Dinâmica interna: Magma e terremotos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
Dinâmica interna: Magma e terremotos
Prof. Paulo Jorge de Pinho
Itaqui, maio de 2017
Dinâmica interna
Origens do magma
O magma ocorre em pequenas áreas isoladas chamadas áreas vulcânicas
1.
2.
3.
4.
Geração em zonas de atrito do manto em profundidade;
Onde se encontram elementos radioativos geradores de calor;
Zonas de atividade tectônica;
Admite-se que o magma pode ser originado ainda na base do manto
recebendo calor por zonas de atrito do núcleo da terrestre.
Grau
geotérmico
menor
Dinâmica interna
Consolidação do magma
Consolidação do magma
Leis da Termodinâmica
Leis da solubilidade
O magma pode movimentar-se ativamente – por forças expansivas dos
gases
Ou passivamente – por forças tectônicas
Vulcanismo – quando a atividade magmática atinge a superfície
Plutonismo – quando a atividade magmática fica presa dentro da crosta
sólida.
Dinâmica interna
Características do magma
Magma (Gr. Massa de pão) é constituído de soluções complexas que
ocorrem no interior da crosta terrestre, podendo ocupar espaços definidos e
individualizados chamados câmaras magmáticas.
Rocha em estado de fusão a altas temperaturas.
Apresentam altas temperaturas (700 e 1200 °C) e são constituídos por 3
partes:
1. Parte líquida – rocha fundida;
2. Parte sólida – minerais já cristalizados e fragmentos de rochas,
transportados em meio à fração líquida;
3. Parte gasosa – voláteis dissolvidos (H2O, CO2, CH4, SO4 , etc)
Dinâmica interna
Mobilidade do magma
Devido às diferentes proporções das fases sólida, líquida e gasosa os
diferentes magmas possuem diferentes mobilidades.
Viscosidade do magma  maior ou menor capacidade de fluir (poises)
Magmas pouco viscosos  basálticos (10² a 10³ poises)
Dinâmica interna
Mobilidade do magma
Magmas mais viscosos  graníticos (106 a 107 poises) possuem dificuldade
para extravasar
Por que o magma tende a subir para a superfície???
Por apresentar densidade menor do que das rochas o redor
Rochas magmáticas ou ígneas
Ignis (Grego – fogo)
Viscosidade
Baixa viscosidade – basálticos
Derramamentos do Havaí
Serra Geral – Bacia do Paraná
Alta viscosidade – granítico ou rigolítico
Explosões vulcânicas
Dinâmica interna
Mobilidade do magma
Os mecanismos de fusão são comandados pelas condições de temperatura
e pressão
Temperatura que o magma se encontra
Teor de gases dissolvidos
Curva solidus-liquidus teórica para um sistema silicatado anidro
Rochas magmáticas ou ígneas
Dinâmica interna
Fatores que afetam a composição do magma
1. Composição da rocha geradora no local de origem;
2. Condições que ocorreram a fusão e taxa de fusão;
3. Dos processos que atuam sobre o magma até seu local de consolidação.
Dinâmica interna
Fatores que afetam a composição do magma
Dinâmica interna
Composição química e fluidez
Tetraedros de silício
Dinâmica interna
Assimilação
Quando o magma ascende na crosta pode haver a assimilação da rocha
preexistente no magma atual.
Palimpsestos – minerais intatos de estruturas antigas sem que houvesse
assimilação total da rocha preexistente.
Dinâmica interna
Assimilação
Anatéxis – transformação ultrametamórfica de rochas preexistentes
Quando a rocha preexistente é completamente fundida a
rocha resultante é chamada de rocha palingenética (Gr.
palin - novamente)
Dinâmica interna
Diferentes tipos de magma
A profundidade onde ocorre a fusão é um fator determinante.
Magma basáltico
Magma granítico
Sima
Sial
Regiões abaixo da
crosta continental
no manto superior
Rochas magmáticas ou ígneas
Profundidade de consolidação
Rochas intrusivas, plutônicas ou abissais – consolidação do magma em
profundidade.
