FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO Ervania Soares Da Cunha1 ¹Faculdade de Colider – FACIDER, Av. Senador Júlio Campos, 1039 – Setor Leste, Colider, Centro - MT, 78.500-000. E-mail: [email protected] RESUMO: O câncer de colo uterino possui alto potencial de prevenção e cura, devido a evolução lenta da doença. A assistência de enfermagem é fundamental para prevenção e detecção precoce. O estudo teve como objetivo demonstrar a importância da assistência de enfermagem na prevenção do câncer de colo uterino. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, buscando sintetizar o conhecimento e apontar informações de modo específico e definido. Foram utilizados livros, manuais, dissertações e artigos publicados no período de 2005 a 2015. A enfermagem deve estabelecer ações educativas e funções assistenciais, buscando identificar fatores de risco através da consulta de enfermagem e da realização do exame papanicolau. É atribuição do enfermeiro realizar assistência integral a mulher e coleta de material para citologia oncótica. Portanto, apesar de fácil identificação e cura nos estágios iniciais, o diagnóstico de câncer de colo uterino acaba sendo feito em estágios avançados, aumentando o número de morbimortalidade, resultado de políticas públicas com ações não efetivas. PALAVRAS-CHAVE: Neoplasia, Colo do útero, Fatores de risco, Prevenção, Assistência em enfermagem. ABSTRACT : Cervical cancer has high potential for prevention and cure due to slow development of the disease. The nursing care is fundamental to prevention and early detection. The study aimed to demonstrate the importance of nursing care in prevention of cervical cancer. It is an integrative review of literature, seeking to synthesize knowledge and point information in a specific way and defined. Used books, manuals, dissertations and articles during the period from 2005 to 2015. Nursing must establish educational actions and assistance functions, seeking to identify risk factors through the nursing consultation and smear examination. Is the award of the nurse perform integral assistance to women and collecting material for oncotic cytology. Therefore, although easy identification and cure in the early stages, the diagnosis of cervical cancer is done in advanced stages, increasing the number of morbidity and mortality as a result of public policies with no effective actions. KEYWORDS: Neoplasm, Cervix, Risk factors, Prevention, Nursing assistance. _____________________________________________________________________________________________________ 1. INTRODUÇÃO O Câncer de Colo Uterino (CCU) é considerado um problema de saúde pública e é hoje uma importante causa de morbimortalidade na população feminina. Dados mundiais indicam que a incidência dos casos dobra em países menos desenvolvidos (BRASIL, 2011a). Estimativas para os anos 2014/2015 apontam para CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 1 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 a ocorrência de 570 mil casos novos de câncer, destes , 15 mil serão do colo uterino (BRASIL, 2014). No Brasil, é considerada a terceira neoplasia maligna, perdendo para o câncer de pele e mama (BRASIL, 2011b). Programas e estratégias vêm sendo implementadas buscando controlar e tratar essa neoplasia (ANDRADE et al., 2013). As neoplasias constituem um grupo heterogênio de doenças que apresentam crescimento desordenado (maligno) de células que invadem tecidos e órgãos, podendo espalhar para outras regiões do corpo. Mesmo com os avanços científicos em relação a prevenção e promoção, a incidência dos casos de neoplasia ainda é frequente, em especial o do colo uterino (VERAS, 2011). O CCU possui alto potencial de prevenção e cura, devido a evolução lenta da doença, onde pode-se perceber etapas bem definidas, o que favorece a detecção precoce das alterações, possibilitando o diagnóstico rápido e tratamento eficaz (BRITO-SILVA et al., 2014). Essa evolução pode levar de 10 a 20 anos (FERRAZ, SANTOS e DISCACCIATI, 2012), o que permite um rastreamento com boa cobertura e direcionado a mulheres expostas a fatores de risco, sendo implementado com periodicidade adequada e dentro dos padrões de qualidade, buscando a redução da morbimortalidade (MENDONÇA et al., 2011). A prevenção do CCU é atividade primordial do enfermeiro, de grande importância nas Unidades Básicas de Saúde. As atividades são desenvolvidas em