Cátedra Unesco Memorial da América Latina Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos para a América Latina São Paulo, 9 de abril de 2012 Vírus entéricos como indicadores de qualidade da água e de impacto ambiental: possíveis contribuições ao gerenciamento de Recursos hídricos Fernando Rosado Spilki Laboratório de Microbiologia Molecular, PPG em Qualidade Ambiental, Universidade Feevale, Novo Hamburgo, RS [email protected] Histórico dos problemas de qualidade da água Contaminação microbiológica da água Porque diagnosticar/ monitorar? Risco do consumo/ banho em águas contaminadas > transmissão de doenças veiculadas pela água Indicadores Fidedignos em atestar a Contaminação fecal da água Crescimento no trato digestivo do hospedeito, sem crescimento no ambiente O que fazemos hoje? Coliformes Totais Fecais (Escherichia coli) Coliformes Aeróbicos estritos ou facultativos, gram-negativos, nãoformadores de esporos fermentadores de lactose a 35°C Monitoramento microbiológico clássico da água Organismos indicadores Contaminação fecal Coliformes termotolerantes > Escherichia coli Enterococcus NMP: Número mais provável/ 100 mL de água Detecção de coliformes X risco à saúde humana Técnicas desenvolvidas no tempo em Salmonella typhi (febre tifóide) era um problema > doença banida do ocidente (Gleeson C, Gray N. The coliform index and waterborne disease.London: E and FN Spon, 1996); Enterococcus e a contagem exclusiva de coliformes fecais têm, no hemisfério norte, uma melhor (não perfeita) relação com risco e doença Coliformes fecais como marcadores Falham especialmente: Em áreas tropicais: crescimento for a do hospedeiro > disponibilidade de matéria orgânica e temperatura elevada Em indicar a presença de outros patógenos Parasitos: Cryptosporidium, Entamoeba, Naegleria e ovos de helmintos Vírus entéricos Outras bactérias: Campylobacter, Vibrio, Helicobacter, Estrutura de vírus entéricos Nãoenvelopados (nus) Vírus no ambiente Bacteriófagos Papel na natureza: controle das populações bacterianas 108 partículas/mL em águas doces superficiais 1029 partículas na água do mundo Vírus e ecossistemas Bacteriophage Regulação da população microbiana e transferência horizontal de genes 3.5% do DNA total diluído na água do mundo Flutuações na DBO doce/marinha Vírus nos solos Sulfolobus spindleshaped viruses Capsidprotein coat Wiedenheft et al., J. Virology (2004) 78:1954 Vírus no ambiente Partículas carregadas negativament e em pH neutro Interações com outras partículas e sólidos Agregação em biosólidos Adenovírus Enterovírus *DNA de fita dupla *RNA fita simples *Causador de diarréias, pneumonias e conjuntivites *Causador de diarréias e conjuntivites Torque teno vírus *DNA circular fita simples *Provável causador de hepatites Norovírus Rotavírus *RNA fita simples *RNA dupla fita *Causa surtos de diarréia e vômitos *Principal responsável por gastroenterites em crianças Vírus não-envelopados e icosaédricos Trato gastrointestinal Transmissão fecal-oral Contaminação do solo, alimentos e água Resistência desinfetantes e intempéries E. coli = baixa Vírus entéricos = muito alta Permanência no ambiente • E. coli ~3 semanas • Enterovírus 120 dias • Adenovírus (?) • DISSEMINAÇÃO NO AMBIENTE • Filtração por processos naturais • Transporte Movimentos de vírus entéricos no subsolo Gastroenterites virais Transmissão fecal-oral; 2a. Causa de morbidade por doenças infecciosas no mundo (até 80% dos atendimentos nos países em desenvolvimento); 2 milhões de óbitos