A Estrela Rutilante e o Painel do Oriente Antonio Gouveia Medeiros, MI A Estrela Flamígera ou Rutilante é uma figura cujo simbolismo é explicado no Grau de Companheiro. Ela colocada pela primeira vez nos rituais em 1875, junto com o sol e a lua e estrelas, formando o painel do Oriente. 1875 – No ritual do 1º Grau está descrito da seguinte forma: “o oriente é ornado com os emblemas do sol e da lua, sobre os quais haverá uma estrela rutilante, de forma triangular, tudo em campo encarnado ou azul conforme o rito, semeado de estrelas dispostas em triângulo”. Segundo o Ritual do 2º Grau, ela é não só o emblema do gênio, que leva o homem à prática das grandes ações, mas também o símbolo do fogo sagrado. Nos ritos maçônicos o gênio é mais uma prova da superioridade do Espírito a dominar a Matéria. No Rito Moderno é o reconhecimento do Poder da Mente. As três Luzes que estão pintadas ou bordadas na parede o oriente formam o Delta Luminoso da Loja. Delta luminoso – é conjunto dos astros do retábulo. Eles estão colocados em forma de um triangulo, por isto forma um Delta. Este Delta são os elementos da criação por isto é identificado do como Deus. Deus também está representado na letra G, que se referem à Geometria. Assim G é o início e o fim da obra – Eu sou o Alfa e o Ômega. Em relação ao trabalho a Estrela que representa o início do trabalho é a Estrela Matutina que conhecemos com a Estrela D’alva, pois, ela aparece brilhante no inicio do dia. Ela representa o Venerável Mestre nos Ritos de origem francesa. No encerramento do Trabalho está presente a Estrela Vespertina que também é a Estrela D’alva. Surgindo na Terra como astro mais brilhante antes do inicio do dia e da noite, tem assim uma presença marcante do planeta no céu. É usada como um dos símbolos luminosos que formam o Delta luminoso no ritual. A Estrela traz a letra G nos ritos dos sistemas franceses com o simbolismo de geração, criação, identificado com o nome de Deus. Ritual 1922 - Companheiro VEN.·. —- Contemplai esta estrela misteriosa (apontando para a, estrela flamígera) e nunca a afasteis- do vosso espírito. Ela é não só o emblema do gênio, que leva o homem à prática das grandes ações, mas também o 1 símbolo do fogo sagrado com que nos dotou o Gr.·. Arq.·. do Univ.·. e sob cujos raios devemos discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a equidade. O Delta, que vedes tão resplandecente de luz, vos oferece duas grandes verdades e duas idéias sublimes. — Vedes o nome de Deus, que é fonte de todos os conhecimentos humanos; ele se explica simbolicamente pela geometria. Essa ciência tem por base essencial o estudo aprofundado, aplicações infinitas do triângulo sob o seu verdadeiro emblema. Todas estas verdades gradualmente se desenvolverão aos vossos olhos à medida dos progressos que fizerdes em nossa Sublime Ordem. Catecismo VEN — Por que a Estrela Flamejante é de cinco pontas, Ir.·.2.° Vig.·.? 2." VIG.'. — Para figurar os quatros membros do homem e a cabeça, que os governa. Esta, como centro das faculdades intelectuais, domina o quaternário dos elementos ou da matéria. Assim, a Estrela Flamejante é, mais particularmente, emblema do poder da vontade realizadora. VEN. — Que lugar ocupa a Estrela Flamejante em relação ao Sol e à Lua? 2.° VIG. — Está colocada entre esses corpos, de maneira a, com eles, formar um triângulo. VEN — Por que? 2.VIG.