múltiplas dimensões: entre elas, consultas de enfermagem, exame papanicolau, ações educativas junto a equipe e com a comunidade, gerenciamento de recursos materiais e técnicos, qualidade na coleta de exames, comunicação dos resultados e encaminhamento para os devidos fins necessários (MELO et al., 2012). Como parte da consulta em enfermagem pode-se citar a realização da coleta de material cérvico-vaginal para exame citológico, também conhecido como exame preventivo ou mesmo teste de papanicolau. Esta ação favorece a redução das taxas de morbimortalidade por CCU entre mulheres no Brasil (GERK, 2009). Ações educativas e preventivas desenvolvidas pelo enfermeiro com a participação da comunidade, a motivação individual e esforços coletivos, favorecem o controle da doença. Visto que, sobretudo, a desinformação é uma barreira para o sucesso de qualquer projeto (VERAS, 2011). CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 2 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 Segundo Oliveira et al. (2010), é preciso estar atento aos fatores de risco que podem influenciar para o desenvolvimento do CCU, tendo em vista que vários fatores estão associados, entre eles, baixas condições socioeconômicas, início precoce da atividade sexual, multiplicidade de parceiros sexuais, tabagismo e infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). Medidas preventivas devem ser implementadas para reduzir casos de câncer, vacinação contra o HPV é uma medida importante contra o CCU, que cresce em importância em países como o Brasil, que se encontra em um processo de transição econômica, o que faz ganhar, um ônus global em relação aos países desenvolvidos (BRASIL, 2014). Leite et al. (2013), enfatiza que dentre os fatores de risco o HPV é considerado o principal fator para o desenvolvimento de oncogênese cervical. A abordagem considerada mais efetiva para o rastreamento do CCU é por meio do papanicolau (ANDRADE et al., 2013). Estudos mostram elevado risco no desenvolvimento dessa patologia entre mulheres que nunca realizaram o exame, tendo em vista que, o papanicolau deve ser realizado anualmente por toda mulher e é curável em 100% dos casos quando diagnosticados precocemente (PARTAMIAN, 2012). A assistência de enfermagem permite refletir sobre a atuação com qualidade direcionada para o ensino do autocuidado, auxiliando o indivíduo a autonomia e melhoria na qualidade de vida e com isso permite o reconhecimento e valorização profissional, no estabelecimento de vínculo entre quem cuida e quem é cuidado. As intervenções estabelecidas pela enfermagem podem também auxiliar os indivíduos na prevenção e enfrentamento da doença, visando reabilitação e qualidade de vida (MENDES e NUNES, 2012). É indiscutível que a prevenção do câncer é uma prática possível. Entretanto, as práticas de prevenção não estão sendo aplicadas em sua plenitude. Sendo assim, ainda hoje, muitas mulheres continuam morrendo por CCU por falta de detecção e diagnóstico precoce (RIBEIRO, SANTOS e TEIXEIRA, 2011). Segundo Veras (2011), o CCU é uma patologia bastante temida pelas mulheres, tendo em vista que, o útero possui um significado expressivo para a mulher, representando sua sexualidade, feminilidade e capacidade de reprodução. Desta forma, a pessoa pode ser influenciada pela cultura, pessoas e pelo próprio meio ambiente no tratamento e cura. A assistência de enfermagem é primordial na CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 3 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 atenção a saúde da mulher, onde envolve desde o acolhimento até a resolutividade de problemas através da consulta de enfermagem, além de promover ações educativas individuais e coletivas, auxílio na efetivação do tratamento terapêutico, detecção precoce e consequentemente redução dos casos de CCU. Embora tenha ocorrido uma melhora significativa na cobertura do exame citológico no Brasil, percebe-se que ainda é insuficiente, considerando os dados de mortalidade no país. O acesso da população aos níveis assistenciais tem sido atribuído à integralidade, garantido pela constituição, porém, nota-se ainda barreiras formais, dificuldades no acesso e na continuidade da atenção (CUNHA e SILVA, 2010; BRITO-SILVA et al., 2014). Raramente os sistemas de informação em saúde são consultados a fim de realizar planejamento e avaliação das ações, sendo, portanto, subutilizado como ferramenta de tomada de decisão. Essa subutilização resulta em dados alimentados de modo incompleto, pouco fidedigno e desatualizado (BRITO-SILVA et al., 2014). As ações desenvolvidas pelo enfermeiro são de grande relevância no exercício da prevenção e promoção da saúde. Os investimentos por esses profissionais em atividades educativas e de sensibilização quanto aos fatores de risco para o desenvolvimento do CCU, são fundamentais para o sucesso na redução dos casos. O conhecimento científico da doença pelos profissionais possibilita desenvolver ações direcionadas e adequadas no controle e consequente redução dos casos de morbimortalidade (VERAS, 2011). Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo demonstrar a importância da assistência de enfermagem na prevenção do câncer de colo uterino. 2. METODOLOGIA O estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, no qual foram analisados trabalhos relevantes sobre o tema, buscando sintetizar o conhecimento e apontar informações de modo específico e definido. Os levantamentos sobre o tema e os dados coletados foram formulados de acordo com dados já publicado. As etapas para elaboração do estudo foram caracterizadas por critérios de inclusão e/ou exclusão em literatura científica, avaliação dos estudos, interpretação dos resultados, síntese do conhecimento. CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 4 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 A questão norteadora do trabalho foi: Como a assistência de enfermagem pode atuar na prevenção do CCU? Realizou-se busca nas Bases de dados Lilacs, Scielo, Bireme, com os seguintes descritores: neoplasia, colo do útero, fatores de risco, prevenção, assistência em enfermagem. Foram utilizados como critérios de inclusão artigos no período de 2005 a 2015 e que apresentasse ligação com o tema de interesse. Os critérios de exclusão consistiram em: artigos fora do período determinado e que não abordassem o tema em questão. O trabalho foi composto por artigos científicos, livros, dissertações e manuais do Ministério da Saúde. 3. DESENVOLVIMENTO No Brasil, país em desenvolvimento, há altas taxas de incidência de câncer do colo uterino, em resultado da ausência de políticas públicas adequadas, dificuldade de acesso ao sistema de saúde, baixa escolaridade e início precoce da atividade sexual sem orientação (ABRÃO et al., 2005). O CCU é responsável por cerca de 230 mil óbitos de mulheres por ano. Sua incidência em países em desenvolvimento é duas vezes maior comparado com países mais desenvolvidos. Todavia, esse tipo de câncer apresenta alto potencial de prevenção e cura quando diagnosticado precocemente em relação aos outros tipos de câncer (BRITO-SILVA et al., 2014). Em estudo realizado por Gasperin, Boing e Lupek (2011), observou-se menor cobertura do exame papanicolau em grupos sociais menos favorecidos, sugerindo forte influência de desigualdade socioeconômica, demográfica e no uso dos serviços de saúde, bem como falta de continuidade nos cuidados à saúde e em ações de prevenção. Entre 952 mulheres entrevistadas, 93% realizaram o teste pelo menos uma vez na vida e 14% encontravam com o procedimento em atraso. A cobertura do teste de papanicolau foi elevada, porém existem disparidades socioeconômicas e demográficas. Para Melo et al. (2012), a enfermagem é fundamental para elaboração e execução de ações de prevenção do CCU. CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 5 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 3.1 CÂNCER DE COLO UTERINO O câncer de colo uterino é uma patologia silenciosa e de crescimento lento. Dividida em fases, sendo a pré-clínica sem sintomas, mas com alterações intraepiteliais progressivas consideráveis. Com o passar dos anos e evolução da doença, atinge o estágio invasor do qual a cura se torna extremamente difícil e em alguns casos, impossível. Neste período, apresentam sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor. Buscando a prevenção primária, a principal ação a ser realizada com relação ao câncer do colo uterino já instalado é a detecção precoce. O tratamento do câncer em estágios iniciais têm uma redução das taxas de incidência de câncer invasor, podendo chegar a 90%. Quando o rastreamento funciona de forma adequada com boa cobertura (80%) e é realizado com padrão de qualidade, a redução da incidência pode ser ainda maior (MOURA et al., 2010). O CCU forma-se a partir de uma evolução de lesão