Banco Popular Portugal, SA Relatório e Contas 2013 Relatório e Contas Sumário Página Índice de Quadros e Figuras................................................................................................... 3 Informação Geral .................................................................................................................... 4 Órgãos Sociais ....................................................................................................................... 5 O Banco Popular Portugal em números ................................................................................. 6 Relatório de Gestão................................................................................................................ 7 Enquadramento macro ........................................................................................................ 8 Estratégia comercial ............................................................................................................ 9 Resultados e rendibilidade ................................................................................................ 11 Margem financeira ......................................................................................................... 11 Produto bancário ............................................................................................................ 14 Resultado operacional ................................................................................................... 15 Resultado Líquido e Rendibilidade ................................................................................. 17 Ativos totais.................................................................................................................... 20 Recursos de clientes ...................................................................................................... 22 Crédito a clientes ........................................................................................................... 25 Perspectivas para 2014 ..................................................................................................... 27 Gestão do risco ................................................................................................................. 28 Proposta de aplicação dos resultados ............................................................................... 43 Qualidade e Inovação ....................................................................................................... 43 Responsabilidade Social e Apoio à Cultura ....................................................................... 44 Nota final ........................................................................................................................... 47 Anexo 1 - Posição acionista dos membros dos órgãos de administração e fiscalização.... 48 Anexo 2 - Participações qualificadas ................................................................................. 48 Contas Anuais ...................................................................................................................... 49 Balanço .......................................................................................................................... 49 Demonstração de Resultados ........................................................................................ 50 Demonstração do Rendimento Integral .......................................................................... 51 Demonstração em base individual dos movimentos nas contas de Capital Próprio........ 51 Inventário de Títulos....................................................................................................... 53 Notas às Demonstrações Financeiras ............................................................................ 54 Declaração do Conselho de Administração ..................................................................... 125 Certificação Legal de Contas Individuais ......................................................................... 126 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal .......................................................................... 128 Relatório sobre a Estrutura e as Práticas do Governo Societário ....................................... 130 Declaração sobre a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização - 2014............................................................................................................. 157 Divulgação da Política de Remuneração dos Colaboradores - 2014 .................................. 160 2 Relatório e Contas Índice de Quadros e Figuras Página QUADRO 1 – CONTA DE RESULTADOS INDIVIDUAL ....................................................................... 11 QUADRO 2 – VARIAÇÃO ANUAL DA MARGEM FINANCEIRA ........................................................... 12 QUADRO 3 – EVOLUÇÃO DE CAPITAIS E TAXAS MÉDIAS ANUAIS ............................................... 12 QUADRO 3A – EVOLUÇÃO DAS TAXAS MÉDIAS ANUAIS ........................................................................ 8 QUADRO 4 – COMISSÕES LÍQUIDAS ................................................................................................. 15 QUADRO 5 – CUSTOS OPERATIVOS ................................................................................................. 17 QUADRO 6 – RENDIBILIDADE TOTAL ................................................................................................ 19 QUADRO 7 – BALANÇO INDIVIDUAL .................................................................................................. 21 QUADRO 8 – RECURSOS DE CLIENTES............................................................................................ 23 QUADRO 9 – CARTEIRA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO .............................................................. 24 QUADRO 10 – CRÉDITO SOBRE CLIENTES ...................................................................................... 25 QUADRO 11 – CRÉDITO VENCIDO E EM INCUMPRIMENTO ........................................................... 27 Página FIG. 1 - MARGEM COM CLIENTES ...................................................................................................... 14 FIG. 2 - MARGEM DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ...................................................................... 14 FIG. 3 - COMISSÕES LÍQUIDAS ........................................................................................................... 14 FIG. 4 - EFICIÊNCIA OPERATIVA ........................................................................................................ 17 FIG. 5 - EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................................ 18 FIG. 6 - RENDIBILIDADE DO ATIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS ........................................................... 19 FIG. 7 - ATIVOS TOTAIS SOB GESTÃO .............................................................................................. 20 FIG. 8 - RECURSOS DE CLIENTES ..................................................................................................... 22 FIG. 9 - CARTEIRA DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ........................................................................ 24 FIG. 10 - PATRIMÓNIO SEGUROS FINANCEIROS ............................................................................. 24 FIG. 11 - CRÉDITO ................................................................................................................................ 26 3 Relatório e Contas Informação Geral O Banco Popular Portugal, S.A. foi constituído em 2 de julho de 1991, tem sede na Rua Ramalho Ortigão, 51, em Lisboa e encontra-se matriculado na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa com o Número de Identificação de Pessoa Colectiva (NIPC) 502.607.084. O Banco adoptou a atual denominação social em setembro de 2005 em detrimento da anterior “BNC-Banco Nacional de Crédito, S.A.”. O Banco Popular Portugal participa no Fundo de Garantia de Depósitos e tem um capital social de 476 milhões de euros. A documentação financeira e estatística constante do relatório de gestão e das contas anuais foi elaborada com critérios analíticos da máxima objectividade, detalhe, transparência informativa e homogeneidade no tempo, a partir das situações financeiras enviadas periodicamente ao Banco de Portugal. As situações financeiras são apresentadas de acordo com as normas vigentes no ano de 2013, em particular as estabelecidas pelo Banco de Portugal no que se refere à apresentação de informações de natureza contabilística. O relatório de gestão, as contas anuais e os restantes documentos que os acompanham podem ser consultados na internet na www.bancopopular.pt. 4 página do Banco Popular Portugal: Relatório e Contas Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Augusto Fernando Correia Aguiar-Branco - Presidente João Carlos de Albuquerque de Moura Navega - Secretário Conselho de Administração Rui Manuel Morganho Semedo - Presidente Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Álvares - Vogal Tomás Pereira Pena - Vogal José Ramón Alonso Lobo - Vogal Conselho Fiscal Rui Manuel Ferreira de Oliveira - Presidente Telmo Francisco Salvador Vieira António José Marques Centúrio Monzelo Ana Cristina Freitas Rebelo Gouveia – Suplente Revisor Oficial de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda., representada por Aurélio Adriano Rangel Amado ou por José Manuel Henriques Bernardo Revisor Oficial de Contas suplente Jorge Manuel Santos Costa, Revisor Oficial de Contas. 5 Relatório e Contas O Banco Popular Portugal em números (milhões de euros, salvo indicação em contrário) 2013 Var. (% e p.p.) 2012 2011 2010 2009 Volume de Negócios Activos totais sob gestão Activos totais de balanço Recursos próprios (a) Recursos de clientes: de balanço outros recursos intermediados Crédito concedido Riscos contingentes 10 078 9 222 666 5 073 4 217 856 5 510 579 5,4% 4,0% 2,8% 10,2% 7,9% 22,6% -8,5% -4,3% 9 565 8 867 648 4 605 3 907 698 6 021 605 10 258 9 634 496 4 778 4 154 624 6 530 655 10 952 10 233 579 4 277 3 558 719 7 855 444 9 467 8 718 652 4 275 3 526 749 6 247 395 Solvência Rácio de solvabilidade Tier 1 Core Tier 1 11,1% 11,1% 11,4% 0,5 0,5 0,5 10,6% 10,6% 10,9% 9,4% 9,4% 9,6% 8,6% 8,8% 8,9% 9,1% 9,5% - 6 089 273 253 4,95% 113,7% -8,1% 17,7% 21,0% 1,10 11,6 6 625 232 209 3,85% 102,0% 7 185 169 145 2,59% 129,0% 8 298 194 157 2,47% 123,4% 6 641 300 247 4,80% 80,0% 121,2 -18,5% 171,7 -11,3% 58,9 -26,3% -51,5 -910,4% -31,7 -1278,3% 148,9 193,5 80,0 6,4 2,7 131,1 166,9 47,1 24,4 13,4 128,0 201,3 89,6 21,7 15,9 103,8 248,1 142,3 20,9 17,7 -4,0% 24,9% -0,38 -5,22 7,02 7,84 9 441 538 0,03% 0,50% 58,7% 54,9% 10 411 515 0,13% 2,61% 71,8% 66,9% 9 132 604 0,17% 2,63% 55,5% 51,6% 8 770 635 0,20% 2,79% 42,7% 39,6% 476 0,0% 476 5,5% 1,399 2,8% -0,067 -1278,3% 476 451 1,361 0,006 451 376 1,101 0,030 376 376 1,540 0,042 376 376 1,733 0,047 1 309 179 7,3 305 1 329 213 6,2 348 1 343 232 5,8 338 1 283 232 5,5 337 Gestão do Risco Riscos totais Crédito vencido Crédito vencido há mais de 90 dias Rácio de crédito vencido (%) Rácio de cobertura de crédito vencido Resultados Margem financeira Produto bancário Resultado operacional Resultados antes de impostos Resultado líquido Rentabilidade e Eficiência Activos líquidos médios Recursos próprios médios ROA (%) ROE (%) Eficiência operativa (Cost to income) (%) (sem amortizações) (%) 9 061 672 -0,35% -4,72% 65,7% 62,8% Dados por Acção Número final de acções (milhões) Número médio de acções (milhões) Valor contabilístico da acção (€) Resultado por acção (€) Outros Dados Número de empregados Número de agências Empregados por agência Número de caixas automáticas (ATM) 1 300 174 7,5 308 (a) Depois da aplicação dos resultados de cada exercício 6 -0,7% -2,8% 2,2% 1,0% Relatório e Contas Relatório de Gestão A 31 de dezembro de 2013, o Banco Popular Portugal, S.A. apresentava capitais próprios no montante de 665.888 mil euros, detinha uma rede de 174 agências e um quadro de pessoal de 1.300 colaboradores. Contava com mais de 400 mil clientes e geria, aproximadamente, 10,1 mil milhões de euros de ativos totais, incluindo 5,1 mil milhões de euros de recursos de clientes. No final do exercício de 2013, o ativo líquido do Banco Popular ascendia a 9,2 mil milhões de euros, tendo neste ano obtido um resultado líquido negativo de 31,7 milhões de euros. O Banco opera em Portugal oferecendo uma vasta gama de produtos, desde Depósitos, Crédito de Retalho, Crédito Corporate, Seguros Vida e Não-vida, Gestão de Ativos e Factoring. As operações do Banco encontram-se suportadas pelas seguintes entidades: - Popular Gestão de Ativos, SA – detida a 100% pelo BPE, é uma Sociedade Gestora de Fundos de Investimento que administra, entre outros, os fundos de investimento comercializados pelo Banco; - Popular Factoring, SA – detida a 99,8% pelo BPE, é uma instituição de crédito que oferece serviços de Factoring; - Eurovida – Companhia de Seguros de Vida, SA – é uma companhia de seguros de Vida e Capitalização detida em 84,1% pelo BPE e em 15,9% pelo Banco; - Popular Seguros – Companhia de Seguros, SA – é detida na sua totalidade pela Eurovida e concentra a sua oferta de produtos no ramo segurador Não-vida. 7 Relatório e Contas Enquadramento macro O Produto Interno Bruto registou, em 2013, uma diminuição de 1,4% em volume, no entanto, o desempenho favorável das exportações e a menor contração da procura interna foram fatores determinantes para o crescimento, em cadeia, do Produto Interno Bruto desde o 2º trimestre de 2013. No que se refere ao reequilíbrio externo e à redução do défice orçamental primário estrutural, a economia portuguesa registou alguns progressos ainda que num panorama de forte quebra da atividade económica e de aumento do desemprego. A estabilização da Taxa de Poupança Interna reflete a combinação entre a melhoria da confiança dos consumidores bem como da redução das incertezas políticas. A inflação manteve-se em níveis baixos, espelhando a diminuição dos preços dos combustíveis, bem como a dissipação do efeito do aumento da taxa do IVA do gás natural e da eletricidade. A economia portuguesa deverá iniciar uma recuperação moderada da atividade no período de 2014-2015, assente no contexto da correção dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados ao longo dos últimos anos. A expectativa de uma progressiva recuperação da procura interna estará condicionada pela evolução real do cenário macroeconómico previsto. Assim, os principais riscos estão associados a uma menor recuperação da atividade comparativamente com o previsto, decorrente de uma evolução menos favorável do enquadramento externo, com impacto nas exportações bem como na procura interna. Na zona euro, espera-se uma recuperação gradual da procura interna e externa de forma a sustentar o crescimento da atividade. No entanto, a correção de alguns desequilíbrios em algumas economias poderá condicionar o crescimento das economias mais avançadas. 8 Relatório e Contas Estratégia comercial No ano de 2013, Portugal passava pelo terceiro processo de ajustamento dos últimos 40 anos, inserido num programa de assistência económico-financeira. Em termos sociais, a taxa de desemprego atingiu valores recorde e ao mesmo tempo denotou-se um envelhecimento acelerado da população. Por outro lado, detetou-se uma inversão positiva no que toca ao nível de instrução, tendo quase que duplicado o número de licenciados nos últimos 10 anos. Neste contexto macro depressivo, com a economia nacional a afundar-se numa prolongada recessão, os custos de acesso aos mercados financeiros internacionais tornaram-se incomportáveis, o que conduziu a uma profunda alteração do modelo de captação de clientes particulares na Banca. De um modelo que assentava essencialmente na captação de clientes via crédito habitação, passámos para um modelo em que os particulares são essencialmente fonte de financiamento do balanço dos Bancos. O Banco Popular manteve o seu posicionamento estratégico de ser um Banco de referência para as Empresas, sem descurar uma oferta universal, com uma abordagem próxima do cliente e preparado para o dia-a-dia. Subjacente ao plano de 2013 esteve também a ideia de simplificação da oferta. Para tal contribuíram fatores como a extinção de alguns produtos ou características de produtos que não eram percepcionadas como mais-valias, nem para o cliente nem para o Banco. Por outro lado, a aposta no serviço ao cliente, com uma visão do acompanhamento do seu ciclo de vida e com a melhoria da interação entre canais, para criar relação e gerar oportunidades de negócio, foram igualmente tónicas de abordagem comercial. No âmbito do negócio de particulares, verificou-se um crescimento líquido de cerca de 24 mil novos clientes, muito assente na captação de clientes via depósitos. Houve igualmente uma forte aposta, neste segmento, no que toca ao aumento da transacionalidade e vinculação. Destaca-se, ainda, a melhoria efetiva do nível de colocação crescente de produtos nos novos clientes, prova da aposta contínua em campanhas de vinculação, essencialmente por via da colocação de produtos transacionais. (cartões de débito, cartões de crédito, domiciliações, tarifas). No segmento Empresas verificou-se em 2013 um crescimento líquido de 6.000 clientes, com um significativo aumento em termos de vinculação de empresas, com especial enfoque no aumento médio de vinculação nos novos clientes. Registou-se um crescimento de 17% no volume de crédito concedido e simultaneamente uma melhoria na qualidade creditícia. 9 Relatório e Contas O financiamento às empresas, nomeadamente através do apoio à internacionalização e à disponibilização de uma oferta alargada de produtos e serviços constituíram duas grandes prioridades em 2013. Destacamos o lugar obtido pelo Banco Popular no ranking nacional das Linhas PME Crescimento e o aumento da quota de mercado na Locação Financeira com especial enfoque no Leasing Mobiliário. O Banco continuou, efetivamente, a apoiar o investimento e a internacionalização das PME, assumindo-se como um player nas Linhas PME Crescimento de 2012 e 2013, com uma quota superior à sua quota natural de crédito no sistema bancário português, registando o 4º lugar em número de operações contratadas e o 5º em termos de volume. Na globalidade das Linhas PME Investimentos/FINOVA, o Banco Popular tinha em 31 de dezembro de 2013 um total de 7.000 operações contratadas, que correspondem a 500 milhões de Euros de crédito concedido. No Leasing Mobiliário, o Banco Popular conquistou o 4º lugar no ranking das Instituições de Crédito em termos de produção do mercado, com uma quota de 8,9%, tendo contratado 95 milhões de euros, o que representou um crescimento de 54% face a 2012. Na produção global da Locação Financeira, verificou-se um crescimento de 41% e uma quota de mercado de 8,3%. No final do exercício foi celebrado de um novo acordo com o Banco Europeu do Investimento, que permitirá a disponibilização de 100 milhões de euros, para apoiar novos projetos de investimento de pequenas e médias empresas (PME), em condições mais vantajosas. A estratégia de comunicação tem acompanhado e espelhado o posicionamento estratégico do Banco, conjugando várias ações de comunicação multimeios: campanhas de publicidade institucional "É para Si” e PME Power e campanhas de produto - DPs Temáticos, Ativações, Solidariedade, Imóveis, etc.. Há uma aposta clara na televisão como principal meio, por ser o veículo mais apropriado para a criação de um baseline de notoriedade e, em 2013 a rádio e a internet tiveram ainda um papel de destaque na divulgação das campanhas de solidariedade e de imóveis do Banco Popular. A presença em feiras, congressos e os patrocínios de programas, consolidaram a aposta no sector empresarial, demonstrando a disponibilidade e o know-how do Banco junto de empresários e associações. 10 Relatório e Contas Resultados e rendibilidade As contas de resultados são apresentadas, de forma sintética, no quadro 1, tendo como referência o exercício de 2013 e o anterior, de acordo com as normas estabelecidas pelo Banco de Portugal. Quadro 1 . Conta de Resultados Individual (milhares de euros) 2013 2012 Variação Valor % 1 Juros e rendimentos similares 303 812 365 784 - 61 972 -16,9 2 Juros e encargos similares 182 564 216 926 - 34 362 -15,8 3 Margem financeira (1-2) 121 248 148 858 - 27 610 -18,5 4 Rendimento de instrumentos de capital 49 55 - 6 -10,9 5 Comissões líquidas 52 083 54 281 - 2 198 -4,0 6 Resultados de operações financeiras (líq) 9 991 4 046 5 945 146,9 7 Resultados de alienação de outros activos - 5 241 - 7 347 2 106 28,7 8 Outros resultados de exploração - 6 415 - 6 374 - 41 -0,6 9 Produto da actividade (3+4+5+6+7+8) 171 715 193 519 - 21 804 -11,3 10 Custos com pessoal 56 309 55 658 651 1,2 11 Gastos gerais administrativos 51 473 50 643 830 1,6 12 Amortizações 5 023 7 234 - 2 211 -30,6 13 Resultado operacional (9-10-11-12) 58 910 79 984 - 21 074 -26,3 14 Provisões líquidas de reposições e anulações 8 563 - 6 546 15 109 230,8 15 Correcções líquidas de valor associado a crédito a clientes 89 390 63 077 26 313 41,7 16 Imparidade e outras provisões líquidas 12 481 17 095 - 4 614 -27,0 17 Resultado antes de Impostos (13-14-15-16) - 51 524 6 358 - 57 882 -910,4 18 Impostos - 19 804 3 666 - 23 470 -640,2 19 Resultado Líquido do Exercício (17-18) - 31 720 2 692 - 34 412 -1278,3 Quadro 1 – Conta de Resultados Individual Margem financeira Em 2013, a margem financeira ascendeu a 121 milhões de euros, correspondendo a uma diminuição de 27,6 milhões de euros, ou seja, menos 18,5%, face ao ano anterior. Esta redução ficou a dever-se, sobretudo, ao efeito volume no crédito (-22,5 milhões de euros) por via da redução do volume médio do crédito concedido no ano e ao efeito taxa de juro (36,9 milhões de euros) por via da redução da taxa média de concessão. Estes efeitos negativos foram parcialmente compensados pelo efeito taxa de juro favorável dos recursos de clientes e de instituições de crédito por via da redução substancial do custo médio deste passivo, cujo valor ascendeu a 39,9 milhões de euros. Adicionalmente, de destacar o contributo negativo na margem financeira da carteira de ativos financeiros cujos níveis 11 Relatório e Contas decrescentes de rendibilidade, esperados e confirmados ao longo do ano de 2013, foram em parte compensados pela gestão eficiente de volumes patente nos volumes médios apresentados no quadro 3. Globalmente sobrepôs-se o efeito volume de atividade, principalmente pela redução do crédito em carteira, responsável por 85% da quebra ocorrida na margem financeira no ano de 2013, confirmando-se desta forma, uma gestão eficiente das taxas de juro mesmo em contexto adverso. Quadro 2 – Variação anual da margem financeira De acordo com o quadro 3, o ativo médio foi, em 2013, financiado em 55% por recursos de clientes e em 34% por recursos de instituições de crédito, principalmente recursos do Grupo Banco Popular, tendo o saldo médio do crédito concedido a clientes continuado a ser a principal componente, representando cerca de 64% do total do ativo médio. Esta evolução traduz o esforço bem-sucedido de aumento do peso dos recursos de clientes no contexto da melhoria do Gap comercial uma vez que em 2012 a dependência de recursos de instituições de crédito representava cerca de 41% e em 2011 cerca de 56%. Quadro 3 . Evolução de capitais e taxas médias anuais. Margens. (milhares de euros e %) 2013 2012 Saldo Médio Dist. (%) Proveitos Taxa ou custos Média (%) Crédito concedido (a) Disponibilidades e Aplicações em OIC Activos financeiros Outros activos 5 783 097 533 742 2 238 928 505 713 63,8% 5,9% 24,7% 5,6% 224 091 2 605 76 898 218 3,87 0,49 3,43 0,04 6 311 791 404 872 2 209 380 514 964 66,9% 4,3% 23,4% 5,5% 284 293 1 836 79 430 225 4,49 0,45 3,59 0,04 Total do Activo ( b ) 9 061 480 100% 303 812 3,35 9 441 008 100% 365 784 3,86 Recursos de clientes ( c ) Recursos de Instituições de crédito Contas de capital Outros passivos 5 022 597 3 113 214 671 724 253 945 55,4% 34,4% 7,4% 2,8% 139 853 20 647 0 22 064 2,78 0,66 0,00 8,69 4 724 463 3 908 927 538 410 269 206 50,0% 41,4% 5,7% 2,9% 160 154 37 855 0 18 918 3,38 0,97 0,00 7,01 Total do Passivo e Capitais Próprios (d) 9 061 480 100% 182 564 2,01 9 441 008 100% 216 927 2,29 Margem com clientes (a - c) Margem financeira (b - d) Saldo Médio Dist. (%) 1,09 1,34 Quadro 3 – Evolução de Capitais e taxas médias anuais 12 Proveitos Taxa ou custos Média (%) 1,11 1,57 Relatório e Contas Considerando a evolução das taxas de juro médias anuais das aplicações e recursos, salienta-se que o ativo médio, que atingiu 9.061 milhões de euros, registou uma rendibilidade global de 3,35%, que quando comparada com o custo médio do total dos recursos afectos ao financiamento do ativo 2,01% permitiu atingir uma margem financeira anual de 1,34%, menos 23 pontos base, face à registada no ano anterior. O objetivo de aumentar o financiamento do crédito com recursos de clientes, e assim, melhorar o Gap comercial, conduziu a um aumento dos recursos de clientes em 298 milhões de euros. Esta evolução foi acompanhada por uma redução de 60 pontos base na taxa média anual dos recursos de clientes situando-se em 2,78% em 2013, o que compara com 3,38% em 2012 (quadro 3a). A redução do saldo médio de crédito concedido é justificada por algumas vendas, tendo a taxa média anual do crédito decrescido 62 pontos base, de 4,49% para 3,87%. Por este efeito combinado, a margem com clientes, desceu 2 pontos base, para 1,09%. Quadro 3a . Evolução das taxas médias anuais. Margens Taxa média anual 2013 (%) Taxa média anual 2012 (%) Variação 2013 / 2012 (p.p.) Crédito concedido (a) Disponibilidades e Aplicações em OIC Activos financeiros Outros ativos 3,87 0,49 3,43 0,04 4,49 0,45 3,59 0,04 -0,62 0,04 -0,16 0,00 Total do Ativo ( b ) 3,35 3,86 -0,51 Recursos de clientes ( c ) Recursos de Instituições de crédito Contas de capital Outros passivos 2,78 0,66 0,00 8,69 3,38 0,97 0,00 7,01 -0,60 -0,31 0,00 1,68 Total do Passivo e Capitais Próprios (d) 2,01 2,29 -0,28 Margem com clientes (a - c) Margem financeira (b - d) 1,09 1,34 1,11 1,57 -0,02 -0,23 Pela análise das figuras 1 e 2 verifica-se, em 2013, uma inversão face ao ano anterior, no que se refere às taxas médias do crédito e consequentemente da margem com clientes e financeira, já que a taxa média dos recursos continua a descer desde 2011. 13 Relatório e Contas Fig. 1 - Margem com Clientes Fig. 2 - Margem de Intermediação Financeira (%) (%) 6,0 6,0 5,0 5,0 4,49 4,18 3,87 3,74 4,0 4,0 3,86 3,67 3,43 3,35 3,06 2,90 3,42 3,0 3,0 3,38 2,49 2,78 2,62 2,0 2,17 2,01 2,0 1,50 1,99 1,56 1,0 1,11 1,07 2009 2010 Tx. média crédito 2011 1,34 1,26 1,18 0,32 0,0 1,57 1,40 1,0 1,09 2,29 0,0 2012 2013 2009 Tx. média recursos clientes 2010 Tx. média aplicações 2011 2012 2013 Tx. média recursos Margem financeira Margem com clientes Fig. 1 - Margem com Clientes Fig. 2 - Margem de Intermediação financeira Produto bancário No ano de 2013, as comissões líquidas cobradas aos clientes pela colocação de produtos e prestação de serviços atingiram 52,1 milhões de euros, correspondendo a uma diminuição de cerca de 4%, face ao ano anterior. Mesmo inferior a 2012, o valor registado em 2013 situa-se acima dos valores médios dos últimos cinco anos (figura 3). Fig. 3 - Comissões Líquidas (milhões de euros) 54,3 53,0 2009 45,8 48,7 2010 2011 2012 Fig. 3 - Comissões Líquidas 14 52,1 2013 Relatório e Contas No quadro 4, pode ser observado com maior detalhe as principais rúbricas que contribuíram para a variação negativa das comissões em 2013, e que foram: comissões de garantias, com menos 1,2 milhões de euros (-16,6% face ao ano anterior) e comissões de gestão de ativos, principalmente os relacionados com a colocação de divida de terceiros que decresceu 1,3 milhões de euros (-50% face ao ano anterior). Quadro 4 . Comissões Líquidas (milhares de euros) Variação Valor % 2013 2012 19 575 19 247 328 1,7 6 063 7 269 - 1 206 -16,6 11 485 12 223 - 738 -6,0 Comissões de gestão de activos (liq.) 1 310 2 622 - 1 312 -50,0 Comissões de venda de seguros 2 081 1 436 645 44,9 Comissões de manutenção de contas 5 183 4 836 347 7,2 Comissões de processamento 1 673 1 957 - 284 -14,5 Outras (liq.) 5 042 5 081 - 39 -0,8 329 390 - 61 -15,6 52 083 54 281 - 2 198 -4,0 Comissões de operações de crédito Comissões de garantias Comissões de meios de cobrança e pagamento (liq.) Comissões pagas a promotores e angariadores Total Quadro 4 – Comissões Líquidas Relativamente às restantes componentes do produto bancário, salienta-se o aumento de 5,9 milhões de euros em resultados de operações financeiras derivado dos melhores resultados obtidos nos ativos financeiros detidos em carteira e um aumento de 2,1 milhões de euros na componente de alienação de outros ativos que corresponde, essencialmente, a menos valias relacionadas com as vendas de ativos imobiliários. O contributo destas e das restantes componentes não foi suficiente para compensar a queda de 27,6 milhões de euros na margem financeira, e fez com que o Banco Popular Portugal gerasse, em 2013, um produto bancário de 171,7 milhões de euros, menos 21,8 milhões de euros, ou -11,3% face ao exercício anterior. Resultado operacional O ano de 2013 foi, no que à política de custos diz respeito, mais um ano de consolidação das medidas implementadas nos anos anteriores. Neste exercício, os custos operativos totalizaram 112,8 milhões de euros, representando uma redução de 0,7 milhões de euros, ou -0,6% face ao exercício anterior. De acordo com o quadro 5, os custos com pessoal ascenderam a 56,3 milhões de euros, correspondendo a um acréscimo de 1,2%. Este acréscimo diz respeito a uma maior dotação 15 Relatório e Contas para o Fundo de Pensões em 1,26 milhões de euros, que caso não existisse faria com que os custos de pessoal apresentassem uma redução, face ao ano anterior, já que as demais componentes apresentaram uma evolução positiva. Os gastos gerais administrativos fixaram-se em cerca de 51,5 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 830 mil euros (1,6%), face ao exercício anterior. Este aumento de custos ficou a dever-se sobretudo a um aumento da rúbrica de Avenças e Honorários (+2,4 milhões de euros, ou 60,8%) e da rúbrica Informática (+2 milhões de euros, ou 31,8%), sendo que a primeira está diretamente relacionada com a recuperação de crédito vencido. As duas rúbricas com pior desempenho anularam o esforço evidenciado na redução de custos das restantes rúbricas. Ao nível das dotações para amortizações do imobilizado verificou-se um comportamento bastante positivo (-2,2 milhões de euros, ou -30,6%) para os 5 milhões de euros. Foi esta componente que contribuiu de forma positiva para a redução verificada nos custos operativos. Quadro 5 . Custos Operativos (milhares de euros) 2013 2012 Variação Valor % Custos com pessoal (a) Remunerações Encargos sociais Fundo de pensões Outros custos 56 309 41 781 11 126 2 397 1 005 55 658 41 890 11 348 1 137 1 283 651 1,2 - 109 -0,3 - 222 -2,0 1 260 110,8 - 278 -21,7 Gastos gerais administrativos (b) Fornecimentos de terceiros Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, est. e representação Publicidade e ed. de publicações Conservação e reparação Transportes Avenças e honorários Judiciais, contencioso e notariado Informática Segurança e vigilância e limpeza Mão-de-obra eventual Consultores e auditores externos SIBS Serviços prestados Grupo Banco Popular Outros serviços 51 473 2 742 4 392 4 164 1 134 2 700 4 170 1 137 6 420 2 473 8 338 1 159 4 575 1 148 1 259 3 283 2 379 50 643 3 133 4 890 4 174 867 2 703 5 362 1 249 3 993 2 391 6 324 1 317 4 656 1 362 1 218 3 548 3 456 830 - 391 - 498 - 10 267 - 3 - 1 192 - 112 2 427 82 2 014 - 158 - 81 - 214 41 - 265 - 1 077 1,6 -12,5 -10,2 -0,2 30,8 -0,1 -22,2 -9,0 60,8 3,4 31,8 -12,0 -1,7 -15,7 3,4 -7,5 -31,2 107 782 106 301 1 481 1,4 5 023 7 234 - 2 211 -30,6 112 805 113 535 - 730 -0,6 Custos de funcionamento (c=a+b) Amortizações do exercício (d) Total (c+d) 16 Relatório e Contas Quadro 5 – Custos Operativos O rácio de eficiência operativa, que corresponde à parte do produto bancário consumida pelos custos operativos aumentou para os 65,7%. Esta percentagem resulta de uma quebra no produto bancário e numa estabilização dos custos operativos. Esta evidência está refletida na figura 4. Fig. 4 - Eficiência Operativa (milhões de euros e % escala direita) 260 240 75,0 71,8 248 70,0 220 200 65,7 180 201 172 160 167 60,0 140 120 65,0 194 58,7 120 112 106 100 114 113 55,0 55,5 80 50,0 60 40 45,0 42,7 20 0 40,0 2009 2010 2011 2012 2013 Produto bancário ( escala esquerda ) Custos operativos ( escala esquerda ) Eficiência operativa ( escala direita ) Fig. 4 - Eficiência Operativa O peso dos custos com pessoal no produto bancário fixou-se nos 32,8%, acima dos 28,8% verificados no ano de 2012. O resultado operacional ascendeu, assim, a aproximadamente 58,9 milhões de euros, 26,3% inferior ao verificado no exercício anterior. Resultado Líquido e Rendibilidade O Banco Popular Portugal encerrou o exercício de 2013 com um Resultado Líquido negativo de 31,7 milhões de euros, menos 34 milhões face ao ano anterior. Esta redução dos resultados deveu-se a: - menor volume de crédito e redução do preço das operações ativas; - crescimento das provisões para crédito que evoluíram de 56,5 milhões, em 2012, para 98 milhões de euros no exercício de 2013, fazendo com que o Resultado Antes de Impostos tenha decrescido para os -51,5 milhões de euros. 17 Relatório e Contas Os impostos passaram de 3,7 milhões de euros para uma recuperação de 19,8 milhões de euros. A figura 5 mostra a evolução, nos últimos cinco anos, do resultado antes de impostos e do resultado líquido. Fig. 5 - Evolução dos Resultados (milhões de euros) 24,4 21,7 20,9 17,7 15,9 13,4 6,4 2,7 -31,7 -51,5 2009 2010 2011 Resultado antes de impostos 2012 2013 Resultado líquido Fig. 5 - Evolução dos Resultados Pela análise conjunta da conta de resultados e do balanço é possível avaliar a rendibilidade da atividade financeira do Banco, comparando os proveitos e custos e respetivas margens com as aplicações e os recursos que lhes dão origem. No quadro 6, são apresentadas as contas de resultados de 2013 e 2012, com indicação das suas componentes em percentagem do ativo médio total. Em 2013, a rendibilidade de exploração foi de 0,65%, menos 20 pontos base face ao exercício anterior. Esta descida deveu-se sobretudo ao decréscimo de 24 pontos base da margem financeira. 18 Relatório e Contas Quadro 6 . Rendibilidade Total (valores em milhares de euros e em % do activo líquido médio) 2013 valores 303 812 182 564 121 248 52 083 - 1 616 171 715 56 309 51 473 5 023 58 910 97 953 12 481 - 51 524 - 19 804 - 31 720 Proveitos das aplicações Custos dos recursos Margem Financeira Comissões líquidas Outros resultados da actividade Produto da Actividade Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Amortizações Rendibilidade de Exploração Provisões para crédito líquidas Imparidade e outras provisões líquidas Rendibilidade Antes de Impostos Impostos Rendibilidade Após Impostos 2012 valores % 3,35 2,01 1,34 0,57 -0,02 1,90 0,62 0,57 0,06 0,65 1,08 0,14 -0,57 -0,22 -0,35 % 365 784 216 926 148 858 54 281 - 9 620 193 519 55 658 50 643 7 234 79 984 56 531 17 095 6 358 3 666 2 692 Variação em valor % / p.p. 3,87 2,30 1,57 0,57 -0,10 2,05 0,59 0,54 0,08 0,85 0,60 0,18 0,07 0,04 0,03 - 61 972 - 34 362 - 27 610 - 2 198 8 004 - 21 804 651 830 - 2 211 - 21 074 41 422 - 4 614 - 57 882 - 23 470 - 34 412 -0,52 -0,29 -0,23 0,00 0,08 -0,15 0,03 0,03 -0,02 -0,20 0,48 -0,04 -0,64 -0,26 -0,38 -380 -4,0 134 24,9 Por memória: Activo líquido médio ( € milhões ) 9 061 Recursos próprios médios (€ milhões) Rendibilidade líquida dos capitais próprios - ROE (%) (resultado líquido/capitais próprios médios) Rendibilidade bruta dos capitais próprios (%) (resultado antes de impostos/capitais próprios médios) Cost to income (%) 9 441 672 538 -4,72 0,50 -5,22 -1043,3 -7,67 1,18 -8,85 -748,8 62,77 54,93 7,84 14,3 Quadro 6 – Rendibilidade Total A rendibilidade dos recursos próprios (ROE), definida como a relação entre o resultado líquido e os recursos próprios médios, fixou-se em -4,7%, que compara com os 0,5% verificados em 2012. A figura 6 evidencia a evolução dos indicadores de rendibilidade nos últimos cinco anos. Fig. 6 - Rendibilidade do Activo e Capitais Próprios (%) 2,00 1,50 5,00 4,00 2,79 2,63 2,61 3,00 1,00 2,00 0,50 0,50 1,00 0,00 0,00 0,20 0,17 0,13 -1,00 0,03 -0,50 -0,35 -2,00 -3,00 -1,00 -4,72 -1,50 -4,00 -5,00 -2,00 -6,00 2009 2010 2011 ROA ( escala esquerda ) 2012 2013 ROE ( escala direita ) Fig. 6 - Rendibilidade do Ativo e Capitais Próprios 19 Relatório e Contas Reaplicações Ativos totais Os balanços relativos a 31 de dezembro de 2013 e 2012 são apresentados resumidamente no quadro 7. No capítulo Contas Anuais, os mesmos são apresentados de acordo com o modelo definido pelo Banco de Portugal. A 31 de dezembro de 2013, o ativo líquido do Banco Popular ascendeu a 9.222 milhões de euros, mais 355 milhões de euros relativamente a 2012, representando um acréscimo de cerca de 4%. O Banco faz também a gestão de outros recursos de clientes aplicados em instrumentos de investimento e poupança e reforma, cujo montante ascendia, no final do ano de 2013, a 856 milhões de euros, os quais registaram um crescimento de 22,6%, face ao ano anterior Fig. 7 - Activos Totais sob Gestão (Valores de final de ano) (milhões de euros) 719 624 856 698 749 Activos Fora de Balanço 10.233 9.634 8.718 2009 2010 2011 8.867 9.222 2012 2013 Activos Totais de Balanço Fig. 7 - Ativos Totais sob Gestão Desta forma, os ativos totais geridos pelo Banco atingiram, no final de 2013, a 10.078 milhões de euros, registando um aumento de 5,4%, quando comparado com o ano de 2012. 20 Relatório e Contas Quadro 7 . Balanço Individual (milhares de euros) 2013 2012 Variação Valor % Ativo Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Ativos financeiros detidos para negociação Outros Ativos financ. justo valor através de resultados Ativos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes (-) Provisões para Crédito Vencido Investimentos detidos até à maturidade Derivados de cobertura Ativos não correntes detidos para venda Outros Ativos tangíveis Ativos intangíveis Investimento em filiais e associadas Ativos por impostos diferidos Ativos por impostos correntes Outros Ativos Total de Ativo 54 114 174 427 73 843 24 983 1 704 136 1 268 822 5 510 349 - 260 893 0 103 20 747 82 381 172 0 72 175 3 566 493 248 171 349 54 743 56 738 32 954 1 105 359 269 818 6 020 530 - 185 144 723 879 0 22 579 88 004 171 0 82 396 1 360 422 076 - 117 235 119 684 -68,4 218,6 17 105 - 7 971 30,1 -24,2 9 222 173 598 777 54,2 999 004 - 510 181 - 75 749 - 723 879 370,3 -8,5 -40,9 -100,0 - 1 832 - 5 623 1 0 - 10 221 2 206 71 172 -8,1 -6,4 0,6 0,0 -12,4 162,2 16,9 8 866 812 355 361 4,0 1 306 839 29 629 1 919 736 4 216 578 865 255 101 883 51 054 0 4 060 61 251 1 605 143 40 181 1 423 759 3 906 941 1 011 248 128 563 54 588 0 14 191 33 824 - 298 304 - 10 552 495 977 309 637 - 145 993 - 26 680 - 3 534 0 - 10 131 27 427 -18,6 -26,3 34,8 7,9 -14,4 -20,8 -6,5 0,0 -71,4 81,1 8 556 285 8 218 438 337 847 4,1 476 000 10 109 - 54 143 265 642 - 31 720 476 000 10 109 - 110 807 270 380 2 692 0 0,0 0 0,0 56 664 51,1 - 4 738 -1,8 - 34 412 -1278,3 665 888 648 374 17 514 2,7 9 222 173 8 866 812 355 361 4,0 Passivo Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes Responsabilidades representadas por títulos Derivados de cobertura Provisões Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Outros passivos Total de Passivo Capital Capital Prémios de emissão Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Resultado do exercício Total de Capital Total de Passivo + Capital Quadro 7 – Balanço Individual 21 Relatório e Contas Recursos de clientes No final de 2013, o montante global de recursos de clientes dentro e fora de balanço atingiu 5.073 milhões, mais 10,2% relativamente ao ano anterior. A figura 8 apresenta a evolução dos recursos totais de clientes nos últimos 5 anos. Fig. 8 - Recursos de Clientes (milhões de euros) 624 749 856 698 719 3.526 3.558 2009 2010 4.217 4.154 3.907 2011 2012 2013 Produtos de Desintermediação Recursos de Balanço Fig. 8 - Recursos de Clientes Os recursos de balanço, essencialmente, depósitos de clientes, atingiram um total de 4.217 milhões de euros, correspondente a um acréscimo de 7,9%, face ao ano anterior. Os depósitos à Ordem registaram um acréscimo significativo de 98,4 milhões de euros, ou 15,3% passando de 645,4 milhões de euros para 743,9 milhões de euros. 22 Relatório e Contas Quadro 8 . Recursos de clientes (milhares de euros) 2013 2012 4 164 419 743 941 3 415 576 4 902 3 855 992 645 494 3 204 194 6 304 Cheques e ordens a pagar e outros recursos 14 160 Juros a pagar 37 999 Variação Valor % RECURSOS : Depósitos Depósitos à ordem Depósitos a prazo Depósitos poupança RECURSOS DE BALANÇO ( a ) 308 427 98 447 211 382 - 1 402 8,0 15,3 6,6 -22,2 11 025 3 135 28,4 39 924 - 1 925 -4,8 4 216 578 3 906 941 309 637 7,9 269 200 429 634 90 136 67 488 173 201 363 852 96 112 65 149 95 999 65 782 - 5 976 2 339 55,4 18,1 -6,2 3,6 856 458 698 314 158 144 22,6 5 073 036 4 605 255 467 781 10,2 Recursos de desintermediação Fundos de investimento Seguros de investimento e capitalização Seguros de reforma Gestão de carteiras RECURSOS FORA DE BALANÇO ( b ) RECURSOS TOTAIS ( a + b ) Quadro 8 – Recursos de Clientes Os recursos fora de balanço, que incluem as aplicações em fundos de investimento, os planos de poupança-reforma, os recursos captados através de seguros de investimento e os patrimónios geridos através da banca privada, registaram um crescimento de 22,6%, passando de 698,3 milhões de euros em 2012 para 856,4 milhões de euros no final de 2013. A evolução positiva desta componente deve-se ao crescimento dos fundos de investimento em mais de 55% e dos seguros de investimento e capitalização em mais de 18%. A evolução destes recursos é apresentada no final do quadro anterior. O Banco Popular Portugal era, a 31 de dezembro de 2013, o banco depositário de 19 fundos de investimento administrados pela Popular Gestão de Ativos, cuja carteira total ascendia, nessa data, a 269,2 milhões de euros. No quadro 9, são apresentados os patrimónios de cada um dos fundos de investimento geridos, nos últimos dois anos, e na figura 9 a evolução, nos últimos 5 anos, do montante sob gestão em fundos de investimentos, bem como das carteiras privadas sob gestão. 