— Porque a Estrela Flamejante irradia a luz do Sol e da Lua, afirmando que a inteligência e a compreensão procedem, igualmente da Razão e da Imaginação. Ritual do 1º Grau – Aprendiz: 1898 – Na parede do fundo, no Oriente, em um painel são pintados ou bordados os astros do dia e da noite (sol e lua), ficando este ao norte e aquele ao sul e bem assim a estrela rutilante sobre um triângulo em fundo vermelho. Ritual 1967 do 2º Grau – Companheiro Maçom VEN:. — Contemplai esta estrela misteriosa (apontando para a estrela Flamígera) e nunca a afasteis do vosso espírito. Ela é não só o emblema do gênio que leva o homem à prática das grandes ações, mas também o símbolo do fogo sagrado com que nos dotou o Gr.·. Arq.·. do Univ.·. e sob cujos raios devemos discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a equidade. O Delta, que vedes tão resplandecente de luz, vos oferece duas grandes verdades e duas idéias sublimes. 2 A letra “Iod”, que é o mesmo que a letra G, traduz o nome do Criador incriado e auto-Divino, e também representa a Geometria, que é a Ciência da construção, fundamentada nas aplicações infinitas do triângulo. Todas estas verdades gradualmente se desenvolverão aos vossos olhos, à medida dos progressos que fizerdes em nossa Subl.·. Ord.·.. Nesta edição, o revisor trocou a palavra Deus por “Iod”. A décima letra do alfabeto hebraico é a primeira letra do tetragrama divino e simboliza a força criadora do universo. 1971 – Ritual 1º Grau – Aprendiz: Na parede do fundo, no Oriente, em um painel são pintados ou bordados os astros do dia e da noite (sol e lua), ficando esta ao sul e aquele ao norte e bem assim a estrela rutilante sobre um triângulo em fundo dourado. Este painel fica bem em frente à porta de entrada e sob um dossel de damasco azul celeste com franjas de ouro, Ritual 1971 - Companheiro. VEN.·. (T) - Contemplai esta Estrela misteriosa (Aponta para a Estrela Flamígera que se encontra ao meio-dia) e nunca a afasteis do vosso espírito. - Ela é, não só o emblema do gênio que leva o homem à prática das grandes ações, mas, também, o símbolo do Fogo Sagrado com que nos dotou o Gr.·. Arq.·. do Univ.·., e sob cujos raios devemos discernir, amar e praticar a Verdade, a Justiça e a Equidade. O DELTA, que vedes tão resplandecente de Luz, vos oferece duas grandes verdades e duas idéias sublimes. - A letra- IOD — que é o mesmo que a letra G — traduz o nome do Criador Incriado e Auto-Divino, e também representa a - Geometria - que é a ciência da Construção fundamentada nas aplicações infinitas do Triângulo. 1981 – Ritual do 1º Grau – Aprendiz: Na parede do fundo, no Oriente, em um painel, são representados os astros do dia e da noite (sol e lua), ficando o sol à esquerda do Venerável e a lua, em quarto crescente, à direita; entre eles o Delta luminoso em fundo dourado, tendo, abaixo, a Estrela Rutilante. 3 1998 – Ritual do 1º Grau: Na parede do fundo, no Oriente, em um painel, são representados os astros do dia e da noite (Sol e Lua), ficando o Sol à direita do Venerável e a Lua, em quarto crescente, à esquerda do Venerável; entre eles, o Delta Luminoso em fundo dourado. Nas várias edições podemos ver que a Estrela Rutilante (flamejante) faz parte do Painel do Oriente até a edição de 1998, quando ela passou para o teto do Templo. Mesmo assim mal colocada, pois a figura relativa ao 2º Vigilante é o Sol. Quem observa o Sol é o 2º Vigilante. O ritual de 1898 inseriu a figura de uma abóbada azulada no teto do Templo com estrelas, formando um grande número de constelações. O Ritual de 1981 inseriu no teto um painel chamado “Abóbada Celeste”. Neste Ritual além da Estrela Rutilante no Painel do Oriente, coloca a Estrela de Cinco Pontas no teto sobre o lugar do 2º Vigilante. O Ritual de 1998 inseriu no título da Disposição e Decoração do Templo prevendo: pendente no Teto, no Meio-Dia, sobre o Altar do 2º Vigilante, estará uma Estrela de 5 pontas com a letra G no Cento. No ritual do 2º Grau – Companheiro Maçom, o Venerável Mestre explica: “Contemplai esta Estrela misteriosa (Aponta para a Estrela Flamígera que se encontra ao meio-dia) e nunca a afasteis do vosso espírito”. Assim a Estrela passou do Painel do Oriente para o teto do Templo. E com a letra “G” dos Modernos que passa a fazer parte das concepções dos Antigos. Da parede do Oriente a Estrela foi parar no teto, pois o Sol e a Lua também foram colocados no teto da Loja e ficou sobre o 2º Vigilante para atender o que prevê o ritual de 1898 “entre eles (sol e lua) está a Estrela Rutilante”. O Teto do Templo apareceu no ritual do Grande Oriente do Brasil em 1º de julho de 1898 com a edição do Ritual do Rito Escocês Antigo e Aceito. Dizia o texto do Ritual: o teto figura uma abóbada azulada, com estrelas formando um grande número de constelações. O Ritual de 1898 não fala da existência do sol, nem da lua, no teto, apenas estrelas formando constelações. A única Estrela que interessa ao simbolismo é a Estrela Rutilante, que deveria estar no Retábulo do Oriente. O Templo está configurado para os graus de Aprendiz e Companheiro. Assim algumas figuras não são explicadas no primeiro grau, tal como acontecia com a Estrela Rutilante que é uma figura do Segundo Grau. 4 Através dos séculos, houve sempre a preferência por uma estrela de cinco pontas, como figura de astros de aparência menor do que a do Sol e da Lua. O planeta Vênus tem sido representado assim e, considerado uma “Estrela” matinal e vespertina, estrela da tarde, Estrela-Dalva, Estrela do Pastor, ensejou lendas mitológicas. A Estrela Rutilante, que era denominada Misteriosa, hoje é Flamígera e está no teto do Templo, está colocada entre o Sol e a Lua do mesmo modo que estava previsto no ritual: na parede do fundo, no Oriente, em um painel são pintados ou bordados os astros do dia e da noite (sol e lua), ficando este ao norte e aquele no sul e bem assim a Estela Rutilante sobre um triangulo em fundo vermelho. Para melhor compreensão se faz necessário transcrever o que previa o ritual anterior: o oriente é ornado com os emblemas do sol e da lua e sobre os quais haverá uma estrela rutilante, de forma triangular, tudo em campo encarnado ou azul, conforme o rito, semeado de estrelas dispostas em triângulo. Assim, existia a forma de um triângulo, tendo o sol e a lua com a estrela rutilante no meio e acima para forma a figura prevista. A forma de um Triangulo é o que define a letra grega delta. No painel do oriente existem três astros luminosos, por isto o Delta é Luminoso, então Delta Luminoso é o conjunto dos três astros. Na Idade Média, as Corporações que foram as criadoras do dia de trabalho de 12 horas, que tinham o seu inicio ao meio dia antigo, isto é hoje, seis horas da manhã, o horário da Estrela Matutina – 12 horas do dia era a 1ª hora do trabalho. A 6ª hora eram 12 horas de hoje, quando acontece o descanso dos Obreiros. A 11ª hora do trabalho indica o inicio do pagamento pelo que foi realizado durante o dia e na 12ª hora todos os obreiros eram despedidos, como diz os rituais “contentes e satisfeitos”. Isto é hoje seis horas da tarde, o momento em que novamente a Estrela Rutilante desponta no horizonte indicando que a lua irá nascer. Este é o Grande Mérito das corporações que foi transferido para a maçonaria, 12 horas de trabalho, uma conquista que ainda hoje com apenas 8 horas é repetimos em cada organização de trabalho. A localização dos símbolos, o sol, a lua e a estrela brilhante no Oriente são oriundas da época em que manuscritos como o Wilkinson Manuscript, em 1727, referiam exista de três luzes da Loja. Ela apesar de ser apresentada no primeiro grau apenas como uma