Elaboração e desafios do protocolo de prevenção e tratamentos de feridas em um hospital privado Abgail Almonfrey Enf. Assistencial UI / Membro da Comissão de Pele [email protected] Eudilene Damasceno Tesch Coord. Enf. UI / Presidente da Comissão de Pele [email protected] Localização: Vila Velha e Cariacica Aproximadamente 20% dos leitos privados da GV Maior grupo privado de prestação de serviços de saúde do ES 1º rede hospitalar do Espírito Santo 169 leitos/ 62 leitos de UTI 14.783 m2 construídos 7.300 internações/ 8.400 cirurgias 99.392 atendimentos P.S 1.100 funcionários (inclusive terceiros) 526 médicos ativos Meridional – Evolução da Qualidade 2008 Excelência ONA Nível 3 Aprovado pelos critérios de elegibilidade para a Acreditação Canadense 2005 ONA Nível 1 Integrante da ANAHP Pioneiro no ES 2011 Acreditação Canadense Pioneiro no ES Recertificação ONA no Nível 3 Objetivos do Protocolo Prestar uma assistência de qualidade, com produtos e rotinas padronizadas, auxiliando a equipe na escolha adequada da terapia tópica de forma sistematizada. Padronizar uma linha de produtos na qual toda a equipe seja treinada no manuseio, indicação e avaliação dos resultados. Conquistar a confiança dos parceiros convênios mostrando o custo efetividade de cada tratamento indicado. Fundamentação A pele é um importante órgão do corpo humano, auxilia na interação do organismo com o meio externo, promovendo a proteção das estruturas internas e manutenção da homeostase. (MALAGUTTI, pág. 25, 2010) Fundamentação O profissional de enfermagem possui um papel determinante no tratamento de feridas, uma vez que tem contato direto, acompanhando a evolução e realizando os curativos, sendo importante a sistematização da assistência para avaliar a evolução da ferida. (MORAIS , pag. 22, 2008) Fundamentação Lei : 7.498 / 96 Art.: 11º Cabe privativamente ao Enfermeiro: Prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência. Fundamentação Segundo LIMA (2011): A úlcera por pressão é considerado um problema de saúde pública e indicativo do serviço de qualidade prestada pela instituição. Para avaliar a redução das úlceras por pressão se faz necessário um protocolo de prevenção e diminuição de riscos. Portanto os pacientes devem ser avaliados como um todo em vários aspectos, como doença de base e estado nutricional. Etapas para a avaliação clínica 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Avaliação estática e dinâmica da pele; Identificação dos riscos assistenciais; Gerenciamento de risco na admissão do paciente; Aplicação da escala de Bradem; Solicitação da terapia tópica; Prescrição de enfermagem; Envio da prescrição do produto para o setor de autorização; Autorização ou não por parte do convênio; Reavaliação diária e nova avaliação de pele a cada 07 dias. Membros ou constituição da Comissão de Pele • Enfermeiros Gestores; • Enfermeiros Assistenciais; • Enfermeiros da SCIH; • Farmacêuticos; • Nutricionista; • Médico Cirurgião Plástico. O processo de criação do protocolo 1.Definição de uma comissão de pele multidisciplinar; 2. Estudos sobre os novos produtos existentes no mercado; 3. Contatos com representantes para a avaliação dos produtos, como custos e benefícios; 4.Teste dos produtos e avaliação pelos membros da comissão, para análise dos resultados adquiridos; 5.Estudo de custo e efetividade de cada produto; 6.Reunião mensal da comissão de pele para avaliação dos casos e as dificuldades mais comuns. Importância da implantação Trabalhar com a prevenção de lesões de pele e tratamento de lesões prévias reduzindo o tempo de internação. Manter a padronização de toda a equipe independente do setor de atuação. Condutas padronizadas pelo protocolo • Avaliação cutânea na admissão do paciente; • Realização da avaliação de ferida na admissão; • Em casos de lesões crônicas reavaliação a cada 07 dias; • Realização do laudo descritivo e figurativo da