em crianças por ano no mundo (mesmo número de óbitos por HIVAIDS) 450 milhões de reais /ano/Brasil, apenas em faltas parciais ao trabalho! (FGV, Trata Brasil) Gatroenterite por Rotavirus A em seres humanos Transmissão fecal-oral Crianças entre 6 meses de idade e idade pré-escolar (5 anos) Diarréia, vômito, desidratação Quadro leve ou inaparente em adultos Prevenção: Vacinação saneamento básico tem impacto limitado Rotavírus Charles A. (Chuck) Mebus 1969 C Mebus, N Underdahl, M Rhodes, M Twiehaus discovery of bovine rotavirus (the first rotavirus) Ruth Bishop Ian Hamilton Holmes Thomas Flewett (1922-200 Estimated global distribution of the 800,000 annual deaths caused by rotavirus diarrhea 1973 R Bishop, G Davidson, I Holmes, T Flewett, A Kapikian, others discovery of human rotaviruses Review Article Global distribution of rotavirus serotypes/genotypes and its implication for the development and implementation of an effective rotavirus vaccine 1.Norma Santos1,*, 2.Yasutaka Hoshino2 Reviews in Medical Virology Volume 15, Issue 1, pages 29–56, January/February 2005 The temporal and geographical distribution of human rotavirus G and P types was reviewed by analysing a total of 45571 strains collected globally from 124 studies reported from 52 countries on five continents published between 1989 and 2004. Four common G types (G1, G2, G3 and G4) in conjunction with P[8] or P[4] represented over 88% of the strains analysed worldwide. In addition, serotype G9 viruses associated with P[8] or P[6] were shown to have emerged as the fourth globally important G type with the relative frequency of 4.1%. the P[8]G1 represented over 70% of rotavirus infections in North America, Europe and Australia, but only about 30% of the infections in South America and Asia, and 23% in Africa. in Africa (i) the relative frequency of G8 was as high as that of the globally common G3 or G4, (ii) P[6] represented almost one-third of all P types identified and (iii) 27% of the infections were associated with rotavirus strains bearing unusual combinations such as P[6]G8 or P[4]G8 In South America, uncommon G5 virus appeared to increase its epidemiological importance among children with diarrhea. Such findings have (i) confirmed the importance of continued active rotavirus strain surveillance in a variety of geographical settings and (ii) provided important considerations for the development and implementation of an effective rotavirus vaccine (e.g. a geographical P-G type adjustment in the formulation of next generation multivalent vaccines) Sazonalidade: diarreia de outono e inverno Journal of Virology, January 2002, p. 41-57, Vol. 76, No. 1 0022-538X/01/$04.00+0 DOI: 10.1128/JVI.76.1.41-57.2002 Copyright © 2002, American Society for Microbiology. All Rights Reserved. Group A Rotavirus Infection and Age-Dependent Diarrheal Disease in Rats: a New Animal Model To Study the Pathophysiology of Rotavirus Infection Max Ciarlet,1 Margaret E. Conner,1,2 Milton J. Finegold,3 and Mary K. Estes1* FIG. 6. Electron micrographs of ultrastructural appearance of the ileum of PBS-inoculated (A) or RRVinoculated (B) 5-day-old rats at 48 hpi. Extensive cytoplasmic vacuolization occurred after RRV infection (B), including relocation of the nucleus. Vacuoles are devoid of virus particles, and the brush border system appears intact. Original magnification, x2,400. Vacinas comercialmente disponíveis a | Rotarix is an attenuated human rotavirus vaccine made of a tissue-culture-adapted