Resfriamento lento possibilitando a formação de grandes cristais.
Rochas extrusivas, vulcânicas ou efusivas – consolidação do magma em
superfície.
Resfriamento rápido possibilitando a formação de pequenos cristais.
Rochas magmáticas ou ígneas
Cristalinidade
Proporção relativa de material cristalizado (cristais) e de material não
cristalizado (vidro). Segundo este critério é possível definir três tipos de
texturas
Texturas das rochas magmáticas em função do grau de cristalinidade
Designação
Holocristalinas
Hipocristalinas
Holohialinas
Descrição
Constituídas essencialmente por cristais (mais de 90%)
Constituídas por uma parte vítrea e uma parte cristalina
(nenhuma das partes atinge os 90%)
Constituídas essencialmente por vidro (mais de 90%)
Rochas magmáticas ou ígneas
Textura
Disposição dos minerais, tanto ao olho nu quanto ao microscópio ótico.
Dimensões dos cristais
Quanto à dimensão dos cristais a textura pode ser:
Fanerítica - quando os cristais são visíveis e identificáveis à vista
desarmada (a)
Afanítica - quando os cristais só são visíveis ao microscópio (b)
A
B
Rochas magmáticas ou ígneas
Tamanho relativo dos cristais
Quanto ao tamanho relativo dos cristais as rochas podem ser:
Equigranulares - quando todos os seus cristais possuem dimensões
semelhantes (a);
Inequigranulares - quando os cristais diferem substancialmente no
tamanho (b).
A
B
Dinâmica interna
Plutonismo
Processo de colocação e consolidação do magma no interior da crosta.
Se ocorrem e profundidade por que
vemos rochas intrusivas na
superfície???
Soerguimento e
erosão!!!!
Dinâmica interna
Plutonismo
Classificação quanto a profundidade da cristalização:
• Abissais ou plutônicos – se a cristalização ocorre em profundidades
maiores que 2km;
• Hipoabissais ou subvulcânicos – cristalização ocorre em níveis mais
rasos, frequentemente associados a atividade vulcânica.
Dinâmica interna
Formas de ocorrência de rochas magmáticas
Dinâmica interna
Corpos intrusivos plutônicos
Convencionalmente chamam-se batólitos corpos com mais de 100 km²
São constituídos na maior parte por corpos graníticos de textura fanerítica
média a grossa.
Textura fanerítica - possível observar os cristais individuais à vista
desarmada
Caçapava do Sul, RS
Dinâmica interna
Corpos intrusivos subvulcânicos
Representados pelos diques e sills que tem formas tubulares pelos lacólitos
que tem forma de cogumelo e pelos necks vulcânicos que tem forma circular
Wyoming, EUA
Torre do Diabo Lacólito
Novo México, EUA Shiprock - Neck
Dinâmica interna
Corpos intrusivos subvulcânicos
Representados pelos diques e sills que tem formas tubulares pelos lacólitos
que tem forma de cogumelo e pelos necks vulcânicos que tem forma circular
Fernando de Noronha – dique rocha preta
Dinâmica interna
Corpos intrusivos subvulcânicos
Representados pelos diques e sills que tem formas tubulares pelos lacólitos
que tem forma de cogumelo e pelos necks vulcânicos que tem forma circular
Fernando de Noronha – Sill lacunoso
Dinâmica interna
Corpos intrusivos subvulcânicos
Representados pelos diques e sills que tem formas tubulares pelos lacólitos
que tem forma de cogumelo e pelos necks vulcânicos que tem forma circular
Banks Island, Canadá - sill
Terremotos e epirogênese
Dinâmica interna
Definição
Terremotos são vibrações naturais da crosta podendo ser sentido
diretamente ou medido por aparelhos.
