A Configuração Argumental dos Verbos de

Propaganda
Alan Marinho César1, Maria Angélica Furtado da Cunha2
1,2
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
[email protected]
Resumo: Baseada em uma abordagem Cognitivo-Funcional, esta pesquisa
focaliza verbos de movimento seguidos de objeto direto em que o participante
afetado pode ser um ser animado ou inanimado. Esta análise parte da
observação da língua em uso, já que para a Gramática Tradicional os verbos de
movimento são intransitivos e subcategorizados por SPrep que indica a origem
ou o destino do movimento. Constatou-se que os verbos de movimento
transitivos podem ser separados em domínios cognitivos de acordo com os seus
contextos de uso e que seus argumentos podem sofrer deslocamento.
Palavras-chave:Verbos de Movimento; Objeto Direto; Estrutura Argumental.
INTRODUÇÃO
A Gramática Tradicional trata os verbos de movimento como prototipicamente
intransitivos, seguidos de um Sintagma Preposicionado (SPrep) que indica a origem
ou o destino do movimento. Observando a língua em uso, constatou-se que alguns
dos verbos de movimento podem ser acompanhados de um Objeto Direto (OD) que
codifica o participante afetado pela ação verbal – a pessoa ou coisa que se move,
como em: “Eles não iam mudar ela de cidade”. Assim, no português os verbos de
movimento são subcategorizados por SPrep que indica origem, caminho e/ou meta,
mas também podem ser acompanhados por SN objeto que codifica o participante
que se move. Conclui-se, então, que todos os verbos de movimento têm um
participante, seja uma pessoa ou uma coisa, que se move, codificado
sintaticamente como sujeito ou objeto direto. Embora mais distantes do protótipo,
os verbos de movimento acompanhados de OD não podem ser excluídos numa
abordagem que prevê um tratamento escalar da transitividade.
Esta pesquisa utilizou como fonte de dados o Corpus Discurso & Gramática: a
língua falada e escrita na cidade do Natal (FURTADO DA CUNHA, 1998). Foram
examinados diferentes tipos textuais (04 narrativas de experiência pessoal, 04
narrativas recontadas, 04 descrições de local, 04 relatos de procedimento e 04
relatos de opinião), nas modalidades falada e escrita, produzidos por estudantes do
terceiro ano do ensino médio, para selecionar os verbos de movimento
subcategorizados por OD. Em seguida, com base na leitura e discussão do material
teórico, procedeu-se à classificação desses OD, determinando-se os papéis
semânticos que desempenham e seu valor informacional no texto. Os OD dos
1
2
Aluno Bolsista de Iniciação Científica.
Orientadora.
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Anais do VII Congresso Internacional da Abralin Curitiba 2011
A Configuração Argumental dos
Verbos de Movimento
A análise segue o aporte teórico da Linguística Cognitivo-Funcional
(TOMASELLO, 1998; 2003), que concebe a língua como um conjunto complexo de
atividades cognitivas e sociocomunicativas; assim, as habilidades linguísticas,
inclusive as sintáticas, podem ser explicadas nos mesmos termos que outras
habilidades cognitivas complexas, já que todos os elementos linguísticos, de
qualquer nível – morfemas, sintagmas, orações – são instrumentos simbólicos que
servem para transmitir significado. A Linguística Cognitivo-Funcional reconhece o
estatuto fundamental das funções da língua na descrição das suas formas, de tal
modo que cada entidade linguística é definida com relação à função a que ela serve
nos processos reais de comunicação. Segundo essa abordagem, os dados a analisar
devem ser enunciados que ocorrem no discurso natural.
A pesquisa busca revelar que motivações cognitivas e interacionais, em
termos de propósitos do falante e necessidades e expectativas do ouvinte, atuam
na formatação do verbo de movimento que foge ao exemplar prototípico, na
medida em que é seguido de um objeto direto.
