conduta do enfermeiro frente à influenza a [h1n1]

Propaganda
1837
Trabalho 1442 - 1/3
CONDUTA DO ENFERMEIRO FRENTE À INFLUENZA A [H1N1]
CABRAL, Ana Cláudia Silva*
COSTA, Roberta Souza Dourado**
CARVALHO, Tattiana Dias de*
GONDIM, Emilainne Trindade Cavalcanti*
OLIVEIRA, Mayza Raphaella P. de*
PINTO, Jackeline Sammer Gomes*
RESUMO
INTRODUÇÃO: A influenza, também conhecida como gripe, é uma doença
infecciosa aguda de origem viral que acomete o trato respiratório. O vírus
subdivide-se nos tipos A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica, sendo
que apenas os do tipo A e B apresentam relevância clínica em humanos. Os vírus
podem sofrer mutações. Os tipos A e B causam maior morbi-mortalidade que o
tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias estão associadas ao vírus
influenza A1,2. Os vírus influenza A apresentam maior variabilidade e, portanto são
divididos em subtipos de acordo com as diferenças de suas glicoproteínas de
superfície, denominadas hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). Existem 15 tipos
de hemaglutinina e 9 tipos de neuraminidase identificadas em diferentes espécies
animais. Atualmente são conhecidas três hemaglutininas (H1, H2 e H3) e duas
neuraminidases (N1 e N2) presentes nos vírus influenza do tipo A adaptados para
infectar seres humanos2. A Gripe A é uma doença respiratória aguda, causada
pelo vírus influenza A (H1N1). Este novo subtipo do vírus é transmitido de pessoa
a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções
respiratórias de pessoas infectadas1. Na atenção básica, o enfermeiro como
promotor da saúde e agente de prevenção, deve estar atento para sinais e
sintomas desta doença para intervir de maneira resolutiva. Estão entre os sinais
de alerta: taquipnéia; desidratação; batimento de asa de nariz; tiragem intercostal;
cornagem; convulsões; agravamento dos sinais e sintomas iniciais (febre, mialgia,
tosse seca, dispnéia), alteração do estado de consciência, queda do estado geral,
alteração dos sinais vitais: hipotensão arterial; frequência cardíaca elevada; febre
repentina e acima de 38°C persistente por mais de cinco dias; oximetria de pulso
com saturação de O2 < 94%, podendo vir acompanhados de diarréia, ardência nos
olhos, dificuldade respiratória e dores de cabeça, nas articulações e músculos;
crianças: cianose; incapacidade de ingerir líquidos ou qualquer um dos sintomas
* Graduandas do sétimo período do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba.
** Graduanda do sétimo período do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba e
pesquisadora vinculada ao CNPq, com endereço eletrônico, [email protected].
1838
Trabalho 1442 - 2/3
anteriores. O período de incubação pode variar entre 24 horas a duas semanas.
Pessoas com tais manifestações devem buscar a atenção básica, a fim de
diagnosticar a doença. Os kits utilizados para coleta de materiais com fins
diagnósticos fornecem os resultados em até 72 horas, sendo necessárias
amostras de secreções respiratórias, de no máximo sete dias após o início das
manifestações. Pode ser necessária a coleta de sangue, para diagnóstico
diferencial3. As pessoas consideradas com maior susceptibilidade de desenvolver
complicações são aquelas inseridas no grupo de risco, ou seja, gestantes,
pacientes com doença crônica pulmonar, cardiovascular, renal, hepática,
hematológica, neurológica, neuromuscular, metabólica, imunodeprimidos, idade
menor de 2 anos ou mais de 60 anos. OBJETIVO: Fazer uma explanação sobre a
gripe A de maneira a identificar os fatores de risco, formas de contágio, sinais e
sintomas, formas de diagnosticar e, abordar a importância do papel do enfermeiro
quanto à conduta a ser seguida na atenção primária diante dos fatores indicativos
de influenza A [H1N1] e sua prevenção. METODOLOGIA: Trata-se de revisão
sistemática da literatura, realizada a partir de artigos, que abordam o tema em
questão. O levantamento bibliográfico se deu por meio de pesquisa efetuada via
internet, junto ao Ministério da Saúde do Brasil e outros sites. CONCLUSÃO:
Deste modo, o enfermeiro na atenção básica, deve orientar a população do seu
território sobre as medidas preventivas evitando disseminações e agravamentos.
Ao se deparar com um quadro de gripe, deve-se acolher o usuário e fazer uma
avaliação diferencial de um resfriado comum. Confirmado o diagnóstico de gripe
dentro dos sinais e sintomas da influenza A, o enfermeiro deve estabilizar o
paciente; encaminhar imediatamente para o serviço hospitalar indicado pela
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Secretaria Estadual de Saúde (SES);
orientações gerais para os contatos; notificar os casos de Síndrome Respiratória
Aguda Grave e monitorar o retorno dos pacientes quando indicado tratamento
domiciliar pelo serviço de referência. Diante do exposto, o enfermeiro inserido na
Estratégia Saúde da Família tem o papel de prestar orientações domiciliares para
pacientes contaminados, bem como para as pessoas em contato, com o principal
objetivo de prevenir a disseminação Assim, orienta-se as pessoas com suspeita
de contaminação: a higienizar as mãos com água e sabonete (ou se possível
álcool gel 70%) após tossir, espirrar, usar o banheiro e antes das refeições; não
* Graduandas do sétimo período do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba.
** Graduanda do sétimo período do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba e
pesquisadora vinculada ao CNPq, com endereço eletrônico, [email protected].
1839
Trabalho 1442 - 3/3
compartilhar objetos de uso pessoal e alimentos; permanecer sempre que
possível em sua residência; ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e
aumentar a ingestão de líquidos; Aos familiares e cuidadores: evitar aglomerações
e ambientes fechados; higienizar as mãos frequentemente; evitar tocar os olhos,
nariz ou boca após contato com superfícies potencialmente contaminadas; Para
população em geral: não há necessidade de usar máscara, mas deve-se evitar
aglomerações e ambientes fechados mantendo-os ventilados.
Palavras - chave: Influenza, prevenção, atenção básica.
1
BRASIL, Ministério da Saúde. Influenza A (H1N1). 2009. Disponível
em:<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1534>.
Acesso em: 15/08/09.
2
FORLEO-NETO, E. et al. Influenza. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical. 36(2):267-274, mar-abr, 2003.
3
ARAGUAIA, M. . Gripe A. Equipe Brasil Escola. Disponível em:<
http://www.brasilescola.com/doencas/gripe-a.htm>. Acesso em: 15/08/09.
* Graduandas do sétimo período do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba.
** Graduanda do sétimo período do curso de Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba e
pesquisadora vinculada ao CNPq, com endereço eletrônico, [email protected].
Download