No Japão registra-se 200.000 terremotos por
ano sendo que apenas 5.000 são perceptíveis
Maior terremoto
registrado - 1955
Dinâmica interna
Terremoto de Lisboa - 1755
7,5 e 9,5 na escala de Richter (estimado)
Dinâmica interna
Dinâmica interna
Terremoto de São Francisco - 1906
8,6 na escala de Richter (estimado)
Dinâmica interna
Dinâmica interna
Efeitos geológicos dos terremotos
Não há grandes efeitos na topografia – geralmente;
No Alasca, tem se observado formação de grandes icebergs;
Deslizes de sedimentos incoerentes nos fundos de oceanos causando
ruptura de cabos telegráficos;
Aparecimento de fontes quentes.
Dinâmica interna
Causas dos terremotos
Desmoronamento interno superficiais
• Dissolução de rochas pelas águas subterrâneas;
• Acomodamento de sedimentos pelo próprio peso;
• Desmoronamento das paredes do edifício vulcânico.
Baixa intensidade e local
Dinâmica interna
Causas dos terremotos
Causas vulcânicas
• Explosões internas
http://mundopocket.com.br/turista-filma-explosao-impressionante-de-um-vulcao-na-nova-guine/
Dinâmica interna
Causas dos terremotos
Causas tectônicas
Grandes
terremotos
–
macrossismos podem ser
percebidos até a 2.000km de
distância
do
epicentro.
Microssismos podem ser
registrados em todo o
planeta.
Local
Orla do pacífico
Alpes, Apeninos, Atlas, Himalaia, Andes
e Montanhas Rochosas
Balcãs, Ásia Menor, África
Regiões Pré-terciárias
Escudos cristalinos estáveis
Porcentagem de ocorrência
42%
25%
23%
8%
1 – 1,5%
Dinâmica interna
Epicentro e hipocentro
Hipocentro ou foco - Local onde se origina o terremoto
Epicentro – Ponto acima do hipocentro
A causa principal dos
grandes terremotos é a
formação de falhas, que
se
originam
dos
esforços em direções
preferenciais.
Os terremotos causam
as falhas ou as falhas
causam terremotos?
Medidas
geodésicas
mostram
movimentos
contínuos e lentos com
acúmulo de energia.
Dinâmica interna
Mecanismo de terremoto por falhamento
Dinâmica interna
Intensidade de terremotos
A distância do hipocentro em relação ao epicentro influi em sua intensidade.
Heterogeneidade litológica
Isossistas
Dinâmica interna
Classificação de terremotos
Escala de Mercalli-Sieberg 12 categorias baseadas na percepção aos
nossos sentidos.
I. Abalo imperceptível – 2,5 mm s-2
II. Abalo perceptível somente em andares superiores de construções
havendo leve balançar de objetos – 2,5 a 5 mm s-2
...
XI. Destruição total chegando a modificar a topografia do terreno - >500mm
s-2
Dinâmica interna
Classificação de terremotos
Escala Richter
Charles Francis Richter (1900 – 1985)
Escala relaciona quantidade de energia desprendida,
gasta por um terremoto.
Padrão – valor máximo do movimento horizontal
registrado por um sismógrafo padronizado a uma
distância de 100km do epicentro.
Dinâmica interna
Classificação de terremotos
Escala Richter
Terremoto de grandeza 5
1945 – Novo México
Terremoto de grandeza 8,6 = 3 milhões de
vezes mais potente
1906 – San Francisco, CA
Energia equivalente a um bloco granítico de 26 bilhões de
toneladas caiando de 280km de altura
Dinâmica interna
Ondas sísmicas
Ondas P (prima) 8,6km s-1 – são ondas longitudinais e mais rápidas, sendo
as primeiras a serem determinadas pelos sismógrafos.
Sua velocidade é dependente da resistência à mudança de volume do
sólido.
Ondas S (secunda) 4,8km s-1 – menor velocidade que as ondas P e a
natureza do movimento é vibratório .
Ondas L (longa) 3 a 4km h-1 – não se propagam nas profundezas e sim na
superfície. Ondas de destruição. (Ondas Love (L) e Rayleigh (R))
Dinâmica interna
Tipos de ondas
Dinâmica interna
Determinação do epicentro
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