23 Relatório e Contas Quadro 9 . Carteira dos Fundos de Investimento ( valor patrimonial ) (milhares de euros) 2013 2012 2 598 4 284 14 548 18 289 12 770 6 299 4 191 0 2 418 8 259 9 945 0 3 398 0 5 859 3 971 13 239 22 836 22 629 14 161 0 99 506 2 799 1 974 4 001 4 737 2 434 1 256 3 538 7 593 2 431 8 248 9 921 958 1 346 1 198 5 587 3 991 14 954 24 193 25 944 10 453 10 735 24 909 - 201 2 310 10 547 13 552 10 335 5 043 653 - 7 593 - 13 11 24 - 958 2 051 - 1 198 273 - 20 - 1 715 - 1 357 - 3 316 3 708 - 10 735 74 597 -7,2 117,0 263,6 286,1 424,6 401,6 18,5 -100,0 -0,5 0,1 0,2 -100,0 152,3 -100,0 4,9 -0,5 -11,5 -5,6 -12,8 35,5 -100,0 299,5 269 200 173 201 95 999 55,4 Fundos Popular Valor Popular Acções Popular Euro Obrigações Popular Global 25 Popular Global 50 Popular Global 75 Popular Tesouraria Pop. Imobiliario FEI Popular Objectivo Rendimento 2015 Popular Economias Emergentes - FEI F Pop. Economia Emergentes II - FEI F Popular Private Multiactivos I Popular Private Multiactivos II Popular Private Multiactivos III Pop. Obrig. Ind. Emp. Alem. e EUA Pop. Obrig. Ind. Ouro (Londres) Popular Predifundo ImoPopular ImoPortugal Imourbe Fundurbe Popular Arrendamento FIIFAH Total Variação Valor % Quadro 9 – Carteira de Fundos de Investimento O Banco Popular comercializa, igualmente, planos de poupança-reforma e seguros de investimento da Eurovida, na qual detém uma participação no capital. Na figura 10 é apresentada a evolução dos montantes aplicados nesses produtos, nos últimos 5 anos. Fig. 9 - Carteira de Fundos de Investimento e Carteiras Privadas sob Gestão Fig. 10 - Património Seguros Financeiros (milhões de euros ) (milhões de euros) 500 500 450 450 400 400 350 350 300 300 430 364 289 250 250 269 258 200 200 200 150 267 212 176 161 150 173 129 100 100 113 110 93 50 65 67 2012 2013 98 96 90 2011 2012 2013 50 0 0 2009 2010 2011 2009 Carteiras Privadas sob Gestão Património F. Investimento 2010 Planos Poupança Reforma Seguros de Investimento Fig. 9 - Carteira de Fundos de Investimento Fig. 10 - Património Seguros Financeiros 24 Relatório e Contas Crédito a clientes O crédito concedido a clientes totalizava, no final de 2013, cerca de 5.510 milhões de euros, representando 59,8% do total do ativo, ou 56,9% se deduzidas as provisões para crédito vencido. O crédito a empresas e administrações públicas ascendia a 3.092 milhões de euros (excluindo outros crédito titulados e crédito vencido), correspondendo a 62% do crédito concedido. No quadro seguinte pode ser observada a composição do crédito concedido a clientes nos dois últimos exercícios. Quadro 10 . Crédito sobre Clientes (milhares de euros) 2013 2012 Variação Valor % Crédito concedido ( a ) Empresas e Administrações Públicas Particulares Habitação Consumo Outras finalidades Total Outros créditos (Titulados) ( b ) Juros e comissões a receber ( c ) Crédito e juros vencidos ( d ) Até 90 dias Mais de 90 dias Total Crédito Total Bruto ( a + b + c + d ) Provisões Específicas de Crédito Crédito Total Líquido 3 092 054 1 870 285 1 468 891 45 782 355 612 4 962 339 3 566 488 1 897 481 1 470 833 54 565 372 083 5 463 969 - 474 434 - 27 196 - 1 942 - 8 783 - 16 471 - 501 630 -13,3 -1,4 -0,1 -16,1 -4,4 -9,2 267 000 302 700 - 35 700 -11,8 8 188 22 077 - 13 889 -62,9 19 757 253 065 272 822 22 651 209 133 231 784 - 2 894 43 932 41 038 -12,8 21,0 17,7 5 510 349 6 020 530 - 510 181 -8,5 260 893 185 144 75 749 40,9 5 249 456 5 835 386 - 585 930 -10,0 Quadro 10 – Crédito sobre Clientes A redução do crédito concedido deve-se a uma diminuição de 11,8% do crédito titulado e a uma redução de 8,5% do crédito, em geral. Ao nível do retalho, o crédito a empresas e administrações públicas teve uma redução de 474 milhões de euros, menos 13,3% face ao ano anterior, representando 56,1% do crédito total bruto. O crédito a particulares representava 33,9%, tendo registado uma quebra ligeira de 1,4% (-27,2 milhões de euros). Para esta quebra contribuiu, essencialmente, a redução em mais de 25 milhões de euros nas rúbricas de crédito ao consumo e outras finalidades. 25 Relatório e Contas Pela análise da figura 11, pode verificar-se a evolução do crédito total nos últimos cinco anos. Fig. 11 - Crédito sobre Clientes (milhões de euros) 7.855 6.530 6.021 6.247 5.510 2009 2010 2011 2012 2013 Fig. 11 - Crédito O montante do crédito e juros vencidos atingiu, no final de 2013, um montante próximo dos 273 milhões de euros, mais 17,7% face ao ano anterior. De acordo com o observado no quadro seguinte, este crédito representava 4,95% do crédito total. Considerando apenas o crédito vencido há mais de 90 dias, este indicador situa-se nos 4,59%. O total do crédito em incumprimento ascendia, no final de 2013, a 411 milhões de euros, representando 7,46% do crédito total. Quadro 11. Crédito Vencido e Crédito em Incumprimento (milhares de euros) 2013 Crédito e juros vencidos Crédito vencido há mais de 90 dias (a) Crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido (b) Crédito em incumprimento (a+b) Crédito vencido / crédito total (%) Crédito vencido há mais de 90 dias / crédito total (%) Crédito em incumprimento / crédito total (%) Crédito em incumprimento líquido / crédito total líquido (%) Provisões para riscos de Crédito Rácio de Cobertura (%) por memória: Crédito total 26 2012 Variação Valor % / p.p. 41 038 17,7 43 932 21,0 21 854 16,0 65 785 19,1 272 822 253 065 158 027 411 091 231 784 209 133 136 173 345 306 4,95 4,59 7,46 2,91 3,85 3,47 5,74 2,79 310 070 113,7 236 499 102,0 73 571 31,1 11,6 5 510 349 6 020 530 - 510 181 -8,5 1,10 1,12 1,72 0,12 Relatório e Contas Quadro 11 – Crédito Vencido e em Incumprimento No final de 2013, as provisões para riscos de crédito ascendiam a 310 milhões de euros, garantindo um rácio de cobertura de 113,7%, que compara com 102% em 2012. Perspectivas para 2014 Apesar dos últimos anos terem sido marcados por uma recessão económico-financeira, as previsões de alguns indicadores macroeconómicos para 2014 dão já sinais de inversão e começam a evidenciar alguma estabilidade. Perspectiva-se que 2014 possa vir a ser um ano de viragem em termos de crescimento do investimento em Portugal. Em termos microeconómicos, a pertença do Banco Popular Portugal a um Grupo sólido confere robustez e solvabilidade para conseguir reforçar os atuais pontos fortes, mitigando as ameaças e os pontos fracos, ao mesmo tempo que se lança o desafio de converter em negócio as oportunidades oferecidas pelo mercado. Será necessário continuar a apostar num incremento sustentado da base de clientes, tanto em empresas como em particulares e aumentar o número de produtos detidos por cliente para potenciar o aumento da rentabilidade dos mesmos. Nestes últimos anos, o Banco Popular tem vindo a reforçar a sua estratégia de proximidade ao cliente, com especial enfoque no apoio às PME. Toda a estrutura tem sido reajustada e orientada para o cumprimento deste propósito, nomeadamente através da gestão separada da área comercial relativamente à área de gestão de ativos pouco rentáveis, libertando a rede para a atividade de captação e gestão da atividade comercial. Fruto de um ajustamento do Balanço, materializado numa diminuição do gap comercial, o Banco preparou-se para um crescimento efetivo do lado do ativo. No entanto, ambicionar ser um Banco de referência para empresas, não anula o facto de o Banco Popular querer continuar a ser um Banco com uma oferta universal, estando preparado para responder às necessidades dos clientes particulares. Aliás, os particulares assumem um papel muito importante do ponto de vista de financiamento da atividade empresarial, pelo facto de constituírem uma fonte de funding estável. Por esse motivo o Banco assentará quatro grandes objetivos estratégicos: Incremento da notoriedade Aumento da base de Clientes Aumento da vinculação e rentabilidade Incremento do negócio 27 Relatório e Contas Esta estratégia assenta muito na articulação e potenciação de sinergias entre empresas e particulares: tornarmo-nos um Banco de referência para empresas ao mesmo tempo que potenciamos a captação do negócio de particulares e vice-versa, colocando as empresas como um canal importante de captação de negócio de particulares. No que respeita à comunicação, no ano de 2014 pretendemos dar continuidade à estratégia iniciada em 2012, concretizando os objetivos de incremento da notoriedade, reforço da identidade e valores da marca, reafirmação da vocação do Banco Popular como melhor banco para empresas e otimização de investimento, através da uniformização dos targets: vocacionar para empresas e impactar particulares. Gestão do risco A gestão de risco para o Banco Popular Portugal tem vindo a assumir uma acrescida importância, em alinhamento com a política corporativa do Grupo em que se encontra inserido, ocorrendo um envolvimento direto da alta direção na definição de políticas de risco destinadas a garantir a estabilidade do Banco, a viabilidade a curto, médio e longo prazo, e quando aplicável a otimização da relação risco versus rentabilidade. O Banco possui um conjunto de linhas orientadoras e políticas para cada categoria de risco que assentam, essencialmente, na identificação dos riscos, na sua avaliação qualitativa e quantitativa e posterior definição de prioridades, na determinação de planos de ação e posterior monitorização do risco desde a análise até ao nível aceite pela instituição. Pretende-se que estas linhas de orientação estejam alinhadas com os seguintes princípios de gestão do risco definidos para o Banco: Estratégia da organização influenciada pelo grau de exposição ao risco; Envolvimento de toda a organização no esforço de gestão de risco; Transparência na comunicação interna e externa dos riscos. O objetivo de desenvolver processos de gestão de risco é permitir ao Banco atingir com sucesso a sua missão, através de um controlo adequado dos riscos inerentes à sua atividade. Paralelamente, o Banco procura adaptar a sua estrutura organizativa, visando uma adequada segregação de funções, enquanto mitigadora de risco. 28 Relatório e Contas Estrutura e linhas de reporte A estrutura de gestão de risco adota a metodologia “três linhas de defesa”, como ilustra e explica a figura seguinte: Desta forma, as três linhas de defesa são representadas pelas seguintes estruturas internas: (i) primeira linha de defesa pelo Departamento de Gestão de Risco (DGR); (ii) segunda linha de defesa pelo Compliance e Área de Controlo Operativo e (iii) como terceira linha de defesa a atuação da Auditoria. A responsabilidade pela definição e implementação do sistema de gestão do risco é do Conselho de Administração, ainda que muitas das atividades inerentes a este processo estejam delegadas a outras áreas da organização. As linhas de reporte são estabelecidas entre as diversas unidades de negócio, incluindo a função de auditoria, com reportes mensais à Gestão do Risco em relação ao estado dos controlos para gerir os riscos e mudanças nos objetivos e riscos. O DGR reporta ao Comité Executivo a monotorização efetuada sobre os diferentes riscos. 29 Relatório e Contas Risco de Crédito e de Concentração Este risco nasce da possível perda causada pelo incumprimento das obrigações contratuais das contrapartes do Banco. No caso dos financiamentos, é consequência da não recuperação do capital, juros e comissões, nos termos da dívida, prazos e demais condições estabelecidas nos contratos. No que se refere a riscos fora de balanço, deriva do incumprimento pela contraparte das suas obrigações perante terceiros, o que implica que o Banco os assuma como próprios em função do compromisso contraído. O risco de crédito do Banco é resultante essencialmente da sua atividade de banca comercial, a sua principal área de negócio. O total de crédito ascendia a cerca 5.510 milhões de euros no final de dezembro de 2013, com uma descida intranual de cerca de 8,47%. De referir que esta descida resultou, essencialmente, de cessões de créditos efetuadas a outras entidades do Grupo Banco Popular. O crédito a clientes é o principal ativo do Banco, representando cerca de 57% do seu ativo líquido. Em 31 de dezembro de 2013, cerca de 67% da carteira dizia respeito a crédito a empresas (maioritariamente PME). Segmentação da carteira por tipo de contraparte 30 Relatório e Contas A evolução do rácio de crédito em incumprimento, conforme ilustrado abaixo, deve-se essencialmente ao atual contexto macroeconómico e não obstante o efeito conjugado do enfoque dado, em termos de gestão, na recuperação do crédito e nas vendas de crédito ao Grupo, a evolução foi negativa, tendo sido atingido os 7,5% no final de 2013. Por outro lado, face a algum acentuar da antiguidade que a carteira de crédito em situação de incumprimento já apresenta, denota-se um aumento do respectivo nível médio de provisionamento e, consequentemente do rácio de cobertura da mesma. Evolução do crédito em incumprimento Principais áreas de atuação em 2013 Ao longo do ano de 2013, a gestão de risco, no que respeita ao risco de crédito, incidiu essencialmente sobre os aspetos enunciados ao longo dos próximos parágrafos. Implementação de modelos internos de avaliação de risco Em articulação com o Grupo, foi dada continuidade ao processo de convergência dos modelos às especificidades portuguesas, que se pretende venha a culminar na apresentação de candidatura junto do Banco de Portugal (BdP) à utilização de modelos internos para cálculo de requisitos de fundos próprios para risco de crédito. A implementação na gestão dos modelos tem sido uma ferramenta fundamental de auxílio na decisão de crédito, tendo sido revistos os poderes de decisão das agências, tendo por 31 Relatório e Contas base os níveis de risco atribuídos pelos modelos. Em complemento, é ainda de referir que, o processo de decisão de crédito no âmbito do Departamento de Acompanhamento e Análise de Risco (DAAR) já considera uma diferenciação de poderes em função do nível de risco atribuído pelos modelos de rating. Por outro lado, além do auxílio na decisão de crédito, os modelos de scoring e de rating também estão a ser utilizados para o acompanhamento do risco de crédito e na elaboração de informação para a gestão sobre o perfil de risco da carteira, uma vez que, face à atualização mensal das respetivas notações de risco, é possível identificar os clientes com risco mais elevado ou com maior degradação num determinado período de tempo, permitindo um acompanhamento mais próximo e rápido de eventuais situações de alerta. Modelo de Imparidade de Crédito O Banco desenvolveu um modelo interno de imparidade de crédito, que lhe permite dar resposta à necessidade de apresentação dos relatórios de imparidade, bem como aferir mensalmente da qualidade do crédito que concede e do acompanhamento do mesmo. Este modelo é acompanhado pelo Departamento de Gestão de Risco e, após revisão dos auditores externos, é semestralmente reportado ao Banco de Portugal no âmbito do Relatório de Imparidade, onde é descrita de forma pormenorizada toda a metodologia deste modelo. Desde a sua criação, o Banco tem procedido a revisões regulares do modelo, que visam essencialmente refletir, não só alterações ao contexto macroeconómico, mas também a evolução que a sua carteira de crédito apresenta. Atendendo ao facto do modelo existente contemplar um excelente indicador da qualidade do crédito, o conceito de Probability of Default (PD) é utilizado na gestão corrente do Banco. Em rigor, pode afirmar-se que a PD incorpora dois aspectos fundamentais: a qualidade do crédito concedido e a qualidade do acompanhamento do cliente ao longo do ciclo de vida das operações. No final de 2012, aquando da última revisão de modelo de imparidade de crédito, foi introduzido o conceito de indício de incumprimento (PI). Este conceito visa essencialmente antecipar no modelo situações que poderão culminar em default (PD). Com base no histórico do Banco, é ainda apurada a probabilidade das operações em situação de indício se converterem efetivamente em default (PID). Ao longo do último triénio, tem-se constatado que o valor de crédito com indícios de imparidade tem vindo a diminuir sucessivamente o seu peso relativo (11,6% em dezembro de 2013). Contudo, o crédito em default (+ 90 dias de incumprimento e insolventes ou PER) apresenta sucessivos aumentos de peso (15,4% em dezembro de 2013). 32 Relatório e Contas Peso da carteira em Indícios e Default Ainda ao longo de 2013 e por forma a tornar mais robusto o modelo e os dados de análise de operações, além da definição e aprovação pela gestão de matrizes de haircut, para situações cuja avaliação de colaterais hipotecários já possuíssem uma antiguidade de 24 meses, o Banco procedeu a uma reavaliação dos mesmos para todo o universo de operações de crédito de clientes com risco superior a 1 Milhão de Euros, independentemente da situação do respetivo crédito. É de salientar que no decurso do último trimestre de 2013, o Banco foi objecto de um Exercício Transversal de Revisão de Imparidade da Carteira de Crédito (ETRICC), que incidiu quer na vertente individual, quer na coletiva do modelo de imparidade de crédito. Este exercício foi efetuado conjuntamente pelo Banco de Portugal e uma equipa de consultores independentes, não tendo sido identificada necessidade de alterações metodológicas relevantes, o que evidencia a robustez do modelo de imparidade implementado pelo Banco. No âmbito dos exercícios regulares de stress-test, o valor de imparidade estimada para o triénio é sujeito a análise de cenário e de sensibilidade, em função da incorporação no modelo das variáveis macroeconómicas definidas pelo Banco de Portugal. Risco de Concentração A gestão e o acompanhamento do risco de concentração são da responsabilidade do DGR, que assegura a manutenção e implementação de políticas e procedimentos apropriados para monitorizar e gerir o risco de concentração de crédito. É igualmente responsável pelo 33 Relatório e Contas acompanhamento dos poderes delegados em matéria de risco de concentração e reporte regular sobre risco de concentração ao Conselho de Administração. O Banco tem definida uma estrutura de limites com o objetivo de manter um nível de exposição alinhado com o seu perfil de risco e uma adequada diversificação da carteira de crédito. Os limites presentemente instituídos para risco de concentração de crédito são os seguintes: Limite de riscos com um Grupo/Cliente Nos termos das delegações atribuídas pelo Grupo Banco Popular (GBP) ao Banco, o limite máximo de exposição total com um Grupo/Cliente é de 10% do Tier I do GBP. O limite máximo com um Grupo/Cliente, exceptuando garantias e avales técnicos e operações garantidas com depósitos é de 5% do Tier I do GBP. Limite de riscos por montante de operação Encontra-se definido um montante máximo de uma operação de crédito. No caso de operações de financiamento de capital circulante ou sem um destino específico serão agregados todos os riscos com essas caraterísticas. Para financiamentos sindicados e de projetos, a participação do Banco não poderá ser superior a 25% do total, naqueles em que a operação seja superior ao limite definido para este tipo de financiamentos. Limite de participação na Central de Riscos de Crédito (CRC) O limite máximo de participação na CRC com um Grupo/Cliente é o seguinte: Grupo/Cliente com riscos superiores a € 500 milhões - Inferior a 10% CRC. Grupo/Cliente com riscos superiores a € 250 milhões - Inferior a 15% CRC. Grupo/Cliente com riscos superiores a € 100 milhões - Inferior a 25% CRC. Grupo/Cliente com riscos superiores a € 20 milhões - Inferior a 50% CRC. Limite de concentração de riscos por setor de atividade Os limites máximos de concentração de risco total por setor são os seguintes: Construção e atividades Imobiliárias: 25%; Indústria transformadora e extrativa: 15%; Informação e comunicações, educação e outros serviços: 5%; Restantes setores: 10% (Agricultura, silvicultura e pesca; Abastecimento de energia e água; Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos; Hotelaria; Transporte 34 Relatório e Contas e armazenamento; Atividades financeiras e de seguros; Atividades administrativas, profissionais, sanitárias e artísticas). Limite de concentração de riscos em grandes empresas Encontra-se estabelecido um limite máximo de 30% do risco total no segmento de Grandes Empresas. Limite de Concentração de Risco por Produtos Encontram-se ainda definidos limites de acordo com a tipologia de produtos: Operações com garantia hipotecária sobre terrenos; Promoção Imobiliária; Crédito para compra de valores mobiliários. Avaliação de Garantias Hipotecárias Está definido um conjunto de limites de acordo com o Loan-to-value (LTV) das operações de crédito colateralizadas com garantias hipotecárias. Índice de “Herfindahl” De forma a estimar o capital interno necessário para fazer face ao risco de concentração na carteira de crédito do Banco (entidade mais significativa), o Banco recorre à metodologia publicada pelo Banco de Portugal, na sua Instrução n.º 5/2011, que assenta no cálculo do Índice de “Herfindahl”. Carteira de títulos A carteira de títulos (incluindo ativos financeiros disponíveis para venda, investimentos até à maturidade, carteira de negociação e outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados) ascendia no final de 2013 a cerca de 1,8 mil milhões, representando cerca de 19,6% do total do ativo líquido do Banco. No gráfico abaixo, resumimos a tipologia de ativos que compõe a carteira de títulos: 35 Relatório e Contas Carteira de Títulos Risco de mercado O risco de mercado é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos da carteira de negociação, provocados por flutuações em cotações de ações, taxas de juro e taxas de câmbio. Tendo em consideração que a medição e gestão do impacto da variação das taxas de juro no balanço do Banco é realizada de forma separada, através do Risco de Taxa de Juro Estrutural do Balanço e dada a atividade do Banco e estrutura do seu balanço, o risco de mercado limita-se ao efeito da variação do preço dos títulos que compõem a sua carteira. Em 31 de dezembro de 2013, a carteira de títulos do Banco ascendia a cerca de 2.065 milhões de euros, dos quais cerca de 1.778 Milhões de euros estavam classificados como ativos financeiros detidos para negociação e outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados. O Banco utiliza o Value at Risk (VaR) como instrumento da gestão do risco da carteira de negociação, sem prejuízo de utilizar o método padrão para cálculo dos requisitos de fundos próprios. O documento “Disciplina de Mercado”, a publicar até final de abril de 2014, disponibilizará informação mais detalhada sobre os requisitos regulamentares de capital do Banco. Risco Cambial O risco cambial é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos adversos nas taxas de câmbio, provocados por alterações no preço de instrumentos que correspondam a posições abertas em moeda 36 Relatório e Contas estrangeira ou pela alteração da posição competitiva da instituição devido a variações significativas das taxas de câmbio. A atividade em moeda estrangeira consiste em efetuar transações com a casa-mãe, na sequência de operações com clientes. Neste contexto, a posição cambial global é tendencialmente nula, pelo que, qualquer impacto nos resultados do Banco como resultado de variações nos preços das moedas (essencialmente Dólar Americano) é imaterial. O Banco recorre igualmente a metodologia VaR como instrumento de gestão da sua posição em moeda estrangeira, utilizando o método padrão para cálculo dos requisitos de fundos próprios. Risco operacional O Banco Popular Portugal, interpreta o Risco Operacional tal como o define o acordo de Basileia II ou seja, o risco de perdas resultantes da aplicação inadequada ou negligente de procedimentos internos, de comportamentos das pessoas e de inadequado funcionamento de sistemas ou de causas externas. O processo de gestão assenta numa análise por área funcional inventariando os riscos inerentes às funções e tarefas específicas de cada órgão da estrutura. Envolvendo toda a organização, o modelo de gestão é assegurado pelas seguintes estruturas: Comité Executivo (CE) – estrutura da alta direção responsável primeiro pelas orientações e políticas de gestão, estabelecimento e acompanhamento dos limites de apetite e tolerância ao risco. Departamento de Gestão de Risco (DGR) - Integra unidade dedicada exclusivamente à gestão do risco operacional. Tem a responsabilidade da dinamização e coordenação das restantes estruturas na aplicação das metodologias e utilização das ferramentas corporativas de suporte ao modelo. Responsáveis de Risco Operacional (RRO) – Abrangendo a base da organização, são elementos nomeados pelas hierarquias de cada unidade orgânica aos quais compete o papel de facilitador e dinamizador do modelo de gestão do risco operacional. No processo de gestão do risco operacional, assumem ainda papel relevante as estruturas de auditoria, controlo interno e segurança do Banco. A metodologia adoptada, em alinhamento estreito com a da casa-mãe, caracteriza-se pelos seguintes componentes ou fases constituintes do ciclo de gestão do risco: 37 Relatório e Contas 1. Identificação a. Descritivo de Funções e Mapas de Riscos e Controlos Sob a orientação do DGR todas as áreas funcionais do Banco elaboram estes suportes documentais baseados em modelos e questionários especialmente concebidos para este efeito. b. Recolha de eventos de risco operacional Por processos maioritariamente automáticos, todas as perdas verificadas por motivos enquadráveis na definição de risco operacional são registadas e catalogadas em base de dados específica, cumprindo padrões definidos com vista à qualidade e integridade da informação. 2. Avaliação Com o objetivo de medir a exposição da instituição ao risco operacional, com carácter periódico é efetuado pelos responsáveis de risco operacional um exercício de autoavaliação com vista à atribuição de valores potenciais de frequência e impacto aos riscos identificados em cada área funcional. Da conjugação destes valores com os da avaliação da eficiência e aplicação dos procedimentos de controlos resulta um valor de risco residual que permite à gestão identificar as áreas e processos de maior fragilidade e necessidade de intervenção. Desta avaliação, em função dos impactos médios estimados para cada um dos fatores de risco, entende-se que o Banco apresenta um perfil de Risco moderado. Riscos por impacto esperado ´ 38 Relatório e Contas 3. Monitorização a. Indicadores de risco (KRI’s) Na medida em que se revele pertinente são desenvolvidos mecanismos de alerta sobre indicadores que possam permitir identificar situações de risco b. Reporte Estão implementados circuitos regulares de reporte do Risco Operacional aos diversos intervenientes na sua gestão, nomeadamente à alta direção e aos responsáveis de Risco Operacional relativamente às suas áreas funcionais com o objetivo de dar a conhecer as principais causas e origens das perdas verificadas. Mensalmente são apresentados e debatidos em Comité de Controlo Interno e Risco Operacional as situações mais relevantes permitindo o debate e a adoção das mais adequadas medidas mitigantes. O Banco Popular Portugal, calcula os requisitos de fundos próprios para cobertura de risco operacional segundo o método do indicador básico (BIA), ambicionando a adopção do método standard (TSA) estando em avaliação a respetiva candidatura junto do Banco de Portugal. O Grupo Banco Popular, perante o regulador Espanhol, utiliza desde 2009 o método Standard. Situação quantitativa No final de 2013 as perdas identificadas e enquadradas em Risco Operacional atingiram 6% da sua capacidade de absorção de perdas desta natureza, considerando esta o valor de fundos próprios para cobertura de Risco Operacional. As perdas verificadas distribuem-se da seguinte forma pelas tipologias definidas por Basileia II: Frequência da ocorrência: 39 Relatório e Contas Distribuição dos impactos (perdas liquidas): Risco e taxa de juro estrutural de balanço Este risco define-se como o risco originado pelas flutuações das taxas de juro e é estimado através da análise aos vencimentos e reapreciações das operações de ativo e passivo do balanço. O risco de taxa de juro no Banco Popular Portugal é medido utilizando a metodologia Repricing GAP. Esta metodologia consiste em medir as exposições, por prazos desfasados de vencimento e reapreciações entre os fluxos de caixa de ativo e de passivo. De um modo sucinto, este modelo agrupa aqueles ativos e passivos em intervalos temporais fixos (datas de vencimento ou de próxima revisão de taxa de juro, quando indexada), a partir dos quais calcula um impacto potencial sobre a margem financeira. Neste quadro, este modelo considera um cenário em que existe um impacto imediato nas taxas de juro, pelo que, na data de revisão das taxas de juro, quer das operações ativas, quer das operações passivas, as novas taxas passam a incorporar esse efeito. Para além do exercício regular de avaliação de risco de taxa de juro de acordo com a Instrução n.º 19/2005 do Banco de Portugal, na qual são medidos os impactos provocados por uma deslocação da curva de rendimentos em 200 pontos base (p.b.), quer na situação líquida, quer na margem, no âmbito do exercício de stress-test, o Banco efetua análises de sensibilidade aos seguintes parâmetros: Deslocamento paralelo da curva de rendimentos em 100 p.b.; Alteração da inclinação da curva de rendimentos em 100 p.b.. 40 Relatório e Contas Risco de liquidez O controlo do risco de liquidez procura assegurar que a instituição disponha de fundos líquidos para fazer face, a cada momento, às suas obrigações de pagamento. O Banco está exposto a pedidos diários de recursos monetários disponíveis de contas correntes, empréstimos e garantias, necessidades de contas margem e outras relacionadas com derivados liquidados em dinheiro. O Banco não detém recursos monetários para satisfazer todas estas necessidades, pois a sua experiência revela que a proporção de fundos que irão ser reinvestidos na maturidade pode ser prevista com um elevado nível de certeza. A Gestão define limites para a proporção mínima de fundos disponíveis para satisfazer os pedidos e para o nível mínimo de facilidades interbancárias e outros empréstimos que devem estar disponíveis para cobrir os levantamentos e níveis inesperados de procura. O processo de gestão de liquidez, como efetuado no Banco, inclui: - As necessidades de funding diárias são geridas pela monitorização dos fluxos de caixa futuros de modo a garantir que os requisitos são cumpridos. Isto inclui reposição de fundos à medida que maturam ou são emprestados a clientes; - Manutenção de uma carteira de ativos com elevada liquidez que possam ser facilmente liquidados como proteção contra qualquer interrupção imprevista de fluxos de caixa; - Monitorização de rácios de liquidez tendo em conta os requisitos externos e internos; - Gestão da concentração e perfil das maturidades da dívida, recorrendo ao GAP de liquidez. A monitorização e relato assumem a forma de mensuração de fluxos de caixa e projeções para o dia, semana e mês seguinte, uma vez que estes são períodos importantes na gestão de liquidez. O ponto de partida para estas projeções é uma análise da maturidade contratual dos passivos financeiros e da data expectável de realização dos fluxos de caixa dos ativos. A tesouraria também monitoriza o grau de compromissos de concessão de crédito não utilizados, o uso de facilidades de descoberto e o impacto de passivos contingentes como cartas de crédito e garantias. No que diz respeito à análise ao risco de liquidez, para além das obrigações a que está sujeito para com o Banco de Portugal, nos termos da instrução nº 13/2009, o Banco recorre ainda ao conceito de GAP de liquidez, ou seja, a partir do balanço do Banco, em 31 de dezembro de 2013, tendo por base os vencimentos das operações ativas e passivas, obtémse um diferencial entre os vencimentos referidos (positivo ou negativo) segundo os prazos residuais de vencimento das operações que se denominam GAP’s de Liquidez. 41 Relatório e Contas Risco de Reputação O risco de reputação é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrente duma percepção negativa da imagem pública da instituição, fundamentada ou não, por parte de clientes, fornecedores, analistas financeiros, colaboradores, investidores ou pela opinião pública em geral. Potenciais impactos negativos na reputação do Banco poderão advir de falhas na gestão e controlo dos riscos explicitados anteriormente. Neste âmbito, o Banco considera que o sistema de governo interno instituído, as politicas e procedimentos em vigor são adequadas e permitem prevenir e minimizar o risco de reputação nas suas diversas vertentes. A principal fonte e mais facilmente identificável, deste tipo de risco, é o risco legal. Neste âmbito, no Banco Popular Portugal, as áreas de Compliance e de Controlo preocupam-se pelo cumprimento do normativo legal vigente, avaliando e procurando prevenir os possíveis riscos de incumprimento relevantes, desde o ponto de vista económico ou de reputação. Risco Imobiliário O risco imobiliário é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a eventuais contingências sobre os ativos imobiliários registados na carteira própria e inerente volatilidade do mercado imobiliário. O Banco incorre em risco imobiliário decorrente da carteira própria de ativos imobiliários cujo valor líquido, em 31 de dezembro de 2013, ascende a cerca de 242,6 milhões de euros, representando cerca de 2,6% do ativo líquido do Banco. Trata-se de ativos que vieram para a posse do Banco, no seguimento de execuções judiciais ou dações em pagamento, para liquidação de dívidas de crédito (essencialmente crédito à construção/promoção imobiliária e crédito à habitação). No momento da dação ou aquisição ou adjudicação judicial, para liquidação da divida, para as operações materialmente relevantes são sempre solicitadas avaliações independentes a empresas externas. Posteriormente, são efetuadas avaliações de acordo com a periodicidade definida pelo Banco de Portugal ou em período intercalar se houver alguma indicação de desvalorização do imóvel. No âmbito do exercício de stress-test é efetuada a análise de sensibilidade e impacto no consumo de capital provocado pela descida dos preços do mercado imobiliário. 42 Relatório e Contas Proposta de aplicação dos resultados Em conformidade com os Estatutos, o Conselho de Administração propõe que o prejuízo apurado no exercício de 2013, no valor de 31.720.295 euros seja afecto à rubrica do balanço de “Outras reservas e resultados transitados”. Qualidade e Inovação “Excelência de Serviço - Uma Cultura de Compromisso com os Clientes Uma instituição financeira que opera num mercado competitivo no qual a oferta dos diferentes concorrentes é pouco diferenciada, a qualidade do serviço prestado é o fator que proporciona maior valor acrescentado ao cliente. Assim, o Banco Popular Portugal tem a preocupação de desenvolver um conjunto de iniciativas tendentes à implementação destas práticas no Banco. Projecto Erasmus O Banco criou um programa destinado aos colaboradores dos departamentos centrais, com o objetivo de dar a conhecer a forma como os balcões atuam junto dos clientes e mostrando o quanto é importante o apoio e o contributo dos diversos departamentos para o desenvolvimento da actividade comercial e para a melhoria da qualidade de serviço junto dos clientes. Inquéritos Conseguir que a percepção dos clientes supere as suas expectativas iniciais do Banco, oferecendo-lhes produtos e serviços adequados às suas reais necessidades, respondendo a todos os pedidos de uma forma célere e eficiente com um maior envolvimento entre colaboradores e clientes em todas as interacções, são as preocupações diárias de toda a estrutura do Banco. É neste pressuposto que o Banco continua a monitorizar de forma detalhada os resultados de qualidade assente sobre métricas como: - Inquéritos internos sobre a qualidade do atendimento dos serviços centrais; 43 Relatório e Contas - Inquéritos internos sobre a oferta comercial; - Envolvimento de colaboradores em projectos de melhoria para a nossa actividade, serviços, produtos e relação com o cliente; - Programas de cliente mistério direccionados à avaliação de momentos chave nas experiências do cliente com o Banco; - Medição dos tempos de resposta às diferentes solicitações. Este acompanhamento permite identificar continuamente os aspectos que requerem ajustamentos e respetivas ações de melhoria, sempre com o objetivo de aumentar a satisfação dos clientes com a qualidade de serviço prestada. Apoio ao Cliente A gestão de reclamações é igualmente um ponto-chave na estratégia da qualidade de serviço do Banco Popular Portugal sendo entendida por todos os colaboradores como uma oportunidade para recuperar a relação de confiança com os clientes e potenciar acções de melhoria. Incentivos ao “Fazer bem” O Banco com o objetivo de incentivar a prática do “fazer bem”, quer ao nível das agências quer ao nível dos serviços centrais, tem desenvolvido iniciativas de reconhecimento interno destes temas, tendo por base métricas relacionadas com as notas da auditoria interna, nível de reclamações de clientes, eventos de risco operacional, resultados das visitas do cliente mistério, resultados dos telefonemas mistério e indicação dos inquéritos internos sobre a qualidade de serviço.” Responsabilidade Social e Apoio à Cultura Renovação da Casa de Acolhimento da Associação Obra do Padre Gregório Em maio de 2013 decorreu uma ação em conjunto com a Entreajuda, na qual compareceram 43 voluntários na Casa de acolhimento da Associação Obra do Padre Gregório para realizar uma renovação do local. A Obra Padre Gregório funciona como Lar de Infância e Juventude que acolhe 29 meninas com idades compreendidas entre os 3 e os 18 anos, vítimas de negligência, maus tratos ou violência. 44 Relatório e Contas Campanha de Doação de Livros Escolares Em agosto, o Banco lançou uma campanha de responsabilidade social com o mote “Partilhe os livros escolares que já não precisa!”. Esta iniciativa, realizada em conjunto com a associação ENTRAJUDA, consistiu num projeto de reutilização de manuais escolares por via de uma prática de racionalização e reaproveitamento de recursos, ao mesmo tempo que promoveu o respeito pelo ambiente e combate ao desperdício. De modo a angariar o maior número de livros escolares, desenvolveu-se a campanha de modo a envolver todos os colaboradores do Banco em prol desta nobre causa, utilizando vários meios de comunicação que temos ao nosso dispor: cartazes internos, e-mailing e banner para a intranet. Os colaboradores do Banco Popular responderam em massa a este apelo e, ao longo das quatro semanas de campanha, foram recebidos mais de 300 livros escolares provenientes de todo o país, perfazendo mais de 800kg. Os livros foram distribuídos por várias instituições de solidariedade social. Campanha Natal Solidário - Recolha de Alimentos No mês de dezembro de 2013, o Banco promoveu uma recolha de alimentos para a Cáritas nas suas agências e serviços centrais. As portas das agências do Banco Popular estiveram abertas a toda a comunidade, clientes e não clientes, que tivessem interesse em participar nesta campanha com a doação de bens. Foi disponibilizado um cabaz em cada agência do Banco Popular e nos serviços centrais, onde foram depositados milhares de bens. No total, o Banco Popular conseguiu angariar mais de 15000 bens, equivalente a 11,5 toneladas. Estes alimentos foram entregues à Cáritas Portugal que os reverteu para os mais necessitados. Campanha Natal Solidário – Depósito Solidário Simultaneamente com a Recolha de Alimentos, foi criado o Depósito Solidário, que consistiu em reverter 1€ por cada 1.000€ de depósito a favor de várias instituições de solidariedade. Todas as instituições de solidariedade receberam donativos, ao abrigo desta campanha, sendo que quem decidiu o montante que a entregue a cada uma das instituições foram os fãs da página do Facebook do Banco Popular, através do número de votos. No total, foram angariados 61.000€. Doação de 989 computadores Durante 2013, o Banco Popular, através do Departamento de Organização e Tecnologia doou ao Banco de Equipamentos da Entreajuda, 989 computadores. 45 Relatório e Contas A Entrajuda deu, assim, uma nova vida a produtos, que teriam como provável destino a destruição, recuperando-os e colocando-os ao serviço das mais variadas instituições que apoiam, auxiliando as pessoas mais necessitadas. Campanha de Solidariedade RNE Durante novembro, o departamento Rede de Negócio Especializado (RNE) realizou uma Campanha de Solidariedade que teve como finalidade ajudar famílias carenciadas dos concelhos de Lisboa e Porto. Esta campanha teve como objetivo angariar vários tipos de bens, tais como: géneros alimentares, produtos de higiene, vestuário, etc. Os bens foram entregues às associações “Associação Auxilio e Amizade” e “Associação Criança e Vida”, que têm como objetivo prestar auxílio a bebés, crianças, jovens e idosos. Ao todo foram angariados mais de 20 caixotes de material, o que permitiu apoiar mais de 160 famílias. Visita ao Jardim Zoológico com a Raríssimas No âmbito do apadrinhamento do Banco Popular à espécie Lémure no Jardim Zoológico de Lisboa, foi efetuada uma visita ao Zoo em conjunto com a associação Raríssimas. Esta visita decorreu em maio, na qual vários colaboradores do Banco Popular passaram uma tarde de convívio no Jardim Zoológico com as crianças apoiadas pela Raríssimas. Para além da visita, foram distribuídos mealheiros do Banco Popular a todas as crianças que participaram neste passeio. Aulas de Espanhol para Colaboradores Ao longo de todo o ano, o Banco proporcionou de forma gratuita aulas de Espanhol para alguns colaboradores selecionado em função do seu grau de coordenação ou da pertinência da aprendizagem da língua para a sua função. Curso de Espanhol para filhos de colaboradores Durante a primeira quinzena de julho, o Banco Popular disponibilizou aulas diárias de espanhol para os filhos dos colaboradores, com idades compreendidas entre os 8 e os 16 anos, utilizando as instalações do edifício sede. Esta ação resultou de uma parceria privilegiada que estabelecemos com a empresa Connecta e que proporcionou preços especiais para os colaboradores. Plano Nacional de Leitura Desde 2011 que o Banco Popular está associado ao Plano Nacional de Leitura (PNL) apoiando os concursos promovidos no âmbito das Semanas da Leitura, iniciativas organizadas anualmente pelo PNL e que abarcam todos os Agrupamentos e Escolas a nível 46 Relatório e Contas nacional. A parceria com o PNL é um projeto que, no essencial, pretende valorizar a criação literária e artística das crianças e jovens. Academia das Ciências Anualmente, a Academia das Ciências de Lisboa, promove os prémios Alexandre Herculano, Pedro Nunes e Padre António Vieira, que se destinam a galardoar os 3 alunos do ensino secundário que apresentam as melhores notas ao nível nacional nas seguintes disciplinas: História, Matemática e Português. O apoio do Banco Popular a este evento tem permitido reforçar a aposta no talento nacional, com uma vertente pedagógica muito importante e de incentivo à formação. O Banco patrocina, estes prémios, em 50%. Nota final O Conselho de Administração expressa o seu reconhecimento às autoridades monetárias e de supervisão, ao seu acionista, o Banco Popular Español e ao Conselho Fiscal, pela valiosa cooperação no acompanhamento da atividade do Banco Popular Portugal, SA. O Conselho manifesta, igualmente, o seu agradecimento aos clientes pela confiança depositada e o seu apreço aos colaboradores pelo empenho e profissionalismo demonstrado diariamente no exercício das suas funções, e a sua contribuição para o desenvolvimento do Banco. Lisboa, 20 de fevereiro de 2014 O Conselho de Administração 47 Relatório e Contas Anexo 1 - Posição acionista dos membros dos órgãos de administração e fiscalização (Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais) Nada a reportar Anexo 2 - Participações qualificadas (Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais e Artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários) Accionistas Banco Popular Español, SA Nº Acções Participação no Capital social Direitos de voto 476 000 000 100% 100% 48 Relatório e Contas Contas Anuais Balanço Balanço em base individual em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 (milhares de euros) 3 1- 12 - 2 0 13 V a lo r a nt e s 3 1- 12 - 2 0 12 N o t a s / de pro v is õ e s , P ro v is õ e s , Q ua dro s im pa rida de e im pa rida de e V a lo r lí quido a ne xo s a m o rt iza ç õ e s a m o rt iza ç õ e s R e e xpre s s o 1 2 0 1- 0 1- 2 0 12 R e e xpre s s o 3 = 1- 2 Ativo Caixa e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Ativos financeiros detidos para negociação Outros ativos financ. justo valor através de resultados Ativos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Derivados de cobertura Activos não correntes detidos para venda Outros ativos tangíveis Ativos intangíveis Investimento em filiais e associadas Ativos por impostos correntes Ativos por impostos diferidos Outros ativos 17 18 19 20 21 22 23 24 34 25 26 27 15 28 29 Total de Ativo 54 114 174 427 73 843 24 983 1 704 136 1 268 822 5 510 349 103 20 747 178 696 20 832 3 566 72 175 546 688 9 653 481 53 440 54 114 174 427 73 843 24 983 1 704 136 1 268 822 5 249 456 103 20 747 82 381 172 3 566 72 175 493 248 171 349 54 743 56 738 32 954 1 105 359 269 818 5 835 386 723 879 22 579 88 004 171 1 360 82 396 422 076 138 221 140 324 34 942 30 496 1 503 439 148 835 6 367 864 545 326 93 338 817 22 579 121 839 488 946 431 308 9 222 173 8 866 812 9 636 966 1 306 839 29 629 1 919 736 4 216 578 865 255 101 883 51 054 4 060 61 251 1 605 143 40 181 1 423 759 3 906 941 1 011 248 128 563 54 588 10 675 33 824 495 137 29 374 3 648 429 4 154 043 605 816 82 554 61 134 2 063 6 014 49 628 8 556 285 8 214 922 9 134 192 476 000 10 109 - 54 143 265 642 - 31 720 476 000 10 109 - 110 807 273 896 2 692 451 000 10 109 - 233 632 261 865 13 432 260 893 96 315 20 660 Passivo Recursos de bancos centrais Passivos financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes Responsabilidades representadas por títulos Derivados de cobertura Provisões Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Outros passivos 30 19 31 32 33 34 35 28 36 Total de Passivo 1 306 839 29 629 1 919 736 4 216 578 865 255 101 883 51 054 4 060 61 251 8 556 285 0 Capital Capital Prémios de emissão Reservas de reavaliação Outras reservas e resultados transitados Resultado do exercício 39 39 40 41 476 000 10 109 - 54 143 265 642 - 31 720 Total de capital Total de Passivo + Capital 665 888 0 665 888 651 890 502 774 9 222 173 0 9 222 173 8 866 812 9 636 966 0 0 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 0 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS 49 Relatório e Contas Demonstração de Resultados Demonstração de Resultados em base individual em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 (milhares de euros) N o tas/ Q ua dro s 3 1- 12 - 2 0 13 3 1- 12 - 2 0 12 a ne xo s Juros e rendimentos similares 6 303 812 365 784 Juros e encargos similares 6 182 564 216 926 121 248 148 858 Margem financeira Rendimento de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados (líquido) Resultados de ativos financeiros disponíveis para venda (líquido) Resultados de reavaliação cambial (líquido) Resultados de alienação de outros ativos 7 8 8 49 60 657 8 574 55 75 400 21 119 9 9 10 11 - 2 686 11 389 1 288 - 5 241 3 821 - 1 192 1 417 - 7 347 Outros resultados de exploração 12 - 6 415 - 6 374 171 715 193 519 13 14 26/27 35 56 309 51 473 5 023 8 563 55 658 50 643 7 234 - 6 546 23 89 390 - 63 077 611 Produto bancário Custos com pessoal Gastos gerais administrativos Depreciações e amortizações Provisões líquidas de reposições e anulações Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líq. de reposições e anulações) Imparidade outros ativos financ. líquida de reversões e recuperações Imparidades de outros ativos líquida de reversões e recuperações 29 Resultado antes de im postos Impostos 12 481 16 484 - 51 524 6 358 - 19 804 3 666 Correntes 15 - 957 4 132 Diferidos 15 - 18 847 - 466 - 31 720 2 692 Resultado após im postos Do qual: Resultado após impostos de operações descontinuadas Resultado líquido do exercício Resultado por ação (euro) O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS 0 0 - 31 720 2 692 -0,07 0,01 476 000 451 000 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 50 Relatório e Contas Demonstração do Rendimento Integral Demonstração do Rendimento Integral (milhares de euros) 31-12-2013 31-12-2012 Proform a Resultado líquido - 31 720 2 692 Outros rendim entos integrais: Itens que não reclassificam por resultados Pensões de reforma Reconhecimento dos ganhos/perdas actuariais do período - 11 002 - 2 196 - 11 002 - 2 196 Itens que se reclassificam por resultados Activos financeiros disponíveis para venda Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda Impacto fiscal 79 172 168 190 - 22 452 - 44 570 56 720 123 620 Resultado não reconhecido na dem onstração de resultados 45 718 121 424 Rendim ento integral individual 13 998 124 116 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Demonstração em base individual dos movimentos nas contas de Capital Próprio Demonstração em base individual dos movimentos nas contas de Capital Próprio (milhares de euros) Balanço em 01 de Janeiro de 2012 Capital Social Prém io de Em issão Reservas de Justo Valor Outras Reservas e Resultados Transitados 451 000 10 109 - 233 632 255 418 Resultado Líquido Total do Capital Próprio 13 432 496 327 261 865 13 432 502 774 13 432 - 13 432 -795 123 620 795 - 2 196 2 692 0 25 000 0 124 116 - 110 807 273 896 2 692 651 890 - 2 692 - 56 56 720 2 692 56 - 11 002 - 31 720 0 0 13 998 - 54 143 265 642 - 31 720 665 888 Efeitos da reexpressão Balanço em 01 de Janeiro de 2012 - reexpresso Constituição de reservas Aumento do capital social Outros movimentos Resultado integral do exercício Saldo a 31 de Dezem bro de 2012 - reexpresso 6 447 451 000 10 109 6 447 25 000 476 000 10 109 Constituição de reservas Outros movimentos Resultado integral do exercício Saldo em 31 de Dezem bro de 2013 - 233 632 476 000 10 109 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 51 Relatório e Contas Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração dos Fluxos de Caixa dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 (em milhares de euros) Notas 31-12-2013 31-12-2012 Fluxos de caixa das actividades operacionais Juros e proveitos recebidos Juros e custos pagos 247 350 280 621 - 128 229 - 176 442 Serviços e comissões recebidas 56 747 72 118 Serviços e comissões pagas - 8 574 - 21 119 Recuperações de crédito 1 337 917 - 647 2 826 - 95 787 - 107 805 72 197 51 116 Ativos e recursos de bancos centrais 117 729 - 35 976 Ativos e passivos financeiros ao justo valor através de resultados - 21 024 - 8 268 Aplicações em instituições de crédito 140 773 - 133 998 Recursos de instituições de crédito 194 732 -1 123 169 Crédito a clientes 358 014 343 566 Recursos de clientes 311 562 - 243 839 Derivados para gestão do risco - 48 846 27 114 - 156 881 - 17 532 968 256 -1 140 986 - 1 248 - 7 555 967 008 -1 148 541 Contribuições para o fundo de pensões 37 Pagamentos de caixa a empregados e fornecedores Sub-total Variações nos activos e passivos operacionais Outros activos e passivos operacionais Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais, antes de im postos sobre lucros Impostos sobre lucros pagos Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais Fluxos de caixa das actividades de investim ento Dividendos recebidos 49 55 Compra de ativos financeiros disponíveis para venda -2 980 422 -1 499 452 Venda de ativos financeiros disponíveis para venda 2 975 761 2 122 663 Investimentos detidos até à maturidade 301 019 - 158 869 Activos tangíveis não correntes detidos para venda 172 561 174 360 Compra e venda de imobilizações Fluxos de caixa líquidos das actividades de investim ento - 189 - 7 244 468 779 631 513 Fluxos de caixa das actividades de financiam ento Aumento de capital 39 0 25 000 Emissão de obrigações e outros passivos titulados 33 122 946 743 907 - 300 192 - 354 824 - 177 246 414 083 227 772 329 393 Reembolso de obrigações e outros passivos titulados Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiam ento Variação líquida em caixa e seus equivalentes Caixa e equivalentes no início do período 46 Efeito da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes Variação líquida em caixa e seus equivalentes Caixa e equivalentes no fim do período 46 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS 1 583 1 324 1 258 541 - 102 945 1 487 896 227 772 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 52 valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores valores a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber a receber Activos financeiros disponíveis para venda De outros emissores Dívida não subordinada A. Rodrigues Correia Lopes, Bebidas e Alimentação, S.A. - 6ª Créditos e outros AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A. - 3ª Créditos e outros AdP – Águas de Portugal, SGPS, S.A. - 4ª Créditos e outros Alliance Healthcare, S.A. (Grupado) Créditos e outros Altri, SGPS, S.A. (Grupado) - 5ª Créditos e outros Amorim Holding II, SGPS, S.A. (2012) - 31ª Créditos e outros Amorim Holding II, SGPS, S.A. (2012) - 32ª Créditos e outros Amorim Holding II, SGPS, S.A. (2013) - 5ª Créditos e outros Amorim Investimentos e Participações, SGPS, S.A. (2011) - 36ª Créditos e outros Amorim Investimentos e Participações, SGPS, S.A. (2013) - 29ª Créditos e outros Amorim Turismo, SGPS, S.A. - 26ª Créditos e outros Auto Sueco, LDA. (2013) - 5ª Créditos e outros Avicasal – Sociedade Avícola, S.A. (Grupado) - 36ª Créditos e outros BA Vidro, S.A. - 40ª Créditos e outros Barraqueiro SGPS - 27ª Créditos e outros Barraqueiro Transportes - 27ª Créditos e outros Bébécar - SGPS, S.A. - 3ª Créditos e outros Bébécar - SGPS, S.A. - 4ª Créditos e outros Bébécar - SGPS, S.A. - 6ª Créditos e outros BI-Silque, Produtos de Comunicação Visual, S.A. - 2ª Créditos e outros Celulose Beira Industrial (CELBI), S.A. (Grupado) - 4ª Créditos e outros Chuvitex – Trading, Lda - 1ª Créditos e outros Ciclo Fapril – Industrias Metalúrgicas, S.A. (2013) - 2ª Créditos e outros Cinca – Companhia Industrial de Cerâmica, S.A. - 3ª Créditos e outros Cinca – Companhia Industrial de Cerâmica, S.A. - 5ª Créditos e outros Coficab Portugal – Companhia de Fios e Cabos, Lda - 28ª Créditos e outros Efacec Capital, SGPS, S.A. - 5ª Créditos e outros Eva Transportes - 27ª Créditos e outros F Ramada – Aços e Indústrias, S.A. - 12ª Créditos e outros FAF – Produtos Siderúrgicos, S.A. - 3ª Créditos e outros FAF – Produtos Siderúrgicos, S.A. - 4ª Créditos e outros Frulact – Indústria Agro-Alimentar, S.A. - 37ª Créditos e outros Grupo Valouro, SGPS, S.A. (2013) - 1ª Créditos e outros Grupo Visabeira, SGPS, S.A. - 5ª Créditos e outros Imperial - Produtos Alimentares, S.A. - 9ª Créditos e outros Mari -Sport Calçado, LDA. - 5ª Créditos e outros Mari -Sport Calçado, LDA. - 6ª Créditos e outros Martins Ferreira – Comércio de Produtos Siderúrgicos, S.A. - 3ª Créditos e outros Meglo Media Global, SGPS, S.A. Créditos e outros Mundo Têxtil – IndústriasS Têxteis, S.A. - 54ª Créditos e outros Nabeirogest – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A. - 27ª Créditos e outros Nevag, SGPS,SA Créditos e outros Oscacer – César Rola, LDA - 144ª Créditos e outros Palbit, S.A. - 5ª Créditos e outros Palbit, S.A. - 6ª Créditos e outros Pavigrés Cerâmicas, S.A. - 3ª Créditos e outros Pecol – Ssistemas de Fixação, S.A. (2013) - 2ª Créditos e outros Pecol II – Componentes Industriais, Lda - 2ª Créditos e outros Probar – Indústria Alimentar, S.A. - 54ª Créditos e outros Procme - Gestão Global de Projectos, S.A. - 4ª Créditos e outros Relvas II – Rolhas de Champanhe, S.A. (2012) - 3ª Créditos e outros RevigrésS – Indústria de Revestimentos de Grés, Lda - 39ª Créditos e outros Riberalves, SGPS, S.A. - 22ª Créditos e outros Ricon Serviços - 38ª Créditos e outros Rodoviária Alentejo - 27ª Créditos e outros Rodoviária Lisboa - 27ª Créditos e outros Savinor – Sociedade Avícola do Norte, S.A. (Grupado) Créditos e outros Semapa – Soc. de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. - 148ª Créditos e outros Semapa – Soc. de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. - 149ª Créditos e outros Semapa – Soc. de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. - 150ª Créditos e outros Soc. de Construções Soares da Costa, S.A. - 10ª Créditos e outros Solverde – Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde, Créditos S.A. - 38ª e outros Sonae Capital, SGPS, S.A. (2013) - 1ª Créditos e outros Sonae Indústria, SGPS, S.A. - 1071ª Créditos e outros Sorgal – Sociedade de Óleos e Rações, S.A. (Grupado) - 35ª Créditos e outros Suigranja – Sociedade Agrícola, S.A. - 55ª Créditos e outros XRS Motor - 39ª Créditos e outros Activos financeiros disponíveis para venda De dívida pública - Residentes Tesouro Espanhol Categoria de Activo Instrução nº 23/2004 Instrum entos de dívida De dívida pública - Residentes OT Junho 2019 - 4,75% Natureza e espécie Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras Outras SPA SPA Tipo de emitente Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Espanha Portugal País do emitente N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N N S S Espanha Portugal Cotado Mercado / organizado Não relevante cotado 517.736.140,00 36.807.940,00 Cotação 38.000.000,00 Valor Nominal 30 50 50 100 100 330 270 500 200 800 330 80 25 70 10 25 8 6 5 22 100 20 10 15 25 20 100 20 100 11 19 20 40 50 20 5 5 10 100 31 200 28 45 7 3 100 20 20 20 100 17 70 160 10 20 25 10 25 59 89 150 100 165 100 35 20 10 1.500.000,00 2.500.000,00 2.500.000,00 5.000.000,00 5.000.000,00 16.500.000,00 13.500.000,00 25.000.000,00 10.000.000,00 40.000.000,00 16.500.000,00 4.000.000,00 1.250.000,00 3.500.000,00 500.000,00 1.250.000,00 400.000,00 300.000,00 250.000,00 1.100.000,00 5.000.000,00 1.000.000,00 500.000,00 750.000,00 1.250.000,00 1.000.000,00 5.000.000,00 1.000.000,00 5.000.000,00 550.000,00 950.000,00 1.000.000,00 2.000.000,00 2.500.000,00 1.000.000,00 250.000,00 250.000,00 500.000,00 5.000.000,00 1.550.000,00 10.000.000,00 1.400.000,00 2.250.000,00 350.000,00 150.000,00 5.000.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00 5.000.000,00 850.000,00 3.500.000,00 8.000.000,00 500.000,00 1.000.000,00 1.250.000,00 500.000,00 1.250.000,00 2.950.000,00 4.450.000,00 7.500.000,00 5.000.000,00 8.250.000,00 5.000.000,00 1.750.000,00 1.000.000,00 500.000,00 478.000 478.000.000,00 3.800.000.000 Quantidade Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Custo amortizado Justo valor Justo valor Critério Valorimétrico 1.500.000,00 2.500.000,00 2.500.000,00 5.000.000,00 5.000.000,00 16.500.000,00 13.500.000,00 25.000.000,00 10.000.000,00 40.000.000,00 16.500.000,00 4.000.000,00 1.250.000,00 3.500.000,00 500.000,00 1.250.000,00 400.000,00 300.000,00 250.000,00 1.100.000,00 5.000.000,00 1.000.000,00 500.000,00 750.000,00 1.250.000,00 1.000.000,00 5.000.000,00 1.000.000,00 5.000.000,00 550.000,00 950.000,00 1.000.000,00 2.000.000,00 2.500.000,00 1.000.000,00 250.000,00 250.000,00 500.000,00 5.000.000,00 1.550.000,00 10.000.000,00 1.400.000,00 2.250.000,00 350.000,00 150.000,00 5.000.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00 5.000.000,00 850.000,00 3.500.000,00 8.000.000,00 500.000,00 1.000.000,00 1.250.000,00 500.000,00 1.250.000,00 2.950.000,00 4.450.000,00 7.500.000,00 5.000.000,00 8.250.000,00 5.000.000,00 1.750.000,00 1.000.000,00 500.000,00 527.109.875,76 37.801.926,30 Valor de balanço Valias (+/-) Imparidade Outras Correcções de valor Capital Direitos de voto % de participação Relatório e Contas Inventário de Títulos 53 54 Total Outros Arrendamento Mais - FIIFAH DEGI Internacional Imopular FEI Fechado KanAm Grundinvest KanAm Spezial Grund OPC Preff Class D Popular Arrendamento - FIIFAH Popular Economias Emergentes Popular Economias Emergentes II Popular Global 50 - Fundo de Fundos Popular Global 75 - Fundo de Fundos Popular obrigações indexadas a empresas Alemanha/EUA Popular obrigações indexadas ao Ouro (Londres) FEI Popular Predifundo SEB Immoinvest Solução Arrendamento-FIIAH Total Instrum entos de Capital ACT-C-Indústria de Cortiças, SA CorkFoc- Cortiças, SA Eurovida - Comp. de Seguros de Vida, S.A. Finangeste - Emp. Fin. Gestão e Desenv., SA Prebesan-Pré Fabricados de Betão de Santarém, Lda Sibs - Soc. interb. de Serviços, SA SWIFT TAEM-Processamento Alimentar, SGPS, SA Unicre - Cartão Intern. de Crédito, SA Visa Europe Limited Visa Inc. Class C series I Commom Stock Total BTA IM Cédulas G.B.P. 4,25 02/14 Kaupthing 6,25% C 10 Kaupthing 6,75% C 12 Landsbanki C 24.2.11 Lehman Brothers5.125 Banco Espirito Santo -3,875 Banco Espirito Santo 5,625 06/2014 Banco Sabadell Bankinter Barclays BK PLC Barclays BK PLC 4,75% Perpetual BBVA BCP-Banco Comercial Português - 3,75 BCP-Banco Comercial Português - 5,625 BESI -Obrig. Indexadas Ouro BNP 4,875% Perpetua BSCH Caixa Geral de Depósitos 3,625% 07-2014 CaixaBank Citibank-Obrig. Indexadas Ouro CFI Class D Note Purchase Agreement EDP Finance BV EDP Finance BV Fondo Amort. Def Elect. Fondo Amort. Def Elect. Fondo Amort. Def Elect. Fortis Nederland Ing Bank, BV KBC-obrig. Indexadas Ouro KBC 1,4 KBC-obrig. Indexadas Ouro KBC 1,5 Lloyds TSB Bank Lloyds-Obrig. Indexadas Ouro Lloyds Man Blue Crest Muencher Hypo C 6/06 Navigator Mortage Finance EUR FL.R 02-2035 Red Electrica FIN BV Royal Bk Scotl.10/49 Telefonica UBI Banca, SPCA Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos Activos financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros financeiros detidos detidos detidos detidos detidos detidos detidos detidos detidos detidos detidos detidos detidos detidos detidos para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos não correntes detidos para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos fin. justo valor através de result. Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Activos financeiros disponíveis para venda Espanha Islandia Islandia Islandia USA Portugal Portugal Espanha Espanha Reino Unido Reino Unido Espanha Portugal Portugal Portugal França Espanha Portugal Espanha USA Irlanda Holanda Holanda Espanha Espanha Espanha Holanda Holanda Holanda Holanda Reino Unido Reino Unido Reino Unido Alemanha Irlanda Espanha Reino Unido Espanha Itália OIF OIF OIF OIF OIF OIF OIF OIF OIF OIF OIF OIF OIF OIF OIF OIF Portugal Alemanha Portugal Alemanha Alemanha Irlanda Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Alemanha Portugal Outras Portugal Outras Portugal S Portugal OIF Portugal Outras Portugal OIF Portugal OIF Belgica Outras Portugal OIF Portugal OIF Reino Unido OIF USA OIF IC IC IC IC IC IC IC IC IC IC IC IC IC IC IC IC IC IC OIF OIF Outras Outras Outras Outras Outras IC IC OIF OIF IC IC OIF IC OIF Outras IC Outras IC S S S S S S S S S S S S S S S S N N N N N N N N N N N S S S S S S S S S S S S S S N S S S S N N S S S S S S S N N S N S S N S S S S Portugal Alemanha Portugal Alemanha Alemanha Irlanda Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Portugal Alemanha Portugal Portugal Reino Unido USA Portugal Belgica Portugal Portugal 15.285.275,11 169.715,22 2.264.357,05 38.856,29 41.733,50 19.362,00 15.496.074,86 1.457,40 4.344,75 39.296,56 218.250,66 29.587,95 131.254,88 2.320.924,20 50.199,70 11.990.631,43 Espanha 24.079.920,00 Islandia 1,00 Islandia 1,00 Islandia 1,00 USA 0,01 Portugal 6.078.240,00 Portugal 5.080.100,00 Espanha 1.745.577,00 Espanha 59.259.200,00 Reino Unido 19.500.660,00 Reino Unido 205.478,40 Espanha 35.024.150,00 Portugal 20.464.000,00 Portugal 15.451.300,00 Portugal 827.664,00 França 33.909,75 Espanha 8.204.080,00 Portugal 5.059.450,00 Espanha 75.163.200,00 USA Irlanda Holanda 38.109.960,00 Holanda 14.185.220,00 Espanha 285.154.800,00 Espanha 306.114.000,00 Espanha 74.132.100,00 Holanda 36.227.450,00 Holanda 30.903.900,00 Holanda Holanda Reino Unido 15.534.450,00 Reino Unido Reino Unido 73,14 Alemanha 29.793,90 Irlanda 100.105,74 Espanha 4.514.400,00 Reino Unido 733.770,00 Espanha 25.501.940,00 Itália 31.167.170,00 3.063.120 7.033 269.759 982 475 280 157.220 150 450 7.974 53.929 2.525 13.418 197.106 1.382 2.447.767 25.680 6 125 7.207 1 1.854 354.153 116.066 239.022 100 5,00 1,00 10,00 1,00 100,00 100,00 100,00 10,00 10,00 5,00 5,00 10,00 10,00 4,99 1,00 5,00 128.400,00 750,0000 125,00 36.035,00 10,0000 USD 0,1854 1.770.765,00 580.330,00 1.195.110,00 500,00 240 24.000.000,00 582 582.000,00 3.595 3.595.000,00 310 310.000,00 66 66.000,00 120 6.000.000,00 100 5.000.000,00 17 1.700.000,00 1.100 55.000.000,00 18.000 18.000.000,00 24 240.000,00 700 35.000.000,00 400 20.000.000,00 305 15.250.000,00 860 860.000,00 35 35.000,00 80 8.000.000,00 100 5.000.000,00 700 70.000.000,00 860 860.000,00 1 4.630.000,00 36.000 36.000.000,00 14.000 14.000.000,00 2.800 280.000.000,00 3.000 300.000.000,00 700 70.000.000,00 35.000 35.000.000,00 30.000 30.000.000,00 688 688.000,00 172 172.000,00 15.000 15.000.000,00 860 860.000,00 5 5.000,00 30 30.000,00 18 107.280,90 40 4.000.000,00 15 750.000,00 230 23.000.000,00 29.000 29.000.000,00 Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Custo Histórico Justo valor Justo valor Justo valor Custo Histórico Justo valor Custo Histórico Custo Histórico Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor Justo valor 48.101.321,56 15.285.275,11 169.715,22 2.264.357,05 38.856,29 41.733,50 19.362,00 15.496.074,86 1.457,40 4.344,75 39.296,56 218.250,66 29.587,95 131.254,88 2.320.924,20 50.199,70 11.990.631,43 21.424.501,13 0,00 0,00 20.747.127,99 1.417,55 0,00 326.036,55 16.500,00 125,00 286.910,29 10,00 46.373,75 1.995.440.873,73 24.982.550,17 1,00 2,50 1,00 0,66 6.298.000,31 5.241.915,08 1.800.012,45 61.030.689,73 20.183.180,51 214.567,19 36.420.434,21 20.640.712,35 16.045.893,34 831.534,00 33.909,75 8.430.857,80 5.142.019,48 77.610.323,28 850.243,81 2.336.559,38 38.643.672,33 14.251.672,06 287.433.156,17 308.595.164,39 76.426.278,08 37.500.874,63 31.747.187,66 673.483,20 168.637,40 15.938.063,04 849.422,00 73,14 29.793,90 100.193,20 4.648.191,68 747.509,97 26.464.271,50 31.218.019,32 -30.324,89 -83.677,71 -557.236,29 -13.774,09 -1.102,00 -1.989,21 -80.238,66 -42,60 30,15 -30.488,08 -57.540,52 4.586,42 -2.920,41 299.019,19 -13.912,89 -141.259,03 0,00 1.770.765,00 0,00 580.330,00 0,00 -577,65 0,00 103.333,00 -895.100,95 0,00 0,00 -173.313,14 0,00 0,00 219.840,00 0,00 0,00 0,00 0,00 81.525,02 82.122,54 50.768,63 -171.743,24 1.534.991,08 9.999,03 23.197,12 503.656,79 132.224,41 -25.740,51 -1.090,25 205.768,18 60.532,73 -267.031,96 -16.483,06 -2.043.440,62 2.418.310,06 260.118,37 1.899.211,61 603.211,03 -162.363,93 1.242.745,73 941.712,65 -15.272,85 -3.804,19 538.724,75 -17.509,79 -4.926,86 -206,10 -4.735,10 440.714,15 -16.230,00 2.501.940,00 2.309.272,86 0,25% 0,360% 0,00% 0,00% 0,25% 0,360% 0,00% 0,00% 9,88% 9,88% 6,418% 6,418% 15,9348% 15,9348% 0,00% 0,00% 2% 2% 0,52% 0,52% Relatório e Contas Relatório e Contas Notas às Demonstrações Financeiras NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 de DEZEMBRO de 2013 e 2012 (Valores expressos em milhares de euros) 1. INTRODUÇÃO 1.1 Atividade O Banco, sob a designação de BNC – Banco Nacional de Crédito Imobiliário, foi constituído em 2 de julho de 1991, na sequência de autorização concedida pela Portaria do Ministério das Finanças n.º 155/91, de 26 de abril. Em 12 de setembro de 2005, alterou a sua designação para Banco Popular Portugal, S.A.. O Banco está autorizado a operar de acordo com as diretrizes reguladoras da atividade bancária, vigentes em Portugal, tendo por objecto a obtenção de recursos de terceiros, sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplica, conjuntamente com os seus recursos próprios, na concessão de crédito ou em outros ativos, prestando ainda outros serviços bancários no País e no estrangeiro. As contas do Banco são consolidadas ao nível da empresa mãe, Banco Popular Español, S.A., (“BPE”) com sede em Madrid, na Calle Velázquez nº 34, Espanha. As contas do BPE estão disponíveis na respetiva sede social e na página do BPE na internet (www.bancopopular.es). O Banco não está cotado em bolsa. 1.2 Estrutura do Banco Em corolário do processo de reestruturação iniciado em exercícios anteriores, o Banco, no decorrer do exercício de 2011, deixou de deter qualquer participação financeira em entidades subsidiárias e decidiu proceder à reclassificação das obrigações subordinadas “Class D Notes”, emitidas pelo Navigator Mortgage Finance Nº 1 Plc (“Navigator”), para a carteira de Ativos financeiros disponíveis para venda. Tendo por base o facto de o Banco ter considerado imaterial o investimento no Navigator e os potenciais impactos nas suas demonstrações financeiras, o Banco, em conformidade com o disposto na IAS 1 revised, decidiu não preparar demonstrações consolidadas a partir do exercício de 2011, na medida em que essa informação não é materialmente relevante para efeitos da apresentação de contas do Banco nem influencia a decisão dos leitores das mesmas. Assim, em 31 de dezembro de 2013, o Banco detinha apenas uma participação financeira na empresa associada – Companhia de Seguros de Vida, S.A. (ver Nota 25). 2. Resumo das Principais Políticas Contabilísticas As principais políticas contabilísticas e critérios valorimétricos aplicados na preparação destas demonstrações financeiras são indicados abaixo. Estas políticas foram aplicadas, consistentemente, a todos os anos apresentados, excepto nos casos devidamente assinalados. 55 Relatório e Contas 2.1 Bases de apresentação Demonstrações financeiras individuais As demonstrações financeiras individuais do Banco Popular Portugal foram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Banco de Portugal no Aviso nº 1/2005, de 21 de fevereiro e definidas nas instruções nº 9/2005 e nº 23/2004. As NCA correspondem em geral às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas pela União Europeia (EU) no âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de julho, excepto quanto às seguintes matérias: Valorimetria dos créditos a clientes e outros valores a receber – Na data do reconhecimento inicial são registados pelo valor nominal, sendo a componente de juros, comissões e custos externos imputáveis às respetivas operações subjacentes reconhecida segundo a regra de “pró rata temporis”, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês; Provisionamento de créditos a clientes e outros valores a receber – As provisões para esta classe de ativos financeiros encontram-se sujeitas a um quadro mínimo de referência para constituição de provisões específicas, gerais e risco-país, nos termos definidos no Aviso n.º 3/95 do Banco de Portugal; Ativos tangíveis – Na data do reconhecimento inicial são registados ao custo de aquisição, mantendo-se subsequentemente ao custo histórico, salvo quando se verifiquem reavaliações legalmente autorizadas. IFRS Divulgações - Novas normas a 31 de dezembro de 2013: a) Impacto de adoção de normas e interpretações que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2013: Normas IAS 1 (alteração), ‘Apresentação de demonstrações financeiras’. Esta alteração modifica a apresentação de itens contabilizados como Outros rendimentos integrais (ORI), ao exigir às Entidades que separem os itens contabilizados em ORI, em função de serem, ou não, reciclados no futuro por resultados do exercício, bem como o respetivo efeito do imposto, quando os itens sejam apresentados pelo valor bruto. A adoção desta alteração teve impacto nas Demonstrações Financeiras do Banco. IAS 12 (alteração), 'Imposto sobre o rendimento'. Esta alteração requer que uma Entidade mensure o imposto diferido relacionado com um ativo, atendendo à forma como a Entidade espere vir a realizar o valor contabilístico do ativo através do uso ou da venda. A alteração também incorpora as orientações contabilísticas da SIC 21 na IAS 12, sendo esta primeira revogada. A adoção desta alteração não teve qualquer impacto nas Demonstrações Financeiras do Banco. 56 Relatório e Contas IAS 19 (revisão), ‘Benefícios dos empregados’. Esta revisão à IAS 19 introduz alterações significativas no reconhecimento e mensuração de gastos com planos de benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações para todos os benefícios dos empregados. Os desvios atuariais são reconhecidos de imediato, e apenas, em Outros rendimento integrais (o método do corredor deixa de ser permitido). O custo financeiro dos planos de benefícios definidos com fundos constituídos é calculado com base no valor líquido das responsabilidades não fundeadas. Os benefícios de cessação de emprego apenas são reconhecidos, quando cessa a obrigação do empregado prestar serviço no futuro. A adoção desta alteração teve impacto nas Demonstrações Financeiras do Banco. Melhorias às normas 2009 – 2011, O ciclo de melhorias anuais, afeta os seguintes normativos: IFRS 1 (segunda adoção da IFRS 1 e respetivas isenções), IAS 1 (apresentação de demonstrações financeiras adicionais quando uma alteração de política contabilística é obrigatória ou voluntária), IAS 16 (classificação de peças de reserva e equipamento de serviço quando a definição de ativo fixo tangível é cumprida), IAS 32 (classificação de impactos fiscais relacionados com transações que envolvem Capitais próprios ou Dividendos), e IAS 34 (isenção de divulgação de ativos e passivos por segmento). A adoção destas alterações não teve impactos nas Demonstrações Financeiras do Banco. IFRS 1 (alteração) ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’. Esta alteração cria uma isenção adicional, para os casos em que uma Entidade que tenha sido sujeita a hiperinflação severa, apresenta Demonstrações Financeiras IFRS pela primeira vez. A outra alteração reporta-se à substituição de referências a uma data fixa por ‘data de transição para IFRS’, nas isenções à adoção retrospetiva. A adoção desta alteração não teve impactos nas Demonstrações Financeiras do Banco. IFRS 1 (alteração), ‘Adoção pela primeira vez das IFRS – Empréstimos do Governo’. Esta alteração clarifica a forma como um adotante pela primeira vez contabiliza um empréstimo do Governo com taxas de juro inferiores às taxas de juro de mercado, na transição para IFRS. A alteração introduz uma exceção à aplicação retrospetiva das IFRS, atribuindo a mesma dispensa de aplicação que havia sido concedida aos preparadores de Demonstrações Financeiras em IFRS em 2009. A adoção desta alteração não teve impactos nas Demonstrações Financeiras do Banco. IFRS 7 (alteração) ‘Divulgações – Compensação de ativos e passivos financeiros’. Esta alteração faz parte do projeto de “compensação de ativos e passivos financeiros” do IASB, e introduz novos requisitos de divulgação sobre o direito de uma Entidade compensar (ativos e passivos), as quantias compensadas, e os seus efeitos na exposição ao risco de crédito. A adoção desta alteração não teve impactos nas Demonstrações Financeiras do exercício. IFRS 13 (nova), ‘Justo valor: mensuração e divulgação’. A IFRS 13 tem como objetivo melhorar a consistência das demonstrações financeiras, ao apresentar uma definição precisa de justo valor e uma única fonte de mensuração de justo valor, assim como as exigências de divulgação a aplicar transversalmente a todas as IFRS. A adoção deste normativo não teve impacto nas Demonstrações Financeiras do exercício. b) Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e cuja aplicação é obrigatória para o Banco, para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014, ou em data posterior, que o Banco não adotou antecipadamente: 57 Relatório e Contas Normas IFRS 10 (nova), ‘Demonstrações financeiras consolidadas’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 10 substitui todos os procedimentos e orientações contabilísticas relativas a controlo e consolidação, incluídas na IAS 27 e na SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio fundamental de que uma entidade consolidada apresenta a empresa-mãe e as suas subsidiárias como uma única entidade, permanece inalterado. O Banco irá aplicar a IFRS 10 no período anual em que esta se tornar efetiva. IFRS 11 (nova), ‘Acordos conjuntos’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IFRS 11 foca-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos em detrimento da sua forma legal. Os acordos conjuntos podem ser operações conjuntas (direitos sobre os ativos e obrigações) ou empreendimentos conjuntos (direitos sobre os ativos líquidos pela aplicação do método de equivalência patrimonial). A consolidação proporcional empreendimentos conjuntos deixa de ser permitida. O Banco irá aplicar a IFRS 11 no período anual em que esta se tornar efetiva. IFRS 12 (nova), ‘Divulgação de interesses em outras entidades’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todas as naturezas de interesses em outras entidades, como: subsidiárias, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas, de forma a permitir a avaliação da natureza, riscos e efeitos financeiros associados aos interesses da Entidade. O Banco irá aplicar a IFRS 12 no período anual em que esta se tornar efetiva. Alterações à IFRS 10, IFRS 11 e IFRS 12, ‘Regime de transição’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração clarifica que, quando um tratamento contabilístico diferente das orientações da IAS 27/SIC 12 resultar da adoção da IFRS 10, os comparativos apenas devem ser ajustados para o período contabilístico imediatamente precedente, sendo as diferenças apuradas reconhecidas no início do período comparativo, em Capitais próprios. A alteração introduzida na IFRS 11, referese à obrigação de testar para imparidade o investimento financeiro que resulte da descontinuação da consolidação proporcional. Os requisitos de divulgação específicos estão incluídos na IFRS 12. O Banco irá aplicar estas alterações no início do período anual em que se tornar efetivas. IAS 27 (revisão 2011), ‘Demonstrações financeiras separadas’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IAS 27 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 10, e contém os requisitos de contabilização e divulgação para os investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, quando a Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. O Banco irá aplicar esta revisão à norma no início do período anual em que se tornar efetiva. IAS 28 (revisão 2011),’Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos’ (a aplicar na União Europeia em períodos anuais que comecem, o mais tardar, em ou após 1 de janeiro de 2014). A IAS 28 foi revista, na sequência da emissão da IFRS 11, e prescreve o tratamento contabilístico para investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos, definindo ainda os requisitos de aplicação do método de equivalência patrimonial. O Banco irá aplicar esta revisão à norma no início do período anual em que se tornar efetiva. IAS 32 (alteração) ‘Compensação de ativos e passivos financeiros (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração faz parte do projeto de 58 Relatório e Contas “compensação de ativos e passivos” do IASB, o qual visa clarificar a noção de “deter atualmente o direito legal de compensação”, e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (as câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos. O Banco irá aplicar este normativo no início do período anual em que o mesmo se tornar efetivo. IAS 36 (alteração) ‘Divulgação do valor recuperável para ativos não financeiros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração trata da divulgação de informação sobre o valor recuperável de ativos em imparidade, quando este tenha sido mensurado através do modelo do justo valor menos custos de vender. Não é expectável que esta alteração venha a ter impacto nas Demonstrações Financeiras do Banco. IAS 39 (alteração) ‘Novação de derivados e continuidade da contabilidade de cobertura’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). A alteração à IAS 39 permite que uma Entidade mantenha a contabilização de cobertura, quando a contraparte de um derivado que tenha sido designado como instrumento de cobertura, seja alterada para uma câmara de compensação, ou equivalente, como consequência da aplicação de uma lei ou regulamentação. Não é expectável que esta alteração venha a ter impactos nas Demonstrações Financeiras do Banco. Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 27 - ’Sociedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). A alteração define uma Sociedade de investimento (‘Investment entities’) e introduz uma exceção à aplicação da consolidação no âmbito da IFRS 10, para as entidades que qualifiquem como as Sociedades de investimento, cujos investimentos em subsidiárias devem ser mensurados ao justo valor através de resultados do exercício, por referência à IAS 39. Divulgações específicas exigidas pela IFRS 12. O Banco irá aplicar esta alteração no início do período anual em que a mesma se torne efetiva. IAS 19 (alteração), ‘Planos de benefícios definidos – Contribuições dos empregados’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso da União Europeia. A alteração à IAS 19 aplica-se a contribuições de empregados ou entidades terceiras para planos de benefícios definidos, e pretende simplificar a sua contabilização, quando as contribuições são independentes do número de anos de serviço. Não é expectável que esta alteração venha a ter impactos nas Demonstrações Financeiras do Banco. Melhorias às normas 2010 - 2012, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 2, IFRS 3, IFRS 8, IFRS 13, IAS 16, IAS 24 e IAS 38. O Banco irá aplicar as melhorias às normas do ciclo 20102012 no período em que se tornarem efetivas. Melhorias às normas 2011 - 2013, (a aplicar, em geral, nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de julho de 2014). Estas alterações ainda estão sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia. Este ciclo de melhorias afecta os seguintes normativos: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 13, e IAS 40. O Banco irá aplicar as melhorias às normas do ciclo 2011-2013 no período em que se tornarem efetivas. IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros – classificação e mensuração’ (data de aplicação ainda não definida). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRS 9 corresponde à primeira parte do novo normativo IFRS para instrumentos financeiros, a 59 Relatório e Contas qual prevê a existência de duas categorias de mensuração: custo amortizado e justo valor. Todos os instrumentos de capital próprio são mensurados ao justo valor. Os instrumentos financeiros são mensurados ao custo amortizado apenas quando a Entidade o detenha para receber fluxos de caixa contratuais, e os fluxos de caixa correspondam a capital/valor nominal e juros. Caso contrário, os instrumentos financeiros são mensurados ao justo valor através de resultados. O Banco irá aplicar a IFRS 9 no exercício em que esta se tornar efetiva. IFRS 9 (alteração), ‘Instrumentos financeiros – contabilidade de cobertura’ (data de aplicação ainda não definida). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração corresponde à terceira fase da IFRS 9, e reflete uma revisão substancial das regras de contabilidade de cobertura da IAS 39, eliminando a avaliação quantitativa da eficácia da cobertura, permitindo que um maior número de itens possa ser elegível como itens cobertos, e permitindo o diferimento de determinados impactos de instrumentos de cobertura em Outros rendimentos integrais. Esta alteração visa aproximar a contabilidade de cobertura às práticas de gestão de risco da Entidade. O Banco irá aplicar a IFRS 9 no exercício em que esta se tornar efetiva. Interpretações IFRIC 21 (nova), ‘Taxas do governo’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2014). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. A IFRIC 21 é uma interpretação à IAS 37 e ao reconhecimento de passivos, clarificando que o acontecimento passado que resulta numa obrigação de pagamento de uma taxa ou imposto (“levy”) corresponde à atividade descrita na legislação relevante que obriga ao pagamento. O Banco irá aplicar a IFRIC 21 no exercício em que esta se tornar efetiva. 2.2 Relato por segmentos Desde 1 de janeiro de 2009 o Banco adoptou o IFRS 8 – Segmentos Operacionais para efeitos de divulgação da informação financeira por segmentos operacionais (ver Nota 5). Um segmento operacional de negócio é um grupo de ativos e operações utilizados para providenciar produtos ou serviços, sujeitos a riscos e a benefícios, diferentes dos verificados noutros segmentos. O Banco determina e apresenta segmentos operacionais baseados na informação de gestão produzida internamente. 2.3 Participações financeiras em associadas Empresas associadas são aquelas em que o Banco exerce, direta ou indiretamente, uma influência significativa sobre a sua gestão e a sua política financeira mas não detém o controlo da empresa. Presume-se que o Banco exerce influência significativa quando detém o poder de exercer mais de 20% dos direitos de voto da associada. Mesmo quando os direitos de voto sejam inferiores a 20%, o Banco pode exercer influência significativa através da participação na gestão ou na composição dos Conselhos de Administração com poderes executivos. Nas demonstrações financeiras individuais do Banco, as empresas associadas são valorizadas ao custo histórico. Os dividendos de empresas associadas são reconhecidos nos resultados individuais do Banco na data em que são atribuídos ou recebidos. Em caso de evidência objectiva de imparidade, a perda por imparidade é reconhecida em resultados. 60 Relatório e Contas 2.4 Operações em moeda estrangeira a) Moeda funcional e moeda de apresentação As demonstrações financeiras são apresentadas em euros, sendo esta a moeda funcional e de apresentação do Banco. b) Transações e Saldos Transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional com base nas taxas de câmbio indicativas à data das transações. Ganhos e perdas resultantes da conversão de transações em moeda estrangeira, resultantes da sua liquidação e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras à taxa de câmbio do final de cada exercício, são reconhecidos na demonstração de resultados, excepto quando façam parte de relações de cobertura de fluxos de caixa ou investimento líquido em moeda estrangeira, que são diferidas em capital. As diferenças de conversão em itens não monetários, tais como instrumentos de capital mensurados ao justo valor com variações reconhecidas em resultados, são registadas como ganhos e perdas de justo valor. Em itens não monetários como sejam instrumentos de capital, classificados como disponíveis para venda, as diferenças de conversão são registadas em capital, na reserva de justo valor. 2.5 Instrumentos financeiros derivados Os Instrumentos financeiros derivados são registados ao justo valor, na data em que o Banco negoceia os contratos e subsequentemente são remensurados ao justo valor. Os justos valores são obtidos através de preços de mercados cotados em mercado ativos, incluindo transações de mercado recentes, e modelos de avaliação, nomeadamente: modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de valorização de opções. Os derivados são considerados como ativos quando o seu justo valor é positivo e como passivos quando o seu justo valor é negativo. Certos derivados embutidos em outros instrumentos financeiros, como seja a indexação da rendibilidade de instrumentos de dívida ao valor das ações ou índices de ações, são bifurcados e tratados como derivados, quando o seu risco e características económicas não sejam íntima e claramente relacionadas com os do contrato hospedeiro e este não for mensurado ao justo valor com variações reconhecidas em resultados. Estes derivados embutidos são mensurados ao justo valor, com as variações subsequentes reconhecidas na demonstração de resultados. O Banco possui: (i) derivados de negociação, os quais são mensurados ao justo valor, sendo as alterações no seu valor reconhecidas imediatamente em resultados e, (ii) derivados de cobertura de justo valor contabilizados em conformidade com o descrito na nota 3.1. a). 2.6 Reconhecimento de juros e rendimentos similares e juros e encargos similares Os proveitos e custos relacionados com juros são reconhecidos na demonstração de resultados para todos os instrumentos mensurados ao custo amortizado, de acordo com o princípio dos acréscimos, utilizando o método de pro rata temporis. Quando for identificada imparidade num ativo ou num conjunto de ativos financeiros, os juros recebidos desse ativo, ou conjunto de ativos, devem ser reconhecidos usando a taxa de juro utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros, aquando da mensuração da perda de imparidade. 61 Relatório e Contas 2.7 Proveitos com comissões As comissões são geralmente reconhecidas de acordo com o princípio dos acréscimos, à medida em que os serviços vão sendo prestados. As comissões das linhas de crédito concedidas, em que é provável que o crédito seja originado, são diferidas (conjuntamente com quaisquer custos diretamente relacionados) e reconhecidas como um ajustamento à taxa de juro efetiva. As comissões resultantes de negociações, ou participações na negociação de uma transação por uma terceira parte – tais como a compra de ações ou venda ou compra de um negócio – são reconhecidas quando a transação subjacente se encontra finalizada. As comissões de gestão de carteiras e outros aconselhamentos de gestão são reconhecidas de acordo com os serviços contratados – normalmente são reconhecidas numa base proporcional de acordo com o tempo decorrido. As comissões de gestão de ativos relacionados com os fundos e investimento são especializados durante o período em que o serviço é prestado. 2.8 Ativos financeiros Os ativos financeiros são reconhecidos no balanço do Banco na data de negociação ou contratação, que é a data em que o Banco se compromete a adquirir ou a alienar o ativo. No momento inicial, os ativos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido de custos de transação diretamente atribuíveis, excepto para os ativos ao justo valor através de resultados em que os custos de transação são imediatamente reconhecidos em resultados. Estes ativos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Banco ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) o Banco tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha transferido o controlo sobre os ativos. Os ativos e passivos financeiros são compensados e apresentados pelo valor líquido, quando e só quando, o Banco tem o direito a compensar os montantes reconhecidos e tem a intenção de liquidar pelo valor líquido. O Banco classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias: ativos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados, créditos e contas a receber, investimentos detidos até à maturidade e ativos financeiros disponíveis para venda. A gestão determina a classificação dos seus investimentos no reconhecimento inicial. a) Ativos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados Esta categoria está subdividida em duas categorias: Ativos financeiros detidos para negociação e Ativos financeiros designados na opção de justo valor. Um ativo financeiro é classificado nesta categoria, se o principal objectivo associado à sua aquisição for a venda no curto prazo ou se for designado na opção de justo valor pela gestão. Os instrumentos financeiros derivados também são classificados nesta categoria, como ativos financeiros detidos para negociação, excepto quando fazem parte de uma relação de cobertura. Apenas podem ser considerados na opção de justo valor, os Ativos e Passivos financeiros que cumpram um dos seguintes requisitos: Permite a redução de inconsistências significativas na mensuração, no caso em que derivados associados fossem tratados como detidos para negociação e os instrumentos financeiros subjacentes estiverem ao custo amortizado, tal como empréstimos e adiantamentos de clientes ou bancos e títulos de dívida; 62 Relatório e Contas Alguns investimentos, tais como investimentos de capital, que são geridos e avaliados ao justo valor de acordo com a gestão do risco ou a estratégia de investimento e são reportados à gestão nessa base; e Instrumentos financeiros, como títulos de dívida detidos, contendo um ou mais derivados embutidos que modificam significativamente os fluxos de caixa, são designados pelo justo valor através de resultados. A avaliação destes ativos é efectuada diariamente ou em cada data de reporte, com base no justo valor. No caso das obrigações e outros títulos de rendimento fixo, o valor de balanço inclui o montante de juros corridos e não pagos. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor são reconhecidos em resultados, onde se incluem os montantes de rendimentos de juros e o recebimento de dividendos para os ativos de negociação e para os passivos ao justo valor. Os rendimentos de juros de ativos financeiros ao justo valor através de resultados estão registados na margem financeira. Os ganhos e perdas resultantes de alterações no justo valor dos derivados que são geridos em conjunto com os ativos e passivos financeiros designados são incluídos na rubrica “Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. b) Créditos e contas a receber O crédito e valores a receber abrange os créditos concedidos pelo Banco a Clientes e a Instituições de Crédito, operações de locação financeira, operações de factoring, participações em empréstimos sindicados e créditos titulados (papel comercial e obrigações emitidas por Empresas) que não sejam transaccionadas num mercado ativo e para os quais não haja intenção de venda. Os empréstimos e créditos titulados transaccionados num mercado ativo são classificados como ativos financeiros disponíveis para venda. No momento inicial os créditos e valores a receber são registados ao justo valor. Em geral, o justo valor no momento inicial corresponde ao valor de transação e inclui comissões, taxas ou outros custos e proveitos associados às operações de crédito. Posteriormente, os empréstimos e contas a receber são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva e sujeitos a testes de imparidade. Os juros, comissões e outros custos e proveitos associados a operações de crédito são periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. As comissões recebidas por compromissos de crédito são reconhecidas de forma diferida e linear durante a vida do compromisso. O Banco classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam, no máximo, trinta dias após o seu vencimento. Nos créditos em contencioso são consideradas vencidas todas as prestações de capital (vincendas e vencidas). Factoring O crédito a clientes inclui os adiantamentos efectuados nas operações de factoring com recurso e o valor das facturas cedidas para cobrança sem recurso, cuja intenção não é a venda no curto prazo, sendo registado na data de aceitação das facturas cedidas pelos Aderentes. 63 Relatório e Contas As facturas ou outros documentos cedidos pelos Aderentes para cobrança sem recurso bem como a parte adiantada das facturas tomadas com recurso, são registadas no ativo, na rubrica de Créditos sobre clientes. Como contrapartida, é movimentada a rubrica de Outros passivos. As tomadas de facturas com recurso em que o adiantamento de fundos por conta dos respectivos contratos ainda não se verificou, são registadas nas contas extrapatrimoniais pelo valor das facturas tomadas. A conta extrapatrimonial vai sendo regularizada à medida que o adiantamento das facturas for realizado. Os compromissos resultantes de linhas de créditos concedidas a aderentes e ainda não utilizadas são registados nas contas extrapatrimoniais. Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em contas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em contas de resultados ao longo da vida das operações. Estas operações são sujeitas a testes de imparidade. c) Investimentos detidos até à maturidade Esta rubrica inclui ativos financeiros, não derivados, com pagamentos fixados, ou determináveis, e maturidades definidas, que o Banco tem intenção e capacidade de deter até à maturidade. No reconhecimento inicial estes ativos são registados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os custos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequentemente, estes investimentos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva e sujeitos a testes de imparidade. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício. d) Ativos financeiros disponíveis para venda Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que: (i) o Banco tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias acima referidas. Esta rubrica inclui: Títulos de rendimento fixo que não tenham sido classificados como carteira de negociação nem carteira de crédito ou investimentos detidos até à maturidade; Títulos de rendimento variável disponíveis para venda; e Suprimentos e prestações suplementares de capital em ativos financeiros disponíveis para venda. Os ativos classificados como disponíveis para venda são avaliados ao justo valor, excepto no caso de instrumentos de capital próprio não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não pode ser fiavelmente mensurado ou estimado, que permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas resultantes de alterações ao justo valor de ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos diretamente nos capitais próprios na rubrica “Reservas de reavaliação de justo valor”, excepto no caso de perdas por imparidade e de ganhos e perdas cambiais de ativos 64 Relatório e Contas monetários, até que o ativo seja vendido, no momento em que o ganho ou perda anteriormente reconhecido no capital próprio é registado em resultados. Os juros corridos de obrigações e outros títulos de rendimento fixo e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto), são registados em resultados, de acordo com o método da taxa efetiva. Os rendimentos de títulos de rendimento variável (dividendos no caso de ações) são registados em resultados, na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição. Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldade financeira do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, se houver uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidades relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas. No caso de títulos para os quais tenha sido reconhecida imparidade, posteriores variações negativas de justo valor são sempre reconhecidas em resultados. As variações cambiais de ativos não monetários (instrumentos de capital próprio) classificados na carteira de disponíveis para venda são registadas em reservas de justo valor. As variações cambiais dos restantes títulos são registadas em resultados. 2.9 Imparidade de ativos financeiros a) Ativos mensurados ao custo amortizado O Banco avalia a cada data de balanço, se existe evidência objectiva de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros. Um ativo ou grupo de ativos financeiros encontra-se em imparidade e as perdas de imparidade já foram incorridas, se e só se, existir evidência objectiva de imparidade em resultado de um ou mais eventos ocorridos após a mensuração inicial do ativo, e esse evento (ou eventos) tem impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo ou grupo de ativos financeiros e estes podem ser estimados com fiabilidade. Evidência objectiva que um ativo ou grupo de ativos financeiros se encontra em imparidade, inclui dados observáveis, que o Banco tenha conhecimento, sobre os seguintes eventos de perda: (i) dificuldades financeiras significativas do emitente; (ii) incumprimento do contrato, como por exemplo atraso no pagamento do capital e/ou juros; (iii) facilidades concedidas ao devedor decorrentes das suas dificuldades financeiras, que não existiriam noutras circunstâncias; (iv) probabilidade elevada de falência ou de reorganização financeira do devedor; (v) desaparecimento de mercado ativo para um ativo financeiro devido a dificuldades financeiras; (vi) informação indicativa que ocorrerá uma diminuição mensurável nos fluxos de caixa futuros estimados de um conjunto de ativos financeiros desde o seu reconhecimento inicial, embora essa diminuição não seja ainda identificável individualmente nos ativos do Banco, incluindo: – alterações adversas nas condições e/ou capacidade de pagamentos do grupo; 65 Relatório e Contas – as condições económicas nacionais ou locais correlacionáveis com o incumprimento de ativos de um grupo. Inicialmente, o Banco avalia se existe evidência objectiva de imparidade, para ativos financeiros que individualmente sejam significativos, e individualmente ou em grupo para ativos financeiros que não são individualmente significativos. Se o Banco determinar que não existe evidência objectiva de imparidade para um ativo financeiro analisado individualmente, seja este significativo ou não, inclui esse ativo num grupo de ativos financeiros com risco de crédito similar e analisa em grupo a existência de imparidade. Se existir evidência objectiva de que o Banco incorreu numa perda de imparidade em créditos e contas a receber, ou investimentos detidos até à maturidade, o montante das perdas é determinado através da diferença entre o valor de balanço desses ativos e o valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo perdas de imparidade futuras que ainda não tenham sido incorridas), descontados à taxa de juro efetiva original do ativo financeiro. O valor de balanço do ativo é reduzido através da utilização de uma conta de provisões e o montante da perda é reconhecido na demonstração de resultados. O Banco pode ainda determinar as perdas de imparidade, através do justo valor dos instrumentos, recorrendo a preços de mercado observáveis. Na análise da existência de imparidade em base de portfólio, o Banco estima a probabilidade de uma operação ou cliente em situação regular entrar em incumprimento durante o período emergente (período estimado entre a ocorrência da perda e a sua identificação). Em geral, o período emergente utilizado pelo Banco é de cerca de 6 meses. Para a análise de existência de imparidade em grupos de ativos, os ativos financeiros são agrupados tendo por base características de risco de crédito similares (ie, tendo por base o processo de classificação do Banco que considera o tipo de ativos, localização geográfica, tipo de garantia recebida, incumprimento e outros factores considerados relevantes). Essas características são relevantes para a estimativa dos fluxos de caixa futuros de grupos de ativos financeiros, uma vez que são indicativos da capacidade do devedor fazer face aos montantes a pagar, de acordo com os termos contratuais dos ativos a serem avaliados. Os fluxos de caixa futuros de um grupo de ativos financeiros, avaliados em conjunto para efeitos de imparidade, são estimados tendo por base os fluxos de caixa contratuais dos ativos do grupo e dados históricos relativos a perdas em ativos com características de risco de crédito similares aos que integram o grupo. Os dados históricos são ajustados tendo por base dados correntes observáveis, afim destes refletirem os efeitos das condições correntes que não afectaram o período em que os dados históricos foram recolhidos e para remover os efeitos de condições que existiam quando os dados históricos foram recolhidos, mas que não existem correntemente. Se, num período subsequente, o montante das perdas de imparidade diminuir e essa diminuição possa ser atribuída a um evento que tenha ocorrido depois de ter sido registada a imparidade (como por exemplo uma melhoria no rating de crédito do devedor), o montante previamente reconhecido é revertido através do ajustamento da conta de provisões. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados. Os créditos concedidos a clientes cujos termos tenham sido renegociados, deixam de ser considerados como vencidos e passam a ser tratados como novos créditos. Os procedimentos de reestruturação incluem: alargamento das condições de pagamento, planos de gestão aprovados, alteração e diferimento de pagamentos. As práticas e políticas de reestruturação são baseadas em 66 Relatório e Contas critérios que, do ponto de vista da gestão do Banco, indiciam que os pagamentos têm elevada probabilidade de continuar a ocorrer. b) Ativos mensurados ao justo valor O Banco avalia, a cada data de balanço, se existe evidência objectiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos está em imparidade. No caso dos investimentos em instrumentos de capital classificados como disponíveis para venda, um declínio no justo valor, abaixo do seu custo de aquisição, significativo ou prolongado é tido em consideração para determinar se os mesmos se encontram em imparidade. Se existir evidência de imparidade em ativos classificados como disponíveis para venda, as perdas acumuladas – determinadas através da diferença entre o custo de aquisição e o justo valor, menos qualquer perda de imparidade nesse ativo financeiro, que tenha sido reconhecida anteriormente em resultados – é transferida de capitais próprios para a demonstração de resultados. Perdas de imparidade em instrumentos de capital próprio, que tenham sido reconhecidas na demonstração de resultados, não são reversíveis. Se num período posterior, o justo valor de um instrumento de dívida classificado como disponível para venda, aumentar e esse acréscimo estiver objectivamente relacionado com um evento ocorrido depois da perda de imparidade ter sido reconhecida em resultados, a perda de imparidade é revertida através do seu registo na demonstração de resultados. 2.10 Ativos intangíveis - Software informático As licenças de software adquiridas são capitalizadas de acordo com os custos incorridos para a sua aquisição e para a sua entrada em funcionamento. Estes custos são amortizados segundo a vida útil esperada. Os custos associados ao desenvolvimento ou manutenção de software são reconhecidos como custos do exercício quando incorridos. Os custos diretamente associados à produção de produtos de software únicos e identificáveis, controlados pelo Banco e que provavelmente irão gerar benefícios económicos futuros, por mais de um ano e que excedem os custos, são reconhecidos como ativos intangíveis. Os custos de desenvolvimento de software reconhecidos como ativos são amortizados durante a sua vida útil, utilizando o método das quotas constantes. 2.11 Ativos tangíveis Os imóveis são compostos essencialmente por escritórios e balcões do Banco. Todos os ativos tangíveis são mensurados ao custo histórico menos amortizações. O custo histórico inclui despesas diretamente atribuíveis à aquisição dos ativos. Os custos subsequentes são incluídos no valor de balanço do ativo ou reconhecidos como outro ativo, apenas se for provável que associado à detenção desse ativo, o Banco tenha benefícios económicos futuros e ainda que o custo do ativo possa ser mensurado com fiabilidade. Todos os restantes custos associados a operações de manutenção e reparação são imputados à demonstração de resultados, no período em que são incorridos. 67 Relatório e Contas Os terrenos não são amortizados. A amortização dos restantes ativos tangíveis é calculada seguindo o método das quotas constantes, durante a sua vida útil estimada, de modo a reduzir o seu custo até ao seu valor residual, como segue: Anos de vida útil Edifícios de uso próprio Obras em edifícios arrendados 50 10, ou durante o período de arrendamento se este for inferior a 10 anos Mobiliário e material 5a8 Equipamento informático 3e4 Equipamento de transporte 4 Outro equipamento 4 a 10 Os ativos tangíveis sujeitos a amortização são submetidos a testes de imparidade sempre que eventos ou alterações em certas circunstâncias indiquem que o seu valor de balanço poderá não ser recuperável. O valor de balanço de um ativo é imediatamente ajustado para o seu valor recuperável, se o seu valor de balanço for superior ao valor estimado de recuperação. O montante recuperável é o maior entre o valor de uso e o justo valor do ativo, menos os custos de venda. Os ganhos e perdas resultantes de alienações resultam da comparação do valor de realização e o valor de balanço. Estes ganhos e perdas são registados na demonstração de resultados. 2.12 Ativos tangíveis detidos para venda Os ativos (imóveis, equipamentos e outros bens) recebidos em dação em cumprimento de operações de crédito são registados na rubrica “Ativos tangíveis detidos para venda” pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do imóvel, à data da dação. A política do Banco para este tipo de ativos é de proceder à sua alienação, no prazo mais curto em que tal seja praticável. Estes imóveis são objecto de avaliações periódicas que dão lugar a perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados (ver nota 29). As mais-valias potenciais nestes ativos não são reconhecidas no balanço. 2.13 Locações a) Como locatário As locações efetuadas pelo Banco são essencialmente realizadas sobre equipamentos de transporte, sendo que existem contratos classificados como locações financeiras e outros como locações operacionais. Os pagamentos efectuados nas locações operacionais são registados na demonstração de resultados. Quando uma locação operacional é cessada antes que o período de locação tenha expirado, qualquer pagamento requerido pelo locador, a título de indemnização, é reconhecido como um custo no período em que a operação seja cessada. 68 Relatório e Contas Os contratos de locação financeira são registados nas datas do seu início, na respetiva rubrica de ativos tangíveis ou intangíveis, por contrapartida da rubrica de Outros passivos, pelo mínimo entre (i) o justo valor do ativo e (ii) valor atual dos pagamentos mínimos da locação financeira. Os custos incrementais pagos na locação são adicionados ao ativo reconhecido. Os ativos tangíveis são amortizados de acordo com o definido na Nota 2.11. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em custos e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzido à rubrica Outros passivos. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período de locação, a fim de produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo para cada período. No entanto, se não houver certeza razoável de que o Banco obterá a posse no fim do prazo da locação, o ativo deve ser totalmente depreciado durante o prazo da locação ou da sua vida útil, o que for mais curto. b) Como locador Os ativos detidos sob locação financeira são registados como créditos concedidos, pelo valor atual dos pagamentos a efetuar na locação. A diferença entre o valor bruto a receber e o valor atual do saldo a receber é reconhecido como um proveito financeiro a receber. Os juros incluídos nas rendas debitadas aos clientes são registados em proveitos, enquanto que as amortizações de capital, também incluídas nas rendas, são deduzidas ao valor global do crédito inicialmente concedido. O reconhecimento do resultado financeiro reflete uma taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador. 2.14 Provisões Provisões para outros riscos e encargos As provisões para custos de reestruturação e processos legais, são reconhecidas sempre que: o Banco tenha uma obrigação legal ou construtiva resultante de acontecimentos passados; sempre que for mais provável existir uma saída de recursos (do que não existir essa saída de recursos), para liquidar uma obrigação; e o montante possa ser estimado com fiabilidade. Provisões para riscos específicos e gerais de crédito Nas demonstrações financeiras, a carteira de crédito e garantias está sujeita à constituição de provisões nos termos do Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, nomeadamente para: crédito vencido e crédito de cobrança duvidosa; riscos gerais de crédito; risco-país. Estas provisões incluem: (i) uma provisão específica para crédito e juros vencidos apresentada no ativo como dedução à rubrica Créditos a clientes, calculada mediante a aplicação de taxas que variam entre 0,5% e 100% sobre os saldos de crédito e juros vencidos, em função da classe de risco e da existência ou não de garantias (ver nota 23); (ii) uma provisão específica para créditos de cobrança duvidosa, apresentada no ativo a deduzir à rubrica Créditos a clientes, que corresponde à aplicação das taxas previstas para as classes de incumprimento, às prestações reclassificadas como vencidas de uma mesma operação de crédito, assim como a aplicação, aos créditos vincendos de um mesmo cliente em que se verifique que as 69 Relatório e Contas prestações em mora de capital e juros excedem 25% do capital em dívida acrescido dos juros vencidos, de metade das taxas de provisionamento aplicáveis aos créditos vencidos (ver nota 23); (iii) uma provisão genérica para riscos gerais de crédito, evidenciada no passivo, na rubrica provisões para riscos e encargos, correspondente a um mínimo de 1% do total do crédito não vencido pelo Banco, incluindo o representado por garantias e avales prestados, excepto para o crédito ao consumo em que a taxa de provisão ascende a um mínimo de 1,5% do referido crédito e para o crédito garantido por hipoteca sobre imóvel destinado à habitação do mutuário, em que se aplica a taxa mínima de 0,5% (ver nota 35); e (iv) uma provisão para risco-país, constituída para fazer face ao risco imputado aos ativos financeiro e elementos extra patrimoniais sobre residentes de países considerados de risco, conforme Instrução do Banco de Portugal nº 94/96 (ver nota 23 e 35). 2.15 Benefícios a empregados a) Responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência Face às responsabilidades assumidas no âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário, o Banco constituiu um Fundo de Pensões destinado a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência, relativamente à totalidade do pessoal, calculadas em função dos salários projetados do pessoal no ativo. O fundo de pensões é suportado através de contribuições efetuadas, com base nos montantes determinados por cálculos atuariais periódicos. Um plano de pensões de benefícios definidos é um plano de pensões que define o montante de benefícios com pensões que um empregado irá receber quando se reformar, estando normalmente dependente de um ou mais factores nomeadamente, idade, anos de serviço e compensações. O Banco determina anualmente o valor das responsabilidades com serviços passados através de cálculos atuariais pelo método “Projected Unit Credit” para as responsabilidades com serviços passados por velhice e método de “Prémios Únicos Sucessivos” para o cálculo dos benefícios de invalidez e sobrevivência. Os pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas à data de balanço para o crescimento dos salários e das pensões e baseiam-se em tábuas de mortalidade adaptadas à população do Banco. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Os pressupostos são mutuamente compatíveis. O valor das responsabilidades inclui, para além dos benefícios com pensões de reforma, os benefícios com cuidados médicos pós-emprego (SAMS) e com subsídio de morte na reforma. Até 31 de dezembro de 2012, o Banco reconhecia o valor acumulado líquido (após 1 de janeiro de 2004) dos ganhos e perdas atuariais resultantes de alterações nos pressupostos atuariais e financeiros e de diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente verificados, na rubrica “Outros ativos ou Outros passivos – Desvios atuariais”. Eram enquadráveis no corredor, os ganhos ou perdas atuariais acumuladas que não excediam 10% do valor das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor do fundo de pensões, dos dois o maior. Os valores que excediam o corredor eram amortizados em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos trabalhadores abrangidos pelo plano. Em 1 de janeiro de 2013, e conforme referido em 2.19 Alteração na Política Contabilística de Reconhecimento dos Desvios Actuariais, o BAPOP alterou a sua política contabilística de 70 Relatório e Contas reconhecimento de desvios actuariais e financeiros de planos de pensões e outros benefícios pósemprego de benefício definido, de acordo com as disposições da IAS 19 Revised. Os ganhos e perdas actuariais e financeiras passam a ser reconhecidos no período em que ocorrem directamente nos capitais próprios, na Demonstração de Rendimento Integral. Os acréscimos de responsabilidades por serviços passados decorrente da passagem de trabalhadores à situação de reforma antecipada são integralmente reconhecidos como custo nos resultados do exercício em que se verificam. Os acréscimos de responsabilidades por serviços passados decorrentes de alterações das condições dos Planos de Pensões são integralmente reconhecidos como custo no caso de benefícios adquiridos, ou amortizados durante o período que decorre até os benefícios se tornarem adquiridos. O saldo dos acréscimos de responsabilidades ainda não relevados como custo está registado na rubrica de “Outros ativos”. A cobertura das responsabilidades com serviços passados (benefícios pós-emprego) é assegurada por um fundo de pensões. O valor dos fundos de pensões corresponde ao justo valor dos seus ativos à data do balanço. O regime de financiamento pelo fundo de pensões está definido no Aviso n.º 4/2005, do Banco de Portugal, que determina a obrigatoriedade de financiamento integral das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades por serviços passados de pessoal no ativo. Nas demonstrações financeiras do Banco, o valor das responsabilidades com serviços passados por pensões de reforma, líquido do valor do fundo de pensões, está registado na rubrica “Outros passivos”. Os resultados do Banco incluem os seguintes custos relativos a pensões de reforma e sobrevivência: custo do serviço corrente; custo dos juros da totalidade das responsabilidades; rendimento esperado dos fundos de pensões; custos com acréscimo de responsabilidades por reformas antecipadas; amortização de desvios atuariais ou de alterações de pressupostos fora do corredor; custos (ou amortização) resultantes da alteração das condições do Plano de Pensões. Na data da transição, o Banco adoptou a possibilidade permitida pela IFRS 1 de não recalcular os ganhos e perdas atuariais diferidos desde o início dos planos (opção designada por reset). Deste modo, os ganhos e perdas atuariais diferidos registados nas contas do Banco em 31 de dezembro de 2003, foram integralmente anulados por contrapartida de resultados transitados na data da transição – 1 de janeiro de 2004. b) Prémios de antiguidade O Banco ao aderir ao Acordo Colectivo de Trabalho para o Sector Bancário Português assume o compromisso de atribuir aos trabalhadores no ativo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efetivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual, respetivamente, a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efetiva no ano da atribuição. O Banco determina anualmente o valor atual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos atuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas à data de balanço para o crescimento dos salários e 71 Relatório e Contas baseiam-se em tábuas de mortalidade adaptadas à população do Banco. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. Os pressupostos são mutuamente compatíveis. As responsabilidades por prémios de antiguidade são registadas na rubrica “Outros passivos”. Os resultados do Banco incluem os seguintes custos relativos a responsabilidades por prémios de antiguidade: custo do serviço corrente (custo do ano); custo dos juros; ganhos e perdas resultantes de desvios atuariais, de alterações de pressupostos ou da alteração das condições dos benefícios. 2.16 Impostos diferidos Os impostos diferidos são registados utilizando o método da dívida de balanço, baseado nas diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos ativos e passivos para preparação de demonstrações financeiras e os montantes apurados para tributação. Os impostos diferidos são calculados utilizando a taxa efetiva de imposto sobre os lucros apurada à data de balanço e que é expectável que venha a ser aplicada quando os referidos impostos diferidos ativos sejam realizados ou os impostos diferidos passivos sejam liquidados. São reconhecidos impostos diferidos ativos, se for provável que no futuro existam impostos sobre lucros suficientes para que possam ser utilizados. Os impostos sobre os lucros, baseados na aplicação das taxas legais em cada jurisdição são reconhecidos como custo no período em que os lucros sejam originados. Os efeitos fiscais dos prejuízos fiscais reportáveis são reconhecidos como um ativo quando é provável que os futuros lucros tributáveis sejam suficientes para que os prejuízos fiscais reportáveis sejam utilizados. Os impostos diferidos relacionados com a reavaliação do justo valor de um investimento disponível para venda, que é debitado ou creditado diretamente em capital próprio, também são creditados ou debitados diretamente em capital próprio e subsequentemente são reconhecidos na demonstração de resultados juntamente com os ganhos ou perdas diferidos. 2.17 Passivos financeiros O Banco classifica os seus passivos financeiros nas seguintes categorias: passivos financeiros detidos para negociação, outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados, recursos de bancos centrais, recursos de outras instituições de crédito, recurso de clientes, responsabilidades representadas por títulos e outros passivos subordinados. A gestão determina a classificação dos seus investimentos no reconhecimento inicial. a) Passivos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados Esta rubrica inclui essencialmente depósitos com rendimento indexado a cabazes de ações ou índices e o justo valor negativo dos contratos de derivados. A avaliação destes passivos é efectuada com base no justo valor. O valor de balanço dos depósitos inclui o montante dos juros corridos e não pagos. 72 Relatório e Contas b) Recursos de bancos centrais, de outras instituições de crédito e de clientes Após o reconhecimento inicial, os depósitos e recursos financeiros de clientes, de bancos centrais e de instituições de crédito são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva. c) Responsabilidades representadas por títulos e outros passivos subordinados Estes passivos são reconhecidos inicialmente ao justo valor, sendo este o seu montante de emissão líquido de custos de transação incorridos. Estes passivos são subsequentemente mensurados ao custo amortizado e qualquer diferença entre o montante líquido recebido na transação e o valor de reembolso é reconhecido na demonstração de resultados durante o período do passivo utilizando o método da taxa de juro efetiva. Se o Banco adquirir a sua própria dívida, esse montante é retirado ao valor do balanço e a diferença entre o valor de balanço do passivo e o montante despendido na aquisição é registado em resultados. 2.18 Ativos não correntes detidos para venda Os ativos não correntes, ou grupos para alienação, são classificados como detidos para venda sempre que se determine que o seu valor de balanço será recuperado através de venda. Esta condição apenas se verifica quando a venda seja altamente provável e o ativo esteja disponível para venda imediata no seu estado atual. A operação de venda deverá verificar-se até um período máximo de um ano após a classificação nesta rubrica. Uma extensão do período durante o qual se exige que a venda seja concluída não exclui que um ativo, ou grupo para alienação, seja classificado como detido para venda se o atraso for causado por acontecimentos ou circunstâncias fora do controlo do Banco e se mantiver o compromisso de venda do ativo. Imediatamente antes da classificação inicial do ativo, ou grupo para alienação, como detido para venda, a mensuração dos ativos não correntes (ou de todos os ativos e passivos do grupo) é efectuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes ativos ou grupos para alienação, são remensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda. 2.19 Alteração à política contabilística de reconhecimento de desvios atuariais Em 1 de janeiro de 2013, o Banco alterou a sua política contabilística de reconhecimento de desvios actuariais e financeiros de planos de pensões e outros benefícios pós-emprego de benefício definido (ver 2.15 Benefícios a Empregados), de acordo com as disposições da IAS 19 Revised. Os ganhos e perdas actuariais e financeiras passam a ser reconhecidos no período em que ocorrem directamente nos capitais próprios, na Demonstração de Rendimento Integral. O Banco aplicava, anteriormente, o método do corredor, reconhecendo os ganhos e perdas actuariais no balanço do Banco, estabelecendo um corredor para absorver os ganhos e perdas actuariais e financeiros acumulados que não excedessem 10% do valor das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor dos ativos do Fundo de Pensões, dos dois o maior. Os montantes em excesso do corredor definido seriam amortizados em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos trabalhadores abrangidos pelo plano. A aplicação retrospectiva da política contabilística de reconhecimento de desvios actuariais, acordo com a IAS 8, acarretou os seguintes impactos nos capitais próprios: 73 de Relatório e Contas Capitais Próprios em 01-01-12 Saldo conform e IAS 19 pre-revised 496 327 Ganhos/Perdas actuariais acumulados a 1 de Janeiro de 2012 Ganhos/Perdas actuariais do exercício de 2012 Impostos diferidos afectos a desvios actuariais Saldo conform e IAS 19 revised Resultado do Exercício de 2012 2 692 2 931 647 639 2 931 - 2 196 3 516 3 516 502 774 Capitais Próprios em 31-12-12 2 692 651 890 3. Gestão do risco financeiro 3.1 Estratégia usada em instrumentos financeiros Face à atividade que desenvolve, o Banco capta recursos essencialmente através de depósitos de clientes e de operações de mercado monetário. Para além da atividade de concessão de crédito, o Banco aplica ainda os recursos captados em investimentos financeiros, em particular, num conjunto de instrumentos que compõem a atual carteira de títulos do Banco. A carteira de títulos - incluindo ativos financeiros disponíveis para venda, investimentos até à maturidade, carteira de negociação e outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados ascendia no final de 2013 a cerca de 1,8 mil milhões de euros, representando cerca de 19,3% do total do ativo líquido do Banco Popular. A tipologia destes ativos apresentava a seguinte composição: 2,1% de dívida pública portuguesa, 67,5% de dívida pública espanhola, 26,1% de instituições financeiras e 4,3% de outros emissores. Para fazer face ao risco de taxa de juro, o Banco efetuou operações de swap de taxa de juro e operações de mercado monetário, procurando assim controlar a variabilidade do risco de taxa de juro e dos fluxos gerados por estes ativos. a) Cobertura do justo valor Os ganhos e perdas resultantes da reavaliação de derivados de cobertura são registados em resultados. Os ganhos e perdas na variação do justo valor de ativos e passivos financeiros cobertos, correspondentes ao risco coberto, são também reconhecidos em resultados, por contrapartida do valor de balanço dos ativos ou passivos cobertos, no caso de operações ao custo amortizado ou por contrapartida da reserva de reavaliação de justo valor, no caso de ativos disponíveis para venda. Os testes de eficácia de cobertura são devidamente documentados numa base regular, assegurandose a existência de comprovativos durante a vida das operações cobertas. Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos pela contabilidade de cobertura, esta deverá ser descontinuada prospectivamente. b) Cobertura de cash flow Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash-flow hedge), a parte efetiva das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respectivo item coberto afectar resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efetuará, os 74 Relatório e Contas montantes ainda registados em capital próprio são imediatamente reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é transferido para a carteira de negociação. O Banco possui algum risco de cash-flow no que se refere a posições em aberto em moeda estrangeira. No entanto, face à escassa materialidade da posição global normalmente existente, não são efetuadas quaisquer operações de cobertura da mesma. 3.2 Ativos e passivos financeiros mensurados ao justo valor A Administração do Banco considera que à data de 31 de dezembro de 2013, o justo valor dos ativos e passivos financeiros ao custo amortizado não difere significativamente do correspondente valor de balanço. Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, se existir um mercado ativo, o preço de mercado é aplicado. No caso de não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns dos ativos e passivos financeiros, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Os resultados financeiros líquidos de ativos e passivos financeiros ao justo valor não qualificados como de cobertura, inclui um valor de 9 517 milhares de euros (2012: 1 125 milhares de euros). Assim, a variação de justo valor reconhecida em resultados no período analisa-se como segue: 31-12-2013 Justo Valor Variação 31-12-2012 Justo Valor Variação Ativos financeiros ao justo valor através de resultados Derivados de negociação Sw aps de taxa de juro Sw aps de cotações Futuros Opções 25 505 167 70 40 114 1 433 38 429 154 226 39 706 1 990 92 002 614 1 611 456 63 - 29 950 41 339 - 529 888 611 574 795 65 - 1 192 - 29 456 68 105 - 43 240 - 179 39 817 138 226 - 39 602 223 Ativos financeiros disponíveis para venda Instrumentos Instrumentos Instrumentos Instrumentos de dívida emitidos por residentes de capital emitidos por residentes de dívida emitidos por não residentes de capital emitidos por não residentes Passivos financeiros ao justo valor através de resultados Derivados de negociação Sw aps de taxa de juro Sw aps de cotações Futuros Opções 9 517 1 125 O quadro seguinte classifica as mensurações do justo valor dos ativos e passivos financeiros do Banco, baseando-se numa hierarquia do justo valor que reflete o significado dos inputs utilizados na mensuração, conforme os seguintes níveis: - Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos; - Nível 2: inputs diferentes dos preços cotados incluídos no Nível 1 que sejam observáveis para o ativo ou passivo, quer diretamente (i.e., como preços), quer indiretamente (i.e., derivados dos preços); 75 Relatório e Contas - Nível 3: inputs para o ativo ou passivo que não se baseiam em dados de mercado observáveis (inputs não observáveis). 31-12-2013 Ativos e Passivos mensurados ao justo valor Ativos financeiros detidos para negociação Títulos de rendimento variável Derivados Nível 1 Nível 2 2 879 31-12-2012 Nível 3 45 222 25 742 Total Nível 1 Nível 2 48 101 25 742 4 953 24 983 32 954 1 703 459 677 1 099 491 Nível 3 12 976 38 809 Total 17 929 38 809 Outros Ativos financeiros ao justo valor através de resultados Títulos de rendimento fixo Ativos financeiros disponíveis para venda Títulos de dívida Títulos de capital 24 983 1 698 580 677 Derivados de cobertura Total dos Ativos mensurados ao justo valor 103 1 726 442 Passivos financeiros detidos para negociação (Derivados) Derivados de cobertura Total dos Passivos mensurados ao justo valor 3.3 4 879 0 30 724 32 954 5 192 676 1 104 683 676 103 45 899 1 803 065 0 1 137 398 44 001 13 652 1 195 051 29 629 29 629 40 181 40 181 101 883 101 883 128 563 128 563 131 512 0 131 512 0 168 744 0 168 744 Risco de crédito O Banco assume exposições de risco de crédito, que é o risco da possível perda causada pelo incumprimento das obrigações contratuais das contrapartes da entidade. No caso dos financiamentos produz-se como consequência da não recuperação do capital, juros e comissões, nos termos da dívida, prazos e demais condições estabelecidas nos contratos. No que se refere a riscos fora de balanço, deriva do incumprimento pela contraparte das suas obrigações perante terceiros, o que implica que a entidade os assuma como próprios em função do compromisso contraído. O Banco estrutura os níveis de risco de crédito que assume através de limites estabelecidos de montantes de risco aceitável em relação ao mutuário ou grupo de mutuários e a segmentos geográficos e industriais. A exposição ao risco de crédito é gerida através de uma análise regular da capacidade de mutuários e potenciais mutuários de satisfazer obrigações de pagamento de capital e juros, e por alterar estes limites de empréstimos quando apropriado. Exposições a risco de crédito são também geridas em parte pela obtenção de colaterais e garantias pessoais ou empresariais. - Colaterais O Banco utiliza uma diversidade de políticas e práticas de forma a mitigar o risco de crédito. A mais tradicional é a obtenção de garantias colaterais aquando do adiantamento de fundos. O Banco implementa orientações em relação à aceitabilidade de classes específicas de colateral ou de mitigação do risco de crédito. Os principais tipos de colateral para créditos e valores a receber são: - Hipotecas sobre imóveis; - Penhores de aplicações efetuadas no Banco; - Penhor de ativos como instalações, inventários e contas a receber; 76 Relatório e Contas - Penhor sobre instrumentos financeiros, como títulos de dívida e ações. Financiamentos de longo prazo a entidades empresariais e individuais, são geralmente garantidos; créditos individuais de baixo valor e recorrentes geralmente não têm garantia. Adicionalmente, com o intuito de minimizar a perda, no momento em que existem indicadores de imparidade para os créditos e valores a receber, o Banco procura colaterais adicionais das contrapartes relevantes. O colateral detido para ativos financeiros, que não empréstimos e adiantamentos, é determinado pela natureza do instrumento. Instrumentos de dívida, tesouro e outros títulos geralmente não se encontram colaterizados. - Compromissos de concessão de crédito O objectivo principal destes instrumentos é assegurar que os fundos são disponibilizados a um cliente à medida que este os requisite. Compromissos de extensão de crédito representam partes não utilizadas de autorizações para estender o crédito na forma de empréstimos, garantias ou letras de crédito. Relativamente ao risco de crédito em compromissos de extensão de crédito, o Banco está potencialmente exposto a uma perda no montante igual ao total dos seus compromissos não utilizados. Contudo, o montante provável de perda é muito menor que a soma dos compromissos não utilizados em virtude dos compromissos de extensão de crédito serem revogáveis e estarem dependentes dos clientes manterem uma qualidade de crédito específica. O Banco monitoriza o prazo de vencimento de compromissos de crédito pois os compromissos de longo-prazo têm geralmente um maior grau de risco de crédito do que compromissos a curto-prazo. - Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, a exposição máxima ao risco de crédito analisa-se como segue: Balanço Disponib. em outras instit. de crédito Ativos financeiros detidos para negociação Outros ativos fin. justo valor através resultados Ativos financeiros disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Outros ativos Fora de Balanço Garantias financeiras Outras garantias Compromissos de concessão de crédito Créditos documentários Total 31-12-2013 31-12-2012 174 427 25 742 24 983 1 703 458 1 268 822 5 249 457 247 492 54 743 38 809 32 954 1 104 683 269 818 5 835 386 723 879 82 343 8 694 381 8 142 615 429 755 109 716 788 982 39 885 458 426 104 828 694 372 41 453 1 368 338 1 299 079 10 062 719 9 441 694 O quadro acima representa o pior cenário a nível de exposição do Banco a risco de crédito a 31 de dezembro de 2013 e 2012, sem ter em consideração qualquer colateral detido ou outras melhorias de crédito. Para ativos no balanço, a exposição acima é baseada na sua quantia escriturada como reportada na face do Balanço. 77 Relatório e Contas Tal como se pode verificar no quadro acima, 60,0 % do total da exposição máxima resulta de crédito a clientes (2012: 69,2%). A gestão está confiante na sua capacidade de continuar a controlar e manter uma exposição mínima ao risco de crédito do Banco, que resulta maioritariamente da sua carteira de crédito a clientes, baseando-se no seguinte: - 59% do montante de crédito a clientes têm garantias reais; - 95% do portfólio de crédito a clientes não se encontra vencido. - Concentração por sector de atividade de ativos financeiros com risco de crédito Os quadros abaixo apresentam a exposição do Banco de acordo com os valores de balanço dos ativos (excluindo juros corridos), discriminados por sector de atividade: 3 1- 12 - 2 0 13 Disponib. em outras instit. de crédito Ativos financ. detidos p/ negociação Out. ativos fin. justo valor através result. Ativos financ. disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Ativos não correntes detidos p/ venda Outros Ativos 3 1- 12 - 2 0 12 Disponib. em outras instit. de crédito Ativos financ. detidos p/ negociação Out. ativos fin. justo valor através result. Ativos financ. disponíveis para venda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Outros Ativos 3.4 Instituições Financeiras 174 427 48 400 24 983 382 761 1 268 697 Sector Público 13 862 4 461 18 221 2 052 704 587 594 54 743 20 972 25 163 655 492 269 525 Outras Indústrias 167 564 912 20 747 132 689 Instituições Financeiras Construção e Act. Imob. Sector Público Serviços Particulares Habitação O.Créditos 10 224 1 190 756 463 847 068 846 768 2 003 430 1 485 564 314 869 860 930 846 935 2 770 117 1 485 564 316 059 Outras Indústrias Serviços Particulares Habitação O.Créditos Construção e Act. Imob. 11 696 6 490 17 355 225 1 959 758 1 487 020 494 625 1 977 113 1 487 020 498 665 7 791 449 867 29 188 483 074 150 087 1 250 106 777 756 233 403 1 044 1 260 342 1 120 007 1 261 802 784 877 631 3 815 Segmentação geográfica de ativos, passivos e extra patrimoniais O Banco opera na sua totalidade no mercado nacional, não sendo relevante a apresentação por segmento geográfico, visto que não existe uma componente identificável dentro de um ambiente económico específico e que esteja sujeito a riscos ou benefícios diferenciáveis de outros. 3.5 Risco de mercado O risco de mercado é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos da carteira de negociação, provocados por flutuações em cotações de ações, taxas de juro e taxas de câmbio. 78 Relatório e Contas Em 31 de dezembro de 2013, a carteira de títulos do Banco ascendia a cerca de 1,8 mil milhões de euros, dos quais apenas cerca de 73 milhões de euros estavam classificados como ativos financeiros detidos para negociação e outros ativos financeiros ao justo valor através de resultados. O Banco utiliza o Value at Risk (VaR) como instrumento da gestão do risco da carteira de negociação. - Análise de sensibilidade No âmbito do exercício de stress-test o Banco Popular efetua uma análise de sensibilidade a oscilações de 30% dos índices acionistas. Refira-se adicionalmente que, à data de referência, o risco de mercado (instrumentos de dívida) representava cerca de 0,2% dos requisitos de fundos próprios, calculados no âmbito da Instrução 23/2007 do Banco de Portugal. 3.6 Risco de taxa de câmbio O contravalor, em milhares de euros, dos elementos à vista do ativo e do passivo expresso em moeda estrangeira decompõe-se como segue: 31 de Dezem bro de 2013 USD GBP CHF JPY CAD AUD NOK Outros Activos Caixa Disponib. em O.I.C.'s Ativos financ. dispon. p/ venda Aplicações em instit. de crédito Crédito a clientes Outros Ativos 704 87 744 46 1 879 987 91 360 123 19 902 547 22 62 20 656 136 269 4 409 44 8 52 9 9 941 5 9 955 63 5 452 3 2 056 5 515 1 2 060 8 210 218 130 135 93 121 1 147 224 403 12 238 8 219 33 20 490 225 21 246 34 5 39 10 039 2 10 041 5 593 5 593 2 052 2 052 12 123 3 138 Passivos Recursos de O.I.C.'s Recursos de clientes Outros passivos Cambiais a prazo - - 1 004 166 163 13 - 86 - 78 8 80 31 de Dezem bro de 2012 Total de Ativos 183 294 8 616 540 49 1 308 9 881 3 209 273 Total de passivos 188 061 8 572 355 21 1 314 9 986 3 226 200 - 4 767 44 185 28 - 6 - 105 - 17 73 Posições de balanço líquidas Posições de balanço líquidas 134 047 - - - Análise de sensibilidade A atividade do Banco Popular Portugal em moeda estrangeira consiste em efetuar transações tendo por base operações com clientes. Neste quadro, a posição cambial global do Banco é tendencialmente nula. Assim, como se pode constatar, qualquer que seja o impacto em termos cambiais nos preços das moedas, o impacto em termos de resultados para o Banco é financeiramente imaterial, razão pela qual não são efetuadas análises de sensibilidade. 79 Relatório e Contas 3.7 Risco de taxa de juro O risco avalia o impacto na margem financeira e nos fundos próprios como resultado de variações nas taxas de juro do mercado. O risco de taxa de juro do balanço é medido por um modelo de repricing gap sobre os ativos e passivos susceptíveis a variações de taxa de juro, em consonância com a instrução nº 19/2005 do Banco de Portugal. De um modo sucinto, este modelo agrupa os ativos e passivos sensíveis a variações em intervalos de tempo fixos (datas de vencimento ou de primeira revisão de taxa de juro, quando a mesma está indexada), a partir dos quais se calcula um impacto potencial sobre a margem de intermediação. Gap de vencimentos e reapreciações da Actividade do Banco em 31 de Dezembro de 2013 Até 1 mês De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses De 1 a 5 anos Mercado monetário Crédito a clientes Mercado de títulos Outros ativos Total do Ativo 401 153 1 372 518 104 730 1 878 401 1 004 891 2 421 740 152 784 3 579 415 1 176 867 104 075 1 280 942 226 607 1 366 852 1 593 459 54 114 37 205 51 724 74 521 672 392 889 956 54 114 1 443 249 5 249 456 1 802 962 672 392 9 222 173 Mercado monetário Mercado de depósitos Mercado de títulos Outros passivos Total do Passivo 1 749 335 853 398 558 844 3 161 577 204 017 735 845 31 045 970 907 252 703 1 466 020 149 075 1 867 798 1 013 750 1 114 255 124 422 2 252 427 6 770 47 060 1 869 247 877 303 576 3 226 575 4 216 578 865 255 247 877 8 556 285 Gap -1 283 176 2 608 508 - 586 856 - 658 968 586 380 Gap Acumulado -1 283 176 1 325 332 738 476 79 508 665 888 Caixa e Disponib. em B.Centrais e OIC's Insensível Total Gap de vencimentos e reapreciações em 31 de Dezembro de 2012 Gap -1 107 078 2 557 651 107 694 -1 508 625 597 997 Gap Acumulado -1 107 078 1 450 573 1 558 267 49 642 647 639 - Análise de sensibilidade De acordo com o modelo acima referido, o Banco calcula o impacto potencial sobre a margem financeira e sobre a situação líquida. No quadro seguinte, o modelo considera um cenário em que existe um impacto imediato de 1% nas taxas de juro, i.e., na data de revisão das taxas de juro, pelo que, quer das operações ativas quer das operações passivas, as novas taxas passam a incorporar este efeito. 80 Relatório e Contas Até 1 mês De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses Mais de 12 meses Insensível Caixa e Disponib. em B.Centrais e OIC's Mercado monetário Crédito a clientes Mercado de títulos Outros ativos Total do Ativo 401 153 1 372 518 104 730 1 878 401 1 004 891 2 421 740 152 784 3 579 415 1 176 867 104 075 1 280 942 226 607 1 366 852 1 593 459 54 114 37 205 51 724 74 521 672 392 889 956 54 114 1 443 249 5 249 456 1 802 962 672 392 9 222 173 Mercado monetário Mercado de depósitos Mercado de títulos Outros passivos Total do Passivo 1 749 335 853 398 558 844 3 161 577 204 017 735 845 31 045 970 907 252 703 1 466 020 149 075 1 867 798 1 013 750 1 114 255 124 422 2 252 427 6 770 47 060 1 869 247 877 303 576 3 226 575 4 216 578 865 255 247 877 8 556 285 Gap -1 283 176 2 608 508 - 586 856 - 658 968 586 380 Gap acumulado -1 283 176 1 325 332 738 476 79 508 665 888 Impacto com Aumento de 1% - 535 220 9 356 Impacto Acumulado - 535 - 315 9 041 Efeito Acumulado Margem Financeira Gap Acumulado 3.8 Total 9.041 121 248 7,46% Risco de liquidez O controlo do risco de liquidez procura assegurar que a instituição disponha de fundos líquidos para fazer face, a cada momento, às suas obrigações de pagamento. O Banco está exposto a pedidos diários de recursos monetários disponíveis de contas correntes, empréstimos e garantias, necessidades de contas margem e outras relacionadas com derivados liquidados em dinheiro. O Banco não detém recursos monetários para satisfazer todas estas necessidades, pois a sua experiência revela que a proporção de fundos que irão ser reinvestidos na maturidade pode ser prevista com um elevado nível de certeza. A Gestão define limites para a proporção mínima de fundos disponíveis para satisfazer os pedidos e para o nível mínimo de facilidades interbancárias e outros empréstimos que devem estar disponíveis para cobrir os levantamentos e níveis inesperados de procura. O processo de gestão de liquidez, como efectuado no Banco, inclui: - As necessidades de funding diárias que são geridas pela monitorização dos fluxos de caixa futuros de modo a garantir que os requisitos são cumpridos. Isto inclui reposição de fundos à medida que maturam ou são emprestados a clientes; - Manutenção de uma carteira de ativos com elevada liquidez que possam ser facilmente liquidados como proteção contra qualquer interrupção imprevista de fluxos de caixa; - Monitorização de rácios de liquidez tendo em conta os requisitos externos e internos; - Gestão da concentração e perfil das maturidades da dívida, recorrendo ao Gap de liquidez. A monitorização e relato assumem a forma de mensuração de fluxos de caixa e projeções para o dia, semana e mês seguinte, uma vez que estes são períodos importantes na gestão de liquidez. O ponto de partida para estas projeções é uma análise da maturidade contratual dos passivos financeiros e da data expectável dos fluxos de caixa dos ativos. A tesouraria também monitoriza o grau de compromissos de concessão de crédito não utilizados, o uso de facilidades de descoberto e o impacto de passivos contingentes como cartas de crédito e garantias. 81 Relatório e Contas No que diz respeito à análise ao risco de liquidez, para além das obrigações a que está sujeito para com o Banco de Portugal, nos termos da instrução nº 13/2009, o Banco ainda recorre ao conceito de Gap de liquidez, ou seja, a partir do balanço do Banco, em 31 de dezembro de 2013, tendo por base os vencimentos das operações ativas e passivas, obtém-se um diferencial entre os vencimentos referidos (positivo ou negativo) segundo os prazos residuais de vencimento das operações que se denominam GAP’s de Liquidez. O quadro seguinte apresenta o balanço do Banco (sem juros corridos), no final do mês de dezembro de 2013, com as principais classes agrupadas por prazos de vencimento: Gap de liquidez do Balanço em 31 de Dezembro de 2013 Até 1 mês Caixa e saldos em bancos centrais Disponibilidades em outras I.C.'s Ativos financeiros detidos p/ negociação Outros ativos fin.ao justo valor Ativos financeiros disponíveis para venda Aplicações em I.C.'s Crédito a clientes Investimentos detidos até à maturidade Outros ativos Total do Ativo De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses de 1 a 5 anos Mais de 5 anos 54 114 174 427 37 098 1 190 406 652 423 73 904 389 178 48 101 24 983 26 430 3 239 954 316 355 2 108 823 317 463 399 22 459 1 079 528 400 000 1 335 387 1 584 761 16 214 10 228 3 346 590 202 842 746 659 29 679 4 309 983 489 260 026 1 402 599 692 143 8 064 2 362 832 444 559 125 350 793 1 465 702 7 328 126 078 Gap -1 237 767 - 520 090 -1 283 304 835 387 2 639 044 Gap Acumulado -1 237 767 -1 757 857 -3 041 161 -2 205 774 433 270 Recursos de bancos centrais Recursos de outras I.C.'s Recursos de clientes Responsabilidades represent. por títulos Outros passivos Total do Passivo 698 376 1 411 894 942 233 1 148 1 821 527 190 819 2 301 089 214 2 765 122 895 000 118 750 Gap de liquidez a 31 de Dezem bro de 2012 Gap -2 040 962 - 413 011 - 660 713 208 187 3 197 651 Gap Acumulado -2 040 962 -2 453 973 -3 114 686 -2 906 499 291 152 - Exposições fora de Balanço (Risco de liquidez) Com referência a 31 de dezembro de 2013, os prazos dos montantes contratuais dos instrumentos financeiros fora de Balanço do Banco que o comprometem a estender o crédito a clientes e outras facilidades, analisam-se como segue: Até 1 mês De 1 a 3 meses De 3 a 12 meses De 1 a 5 anos Mais de 5 anos Sem Prazo 2 760 7 396 16 174 198 679 2 012 39 885 312 449 Compromissos: Irrevogáveis Revogáveis 51 652 92 439 285 120 8 990 91 501 259 280 Total 54 412 99 835 301 294 207 669 93 513 611 614 31-12-2013 Passivos eventuais: Créditos documentários Garantias e avales 82 Relatório e Contas 3.9 Risco operacional O Banco Popular Portugal, interpreta o Risco Operacional tal como o define o acordo de Basileia II ou seja, o risco de perdas resultantes da aplicação inadequada ou negligente de procedimentos internos, de comportamentos das pessoas e de inadequado funcionamento de sistemas ou de causas externas. O processo de gestão assenta numa análise por área funcional inventariando os riscos inerentes às funções e tarefas específicas de cada órgão da estrutura. Envolvendo toda a organização, o método de gestão é assegurado pelas seguintes estruturas: Comité Executivo (CE) – estrutura de alta direção responsável primeiro pelas orientações e políticas de gestão, estabelecimento e acompanhamento dos limites de apetite e tolerância ao risco. Departamento de Gestão de Risco (DGR) – integra unidade dedicada exclusivamente à gestão do risco operacional. Tem a responsabilidade da dinamização e coordenação das restantes estruturas na aplicação das metodologias e utilização das ferramentas corporativas de suporte ao modelo. Responsáveis de Risco Operacional (RRO) – abrangendo a base da organização, são elementos nomeados pelas hierarquias de cada unidade orgânica aos quais compete o papel de facilitador e dinamizador do modelo de gestão do risco operacional. No processo de gestão do risco operacional, assumem ainda papel relevante as estruturas de auditoria, controlo interno e segurança do Banco. 3.10 Atividades fiduciárias O Banco fornece custódias, garantias, serviços de administração empresarial, gestão de investimentos e serviços de aconselhamento a terceiras partes. Estas atividades exigem a alocação de ativos e transações de compra e venda em relação a uma vasta gama de instrumentos financeiros. Esses ativos, que são mantidos em capacidade fiduciária, não são incluídos nestas demonstrações financeiras. À data de 31 de dezembro de 2013, o Banco mantinha custódia de contas de investimento no montante de 5 214 227 milhares de euros (2012: 5 940 400 milhares de euros) e ativos financeiros administrados, estimados em 121 236 milhares de euros (2012: 134 642 milhares de euros). 3.11 Gestão e divulgações de capital Os principais objectivos da gestão de capital no Banco são cumprir os requisitos mínimos definidos pelas entidades de supervisão em termos de adequação de capital e assegurar o cumprimento dos objectivos estratégicos do Banco em matéria de adequação de capital. A definição da estratégia a adoptar em termos de gestão de capital é da competência do Conselho de Administração do Banco. Em termos prudenciais, o Banco está sujeito à supervisão do Banco de Portugal, que estabelece as regras que a este nível deverão ser observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio mínimo de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as instituições deverão cumprir. 83 Relatório e Contas O quadro seguinte explicita assim a composição do capital regulamentar e dos rácios de fundos próprios do Banco para os períodos em questão no dia 31 de dezembro. Durante estes dois períodos, o Banco cumpriu com todos os requisitos de capital a que está sujeito. 31-12-13 31-12-12 476 000 10 109 35 221 230 421 - 31 720 - 1 576 - 7 038 - 8 529 - 12 050 - 2 000 - 21 441 476 000 10 109 34 951 234 694 2 692 - 1 573 - 12 161 - 22 729 - 6 507 - 2 000 - 19 528 667 397 693 948 2 291 - 2 000 2 348 - 2 000 291 348 667 688 694 296 6 037 085 6 571 846 11,1% 11,4% 11,1% 10,6% 10,9% 10,6% Tier 1 Capital Acções Prémios de emissão Reserva legal Reservas bancárias gerais Resultado do exercício Menos: Intangíveis Diferenças de reavaliação elegíveis Deduções nos termos da Instrução 28/2011 Impostos diferidos activos não aceites Deduções participações empresas seguros Deduções nos termos da Instrução 120/96 Tier 1 Capital total Tier 2 Capital Reservas de reavaliação de activos tangíveis Deduções participações empresas seguros Tier 2 Capital total Fundos próprios elegíveis Activos ponderados pelo risco Rácio de requisitos de fundos próprios Core tier I Tier I 4. Estimativas e assunções na aplicação de políticas contabilísticas O Banco efetua estimativas e assunções que têm impacto nos valores reportados de ativos e passivos durante o próximo exercício financeiro. Estas estimativas e julgamentos são avaliados continuadamente e concebidos com base em dados históricos e outros factores, como expectativas de eventos futuros. a) Perdas de imparidade em empréstimos O Banco analisa, numa base mensal, a sua carteira de crédito para avaliar eventuais perdas de imparidade. Na determinação do registo, ou não, de perdas de imparidade em resultados, o Banco analisa dados observáveis que indiquem um decréscimo mensurável nos futuros cash flows estimados quer da carteira de empréstimos, quer individualmente para casos específicos dessa mesma carteira. A análise pode indicar, por exemplo, um evento adverso na capacidade do cliente cumprir o pagamento do empréstimo, ou deterioração das condições e indicadores macroeconómicos correlacionados. A gestão usa estimativas baseadas em dados históricos de ativos com riscos de crédito semelhantes e possíveis perdas de imparidade, nesses mesmos ativos. A metodologia e assunções utilizadas nestas estimativas são revistas regularmente para se reduzir quaisquer diferenças entre perdas estimadas e perdas realizadas. 84 Relatório e Contas b) Justo valor de derivados e de ativos financeiros não cotados O justo valor dos derivados e ativos financeiros não cotados foi determinado com base em métodos de avaliação e teorias financeiras, cujos resultados dependem dos pressupostos utilizados. c) Imparidade de investimentos em capital na carteira de Ativos financeiros disponíveis para venda O Banco determina que existe imparidade em investimentos em capital de ativos financeiros disponíveis para venda, quando se tenha verificado um decréscimo significativo ou prolongado do justo valor, abaixo do seu custo. A quantificação necessária das expressões, significativa e prolongado, exigem juízo profissional. Na realização deste juízo, o Banco avalia entre outros factores, a volatilidade normal no preço da ação. Em complemento, deve ser considerada imparidade quando se verificarem eventos que evidenciem a deterioração da viabilidade do investimento, a performance da indústria e do sector, alterações tecnológicas e cash flows operacionais e financeiros. d) Pensões de reforma e sobrevivência As responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência são estimadas com base em tábuas atuariais e pressupostos de crescimento das pensões e dos salários. Estes pressupostos são baseados nas expectativas do Banco para o período durante o qual irão ser liquidadas as responsabilidades. e) Impostos diferidos O reconhecimento de impostos diferidos ativos pressupõe a existência de resultados e matéria colectável futura. Os impostos diferidos ativos e passivos foram determinados com base na legislação fiscal atualmente em vigor ou em legislação já publicada para aplicação futura. Alterações na interpretação da legislação fiscal podem influenciar o valor dos impostos diferidos reconhecidos. 5. Reporte por Segmentos O Banco desenvolve a sua atividade essencialmente do sector financeiro e direcionada para as empresas, institucionais e clientes particulares. Os produtos e serviços prestados incluem a captação de depósitos, a concessão de crédito a empresas e particulares, serviços de corretagem e custódia, serviços de banca de investimento e ainda a comercialização de fundos de investimento e de seguros de vida e não vida. Adicionalmente, o Banco realiza investimentos de curto, médio e longo prazo nos mercados financeiro e cambial como forma de tirar vantagens das oscilações de preços ou como meio para rendibilizar os recursos financeiros disponíveis. O Banco Popular apresenta a sua atividade através dos seguintes segmentos operacionais: (1) Banca de Retalho, que inclui os subsegmentos de Particulares, Empresários em Nome Individual, Pequenas e Médias Empresas e Instituições Particulares de Solidariedade Social; 85 Relatório e Contas (2) Banca Comercial, que engloba as Grandes Empresas, as Instituições Financeiras e o Sector Público Administrativo; (3) Outros Segmentos, que agrupa as operações não incluídas nos outros segmentos, designadamente as operações e a gestão referentes à Carteira Própria de Títulos e às Aplicações em Instituições de Crédito. Em termos geográficos o Banco Popular apenas exerce a sua atividade em Portugal. O reporte por segmentos apresenta-se como segue: 31-12-2013 Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Rendimento de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de Op.Financeiras (líq.) Banca de Retalho 131 372 92 630 - Banca Comercial 92 861 28 423 - 27 049 706 8 814 299 1 251 - 3 Outros Segmentos 79 579 61 511 Total 303 812 182 564 49 49 24 794 7 569 60 657 8 574 8 743 9 991 Resultados alienação outros activos - - - 5 241 - 5 241 Outros Result. de Exploração (líq.) - - - 6 415 - 6 415 Ativo líquido 3 396 620 1 949 931 3 875 622 9 222 173 Passivo 3 223 902 1 379 279 3 953 104 8 556 285 31-12-2012 Juros e rendimentos similares Juros e encargos similares Rendimento de instrumentos de capital Rendimentos de serviços e comissões Encargos com serviços e comissões Resultados de Op.Financeiras (líq.) Banca de Retalho 152 487 101 229 - Banca Comercial 132 030 56 259 - 25 042 483 20 693 380 1 720 116 Outros Segmentos 81 267 59 438 Total 365 784 216 926 55 55 29 665 20 256 75 400 21 119 2 210 4 046 Resultados alienação outros activos - - - 7 347 - 7 347 Outros Result. de Exploração (líq.) 41 263 - 6 678 - 6 374 Ativo líquido 3 346 184 2 580 192 2 939 701 8 866 077 Passivo 2 394 391 1 635 816 4 188 231 8 218 438 86 Relatório e Contas 6. Margem Financeira Esta rubrica decompõe-se como segue: Juros e rendimentos similares de : Disponibilidades Aplicações em IC'S Crédito a clientes Outros ativos fin. ao justo valor Outros ativos fin. disp.para venda Investimentos detidos até à maturidade Outros Juros e encargos similares de : Recursos de Bancos Centrais Recursos de OIC'S Recursos de clientes Responsabilidades representadas por títulos Derivados de cobertura Outros Margem Financeira 31-12-13 31-12-12 283 2 322 224 091 1 265 60 711 14 921 219 303 812 601 1 235 284 293 1 352 58 744 19 335 224 365 784 8 510 12 138 108 599 31 254 22 063 182 564 10 005 27 850 143 805 16 349 18 894 23 216 926 121 248 148 858 7. Rendimento de instrumentos de capital O saldo desta rubrica é composto como segue: 31-12-13 31-12-12 49 49 55 55 Ativos financeiros disponíveis para venda 8. Rendimentos e encargos com serviços e comissões Estas rubricas decompõem-se como segue: Rendimentos de serviços e Comissões Comissões e serviços relac. c/ crédito Comissões de garantias e avales Comissões de meios de cob. e pagamento Comissões de gestão de activos Comissões de angariação de seguros Comissões de manutenção de contas Comissões de processamento Montagem de operações Outros Encargos com serviços e Comissões Comissões de meios de cob. e pagamento Comissões de gestão de activos Comissões a promotores e angariadores Outros 87 31-12-13 31-12-12 19 575 6 063 16 816 3 473 2 081 5 183 1 673 2 310 3 483 60 657 19 247 7 269 30 467 4 620 1 436 4 836 1 957 2 357 3 211 75 400 5 331 2 163 329 751 8 574 18 244 1 998 390 487 21 119 Relatório e Contas 9. Resultados líquidos em operações financeiras Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-2013 Ganhos Perdas 31-12-2012 Ganhos Perdas Ativos e passivos financeiros detidos para negociação Títulos de rendimento fixo Títulos de rendimento variável Instrumentos financeiros derivados 411 41 547 955 43 419 350 41 696 327 526 39 826 41 958 44 374 42 046 40 679 428 698 3 861 1 407 428 698 3 861 1 407 140 098 140 098 146 959 146 959 41 347 29 958 317 1 509 41 347 29 958 317 1 509 223 831 215 128 193 183 190 554 Ativos e passivos financ. ao justo valor através de resultados Títulos de rendimento fixo Derivados de cobertura ao justo valor Ativos e passivos financ. disponíveis para venda Títulos de rendimento fixo Em 2013 o Banco recebeu 52,2 milhares de euros de dividendos em ativos financeiros detidos para negociação (2012: 24,4 milhares de euros). Em 2013 e 2012 o Banco não recebeu quaisquer dividendos de ativos financeiros designados ao justo valor através de resultados. O efeito registado na rubrica de Derivados de cobertura ao justo valor resulta da variação do justo valor dos instrumentos de cobertura (swap de taxa de juro) e das variações de justo valor dos ativos cobertos, decorrentes do risco coberto (taxa de juro). Na medida em que o instrumento coberto se encontra contabilizado na carteira de Ativos financeiros disponíveis para venda, essa variação de justo valor é transferida da Reserva de reavaliação de justo valor para resultados. 10. Resultados de reavaliação cambial Estas rubricas decompõem-se como segue: Ganhos em diferenças cambiais Na posição à vista Na posição a prazo Perdas em diferenças cambiais Na posição a prazo Resultados de reavaliação cam bial (liq.) 88 31-12-13 31-12-12 93 2 953 207 1 214 3 046 1 421 1 758 4 1 758 4 1 288 1 417 Relatório e Contas 11. Resultados de alienação de outros ativos Esta rubrica é analisada como segue: Ganhos na alienação de ativos tangíveis detidos para venda Ganhos em outros ativos tangíveis Ganhos em investimentos detidos até à maturidade Perdas na alienação de crédito a clientes Perdas na alienação de ativos tangíveis detidos para venda 31-12-13 31-12-12 1 433 3 5 065 1 343 112 348 6 501 1 803 5 456 6 286 9 150 11 742 9 150 - 5 241 - 7 347 12. Outros resultados de exploração Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-13 Contribuições para o FGD Contribuições para o Fundo de Resolução Outros encargos operacionais Imposto municipal sobre imóveis Outros impostos Contribuição sobre o sector bancário Remunerações por cedência de pessoal Rendimento de imóveis Outros rendimentos e receitas operacionais 31-12-12 - 1 033 1 420 1 925 1 298 - 911 - 3 357 1 472 476 1 581 - 1 044 - 1 982 - 1 973 - 846 - 3 999 1 543 545 1 382 - 6 415 - 6 374 13. Custos com pessoal Esta rubrica é analisada como segue: Remunerações Encargos sociais obrigatórios: - Encargos relativos a remunerações - Fundo de Pensões - Outros encargos sociais obrigatórios Outros custos 89 31-12-13 31-12-12 41 781 41 890 11 126 2 397 160 11 348 1 137 300 845 983 56 309 55 658 Relatório e Contas 14. Gastos gerais administrativos Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-13 31-12-12 Com fornecimentos Água energia e combustíveis Material de consumo corrente Licenças de softw are Outros fornecimentos de terceiros 1 773 368 254 347 1 991 546 145 451 Com serviços Rendas e alugueres Comunicações Deslocações, estadas e representação Publicidade e edição de publicações Conservação e reparação Transportes Avenças e honorários Judiciais, contencioso e notariado Informática Segurança, vigilância e limpeza Mão-de-obra eventual Consultores e auditores externos SIBS Serviços prestados pela empresa mãe Outros serviços de terceiros 4 392 4 164 1 134 2 700 4 170 1 137 6 420 2 473 8 338 1 159 4 575 1 148 1 259 3 283 2 379 4 890 4 174 867 2 703 5 362 1 249 3 993 2 391 6 324 1 317 4 656 1 362 1 218 3 548 3 456 51 473 50 643 15. Impostos O cálculo do IRC do exercício de 2013, foi apurado com base numa taxa nominal de imposto de 25% calculada sobre a matéria colectável, a que acresce a taxa da derrama de 1,5%, que incide sobre o lucro tributável e uma taxa de derrama estadual de 3% que também incide sobre o valor do lucro tributável quando situado entre 1,5 e 10 milhões de euros e de 5% sobre o excedente deste último valor. Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o custo com impostos sobre os lucros reconhecidos em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos e o lucro do exercício antes daquela dotação, podem ser resumidos como segue: Impostos correntes sobre os lucros Do exercício Correcção de exercícios anteriores 31-12-13 31-12-12 662 - 1 619 3 834 298 - 957 4 132 Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias - 18 847 - 466 Total do imposto registado em resultados - 19 804 3 666 Resultado antes de impostos - 51 524 6 358 -38,4% 57,7% Carga fiscal A reconciliação entre a taxa nominal de imposto e a carga fiscal registada nos exercícios de 2013 e 2012, bem como a reconciliação entre o custo / proveito de imposto e o produto do lucro contabilístico pela taxa nominal de imposto, após dedução dos impostos diferidos, analisam-se como segue: 90 Relatório e Contas 31-12-13 Taxa de im posto Resultado antes de impostos Imposto calculado à taxa nominal Derrama após efeito dos impostos diferidos Tributações autónomas Variações patrimoniais negativas Benefícios Fiscais Dividendos Efeito das provisões não aceites como custo Mais-valias / Menos valias Outras correcções líquidas Contribuição sobre o sector bancário Reporte de prejuízo fiscal Impostos de exercícios anteriores 31-12-12 Taxa de im posto Valor Valor 25,0% 0,0% -1,3% 0,0% 0,0% 0,0% 17,1% 0,0% 6,5% 0,0% 13,0% 3,1% - 51 524 0 0 662 0 0 0 - 8 824 0 - 3 349 0 - 6 674 - 1 619 25,0% 7,2% 5,6% 0,0% -4,2% 0,0% -40,2% -0,4% 22,0% 15,7% 20,4% 6,6% 6 358 1 590 457 354 0 - 267 0 - 2 555 - 26 1 399 1 000 1 294 420 -38,4% - 19 804 57,7% 3 666 Informação adicional sobre impostos diferidos ativos e passivos é apresentada na nota 28. 16. Ativos e passivos financeiros classificados de acordo com as categorias da IAS 39 A classificação dos ativos e passivos financeiros de acordo com as categorias da IAS 39 apresenta a seguinte estrutura: 31-12-2013 Activos Caixa e disponi. em bancos centrais Disponib. em outras inst. de crédito Ativos financ. detidos p/ negociação Out. ativos fin. justo valor atr. result. Ativos financ. disponíveis p/ venda Aplicações em instit. de crédito Crédito a clientes Derivados de cobertura Ativos não correntes detidos p/ venda Outros activos Registados justo valor Negoc. Op. jº valor Passivos Recursos de bancos centrais Recursos de outras inst. crédito Passivos financ. det. p/ negociação Recursos de clientes Responsabilidades repres. por títulos Derivados de cobertura Outros passivos Act. Financ. disp. venda Derivados cobertura Activos não financ. 54 114 174 427 278.964 278 964 9 063 879 24 983 1 704 136 1 268 822 5 249 456 103 20 747 214 284 24 983 Reg. a justo valor Negociação 6 961 103 Out. Passivos Financeiros 1 724 883 Derivados cobertura 103 Passivos não financ. 1 306 839 1 919 736 30 526 30 526 8 501 171 4 216 578 865 255 101 883 29 629 91 8 339 133 101 883 Total 1 306 839 1 919 736 29 629 4 216 578 865 255 101 883 61 251 29 629 30 725 Total 54 114 174 427 73 843 24 983 1 704 136 1 268 822 5 249 456 103 20 747 493 248 73 843 73 843 31-12-2013 Créditos a receber Relatório e Contas 31-12-2012 Activos Caixa e disponi. em bancos centrais Disponib. em outras inst. de crédito Ativos financ. detidos p/ negociação Out. ativos fin. justo valor atr. result. Ativos financ. disponíveis p/ venda Aplicações em instit. de crédito Crédito a clientes Invest. detidos até à maturidade Outros ativos Registados justo valor Negoc. Op. jº valor Act. Financ. Inv. detidos disp. venda maturidade Activos não financ. 171 349 54 743 349.898 349 898 8 672 302 32 954 1 105 359 269 818 5 835 386 723.879 72 178 32 954 Reg. a justo valor Negociação Passivos Recursos de bancos centrais Recursos de outras inst. crédito Passivos financ. det. p/ negociação Recursos de clientes Responsabilidades repres. por títulos Derivados de cobertura Outros passivos 6 403 474 1 105 359 Out. Passivos Financeiros Derivados cobertura 723 879 Passivos não financ. 1 605 143 1 423 759 9 916 9 916 8 149 659 3 906 941 1 011 248 128 563 40 181 7 970 999 128 563 Total 1 605 143 1 423 759 40 181 3 906 941 1 011 248 128 563 33 824 40 181 23 908 17. Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais O saldo desta rubrica analisa-se como segue: Caixa Depósitos à ordem no Banco de Portugal 31-12-13 31-12-12 49 158 4 956 54 114 48 664 122 685 171 349 Os depósitos à ordem no Banco de Portugal, de carácter obrigatório, têm por objectivo satisfazer os requisitos legais de constituição de disponibilidades mínimas de caixa. 18. Disponibilidades em outras instituições de crédito O saldo desta rubrica é composto como segue: 92 Total 171 349 54 743 56 738 32 954 1 105 359 269 818 5 835 386 723 879 422 076 56 738 56 738 31-12-2012 Créditos a receber Relatório e Contas 31-12-13 31-12-12 364 9 793 1 333 349 12 199 2 323 11 490 14 871 160 580 2 357 37 583 2 289 162 937 39 872 174 427 54 743 Disponib. sobre instit. de crédito no país Depósitos à ordem Cheques a cobrar Outras disponibilidades Disponib. sobre instit. de crédito no estrangeiro Depósitos à ordem Cheques a cobrar Os cheques a cobrar sobre instituições de crédito no País e no estrangeiro foram enviados para cobrança nos primeiros dias úteis subsequentes às datas em referência. 19. Ativos e passivos financeiros detidos para negociação O Banco utiliza, essencialmente, os seguintes instrumentos derivados: Forward cambial ou câmbio a prazo representa um contrato realizado entre duas partes para a compra ou venda de uma moeda contra outra, a uma determinada taxa de câmbio estabelecida no momento de realização do contrato (preço forward) para uma data futura determinada. A sua finalidade é a de cobertura/gestão do risco cambial, através da eliminação da incerteza quanto ao valor futuro de determinada taxa de câmbio, que através do forward é imediatamente fixada. Swap de taxa de juro em termos conceptuais pode ser perspectivado como um acordo pelo qual duas partes se obrigam a trocar um diferencial de taxas de juro, sobre um montante nocional, durante um determinado período de tempo. Envolve uma única moeda e consiste na troca de cash flows fixos por cash flows variáveis ou vice-versa. A sua finalidade é a de cobertura/gestão do risco de taxa de juro, relativamente ao rendimento de uma aplicação financeira ou ao custo de um financiamento que uma determinada entidade pretenda realizar num determinado momento futuro. O justo valor de instrumentos derivados detidos são discriminados como segue: 31-Dez-2013 Valor contrato (Valor nocional) Derivados de negociação a) Derivados de moedas estrangeiras Forw ards cambiais b) Derivados de taxas de juro Sw aps de taxa de juro c) Derivados - outros Opções Total derivados negociação (activos/passivos) 93 Justo Valor Activos Passivos 145 525 167 68 448 362 25 505 29 456 63 630 70 105 25 742 29 629 Relatório e Contas 31-Dez-2012 Valor contrato (Valor nocional) Derivados de negociação a) Derivados de moedas estrangeiras Forw ards cambiais b) Derivados de taxas de juro Sw aps de taxa de juro c) Derivados - outros Opções Justo Valor Activos Passivos 22 064 154 138 476 751 38 429 39 817 47 449 226 226 38 809 40 181 Total derivados negociação (activos/passivos) Em 31 de dezembro de 2013, o justo valor dos outros ativos e passivos financeiros detidos para negociação são apresentados como segue: 31-12-13 31-12-12 48 101 48 101 17 929 17 929 Total 48 101 17 929 Total ativos financeiros para negociação Total passivos financeiros para negociação 73 843 29 629 56 738 40 181 Outros ativos financeiros Títulos de rendim ento variável Unidades de participação 20. Ativos e passivos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados Estas rubricas têm a seguinte composição: Ativos 31-12-13 31-12-12 24 983 7 791 25 163 24 983 32 954 Títulos de rendimento fixo Títulos de dívida pública portuguesa Outros títulos de dívida estrangeiros A rubrica de outros títulos de dívida estrangeiros refere-se a cédulas hipotecárias emitidas pelo Grupo Popular Español. Os títulos de dívida pública bem como as cédulas hipotecárias, são geridos, e a sua performance é avaliada, tendo em consideração o seu justo valor em conformidade com as estratégias de políticas de risco e, a informação sobre os referidos ativos é reportada à Administração nessas bases. O Banco não possui passivos financeiros designados ao justo valor. 94 Relatório e Contas 21. Ativos financeiros disponíveis para venda Em 31 de dezembro de 2013, o Banco não possuía instrumentos de capital não cotados classificados como ativos financeiros disponíveis para venda que, pelo facto do justo valor não ser mensurado com fiabilidade, estivessem reconhecidos ao custo (2012: 0 milhares de euros). O saldo desta rubrica analisa-se como segue: 31-12-13 Títulos emitidos por residentes Títulos de dívida pública - ao justo valor Títulos de dívida de outras entidades - ao justo valor Títulos de capital - ao justo valor Títulos de capital - ao custo histórico Títulos emitidos por não residentes Títulos de dívida pública - ao justo valor Títulos de dívida de outras entidades - ao justo valor Títulos de dívida de outras entidades - ao custo histórico Outros títulos Total 31-12-12 37 802 54 200 615 92 617 449 866 80 022 611 530 499 527 110 1 084 346 63 1 611 519 574 795 65 574 860 1 704 136 1 105 359 O Banco possui na carteira de ativos financeiros disponíveis para venda um investimento de 2 337 milhares de euros relativo às obrigações subordinadas (Class D Notes) adquiridas em junho de 2002, aquando da realização pelo Banco de uma operação de titularização de crédito à habitação, no valor de 250 milhões de euros, denominada Navigator Mortgage Finance Number 1. No âmbito da referida titularização, os ativos foram adquiridos por um fundo de titularização de créditos, denominado Navigator Mortgage Finance nº 1 Fundo, que, em simultâneo, emitiu unidades de titularização totalmente subscritas pelo Navigator Mortgage Finance Nº 1 Plc, o qual, também emitiu obrigações, cujas características são as seguintes: Valor nominal mil euros Class Class Class Class A Notes (Senior) B Notes (Senior) C Notes (Senior) D notes (Subordinada) 230 000 10 000 10 000 4 630 Rating Standard & Moody's Poors AAA AA A n.a. Aaa Aa2 A2 n.a. Taxa de juro (até Maio de 2035) Euribor 3 meses+0,21% Euribor 3 meses+0,38% Euribor 3 meses+0,55% n.a. O Banco, nos termos dos contratos assinados, não assumiu qualquer compromisso respeitante a disponibilidades de caixa do emitente, assim como linhas de liquidez, financiamentos, garantias, direitos e proveitos residuais ou quaisquer outros riscos, para além das obrigações subordinadas (Class D Notes). Entidades intervenientes: Navigator Mortgage Finance Nº 1 Fundo, fundo de titularização de créditos português que adquiriu os créditos; Navigator, SGFTC, sociedade gestora de fundos de titularização de créditos que gere o fundo; 95 Relatório e Contas Navigator Mortgage Finance Nº 1 Plc, sociedade que adquiriu as unidades de titularização e que emitiu as obrigações (Notes). Os dados financeiros mais significativos extraídos das demonstrações financeiras não auditadas do Navigator são como segue: Ativo líquido Passivo Capital próprio Resultado do exercício 31-12-13 31-12-12 59 267 64 607 -5 340 -1 327 67 256 71 269 -4 013 -1 161 22. Aplicações em instituições de crédito Quanto à sua natureza, os créditos sobre instituições de crédito analisam-se como segue: 31-12-13 Aplicações em instit. de crédito no país Depósitos a prazo Empréstimos Outras aplicações Juros a receber Aplicações em instit. de crédito no estrang. Depósitos a prazo Outras aplicações Juros a receber 31-12-12 3 178 192 73 895 98 77 363 3 171 5 000 80 933 95 89 199 187 640 1 003 792 27 1 191 459 180 354 67 198 180 619 1 268 822 269 818 O escalonamento destes créditos por prazos de vencimento é o seguinte: Até 3 meses De 3 meses a 1 ano Mais de 5 anos Juros a receber 31-12-13 31-12-12 1 264 311 3 238 1 148 125 1 268 822 124 365 144 005 1 155 293 269 818 23. Crédito a clientes O crédito é concedido mediante contratos de empréstimo, incluindo descobertos em depósitos à ordem, e através do desconto de efeitos. O total em balanço é composto, quanto à sua natureza, como segue: 96 Relatório e Contas Crédito interno Em presas e adm inistrações públicas Particulares Habitação Consumo Outras finalidades Crédito ao exterior Em presas e adm inistrações públicas Particulares Habitação Consumo Outras finalidades Outros créditos (Titulados) Juros e com issões a receber Crédito e juros vencidos Até 90 dias Mais de 90 dias Total Bruto Menos: Provisão para créditos de cob. Duvidosa Provisão para crédito e juros vencidos Provisão para risco país Total Líquido 31-12-13 31-12-12 3 056 881 1 851 513 1 453 644 45 746 352 123 4 908 394 3 428 400 1 879 063 1 455 824 54 502 368 737 5 307 463 35 173 18 772 15 247 36 3 489 53 945 138 088 18 418 15 009 63 3 346 156 506 267 000 302 700 8 188 22 077 19 757 253 065 272 822 22 651 209 133 231 784 5 510 349 6 020 530 80 231 180 653 9 260 893 59 221 125 922 1 185 144 5 249 456 5 835 386 Em 31 de dezembro de 2013, o crédito inclui 907 810 milhares de euros de créditos com garantia hipotecária afectos à emissão de obrigações hipotecárias (2012: 896 653 milhares de euros) (nota 33). O escalonamento dos créditos sobre clientes por prazos de vencimento é o seguinte: Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Mais de 5 anos Duração indeterminada (vencidos) Juros e comissões a receber 31-12-13 31-12-12 1 041 601 954 316 1 411 894 1 821 528 272 822 8 188 5 510 349 1 221 161 1 031 834 1 539 147 1 974 527 231 784 22 077 6 020 530 No decorrer do exercício de 2012, Banco realizou quatro cessões de créditos com a empresa Consulteam (subsidiária do BPE e na qual o Banco não possui qualquer participação), no montante bruto global de 129,8 milhões de euros pelo valor total de 99,2 milhões de euros. Nestas operações foi obtido um resultado positivo no montante de 24,2 milhões de euros devido à anulação de provisões já constituídas. 97 Relatório e Contas No decorrer do exercício de 2013, Banco realizou quatro cessões de créditos com a empresa Consulteam (subsidiária do BPE e na qual o Banco não possui qualquer participação), no montante bruto global de 166,5 milhões de euros pelo valor total de 152,8 milhões de euros. Nestas operações foi obtido um resultado global negativo no montante de 2,6 milhões de euros. Ainda no decorrer do exercício de 2013, Banco realizou mais quatro cessões de créditos com o Banco Popular Español, no montante bruto global de 411,8 milhões de euros pelo valor total de 396,4 milhões de euros. Nestas operações foi obtido um resultado positivo no montante de 0,4 milhões de euros devido à anulação de provisões já constituídas. Provisões para perdas de crédito a clientes Os saldos e movimentos das contas de provisões para riscos específicos de crédito, decompõem-se como segue: Saldo em 1 de Janeiro Dotações Utilizações Anulações Saldo em 31 de Dezembro Dotações para provisões Reposição e anulações Recuperações de crédito Provisões líquidas de anulações e recuperações 31-12-2013 31-12-2012 185 144 241 368 16 495 149 124 260 893 162 610 252 880 42 423 187 923 185 144 241 368 - 149 124 - 2 854 89 390 252 880 - 187 923 - 1 880 63 077 Qualidade do crédito O quadro abaixo foi elaborado com base nos seguintes pressupostos: - Considerou-se como sinal de incumprimento o facto de o cliente apresentar “sinais de imparidade”; - Considerou-se o saldo vencido e vincendo das operações que registam incumprimento nos prazos nas datas de referência; Clientes sem incumprimento Particulares Habitação Consumo Outros Em presas Empréstimos Conta corrente Outros Clientes com incumprimento 31-12-13 31-12-12 31-12-13 31-12-12 1 487 998 47 942 127 642 1 663 582 1 478 913 55 640 123 946 1 658 499 110 724 20 353 42 284 173 361 125 875 22 291 46 126 194 292 1 617 812 660 039 762 059 3 039 910 1 906 204 612 890 851 890 3 370 984 485 539 58 594 89 362 633 495 592 120 72 244 132 391 796 755 4 703 492 5 029 483 806 856 991 047 98 Relatório e Contas Créditos vencidos mas não em imparidade Na elaboração deste quadro considerou-se o saldo vencido e vincendo das operações que registam incumprimento nos prazos indicados. até 30 dias Particulares Habitação Consumo Outros Em presas Empréstimos Conta corrente Outros Total 31-12-13 de 31 a 60 dias de 61 a 90 dias Total 31-12-12 Total 63 597 2 113 12 053 77 763 17 366 837 2 958 21 161 7 824 577 3 429 11 830 88 787 3 527 18 440 110 754 109 024 5 814 18 859 133 697 54 393 133 8 546 63 072 15 832 213 3 326 19 371 18 716 16 2 186 20 918 88 941 362 14 058 103 361 131 367 518 21 522 153 407 140 835 40 532 32 748 214 115 287 104 Créditos individualmente considerados em imparidade A divisão do montante bruto de créditos a clientes individualmente considerados em imparidade é o seguinte: Particulares Habitação Consumo Outros Em presas Empréstimos Conta corrente Outros Total 31-12-13 31-12-12 5 513 1 825 6 339 6 276 6 870 7 152 264 199 29 917 45 975 340 091 403 799 40 620 63 036 507 455 346 430 514 607 Em resultado de alteração ao modelo de imparidade de crédito são considerados como sinais de incumprimento o facto de um cliente possuir uma operação com crédito vencido há mais de 90 dias ou ter sido declarado insolvente ou ter aderido a um Plano Especial de Revitalização (PER). As operações consideradas em imparidade são agora sujeitas a análise individualizada quando o respectivo cliente apresenta uma exposição superior a 750 milhares de euros. 99 Relatório e Contas 24. Investimentos detidos até à maturidade Esta rubrica é analisada como segue: 31-12-13 Instrumentos de dívida - Residentes Títulos cotados Obrigações de dívida pública portuguesa Juros a receber Instrumentos de dívida - Não Residentes Títulos cotados Obrigações de dívida pública estrangeira Obrigações de outros não residentes Juros a receber TOTAL - 31-12-12 0 122 258 1 686 123 944 0 360 816 233 403 5 716 599 935 0 723 879 - No mês de junho de 2013, o Banco procedeu à venda de 210 milhões de títulos de dívida espanhola que se encontravam classificados como investimentos detidos até à maturidade. Em virtude desta venda, e de acordo com o disposto na IAS 39, o Banco no final do mês de junho reclassificou a restante carteira a vencimento para disponíveis para venda sem passar pela conta de resultados. Ainda de acordo com o disposto na IAS 39, o Banco só poderá voltar a ter títulos ao vencimento no exercício de 2016. 25. Ativos não correntes detidos para venda Em 31 de dezembro de 2013, o Banco apenas detinha uma participação financeira na empresa associada Eurovida – Companhia de Seguros de Vida, S.A., reconhecida por 20 747 milhares de euros (2012: 22 579 milhares de euros). Os dados financeiros mais significativos extraídos das demonstrações financeiras consolidadas da Eurovida, preparadas segundo as normas IFRS, bem como o impacto da aplicação do método da equivalência patrimonial em 31 de dezembro de 2013, apresentam-se como segue: Participação efectiva (%) 15,9348% Dados financeiros consolidados da Eurovida em 31-12-2013 Ativo Capital Resultado líquido próprio líquido 864 155 89 127 28 668 100 Impacto da aplicação do método da equivalência patrimonial Em reservas No resultado de consolidação líquido -11 113 4 568 Relatório e Contas 26. Outros ativos tangíveis Esta rubrica é analisada como segue: Imóveis Saldo em 01 de Janeiro Custo de aquisição Amortizações acumuladas Imparidade acumulada 130 000 - 40 099 - 6 595 Aquisições Transferências Custo de aquisição Amortizações acumuladas Alienações / Abates Custo de aquisição Amortizações acumuladas Amortizações do exercício 31-12-2013 Património Equipam. artístico 51 244 - 46 695 149 388 - 1 982 1 192 - 2 675 Saldo em 31 de Dezem bro Custo de aquisição Amortizações acumuladas Imparidade acumulada Valor líquido 128 018 - 41 582 - 6 595 79 841 - 1 103 781 - 2 224 50 529 - 48 138 149 2 391 149 31-12-2012 Total Total 181 393 - 86 794 - 6 595 184.577 -84.644 -6.595 388 6.859 - 1 982 1 192 - 9 747 4 114 - 1 103 781 - 4 899 - 296 296 -6.560 178 696 - 89 720 - 6 595 82 381 181.393 -86.794 -6.595 88.004 27. Ativos intangíveis Esta rubrica é analisada como segue: Total 31-12-2012 Total 20 707 - 20 536 20 767 - 19 950 125 125 496 - 113 - 11 0 0 - 124 - 556 88 - 674 18 735 - 18 578 2 097 - 2 082 20 832 - 20 660 20 707 - 20 536 157 15 172 171 Softw are Saldo em 01 de Janeiro Custo de aquisição Amortizações acumuladas Aquisições Transferências Custo de aquisição Amortizações acumuladas Amortizações do exercício Saldo em 31 de Dezem bro Custo de aquisição Amortizações acumuladas Valor líquido 18 610 - 18 465 31-12-2013 Diversos 2 097 - 2 071 101 Relatório e Contas 28. Impostos diferidos Os impostos diferidos são calculados sobre todas as diferenças temporais usando uma taxa efetiva de 24,5%, com exceção das relativas ao prejuízo fiscal em que a taxa utilizada foi de 23% (exceção,5%). Os saldos e os movimentos destas rubricas decompõem-se como segue: Saldo em 31-12-12 Im postos diferidos Ativos Títulos disponíveis para venda Ativos tangíveis Provisões tributadas Comissões Prémio de antiguidade Provisões RGC Outros activos/passivos Prejuízo fiscal Im postos diferidos Passivos Títulos disponíveis para venda Reavaliação de imóveis Participações financeiras Por Resultados Custos Proveitos 45 875 5 434 15 915 184 1 032 6 546 7 410 0 2 090 5 339 21 112 2 715 32 3 648 74 8 219 10 10 322 82 396 13 957 27 384 5 077 185 5 413 1 7 5 413 10 675 1 5 420 Por Reservas Saldo em Aum entos Dim inuições 31-12-13 10 481 34 129 22 227 3 444 19 235 163 994 12 050 7 388 6 674 10 481 34 129 72 175 9 683 8 487 3 881 179 0 9 683 8 487 4 060 100 8 659 29. Outros ativos Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-13 31-12-12 Bonificações a receber do Estado Impostos a recuperar Contas caução Outros devedores diversos Outros rendimentos a receber Despesas com encargo diferido Operações activas a regularizar - Diversos Activos recebidos por recuperação de crédito Imóveis desafectados de serviço próprio disponíveis p/ venda Responsabilidades c/ pensões Outras operações a regularizar 281 17 940 133 449 61 942 547 6 063 30 517 286 458 8 716 84 691 720 14 368 1 044 55 689 1 091 6 027 8 804 369 100 10 072 12 835 586 546 688 480 336 Provisões p/ Imparidade de Activos receb. por recup. de crédito Provisões para outros activos - 48 342 - 5 098 493 248 - 53 598 - 4 662 422 076 Os saldos e movimentos das contas de provisões para outros ativos decompõem-se como segue: Provisões para outros ativos 31-12-13 31-12-12 Saldo em 1 de Janeiro Dotações Utilizações Anulações 4 662 1 991 1 512 43 654 5 537 1 527 2 Saldo em 31 de Dezembro 5 098 4 662 102 Relatório e Contas O movimento ocorrido nos Ativos recebidos por recuperação de crédito durante os anos de 2013 e 2012 foi o seguinte: Imóveis disponíveis para venda Saldo em 01 de Janeiro Valor bruto Imparidade acumulada Valor líquido Adições Aquisições Outras Alienações Valor bruto Transferências Perdas de imparidade Utilizações Reversões Saldo em 31 de Dezem bro Valor bruto Imparidade acumulada Valor líquido 31-12-2013 Imóveis não disponíveis Equipam. para venda 31-12-2012 Total Total 363 930 - 53 390 310 540 3 865 3 865 1 305 - 208 1 097 369 100 - 53 598 315 502 444 020 - 74 143 369 877 102 888 1 783 2 570 895 106 353 1 783 125 301 9 987 - 1 422 - 210 208 - 429 408 119 - 190 724 - 54 - 16 406 13 958 7 704 - 189 302 2 873 - 15 977 13 550 7 585 - 2 927 - 20 236 31 495 9 286 282 172 - 48 232 3 508 0 778 - 110 286 458 - 48 342 369 100 - 53 598 233 940 3 508 668 238 116 315 502 30. Recursos de bancos centrais Esta rubrica tem a seguinte composição: Recursos de bancos centrais Depósitos Juros a pagar 31-12-13 31-12-12 1 295 000 11 839 1 595 000 10 143 1 306 839 1 605 143 Quanto à sua duração residual estes recursos decompõem-se como segue: Exigível a prazo Até 3 meses De 1 a 5 anos Juros a pagar 103 31-12-13 31-12-12 400 000 895 000 11 839 400 000 1 195 000 10 143 1 306 839 1 605 143 Relatório e Contas 31. Recursos de outras instituições de crédito O saldo desta rubrica, à vista e a prazo, é composto quanto à natureza, como segue: 31-12-13 31-12-12 493 782 2 411 189 550 904 496 193 190 454 118 750 143 866 1 160 524 83 320 125 000 699 294 407 874 554 583 1 423 543 1 233 305 1 919 736 1 423 759 Recursos de instituições de crédito no país Depósitos Juros a pagar Recursos de instituições de crédito no estrangeiro Empréstimos Depósitos Oper. venda com acordo recompra Outros recursos Juros a pagar A rubrica de Instituições de crédito no estrangeiro – Depósitos inclui essencialmente aplicações efetuadas pelo acionista BPE. Quanto à sua duração residual estes recursos decompõem-se como segue: Exigível à vista Exigível a prazo Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Mais de 5 anos Juros a pagar 31-12-13 31-12-12 10 859 13 345 1 527 370 260 026 118 750 2 731 1 200 488 53 439 30 000 125 000 1 487 1 908 877 1 919 736 1 410 414 1 423 759 32. Recursos de clientes O saldo desta rubrica é composto, quanto à sua natureza, como segue: Recursos de residentes Depósitos à ordem Depósitos a prazo Depósitos de poupança Cheques e ordens a pagar Outros recursos Recursos de não residentes Depósitos à ordem Depósitos a prazo Cheques e ordens a pagar Juros a pagar 31-12-13 31-12-12 721 998 3 350 764 4 902 14 087 40 4 091 791 626 877 2 992 500 6 304 10 919 44 3 636 644 21 943 64 812 33 86 788 37 999 4 216 578 18 617 211 694 62 230 373 39 924 3 906 941 Quanto à sua duração residual estes recursos decompõem-se como segue: 104 Relatório e Contas 31-12-13 Exigível à vista Exigível a prazo Até 3 meses De 3 meses a 1 ano De 1 a 5 anos Juros a pagar 31-12-12 743 941 645 494 1 587 479 1 402 599 444 560 37 999 3 472 637 4 216 578 1 445 996 1 679 341 96 186 39 924 3 261 447 3 906 941 33. Responsabilidades representadas por títulos O saldo desta rubrica decompõe-se como segue: Obrigações Obrigações hipotecárias Euro Medium Term Note Juros a pagar 31-12-13 31-12-12 2 294 515 000 346 092 1 869 865 255 515 000 493 907 2 341 1 011 248 Durante o exercício de 2010, o Banco Popular Portugal constituiu um Programa de Emissão de Obrigações Hipotecárias cujo montante máximo é de 1 500 milhões de euros. No âmbito deste programa, o Banco, em 20 de dezembro de 2010, procedeu à emissão da 1ª Série de obrigações hipotecárias no valor de 130 milhões de euros, em 30 de junho de 2011, à emissão da 2ª Série de obrigações hipotecárias no valor de 225 milhões de euros, em 30 de dezembro de 2011, à emissão da 3ª Série de obrigações hipotecárias no valor de 160 milhões de euros, e em 26 de setembro à emissão da 4ª Série de obrigações hipotecárias no valor de 300 milhões de euros. Esta última emissão foi readquirida, na sua totalidade, pelo Banco. Estas obrigações são garantidas por um conjunto de créditos à habitação e outros ativos que se encontram segregados como património autónomo nas contas do Banco, conferindo assim privilégios creditórios especiais aos detentores destes títulos sobre quaisquer outros credores. As condições da referida emissão enquadram-se no Decreto-Lei nº 59/2006, e nos Avisos nºs 5/2006, 6/2006, 7/2006 e 8/2006 e na Instrução nº 13/2006 do Banco de Portugal. Em 31 de dezembro de 2013, as características destas emissões eram as seguintes: D esi g nação V al o r N o mi nal V al o r d e B al anço D at a d e Emi ssão D at a d e R eemb o l so Per i o d i ci d ad e d o p ag º d e j ur o s T axa d e j ur o R at i ng Obrgs hipo tecárias 20/12/2014 130 000 130 061 20-12-2010 20-12-2014 M ensal Euribo r 1M +1,20% BBB Obrgs hipo tecárias 30/06/2014 225 000 225 000 30-06-2011 30-06-2014 M ensal Euribo r 1M +1,20% BBB Obrgs hipo tecárias 30/12/2014 Obrgs hipo tecárias 26/09/2015 160 000 300 000 160 000 0 30-12-2011 26-09-2012 30-12-2014 26-09-2015 M ensal M ensal Euribo r 1M +1,20% Euribo r 1M +1,20% BBB BBB 105 Relatório e Contas De referir ainda que o Banco exerceu sobre a 1ª emissão de obrigações hipotecárias a opção de “extended maturity date” tendo prolongado o prazo da emissão por mais um ano, passando a data de maturidade para dezembro de 2014. Em 31 de dezembro de 2013, o património autónomo afecto a estas emissões ascendia a 913 003 milhares de euros (2012: 901 584 milhares de euros) (ver Nota 23). Durante o exercício de 2011, o Banco Popular Portugal constituiu um Programa de Emissão de Euro Medium Terms Notes cujo montante máximo é de 2,5 mil milhões de euros. No âmbito deste programa, o Banco já procedeu a 34 emissões e em 31 de dezembro de 2013 o saldo do mesmo decompõe-se como segue: Data de Emissão Nº de Série 29-12-2011 20-04-2012 17-09-2012 02-10-2012 26-10-2012 13-11-2012 26-11-2012 11-12-2012 20-12-2012 21-12-2012 21-12-2012 21-12-2012 12-02-2013 12-02-2013 18-02-2013 26-02-2013 26-03-2013 12-04-2013 30-04-2013 28-05-2013 25-06-2013 30-07-2013 27-08-2013 13-09-2013 19-09-2013 30-09-2013 21-10-2013 30-10-2013 29-11-2013 30-12-2013 1ª 2ª 4ª 6ª 10ª 8ª 12ª 11ª 15ª 13ª 14ª 16ª 17ª 20ª 19ª 18ª 21ª 22ª 23ª 24ª 25ª 26ª 27ª 29ª 28ª 30ª 32ª 31ª 33ª 34ª Nº de Títulos Montante 50 000 10 000 4 060 27 630 20 000 36 725 9 319 28 792 15 000 11 715 10 985 1 214 4 585 4 060 12 492 6 728 6 628 5 093 5 142 5 695 5 785 4 586 1 834 40 000 2 275 4 475 2 664 4 650 2 660 1 300 500 100 4 060 2 763 200 26 725 9 319 28 792 15 000 11 715 10 985 1 214 4 585 4 060 12 492 6 728 6 628 5 093 5 142 5 695 5 785 4 586 1 834 4 000 2 275 4 475 2 664 4 650 2 660 1 300 Valor nominal unitário 100 000 100 000 1 000 10 000 100 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 10 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 1 000 Data de Reembolso 29-12-2014 20-04-2015 17-09-2014 02-10-2014 26-10-2015 13-05-2014 26-02-2014 11-06-2014 20-01-2014 21-03-2014 21-06-2014 21-01-2014 12-02-2014 12-02-2014 18-05-2014 26-02-2016 26-03-2016 12-07-2014 30-04-2016 28-05-2016 25-06-2016 30-07-2016 27-08-2016 13-09-2015 19-09-2015 30-09-2013 21-10-2015 30-10-2017 29-11-2017 30-06-2017 346 092 34. Derivados de cobertura A rubrica de derivados detidos para cobertura tem a seguinte composição: Valor nocional Contratos de taxas de juro Sw aps 696 250 31-12-2013 Valor de Balanço Activos Passivos 103 101 883 106 Valor nocional 706 250 31-12-2012 Valor de Balanço Activos Passivos - 128 563 Relatório e Contas Como referido anteriormente, o Banco cobre parte do seu risco de taxa de juro, resultante de qualquer potencial decréscimo no justo valor de ativos de taxa de juro fixa, usando swaps de taxa de juro. Em 31 de dezembro de 2013, o justo valor líquido dos swaps de taxa de juro de cobertura (ver acima) e de negociação (ver Nota 19) era negativo, no montante de -105 730 milhares de euros (2012: -129 951 milhares de euros). As variações de justo valor associadas aos ativos cobertos e aos respectivos derivados de cobertura encontram-se registadas em resultados do exercício na rubrica de Resultados líquidos em operações financeiras (ver Nota 9). 35. Outras Provisões Os saldos e movimentos das contas de provisões, decompõem-se como segue: Outras Provisões (Passivo) - Movim entos 31-12-13 31-12-12 Saldo em 1 de Janeiro Dotações Utilizações Anulações 54 588 25 248 12 097 16 685 61 134 1 850 8 396 Saldo em 31 de Dezembro 51 054 54 588 Outras Provisões (Passivo) - Saldos Provisões para risco país Provisões para riscos gerais de crédito Outras provisões 31-12-13 66 49 186 1 802 51 054 31-12-12 114 51 355 3 119 54 588 36. Outros passivos Esta rubrica tem a seguinte composição: Credores por fornecimento de bens Retenção de impostos na fonte Encargos a pagar com o pessoal Outros encargos a pagar Outras receitas com rendimento diferido Operações passivas a regularizar Outras contas de regularização 31-12-13 31-12-12 5 119 5 654 11 964 7 988 2 642 27 102 782 1 276 5 743 11 842 5 047 2 203 7 508 205 61 251 33 824 37. Pensões de reforma O Plano de Pensões do Banco Popular Portugal é um plano de benefício definido que contempla os benefícios previstos no ACT que regulamenta a atividade bancária em Portugal. O fundo assume as responsabilidades com serviços passados dos ex-colaboradores, na proporção do tempo em que tenham estado ao serviço do Banco Popular Portugal. Em contrapartida, é abatido, ao valor das responsabilidades, o valor das responsabilidades com serviços passados dos atuais colaboradores, respeitante ao tempo de serviço prestado noutras instituições do sector bancário. 107 Relatório e Contas Estas responsabilidades por serviços passados são calculadas em conformidade com as disposições da IAS 19 Revised. Constitui objectivo do Plano de Pensões dos Membros Executivos do Conselho de Administração assegurar o pagamento de pensões de velhice, invalidez e sobrevivência para os membros Executivos do Conselho de Administração do Banco. Com a publicação do Decreto-Lei nº. 1-A/2011, de 3 de janeiro, os colaboradores abrangidos pelo ACT que se encontravam em idade ativa em 4 de janeiro de 2011, passaram a estar abrangidos pelo Regime Geral da Segurança Social (RGSS), no que se refere ao benefício de reforma de velhice. Assim, a partir dessa data, o plano de benefícios definido para os colaboradores abrangidos pelo ACT, no que se refere ao benefício de reforma de velhice, passa a ser financiado pelo Fundo de Pensões e pela Segurança Social. No entanto, mantém-se como responsabilidade do Fundo de Pensões após 4 de janeiro de 2011, a cobertura das responsabilidades por morte, invalidez e sobrevivência, bem como o complemento de velhice de modo a equiparar a reforma dos participantes no Fundo de Pensões aos valores do atual plano de pensões. Seguindo a orientação da nota emitida em 26 de janeiro de 2011, pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, o Banco manteve com referência a 31 de dezembro de 2010, a metodologia de mensuração e reconhecimento das responsabilidades por serviços passados dos colaboradores no ativo, relativas às eventualidades transferidas para o RGSS, utilizada nos anos anteriores. De acordo com o disposto no Decreto-Lei nº. 127/2011, de 31 de dezembro, o Banco Popular Portugal transferiu para a Segurança Social as responsabilidades pelas pensões em pagamento à data de 31 de dezembro de 2011, bem como da parte dos ativos do fundo de pensões que cobriam as referidas responsabilidades. As responsabilidades transferidas ascenderam a 6,3 milhões de euros, tendo já sido integralmente pagas (55% em dezembro de 2011 e 45% em março de 2012). Esta transferência originou o registo na conta de resultados do montante de 795 mil euros devido à afectação da parte proporcional dos desvios atuariais acumulados e dos desvios atuariais originados pela diferença de pressupostos atuariais utilizados no cálculo das responsabilidades transferidas. De acordo com o Decreto-Lei nº. 127/2011, de 31 de dezembro, este valor será dedutível para efeitos de apuramento do lucro tributável, em partes iguais, a partir do exercício iniciado em 1 de janeiro de 2012, em função da média do número de anos de esperança de vida dos pensionistas cujas responsabilidades foram transferidas, tendo sido registados os respectivos impostos diferidos sobre o montante da liquidação reconhecido no resultado do exercício. Até dezembro de 2012, o Banco reconhecia o valor acumulado líquido (após 1 de janeiro de 2004) dos ganhos e perdas atuariais resultantes de alterações nos pressupostos atuariais e financeiros e de diferenças entre os pressupostos atuariais e financeiros utilizados e os valores efetivamente verificados, na rubrica “Outros ativos ou Outros passivos – Desvios atuariais”. Eram enquadráveis no corredor os ganhos ou perdas atuariais acumuladas que não excedessem 10% do valor das responsabilidades com serviços passados ou 10% do valor do fundo de pensões, dos dois o maior. Os valores em excesso do corredor eram amortizados em resultados pelo período de tempo médio até à idade esperada de reforma dos trabalhadores abrangidos pelo plano. Em 1 de daneiro de 2013, e conforme referido em 2.19 Alteração na Política Contabilística de Reconhecimento dos Desvios Atuariais, o Banco Popular alterou a sua política contabilística de reconhecimento de desvios atuariais e financeiros de planos de pensões e outros benefícios pósemprego de benefício definido, de acordo com as disposições da IAS 19 Revised. Os ganhos e 108 Relatório e Contas perdas atuariais e financeiras passam a ser reconhecidos no período em que ocorrem diretamente nos capitais próprios, na Demonstração de Rendimento Integral. Em 31 de dezembro de 2013, o número de participantes no fundo era de 1 141 (2012: 1 158). A esta data existiam 39 reformados e 11 pensionistas, constituindo o restante colaboradores em atividade. Valor atual das Responsabilidades As responsabilidades assumidas por pensões de reforma e de sobrevivência apresentam-se como segue: Serviços Passados 31-12-13 Responsabilidades no início do exercício Custo do serviço corrente: Banco Trabalhadores Custo dos juros Pensões pagas Desvios actuariais Responsabilidades em 31 de Dezem bro Valor atual das responsabilidades 108 961 94 708 1 245 747 4 975 - 901 13 384 655 739 4 549 - 706 9 016 128 411 108 961 31-12-13 Serviços Passados - Velhice - Pensões em pagamento Serviços Futuros - Velhice 31-12-12 31-12-12 112 235 16 176 96 232 12 729 128 411 108 961 46 793 46 291 46 793 46 291 O Banco determina anualmente o valor das responsabilidades com serviços passados através de cálculos atuariais pelo método “Projected Unit Credit” para as responsabilidades com serviços passados por velhice e método de “Prémios Únicos Sucessivos” para o cálculo dos benefícios de invalidez e sobrevivência. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de baixo risco, de prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades. As responsabilidades de sobrevivência e invalidez, previstas no ACT e seguráveis, estão cobertas através da subscrição de um seguro de vida “Multiproteção” para o universo populacional, à exceção daqueles cuja premência de invalidez ou sobrevivência seja considerada imprópria para segurar. Trata-se de um contrato temporário anual renovável em que a Seguradora garante ao Fundo de Pensões do Banco Popular Portugal, SA, em caso de morte ou invalidez de grau igual ou superior a 66%, de acordo com a Tabela Nacional de Incapacidade, verificadas em qualquer das pessoas aderentes constantes do grupo seguro, o pagamento dos capitais contratados. O contrato de seguro foi celebrado com a seguradora Eurovida – Companhia de Seguros de Vida S.A., que é uma entidade relacionada com o Banco Popular Portugal, SA. 109 Relatório e Contas Valor Patrimonial do Fundo Os movimentos ocorridos no valor patrimonial do fundo de pensões foram os seguintes: Valor Patrim onial do Fundo 31-12-13 31-12-12 Valor no início do exercício 121 796 113 703 Contribuições entregues: Entidade Patronal Trabalhadores Rendimento do Fundo Pensões pagas Outras variações líquidas 600 747 7 935 - 901 - 1 682 739 12 271 - 3 574 - 1 343 Valor do Fundo em 31 de Dezem bro 128 495 121 796 Responsabilidades por serviços passados actuais 128 411 108 961 100,1% 111,8% Nível de Cobertura Evolução do Valor das Responsabilidades e do Valor Patrimonial do Fundo A evolução das responsabilidades e do valor patrimonial do fundo de pensões nos últimos cinco exercícios foi a seguinte: 31-12-13 31-12-12 31-12-11 31-12-10 31-12-09 Valor atual das responsabilidades 128 411 Valor Patrimonial do Fundo 128 495 108 961 94 708 102 746 105 838 121 796 113 703 118 246 110 346 84 12 835 18 995 15 500 4 508 100,1% 111,8% 120,1% 115,1% 104,3% Activos/(Responsabilidades) líquidos Nível de cobertura O Banco Popular Portugal avalia, a cada data de reporte, a recuperabilidade do eventual excesso do justo valor dos ativos do fundo de pensões face às responsabilidades com as pensões de reforma, tendo por base a expectativa de redução em futuras contribuições necessárias. Estrutura dos Ativos do Fundo Em 31 de dezembro, a estrutura da carteira do Fundo de Pensões por classe de ativos era a seguinte: Classes de Activos Títulos de Rendimento Fixo Títulos de Rendimento Variável Imobiliário Liquidez 110 31-12-2013 31-12-2012 60,49% 33,49% 5,04% 0,98% 100,00% 68,57% 18,59% 7,70% 5,14% 100,00% Relatório e Contas Exposição ao Risco de Crédito No que se refere ao risco de crédito dos ativos com características de dívida que compõem os ativos do fundo, a exposição por rating apresentava a seguinte estrutura: Notações 31-12-2013 AAA 5,35% 31-12-2012 3,08% AA 10,42% 3,13% A 19,74% 12,01% BBB 24,95% 41,25% Outros (NR) 39,54% 40,53% 100,00% 100,00% Em 31 de dezembro de 2013, o Fundo possuía 50 obrigações Euro Medium Term Notes (1ª série), emitidas em 29 de dezembro de 2011, pelo Banco Popular Portugal, no montante de 5 194 milhares de euros. Durante o ano de 2013, estas obrigações registaram uma variação de justo valor positiva de 184 milhares de euros. Em 31 de dezembro de 2013, o Fundo possuía ainda 100 Euro Medium Term Notes (6ª série), emitidas em 02 de outubro de 2012, pelo Banco Popular Portugal, no montante de 1 006 milhares de euros, adquiridas em 12 de dezembro de 2013. Custos do exercício Os montantes reconhecidos como custos do exercício decompõem-se como segue: Custos do exercício 31-12-13 Custo do serviço corrente Custo dos juros Rendimento esperado do Fundo Outros Total 31-12-12 1 992 4 975 - 5 552 935 1 394 4 549 - 5 452 604 2 350 1 095 Ganhos e Perdas Atuariais O montante dos ganhos e perdas atuariais durante os exercícios de 2013 e 2012 decompõem-se como segue: Ganhos e Perdas Actuariais Ganhos / Perdas actuariais a 1 de Janeiro Perdas actuariais do ano - responsabilidades Ganhos actuariais do ano - Fundo Ganhos / Perdas actuariais a 31 de Dezembro 111 31-12-13 31-12-12 735 2 931 - 13 384 2 382 - 9 016 6 820 - 10 267 735 Relatório e Contas Pressupostos Atuariais Os principais pressupostos atuariais e financeiros utilizados apresentam-se como segue: 31-12-13 Pressup. Real Taxa de desconto Taxa de rendimento esperado dos activos do Fundo Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios Taxa de crescimento das pensões Tábua de mortalidade Tábua de invalidez Turnover 31-12-12 Pressup. Real 3,63% 3,63% 3,63% 6,57% 1,5% 0,0% 1,0% 0,0% TV 88/90 ERC Frankona n.a. n.a. 4,50% 4,50% 4,50% 11,04% 2,0% 0,0% 1,0% 0,0% TV 88/90 ERC Frankona n.a. n.a. Os ganhos e perdas decorrentes dos ajustamentos de experiência e alterações nos pressupostos atuariais são reconhecidos em outro rendimento integral, nos Resultados Transitados, no período em que ocorrem. Análise de sensibilidade aos Principais Pressupostos que contribuem para o Valor das responsabilidades Considerando os impactos mais significativos no valor das responsabilidades, procedeu-se a uma análise de sensibilidade, através de uma variação positiva e negativa dos principais pressupostos que contribuem para o valor das responsabilidades, cujo impacto é analisado como segue: Im pacto no valor actual das responsabilidades Variação no pressuposto Aum ento no pressuposto Dim inuição no pressuposto Taxa de desconto 0,25% Diminuição de 6,2% Aumento de 6,7% Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 0,25% Aumento de 5,1% Diminuição de 4,8% Taxa de crescimento das pensões 0,25% Aumento de 2,6% Diminuição de 2,5% Aum ento de 1 ano Dim inuição de 1 ano Aumento de 3,2% Diminuição de 3,3% Esperança média de vida As análises de sensibilidade acima são baseadas na alteração de um dado pressuposto, mantendo todas as outras variáveis constantes. Na prática, é improvável que isso ocorra, dado a correlação existente entre os diferentes pressupostos. Ao calcular a sensibilidade do valor das responsabilidades para os pressupostos atuariais significativos foram aplicados os mesmos métodos utilizados para o cálculo das posições de balanço. A metodologia aplicada na realização da análise de sensibilidade não foi alterada face ao anterior período. 112 Relatório e Contas Quantificação dos impactos na carteira do Fundo das oscilações nas taxas de juro e nos mercados acionistas e imobiliário Com data de referência de 31 de dezembro de 2013, quantificou-se o impacto na carteira do fundo de pensões, através da realização de um stress test, que possa refletir os riscos mais significativos que o fundo de pensões se encontra exposto, considerando oscilações nas taxas de juro e nos mercados acionista e imobiliário e comparou-se o valor do fundo resultante desse impacto com o montante do nível mínimo de solvência. Para o efeito, consideramos dois tipos de choques instantâneos: um choque moderado e um choque severo. Os vários choques são caracterizados da seguinte forma: o risco de taxa de juro é medido através da deslocação paralela da estrutura temporal das taxas de juro, o risco de crédito é avaliado com base na utilização do método standart preconizado pelo acordo de Basileia III e risco de mercado pela alteração do valor das ações e dos fundos de investimento imobiliário. No caso do risco de taxa de juro, o fator de risco consiste, no choque moderado, na subida das taxas em 20% da taxa spot a cinco anos e no choque severo, uma subida de 30%. No que se refere ao risco de mercado, considerou-se, no choque moderado uma desvalorização da carteira de ações em 20% e do imobiliário em 15%, e no choque severo, considerou-se uma queda de 35% nas ações e de 25% no imobiliário O impacto na carteira do fundo de pensões, de um choque moderado para os diversos riscos é o que a seguir se apresenta: Choque Moderado Fator de risco Impacto Risco de Taxa de juro +20% % - 361 -0,28 Risco de Crédito: (Basileia III) - 2 608 -2,03 Risco de Mercado Ações -20% Imobiliário -15% - 7 642 -5,95 - 970 -0,75 O impacto, no conjunto dos vários riscos, no valor da carteira de ativos é de -9,01%, o que representa -11 581 milhares de euros (tendo em conta o valor do fundo em 31 de dezembro de 2013). Neste sentido o nível de financiamento das responsabilidades, considerando o nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal, seria de 177,86%. 113 Relatório e Contas Para um choque severo, o cenário seria: Choque Severo Fator de risco Impacto Risco de Taxa de juro +30% Risco de Crédito: (Basileia III) Risco de Mercado Ações -35% Imobiliário -25% % - 539 -0,42 - 5 162 -4,02 - 13 373 -10,41 - 1 617 -1,26 O impacto, no conjunto dos vários riscos, no valor da carteira de ativos é de -16,11%, o que representa -20 691 milhares de euros. Neste sentido, o nível de financiamento das responsabilidades, considerando o nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal, seria de 163,99%. Relativamente ao ano anterior, assistiu-se para os 2 cenários, a um aumento dos riscos de taxa de juro e de mercado, embora em termos globais, haja a registar uma diminuição do valor global de potenciais perdas, motivado pelo decremento do risco de crédito na carteira. Adequação entre os ativos financeiros e as responsabilidades Com o objetivo de avaliar a adequação entre os ativos financeiros e as responsabilidades, foi efetuado um ALM de fluxos financeiros. Para o efeito projetaram-se as responsabilidades no cenário de financiamento, assumindo-se os pressupostos da avaliação atuarial atual. Assumiu-se que a população atual é um grupo fechado. Com base no valor das responsabilidades a 31/12/2013, nos custos normais esperados para fazer face ao acréscimo de responsabilidade e no valor esperado das pensões a pagar em cada ano, foram estimadas as responsabilidades esperadas futuras para cada um dos grupos populacionais atualmente existentes, para um horizonte temporal de 20 anos. Assumiu-se igualmente que as saídas em termos de pagamento de pensões, ocorrem em média a meio do ano. Projetaram-se de igual modo os ativos do fundo, para cada um dos anos do referido horizonte temporal, tendo-se estimado para o efeito, os valores esperados dos “cash-flows”, nomeadamente as contribuições, rendimentos, prémios de seguros, valores de pensões pagas e as comissões do fundo em cada ano. Foi assumida uma rentabilidade futura de 3,63%, correspondente ao pressuposto assumido na avaliação. 114 Relatório e Contas Os resultados obtidos foram os seguintes: A análise dos resultados permite concluir, assumindo os pressupostos indicados, que poderá haver necessidade do Associado efetuar contribuições extraordinárias futuras, por forma a assegurar o financiamento das responsabilidades do fundo de pensões. Fluxos de caixa futuros esperados Os fluxos de caixa futuros não descontados dos benefícios de pensões apresentam-se como segue: Até 1 ano Benefício (mensal) De 1 a 3 anos 94 114 De 3 a 5 anos 189 Mais de 5 anos Total 5 255 5 652 38. Passivos e compromissos contingentes O quadro seguinte indica o montante contratual dos instrumentos financeiros extrapatrimoniais do Banco, que obriga à concessão de crédito a clientes. 31-12-13 Passivos eventuais Garantias e avales prestados Créditos documentários Compromissos Irrevogáveis Revogáveis 31-12-12 539 471 39 885 563 255 41 453 1 130 026 788 982 2 498 364 645 792 694 344 1 944 844 115 Relatório e Contas Em 31 de dezembro de 2013, a rubrica de Compromissos irrevogáveis inclui o montante de 5 314 milhares de euros (2012: 5 314 milhares de euros), referente a responsabilidades a prazo para com o Fundo de Garantia de Depósitos em relação à parte das contribuições anuais que, de acordo com as deliberações do Fundo, não foram pagas em numerário. Activos dados em garantia Créditos Títulos 31-12-13 31-12-12 1 743 700 1 743 700 1 582 816 1 652 475 3 235 291 O montante da rubrica de Ativos dados em garantia inclui 1 743,7 milhares de euros de títulos da carteira própria do Banco destinados, na sua quase totalidade a colaterizar uma linha de crédito irrevogável junto do Banco de Portugal, no âmbito do Sistema de Pagamentos de Grandes Transações (SPGT) e do Mercado de Operações de Intervenção (MOI). Adicionalmente existiam em 31 de dezembro de 2013 e 2012 os seguintes saldos relativos a contas extra patrimoniais: Depósito e guarda de valores Valores recebidos para cobrança 31-12-13 31-12-12 5 214 227 92 653 5 306 880 5 940 400 88 992 6 029 392 39. Capital social e Prémios de emissão Em 31 de dezembro de 2013, o capital do Banco era representado por 476 000 milhares de ações com o valor nominal de 1 euro cada, integralmente detidas pelo Banco Popular Español, SA, estando totalmente subscrito e realizado. O montante registado na rubrica Prémios de emissão tem origem nos prémios pagos pelos acionistas nos aumentos de capital social efectuado nos exercícios de 2000, 2003 e 2005. 