2. Ecologia

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20/02/2017
ECOLOGIA:
Níveis tróficos, energia e relações
ecológicas
Prof. Leonardo F. Stahnke
Nutrição

A principal relação entre as populações de um
ecossistema envolve a nutrição. As espécies
autotróficas servem de alimento a certas espécies
e estas servem de alimento a outras...
1
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Autótrofos




São capazes de produzir as substâncias que lhes
servem de alimento. Para isso utilizam energia de
uma fonte não-orgânica, geralmente a luz solar.
Através da clorofila, presente em suas folhas elas
são capazes de captar energia luminosa do sol,
utilizando-a para a fabricação de moléculas
orgânicas.
6CO2 + 6H2O → C6H12O6 + 6O2
O principal produto da fotossíntese é a glicose
(açúcar), a partir do qual as plantas produzem
todos os outros tipos de substâncias orgânicas que
formam seu corpo.
Além disso, quebrando moléculas orgânicas na
respiração celular, as plantas obtém energia para o
funcionamento de suas células.
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Heterótrofos

São os que não conseguem fabricar seu próprio
alimento e por isso precisam obtê-lo do meio
em que vivem através da alimentação.
CADEIA ALIMENTAR
PRODUTORES
São seres autótrofos, isto é, que produzem o seu próprio
alimento a partir de água, sais minerais e gás carbônico, durante a
fotossíntese.
Ex: Plantas, algas, fitoplâncton.
Urubu
Coruja
Serpente
Cogumelo
CONSUMIDORES
São seres heterótrofos, isto é, que não produzem o seu próprio
alimento. Desse modo, devem se alimentar de outros seres vivos
para sobreviver. Podem ser classificados em:
• Primários: consomem os produtores. Ex: Herbívoros.
• Secundários: consomem os consumidores primários. Ex:
Carnívoros.
• Terciários: consomem os consumidores secundários. Ex:
Carnívoros.
• Quaternários (ou de 4ª Ordem): que comem os
consumidores terciários...
* Seres Onívoros alimentam-se de produtores e consumidores.
Roedor
Capim
DECOMPOSITORES
Também são seres heterótrofos, porém se alimentam de
organismos mortos, transformando-os em nutrientes que podem
ser utilizados pelos produtores. Agem sobre todos os níveis
tróficos de uma cadeia alimentar.
Ex: Fungos e bactérias.
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Teia Alimentar

A Teia Alimentar é o esquema que
mostra múltiplas cadeias alimentares
entrelaçadas em um ecossistema.
Nesse caso um organismo pode ter
mais de uma função, ou seja, pode ser
predador de várias espécies em níveis
tróficos diferentes, assim como ser
presa.
HÁBITAT E NICHO ECOLÓGICO
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Hábitat e Nicho Ecológico
Hábitat: é o local
ocupado por uma
espécie, onde ela vive,
isto é, seu “endereço”
dentro da comunidade.
 Nicho ecológico: é o
conjunto de relações que
as espécies mantém com
outras espécies e com o
ambiente físico-químico,
ou seja, o modo de vida
de uma espécie dentro
do ecossistema (modos alimentares, reprodutivos, período
do dia em que está mais ativa, temperatura ideal,
comportamento defensivo, territorialismo ou migração).

RELAÇÕES ECOLÓGICAS


São aquelas que ocorrem entre os seres vivos e o
meio ou entre os seres vivos entre si.
Elas podem ser:
◦ Relações intraespecíficas – ocorre dentro da mesma
espécie.
◦ Relações Interespecíficas – ocorre entre espécies
diferentes.
◦ Relações Harmônicas ou Positivas – não geram
prejuízo entre os organismos participantes.
◦ Relações Desarmônicas ou Negativas – onde ocorre o
prejuízo de um organismo.
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INTRAESPECÍFICAS: entre organismos da mesma espécie
◦ COMPETIÇÃO: Indivíduos
competem por água, alimento,
abrigo/espaço, parceiro sexual.
◦ COLÔNIA: Indivíduos unidos
fisicamente. Pode ou não haver
divisão de trabalho.
◦ SOCIEDADE: Indivíduos
separados fisicamente e
cooperando entre si.
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INTERESPECÍFICAS: entre organismos de espécies diferentes
◦ COMPETIÇÃO: Indivíduos
competem por água, alimento,
abrigo/espaço.
◦ PREDAÇÃO: Relação em que
uma espécie (a do predador) usa
outra (a da presa) como fonte de
alimento, provocando a sua
morte.
◦ PARASITISMO: O parasita
explora o seu hospedeiro
durante o seu ciclo de vida. As
lesões provocadas podem levar o
hospedeiro à morte.
INTERESPECÍFICAS: entre organismos de espécies diferentes
◦ COMENSALISMO: há benefício
para uma das espécies. Para a
outra não há benefício nem
prejuízo.
◦ MUTUALISMO OBRIGATÓRIO:
relação com benefício para ambas
as espécies, onde uma não pode
sobreviver sem a outra.
◦ MUTUALISMO FACULTATIVO
(PROTOCOOPERAÇÃO): ambas
as espécies de beneficiam da
interação, mas a associação não é
obrigatória.
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Exemplos de Protocooperação
◦ Zoocoria: dispersão de sementes por animais.
◦ Polinização: transferência de pólen por animais para a reprodução de
alguns tipos de plantas.
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DENSIDADE POPULACIONAL OU
DEMOGRAFIA
Densidade Populacional = número de indivíduos
área (espaço físico)