lesão; • Escolha do produto a ser solicitado que conste do protocolo; • Encaminhamento da a avaliação ao setor de autorização para liberação pela auditoria do convênio. Impresso: Laudo figurativo da lesão Fluxograma da Comissão de Pele Desafios na prevenção de lesão de pele Traçar acordos com os convênios para acelerar o processo de autorização do produto afim de otimizar o tratamento ou prevenção de lesão. Manter os membros da comissão atualizados sobre novos produtos existentes no mercado, afim de permanecer com um protocolo também atualizado. Manter um programa de treinamento e desenvolvimento da equipe nos aspectos de prevenção e tratamento. Minimizar glosas por parte dos convênios. Desafios na prevenção de lesão de pele Incentivar e trabalhar a prevenção das lesões de pele, junto a equipe técnica, mostrando os resultados do importante trabalho prestado por eles. Padronizar entre o(a)s Enfermeiro(a)s a descrição dos laudos de acordo com a indicação do produto, embasado no protocolo institucional. Redução das glosas e demora na liberação do produto de pele junto aos convênios. Fotos Paciente : W.R.S Lesão sacral da admissão no setor. (Iniciado o uso de papaína) Fotos Paciente : W.R.S Lesão após 02 semanas de tratamento e intervenção cirúrgica. (Iniciado o uso de Hidrogel) Fotos Paciente : W.R.S Lesão sacral após cerca de 3 meses. ( Mantendo o uso de Hidrogel e nesse momento feito nova avaliação e solicitado AGE) Fotos Fotos Paciente: H.D.A Lesão na Admissão no setor: UADC (Iniciado o uso de Hidrogel) Fotos Paciente: H.D.A Lesão na Admissão no setor: UADC Após cerca de 4 meses de tratamento. (Iniciado o uso de Hidrogel) Fotos Paciente: A. D Lesão sacral inicial aproximado com 15 cm na vertical e 10 na horizontal. Fotos Paciente: A.D Lesão inicial: 15 x 10 cm Utilizado: Membrana regeneradora porosa , constituída de microfibras de celulose, desidratada e indicada para lesões com perda acentuada de pele, acelera o processo de cicatrização, permite a adaptação anatômica, e a permeabilidade seletiva, elimina a troca de curativos na cicatrização da lesão. Produtos Novos Produtos inseridos no Protocolo: • Alginato de cálcio (fita): Impregnado com prata, as fibras da fita reagem com o exsudatos da ferida formando um gel, devido a prata possui um efeito antimicrobiano. Além de elevada capacidade absortiva. Produtos • Creme Barreira: ( constituído de óleos, parafina , água...) • Promove a proteção da pele integra, promovendo um barreira transparente que evita o contato de fluidos corporais na pele . Produtos • Cobertura Aluminizada Estéril Indicado para curativos primários e secundário com exsudato, possui capacidade altamente absorvente, o alumino confere a ação bacteriostática e o auxilio no controle do odor. Realiza o controle de umidade. Evita o maceramento de bordas. Produtos • Hidrogel Amorfo (seringas individuais). • Composto por carboximetilcelulose, indicado para o debridamento autolítico, removendo o tecido desvitalizado, respeitando o tecido de granulação, favorece a anfigênese. Referências PROTOCOLO DE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE LESÕES DE PELE, Hospital Meridional - Atualizada 2012. MORAIS, G, F, G.OLIVEIRA, S,H, S .GUIM, M, Avaliação de feridas pelos enfermeiros de instituições hospitalares da rede pública. Texto Contexto Enfer. Florianópolis, 17(1): 98-105.Jan.Jun, 2008. TEBCHERANI, A, J. Histologia Básica Cutânea .In: Malagutti, w. kakihara, c, t. Curativos, Estomias e Dermatologia.1° Edição. São Paulo. Martinari, pág., 25, 2010. LIMA, A, C, B. GUERRA, D, M. Avaliação do custo do tratamento de úlceras por pressão em pacientes hospitalizados usando curativos industrializados. rev. ciência Saúde coletiva . v 16, n 01.rio de janeiro, jan. 2011. Lei do exercício profissional de enfermagem. Disponível em http://www.abennacional.org.br/download/LeiPROFISSIONAL.pdf.Acesso em 20 de maio de 2013. : Obrigada