TEMA F.1 – O IMPÉRIO PORTUGUÊS E A CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL A partir de meados do séc. XVI, o Império Português do Oriente entrou em crise. Que fatores contribuíram para essa crise? Recuperação das rotas do Levante pelos muçulmanos; A concorrência dos Holandeses, Ingleses e Franceses que apoiavam os corsários que atacavam os navios portugueses e cobiçavam os territórios dominados pela coroa portuguesa; Os naufrágios provocados quer por uma carga excessiva , quer por tempestades, quer por ataques de inimigos; A falta de meios financeiros e militares para manter o domínio de um império tão vasto e distante; Uma deficiente e dispendiosa administração do Império; A má aplicação dos lucros obtidos com o comércio, que eram, em grande parte, gastos em bens de ostentação e luxo. O apogeu do império espanhol Os descobrimentos e as conquistas promovidas pela Espanha, tanto na América como no Oriente (Filipinas) fizeram surgir um vasto império marítimo e colonial. O Império espanhol passou a dispor de ouro e prata da América e de especiarias do Oriente. Na segunda metade do séc. XVI, o Império espanhol atingiu o seu apogeu. A União Ibérica Em 1578 D. Sebastião morre na batalha de Alcácer Quibir. Por falta de descendentes, sucedeu-lhe o seu tio-avô , o cardeal D. Henrique, que morreu em 1580, sem sucessor. Crise Dinástica Candidatos ao trono D. António Prior do Crato Apoiado sobretudo pelos populares , que viam nele a garantia da manutenção da independência. D. Catarina, duquesa de Bragança D. Filipe Espanha II, rei de Apoiada por elementos do clero e da nobreza, acabou por desistir das suas pretensões. Apoiado pela maioria da classe dirigente de Portugal, graças ao seu poder político e económico. PROMESSAS DE FILIPE I DE PORTUGAL NAS CORTES DE TOMAR Jurou : Respeitar as leis e os costumes do país; Atribuir cargos administrativos em Portugal e no Império somente a Portugueses; Manter a língua portuguesa como oficial; Continuar a cunhar e a usar moeda portuguesa; Manter a coroa, os direitos e privilégios de Portugal separados dos de Espanha. Promessas de Filipe I de Portugal nas Cortes de Tomar . . Monarquia Dualista A ascensão económica e colonial na Europa do Norte – A ascensão da Holanda e o Império Holandês Razões que contribuíram para a perda da supremacia da Espanha Desenvolvimento de novas potências na Europa Central e do Norte; As guerras internas ( revoltas em Portugal e na Catalunha) A derrota da Espanha contra a Inglaterra na Armada Invencível FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A ASCENSÃO DA HOLANDA E DO COMÉRCIO INTERNACIONAL A tolerância política e religiosa das Províncias Unidas - permitiu a entrada de capitais estrangeiros, sobretudo dos cristãos – novos que eram perseguidos na Península Ibérica; Existência de uma burguesia forte e empreendedora , que investia os seus lucros em novos negócios; Possuíam uma bem organizada e poderosa frota marítima que lhes permitia transportar mais barato as mercadorias; Criação de Companhias de Comércio; Fundação do Banco de Transferências de Amsterdão e da Bolsa Geral de Amsterdão A crise do Império espanhol, a partir de 1630, devido à redução de metais preciosos que chegavam a Sevilha O apogeu marítimo e colonial da Holanda durou até à década de 1670, altura em que a Inglaterra se impôs como 1ª Potência O IMPÉRIO INGLÊS Fatores e meios de ascensão do Império Inglês Apoio régio a atos de pirataria; Fundação de Companhias de Comércio; Conquistas no Oriente e na América do Norte; Promulgação do Ato de Navegação Na sequência da Guerra dos Sete Anos , na qual a França é derrotada, a Inglaterra apropria-se de territórios coloniais franceses e reafirma a sua posição como 1ª potência mundial. Capitalismo comercial Definição – Sistema económico através do qual os lucros obtidos por meio da atividade mercantil eram reinvestidos, proporcionando novos lucros. Principais instrumentos do capitalismo comercial Companhias de comércio Bancos Bolsa Importância do Ato de Navegação Contribuiu para o desenvolvimento da marinha inglesa combatendo a hegemonia holandesa; Estabelecia que , a partir de então, as mercadorias importadas pela Inglaterra só podiam ser transportadas por barcos ingleses ou por navios dos países donde eram originários. Razões que levaram os portugueses a interessarem-se pela exploração económica do Brasil A crise do Império português do Oriente; A concorrência dos Holandeses e Ingleses PROSPERIDADE DOS TRÁFICOS ATLÂNTICOS Açúcar – principal produção brasileira; Escravos - Mão-de-obra ( proveniente do continente africano) utilizada nas plantações e engenhos; Comércio triangular – consolidou-se nos sécs XVII e XVIII e fazia-se entre Portugal, África e Brasil. Para além do açúcar, desenvolveram-se ainda no Brasil produções de algodão e tabaco e procedeu-se à exploração de madeiras como o pau-brasil. Finais do séc. XVII – exploração do ouro. Restauração da independência Motivos do descontentamento dos portugueses face ao domínio filipino Desrespeito pelas promessas feitas nas Cortes de Tomar; Envio de tropas e embarcações portuguesas para guerras em que a Espanha estava envolvida; Lançamento de novos impostos para custear essas guerras; Incapacidade da Espanha para defender as colónias portuguesas dos ataques das potências europeias Declínio do Império espanhol provoca reflexos na economia e na sociedade portuguesa ( declínio da burguesia e enfraquecimento da nobreza). Restauração da independência Descontentamento da população portuguesa face ao domínio filipino Motins e revoltas populares A situação política internacional em que a Espanha estava envolvida ( guerra dos 30 anos) Problemas internos ( reivindicações de independência na Catalunha) Favorecem a conspiração No dia 1 de dezembro de 1640, um grupo de nobres portugueses organizou uma revolta , aclamaram D. João IV como rei de Portugal RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA