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DA VELHA MALA
Não trago coerência
Não trago temor
Muito menos ciência
Ou filosofia.
Somente esta velha mala,
Aparentemente, vazia.
Nela não cabem
O dourado metal
Nem flor
Nem pesar
Ou mágoa mal curada.
Mas creio que seja de muita valia
Esta mala que carrego
Sem máscaras,
Sem hipocrisia...
Nela há um tanto de sonho...
Mais nada.
Pois carrego somente o amor,
Do qual faço a poesia
Que compõe a minha estrada.
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