O VERBO DE MOVIMENTO E SEU ARGUMENTO OD
Inicialmente, a coleta dos dados consistiu no levantamento de verbos de
movimento seguidos de objeto direto, mais afastados do protótipo desse tipo
semântico de verbo. Constatou-se, então, que o SN OD, via de regra, codifica um
participante que é movido, podendo ser uma pessoa ou uma coisa, ou seja, um
participante afetado pela ação verbal. Vale notar que o OD pode desempenhar
papéis semânticos distintos. Até o atual estágio da pesquisa, foram identificadas
duas molduras semântico-cognitivas para esses verbos, como se demonstra a
seguir.
Deslocamento do objeto (paciente afetado) de um
determinado ponto (A) a outro (B)
(01) é que você vai calcular o diâmetro da tubulação que vai conduzir a água do
manancial até a estação de tratamento d'água ... segundo passo ... ela chega bruta ...
(Corpus D&G, p. 89).
Nesse fragmento o OD (a água) é deslocado de um determinado ponto a
outro (do manancial até o tratamento d’água). Além do verbo CONDUZIR, outros
como CARREGAR, TRAZER, e LEVAR pertencem a este tipo de estrutura, embora
nem sempre seja explicitada a origem ou o destino do movimento. Vejamos outros
dados:
(02) ... às vezes eu tinha que carregar umas coisas com o pessoal da minha igreja ...
(Corpus D&G, p. 80).
(03) só que a minha avó tava na casa do primo da minha mãe ... quando eles foram
buscar minha vó ... aí almoçaram e tudo ... e na volta ... esse meu ... primo da minha
mãe tava meio bêbado ... mas insistiu e trouxe minha mãe ... (Corpus D&G, p. 102).
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verbos de movimento foram tabulados de acordo com suas características
morfológicas, semânticas e pragmáticas.
Nesse grupo de verbos, foram ainda encontrados os seguintes casos:
(05) eles arrumando o apartamento ... pintando e botando os móveis ... aí ... e em
seguida ... que eles arrumam o apartamento... (Corpus D&G, p. 109).
(06) “aí eu sei que ... e ela ficou dentro do ... das ferragens do carro ... fratu/ fraturou
a perna ... sabe? foi uma luta pra tirar ela de dentro do carro ...” (Corpus
D&G,
p.103).
Nos fragmentos (05) e (06), o referente do OD também é deslocado como
resultado da ação verbal. A diferença entre esses dois dados e os apresentados
acima tem a ver com a natureza do deslocamento: nos primeiros, o referente do
sujeito se desloca juntamente com o referente do OD, enquanto nestes últimos o
participante sujeito faz um movimento corporal, mas não necessariamente se
desloca de um ponto A a um ponto B acompanhando o participante objeto. No
corpus analisado, outros verbos desse tipo foram encontrados, como COLOCAR e
PÔR. A continuação da pesquisa permitirá o refinamento dessa questão.
Deslocamento de um objeto (tema) de um determinado ponto
(A) a outro (B)
(07) ... e no final do corredor né ... assim logo de frente ... assim que você termina de
subir a escada ...tem a sala onde fica ... onde funciona a tesouraria ... a tesouraria do
colégio ... (Corpus D&G, p.133).
(08) quando é ... quando você termina de subir a escada no primeiro andar né ... se
você for direto tem esse corredor que tem as salas ... (Corpus D&G, p.133).
(09) ela disse que ia buscar as roupa dela em casa e tudo... (Corpus D&G, p.
112).
A diferença entre essa moldura e a anterior está no papel semântico do SN
OD, que na primeira sofre deslocamento, sendo, portanto um paciente afetado,
mas em (07), (08) e (09) é tema, já que é o sujeito [você, em (07-08), e ela=Ø,
em (09)] que se move de um ponto a outro.
