre outros, na caça, pesca, extrativismo
vegetal, mineral, agricultura, pecuária e turismo.
No Extrativismo vegetal Os principais produtos são: madeira, borracha, castanha-do-pará,
cacau, essências, óleos de copaíba e andiroba, piaçava, coco, açaí e bacuri.
No Extrativismo mineral os produtos mais importantes são: bauxita, ferro, sal-gema,
manganês, linhita, ouro, cassiterita, diamantes, níquel, cobre, calcário, gipsita, chumbo, caulim
e estanho.
O
Na agricultura os principais produtos são: juta, malva, guaraná, mandioca, banana, canade-açúcar, feijão, laranja, cacau, cupuaçú, milho e pimenta-do-reino.
Na pecuária há a presença de gado bovino, suíno e bubalino em pequena escala.
VI
SÃ
Como pode ser observado, a maior fonte de matéria prima utilizada para o desenvolvimento
da região encontra-se na natureza. Por esta razão é que se faz necessária a busca pelo
desenvolvimento sustentável, sob pena de levar-mos a extinção vários ecossistemas presentes
neste bioma, comprometendo assim não só a sua existência e de suas inúmeras espécies como
também trazendo um grande desequilíbrio para o planeta.
RE
Os povos indígenas
N
a Floresta Amazônica habitam muitos indígenas que se encontram agrupados em tribos.
Nos últimos tempos, essa população tem sofrido ataques pelo homem “branco” que
a expulsa de suas terras com a finalidade de explorá-la comercialmente através da
extração de minérios, madeira, para a agricultura e pecuária.
Existem várias tribos espalhadas pelo território amazônico, podendo existir ainda algumas
poucas que não mantiveram nenhum contato com o homem “branco”. Dentre as catalogadas
estão: Yanomami, Kayapó, Damacuri, TiKuna, Arara, Bororo, Gavião e outras.
Um dos impasses mais recentes na Amazônia gira em torno das terras indígenas Raposa
Serra do Sol onde os índios têm enfrentado vários conflitos.
O fato é que precisamos respeitar os índios e suas terras, pois os verdadeiros e legais
donos da Amazônia são eles. Precisamos defendê-los, pois temos muito que aprender com
eles. E a primeira e importante lição que eles têm a nos dar é que devemos fazer uso da
natureza, retirando dela o que precisamos, mas sem destruí-la.
Aula 09
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VERSÃO DO PROFESSOR
O
Muitos vultos como o seringueiro Chico Mendes e a missionária Dorothy Stein deram
suas vidas pela causa da Amazônia e de seus povos.
SÃ
Figura 24 – Tribo indígena
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Atividade 4
RE
Leia a letra da música “Amazônia nunca mais” de autoria do compositor João Gordo e
comente o que você entendeu com a frase “o mundo depende do inferno verde”.
“Amazônia Nunca Mais”
“A mãe terra não é de ninguém
Assim dizia quem morava aqui
A mata virgem é força do bem
E os animais, vida e razão.
Mas o homem branco
Com seu sujo poder
Escravizou e prostituiu
Se aproveitou da pura inocência
Dos verdadeiros filhos do Brasil
MORTE!
Para quem defende o verde e os
animais
DOENÇAS!
Misérias, queimadas, devastação
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Aula 09
Por que ninguém faz nada para os deter?
CUIDADO!
Senão, Amazônia nunca mais!
O mundo depende do inferno verde
O mundo depende do inferno verde
O mundo depende do inferno verde
O Guarani e Hino da Morte
Para índios, árvores e animais
O fogo queima tudo que sobrou
Infelizmente, Amazônia nunca mais!”
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sua resposta
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Concluindo nossa viagem
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Chegamos ao fim da nossa nona aula e esperamos que você tenha conhecido melhor
esse bioma tão importante para a sobrevivência e equilíbrio do planeta. Acreditamos que você
agora conheça a maior bacia hidrográfica do mundo, assim como a sua biodiversidade e que
além de tudo seja um defensor da causa da Amazônia.