human P1A[8]G1, VP6 subgroup II and NSP4 geno-group B strain. b | RotaTeq is a bovine (WC3)–human reassortant vaccine composed of the five strains shown, each containing a human rotavirus gene encoding the VP7 neutralizing protein from different serotypes. Notably, in the WI79-9 and SC2-9 viruses (the last was used to create the first), genes 3 (VP3) and 9 (VP7) are of human origin. Although VP6 and NSP4 can potentially be the targets of protective antibodies (Fig. 2), their role in immunity against disease in humans is unknown. Efeitos sobre epidemiologia Efeitos da vacinação Norovírus Família Caliciviridae RNA fita simples, polaridade +, não-envelopado Norovirus gastroenterite Principal causa de diarreia viral em seres humanos Sintomas e epidemiologia semelhantes aos descritos hoje desde 1929 na literatura Norwalk/Ohio/USA > Kapikian, 1958 ‘‘small round structured viruses’’ (SRSV) Sapovirus gastroenterite Sapporo, Japão, 1977 (Chiba, 1978) Norovírus Doença em adultos “diarreia dos cruzeiros”, surtos em escolas e locais de trabalho Gastroenterite aguda normalmente moderada (raramente grave) Perda de fluidos Lesões do epitélio intestinal Distribuição sazonal Explicação para a correlação entre os norovírus e os navios de cruzeiro (CDC) As doenças ocorridas em navios de cruzeiro contam com acompanhamento por organizações oficiais de saúde. Portanto, surtos são descobertos e relatados mais rapidamente num navio de cruzeiro do que em terra firme. Camarotes e instalações apertadas podem aumentar o contato entre grupos humanos. Passageiros recém-chegados podem trazer o vírus para os outros passageiros e para a tripulação. Adenovírus Família Adenoviridae DNA fita dupla 50 sorotipos em seres humanos AdV F - G> entéricos AdV-40 e -41 Excreção também de AdV respiratório AdV-2 e -5 Robert Green was born in 1895 in Wadena, Minnesota. He earned four degrees from the University of Minnesota, including an MD in 1922. He joined the staff at the University of Minnesota in 1918 and became professor of bacteriology and immunology in 1929. Green was world renowned for his research on diseases in animals caused by viruses. From 1932-1940, he directed the Minnesota wildlife disease research program. During his tenure, he developed a vaccine to prevent encephalitis in foxes (infectious canine hepatitis virus) and a vaccine against canine distemper (the first canine distemper virus vaccine), thereby saving Minnesota’s fur industry. Photo courtesy of University of Minnesota Archives. Robert Gladding Green (1895-1947) 1930 R Green, N Ziegler, others discovery of infectious canine hepatitis virus (the first adenovirus) Wallace Rowe (1926-1983) Human adenovirus 5, cell culture, thin section EM 1953 W Rowe discovery of human adenoviruses Manifestações clínicas Manifestações clínicas Gastroenterite Na maioria auto-limitantes Desidratação Enterovírus Atenção - Nem todo vírus entérico é um enterovirus! Enterovírus Família Picornaviridae RNA fita simples, polaridade +, não-envelopado Gênero Enterovirus (2008) Antigo Enterovirus + Rhinovirus Friedrich A. J. Loeffler (1852-1915) Paul Frosch (1860-1928) Friedrich Loeffler (left) and P. Frosch, both veterinarians, in 1898, working with Robert Koch (right), discovered the first virus, foot-and-mouth disease virus Loeffler, F. and P. Frosch. 1898. Berichte der Kommission zur Erforschung der Maulund Klauenseuche bei dem Institut fur Infektionskrankheiten. Part I, 23: 371-391.In Milestones in Microbiology: 1556 to 1940, translated and edited by Thomas D. Brock, ASM Press. 