pré-invasiva. Pode ser curável em 100% dos casos quando descoberto precocemente, pois sua progressão é lenta, por anos, até atingir um estágio invasor, ao qual, a cura se torna difícil. As neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC) são anormalidades epiteliais que podem anteceder as alterações morfológicas do câncer (PINELLI e SOARES, 2009). Buscando prevenir o CCU, foram estabelecidas várias ações de prevenção, dentre as quais, o exame citológico papanicolau, que identifica precocemente células cancerosas ou de seus precursores. Várias são as dificuldades a serem vencidas pelas mulheres para proporcionar melhor adesão ao exame papanicolau, dentre elas pode-se citar o sentimento de vergonha, constrangimento e a sensação de dor (ANDRADE et al., 2013). O exame papanicolau possui elevada acurácia e efetividade em programas de rastreamento, pois detecta lesões precursoras do câncer de colo de útero. É realizado de forma rápida e com custo unitário relativamente baixo. Este exame é considerado um meio diagnóstico efetivo de prevenção, pois é altamente específico, diminuindo as chances de tratamentos e intervenções desnecessárias. Devido a estas características, o exame papanicolau é um teste útil para uso em larga escala (TOMASI et al., 2015). Para o sucesso do exame é necessário gerir a qualidade e eficiência do método papanicolau, obedecer um rígido controle laboratorial, realizar treinamento CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 6 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 permanente com os profissionais e favorecer um sistema de entrega e comunicação de resultado eficiente, buscando o impacto positivo esperado (BRASIL, 2010a). 3.2 FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DO CCU Os fatores de risco predispõem o indivíduo ao desenvolvimento do CCU. Raramente acomete mulheres antes dos 20 anos de idade, no entanto, aumenta o risco no decorrer da vida reprodutiva. Encontram-se diferenças de incidências entre raças e em diversos países. Isso se deve as diferenças no acesso, programas de rastreamento e tratamento (ABRÃO et al., 2005). O aparecimento de CCU está relacionado ao início da atividade sexual precoce, multiplicidade de parceiros, histórico de doenças sexualmente transmissíveis, infecção viral pelo Papilomavírus Humano (HPV), hábito de fumar, carências nutricionais e baixo nível socioeconômico (BRASIL, 2010a). O início precoce da relação sexual durante a puberdade e adolescência, tem aumentado o risco de CCU, devido a zona de transformação do epitélio cervical ser mais proliferativa e susceptível a alterações, que podem ser estimuladas por agentes, como o HPV. Na adolescência há maior probabilidade desta infecção virótica se converter em processo crônico, aumentando o risco de desenvolvimento de câncer do colo uterino (KROGH et al., 2012). Há necessidade de implantação de programas voltados para adolescentes, buscando assim a prevenção deste agravo (CAMPOS et al., 2010). Outros fatores de risco consistem em multiparidade, único parceiro sexual masculino com múltiplas parceiras sexuais, álcool, pouca instrução, menstruação precoce e menopausa tardia, infecções genitais de repetição, obesidade, dieta gordurosa, radiações ionizantes (GERK, 2009) e uso de contraceptivo oral (NERI et al., 2013). 3.3 RECOMENDAÇÃO PARA RASTREAMENTO DO CÂNCER CERVICAL O Ministério da Saúde recomenda que se inicie o rastreamento para o câncer do colo uterino aos 25 anos de idade para as mulheres que já começaram a atividade sexual. O período de intervalo entre os exames deve ser de três anos, CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 7 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 somente após dois exames negativos, com intervalo anual. Deve-se realizar o exame até os 64 anos e somente parar quando, após esta idade, as mulheres apresentarem pelo menos dois exames negativos consecutivos nos últimos cinco anos. A realização do diagnóstico precoce por meio do exame preventivo (exame de Papanicolau ou citopatológico) relacionado ao tratamento das lesões precursoras, torna-se fundamental para prevenção e diminuição da mortalidade deste tipo de câncer (BRASIL, 2011c). O Ministério da Saúde implantou o Programa Nacional de Combate ao Câncer de Colo do Útero através da Portaria GM/MS nº 3040/98 que visa adoção de estratégias para estruturação da rede assistencial, através do desenvolvimento do sistema