O Interior da Terra

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O Interior da Terra
O interior da Terra consiste em um manto rochoso e um núcleo rico em ferro.
Geólogos calcularam que a Terra estava inteiramente líquida logo após sua
formação, há 4,6 bilhões de anos. Os violentos impactos de detritos espaciais, junto com
a energia do decaimento de elementos radioativos , aqueceu, fundiu e manteve a
jovem Terra derretida. O processo de decaimento de elementos radioativos, chamado
fissão nuclear, também cria o calor para gerar eletricidade nas usinas nucleares.
A maior parte do ferro e de outros elementos densos afundou em direção ao
centro da jovem Terra líquida, justamente como uma rocha afunda em um lago. Ao
mesmo tempo, a maioria dos elementos menos denso foi forçada para cima, em direção
à superfície (veja figura).
Esse processo chamado diferenciação planetária, produziu a estrutura em
camadas dentro da Terra: um núcleo central muito denso rodeado por um manto de
minerais menos densos, que por sua vez, estava rodeado por uma fina crosta de minerais
relativamente mais leves (veja figura abaixo)
A diferenciação explica por que a maioria das rochas que você encontra no solo
é composta de elementos de baixa densidade, como silício e alumínio. Grande parte do
ferro, ouro, chumbo e outros elementos mais densos encontrados na Terra hoje, na
realidade, retornaram para a superfície através dos vulcões e de outros fluxos de lava.
Apesar desse retorno de elementos mais pesados para a superfície da terra, a densidade
média das rochas da crosta é de 3.000 kg/m3, consideravelmente menor que a densidade
média da Terra como um todo (5.520 kg/m3).
Estudando o interior da Terra
Os cientistas utilizam vários meios indiretos para realizar estudos no interior da
Terra. Um desses meios é a análise das ondas de choque prooduzidas durante os
terremotos. Ao avaliar a variação de direção dessas ondas, eles conseguem determinar
como a Terra é por dentro.
A Terra por dentro
Estudos geológicos têm demonstrado que a Terra é composta de várias camadas:
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A crosta terrestre: a parte mais superficial do planeta que pode ser dividida em
duas partes, a crosta continental e a crosta oceânica;
O manto: também pode ser sbdividido em dois, o manto superior e o manto
inferior;
O núcleo: formado pelo núcleo externo (composto de metal fundido) e o
núcleo interno (formado por metal sólido).
A fina camada de gases que envolve a Terra é chamada de atmosfera. As
grandes áreas representadas em azul são os mares e oceanos, formadores da maior parte
da hidrosfera. O leito dos oceanos e mares e os continentes constituem a litosfera ou
crosta terrestre. Vamos conhecer um pouco mais sobre cada camada.
Crosta Terrestre
A crosta é a camada superficial do planeta. Nós a conhecemos relativamente
muito bem, afinal, é sobre ela que vivemos. Mas a crosta é bem mais do que apenas a
superfície; sua espessura caria de 5 a 70 km. Porém, até agora, as escavações de
pesquisa mais profundas alcançaram pouco mais de 12 km, ou seja, as observações
diretas nos mostram somente uma pequena porção desssa camada. Nas regiões situadas
abaixo situadas abaixo das sondagens mais profundas, as as informações que temos são
baseadas em dados indiretos e na análise de material expelido por vulcões em
atividade.
Quando a Terrra se formou há mais ou menos 4,6 bilhões de anos, sua superfície
era pastosa e extremamente quente. Com o passar do tempo, ela foi se resfriando,
solificando e enrugando.
No início desse processo de resfriamento, essa camada superficial era muito fina
e se rompia com facilidade. Mas, à medida que resfriava, ela foi se tornando mais
espessa.
Hoje podemos identificar duas regiões na crosta terrestre:
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Crosta oceânica: como o nome sugere, forma o leito dos oceanos. Com
espessura entre 5 km e 10 km, ela é bem mais fina do que a crosta continental.
Crosta continental: constitui os continentes, grandes blocos de terra que não
são cobertos pelos oceanos, tem espessura média de 30 km a 40 km. No entanto,
em alguns pontos ela pode chegar a 70 km.
Abaixo da crosta terrestre existe a região denominada manto.
Água do mar
Crosta continental
manto
Crosta oceânica
Com cerca de 2.900 km de espessura, ele constitui 2/3 da massa da Terra.
Amostras do material que o compõe chegam até nós por meio de erupções vulcânicas.
Esse material composto de rochas derretidas a altas temperaturas é chamado de magma.
Durante os últimos cem anos, os pesquisadores vêm fazendo registros das ondas de
choque formadas durante os terremotos e, a partir desses dados, produziram mapas para
descrever as características do manto.
Ali as temperaturas variam de 500º C a 900º C nas partes mais próximas e
chegam a 4.000º C nas regiões profundas em contato com o núcleo. Devido às altas
temperaturas e enorme pressão, o manto se movimenta lentamente e é essa sua
característica a reponsável pelos terremotos.
Abaixo do manto está o núcleo.
Núcleo
Situado na região central da Terra, o núcleo costuma ser dividido em externo e
interno.
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Núcleo externo: é formado por um material viscoso composto principalmente
por ferro e níquel. As temperaturas são altas, em torno de 4.000º C e as
presssões muito grandes.
Núcleo interno: com temperaturas de 6.000º C aproximadamente e pressões
extraordinariamente altas, o núcleo interno é composto de material sólido.
Mas será que o manto e o núcleo, regiões tão distantes e inacessíveis, têm influência
em nosso dia a dia?
A interação de crosta, manto e núcleo
A crosta poderia ser considerada a casca de nosso planeta, no entanto, se você
pensar em uma casca de ovo, por exemplo, pense em uma casca rachada. Isso porque a
crosta é formada pela reunião de diversas placas, as chamadas placas tectônicas, que
“flutuam” sobre o manto e se movimentam arrastadas por ele. Sobre essas placas estão
os oceanos e os continentes.
Como o núcleo é muito quente – sua tempeatura é similar à da superfície do Sol
(6000º C) – seu calor chega ao manto, o que interfere na sua movimentação e
consequentemente na acomodação das placas tectônicas. Resumindo, as diferentes
camadas que formam o interior do nosso planeta interagem e são responsáveis por
importantes fenômenos que afetam nossas vidas.
Referências Bibliográficas
 Descobrindo o Universo Neil F Comins, Willian J. Kaufmann III – 8 ed – Porto Alegre:
Bookman, 2010
 Ciências no século XXI, água ar e solo – Iris Stern – 1 ed – São Paulo – Ed atual 2009
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