CORRELAÇÃO ENTRE CARACTERES DE PLANTAS JOVENS E ADULTAS DE MANGABEIRA DA COLEÇÃO DE GERMOPLASMA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Gabriella Queiroz de Almeida1; Muza do Carmo Vieira2; Rita Maria Devós Ganga3; Mariana Pires Campos Telles4; Lázaro José Chaves3 1 Mestranda em Genética e Melhoramento de Plantas – UFG/Goiânia-GO/Brasil. Bolsista Fapeg (chamada n. 03/2014) - e-mail: [email protected]; 2Doutora em agronomia – Laboratório de Biotecnologia – IF Goiano/Urutaí-GO/Brasil; 3Professor Associado I – Setor de Melhoramento de Plantas – Escola de Agronomia – UFG/Goiânia-GO/Brasil; 4Professor Adjunto – Instituto de Ciências Biológicas, UFG. O Cerrado constitui o segundo maior bioma do País, atrás apenas da Floresta Amazônica. Possui grande biodiversidade, considerada a mais rica dentre as savanas do mundo. A mangaba (Hancornia speciosa Gomes) é um exemplo de fruta nativa do Cerrado não endêmica a este bioma, ela pode ser consumida in natura ou processada na forma de doces, sorvetes, geléia, licor e polpa. A planta é laticífera e sua borracha tem potencial de uso. Os frutos da mangabeira são aromáticos, delicados, saborosos e nutritivos, com teores de vitaminas e sais minerais superiores aos da maioria das espécies frutíferas. Essas características demonstram o potencial que a mangabeira tem para ser explorada em programas de melhoramento e no mercado de fruteiras no cenário nacional. Objetivou-se correlacionar dados obtidos no estágio juvenil dos caracteres: taxa de crescimento em diâmetro do caule (TCDC), taxa de crescimento em altura da planta (TCA), diâmetro do caule da muda no viveiro (DCV), diâmetro do caule à campo (DCJ), altura da muda no viveiro (AV) e altura à campo (AJ); com os dados biométricos das plantas adultas: diâmetro da copa (DC), altura da planta (AP), circunferência do caule (CC), altura da primeira ramificação (AR) e número de ramificações (NR). Os dados foram obtidos da Coleção de Germoplasma de mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (EA/UFG), localizada no município de Goiânia, que foi instalada em dezembro de 2005 em delineamento experimental de blocos completos casualizados com 58 tratamentos (progênies) e quatro blocos, sendo uma planta por parcela, com N=162. As correlações fenotípicas foram obtidas por meio de estimativas dos coeficientes de correlação linear simples e as correlações genéticas foram estimadas via componentes de variância utilizando REML. Os coeficientes de correlação foram testados utilizando-se o teste t. Das 30 correlações genéticas verificadas entre os caracteres juvenis e adultos, 12 foram significativas, com destaque para a circunferência do caule da planta adulta (CC) em relação à TCDC (0,91***), TCA (1,00***), DCJ (0,96***) e AJ (1,00***), além de altura da planta em relação à TCA (0,77**). Esses resultados indicam que é possível praticar seleção no estádio juvenil, para estes caracteres. Por outro lado, não foi verificado correlações genéticas significativas em caracteres medidos no viveiro com as plantas adultas, demonstrando que resultados obtidos no viveiro não são os mais apropriados para se fazerem predições quanto ao desenvolvimento futuro das árvores de mangabeira. Palavras-chave: associação genética; Cerrado; Hancornia speciosa; Mangaba; seleção precoce. Apoio Financeiro: Pronex – Fapeg/CNPq (CHAMADA PÚBLICA No. 007/2012).