de informações, buscando estabelecer mecanismos para mobilização e captação de mulheres, e suas competências nos três níveis de governo. Após a transferência da coordenação do programa para o Instituto Nacional do Câncer (Portaria GM/MS nº 788/99), houve a criação do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (Siscolo), um software utilizado para o fornecimento de dados sobre identificação da paciente, informações demográficas, epidemiológicas e dos exames citopatológicos e histopatológicos realizados no Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2010a). Para que ocorra o rastreamento organizado é fundamental o preenchimento correto do formulário de requisição do exame citopatológico do colo do útero. Falta de dados ou falha no preenchimento pode impedir o cadastramento da mulher no sistema e dificultar a busca ativa daquelas com resultados alterados, gerar erros no diagnóstico, dificuldades na entrega do resultado ou até mesmo falta de dados necessários para a realização do exame (BRASIL, 2013). Devido o aparecimento de erros durante a fase pré-analítica, é fundamental que os profissionais de saúde realizem uma educação permanente, tendo em vista que a coleta inadequada do material poderá levar a erros de diagnóstico, aumentando os índices de resultados falsos-negativos (BRASIL, 2013). CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 8 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 3.4 TÉCNICA DA COLETA DO MATERIAL PARA REALIZAÇÃO DO PAPANICOLAU Segundo Gerk (2009), a técnica para coleta de material cérvico-vaginal consiste em: Organizar todo o material para o exame; Identificar a lâmina com lápis de grafite preto na parte fosca da lâmina, com o número do prontuário e as iniciais do nome do cliente (essa identificação pode variar de acordo com o local de serviço). Alguns locais utilizam uma lâmina para o acondicionamento de todo o material coletado e outros utilizam lâminas separadas; Realizar a identificação do tubete onde a lâmina será depositada; Durante a escolha do tamanho do espéculo, deve-se levar em consideração a história ginecológica e obstétrica da cliente; A paciente deve-se manter em posição ginecológica ou litotômica; O enfermeiro precisa colocar a luva de procedimento; Introduzir o espéculo, preferencialmente não lubrificado para evitar possível alteração no resultado do exame; Retirar o excesso de muco ou de corrimento vaginal, caso estejam presentes, com pinça Cherron e gazes, para facilitar melhor visualização do colo uterino e para que possa realizar uma coleta celular adequada; Ao visualizar o colo do útero inicia-se a coleta do material, na seguinte ordem: ectocérvice e endocérvice. A realização desta sequência de fora para dentro garante uma coleta adequada, principalmente na ocorrência de sangramento; Utiliza-se a espátula de Ayre com chanfradura para colher o material da ectocérvice, que consiste na parte visível do colo uterino, apoiando a parte com maior protuberância da chanfradura no orifício externo do colo e em seguida realizar com firmeza uma volta de 360°, logo após colocar firmemente na lâmina previamente limpa de modo a garantir o depósito necessário do material. Em seguida despreze a espátula; CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 9 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 Com auxílio da escovinha (citobrush), realiza-se a coleta do material da endocérvice. Introduza no canal cervical, através do orifício externo do colo do útero, realize um movimento de 360° com a extremidade com cerdas da escovinha, certifique-se que a escovinha alcançou todo o orifício do colo uterino, retire e coloque o material coletado na lâmina, realizando movimento rotatórios contrários aos realizados no momento da coleta, isso fará com que ocorra o depósito adequado de todo o material. Ao final a escovinha deve ser desprezada; Aplicar o fixador para garantir que o material seja conservado quanto as características das células e por fim colocar no tubete e encaminhálo para análise. É preciso que os profissionais estejam atentos a assistência prestada aos usuários em todos os níveis de atenção. A coleta do material para o exame papanicolau precisa ser analisada e não mostrar fragilidade, principalmente durante o procedimento de coleta, o material precisa apresentar os dois epitélios. É necessário haver monitoramento periódico, supervisão e avaliação das atividades, de modo a seguir as técnicas recomendadas, no intuito de assegurar a qualidade do material coletado e consequentemente do resultado encontrado. Torna-se necessário o planejamento das ações visando sanar as dificuldades encontradas e realizar procedimentos seguros e de qualidade (SANTOS, BRITO e SANTOS, 2011). 