luz, no grau de companheiro ela aparece com todas as características na Iniciação, o Rito Escocês que é oriundo da França, trazia em seu simbolismo a Estrela Misteriosa no retábulo. Em síntese, a Luz simbolizando o Mestre da Loja significa que é necessário o Mestre abrir a Loja, iluminá-la com sua sabedoria para que possam ver-se as Luzes do Sol e da Lua. Sem ele, esses de nada adiantam. Foram os procedimentos dos “antigos” que caracterizaram o simbolismo luminoso do Mestre da Loja. Inicialmente, usaram uma luz fraca atrás do Venerável. Seguiuse uma vela acesa. A seguir, uma lanterna na forma de estrela, acesa junto ao Mestre da Loja. 5 No sistema francês a Jóia do Venerável Mestre era a Estrela Misteriosa que o Ritual do 2º Grau – Companheiro denominou depois Flamígera e que é uma estrela de cinco pontas. Está apresentada entre o Esquadro e o Compasso para simbolizar a maçonaria. Os aventais da época também trazem em seus desenhos a mesma figura do painel do Oriente, isto é, os astros do dia e da noite, tendo entre eles a estrela rutilante. Estes três astros formam um triângulo que é a forma da letra delta da língua grega. Esta disposição forma o Delta Luminoso. Diz a edição do ritual do 2º Grau – Companheiro de 1922: Vedes o nome de Deus, que é fonte de todos os conhecimentos humanos; ele se explica simbolicamente pela geometria. Essa ciência tem por base essencial o estudo aprofundado, aplicações infinitas do triângulo sob o seu verdadeiro emblema. A letra G traduz o nome do Criador Incriado e Auto-Divino, e também representa a - Geometria que é a ciência da Construção fundamentada nas aplicações infinitas do Triângulo. Vênus é o astro que pode ser visto da Terra algumas horas antes da alvorada ou depois do ocaso. Apesar disso, quando ele está mais brilhante pode ser visto durante o dia, sendo um dos dois únicos corpos celestes que podem ser vistos tanto de dia como de noite (sendo o outro a Lua). Vênus é normalmente conhecido como a estrela da manhã (Estrela d'Alva) ou estrela da tarde (vésper) ou ainda Estrela do Pastor. Quando visível no céu noturno, é o objeto mais brilhante do firmamento, além da Lua, devido ao seu grande brilho. Por este motivo, Vênus é o astro conhecido como o planeta desde os tempos pré-históricos. Seus movimentos no céu eram conhecidos pela maioria das antigas civilizações, adquirindo importância em quase todas as interpretações astrológicas do movimento planetário. Vénus, diz Paul Le Cour, a estrela mais brilhante do céu (na verdade, um planeta), recebeu o nome de Vénus Lucífera quando precede o nascer do sol e o de Vénus Véspera quando aparece depois do pôr do sol. Da mesma forma, João Batista precedeu à vinda do Cristo solar e João, o Apóstolo, sobreviveu a ele. Esses são os dois aspectos de João. Porque a maçonaria cristã tem como patrono o João-Lúcifer, os maçons passaram a ser considerados adoradores de Satã, desconhecendo-se totalmente a verdadeira natureza daquele que leva a luz, o iniciador dos homens. 6 Infelizmente, houve quase que uma permanente confusão entre Lúcifer, porta-luz antes da queda, e Satanás, resultado dessa queda;e houve quem, mesmo pertencendo à maçonaria desde antes da Revolução Francesa, se tornou sectário de Satanás enquanto pretendia ser discípulo de Lúcifer. Interessante observar que o próprio Jesus Cristo é a estrela da manhã que ilumina até o fim dos tempos toda escuridão (trevas), como em Apocalipse 22:16 onde está escrito: "Eu, Jesus, enviei o meu anjo. Ele atestou para vocês todas essas coisas a respeito das Igrejas. Eu sou a raiz e o descendente de Davi, sou a estrela radiosa da manhã". Assim como em II Pedro 1,19 que diz: "E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumina em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela D'alva apareça em vossos corações". Um dos documentos mais antigos que sobreviveram da biblioteca babilônica de Assurbanipal, datado de 1600 a.C., é um registro de 21 anos do aspecto de Vênus (que os primeiros babilônios chamaram de Nindaranna). Os antigos sumérios e babilônios chamaram Vênus «Dil-bat» ou «Dil-i-pat»; na cidade mesopotâmia de Akkad era a estrela da deusa-mãe Ishtar. Está registrado no item XXII, dos Regulamentos Gerais das Constituições de Anderson, de 1723, e com eles publicado, o dia que os maçons operativos do passado tinham escolhido para a reunião anual era o de São João Batista, em 24 de junho, ou, opcionalmente, no dia de São João Evangelista, em 27 de dezembro. Os Regulamentos Gerais, aprovados, pela segunda vez, no dia de São João, 24 de junho de 1721, por ocasião da eleição do Príncipe João, Duque de Montagu, para Grão-Mestre preconiza no seu XXII: os Irmãos de todas as Lojas de Londres e Westminster e das imediações se reunirão em uma comunicação anual e festa, em algum lugar apropriado, no Dia de São João Batista, ou então no Dia de São João Evangelista, como a Grande Loja pensa fixar por um novo Regulamento, pois essa reunião ocorreu nos Anos passados no Dia de São João Batista. O Trabalho de uma Loja está calcado nos ensinamentos de São João Batista escrito por São João Evangelista. Deve ser entendido que São João, o Batista, mais do que um Santo, foi um lutador que instituiu uma doutrina trazida até nós através dos ensinamentos de São João, o Evangelista: “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com o Deus, e o Verbo era o Deus. Ele estava no princípio com o Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; e sem Ele nada foi feito. O que foi feito nele era a vida, e a vida era Luz dos homens. A Luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Em alguns ritos, a mensagem de abertura do seu trabalho, expressa: “houve um homem enviado por Deus que se chamava João. Este veio por testemunha, para dar o testemunho da Luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era a Luz, mas veio para que desse testemunho da Luz. Era a Luz verdadeira, 7 que alumia todo homem que vem a este mundo”. Aqui está expresso todo o pensamento maçônico: a existência de dois princípios o das trevas e da Luz. São João em seus ensinamentos ainda diz; “a humanidade despertará para a Luz”. O objetivo dos graus simbólicos é criar o ser humano para a Luz. No primeiro grau está consubstanciado a criação do ser físico, no segundo grau o ser intelectual e no terceiro grau o ser filosófico. São as três etapas da evolução que o homem passa durante a sua vida neste mundo. Ouvimos este testemunho de grandes maçons: “Luz, mais Luz”. Todo o Trabalho maçônico está relacionado com a Luz. No primeiro grau é recebida a Luz física como símbolo da Luz espiritual que passa ser o ideal de cada maçom. Para que seja vivenciado o ensinamento maçônico contido na doutrina de São João, toda a ritualística do Trabalho de Templo está voltada para a Luz, relacionando-a com as trevas. A Estrela Rutilante é o pentáculo da iniciação. Associada ao Trabalho é a Estrela D’Alva, que anuncia o despertar do dia e a aproximação da noite. Toda doutrina maçônica está descrita nos catecismos: a Loja está apoiada em três grandes Colunas que são o Venerável Mestre e os Vigilantes. No momento em que são acesas velas sobre os altares, está sendo exteriorizado o princípio criador, pois a Sabedoria projeta, a Força executa e a Beleza adorna e sem elas nada de esmerado poderá ser produzido. Produção é