1998, p149. Friedrich Loeffler (1852–1915) 1898 F Loeffler, P Frosch Robert Koch (1843-1910) discovery of foot-and-mouth disease virus (the first virus,* the first vertebrate virus, the first picornavirus) Karl Landsteiner (1868-1943) First electron micrograph of poliovirus, shadow-cast technique, 1953 RCA Laboratories, details unknown, from David Sarnoff Library 1909 K Landsteiner, E Popper discovery of polioviruses (the first enteroviruses) Taxonomia Gênero Enterovirus Type: Poliovirus (Human enterovirus C serotypes (PV-1, PV-2, PV-3) Main: Human enterovirus A (HEV-A) Ex: Human coxsackievirus A2 (CV-A2) Human enterovirus B (HEV-B) Ex: Human coxsackievirus B1 (CV-B1) Human enterovirus C (HEV-C) Ex: Human coxsackievirus A1 (CV-A1) Human enterovirus D (HEV-D) Ex: Human enterovirus 70 (EV-70) Human rhinovirus A Morfologia Patogênese e doenças causadas por Enterovirus Infecções assintomáticas Crianças Imunossuprimidos Syndromes Caused by Enteroviruses Syndrome Serotypes Most Often Implicated Aseptic meningitis Coxsackieviruses A2, 4, 7, 9, and others and B2–5 Poliovirus types 1–3 Echoviruses 4, 6, 7, 9, 11, and others Human parechoviruses 1 and 2 Aseptic meningitis with rash Coxsackieviruses A9 and B4 Echoviruses 4 and 16 Enterovirus 71 Conjunctivitis (hemorrhagic) Enterovirus 70 Coxsackievirus A24 Epidemic pleurodynia (Bornholm disease) Coxsackieviruses B1–6 Hand-foot-and-mouth disease Coxsackievirus A9, 16, and others Coxsackieviruses B2–5 Enterovirus 71 Herpangina Coxsackieviruses A2, 4–6, 8, and 10 Probably coxsackievirus B3 and others Myopericarditis Coxsackieviruses A4 and 16 and B1–5 Echoviruses 9 and 22 Paralysis Polioviruses 1–3 Coxsackieviruses A7 and others Echoviruses 4, 6, 9, and others Enterovirus 71 Rash Coxsackieviruses A9 and B1, 3, 4, and 5 (also implicated, A4–6 and 16) Echovirus 9 and 16 (also implicated 2, 4, 11, 14, 19, and 25) Respiratory disease Echoviruses 4, 8, 9, 11, 20, and others Coxsackieviruses A21 and 24 and B1 and 3–5 Enterovirus 71 53 Doença dos pés mãos e boca (Coxsackievirus) Poliomielite Enterovirus e DM1 Astrovírus Família Astroviridae Gêneros: Mamastrovirus Avastrovirus RNA fita simples, polaridade + Não-envelopados Human astrovirus 1 C. R. (Dick) Madeley 1975 C Madeley, B Cosgrove, T Lee, J Kurtz Madeley CR, Cosgrove BP. Letter: Viruses in infantile gastroenteritis. Lancet 19;2:124-125, 1975. discovery of human astrovirus 1 (the first astrovirus) Estrutura Apresentação clínica e epidemiologia Diarreia aguda de moderada a grave em crianças, adultos e idosos Quadro grave em imunossuprimidos Sazonalidade: controversa Surtos (similar NoV): Escolas, creches, hospitais geriátricos e pediátricos Asilos Quarteis Zonas rurais HEPATITES VIRAIS CARACT. HEPATITE A HEPATITE B HEPATITE C HEPATITE D HEPATITE E TRANSMISSSÃO FECAL-ORAL PARENTERAL PARENTERAL PARENTERAL FECAL-ORAL PERÍODO DE INCUBAÇÃO 2 – 6 SEMANAS 4 – 26 SEMANAS 2 – 22 SEMANAS 6 – 26 SEMANAS 2 – 6 SEMANAS Maior parte das infeções subclínicas Infecções agudas: febre, mal estar e icterícia Frequentem. subclinica. Pode cronificar em 510% dos casos Semelhante ao HBV mas tende mais para a cronificação Danos severos ao fígado, e apresenta alta taxa de mortalidade Similar ao HAV, mortalidade em mulheres grávidas Não Sim Sim Sim Não IMUNIDADE A REINFECÇÃO Imunidade a agentes homólogos, mas não a heterólogos É rara a reinfecção com agente homólogo, sem imunidade para heterólogos Possível reinfecção