XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável EPH1609 A RAINHA DOS CONDENADOS - AS REFERÊNCIAS DA MITOLOGIA SUMÉRIA E EGÍPCIA NA PERSONAGEM AKASHA THAIS ANDRESSA PEREZ KÁSSIA HOSHI RIBEIRO [email protected] JORNALISMO NOTURNO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) SILVIA REGINA FERREIRA POMPEO ARAUJO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ RESUMO O estudo tem como objetivo identificar as referências da cultura egípcia e suméria dentro do livro A Rainha dos Condenados, que tem como protagonistas as personagens Akasha e Enkil, rainha e rei do Egito Antigo, mitologia que, pela obra de Anne Rice, deu a origem às figuras conhecidas como vampiros, os quais habituam o ambiente criado nos doze livros da série. Para efetivarmos a pesquisa empregamos a metodologia bibliográfica com a leitura da série e comparação com a mitologia antiga, procura-se analisar as semelhanças e citações explícitas. A saga “As crônicas Vampirescas” começaram com o livro “Entrevista com o Vampiro”, que depois de grande sucesso, foi adaptada em um filme onde Brad Pitt e Tom Cruise interpretaram o lastimoso Louis e o insolente Lestat. A série foi consagrada como um grande ícone da cultura gótica moderna, afirmando vampiros como criaturas elegantes, sensuais e extremamente perigosas. Na sequência do livro, “O Vampiro Lestat”, o “príncipe moleque”, como é chamado, conta a história de sua vida, até chegar ao seu desfecho, apresentando a fonte de todos os vampiros: Akasha e Enkil, grandes faraós do Egito Antigo. Lestat desperta a grande rainha, o que culmina nos fatos do terceiro livro da saga: “A Rainha dos Condenados”. O resultado do estudo mostra que as personagens Akasha e Enkil fizeram-se passar pelos deuses da Mitologia do Egito Antigo Ísis e Osíris. Depois que Akasha se tornou uma vampira, fundindo-se com uma entidade maligna atraída por uma bruxa, ela revive seu marido, Enkil. Ísis, como deusa da fertilidade, deu vida ao seu marido Osíris. Assim como a deusa, que tinha o título de Grande Mãe, representava a Lua, e isso explicava, na mitologia do livro, porque Akasha e Enkil só podiam sair sob a luz das estrelas. O faraó e sua esposa repetiam anualmente rituais que enalteciam a figura dos deuses. Akasha é a principal figura que muda o pensamento antiquado dos antigos egípcios que tinham o costume de praticar antropofagia. Ela erradicou todas as tribos que tinham costumes não ligados a ela e assim afirmou sua hegemonia, implantando até mesmo a inédita mumificação. Natural de Uruk, na Suméria, a personagem pode também ser comparada a Rainha do Inferno Ereshkigal, que teria se tornado a Rainha dos Mortos após visitar o submundo em busca de seu marido. Akasha também é o nome dado ao quinto elemento, na filosofia hindu, que corresponde à força dos espíritos e deuses. Concluímos que, em sua jornada por autoconhecimento e busca pela antiga influência que causava nos humanos, Akasha conduz a trama que discute pontos filosóficos e religiosos, promovendo discussões sobre o que realmente é o bem e o mal, além do questionamento da existência e efeito que divindades causam nos seres humanos.