202.768.562
(IBGE,2014)
8.515.767,049 km²
DP ~ 23,8 hab/km²
Natalidade + Imigração > Morte + Emigração
◦ POPULAÇÃO EM CRESCIMENTO

Natalidade + Imigração < Morte + Emigração
◦ POPULAÇÃO EM DECLÍNIO

Natalidade + Imigração = Morte + Emigração
◦ POPULAÇÃO EM EQUILÍBRIO
FATORES LIMITANTES

COMPETIÇÃO – “Disputa” por algo, como alimento,
luz, espaço, água, etc.
- A competição pode ser:
a)
Entre indivíduos da mesma espécie – INTRAESPECÍFICA.
b)
Entre indivíduos de espécies diferentes – INTERESPECÍFICA.
- Ambas geram processos SELETIVOS, que levam a:
a) PRESERVAÇÃO – os mais aptos ao meio ambiente sobrevivem.
b) EXTINÇÃO – indivíduos com baixo grau de adaptabilidade.
- A competição é FATOR REGULADOR da densidade populacional.
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
DISPONIBILIDADE DE ALIMENTO/ESPAÇO
1)
Restrição de alimento com restrição de espaço –
MENOR TAXA DE NATALIDADE.
2)
Restrição de alimento sem restrição de espaço –
AUMENTA A EMIGRAÇÃO.
3)
Restrição de espaço sem restrição de alimento –
GERA SUPERPOPULAÇÃO.

POTENCIAL BIÓTICO E
RESISTÊNCIA AMBIENTAL
-
Capacidade inata de uma população aumentar o número de
componentes em condições ambientais ótimas (gráficos).
Potencial biótico também é conhecido como potencial
reprodutivo.
-

PREDATISMO – Predador x Presa = fator regulação
de espécies.

PARASITISMO – Parasita x Hospedeiro = diminui a
densidade populacional.
DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE
PARASITISMO E PREDATISMO





Quanto
Ao porte
A especialização
A taxa reprodutiva
Hosp. X Presa
Ao efeito
Predadores
grandes
menor
menor
fonte energética
matam
Parasitas
pequenos
maior
maior
f. energ./hábitat
não matam
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FLUXO DE MATÉRIA E ENERGIA

A energia é assimilada e dissipada nos diferentes níveis
tróficos, enquanto que a matéria é incorporada ao
corpo dos seres vivos e decomposta pelos fungos e
microrganismos.

Produtividade Bruta: representa a taxa global de
fotossíntese, incluindo a matéria orgânica usada na
respiração durante o período de medição.

Produtividade Líquida: é a taxa de armazenamento de
matéria orgânica nos tecidos vegetais, desconsiderando
a respiração pelas plantas durante o período de
medição.
Pirâmides Ecológicas
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Pirâmides de Energia
Pirâmide de Biomassa
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Pirâmide de Números
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SUCESSÃO ECOLÓGICA


É o processo de transformação de um ecossistema no
decorrer do tempo, tendo um acréscimo (e substituição) de
espécies, em uma sequência ordenada e gradual.
Tal processo de permanente
desenvolvimento, aumenta os
nichos ecológicos e
produtividade local, até
sua estabilização
(homeostase) na
comunidade clímax.
Espécies Pioneiras
Espécies Secundárias
Espécies Tardias
(Ecese)
(Intermediárias)
(Clímax)
Sucessão Ecológica Primária






Quando a sucessão ocorre a partir de uma área nova, totalmente desabitada.
Os líquens agem quimicamente sobre a rocha, desagregando seus minerais e o
incrementando com matéria orgânica que, junto com a água e o ar, formam o solo.
Pequenos musgos e herbáceas começam a colonizar esse solo, aumentando
a retenção de umidade e de matéria orgânica (pelas folhas que
caem). As raízes formam galerias no solo, propiciando a maior
entrada de ar e água, além de também favorecer a
degradação das rochas.
Arbustos e árvores jovens começam a
se estabelecer no local, reduzindo a
insolação e aumentando a umidade.
Árvores maiores se estabelecem e,
com elas, trepadeiras e epífitas.
Durante todo o processo, a
biodiversidade animal também se
adapta e aumenta.
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Sucessão Ecológica Secundária

Quando a sucessão ocorre a partir de uma área já existente, mas que sofreu algum tipo
de degradação (desmatamento, queimadas, agricultura, etc).
Sucessão Ecológica Secundária
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OUTROS CONCEITOS ECOLÓGICOS

Biodiversidade: é a variedade de espécies da Terra ou de uma região.

Biopirataria: é a exploração, manipulação, exportação ou comercialização
internacional de espécies.

Espécies nativas: são as espécies de ocorrência natural de um local. Ex: Araucária e a
gralha-azul são espécies nativas do Brasil.

Espécies exóticas: são as espécies de um ecossistema que são introduzidas em
outro, diferente de seu local de origem. Ex: Pinus e rã-touro são espécies nativas da
América do Norte, mas que foram introduzidas no Brasil.

Espécies endêmicas: são as espécies que ocorrem em apenas um ecossistema
restrito. Ex: Mico-leão-dourado na Mata Atlântica.

Espécies cosmopolitas: são as espécies que ocorrem em vários ecossistemas do
planeta. Ex: Rato e pardal.

Espécies ameaçadas: são as espécies que correm o risco de desaparecer
completamente, e para sempre, do planeta. Ex: Panda.

Espécies abundantes: são espécies com muitos indivíduos no mundo. Ex: Garça.

Espécies silvestres: são espécies que vivem em liberdade na natureza. Ex: Leão e
serpente.

Espécies domesticadas: são espécies que se tornaram dóceis por influência humana.
Ex: Cão e gado.
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