REFLEXÕES SOBRE A IDEIA DE MOVIMENTO
Após a constatação dos tipos de moldura vistos na seção anterior, que
resultou da fase inicial desta pesquisa, houve dificuldade em subclassificar
semanticamente alguns verbos de movimento seguidos de OD, como em estruturas
argumentais com o verbo ABRIR:
(10) Ela abriu a porta do apartamento na "hora" e na mesma hora fechou, por isso o
seu amante com medo que ela contasse pra polícia e testemunhasse contra ele em um
processo que ele já tinha nas costas (Corpus D&G, p. 140).
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(04) ele levou ela pro hotel ... (Corpus D&G, p. 108).
Devido a esse e outros tipos de dúvida, recorreu-se ao projeto FRAMENET
BERKELEY. Trata-se de um banco de dados apresentado em um endereço
eletrônico, cujo objetivo é a criação de um léxico on-line em inglês, com base em
estruturas semânticas apoiadas em evidências de corpora. Documenta-se um leque
de possibilidades semânticas e sintáticas combinatórias para cada palavra em cada
um de seus sentidos, por meio de um sistema computadorizado. Assim, passou-se
a consultar os verbos coletados no Corpus D&G nesse banco de dados e a adequar
as informações nele obtidas aos casos em análise aqui, como se verá mais adiante.
Outro questionamento surgiu a partir de outros dados da oralidade, como nos
fragmento abaixos:
(11) e o doutor ... que é amigo dele ... levou outro jornal para o passado... (Corpus
D&G, p. 85).
(12) a potência do raio ... levaria o carro para o futuro ... (Corpus D&G, p. 86).
Nas orações destacadas em (11) e (12) a utilização do verbo levar expressa
um deslocamento temporal, e não espacial, como nos outros fragmentos. Então,
para que usos de natureza metafórica desse verbo fizessem parte do banco de
dados desta pesquisa, adotamos o passado e o futuro como uma representação da
extensão metafórica espaço > tempo (HOPPER; TRAUGOTT, 1993).
CATEGORIZAÇÃO DOS VERBOS DE MOVIMENTO
TRANSITIVOS A PARTIR DA FRAMENET
No corpus analisado foram detectados 22 tipos de verbos de movimento transitivos
diretos, conforme a tabela abaixo:
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A pergunta que se coloca é: o verbo abrir se enquadra em alguma das
molduras apresentadas anteriormente? Aqui, entende-se que o referente do objeto
(a porta) foi afetado, pois mudou de estado (de fechado para aberto); contudo, ele
não se deslocou de um ponto ao outro, como em (1-4) – ao menos a extensão do
movimento é bem menor –, mas continua fixado no mesmo local e o referente do
sujeito também não se deslocou, mas, como em (5-6), fez um movimento corporal
que causou o afetamento do participante OD.
TOKENS
VERBO (TYPE)
COLOCAR
LEVAR
BOTAR
BUSCAR
EMPURRAR
JOGAR
PUXAR
METER
SUBIR
TIRAR
ABRIR
CARREGAR
CONDUZIR
DEIXAR
DEVOLVER
ENTREGAR
FECHAR
MANDAR
MUDAR
PASSAR
PÔR
TRAZER
TOTAL
NARRATIVA ORAL
NARRATIVA ESCRITA
TOTAL
15
13
08
04
04
04
03
02
02
02
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
67
01
-
15
14
08
04
04
04
03
02
02
02
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
70
-
01
01
-
03
Os verbos COLOCAR, LEVAR e BOTAR foram responsáveis por quase metade
de todas as ocorrências. COLOCAR e BOTAR se classificam como verbos de
movimento com paciente afetado, em que o participante sujeito faz um movimento
corporal mas não necessariamente se desloca de um ponto A a um ponto B
acompanhando o participante objeto. Os dois verbos somaram 29 ocorrências
(tokens).
Na oralidade foram coletadas mais ocorrências (67) do que na escrita (03).
No entanto, vale ressaltar que no Corpus D&G o material falado é muito mais
extenso, em número de palavras, do que o escrito: na fala espontânea a
quantidade de palavras enunciadas é superior a um texto escrito produzido sobre o
mesmo assunto. Escrevendo é possível fazer correções e garantir a capacidade de
síntese do autor.
Assim, para comparar a frequência dos verbos de movimento seguidos de OD
na fala e na escrita, equipararam-se percentualmente as duas modalidades,
conforme demonstrado nos gráficos a seguir:
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Tabela 1. Ocorrência dos verbos de movimento
Os textos falados correspondem ao total de 37.450 palavras. Destas, 67 são
verbos de movimento + OD. Matematicamente, foi encontrado um verbo de
movimento a cada 559 palavras. Esse tipo de verbo faz parte de 0,18% de todas as
palavras produzidas na oralidade.
Quanto aos textos escritos produzidos pelos mesmos informantes sobre os
mesmos tópicos, veja-se o gráfico 2:
Gráfico 2. Verbos coletados na escrita
Os textos escritos correspondem a 5.484 palavras. Destas, 03 são verbos de
movimento + OD. Adotando o mesmo procedimento da fala, verifica-se a
ocorrência de um verbo de movimento a cada 1.828 palavras. Logo, esse tipo de
verbo faz parte de 0,05% de todas as palavras dos textos escritos.
Um dos grandes desafios desta pesquisa tem sido classificar os verbos em
molduras semântico-cognitivas, pois, embora sejam todos verbos de movimento,
eles parecem proceder de uma macroframe3 que se subdivide. E essas frames, ou
3
Segundo FILLMORE (1982), frame é qualquer sistema de conceitos relacionados, de tal modo que o
entendimento de cada um deles implica o entendimento da estrutura toda na qual ele se encaixa.
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Gráfico 1. Verbos coletados na fala
No gráfico a seguir faz-se uma simulação da subdivisão das molduras de
movimento.
Gráfico 3. Subdivisão dos verbos de movimento
Durante a pesquisa constatou-se que os verbos de movimento podem denotar
o movimento do sujeito, do objeto ou de ambos. Por isso, a representação no
gráfico 3 subdivide esse tipo de verbo em três subtipos. Vale lembrar que essa
classificação é válida apenas para os verbos de movimento transitivos.
A seguir, foram selecionados alguns verbos do corpus que ilustram a
subdivisão proposta.
Gráfico 4. Exemplos da subdivisão dos verbos de movimento
Conforme se vê no gráfico 4, os verbos de movimento seguidos de OD podem
indicar:
Estendendo esse conceito para frame semântico, LANGACKER (1987) o toma como correspondente ao
que os linguistas cognitivistas chamam de domínios cognitivos, em que qualquer conceito ou sistema de
conhecimento pode funcionar como um domínio.
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molduras semântico-cognitivas, podem designar diversas maneiras de se
movimentar. A isso, alia-se uma concepção que avança além da simples análise
gramatical acerca desse tipo de verbo, que permite um outro olhar da língua em
uso e dos fatores cognitivos e interacionais que a influenciam.
Nessa classe, o referente do sujeito, o agente da ação verbal, muda de um
local para outro. Esse deslocamento é nítido nos enunciados abaixo:
(13) aí ela disse que ia buscar as roupa dela em casa e tudo... (Corpus D&G, p. 112).
(14) ... e no final do corredor né ... assim logo de frente ... assim que você termina de
subir a escada ...tem a sala onde fica ... onde funciona a tesouraria ... a tesouraria do
colégio ... (Corpus D&G, p. 112).
(15) quando é ... quando você termina de subir a escada no primeiro andar né ... se
você for direto tem esse corredor que tem as salas ... (Corpus D&G, p. 133).
Em (13-15), embora haja um deslocamento do participante sujeito, o
deslocamento do participante objeto não é representado.
Movimento do objeto
Essa classe compreende os casos em que é o referente do objeto que se
move. Aqui se agrupam verbos de movimento com características semânticas
ligeiramente distintas, no que se refere ao tipo de movimento, embora todos eles
compartilhem a propriedade de deslocamento do objeto. Esse subtipo será refinado
na continuação da pesquisa:
(16) quando meu pai viu que o carro ia virar ... aí ... virar não ... que ia bater ... aí ...
segurou a barriga da minha mãe ... e empurrou o banco da frente que minha tia
estava (Corpus D&G, p. 103).