Leituras complementares
Sugerimos as seguintes leituras para o aprofundamento do assunto estudado nesta aula:
KOHLHEPD, GERD; COU, MARTIN. Amazônia sustentável. Garamond, 2005.
Este livro mostra que é possível utilizar-se da matéria prima que o bioma dispõe sem
exaurir os recursos naturais aí existentes.
PICLI, FIORELO. Capital e a devastação da Amazônia. Expressão popular, 2006.
Neste livro você poderá compreender melhor o processo de devastação da Amazônia e
como ele está fortemente atrelado à exploração econômica.
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VERSÃO DO PROFESSOR
Nestes endereços você vai encontrar informações sobre a Amazônia e outros assuntos
relacionados ao tema desta aula.
www.amazoniaparasempre.com.br
2)
www.istoeamazonia.com.br
3)
www.amazonia.org.br
4)
www.greenpeace.org/brasil/amazonia
5)
www.wikipedia.org.br/wiki/amazônia
SÃ
Resumo
O
1)
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VI
Nesta nossa nona aula tivemos a oportunidade de conhecer um dos mais
importantes biomas do planeta em virtude de nele encontrar-se a maior reserva
de biodiversidade da Terra. Vimos que a bacia amazônica é a maior do mundo e
conhecemos os seus afluentes mais importantes. Conhecemos o seu relevo, seus
principais ecossistemas, um pouco da sua fauna, flora, aspectos econômicos e
listamos algumas das mais conhecidas tribos indígenas da região.
Auto-avaliação
Para saber se você atingiu os objetivos propostos nesta aula, responda às
questões que se seguem. Caso tenha dúvidas, procure ajuda voltando ao texto
ou visitando os sites sugeridos.
Produza um texto, sobre o bioma Amazônia, com base no que estudamos
nesta aula.
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Referências
ARAÚJO, S. M. de. Introdução à Ciências do Ambiente para Engenharia
Engenharia. Apostila. Campina
Grande: UFPB, 1998, 68p.
CAPOBIANCO, J. P. R. e LIMA, A. R. Mata Atlântica: avanços legais e institucionais para
sua conservação. In Documentos do ISA, n. 4. São Paulo: Instituto Socioambiental, 1997.
CAMPOS 2007 http://scampos.wordpress.com/2007/11/05/a-floresta amazonica/)
GUERRA, A. T. e GUERRA, A. T. J. Novo Dicionário Geológico-Geomorfológico. Rio de Janeiro:
2 ed., Bertrand Brasil, 2001.
LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje - Vol 3. São Paulo: ed.
Ática, 1998.
POPP, J. H. Geologia Geral. Rio de Janeiro: LTC, 5ª ed., reimpressão, 2007.
ROSS, J. L. S. (Org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995.
SALATI, E.; JUNK, W. e OLIVEIRA, A. E; Amazônia: Desenvolvimento, Integração e Ecologia.
São Paulo: CNPq / Brasiliense, 1983.
VIANELLO, R. L. e ALVES, A. R. Meteorologia Básica e Aplicações. Viçosa: UFV, 2000.
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Anotações
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Ecossistemas Brasileiros – GEOGRAFIA
EMENTA
AUTORES
> Maria das Graças Ouriques Ramos
> Márcia Rejane de Queiroz Almeida Azevedo
01
Introdução a princípios e conceitos ecológicos
02
Fatores ecológicos
03
Definição de ecossistemas
04
Ecossistemas aquáticos
05
Equilíbrio ecológico
06
Sustentabilidade
07
Estrutura física do Brasil
08
Ecossistemas do cerrado e da caatinga
09
Ecossistemas da Amazônia
10
Ecossistema do Pantanal
11
Ecossistema litorâneo
12
Ecossistema de floresta de serras
Impresso por: Gráfica
AULAS
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15
1º Semestre de 2008
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