Não é citada reinfecção em humanos A reinfecção é possível VACINA Vacina Inativada Ig promove proteção temporária Vacinas DND recombinante Não existe vacina A vacinação contra HBV promove proteção Em desenvolvimento SINTOMAS CRONIFICAÇÃO HEPÁTICA Potabilidade da água Portaria MS Nº 2914 DE 12/12/2011 (Federal) Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Art. 11º. Compete às Secretarias de Saúde dos Estados: VII - realizar, em parceria com os Municípios em situações de surto de doença diarréica aguda ou outro agravo de transmissão fecal-oral, os seguintes procedimentos: a) análise microbiológica completa, de modo a apoiar a investigação epidemiológica e a identificação, sempre que possível, do gênero ou espécie de microorganismos; b) análise para pesquisa de vírus e protozoários, no que couber, ou encaminhamento das amostras para laboratórios de referência nacional, quando as amostras clínicas forem confirmadas para esses agentes e os dados epidemiológicos apontarem a água como via de transmissão; e c) envio das cepas de Escherichia coli aos laboratórios de referência nacional para identificação sorológica; Portaria MS Nº 2914 DE 12/12/2011 Art. 29º. Recomenda-se a inclusão de monitoramento de vírus entéricos no(s) ponto(s) de captação de água proveniente(s) de manancial(is) superficial(is) de abastecimento, com o objetivo de subsidiar estudos de avaliação de risco microbiológico. Art. 31º. , § 1º Quando for identificada média geométrica anual maior ou igual a 1.000 Escherichia coli/100mL deve-se realizar monitoramento de cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp. no(s) ponto(s) de captação de água. Desafios conceituais Vírus infeccioso X partícula morta Detecção molecular X isolamento viral Qual seria a dose máxima permitida? Como controlar a contaminação? Desafios práticos: custo da análise (?) e treinamento de pessoal Arroio Dilúvio, Porto Alegre, RS Satellite view of Porto Alegre, showing the collection points along the Arroio Dilúvio from the source (Point #1, East) to the mouth (Point #5, West) (shown as dots and pointed by white arrows). Please note the intense urbanization from the Point #2 onwards. Figure made with the aid of Google Earth Protm. Arroio Dilúvio, Porto Alegre, RS Table 1. Primers and conditions used for amplification of AdV, EV, GARV andTTV in PCR. Viruses AdV EV GARV TTV a Target Gene Primer Position Name Sequence Polarity VTB2-HAdVCf 5’-GAGACGTACTTCAGCCTGAAT-3’ Sense 106-126a VTB2-HAdVCr 5’-GATGAACCGCAGCGTCAA-3’ Reverse 190-207a ENT-F1 5’-CCTCCGGCCCCTGAATG-3’ Sense 443-459b ENT-R2 5’-ACACGGACACCCAAAGTAG-3’ Reverse 541-559c ROTAFEEVALE -FW 5’-GATGTCCTGTACTCCTTGT-3’ Sense 7-25d ROTAFEEVALE -REV 5’-GGTAGATTACCAATTCCTCC-3’ Reverse 148-167 F1 5’-GGGAGCTCAAGTCCTCATTTG-3’ Sense 221-241e F2 5’-GGGCCWGAAGTCCTCATTAG-3’ Sense 170-189e Rev 5’-GCGGCATAAACTCAGCCATTC-3’ Reverse 252-272e Hexon 5’UTR VP6 ORF2 Primers sequences reported by Wolf et al. (2010) Primers sequences reported by Tsai et al. (1993) c This work, Genome position of primers based on GenBank accession number FJ859064 d This work, Genome position of primers based on GenBank accession number HM348746 e This work, Genome position of primers based on GenBank accession number FN687866 f Initial annealing temperature, which was decreased by 0.5 °C at each of the 39 subsequent cycles (Touchdownb PCR) d Annealing Temperature Amplicon Length 55 °C 101 bp 56 °C 116 bp 54 °Cf 160 bp 59 °C 102 bp Arroio Dilúvio, Porto Alegre, RS Table 