40. Reservas de reavaliação Os movimentos ocorridos na rubrica de reservas de reavaliação foram os seguintes: 31-12-13 31-12-12 - 113 155 79 172 - 22 451 - 56 434 - 236 775 168 190 - 44 570 - 113 155 2 291 2 348 - 54 143 - 110 807 Reservas de reavaliação e Justo Valor Investim entos disponíveis p/ venda Saldo líq. em 1 de Janeiro Reaval. ao justo valor Impostos diferidos Saldo em 31 de Dezembro Reservas de reavaliação ( Diplom as legais ) Saldo em 31 de Dezembro 116 Relatório e Contas A reserva de reavaliação relativa aos títulos disponíveis para venda resulta da adequação ao justo valor dos títulos em carteira. Estes saldos serão movimentados por contrapartida de resultados no momento da alienação dos títulos que lhes deram origem ou caso se verifique imparidade. A reserva de reavaliação referente à adequação ao justo valor de ativos tangíveis de uso próprio está relacionada com o imóvel da Rua Ramalho Ortigão (Nota 26). A reserva de reavaliação do imobilizado corpóreo, apurada de acordo com o Decreto-Lei nº 31/98, apenas poderá ser movimentada quando se considerar realizada, total ou parcialmente, e de acordo com a seguinte ordem de prioridades: (i) Para corrigir qualquer excedente que se verifique, à data da reavaliação, entre o valor líquido contabilístico dos elementos reavaliados e o seu valor real atual; (ii) Para cobrir prejuízos acumulados até à data a que se reporta a reavaliação, inclusive; (iii) Para incorporação no capital social, na parte remanescente. 41. Outras reservas e resultados transitados Os saldos das contas de reservas e resultados transitados, decompõem-se como segue: 31-12-13 Reserva legal Outras reservas Resultados transitados 35 221 289 026 - 58 605 265 642 31-12-12 34 951 286 548 - 47 603 273 896 Os movimentos ocorridos nas rubricas de reservas e resultados transitados foram os seguintes: 31-12-13 Reserva legal Saldo em 1 de Janeiro Transf. Resultados Transitados Saldo em 31 de Dezembro Outras reservas Saldo em 1 de Janeiro Transf. Resultados Transitados Transf. Reservas de Reavaliação Saldo em 31 de Dezembro Resultados transitados Saldo em 1 de Janeiro Resultado líquido ano anterior Ganhos/perdas actuariais Fundo Pensões Transf. p/ reserva legal Transf. p/ outras reservas 117 31-12-12 34 951 270 35 221 33 607 1 344 34 951 286 548 2 422 56 289 026 273 665 12 088 795 286 548 - 47 603 2 692 - 11 002 - 270 - 2 422 - 58 605 - 45 407 13 432 - 2 196 - 1 344 - 12 088 - 47 603 265 642 273 896 Relatório e Contas - Reserva legal A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa aplicável ao sector bancário (Artigo 97.º do Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de dezembro) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro líquido anual, até à concorrência do capital social. 42. Pessoal O número de colaboradores ao serviço do Banco, distribuído por grandes categorias profissionais, analisa-se como segue: Funções Funções Funções Funções directivas de enquadramento técnicas e específicas administrativas e auxiliares 31-12-13 31-12-12 95 451 517 237 1 300 95 450 494 270 1 309 43. Remunerações dos órgãos de administração e fiscalização e dos colaboradores com funções com responsabilidade de assunção de riscos e controlo Os montantes anuais das remunerações auferidas pelos membros dos órgãos de gestão e de fiscalização, encontram-se discriminados, de forma individual e agregada no quadro em seguida transcrito: Rem un. Fixa Rem . Var. Pecuniária Rem un. Total Conselho de Adm inistração Rui Manuel Morganho Semedo - Presidente Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Álvares 380 177 100 0 480 177 557 100 657 10 6 6 0 0 0 10 6 6 22 0 22 Conselho Fiscal Rui Manuel Ferreira de Oliveira - Presidente António José Marques Centúrio Monzelo - Vogal Telmo Francisco Salvador Vieira - Vogal As remunerações auferidas e o número de beneficiários dos colaboradores que desempenham funções com responsabilidade na assunção de riscos por conta do Banco ou dos seus clientes e bem assim aqueles que exercem as funções de controlo previstas no Aviso nº 5/2008 do Banco de Portugal apresentam-se como segue: 118 Relatório e Contas Núm ero Benef. Comité Executivo Gestão do Risco Compliance Gestão de Activos Auditoria Rem un. Fixa Rem . Var. Pecuniária Rem un. Total 6 1 1 1 1 953 71 64 90 58 196 6 4 7 10 1 149 77 68 97 68 10 1 236 223 1 459 44. Honorários da sociedade de revisores oficiais de contas Os montantes pagos à sociedade de revisores oficiais de contas, PricewaterhouseCoopers, durante os exercícios de 2013 e 2012, foram os seguintes: Revisão legal de contas Outros serviços de garantia e fiabilidade 31-12-13 31-12-12 113 242 355 112 256 368 45. Relações com entidades relacionadas Em 31 de dezembro de 2013 e 2012, o montante dos créditos e débitos e dos resultados do Banco relativos a entidades relacionadas é o seguinte: Em 31 de dezembro de 2013, as Garantias Prestadas pelo Banco a entidades relacionadas ascendia ao montante de 11 273 milhares de euros (2012: 8 066 milhares de euros). Em 31 de dezembro de 2013 o Banco recebeu depósitos do BPE a garantir o risco de crédito de operações concedidas pelo Banco no montante de 106 129 milhares de euros (2012: 157 153 milhares de euros). As operações com entidades relacionadas são efetuadas a condições normais de mercado. Em 31 de dezembro de 2013, os membros do Conselho de Administração do Banco não possuíam aplicações nem créditos no Banco Popular. 119 Relatório e Contas 46. Caixa e equivalentes de caixa Para efeitos de demonstrações de fluxos de caixa, caixa e equivalentes de caixa compreendem os seguintes saldos com menos de 90 dias de maturidade: Caixa (Nota 17) Disponib. à vista em outros bancos (Nota 18) Aplicações em I.C.'s com prazo inferior a 3 meses 31-12-13 31-12-12 49 158 174 427 1 264 311 1 487 896 48 664 54 743 124 365 227 772 47. Reconciliação das contas em NCA com as IAS/IFRS (conforme disposto na alínea d) do nº 2 da Instrução nº 18/2005 do Banco de Portugal) Caso as demonstrações financeiras individuais do Banco fossem elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) apresentariam as seguintes alterações: 1) Descrição das alterações de políticas contabilísticas Com a aplicação das IFRS as políticas contabilísticas registariam as seguintes alterações: a) Créditos a clientes As políticas contabilísticas para o crédito a clientes, de acordo com as IFRS, correspondem ao descrito no ponto 2.1 do Anexo às Demonstrações Financeiras, com exceção do regime de provisionamento de crédito do Aviso 3/95 do Banco de Portugal, que é substituído por imparidade determinada de acordo com o modelo a seguir descrito. De acordo com o modelo conceptual que serve de base ao cálculo da imparidade, é efectuada mensalmente uma análise da carteira global de crédito segmentada em três grupos principais: carteira em default, carteira com indícios de imparidade e carteira sem indícios de imparidade. No que respeita à segmentação da carteira para posterior análise, a mesma assenta no agrupamento das operações de crédito em seis grupos distintos, consoante a classificação da contraparte: exposições deterioradas significativas (de entidades com responsabilidades globais acima de 750 milhares de euros); exposições deterioradas homogéneas (relativas aos restantes clientes em situação de default); exposições significativas de clientes com indícios de imparidade (de entidades com responsabilidades globais acima de 750 milhares de euros); exposições homogéneas de clientes com indícios de imparidade (relativas aos restantes clientes que apresentem indícios de imparidade); exposições não deterioradas significativas (de entidades com responsabilidades globais acima de 2.500 milhares de euros); e exposições não deterioradas homogéneas. A análise dentro de cada um dos grupos é efectuada como segue: i) Grupos “homogéneos” No grupo das exposições homogéneas, é efectuada a análise histórica das frequências relativas de incumprimento ou estimativas dos PD’s (probabilidade de default), dos PI’s (probabilidade da operação apresentar indícios de incumprimento), dos PID’s (probabilidade das operações que apresentem indícios de incumprimento evidenciarem efetivamente o incumprimento) e, no universo de 120 Relatório e Contas operações com evidência de incumprimento, dos LGD’s (loss given default). Em cada subsegmento, é ainda construída uma amostra aleatória representativa da carteira de crédito atual da instituição, para análise casuística e validação dos respectivos LGD’s históricos. As probabilidades de default e de indício e de indício se converter em default, calculadas tendo por base carteiras com uma frequência mensal, durante 5 anos entre o primeiro mês do histórico e a data de referência (exclusive), resultam do rácio entre as operações não deterioradas num dado momento e as que apresentem sinais de default ou indício no período emergente seguinte, tendo em consideração as observações nos períodos intermédios. Os períodos emergentes são variáveis consoante as características particulares do segmento homogéneo onde se inserem. A obtenção dos LGD’s a aplicar em cada segmento homogéneo resulta de uma análise a uma amostra, constituída de forma aleatória, tendo como base de ponderação da carteira à data de análise, com um intervalo de confiança de 95%. Posteriormente, são obtidos todos os cash-flows históricos que essas operações tiveram, considerando-se ainda, para as operações não liquidadas, estimativas de recuperação assentes essencialmente nos colaterais que as garantam e aplicação de haircuts consoante a antiguidade de avaliação dos mesmos. Para as perdas associadas às exposições extrapatrimoniais (compromissos revogáveis, garantias prestadas e créditos documentários) é aplicado ainda um factor de conversão (CCF) tendo em vista o apuramento da percentagem destas exposições que durante o ano subsequente tenham sido convertidas em exposições patrimoniais. Este factor de conversão é revisto anualmente e resulta da análise à execução de garantias prestadas e da utilização de linhas de crédito disponíveis, ii) Grupo dos significativos deteriorados e em situação de indício de imparidade Estas exposições são objecto de análise individual, no que respeita à estimativa de recuperação de cada uma das operações junto do Banco Popular, tendo em conta a situação concreta de cada cliente e as características das operações, nomeadamente os colaterais obtidos. iii) Grupo dos Significativos não deteriorados A análise a este conjunto de clientes assenta essencialmente na situação atual das operações de crédito (cumprimento/incumprimento) e no estado atual dos colaterais associados às mesmas operações. Para todo o universo de clientes sem sinais de deterioração que usufruíssem de crédito num montante superior a 2 500 milhares de euros, é efectuada uma análise individualizada. Sempre que não tenham sido identificadas perdas por imparidade na análise individual, essas operações foram incluídas nos respectivos segmentos homogéneos não deteriorados, aplicando-se os respectivos PDs, PI’s, PID’s e LGDs. b) Outros ativos tangíveis Em relação aos imóveis de serviço próprio, na data da transição para as IFRS (1 de janeiro de 2006) foi utilizada a opção prevista na IFRS 1 de considerar como custo estimado o respectivo justo valor, obtido através de avaliações de peritos independentes, considerando-se a diferença para o anterior valor de balanço em resultados transitados como ajustamentos de transição, corrigida de impostos diferidos, passando aquele valor a ser o valor de custo nessa data sujeito a depreciação futura. 121 Relatório e Contas 2) Estimativas dos ajustamentos materiais e reconciliação do balanço, da demonstração de resultados e demonstração de variações em capitais próprios As estimativas dos ajustamentos materiais que decorreriam das alterações de políticas contabilísticas, referidas no ponto anterior, e a reconciliação do balanço, da demonstração de resultados e da demonstração de variações nos capitais próprios em base NCA para as que resultam da aplicação das IFRS são apresentadas nos quadros seguintes: Reconciliação do Balanço em 31 de Dezem bro de 2013 e 2012 (milhares de euros) 31-12-2013 NCA Valor liq. Ajust. 31-12-2012 IFRS NCA Valor. Liq. Valor liq. Ajust. IFRS Valor. Liq. Activo Caix a e disponibilidades em bancos centrais Disponibilidades em outras instituições de crédito Activ os financeiros detidos para negociação Outros activ os financ. justo v alor atrav és de resultados Activ os financeiros disponív eis para v enda Aplicações em instituições de crédito Crédito a clientes Inv estimentos detidos até à maturidade Deriv ados de cobertura Activ os não correntes detidos para v enda Outros activ os tangív eis Activ os intangív eis Activ os por impostos correntes Activ os por impostos diferidos Outros activ os Total de Activo 54 114 174 427 73 843 24 983 1 704 136 1 268 822 5 249 456 0 103 20 747 82 381 172 3 566 72 175 493 248 9 222 173 54 114 174 427 73 843 24 983 1 704 136 1 268 822 5 206 222 0 103 20 747 92 172 172 3 566 71 224 493 248 171 349 54 743 56 738 32 954 1 105 359 269 818 5 835 386 723 879 9 187 779 8 866 812 1 306 839 29 629 1 919 736 4 216 578 865 255 101 883 4 267 6 459 61 251 1 605 143 40 181 1 423 759 3 906 941 1 011 248 128 563 54 588 10 675 33 824 - 44 388 8 511 897 8 214 922 - 43 234 9 791 - 951 - 34 394 22 579 88 004 171 1 360 82 396 422 076 - 46 229 9 791 - 1 067 - 37 505 171 349 54 743 56 738 32 954 1 105 359 269 818 5 789 157 723 879 22 579 97 795 171 1 360 81 329 422 076 8 829 307 Passivo Recursos de bancos centrais Passiv os financeiros detidos para negociação Recursos de outras instituições de crédito Recursos de clientes Responsabilidades representadas por títulos Deriv ados de cobertura Prov isões Passiv os por impostos diferidos Outros passiv os 1 306 839 29 629 1 919 736 4 216 578 865 255 101 883 51 054 4 060 61 251 - 46 787 2 399 Total de Passivo 8 556 285 Capital Prémios de emissão Reserv as de reav aliação Outras reserv as e resultados transitados Resultado do ex ercício 476 000 10 109 - 54 143 265 642 - 31 720 5 101 5 249 - 356 476 000 10 109 - 49 042 270 891 - 32 076 Total de capital 665 888 9 994 9 222 173 - 34 394 - 50 254 2 595 1 605 143 40 181 1 423 759 3 906 941 1 011 248 128 563 4 334 13 270 33 824 - 47 659 8 167 263 476 000 10 109 - 110 807 273 896 2 692 4 848 3 912 1 394 476 000 10 109 - 105 959 277 808 4 086 675 882 651 890 10 154 662 044 9 187 779 8 866 812 - 37 505 8 829 307 Capital Total de Passivo + Capital 122 Relatório e Contas Reconciliação da Dem onstração de Resultados em 31 de Dezem bro de 2013 e 2012 (milhares de euros) 31-12-2013 NCA Ajust. 31-12-2012 IFRS NCA Juros e rendimentos similares 303 812 303 812 365 784 Juros e encargos similares 182 564 182 564 216 926 Margem financeira 121 248 121 248 148 858 49 60 657 8 574 49 60 657 8 574 55 75 400 21 119 - 2 686 11 389 1 288 - 5 241 - 2 686 11 389 1 288 - 5 241 3 821 - 1 192 1 417 - 7 347 Rendimento de instrumentos de capital Rendimentos de serv iços e comissões Encargos com serv iços e comissões Resultados de activ os e passiv os av aliados ao justo v alor atrav és de resultados (líquido) Resultados de activ os financeiros disponív eis para v enda (líquido) Resultados de reav aliação cambial (líquido) Resultados de alienação de outros activ os Outros resultados de ex ploração Produto bancário Custos com pessoal Gastos gerais administrativ os Depreciações e amortizações Prov isões líquidas de reposições e anulações Correcções de v alor associadas ao crédito a clientes e v alores a receber de outros dev edores (líq. de reposições e anulações) Imparidade outros activ os financ. Líq. de rev ersões e recuperações Imparidades de outros activ os líquida de rev ersões e recuperações 0 - 6 415 171 715 - 6 415 - 6 374 171 715 193 519 56 309 51 473 5 023 8 563 55 658 50 643 7 234 - 6 546 472 89 862 0 63 077 611 0 56 309 51 473 5 023 8 563 89 390 IFRS 365 784 216 926 0 148 858 55 75 400 21 119 0 3 821 - 1 192 1 417 - 7 347 - 6 374 0 193 519 55 658 50 643 7 234 - 6 546 - 1 896 61 181 611 12 481 16 484 Resultado antes de impostos - 51 524 - 472 - 51 996 6 358 1 896 8 254 Impostos - 19 804 - 116 - 19 920 3 666 502 4 168 - 957 4 132 Correntes Diferidos Resultado líquido do exercício 12 481 Ajust. - 957 16 484 4 132 - 18 847 - 116 - 18 963 - 466 502 36 - 31 720 - 356 - 32 076 2 692 1 394 4 086 123 Relatório e Contas Reconciliação de variações em capitais próprios, em 31 de Dezem bro de 2013 e 2012 (milhares de euros) Outras Capital Prémio de Reservas de reservas e Resultado Social emissão justo valor Resultados líquido Total transitados Saldos em 31-12-2013 - NCA 476 000 10 109 - 54 143 Imparidade de crédito - Ajustamento prov isões regulamentares - Impostos diferidos Valorização de imóv eis de serv iço próprio - Aplicação do justo v alor - Impostos diferidos Saldos em 31-12-2013 - IFRS 265 642 - 31 720 665 888 4 025 - 1 067 - 472 116 3 553 - 951 7 500 - 2 399 2 291 10 109 - 49 042 270 891 Capital Prémio de Reservas de reservas e Resultado Social emissão justo valor Resultados líquido 10 109 - 110 807 476 000 9 791 - 2 399 - 32 076 675 882 Outras Total transitados Saldos em 31-12-2012 - NCA 476 000 Imparidade de crédito - Ajustamento prov isões regulamentares - Impostos diferidos Valorização de imóv eis de serv iço próprio - Aplicação do justo v alor - Impostos diferidos Saldos em 31-12-2012 - IFRS 476 000 10 109 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS 273 896 2 692 651 890 2 128 - 564 1 896 - 502 4 024 - 1 066 7 443 - 2 595 2 348 - 105 959 277 808 9 791 - 2 595 4 086 662 044 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 124 Relatório e Contas Declaração do Conselho de Administração 125 Relatório e Contas Certificação Legal de Contas Individuais 126 Relatório e Contas 127 Relatório e Contas Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 128 Relatório e Contas 129 Relatório e Contas Relatório sobre a Estrutura e as Práticas do Governo Societário (Nos termos da alínea b), do nº 2, do artigo 70º do Código das Sociedades Comerciais) Exercício de 2013 O Banco Popular Portugal, S.A. (também designado por Banco Popular ou BAPOP) é detido, a 100%, por um único acionista, o Banco Popular Español, S.A. com sede em Madrid, Espanha. As ações do Banco Popular, não estão admitidas à negociação em mercado regulamentado situado ou a funcionar em Portugal. Os órgãos que compõem o governo da Sociedade são a Mesa da Assembleia Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas. I – Assembleia Geral I.1 – Membros da Mesa Constituição da Mesa da Assembleia Geral Augusto Fernando Correia Aguiar-Branco - Presidente João Carlos de Albuquerque de Moura Navega - Secretário I.2 – Mandatos dos membros da Mesa Os atuais membros da Mesa da Assembleia Geral foram eleitos pela primeira vez em 7 de maio de 2007 e reeleitos para o quadriénio de 2011 – 2014, em 30 de maio de 2011, terminando os seus mandatos em 31 de dezembro de 2014. I.3 – Remuneração do Presidente da Mesa O Presidente da Mesa da Assembleia Geral auferiu uma retribuição mensal de 500,00 euros, num total anual de 6.000,00 euros; o Secretário auferiu uma retribuição mensal de 300,00 euros, num total anual de 3.600,00 euros. I.4 – Voto A cada 500 ações corresponde um voto. 130 Relatório e Contas I.5 – Acionistas titulares de direitos especiais O Banco Popular não tem acionistas titulares de direitos especiais. I.6 – Regras estatutárias sobre o exercício do direito de voto Os Estatutos do Banco Popular, no seu artigo 11º, estipulam que só tem direito a voto os acionistas detentores de 500 ou mais ações, não havendo outras limitações aos direitos de voto nem é estipulado qualquer prazo para o exercício do direito de voto. De acordo com o artigo 14º, as deliberações serão tomadas por maioria absoluta de votos, salvo no caso da dissolução do Banco, em que a deliberação da Assembleia Geral deve ser tomada por uma maioria de três quartas partes do capital social, e naqueles em que a lei exija maioria qualificada. I.7 – Voto por correspondência Não existem quaisquer restrições estatutárias nem regras definidas para o exercício do direito de voto por correspondência. I.8 – Intervenção da Assembleia Geral sobre a política de remuneração e avaliação do desempenho dos membros do órgão de administração A Assembleia Geral aprova anualmente a declaração sobre a política de remuneração dos órgãos de administrações e fiscalização apresentada pelo Conselho de Administração nos termos do nº 1, do art. 2º, da Lei nº 28/2009, de 19 de junho de 2009. De igual modo, a Assembleia Geral procede anualmente à apreciação geral da Administração com base na avaliação sobre a evolução da atividade do Banco no exercício anterior. II – Órgãos de administração e fiscalização II.1 – Identificação e composição dos órgãos da Sociedade Os órgãos de administração e fiscalização da Sociedade são o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, órgãos estes eleitos para o quadriénio de 2011 – 2014, em 30 de maio de 2011. À exceção de Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Alvares e de José Ramón Alonso Lobo que foram eleitos em 3 de maio de 2013 e em 21 de março de 2013, respetivamente, cujos mandatos terminam também em 31 de dezembro de 2014. Composição: Conselho de Administração Rui Manuel Morganho Semedo - Presidente Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Alvares - Vogal Tomás Pereira Pena – Vogal José Ramón Alonso Lobo - Vogal 131 Relatório e Contas Conselho Fiscal Rui Manuel Ferreira de Oliveira – Presidente Telmo Francisco Salvador Vieira – Vogal António José Marques Centúrio Monzelo – Vogal Ana Cristina Freitas Rebelo Gouveia - Suplente Revisor Oficial de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. Representada por Aurélio Adriano Rangel Amado ou José Manuel Henriques Bernardo Revisor Oficial de Contas suplente Jorge Manuel Santos Costa II.2 – Delegação de poderes e organograma da Sociedade O Conselho de Administração delegou a gestão corrente de todos os negócios do Banco Popular no seu Presidente, Rui Manuel Morganho Semedo, e no Administrador, Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Alvares, nos termos e com os poderes para deliberarem e praticarem, com respeito dos limites legais, todos os atos compreendidos no seu objecto social, designadamente os seguintes: a) Aquisição, alienação ou oneração de bens móveis ou imóveis, bem como constituição e alteração da propriedade horizontal de imóveis propriedade do Banco; b) Abertura ou encerramento de estabelecimentos; c) Extensões ou reduções importantes da atividade do Banco; d) Modificações importantes na organização do Banco; e) Estabelecimento ou cessação de cooperação duradoura com outra empresa; f) Gestão de participações do Banco noutras sociedades, nomeadamente designando os representantes do Banco nos respectivos órgãos sociais e definindo orientações para a atuação desses representantes; g) Contratação, celebração, alteração e rescisão de contratos de trabalho e exercício dos correspondentes poderes diretivo e disciplinar; h) Aprovação das nomeações de funcionários e alterações de condições salariais com exceção de nomeações que respeitem ao último nível da tabela do ACTV; l) Contratação, celebração, alteração e rescisão de contratos de seguro, de empreitada e outros de prestação de serviços; j) Contratação, celebração, alteração e rescisão de contratos de arrendamento e locação financeira, imobiliária ou mobiliária; l) Representação do Banco em juízo e em litígios extrajudiciais, apresentando queixas-crime, comprometendo-se em arbitragens, propondo pleitos judiciais ou defendendo-se deles, podendo confessar, desistir ou transigir em quaisquer processos; m) Constituição de mandatários do Banco para a prática de determinados atos, ou categorias de atos definindo a extensão dos respectivos mandatos; n) Aquisição, alienação e oneração de participações noutras sociedades, desde que as operações em causa estejam incluídas nos planos de negócios aprovados; 132 Relatório e Contas o) Delineação da organização e os métodos de trabalho do Banco, incluindo elaboração de regulamentos e determinação das instruções que julguem convenientes. Os poderes delegados acima referidos devem ser exercidos, pelo Presidente do Conselho de Administração, Rui Manuel Morganho Semedo, conjuntamente com o Administrador Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Alvares. Sempre que entenda ou se justifique, durante o ano, o Presidente, Rui Manuel Morganho Semedo, informará o Conselho de Administração das decisões, atos ou contratos estabelecidos ao abrigo da delegação de poderes. A nível do Governo do Banco Popular, foi criado em 1 de janeiro de 2011, o Comité Executivo no quadro do processo de aperfeiçoamento permanente do modelo de gestão do Banco enquanto unidade do Grupo Banco Popular. A criação deste Comité, que reúne semanalmente, visa agilizar o processo de formação das decisões e tornar mais efetiva a sua execução e seguimento, para responder com maior eficácia às muito exigentes circunstâncias em que o Banco atua. Sem prejuízo do papel reservado ao Conselho de Administração como órgão de gestão estatutário, o Comité Executivo, órgão não estatutário, assegurará, enquadrado pelas grandes orientações do Grupo e do Conselho de Administração, a gestão quotidiana do Banco. O Comité Executivo é constituído por Rui Manuel Morganho Semedo, Presidente do Conselho de Administração, que coordena, Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Álvares, Administrador e Diretor Geral de Negócio, José António Matos dos Santos Coutinho, Carla Maria da Luz Gouveia, Jorge Miguel Santos Roldão Gomes, Pedro Miguel da Gama Cunha, Carlos Miguel de Paula Martins Roballo e José Luis Castro Cortizo, todos Diretores Centrais. A atual distribuição dos pelouros pelos membros do Comité Executivo é efectuada conforme o Organograma da Sociedade a seguir apresentado: 133 Relatório e Contas 134 Relatório e Contas II.3 – Comités de acompanhamento da atividade da Sociedade Para além da criação do Comité Executivo, que apoia o Conselho de Administração na gestão corrente, foram constituídos diversos comités especializados de acompanhamento da atividade do Banco Popular, designadamente: Comité de Controlo Interno e Risco Operacional O Comité de Controlo Interno e Risco Operacional é um órgão de natureza consultiva, sendo constituído pelos responsáveis dos órgãos de Auditoria, Gestão do Risco, Organização e Tecnologia, Provedoria do Cliente, Assessoria Jurídica, Recursos Humanos e Compliance/Controlo Interno, sendo coordenado pelo Presidente do Conselho de Administração. Este Comité, reúne, no mínimo, mensalmente, e tem como principais funções: - proteger a reputação do Banco e minimizar o respectivo risco; - identificar e analisar sistematicamente a legislação relevante de aplicação à atividade corrente do Banco, detectando as deficiências existentes e o modo de as ultrapassar; - propor políticas, planeamento e estratégias de atuação, de forma a serem rigorosamente cumpridos os regulamentos e Instruções do Banco de Portugal, CMVM e ISP, para evitar que seja alvo de sanções. Comité de Gestão da Continuidade de Negócio Este Comité, de natureza consultiva, é constituído pelos responsáveis dos órgãos de Recursos Humanos, Organização e Tecnologia, Operacional, Gestão de Risco e Compliance, sendo coordenado pelo Presidente do Conselho de Administração, reunindo, no mínimo, trimestralmente, podendo reunir excepcionalmente, sempre que se torne necessário. Tem como funções zelar por um conjunto de boas práticas genéricas que devem ser implementadas e aprofundadas pelo Banco, de acordo com as características em termos de perfil de risco, tendo em consideração a natureza, a dimensão, a complexidade de negócio e o modelo organizativo, as quais estão reflectidas nas “Recomendações prudenciais sobre Gestão da Continuidade de Negócio”, aprovadas pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros. Comité de Gestão da Procura O Comité de Gestão da Procura é um órgão de natureza consultiva, sendo constituído pelos responsáveis dos órgãos de Organização e Tecnologia, Gestão de Risco, Operações, Assessoria Jurídica, Comerciais, Contabilidade e Marketing, que reúne, no mínimo, trimestralmente, podendo reunir excepcionalmente, sempre que se torne necessário. 135 Relatório e Contas Este Comité tem como função fazer a gestão do modelo de governo de procura dos Sistemas de Informação do Banco em função das necessidades comerciais, internas ou de cumprimento normativo, fazendo o acompanhamento dos projetos, definindo as prioridades e antecipando os impactos na implementação dos mesmos. II.4 – Relatório anual do órgão de fiscalização O Relatório e Parecer do Conselho Fiscal elaborado anualmente faz uma breve descrição sobre a atividade de fiscalização desenvolvida relativamente à prestação de contas anual. Este Relatório é divulgado no sítio da internet da Sociedade conjuntamente com os documentos de prestação de contas. II.5 – Sistemas de controlo interno e de gestão de risco O sistema de controlo interno do Banco Popular é um processo tornado efetivo pelo Conselho de Administração, demais órgãos de gestão e colaboradores, parte integrante de um planeamento estratégico, sustentável a longo prazo e concebido para proporcionar uma garantia razoável de que se atinjam objectivos nas seguintes categorias: - Eficácia e eficiência das operações; - Fiabilidade do relato financeiro; - Cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis. O sistema de controlo interno do Banco Popular, em consonância com a legislação e regulamentação aplicáveis, está descrito em normativo interno, designadamente em relação às responsabilidades que no seu âmbito estão acometidas ao Conselho de Administração e aos demais órgãos de estrutura de controlo. Ao Conselho de Administração compete, nomeadamente, aprovar a estratégia do Banco e zelar pela sua adequada implementação, assim como definir, aprovar e rever a estrutura organizacional e assegurar a sua adequada implementação e manutenção. Compete sobretudo ao Conselho de Administração, a promoção de uma cultura de controlo interno sustentada em elevados padrões de ética e de integridade, mediante a definição e aprovação de códigos de conduta apropriados, assegurando-se de que todos os colaboradores compreendem o seu papel no sistema e de que podem contribuir de forma efetiva para o mesmo. A responsabilidade do Conselho Fiscal consiste em assegurar a realização dos procedimentos considerados necessários para verificar se existiu aderência, nos aspectos materialmente relevantes, do sistema de controlo interno do Banco aos requisitos descritos no Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2008, assentes designadamente nos princípios da existência de um adequado ambiente de controlo, de um sólido sistema de gestão de riscos, de um eficiente sistema de informação e comunicação e de um efetivo processo de monitorização, que garanta o cumprimento dos objectivos estabelecidos nas categorias supra indicadas. 136 Relatório e Contas Designadamente em relação à fiabilidade do relato financeiro, o sistema de controlo interno proporciona uma garantia razoável de que a preparação dos correspondentes relatórios obedece a princípios contabilísticos reconhecidamente aceites e cumpre os preceitos legais e regulamentares aplicáveis, que a informação neles contida reflete as transações e eventos subjacentes por forma a apresentar uma posição patrimonial e financeira fiável e verdadeira, e que os mesmos são claros e informativos nas questões que possam influenciar a sua utilização, compreensão e interpretação. A função de gestão de risco procura identificar, avaliar, acompanhar e controlar todos os riscos materialmente relevantes a que o Banco se encontra exposto, tanto de forma interna como por forma externa, de modo a que não afectem negativamente a situação financeira da instituição. Trata-se de uma área que contribui igualmente para a criação de valor através do aperfeiçoamento de ferramentas de apoio: (i) à decisão de crédito, (ii) à definição de “pricing” ajustado ao risco das operações e (iii) à alocação de capital. A estrutura de gestão de risco do Banco adopta a metodologia “três linhas de defesa”, como ilustra e explica a figura seguinte: 137 Relatório e Contas Desta forma, as três linhas de defesa são representadas pelas seguintes estruturas internas: (i) primeira linha de defesa pelo Departamento de Gestão de Risco (DGR); (ii) segunda linha de defesa pelo Compliance e Área de Controlo Operativo e (iii) como terceira linha de defesa a atuação da Auditoria. A responsabilidade pela definição e implementação do sistema de gestão do risco é do Conselho de Administração, ainda que muitas das atividades inerentes a este processo estejam delegadas a outras áreas da organização. Linhas de reporte e comunicação As linhas de reporte são estabelecidas entre as diversas unidades de negócio, incluindo a função de auditoria, com reportes mensais à Gestão do Risco em relação ao estado dos controlos para gerir os riscos e mudanças nos objectivos e riscos. O DGR reporta ao Comité Executivo a monotorização efetuadas sobre os diferentes riscos. Funções e responsabilidades As principais funções e responsabilidades dos distintos intervenientes no processo de gestão do risco são as apresentadas abaixo: a) Conselho de Administração – As responsabilidades incluem: i. Definir e rever as políticas com os objectivos globais e os objectivos específicos para cada área funcional, no que respeita ao perfil de risco e ao grau de tolerância face ao risco; ii. Aprovar políticas e procedimentos, concretos, eficazes e adequados, para a identificação, avaliação, acompanhamento e controlo dos riscos a que o Banco está exposto, assegurando a sua implementação e cumprimento; iii. Aprovar, previamente à sua introdução, os novos produtos e atividades do Banco, bem como as respetivas políticas de gestão do risco; iv. Verificar, de forma regular, o cumprimento dos níveis de tolerância ao risco e das políticas e procedimentos de gestão do risco, avaliando a sua eficácia e contínua adequação à atividade do Banco, no sentido de possibilitar a detecção e correção de quaisquer deficiências; v. Requerer que sejam elaborados e apreciar reportes periódicos, precisos e tempestivos sobre os principais riscos a que o Banco se encontra exposto e que identifiquem os procedimentos de controlo implementados para gerir esses riscos; vi. Assegurar e monitorizar a efetiva implementação das suas orientações e recomendações na estrutura da gestão do risco no sentido de introduzir correções e/ou melhorias no sistema de gestão do risco; vii. Assegurar que as atividades de gestão do risco têm uma independência, estatuto e visibilidade suficientes e que são sujeitas a revisões periódicas; viii. Designar o responsável pela função de gestão do risco e o responsável pela função de Compliance e assegurar que estas funções têm autoridade suficiente para desempenhar as respetivas competências de forma objectiva e independente, bem como que possuem os recursos materiais e humanos adequados ao desempenho das respetivas tarefas; 138 Relatório e Contas ix. Supervisionar a monitorização da conformidade regulamentar; x. Coordenar a tomada de decisões e assegurar a consistência nas respostas da gestão do risco; xi. Assegurar que o plano de continuidade de negócio é revisto e monitorizado com uma periodicidade regular (e.g. anualmente). b) Função de Gestão do Risco – Tem a responsabilidade de centralizar a gestão do risco, designadamente: i. Definir as políticas de risco do Banco, mediante aprovação da Administração; ii. Analisar, acompanhar e propor orientações para o risco de crédito; iii. Analisar, acompanhar e propor orientações para o risco de taxa de juro, risco de liquidez, risco cambial, risco de mercado, risco de estratégia, risco de reputação e risco de compliance, tendo por base a metodologia disponível para o Grupo; iv. Tratar a informação relativa aos diferentes riscos no Banco; v. Utilizar os dados existentes para propor melhorias ao nível de boas práticas de risco de crédito e financeiros no Banco; vi. Acompanhar o processo de integração dos modelos de crédito na gestão; vii. Controlar a qualidade da informação que é disponibilizada e que serve de base aos modelos de “scoring” e de “rating”; viii. Colaborar com o Grupo no desenvolvimento de metodologias comuns relativas à implementação dos modelos para o risco de crédito; ix Participar com outras áreas do Banco em Comités e grupos de trabalho para apoio à Gestão do Risco; x. Acompanhar e controlar as delegações de poderes de crédito no Banco. c) Função de Compliance – A função de Compliance é a função que controla o cumprimento das obrigações legais e dos deveres a que se encontram sujeitas. Assim as suas responsabilidades são: i. Manter um conhecimento profundo da atividade do Banco, identificar e aferir da aplicabilidade e impacto das disposições legais e regulamentação em vigor, em articulação com os demais órgãos do Banco e o auditor externo; ii. Assegurar, no contexto da atividade desenvolvida pelo Banco, a aplicação de requisitos legais e regulamentares e de boas práticas, conciliando as perspectivas de cumprimento normativo por um lado, e de negócio por outro; iii. Acompanhar as alterações e desenvolvimentos em matéria de regulação e avaliar a adequação e eficácia das normas e procedimentos internos, com vista a prevenir o incumprimento das obrigações legais e deveres a que a instituição se encontra sujeita, no âmbito da sua atividade; iv. Promover junto dos órgãos de estrutura as medidas para corrigir eventuais deficiências detectadas no cumprimento normativo e efetuar ações de prevenção e verificação para assegurar o continuado cumprimento das leis, regulamentos e boas práticas estabelecidas e assistir à implementação de medidas corretivas; v. Aconselhar e assessorar os órgãos de administração e de gestão, para efeitos do cumprimento das obrigações legais e dos deveres a que a instituição se encontra sujeita, bem como informar, de 139 Relatório e Contas imediato, os mesmos, de quaisquer indícios de violação de obrigações legais, de regras de conduta e de relacionamento com clientes ou de outros deveres que possam fazer incorrer a instituição ou os seus colaboradores num ilícito de natureza contraordenacional; vi. Desenvolver trabalho de aconselhamento, dando orientações, às áreas funcionais, relativamente ao cumprimento de requisitos que sejam relevantes no contexto de questões concretas, levantados no decorrer do normal desenvolvimento da atividade do Banco; vii. Manter registo de incumprimentos e das medidas propostas e adoptadas para os sanar; viii. Elaborar e apresentar ao órgão de administração e ao órgão de fiscalização um relatório, de periodicidade anual, identificando os incumprimentos verificados e as medidas adoptadas para corrigir eventuais deficiências; ix. Assistir, e na vertente de controlo interno promover, a elaboração de reportes às entidades de supervisão, em articulação, nomeadamente, com as funções de gestão de riscos e de auditoria interna; x. Ser o interlocutor com as entidades reguladoras no sentido de assegurar uma boa articulação no acompanhamento dos desenvolvimentos e evolução em matéria regulamentar, bem como na resolução da sanação de irregularidades detectadas; xi. Participar em ações de formação e sensibilização, promovidas pelo DRH, contribuindo para uma ampla tomada de consciência sobre a importância das leis, regulamentos e boas práticas a que o Banco se encontra vinculado, sobre a atuação e conduta a ter para a sua observância e das consequências do seu incumprimento. d) Área de Controlo Operativo – Tem como principais atividades: i. Desenvolver e acompanhar controlos operativos, da contratação e de proveitos ligados à atividade diária da instituição, sempre que necessário; ii. Assegurar, em articulação com as demais áreas funcionais do Banco a adequação e o melhoramento continuado dos procedimentos de controlo, procurando mitigar o risco operativo. e) Função de Auditoria Interna – Tem um papel chave na avaliação da efetividade da gestão do risco e sistemas de controlo. Os auditores internos têm as seguintes responsabilidades: i. Analisar o processamento de todas as operações e avaliar o grau de conformidade das mesmas com as normas internas em vigor no Grupo, normativo das Entidades de Supervisão e outra legislação aplicável; ii. Verificar o correto e regular exercício dos mecanismos de controlo interno implementados em termos de circuitos e rotinas; iii. Assessorar o Conselho de Administração na definição de normas e outras medidas adequadas à criação de um melhor ambiente de controlo interno; iv. Colaborar com outros órgãos do Banco e do Grupo na implementação e correta observâncias das políticas e diretrizes estabelecidas pelo Conselho de Administração; v. Assegurar, no âmbito das suas atribuições, a relação do Banco com Autoridades Judiciais e Policiais e com as Entidades de Supervisão, mediante recolha, análise e fornecimento de informação/documentação solicitada pelas referidas entidades, necessários ao acompanhamento de 140 Relatório e Contas processos de natureza criminal instaurados por entidades policiais ou em curso nos tribunais contra clientes do Banco; vi. Proceder às averiguações e inquéritos que se mostrem necessários ao apuramento e imputação de responsabilidades individuais, em todas as circunstâncias em que a ocorrência de factos indicie ou consubstancie incidências graves ou práticas contrárias às normas internas, à legislação em vigor, às boas práticas bancárias, à ética da Instituição e do Sector Financeiro, que afectem negativamente os interesses do Banco e das Sociedades do Grupo e dos seus clientes; vii. Elaborar relatórios das atividades desenvolvidas e, pelo menos com periodicidade anual, um relatório com a síntese das principais deficiências detectadas nas ações de auditoria, com indicação e identificação das recomendações apresentadas e que foram seguidas. f) Coordenadores de risco – São os colaboradores chave, que identificam os riscos no Banco, em particular ao nível do negócio/unidade/departamento/função. As suas funções e responsabilidades incluem: i. Identificar e avaliar riscos e obter respostas aos riscos; ii. Assegurar a consistência da aplicação dos procedimentos à tolerância do risco; iii. Elaboração de recomendações às atividades de controlo; iv. Reportar ao DGR os resultados e recomendações da identificação e avaliação dos eventos de risco no Banco. II.6 – Identificação dos principais riscos a que o Banco Popular se expõe no exercício da atividade Em termos de riscos acompanhados são de referir os seguintes: Risco de Crédito Este risco nasce da possível perda causada pelo incumprimento das obrigações contratuais das contrapartes do Banco. No caso dos financiamentos produz-se como consequência da não recuperação do capital, juros e comissões, nos termos da dívida, prazos e demais condições estabelecidas nos contratos. No que se refere a riscos fora de balanço, deriva do incumprimento pela contraparte das suas obrigações perante terceiros, o que implica que o Banco as assuma como próprios em função do compromisso contraído. A estrutura organizacional instituída para a gestão e acompanhamento do risco de crédito no Banco Popular Portugal, numa perspectiva macro resume-se como segue: 141 Relatório e Contas Estratégia Políticas e Controlo Análise e Decisão Acompanhamento Recuperação Conselho de Administração Departamento de Gestão de Risco Área de Controlo Operativo Rede de Agências/ Banca de Empresas e Banca Privada Departamento de Análise e Acompanhamento de Risco Departamento de Análise e Acompanhamento de Risco Departamento Rede de Negócio Especializado Imobiliário Departamento de Gestão de Risco 1ª Linha de Defesa Área de Controlo Operativo 2ª Linha de Defesa Departamento de Auditoria 3ª Linha de Defesa O Banco tem implementado um circuito de análise e avaliação do risco, mediante um sistema formal de atribuição de poderes para a autorização de operações, os quais dependem, entre outros, dos seguintes factores: Natureza, montante, prazo e taxa de juro da operação; Titular da operação; Sector de atividade; Posição atual e histórica da relação com o Banco e sistema financeiro; Existência e qualidade de colaterais; e Indicadores de alerta. As pessoas com competência delegada para autorização de operações estão integradas nas seguintes áreas e órgãos do Banco: Agências/Grandes Empresas e Private Banking; Departamento de Análise e Acompanhamento de Risco; Comité Executivo/Conselho de Administração. O acompanhamento do risco é um processo fundamental na gestão do risco de crédito, uma vez que permite conhecer a evolução da capacidade de reembolso dos clientes e atempadamente tomar ações corretivas a fim de evitar situações de incumprimento. A metodologia de acompanhamento baseia-se fundamentalmente na análise de um conjunto de variáveis associadas às operações e clientes, que permitem medir a incidência que as mesmas podem ter sobre o risco assumido, determinando assim a conveniência de manter, aumentar, reduzir ou extinguir os riscos. Neste âmbito, são efetuadas regularmente, análises ao comportamento da carteira de crédito, de forma a estabelecer-se mecanismos de acompanhamento adequados à evolução dos riscos globais de determinados clientes e respetivas operações, antecipando-se eventuais situações de dificuldade com medidas preventivas dos riscos em curso. 