criação e o que se faz no Templo é criar, para continuar o trabalho de criação. No rito dos antigos, como no Rito Escocês Antigo e Aceito, a criação do ser humano aconteceu através dos elementos Ar, Terra, Fogo, Água e da Luz. A luz é o elemento Divino. Os ritos franceses influenciados pelas suas lutas sociais incluíram nos seus rituais a afirmativa 8 de que também a sociedade humana e seu governo é um ato de criação. Conclusão O Delta luminoso é conjunto dos astros do Painel do Oriente. Eles estão colocados em forma de um triangulo, por isto forma um Delta. Este Delta são os elementos da criação por isto é identificado do como Deus, que está representado na letra G, referindo-se o poder da criação, a Geometria. Assim G é o início e o fim da obra – Eu sou o Alfa e o Ômega. A Estrela se faz presente no inicio e no final do Trabalho, caracterizado pela criação. Em relação ao trabalho a Estrela que representa o início do trabalho é a Estrela Matutina que conhecemos com a Estrela D’alva, pois, ela aparece brilhante no inicio do dia. Ela representa o Venerável Mestre nos Ritos de origem francesa. No encerramento do Trabalho está presente a Estrela Vespertina que também é a Estrela D’alva. Surgindo na Terra como astro mais brilhante antes do inicio do dia e da noite, tem assim uma presença marcante do planeta no céu. É usada como um dos símbolos luminosos que formam o Delta luminoso no ritual. A Estrela traz a letra G nos ritos dos sistemas franceses com o simbolismo de geração, criação, identificado com o nome de Deus. Assim é o Painel do Oriente. [email protected] BIBLIOGRAFIA: Aprendiz: GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 1º Grau – Aprendiz do REAA. Adotado pelo Supremo Conselho do Brasil em 1 de julho de 1898. Of. da E. P. Maçônica José Bonifácio. Edição de 1922. Rio de Janeiro. GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 1º Grau – Aprendiz do REAA. Adotado pelo Supremo Conselho do Brasil em 1 de julho de 1898. Tip. e Encadernação da Casa Vallelle, Carmo, 63, Edição 1948, 1950. Rio de Janeiro. GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 1º Grau – Aprendiz do REAA. Adotado pelo Supremo Conselho do Brasil em 1º de julho de 1898. Edição de 1955. Rio de Janeiro. GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 1º Grau – Aprendiz do REAA. Adotado pelo Supremo Conselho do Brasil em 1º de julho de 1898 e revisto pelo mesmo em 7 de agosto de 1958. Edição de 1958, Edição de 1963. Rio de Janeiro. GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 1º Grau – Aprendiz do REAA. Edição de 1970; Edição de 1971; Edição de 1978 e Edição de 1980 (senado Federal – Centro Gráfico); 9 GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 1º Grau – Aprendiz do REAA. Decreto nº 050 de 07 de julho de 1981. Elaborado com a colaboração da oficina chefe do rito. Aprovado e adotado pelo GOB. (1ª Edição e 2ª Edição 1981 Composto na Editora Gráfica do GOB); Edição 1982 (Composto na Editora Gráfica do GOB); Edição 1984 e Edição 1988 (Composto na Editora Gráfica do GOB). Brasília/DF. GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 1º Grau – Aprendiz do REAA. Decreto nº 0097 de 03 de março de 1998. Elaborado, aprovado e adotado pelo GOB. Composto na Editora Gráfica do GOB. Brasília, DF. GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 1º Grau – Aprendiz do REAA. Decreto nº 0467 de 24 de abril de 2001. Elaborado, aprovado e adotado pelo GOB. Composto na Editora Gráfica do GOB. Brasília, DF. Companheiro: GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 2º Grau – Companheiro do REAA. Adotado pelo Supremo Conselho do Brasil em 1 de julho de 1898. Of. da E. P. Maçônica