2. Detection of AdV, EV, GARV and TTV genome in wat er samples collected from the Arroio Diluvio, Porto Alegre, Brazil. Collection Date Harvesting points Virus January AdV April September EV GARV TTV AdV EV GARV TTV AdV EV GARV TTV P#1 - + - - - + - - - - - - P#2 + - - + - + - - - - - - P#3 + + - - - + - + + - - - P#4 - + N/T - - + - - - - - - P#5 - + - + - + - + N/T N/T N/T N/T + (Detected) - (Not detected) N/T (Not tested) Assessment of enteric viruses in a sewage treatment plant located in Porto Alegre, Southern Brazil 1 2 Table 2. Detection of HAdV, EV, GARV and TTV genomes, and coliforms quantification, in influents and effluents samples collected from São João/Navegantes STP, Porto Alegre, Brazil. Collection Date Microbiological Parameters 3 AdV EV GARV TTV Total coliform counting (MPN/100 mL) Fecal coliform counting (MPN/100 mL) Mar/09 -/- -/+ NT / - -/- 4.2 x 107 / 6.1 x 105 1.7 x 107 / 1.2 x 105 Apr/09 -/- -/- -/- -/- 4.4 x 107 / 4.4 x 104 8.7 x 106 / 1.1 x 104 May/09 -/+ -/+ -/- -/- 1.3 x 107 / 1.1 x 105 3.1 x 106 / 1.8 x 104 Jun/09 -/+ -/+ - / NT -/- 2.0 x 107 / 5.2 x 105 6.5 x 106 / 5.8 x 104 July/09 +/- -/- -/- -/- 1.6 x 107 / 1.2 x 105 1.6 x 107 / 6.1 x 104 Ago/09 -/+ -/- +/- -/- 1.7 x 107 / 1.2 x 105 3.1 x 106 / 2.5 x 104 Sep/09 -/+ -/- -/- -/+ 9.9 x 106 / 3.6 x 104 1.6 x 106 / 2.5 x 104 Out/09 +/- -/- +/- -/- 1.4 x 107 / 5.1 x 104 2.4 x 106 / 2.9 x 103 Results are showed as influent/effluent; + and -, detected and not detected, respectively; N/T, not tested Presence of Enterovirus in water samples collected from state and municipal schools of Rio Grande do Sul, Brazil Enterovírus em escolas Análise filogenética molecular Água mineral Comparação dos resultados positivos para água mineral de 500mL e 1,5L em relação aos métodos utilizados, PCR e qPCR. Amostras Água Mineral EV PCR Positivos EV qPCR Positivos AdV PCR Positivos AdV qPCR Positivos Marca A (n = 10) 0 (0%) 4 (50%) b 1 (10%) 9 (90%) Marca B (n = 10) 0 (0%) 0 (0%) c 2 (40%) ª 8 (80%) Marca C (n = 5) 1 (20%) 4 (100%)d 2 (40%) 5 (100%) Marca D (n = 5) 2 (40%) 1 (50%)e 4 (80%) 5 (100%) Marca E (n = 5) 4 (80%) 2 (50%)f 1 (20%) 5 (100%) Marca F (n = 4) 0 (0%) NA 3 (75%) 4 (100%) ª Somente foram analisadas 5 amostras; b Somente foram analisadas 8 amostras; c Somente foram analisadas 1 amostra; d Somente foram analisadas 4 amostras; e Somente foram analisadas 2 amostras; f Somente foram analisadas 4 amostras NA não analisada Enteric viruses in water samples from Brazilian dairy farms Paranhana River Dos Sinos River 6.5 Km Da Ilha River Propriedades leiteiras, Tenente Portela, Noroeste RS Detection of HAdV, EV and RV genomes, and coliforms quantification, in water samples collected from springs, creeks, ponds and artesian wells on dairy farms at the municipality of Tenente Portela, Rio Grande do Sul, Brazil. Farm Sample Artesian well #1 Artesian well #2 Spring Artesian well #329 Creek Pond Spring Tap (milking parlor) #330 Creek Pond Spring #343 Creek Pond Creek #344 Pond ● = positive; ○ = negative #326 AdV EV RV ● ● ● ● ○ ○ ● ● ○ ○ ● ● ● ● ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ● ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ● ○ Vírus entéricos em água subterrânea, Riozinho e Rolante, 2011 Código de identificação Descrição Data da coleta pH inicial pH após MgCl 2 pH final Rotavírus Adenovíru s LMM/FEEVALE/285 Vertente P6 (Riozinho) 22/03/2011 6.74 6.75 5.05 negativo positivo LMM/FEEVALE/286 Torneira P1(Riozinho) 22/03/2011 6.90 7.12 4.60 negativo