142 Relatório e Contas Em 2012, o Banco decidiu reforçar a atuação em termos de recuperação de crédito e, para o efeito, migrou a quase totalidade dos clientes com crédito vencido no Banco para uma rede especializada denominada RNE (Rede de Negócio Especializado). Esta estratégia prosseguiu em 2013, permitindo um acompanhamento muito mais próximo dos clientes de risco mais elevado, o que se traduziu numa mais rápida detecção de potenciais situações de incumprimento e na imediata adoção de soluções adequadas a cada uma dessas situações. No âmbito das atividades de controlo do risco de crédito são produzidos diversos relatórios e divulgados ao Comité Executivo/Conselho de Administração: Acompanhamento de crédito vencido (evolução do crédito vencido por zona geográfica); Imparidade da carteira de crédito (relatório mensal); Informação sobre risco de crédito (evolução do crédito vincendo e vencido por áreas comerciais, zonas geográficas, tipo de produto, maiores clientes, etc.); Controlo dos limites de concentração (Detalhe sobre as exposições que excederam os limites estabelecidos pela política do Grupo BAPOP); Acompanhamento mensal da contratação de operações de crédito por níveis de PD; Relatório de Stress Testing (semestral). Risco de Concentração O acompanhamento do risco de concentração é efectuado pelo Departamento de Gestão de Risco (DGR). O DGR assegura a manutenção e implementação de políticas e procedimentos apropriados para monitorizar e gerir o risco de concentração de crédito. É igualmente responsável pelo acompanhamento dos poderes delegados em matéria de risco de concentração e reporte periódico sobre concentração ao Conselho de Administração. Os procedimentos de gestão e acompanhamento do risco de concentração centram-se essencialmente na definição de limites e análise/reporte periódico. Os principais reportes produzidos pelo DGR e revistos pelo CA, resumem-se conforme segue: Mensalmente é elaborado um relatório que acompanha os seguintes limites de concentração aprovados pelo CA do Banco, designadamente: o Clientes com riscos > 10% TIER I; o Clientes com riscos > 5% TIER I, excluindo extrapatrimoniais e operações garantidas por depósitos; o Riscos > 100 milhões de euros e superiores a 25% da CRC; o Riscos > 20 milhões de euros a 50% da CRC; o Riscos por sector de atividade; o LTV primeira habitação superior a 75%; o LTV outra habitação superior a 60%. 143 Relatório e Contas Anualmente, no âmbito da Instrução nº 5/2011, é enviado ao Banco de Portugal informação sobre o risco de concentração. Risco de mercado O risco de mercado é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos desfavoráveis no preço de mercado dos instrumentos da carteira de títulos, provocados por flutuações em cotações de ações, taxas de juro e taxas de câmbio. Tendo em consideração que a medição e gestão do impacto da variação das taxas de juro no balanço do Banco é realizada de forma separada, através do Risco de Taxa de Juro Estrutural do Balanço, e dada a atividade do Banco e estrutura do seu balanço, o risco de mercado limita-se ao efeito da variação do preço dos títulos que compõem a sua carteira. A carteira de títulos do Banco é gerida pela Tesouraria Geral do Grupo BPE, a partir de Madrid, sendo a gestão de risco de mercado igualmente efetuada por aquela estrutura. O principal instrumento de gestão do risco é o Value at Risk (VaR), O DGR acompanha regularmente a evolução do VaR da carteira, reportando esses valores ao CA. De realçar que o Banco utiliza o método padrão para cálculo dos requisitos de fundos próprios. Risco Cambial O risco cambial é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a movimentos adversos nas taxas de câmbio, provocados por alterações no preço de instrumentos que correspondam a posições abertas em moeda estrangeira ou pela alteração da posição competitiva da instituição devido a variações significativas das taxas de câmbio. O Banco recorre igualmente a metodologia VaR como instrumento de gestão da sua posição em moeda estrangeira, utilizando o método padrão para cálculo dos requisitos de fundos próprios. Risco operacional O Grupo Banco Popular adopta como definição de risco operacional a que se encontra estabelecida no Acordo de Capital (Basileia II) ou seja “risco de perdas resultantes da aplicação inadequada ou negligente de procedimentos internos, de comportamentos das pessoas e do inadequado funcionamento de sistemas ou de causas externas”. O Banco, através da rede de Responsáveis de Risco Operacional (RRO) de cada área funcional, procedeu à identificação de todos os riscos operacionais que poderão afectar os resultados do Banco. Neste processo, foi elaborado por cada área funcional um documento descritivo das funções e um mapa dos riscos operacionais correspondentes a essas funções, identificando os controlos existentes, com vista à mitigação de cada factor de risco. Para efeitos de atualização realizam-se ciclos de revisão periódicos destes requisitos qualitativos incorporando as alterações organizativas, mobilidade dos RRO bem como a aferição dos resultados obtidos nos ciclos anteriores em função da experiência adquirida e ajustamentos funcionais entretanto verificados. 144 Relatório e Contas Tendo por objectivo uma total e correta identificação, classificação e registo dos eventos de risco operacional e respetivas recuperações com os quais o Banco se confronta no desenvolvimento da sua atividade, são registados, de forma automática, numa base de dados específica, os eventos que ocorrerem. Uma parcela reduzida de situações é recolhida de forma manual pelos RRO de cada área do Banco, dentro das suas funções. Cada registo incorpora uma descrição, datas (de ocorrência, descoberta e contabilização), montantes (de perda efetiva, potencial e recuperações) e classificação segundo Basileia II (segmento de atividade e tipologia de evento). O risco operacional é alvo de um processo de avaliação, sendo considerados procedimentos preventivos e de detecção. De modo a avaliar quantitativa e qualitativamente o risco operacional, o Banco considera, entre outros, os seguintes mecanismos: a. No Comité de Controlo Interno e Risco Operacional está contemplado na agenda como ponto obrigatório, o Risco Operacional, onde são apresentados e discutidos os eventos ocorridos com maior impacto e, se necessário, tomadas as medidas necessárias à sua mitigação; b. Avaliação periódica do risco residual, através da autoavaliação dos riscos e controlos identificados em todas as áreas do Banco. A auto-avaliação contempla: i. Riscos: avaliação de impactos e frequências, máximos e mais prováveis (médios); ii. Controlos: avaliação de eficiência/desenho e aplicação/execução. c. Registo dos valores de perda efetiva, perda potencial, recuperação potencial, recuperação direta e recuperação indireta de cada evento de Risco Operacional efetivamente ocorrido e detectado. Para efeitos de quantificação de risco operacional, o Banco utiliza uma base de dados de registo quantitativo partilhada com o Grupo Banco Popular. As perdas com origem em risco operacional são registadas, não apenas pelo valor financeiro apurado de modo direto mas também, na medida do possível, considerando outros custos desde que quantificáveis. O risco operacional do Banco é alvo de acompanhamento permanente e objecto de reporte ao Conselho de Administração via Comité Executivo, ao Comité de Controlo Interno e Risco Operacional e ao Comité de Risco Operacional do Grupo Banco Popular. No acompanhamento do risco operacional têm-se em conta, entre outros, os seguintes elementos: a) Análise dos resultados dos mapas de riscos e respetiva autoavaliação; b) Registo de eventos – manutenção da base de dados de eventos de risco operacionais; c) Indicadores chave de risco operacional (KRI’s). São realizadas reuniões periódicas com os responsáveis de risco de cada departamento, consciencializando todo o Banco para a monitorização e controlo do risco operacional, de forma a mitigar o impacto a todos os níveis e em toda a organização. É mantida uma dedicação permanente ao desenvolvimento e manutenção da base de dados (BD) de eventos de risco operacional do Banco, que está integrada na BD do Grupo Banco Popular Español. 145 Relatório e Contas O Banco tem identificado indicadores chave de risco (KRI’s) em áreas considerados sensíveis e procede à sua gestão com recurso a módulo específico da ferramenta de gestão qualitativa (GIRO). Encontram-se presentemente definidos KRI’s, nas seguintes áreas: Provedoria do Cliente: Análise do Risco: Operações - Títulos: A caracterização, procedimentos e responsabilidades no tratamento dos indicadores chave de risco são detalhados em documento interno específico denominado “Plano de implementação de KRI’s Key Risk Indicators” Risco de taxa de juro estrutural de balanço Este risco define-se como o risco originado pelas flutuações das taxas de juro e é estimado através da análise aos vencimentos e reapreciações das operações de ativo e passivo do balanço. O risco de taxa de juro no Banco Popular Portugal é medido utilizando basicamente a metodologia GAP utilizada para medir o risco de taxa de juro que consiste em medir as exposições, por prazos desfasados de vencimento e reapreciações entre os fluxos de caixa de ativo e de passivo. De um modo sucinto, este modelo agrupa aqueles ativos e passivos em intervalos de tempo fixos (datas de vencimento ou de próxima revisão de taxa de juro, quando indexada), a partir dos quais calcula um impacto potencial sobre a margem financeira. Neste quadro, este modelo considera um cenário em que existe um impacto imediato nas taxas de juro, pelo que, na data de revisão das taxas de juro, quer das operações ativas quer das operações passivas, as novas taxas passam a incorporar esse efeito. Para além do exercício regular de avaliação de risco de taxa de juro de acordo com a Instrução n.º 19/2005 do BdP, na qual são medidos os impactos provocados por uma deslocação da curva de rendimentos em 200 pontos base (p.b.), quer na situação líquida, quer na margem, no âmbito do exercício de stress-test, o BAPOP efetua análises de sensibilidade aos seguintes parâmetros: • Deslocamento paralelo da curva de rendimentos em 100 p.b.; • Alteração da inclinação da curva de rendimentos em 100 p.b.. Risco de liquidez O controlo do risco de liquidez procura assegurar que a instituição disponha de fundos líquidos para fazer face, a cada momento, às suas obrigações de pagamento. O Banco está exposto a pedidos diários de recursos monetários disponíveis de contas correntes, empréstimos e garantias, necessidades de contas margem e outras relacionadas com derivados liquidados em dinheiro. O Banco não detém recursos monetários para satisfazer todas estas necessidades, pois a sua experiência revela que a proporção de fundos que irão ser reinvestidos na maturidade pode ser prevista com um elevado nível de certeza. A Gestão define limites para a proporção mínima de fundos 146 Relatório e Contas disponíveis para satisfazer os pedidos e para o nível mínimo de facilidades interbancárias e outros empréstimos que devem estar disponíveis para cobrir os levantamentos e níveis inesperados de procura. O processo de gestão de liquidez, como efectuado no Banco, inclui: - As necessidades de funding diárias são geridas pela monitorização dos fluxos de caixa futuros de modo a garantir que os requisitos são cumpridos. Isto inclui reposição de fundos à medida que maturam ou são emprestados a clientes; - Manutenção de uma carteira de ativos com elevada liquidez que possam ser facilmente liquidados como proteção contra qualquer interrupção imprevista de fluxos de caixa; - Monitorização de rácios de liquidez tendo em conta os requisitos externos e internos; - Gestão da concentração e perfil das maturidades da dívida, recorrendo ao GAP de liquidez. A monitorização e relato assumem a forma de mensuração de fluxos de caixa e projeções para o dia, semana e mês seguinte, uma vez que estes são períodos importantes na gestão de liquidez. O ponto de partida para estas projeções é uma análise da maturidade contratual dos passivos financeiros e da data expectável de realização dos fluxos de caixa dos ativos. A tesouraria também monitoriza o grau de compromissos de concessão de crédito não utilizados, o uso de facilidades de descoberto e o impacto de passivos contingentes como cartas de crédito e garantias. No que diz respeito à análise ao risco de liquidez, para além das obrigações a que está sujeito para com o Banco de Portugal, nos termos da instrução nº 13/2009, o Banco recorre ainda ao conceito de GAP de liquidez, ou seja, a partir do balanço do Banco, em 31 de dezembro de 2013, tendo por base os vencimentos das operações ativas e passivas, obtém-se um diferencial entre os vencimentos referidos (positivo ou negativo) segundo os prazos residuais de vencimento das operações que se denominam GAP’s de Liquidez. Risco de Reputação e de Compliance O risco de reputação é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrente duma percepção negativa da imagem pública da instituição, fundamentada ou não, por parte de clientes, fornecedores, analistas financeiros, colaboradores, investidores ou pela opinião pública em geral. Potenciais impactos negativos na reputação do Banco poderão advir de falhas na gestão e controlo dos riscos explicitados anteriormente. Neste âmbito, o Banco considera que o sistema de governo interno instituído, as politicas e procedimentos em vigor são adequadas e permitem prevenir e minimizar o risco de reputação nas suas diversas vertentes. O risco de "compliance" é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, decorrentes de violações ou da não conformidade relativamente a leis, regulamentos, determinações específicas, contratos, regras de conduta e de relacionamento com clientes, práticas instituídas ou princípios éticos, que se materializem em sanções de carácter legal, na limitação das oportunidades de negócio, na redução do potencial de expansão ou na impossibilidade de exigir o cumprimento de obrigações contratuais. 147 Relatório e Contas A principal fonte e mais facilmente identificável, deste tipo de risco, é o risco legal. Neste âmbito, no Banco Popular Portugal, o Departamento Jurídico, em articulação com o Compliance preocupa-se pelo cumprimento do normativo legal vigente, avaliando e procurando prevenir os possíveis riscos de incumprimento. Risco de Estratégia O risco de estratégia é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos na rendibilidade e/ou solvabilidade da instituição, decorrentes de decisões estratégicas inadequadas, de deficiente implementação das decisões tomadas, da incapacidade de resposta a factores externos bem como de eventuais condicionantes internas no contexto do desempenho do Banco Popular. Na monitorização do risco estratégico são utilizadas os seguintes instrumentos : - Simulações de Balanço – geração de diferentes cenários para a evolução de balanço do Banco Popular Portugal considerando as diferentes rubricas de ativo, passivo e situação líquida ; - Simulações de Conta de Exploração – verificação da adequação dos níveis de rendibilidade e solvabilidade em função das simulações de balanço consideradas. Cálculo dos impactos na margem financeira, produto bancário, margem de exploração e resultado líquido do exercício. Consideração dos impactos ao nível dos principais rácios da atividade com particular destaque para rácios de solvabilidade, de rendibilidade, de eficiência e rácios de liquidez ; - Testes de Esforço a que a instituição se encontra regularmente submetida. - Planos de Recuperação e Resolução aos quais a instituição se encontra submetida. O risco estratégico é medido periodicamente destacando-se : - A elaboração do Relatório de Gestão mensal que permite o acompanhamento e interpretação dos principais indicadores de gestão e de desempenho da instituição ; - Acompanhamento e análise com periodicidade mensal dos principais desvios face aos objectivos inscritos no Plano Estratégico ; - Elaboração mensal de relatório de propostas corretivas tendo em consideração a evolução e os desvios registados ; - Acompanhamento pelo Conselho de Administração dos Testes de Esforço e Planos regulamentares. Risco Imobiliário O risco imobiliário é definido como a probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido a eventuais contingências sobre os ativos imobiliários registados na carteira própria e inerente volatilidade do mercado imobiliário. O Banco incorre em risco imobiliário decorrente da carteira própria de ativos imobiliários. Trata-se de ativos que vieram para a posse do Banco, no seguimento de execuções judiciais ou dações em pagamento, para liquidação de dívidas de crédito (essencialmente crédito à construção/promoção 148 Relatório e Contas imobiliária e crédito à habitação). Estes ativos incluem terrenos urbanos e rústicos, lotes de terreno, imóveis ou fracções em estado acabado e imóveis em construção. A gestão destes ativos é responsabilidade do Departamento de Imobiliário que dispõe de colaboradores com formação específica nesta área. No momento da dação ou aquisição ou adjudicação judicial, para liquidação da divida, para as operações materialmente relevantes são sempre solicitadas avaliações independentes a empresas externas. Posteriormente, são efetuadas avaliações de acordo com a periodicidade definida pelo Banco de Portugal ou em período intercalar se houver alguma indicação de desvalorização do imóvel. Periodicamente são efetuadas análises de sensibilidade ao valor dos ativos, tendo em consideração a evolução do mercado percepcionada pelo Banco. Desta forma, o Banco considera que estes ativos estão adequadamente avaliados e registados nas suas demonstrações financeiras. No âmbito do exercício dos testes de esforço é efectuada a análise de sensibilidade e impacto no consumo de capital provocado pela descida dos preços do mercado imobiliário. II.7 – Poderes do órgão de administração, nomeadamente no que respeita a deliberações de aumento de capital O Conselho de Administração não tem poderes para deliberar sobre aumentos de capital. Qualquer aumento de capital necessita de aprovação em Assembleia Geral, por proposta do Conselho de Administração. II.8 – Política de rotação dos pelouros no Conselho de Administração Embora não esteja formalizada uma política, há uma prática de rotação periódica dos pelouros no Comité Executivo que apoia o Conselho de Administração na gestão corrente. II.9 - Regras aplicáveis à designação e à substituição dos membros dos órgãos de administração e fiscalização Os membros do Conselho de Administração são eleitos pela assembleia geral por períodos de quatro anos, podendo ser reeleitos. Os administradores perderão o mandato se, durante a sua vigência, derem 5 faltas seguidas ou 7 interpoladas a reuniões do Conselho de Administração sem justificação aceite por este. A substituição de administradores é efectuada por cooptação nos termos legais, devendo esta ser submetida a ratificação na primeira assembleia geral seguinte. Os membros do Conselho Fiscal são eleitos pela assembleia geral por períodos de quatro anos, podendo ser reeleitos. Cabe ao Presidente verificar o impedimento dos membros efetivos e promover a sua substituição pelo membro suplente. O Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas é nomeado pela Assembleia Geral por um período de quatro anos, que nomeia, igualmente, um ROC, ou SROC, suplente. 149 Relatório e Contas II.10 – Reuniões dos órgãos de administração e fiscalização O Conselho de Administração reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que for convocado pelo presidente ou por outros dois administradores. São elaboradas atas contendo todas as deliberações tomadas nestas reuniões. Durante o ano de 2013, o Conselho de Administração reuniu 16 vezes. O Conselho Fiscal reúne ordinariamente, pelo menos, uma vez em cada três meses e extraordinariamente sempre que o seu Presidente ou algum dos membros o solicite. São elaboradas atas contendo todas as deliberações tomadas nestas reuniões. Durante o ano de 2013, o Conselho Fiscal reuniu 4 vezes. II.11 – Informações profissionais relativas aos membros do Conselho de Administração: Rui Manuel Morganho Semedo - Presidente Data da primeira designação – 5 de novembro de 2007 Data do termo do mandato – 31 de dezembro de 2014 Qualificações profissionais: - Licenciatura em Economia Atividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos: - Barclays Bank , Portugal – CEO; Barclays Bank, Espanha – CEO. Não é titular de quaisquer ações da Sociedade Exercício de funções noutras sociedades do Grupo Banco Popular: - Presidente do Conselho de Administração da Popular Gestão de Ativos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. e da Popular Factoring, S.A., Administrador da Eurovida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. e Popular Seguros – Companhia de Seguros, S.A.; Gerente da Consulteam – Consultores de Gestão, Lda. Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Álvares - Vogal Data da primeira designação – 3 de maio de 2013 Data do termo do mandato – 31 de dezembro de 2014 Qualificações profissionais: - Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas; Programa para a Alta Direção – PADE na AESE/Escola de Direção e de Negócios Atividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos: - Grupo Banco Comercial Português – diversos cargos de direção e administração Não é titular de quaisquer ações da Sociedade Exercício de funções noutras sociedades do Grupo Banco Popular: - Vogal no Conselho de Administração da Popular Gestão de Ativos, SGFI, S.A. Tomás Pereira Pena - Vogal Data da primeira designação – 27 de maio de 2009 Data do termo do mandato – 31 de dezembro de 2014 150 Relatório e Contas Qualificações profissionais: - Licenciatura em Direito Atividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos: - Banco Popular Español, S.A. – Diretor dos Serviços Jurídicos Não é titular de quaisquer ações da Sociedade Exercício de funções noutras sociedades do Grupo Banco Popular: - Diretor dos Serviços Jurídicos e Cumprimento no Banco Popular Español, S.A.. Jose Ramon Alonso Lobo - Vogal Data da primeira designação – 10 de abril de 2013 Data do termo do mandato – 31 de dezembro de 2015 Qualificações profissionais: - Diplomado em ciências empresariais pela Universidade de Oviedo Não é titular de quaisquer ações da Sociedade Exercício de funções noutras sociedades do Grupo Banco Popular: Administrador no Banco Popular Portugal, SA; Diretor geral adjunto no Banco Popular Español, SA; Conselheiro da Iberia Cards, SA. II.12 – Identificação dos membros do Conselho Fiscal Rui Manuel Ferreira de Oliveira – Presidente Telmo Francisco Salvador Vieira – Vogal António José Marques Centúrio Monzelo – Vogal Ana Cristina Freitas Rebelo Gouveia – Suplente Segundo a própria autoavaliação, os membros efetivos do Conselho Fiscal cumprem as regras de incompatibilidade previstas no nº 1 do artigo 414º - A e os critérios de independência previstos no nº 5 do artigo 414º, ambos do Código das Sociedades Comerciais. II.13 – Informações profissionais relativas aos membros do Conselho Fiscal Rui Manuel Ferreira de Oliveira Data da primeira designação – 7 de maio de 2007 Data do termo do mandato – 31 de dezembro de 2014 Qualificações profissionais: - Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas Atividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos: - Consultoria avulsa a título individual Não é titular de quaisquer ações da Sociedade Não exerce funções noutras sociedades do Grupo Banco Popular. Telmo Francisco Salvador Vieira Data da primeira designação – 7 de maio de 2007 Data do termo do mandato – 31 de dezembro de 2014 Qualificações profissionais: - Licenciatura e mestrado em Gestão; Revisor Oficial de Contas; Doutorando em Gestão no ISEG 151 Relatório e Contas Atividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos: - Docente no Instituto Superior de Economia e Gestão; consultoria como sócio na Premivalor Consulting Não é titular de quaisquer ações da Sociedade Não exerce funções noutras sociedades do Grupo Banco Popular. António José Marques Centúrio Monzelo Data da primeira designação – 7 de maio de 2007 Data do termo do mandato – 31 de dezembro de 2014 Qualificações profissionais: - Licenciatura em Contabilidade e Administração; Revisor Oficial de Contas Atividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos: - Revisor Oficial de Contas em diversas sociedades Não é titular de quaisquer ações da Sociedade Não exerce funções noutras sociedades do Grupo Banco Popular. Ana Cristina Freitas Rebelo Gouveia Data da primeira designação – 7 de maio de 2007 Data do termo do mandato – 31 de dezembro de 2014 Qualificações profissionais: - Licenciatura em Auditoria; Bacharelato em Contabilidade e Administração Atividades profissionais exercidas nos últimos 5 anos: - Subdiretora na empresa financeira ENERSIS; Não é titular de quaisquer ações da Sociedade Não exerce funções noutras sociedades do Grupo Banco Popular. II.14 – Política de remuneração dos órgãos de administração e de fiscalização A remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização é determina pelo acionista único. Com vista, por um lado, a cumprir com o disposto na Lei nº28/2009, de 19 de junho, e, por outro, a reforçar a transparência no processo de fixação de remunerações, para o ano de 2013, foi aprovada em Assembleia Geral, realizada em 21 de março de 2013, a seguinte política de remuneração dos membros dos órgãos sociais do Banco Popular Portugal, S.A.. 1 – Processo de aprovação da política de remuneração O Banco Popular Portugal, S.A. é detido integralmente pelo Banco Popular Español, S.A., estando, portanto inserido no Grupo Banco Popular, o qual tem definidas políticas de gestão, incluindo as políticas de remuneração, uniformes e transversais a todas as sociedades que o compõem. Assim, a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização é definida diretamente pelo seu acionista único segundo critérios uniformes, consistentes, justos e equilibrados adoptados pelo Grupo. A existência, ou não, de uma remuneração variável está diretamente 152 Relatório e Contas associada ao grau de cumprimento dos principais objectivos fixados, em cada ano, para o Grupo Banco Popular e para o Banco Popular Portugal. 2 – Remuneração dos membros do Conselho Fiscal Os membros do Conselho Fiscal recebem uma remuneração mensal fixa paga doze vezes por ano. As remunerações são fixadas no início dos mandatos e válidas para todo o período. 3 – Remuneração da Sociedade de Revisores Oficiais de Conta As remunerações da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas são estipuladas, no início de cada mandato, por contratos de prestação de serviços de acordo com as práticas e condições remuneratórias normais para serviços similares. 4 – Remuneração dos membros do Conselho de Administração 4.1 – Membros não executivos Os membros não executivos do Conselho de Administração não auferem qualquer remuneração do Banco Popular Portugal. 4.2 – Membros executivos Composição da remuneração A remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração é fixada anualmente pelo acionista único com base na avaliação do desempenho do exercício anterior do Grupo a que o Banco Popular Portugal pertence. A remuneração é composta por uma parte fixa, paga em numerário catorze vezes por ano, e por uma parte variável. A remuneração variável será paga em numerário, não estando previsto o diferimento do pagamento de nenhuma parte da componente variável. Limites da remuneração A parte fixa terá os limites que forem fixados pelo acionista. A parte variável oscilará, em cada ano, para cada membro, sendo, em qualquer caso, determinado pelo acionista único. 153 Relatório e Contas Critérios de definição da componente variável da remuneração A componente variável é fixada segundo os critérios utilizados para os membros dos órgãos de administração do Grupo Banco Popular em matéria de remunerações, em função do grau de cumprimento dos principais objectivos do Grupo. Outras formas de remuneração Não existem outras formas de remuneração para além da remuneração fixa e variável supra referidas. Plano de Pensões Aos membros do Conselho de Administração que exercem funções executivas no Banco Popular Portugal em regime de exclusividade, é reconhecido o direito à atribuição de pensões de reforma e de sobrevivência, de acordo com as seguintes normas: 1 – Direito a uma pensão mensal de reforma, paga 14 vezes por ano, correspondente a uma percentagem da remuneração mensal que lhe estiver estabelecida, no caso do Presidente do Conselho de Administração, ou a uma percentagem do nível 18 do ACT do sector bancário, no caso dos restantes Administradores, por cada ano decorrido no exercício das funções; 2 – Direito a uma pensão mensal de sobrevivência a favor do cônjuge sobrevivo, correspondente a 80% do valor da pensão devida nos termos do número 1; 3 – Os direitos à pensão de reforma e de sobrevivência apenas se tornarão efetivos se e quando o membro do Conselho de Administração for nomeado para um segundo mandato e tiver completado, pelo menos, quatro anos de exercício dessas funções; 4 – O direito à pensão de reforma adquire-se na data em que o membro do Conselho de Administração cessar as suas funções, devendo a pensão ser calculada e fixada em relação a essa data. Todavia, o efetivo pagamento da pensão somente terá início a partir do mês seguinte àquele em que complete 65 anos de idade; O Plano de pensões dos membros executivos do Conselho de Administração foi aprovado em Assembleia Geral. Compensações a pagar por destituição sem justa causa de administradores Não estão previstos quaisquer acordos que determinem valores a pagar aos membros executivos em caso de destituição sem justa causa, além do previsto na lei geral. A proposta da política de remuneração para 2014, que será apresentada à Assembleia Geral anual de aprovação de contas consta do Anexo I ao presente Relatório. 154 Relatório e Contas II.15 – Remunerações auferidas pelos órgão de administração e fiscalização Os membros do Conselho de Administração auferiram, durante o exercício de 2013, uma remuneração global de € 657.469, relativa às componentes fixa e variável, a qual foi paga na totalidade em numerário. Individualmente, foram as seguintes as remunerações auferidas: (euros) Remuneração anual fixa Rui Manuel Morganho Semedo Carlos Manuel Sobral Cid da Costa Alvares Tomás Pereira Pena José Ramón Alonso Lobo Total 380.002,00 177.467,00 0,00 0,00 557.469,00 variável pecuniária 100.000,00 0,00 0,00 0,00 100.000,00 total 480.002,00 177.467,00 0,00 0,00 657.469,00 Os vogais do Conselho de Administração exercem, igualmente, funções diretivas no Banco Popular Español, sendo remunerados por esta entidade. Os membros do Conselho Fiscal auferiram, durante o exercício de 2013, uma remuneração fixa global de € 21.600,00. Individualmente, auferiram os seguintes montantes: (euros) Remuneração anual Rui Manuel Ferreira Oliveira TelmoFrancisco Salvador Vieira António José Marques Centúrio Monzelo Total 9.600,00 6.000,00 6.000,00 21.600,00 III – Informação e Auditoria III.1 – Estrutura de capital do Banco Popular Portugal, S.A. Capital social – € 476.000.000,00, representado por 476.000.000 ações ordinárias, com o valor nominal de € 1,00 cada, não admitidas à negociação em mercado regulamentado situado ou a funcionar em Portugal. III.2 - Participações qualificadas Banco Popular Español, S.A. - detém, diretamente, 100% do capital e dos direitos de voto do Banco Popular Portugal. 155 Relatório e Contas III.3 – Regras aplicáveis à alteração dos estatutos da sociedade Os estatutos da Sociedade podem ser alterados por deliberação da Assembleia Geral tomada por maioria absoluta de votos. III.4 – Disponibilização dos relatórios anuais do Conselho fiscal Os relatórios e pareceres anuais do Conselho Fiscal sobre a atividade desenvolvida encontram-se disponíveis, juntamente com os documentos de prestação de contas anuais, no sítio da internet da Sociedade, www.bancopopular.pt. III.5 – Remunerações à Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Os montantes pagos à sociedade de revisores oficiais de contas, PricewaterhouseCoopers, durante o exercício de 2013, foram os seguintes: (euros) Honorários pagos Revisão legal de contas Outros serviços de garantia e fiabilidade Total 112.545,00 241.987,40 354.532,40 Lisboa, 20 de fevereiro de 2014 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 156 Relatório e Contas Declaração sobre a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização - 2014 1 – Processo de aprovação da política de remuneração O Banco Popular Portugal, S.A. é detido integralmente pelo Banco Popular Español, S.A., estando, portanto inserido no Grupo Banco Popular, o qual tem definidas políticas de gestão, incluindo as políticas de remuneração, uniformes e transversais a todas as sociedades que o compõem. Assim, a política de remuneração dos membros dos órgãos de administração e fiscalização é definida diretamente pelo seu acionista único segundo critérios uniformes, consistentes, justos e equilibrados adoptados pelo Grupo. A existência, ou não, de uma remuneração variável está diretamente associada ao grau de cumprimento dos principais objectivos fixados, em cada ano, para o Grupo Banco Popular e para o Banco Popular Portugal. 2 – Remuneração dos membros do Conselho Fiscal Os membros do Conselho Fiscal recebem uma remuneração mensal fixa paga doze vezes por ano. As remunerações são fixadas no início dos mandatos e válidas para todo o período. 3 – Remuneração do Fiscal Único As remunerações da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas são estipuladas, no início de cada mandato, por contratos de prestação de serviços de acordo com as práticas e condições remuneratórias normais para serviços similares. 4 – Remuneração dos membros do Conselho de Administração 4.1 – Membros não executivos Os membros não executivos do Conselho de Administração não auferem qualquer remuneração do Banco Popular Portugal. 157 Relatório e Contas 4.2 – Membros executivos Composição da remuneração A remuneração dos membros executivos do Conselho de Administração é fixada anualmente pelo acionista único com base na avaliação do desempenho do exercício anterior do Grupo a que o Banco Popular Portugal pertence. A remuneração é composta por uma parte fixa, paga em numerário catorze vezes por ano, e por uma parte variável. A remuneração variável será paga em numerário, não estando previsto o diferimento do pagamento de nenhuma parte da componente variável. Limites da remuneração A parte fixa terá os limites que forem fixados pelo acionista. A parte variável oscilará, em cada ano, para cada membro, sendo, em qualquer caso, determinado pelo acionista único. Critérios de definição da componente variável da remuneração A componente variável é fixada segundo os critérios utilizados para os membros dos órgãos de administração do Grupo Banco Popular em matéria de remunerações, em função do grau de cumprimento dos principais objectivos do Grupo. Outras formas de remuneração Não existem outras formas de remuneração para além da remuneração fixa e variável supra referidas. Plano de Pensões Aos membros do Conselho de Administração que exercem funções executivas no Banco Popular Portugal em regime de exclusividade, é reconhecido o direito à atribuição de pensões de reforma e de sobrevivência, de acordo com as seguintes normas: 1 – Direito a uma pensão mensal de reforma, paga 14 vezes por ano, correspondente a uma percentagem da remuneração mensal que lhe estiver estabelecida, no caso do Presidente do Conselho de Administração, ou a uma percentagem do nível 18 do ACT do sector 158 Relatório e Contas bancário, no caso dos restantes Administradores, por cada ano decorrido no exercício das funções; 2 – Direito a uma pensão mensal de sobrevivência a favor do cônjuge sobrevivo, correspondente a 80% do valor da pensão devida nos termos do número 1; 3 – Os direitos à pensão de reforma e de sobrevivência apenas se tornarão efetivos se e quando o membro do Conselho de Administração for nomeado para um segundo mandato e tiver completado, pelo menos, quatro anos de exercício dessas funções; 4 – O direito à pensão de reforma adquire-se na data em que o membro do Conselho de Administração cessar as suas funções, devendo a pensão ser calculada e fixada em relação a essa data. Todavia, o efetivo pagamento da pensão somente terá início a partir do mês seguinte àquele em que complete 65 anos de idade; O Plano de pensões dos membros executivos do Conselho de Administração foi aprovado em Assembleia Geral. Compensações a pagar por destituição sem justa causa de administradores Não estão previstos quaisquer acordos que determinem valores a pagar aos membros executivos em caso de destituição sem justa causa, além do previsto na lei geral. Lisboa, 20 de fevereiro de 2014 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 159 Relatório e Contas Divulgação da Política de Remuneração dos Colaboradores - 2014 Nos termos e para os efeitos do disposto no número 4 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, de 29 de dezembro, é divulgada a política de remuneração dos trabalhadores que, não sendo membros dos órgãos de administração ou de fiscalização do Banco Popular Portugal, S.A., auferem Remuneração Variável e exercem a sua atividade profissional no âmbito das funções de controlo previstas no Aviso do Banco de Portugal nº 5/2008 1 de julho, ou exercem atividade que pode ter impacto material no perfil de risco do Banco. O Banco Popular Portugal tem definida uma política de remuneração de todos os seus colaboradores que abrange, naturalmente, aqueles que exercem a sua atividade profissional no âmbito das funções de compliance, gestão de riscos e auditoria interna ou exercem uma outra atividade profissional que possa ter impacto material no perfil de risco da Instituição. Definição da política de remuneração dos colaboradores A política de remuneração dos colaboradores é definida pela Administração, sob proposta dos Recursos Humanos, e obedece ao consagrado nos instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho, bem como aos critérios e práticas do Grupo Banco Popular. Esta remuneração é composta, na sua generalidade, por uma componente fixa, a qual é acordada por contrato de trabalho, individual ou colectivo, celebrado com os colaboradores. Poderá existir uma componente variável, que terá sempre um peso relativo muito baixo e que é decidida anualmente pelo acionista único, tendo em conta o cumprimento dos objectivos do Grupo e do Banco Popular Portugal, bem como do desempenho individual de cada colaborador. Critérios de definição da remuneração fixa e da remuneração variável A política de remuneração global do Banco é anualmente revista pelo Conselho de Administração, até ao final do 1º semestre. Em consequência, a remuneração fixa é revista todos os anos de acordo com a taxa de aumento do ACTV bancário, sendo igualmente definida uma componente variável, com base na avaliação do desempenho do exercício anterior. 160 Relatório e Contas O montante exato da parte variável oscilará, em cada ano, em função do grau de cumprimento dos principais objectivos anuais (quantitativos e qualitativos) e do colectivo da respetiva unidade em que os colaboradores abrangidos se integram, de acordo com o modelo de avaliação de desempenho do Banco, tal como aprovado pelo Conselho de Administração. Para além da remuneração fixa e variável descritas na presente política de remuneração, os dirigentes auferem os seguintes benefícios: *Seguro de Vida, de acordo com o definido no artigo 142.º do ACTV Bancário (SAMS); *Seguro de Saúde, de acordo com o definido no artigo 144.º do ACTV Bancário (SAMS); *Seguro de Acidentes Pessoais, de acordo com o definido no artigo 38.º do ACTV Bancário (SAMS). Pagamento da remuneração variável A remuneração variável, se existir, será paga, na sua totalidade, em numerário, não estando previsto o diferimento, no tempo, do seu pagamento. Outras formas de remuneração Não existem outras formas de remuneração para além da remuneração fixa e variável supra referidas. Remuneração dos colaboradores que exercem funções de controlo A remuneração a atribuir aos colaboradores que exercem as funções de controlo previstas no Aviso do Banco de Portugal nº 5/2008, assentam, principalmente, na componente de remuneração fixa. A haver uma remuneração variável, ela terá um peso relativo reduzido e depende, exclusivamente, do desempenho individual do colaborador, tendo em conta os objectivos específicos relacionados com as funções por si exercidas. Lisboa, 20 de fevereiro de 2014 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 161