José Bonifácio. Edição de 1922. Rio de Janeiro. GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 2º Grau – Companheiro do REAA. Adotado pelo Supremo Conselho do Brasil em 1 de julho de 1898. Tip. e Encadernação da Casa Vallelle, Carmo, 63, Edição de 1943, Edição de 1948. Rio de Janeiro GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 2º Grau – Companheiro do REAA. Adotado pelo Supremo Conselho do Brasil em 1 de julho de 1898. Edição de 1950; Edição de 1955; Edição de 1958; Edição de 1959; Edição de 1962. Rio de Janeiro. GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 2º Grau – Companheiro do REAA. Edição de 1967; Edição de 1980. Rio de Janeiro. GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 2º Grau – Companheiro do REAA. Decreto nº 050 de 07 de julho de 1981. Elaborado com a colaboração da oficina chefe do rito. Aprovado e adotado pelo GOB. (1ª Edição e 2ª Edição 1981 Composto na Editora Gráfica do GOB); Edição 1983 (Composto na Editora Gráfica do GOB); Edição 1984 e Edição 1988 (Composto na Editora Gráfica do GOB). Brasília/DF. GOB - Grande Oriente do Brasil. Ritual do 2º Grau – Companheiro do REAA. Decreto nº 0299 de 24 de novembro de 1999. Elaborado, aprovado e adotado pelo GOB. Composto na Editora Gráfica do GOB. Brasília, DF. Outros rituais: Rite Ecossais Ancien & Accepté. Guide des Maçons Écossais. Rituel de la 1 ère grade – Apprenti. Edition 1804. France. Rite Ecossais Ancien & Accepté. Guide des Maçons Écossais. Rituel de la 2ère grade – Compagnon. Edition 1804. France. Guia dos Maçons Escocezes ou Reguladores dos Tres Gráus Simbolicos do Rito Antigo e Aceito. Edição 1857. Venerável. Tipográfica da Rua do Cano, 165. Rio de Janeiro/GB 10 Grande Oriente de São Paulo. Ritual e Instruções de Aprendiz-Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito. Supervisão do Ir. Theobaldo Varoli Filho. Editora “A Gazeta Maçônica”, São Paulo: 1974. Grande Oriente de São Paulo. Ritual e Instruções de Companheiro-Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito. Supervisão do Ir. Theobaldo Varoli Filho. Editora “A Gazeta Maçônica”, São Paulo: 1974. Livros: ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, volumes I, II, III, e IV. Editora Arte-nova S.A. Rio de Janeiro: 1975. BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. (ou a Arte Real Reeditada e Corrigida de Acordo com as Regras da Simbólica Esotérica e Tradicional). Tradução de Frederico Ozanam Pessoa de Barros. São Paulo, Ed. Pensamento, 1997. CASTELLANI, José. Maçonaria e Astrologia. 3ª edição Revisada, Editora Landmark, São Paulo: 2002. CASTRO, Boanerges Barbosa de. O templo Maçônico e seu Simbolismo. Rio de Janeiro, Ed. Aurora, 2ª edição, 1977. FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de Maçonaria. (seus mistérios, seus ritos, sua filosofia, sua história). São Paulo, Ed. Pensamento, 2ª edição (revista e ampliada). GIBSON, Shimon. A Gruta de São João Batista. Tradução de Áurea Domenech, supervisão técnica de Marcos de Castro. Editora Record, São Paulo 2008. JUK, Pedro. Exegese simbólica para o Aprendiz Maçom. 1ª edição. Editora Maçônica “A Trolha”, Londrina/PR: 2007. LE COUR, Paul. O Evangelho Esotérico de São João. Tradução de Frederico Ozanam Pessoa de Barros. 2ª edição. Editora Pensamento. São Paulo: 1990. QUADROS, Bruno Pagani. O Pensador do Primeiro Grau. 1ª edição; Editora Maçônica “A Trolha” Ltda, Londrina/PR: 2007. WIRTH, Osvald. O Simbolismo Astrológico.tradução de Claude Gomes de Souza; supervisão de Mellina Li. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1991. Internet: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre: http://pt.wikipedia.org/wiki/ 11