positivo LMM/FEEVALE/287 Torneira P5 (Riozinho) 22/03/2011 7.04 6.52 5.33 negativo positivo LMM/FEEVALE/288 Vertente P2 Torneira (Riozinho) 22/03/2011 6,4 5,09 negativo positivo LMM/FEEVALE/290 Vertente P1 (Riozinho) 22/03/2011 6,38 5,26 5,26 negativo positivo LMM/FEEVALE/291 Vertente P2 (Riozinho) 22/03/2011 6,48 5,03 5,03 negativo positivo LMM/FEEVALE/292 Torneira P4 (Riozinho) 22/03/2011 6.26 5,83 5,36 positivo positivo LMM/FEEVALE/293 Vertente P5 (Riozinho) 22/03/2011 6,69 6,5 5,13 negativo positivo LMM/FEEVALE/294 Vertente P3 (Riozinho) 22/03/2011 5,92 6,13 5,29 positivo positivo LMM/FEEVALE/295 Torneira P3 (Riozinho) 22/03/2011 6,05 6,3 5,31 positivo positivo LMM/FEEVALE/296 Vertente P7 (Riozinho) 22/03/2011 6,76 6,16 4,67 positivo positivo LMM/FEEVALE/298 Vertente P4 (Rolante) 15/03/2011 6,98 7,02 5,49 negativo positivo LMM/FEEVALE/300 Vertente P13 (Rolante) 15/03/2011 7,74 6,69 5,07 positivo positivo LMM/FEEVALE/302 Vertente P12 (Rolante) 15/03/2011 7,77 6,71 5,29 positivo positivo LMM/FEEVALE/306 Vertente P8 (Rolante) 15/03/2011 7,12 6,92 5,22 negativo positivo LMM/FEEVALE/307 Vertente 2 P1 (Rolante) 15/03/2011 7,07 6,94 5,41 positivo positivo 6,03 Origem da contaminação • E. coli = difícil determinar •Genes de virulência; •Genes de resistência a ATB • Vírus entéricos = sequenciamento e análise filogenética, corte com enzimas de restrição, PCRs diferenciais, anticorpos monoclonais, etc • Bacteroides sp. ? MST may be a very usefull tool, specially for risk analysis and decision making Fluxos e impactos em Bacias hidrográficas Usos múltiplos da água e Poluição visão de bacia Manchas urbanas na BHRS Rio dos Sinos e afluentes Detecção de genomas de Adenovírus: PCR em tempo-real com curva de dissociação de alta resolução (qPCR-SYBR-HRM) HumanAdV CanineAdV BovineAdV AvianAdV Rio dos Sinos, 2011 Molecular detection of canine and human adenoviruses in stool samples from free-living pampas foxes (Lycalopex gymnocercus and Cerdocyon thous) in southern Brazil Figura 1 - Localização de São Francisco de Paula no Rio Grande do Sul – Fonte: Plano Ambiental Municipal de São Francisco de Paula, 2008. Figura 2 - Mapa da localização das principais Unidades de Conservação da região oeste de Santa Ctaraina e Rio Grande do Sul, com destaque ao PNMR. – Fonte: Site Gestao Participativa, 2011. Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) Material: fezes Fonte: Google, 2010. Fonte: Google, 2010. POPULAÇÃO E AMOSTRA Pseudalopex gymnocercus (Fischer, 1814) •Maior resistência a agentes físico-químicos; •Eliminação: 105-1011/g de fezes; •Não causa estresse adicional ao animal COLETA DE DADOS Expedição à campo – abril e setembro/2011 17 amostras Reconhecimento do material -80 C ANÁLISE DOS DADOS Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale Reações de qPCR: utilizadas para amplificação de genomas de Adenovírus do grupo C, com oligonucleotídos que amplificam uma enorme gama de vírus deste genogrupo (VTB2-HAdVCf, Wolf et al., 2010) com vistas a detectar possíveis agentes de origem antrópica e uma outra reação com os oligonucleotídeos específicos, para amplificação apenas de adenovírus de caninos. Termociclador iQ5 Bio-Rad, utilizando o kit comercial Platinun® SYBR® Green qPCRSupermix-UDG (Invitrogen, EUA) de acordo com instruções do fabricante. Results for the detection of enterovirus (EV), rotavirus (RV), canine adenovirus (CAV) and human adenovirus (HAdV) on pampas foxes stool samples collected at the Parque Natural Municipal da