Relações possíveis entre as práticas cotidianas e o ensino em

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Relações possíveis entre as práticas cotidianas e o ensino em Geografia
Gabriel
Grazzini
Gabriel,
Márcia
Cristina
Mello,
UNESP/
Ourinhos,
[email protected], Programa de Iniciação Científica PIBIC/PIBITI e PIBID.
Geografia,
Palavras-chave: Geografia, espaço, práxis.
Introdução
Esta pesquisa em andamento busca elucidar as
relações entre práticas cotidianas e o ensino em
Geografia. Se compreendemos o homem em sua
relação com o meio como uma unidade que
constrói o mundo, são importantes os
apontamentos de Karel Kosik (1976) sobre práxis.
Tendo em vista a realidade de jovens escolares
que frequentam a escola campo, buscamos
considerar suas práticas cotidianas como links
possíveis ao ensino em Geografia como sugere
Lana de Souza Cavalcanti (2011). Foram
elaboradas duas situações de aprendizagem,
pertinentes à pesquisa, uma focando as temáticas
pichação e território geográfico; e outra o rap e a
segregação socioespacial, ambas para os alunos
do 2º ano do Ensino Médio.
A análise da realidade destes jovens é feita a luz
do conceito de espaço geográfico (SANTOS,
2004), já que este é tido como objeto da
Geografia, materialidade e representação em
movimento da relação do homem com o meio. Por
isso mesmo abarca outros conceitos e análises
geográficas como os aqui mencionados.
Objetivos
O objetivo geral desta pesquisa é explicitar as
relações de importância mantidas entre o
processo de ensino-aprendizagem em Geografia
e
as
práticas
cotidianas
espaciais
contemporâneas dos alunos.
Material e Métodos
Trata-se de pesquisa bibliográfica e estudo de
caso sobre questões do cotidiano do aluno,
representadas especialmente pela música rap e
pela pichação. Para isso estão sendo realizadas
observações in loco, desde o segundo semestre
de 2012, na escola parceira do PIBID – Ourinhos
(E.E. Josepha Cubas da Silva). Busca-se
informações acerca da identificação dos alunos
com as práticas escolhidas, sua relação com o
processo de ensino-aprendizagem em Geografia,
para tanto elaboramos planos de aula e aplicamos
atividades que possibilitaram a identificação de
questões cruciais sobre o cotidiano dos alunos, de
maneira dialógica.
Resultados e Discussão
Os
resultados
aqui
apresentados
são
preliminares, desta forma até o momento foi
possível explicitar as relações de importância
mantidas entre o processo de ensinoaprendizagem e as práticas cotidianas espaciais
contemporâneas
realizadas
pelos
alunos
sobretudo no que diz respeito a pichação e
território geográfico, já que os dados levantados
após a aplicação do plano de aula revelam que a
maioria dos alunos observam questões de seu dia
a dia nos conteúdos discutidos nas aulas de
Geografia. Observamos que 82% dos alunos
constatou, durante a aula, elementos da
territorialidade individual representados na
cidade. Também 53% dos alunos afirmou que a
interpretação da territorialidade cotidiana contribui
para a concepção dos conceitos de territorialidade
e território.
Conclusões
Podemos breve e parcialmente concluir que a
sequência didática aplicada explicita a relação de
importância mantida entre as práticas cotidianas
e o ensino em Geografia, mas também ficou clara
a disparidade entre a discussão com os alunos e
suas sistematizações ao responder questões
escritas.
Agradecimentos
Agradeço ao PIBID e ao PIBIC que possibilitam e
fomentam as discussões pertinentes a pesquisa.
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CAVALCANTI, Lana de Souza. Jovens escolares e suas práticas
espaciais cotidianas. In: CALLAI, Helena Copetti (Org.). Educação
geográfica reflexão e prática.Ijuí: Unijui, 2011. p.35-56.
SANTOS, Milton. A Natureza do espaço: técnica e tempo, razão e
emoção. 4. ed. 1. reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 2004.
KOSIK, Karel. Dialetica do concreto. Tradução Célia neves e
Alderino Toribio. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976
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