ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS CURSO: Ciências Biológicas 3º Ano –2º semestre 5ª Aula Biologia de Peixes (Ministrante: Profa. Dra. Virginia S. Uieda) Professores Responsáveis: Virgínia Sanches Uieda (Integral) e Wilson Uieda (Noturno) Departamento de Zoologia - IB/UNESP/Botucatu Dominam os ambientes aquáticos do mundo todo = 30% Ostariophysi 41% vivem em água doce = 80% Ostariophysi 58% são marinhas 1% movem-se entre o mar e água doce durante o ciclo de vida A maior diversidade ocorre nos trópicos 41% vivem em água doce Água doce = < 1% dos corpos de água do planeta Água doce = “ilhas num mar de terra” Esta diversidade é um reflexo do Isolamento nos corpos de água continentais Oportunidade de evoluir em novas espécies Ambiente marinho > Oceano aberto Luminosidade só nas camadas superficiais Espécies litorâneas = muitas - 200 m de profundidade Espécies bentônicas = muitas próximo ao fundo Espécies epipelágicas e mesopelágicas = poucas próximo à camada superficial em oceano aberto Espécies batipelágicas =poucas em área sem luminosidade em oceano aberto Ambiente marinho Peixes de recife partilham espaço, tempo e alimento Peixes epi e mesopelágicos fazem migrações verticais Ambiente marinho Batipelágicos •Órgãos bioluminescentes •Boca e estômago grandes •Ossos menos densos •Menos músculos vermelhos •Locomoção limitada Cada espécie de peixe ósseo possui sua própria combinação de características adaptativas que lhe permite viver no seu ambiente particular. MORFOLOGIA FUNCIONAL Alimentação Locomoção Estratégia de captura e processamento Estratégias de ocupação de habitat Morfologia funcional da locomoção Formato do corpo Fusiforme=hidrodinâmico Comprimido=achatado lateralmente Deprimido=achatado dorso-ventralmente Truncado=manobras em recifes Atenuado=alongado, anguiliforme Morfologia funcional da locomoção •Formato do corpo •Formato e posição das nadadeiras Estratégias de locomoção 1 Ondulação e/ou oscilação do tronco e cauda •Anguiliforme •Carangiforme Morfologia funcional da locomoção Estratégias de locomoção 2 Ondulação das nadadeiras •Rajiforme (peitorais) •Gymnotiforme (anal) •Amiiforme (dorsal) Morfologia funcional da locomoção Estratégias de locomoção 3 Oscilação das nadadeiras •Ostraciforme (caudal) •Balistiforme (dorsal e anal) •Labriforme (peitorais) Morfologia funcional da locomoção Estratégias de ocupação de habitat •Formato do corpo •Formato e posição das nadadeiras •Posição da boca e dos olhos Peixes de superfície Peixes de meia-água Peixes de vegetação Peixes de fundo Peixes de toca Morfologia funcional da locomoção Peixe de superfície •Corpo fusiforme, alongado •Cabeça deprimida •Boca ântero-superior •Olhos látero-dorsais Peixe borboleta Peixe voador Morfologia funcional da locomoção aruanã tralhoto agulha Morfologia funcional da locomoção Peixe de meia-água •Corpo fusiforme e achatado lateralmente •Caudal furcada •Boca anterior •Olhos laterais cará lambari guaivira Morfologia funcional da locomoção lambari bonito lambari piranha Morfologia funcional da locomoção Peixe de vegetação •Corpo fusiforme •Listras, bandas •Boca anterior, grande •Olhos laterais traíra tuvira Morfologia funcional da locomoção Peixe de fundo •Corpo achatado dorso-ventralmente ou dorso arqueado e ventre achatado ou corpo fusiforme Cascudo •Peitorais amplas •Boca ântero-inferior ou inferior Dorso arqueado ventre achatado Peixe-morcego deprimido fusiforme Canivete Morfologia funcional da locomoção canivete sarro cascudo mandi Morfologia funcional da locomoção Linguado Morfologia funcional da locomoção Peixe de toca •Corpo alongado (anguiliforme) •Nadadeiras reduzidas Muçum Moréia Morfologia funcional da locomoção Predador de procura robalo nadador ativo a meia-água guaivira Morfologia funcional da locomoção tuvira emboscada na vegetação Predador de espreita senta-espera no fundo traíra Canivete canivete Morfologia funcional da