3.5 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO É atribuição do enfermeiro realizar assistência integral a mulher, através de consulta de enfermagem e coleta de material para citologia oncótica (BRASIL, 2010b). Levando em consideração os fatores de risco, as ações preventivas e de controle precisam ser executadas de maneira integradas com todas as instituições de serviço de saúde, em todos os níveis de atenção. A enfermagem deve estabelecer ações educativas a todas as mulheres que procuram os serviços de saúde, desempenhando funções assistenciais, educativas e de pesquisa, assim CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 10 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 como estabelecer a consulta de enfermagem como estratégia preventiva e de controle. No decorrer da consulta, o enfermeiro obtém informações sobre os problemas de saúde, de informações biopsicossociais que envolvem a mulher e sua família no processo saúde e doença (PINELLI e SOARES, 2009). A consulta de enfermagem é dividida em quatro partes, sendo elas: coleta de dados, estabelecimento de diagnóstico de enfermagem, implementação de cuidados e avaliação dos resultados estabelecidos no plano de cuidados (OLIVEIRA et al., 2010). As principais ações durante a consulta a mulher consiste em coleta de esfregaço cérvico-vaginal, teste de Schiller, colpocitopatologia oncótica, tratamento de processos inflamatórios, de doenças sexualmente transmissíveis, assistência ao parto normal buscando evitar traumas, controle dos casos negativos e seguimento dos casos tratados (PINELLI e SOARES, 2009). O profissional durante a consulta ginecológica atua nas ações de controle do câncer, buscando identificar aspectos da história de vida e da saúde da mulher, realizando orientações referente as doenças sexualmente transmissíveis, mantem o compromisso com a Educação em Saúde. O enfermeiro é responsável por organizar atividades educativas sobre o procedimento e sua importância, garantindo assim que as mulheres que realizam o exame de papanicolau estejam bem orientadas (MOURA et al., 2010). É de suma importância a realização cuidadosa do exame, fazendo-se necessário que o profissional que acompanha a mulher oriente e apresente o material a ser utilizado no exame, familiarizar a cliente com o ambiente, além de possuir outros atributos próprios de comunicação interpessoal. Os profissionais enfermeiros devem expor somente a região do corpo necessária, deve-se ainda evitar o fluxo desrespeitoso de profissionais na sala durante o procedimento, e encorajá-la, tentando reduzir ou mesmo evitar o medo e a vergonha (MOURA et al., 2010). Para que a assistência de enfermagem seja satisfatória é necessário que o profissional de saúde conheça a realidade da população e sua cultura, tendo em vista que o comportamento preventivo está diretamente relacionado com os fatores sociais, psicológicos e ambientais (MOURA et al., 2010). Sendo assim as ações e atividades de educação em saúde devem ser desenvolvidas de acordo com a CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 11 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 realidade local e da clientela feminina que precisa estar devidamente informada (MELO et al., 2012). O profissional precisa acolher a mulher e toda história de vida, levando em consideração suas fantasias, crenças, tabus e cultura. É fundamental realizar orientação através de ações educativas, enfocando temas como prevenção, devendo ser trabalhado de forma clara e objetiva. É imperioso que haja um planejamento das ações, mantendo registro dos exames e busca ativa das mulheres que não realizam consultas periódicas (RIBEIRO, SANTOS e TEIXEIRA, 2011). A informação fornecida pelo profissional é fundamental para a credibilidade do exame, renovando o conhecimento e a importância das ações de prevenção de câncer do colo uterino ao compartilhar opiniões e sentimentos. Informar, educar e ensinar medidas de prevenção do agravo é conscientizar as mulheres com relação ao seu papel como sujeito responsável para sua saúde e bem-estar (JORGE et al., 2011). Algumas