(17) ... aí ele ... colocou o carro num:: assim ... pra cima de outro carro ... que tava
um casal de namorado assim (Corpus D&G, p. 102).
(18) ela sentava na mesa ... botava os pés na mesa ... oh ... ele ficava só olhando
(Corpus D&G, p. 108).
(19) não ... tudo bem ... exatamente porque nos presídios é:: de hoje em dia ... você
... a pessoa mata ... você põe ela no presídio ... ela entra em contato ... às vezes ...
com pessoas muito mais perigosas que ... que só ensinam ela a matar ... (Corpus
D&G, p. 100).
Movimento do sujeito e do objeto simultaneamente
O deslocamento em conjunto do sujeito e do objeto é característico dos
verbos LEVAR, CONDUZIR, CARREGAR, entre outros. Comumente o participante
sujeito desses verbos, que é animado, se movimenta junto com o objeto, que pode
ser ou não animado. Os fragmentos abaixo demonstram essas possibilidades:
(20) aí eu sei que ... e ela ficou dentro do ... das ferragens do carro ... fratu/ fraturou
a perna ... sabe? foi uma luta pra tirar ela de dentro do carro ... (Corpus
103).
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D&G, p.
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Movimento do sujeito
D&G, p.
85).
(22) é que você vai calcular o diâmetro da tubulação que vai conduzir a água do
manancial até a estação de tratamento d'água ... segundo passo ... ela chega bruta ...
(Corpus D&G, p. 89).
(23) ... às vezes eu tinha que carregar umas coisas com o pessoal da minha igreja ...
(Corpus D&G, p. 80).
Conforme visto, no dado (19) o OD é animado e nos demais é inanimado.
Esta pesquisa apresenta apenas as suas primeiras conclusões. Sua
continuação contemplará uma investigação mais específica e refinada sobre as
diferentes molduras semântico-cognitivas dos verbos de movimento + OD.
CONCLUSÃO
Pelo o que foi apresentado, vimos que há um distanciamento do que prega a
Gramatica Tradicional com relação aos verbos de movimento, ao considerá-los
prototipicamente como intransitivos. Quando se analisa dados reais produzidos em
situação de interação social, é possível observar inúmeros casos de verbos de
movimento transitivos diretos. Assim, em uma abordagem cognitivo-funcional, não
se pode deixar à margem um estudo sobre as realizações sintático-semânticodiscursivas desse tipo de verbo.
Outra conclusão preliminar é que os verbos de movimento transitivos
parecem indicar o deslocamento do participante OD mais do que o do participante
sujeito. Até o presente momento, os casos em que o referente do sujeito percorre
um determinado espaço constituem minoria.
Portanto, ao se identificar as molduras semântico-cognitivas dos verbos de
movimento + OD e observar a natureza do movimento dos participantes sujeito e
objeto relacionados a esse verbo, um primeiro passo é dado a fim de explorar as
manifestações desse tipo de verbo em situações de uso real da língua.
REFERÊNCIAS
FURTADO DA CUNHA, M. A. (Org.). Corpus Discurso & Gramática – a língua falada
e escrita na cidade do Natal. Natal: EDUFRN, 1998.
HOPPER, P.; TRAUGOTT,
University Press, 1993.
E.
C.
Grammaticalization.
Cambridge:
Cambridge
TOMASELLO, M. (Ed). The new psychology of language. New Jersey: Lawrence
Erlbaum, 1998.
_____. (Ed). The new psychology of language. v. 2. New Jersey: Lawrence
Erlbaum, 2003.
http://framenet.icsi.berkeley.edu/, acesso em 05 de dezembro de 2010.
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(21) ele leva um jornal dizendo que o pai dele foi assassinado... né (Corpus
Download