alimentação Estratégias de captura e processamento Tipo de dente •Caniniformes, cônicos = agarrar •Cuspidados = mastigar •Chapados = cortar caniniformes chapados cuspidados Morfologia funcional da alimentação Estratégia de captura e processamento Rastros branquiais •Curtos e grossos = carnívoros •Longos e finos = filtradores Intestino •Curto = carnívoros •Longo = herbívoros Morfologia funcional da alimentação Estratégia de captura e processamento Lophiidae Iscas •1º espinho da dorsal (ilício) •Projeções carnosas Antennariidae Scorpaenidae Morfologia funcional da alimentação Segregação temporal Morfologia funcional da alimentação Grande variedade de hábitos alimentares Hematófagos Cascudo Detritívoros Candiru Morfologia funcional da alimentação •Pastador = raspa Herbívoros •Podador = corta Peixe-cirurgião Cascudo Morfologia funcional da alimentação Carnívoros •Catador de superfície •Predador de procura •Predador de espreita •Selecionador de substrato •Beliscador Carnívoros Peixe-cachorro Moréia Traíra Agulha Carnívoros Piranha Carnívoros - Lepidófago Roeboides prognathus Carnívoros Corneta Cavalo-marinho Corneta Limpador Reprodução Grande diversidade de estratégias, porém maioria ovípara Caracteres sexuais Internos = Gônadas Externos = Órgão copulador em espécies vivíparas Reprodução – caracteres sexuais macho maior e mais colorido quando marca território embriões Mecanismos reprodutivos Bissexuado Fecundação externa + desenvolvimento externo Fecundação interna + desenvolvimento externo Fecundação e desenvolvimento interno (mais comum) Partenogenético Hermafrodita Simultâneo Sequencial – protandria (1º macho) Sequencial – protoginia (1º fêmea) Táticas reprodutivas Não-guardadores Desovas em substrato aberto Ocultadores de prole (mais comum) Guardadores Selecionadores de substrato Desovas em ninho Carregadores Externos Internos Reprodução – caracteres sexuais Machos carregadores Bolsa incubadora (fechada) Cornetinha Cavalo-marinho Bolsa incubadora (aberta) Teleósteos ovíparos = água doce e marinhos com especializações reprodutivas diferentes Água doce •Maior fluxo •Menor quantidade de íons •Menor quantidade de alimento para as larvas Pequeno nº de ovos Ovos demersais (ninhos) Ovos grandes, ricos em vitelo Larvas grandes, cuidadas pelos pais Teleósteos ovíparos = água doce e marinhos com especializações reprodutivas diferentes Mar •Menor fluxo •Maior quantidade de íons •Maior quantidade de alimento para as larvas Grande nº de ovos Ovos pelágicos (flutuantes) Ovos pequenos, pouco vitelo Larvas pequenas, planctônicas Estratégias Teleósteos marinhos Grande nº de ovos Ovos pelágicos (flutuantes) Ovos pequenos, pouco vitelo Larvas pequenas, planctônicas Aparentemente Estratégia arriscada grande perda Porém: •Predadores pelágicos são raros •Muito microplâncton para as larvas •Facilidade de dispersão Padrões de Migração Deslocamentos periódicos de longa distância Peixes Diádromos Ex.: salmão Ex.: enguia Ex.: gobiídeos Padrões de Migração Potamódromos = migram entre diferentes massa de água doce (entre vários locais de um rio, entre um rio e um lago) Oceanódromos = migram entre diferentes locais ou regiões do oceano. Mecanismos de defesa Mecanismos primários Evitar a detecção pelo predador •Se esconder •Camuflar Tambaqui Jacundá Coloração de contraste Mecanismos primários Bagre Coloração disruptiva Mecanismos primários Se assemelhar às cores do ambiente Linguado Mecanismos primários Se assemelhar a estruturas do ambiente Cavalo-marinho Peixe-escorpião Mecanismos de defesa Mecanismos secundários Evitar a captura após a detecção •Correr para abrigo •Fuga sincronizada •Defesa agressiva Peixe-palhaço Abrigo em associação com anêmona Mecanismos secundários Fuga sincronizada em cardumes Mecanismos secundários Defesa com espinhos Defesa inflando o corpo Bagre Baiacu Mecanismos primários e secundários Baiacu Peixe-escorpião Coloração disruptiva Camuflagem Veneno