estratégias visam reduzir os fatores de risco, onde pode-se destacar a realização de grupos educativos para discutir assuntos como sexualidade, vulnerabilidade, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV que está relacionado ao CCU (PINELLI e SOARES, 2009). Em estudo exploratório realizado por França, França e Moraes (2013) em Centro de Saúde de Teresina Piauí, com 126 mulheres, em 2012. Observou-se que 71,4% conheciam o Papilomavírus humano, mas destes 63,5% desconheciam sua forma de transmissão e prevenção e 89,7% desconheciam o que este provoca no organismo; 96,8% referiram conhecer o câncer do colo do útero, mas 88,9% das mulheres não sabem qual a relação deste com o Papilomavírus humano. Constatouse com o estudo que apesar das mulheres terem conhecimento sobre o Papilomavírus humano, CCU e exame papanicolau, essas mulheres ainda possuem conhecimento insuficiente para se prevenir e tratar-se corretamente, buscando impedir que esta contaminação evolua para um câncer cervical. No estudo observou-se que 96,8% das mulheres conheciam esse tipo de câncer; sua relação com o Papilomavírus humano, cura e realização do exame papanicolau. Várias mulheres sabem que precisam realizar o exame preventivo, no entanto muitas não sabem o porquê deve realizar. CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 12 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 Há necessidade de busca ativa das mulheres, pois o agendamento das consultas pode dificultar a cobertura. Consultas a livre demanda, respeitando as vagas do profissional favorece a prevenção e o atendimento (MELO et al., 2012). Para melhor resultado nas ações de prevenção ao câncer do colo uterino no Brasil, torna-se necessário melhoria dos níveis de adequação referente as ações programáticas na rede básica de saúde, buscando promover avanços substanciais, principalmente quanto ao aperfeiçoamento e implantação de sistemas de registro das atividades executadas, qualificação das equipes e aumento na quantidade de insumos e materiais necessários ao pleno desenvolvimento das ações (TOMASI et al., 2015). A enfermagem pode auxiliar positivamente para melhoria na qualidade de vida das mulheres. Tem-se como base a proposta realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na qual qualidade de vida consiste em domínios físicos, psicológicos, de relações sociais e meio ambiente (JORGE e SILVA, 2010). É imprescindível que a enfermagem e demais profissionais de saúde observem, olhem, escutem e atendam as mulheres com foco na integralidade, não somente como um serviço de saúde e sim com vínculo de respeito à individualidade e atendimento a suas necessidades específicas em seus diferentes contextos de vida (JORGE et al., 2011). Há necessidade de intervenções de enfermagem que auxiliem os indivíduos tanto na prevenção quanto no enfrentamento da doença e suas consequências, buscando á reabilitação e a melhoria da qualidade de vida (MENDES e NUNES, 2012). 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Atualmente diversas ações vêm sendo implantadas buscando reduzir ou mesmo prevenir o CCU, tendo em vista que quando descoberto precocemente tem alto poder de cura. Ainda hoje, é uma patologia bastante estigmatizada, que desencadeia angústias e ansiedade nas mulheres. Apesar das campanhas e ações ainda é preocupante o aumento na incidência dos casos. A prevenção e promoção são realizadas buscando diminuir novos casos da patologia, uma forma eficaz de rastreamento é através do exame citológico CUNHA, E. S. FACIDER Revista Científica, Colider, n. 09, 2015 Página 13 FACIDER Revista Científica ISSN 2316-5081 papanicolau que identifica precocemente células cancerosas ou de suas precursoras. O enfermeiro é fundamental na coleta do material, pois consegue atender a mulher de forma holística, acolhendo, orientando e realizando o exame citológico. Deve ainda, assistir sua cliente de forma humanizada, buscando demonstrar a importância das ações para prevenção e detecção precoce. Portanto, a assistência de enfermagem é fundamental na redução dos casos de CCU, visa através de ações educativas e assistenciais promover melhoria na qualidade de vida das mulheres. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRÃO, F. S.; NOGUEIRA, A. P.; PODGAEC, S.; ALDRIGHI, J.M. Câncer de colo de útero. In: ALDRIGHI, J. M.; BUCHALLA, C. M.; CARDOSO, M. R. A. 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