Ronda (PNMR), Brazil. Stool Sample 1G 2G 3G 4G 5G 6G 7G 8G 9G 10G 11G 12G 13G 14G 15G 16G 17G -=negative; +=positive EV - RV + + + + + + + - CAV + + + + + HAdV + + + + + + + + + + + + + + CONSIDERAÇÕES FINAIS Agentes virais encontrados: Ações antrópicas Hábito generalista dos graxains Contato entre populações e ambientes contaminados. Favorece a exposição e transposição de agentes infecciosos de um hospedeiro para o outro. Desenvolvimento de estratégias de desinfecção - - Desenvolvimento e teste de novo produto para desinfecção de vírus em água residuária de esgoto (interação UniversidadeEmpresa/ Fapergs) Processos oxidatos avançados Manejo de dejetos de suínos (REDE Dejsui - CNPq) Climatic changes and human health Direct effects Heat consequences: circulatory diseases, respiratory disorders, skin diseases, etc Indirect effects Increase of chemical risks Toxins (algeal blooms, pesticides) Diseases transmitted by arthropods Waterborne diseases! Título > Subtítulo > Nome slide Situação no Brasil • Figura: Correa, 2011 Situação no Brasil • Figura: Correa, 2011 Metas para a pesquisa no assunto nos próximos anos i) desenvolvimento de metodologias avançadas de monitoramento e caracterização de agentes virais e outros microrganismos na água, com enfoque na redução de custos, o que possibilitaria sua adoção por órgãos públicos; ii) fomento à formação de grupos de pesquisa e redes colaborativas para pesquisa e desenvolvimento na área de análise virológica da água, com enfoque em saúde humana e animal; Metas para a pesquisa no assunto nos próximos anos iii) projetos de caráter multidisciplinar, que incluam ferramentas computacionais para análise longitudinal de dados secundários dos sistemas de saúde, que permitam avaliar ao longo do tempo o impacto das mudanças climáticas sobre a incidência de doenças transmitidas pela água ou ainda o cruzamento de dados de sensoriamento remoto com a incidência de tais enfermidades; iv) proposição de novas metodologias de saneamento, para tratamento de água e esgoto, dotadas de maior eficácia para a remoção de vírus e outros microrganismos; Metas para a pesquisa no assunto nos próximos anos v) formação de recursos humanos capacitados à realização de tais atividade e proposição de soluções para tais problemas com viabilidade técnica, econômica, social e dotadas de sustentabilidade ambiental frente às mudanças que estão por vir. Laboratório de Microbiologia Molecular – Feevale, NH, RS Spilki, Esteves, Fleck, Cantarelli Mestrado Gabriela Saldanha Monteiro Roger Bordin da Luz IC Rodrigo Staggemeier (Capes) Aline Mara Pacheco (BIC-Feevale) Doutorado Joseane Silva (PROBIC/FAPERGS/FEEVALE) Andréia Dalla Vecchia (Capes) Mariana Kluge (IC-CNPq-PQ*, CsF) Luisa Balzan Schiavini ((IC-CNPq-PQ) Mayra Soliman(IC-Dejsui-CNPq) Rafael Fabres (PROBITI-Fapergs) Thaís Fontana (PIBITI-CNPq-FEEVALE) Carlos Nascimento Patrícia Maino Wartha Isabel Giehl (Capes) Pós-doutorado Larissa Heinzelmann (PNPD-Capes) Responsável técnica LMM Manoela Tressoldi Rodrigues (Mestranda) Parcerias, cedência de insumos e apoio financeiro Embrapa - CNPSA (Esteves, Silva) Apoio: UCS (Paesi) Capes UFSM (Flores, Weiblen; Aita et al., DEJSUI) Feevale UFRGS (Roehe, Franco, Van der Sand, Oliveira) UFSC (Moraes, Barardi) Fiocruz (Pinto, Nascimento) Unicamp (Arns, Gatti) DMAE (Thewes, Morandi) IIE (Tundisi & Tundisi) FEPAGRO (Radin, Roehe, Cenci) Emater (Escrits. Taquara, Rolante > Baldasso) Corsan (A. Dutra) CNPq Fapergs Muito obrigado! [email protected]