Linux ELISÂNGELA DO CARMO SILVA, VALQUÍRIA APARECIDA ALVES BASTOS UFMG – Escola de Ciência da Informação, Curso de Biblioteconomia, Disciplina de Introdução à Informática, Av. Antônio Carlos, 6627, 31270-010, Belo Horizonte, MG, Brasil. [email protected], [email protected] Resumo. Este artigo foi apresentado à disciplina de Introdução à Informática do curso de Biblioteconomia da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais com o objetivo de expor o Sistema Operacional Linux. Um sistema multiusuário, multitarefa e multiprocessado, de livre distribuição, baseado no Sistema Operacional UNIX e que em pouco tempo se tornou um sistema robusto, versátil e utilizável. 1. O Linux Em 1991[3] um estudante finlandês, Linus Trovalds, insatisfeito com o DOS/ Windows, resolveu criar um sistema operacional novo para seu computador. Ele começou então, a escrever um kernel (cerne); a parte fundamental de um sistema operacional. O kernel, no início, era baseado no MINIX (uma versão simples para fins educacionais do UNIX) e precisava dele para ser rodado. Com o tempo e auxiliado por dezenas de voluntários, conseguiu criar um kernel próprio, rápido e poderoso. O kernel, porém, faz muito pouco sozinho, uma vez que ele só provê os recursos que são necessários para que outros programas sejam executados. É preciso também de um conjunto de aplicativos para poder formar um sistema operacional. Boa parte desses aplicativos já existia, muitos deles provenientes do projeto GNU (projeto que tem como objetivo a criação de um sistema operacional compatível com o UNIX, mas totalmente livre). Além do GNU, também foram usados outros programas desenvolvidos por outros autores e organizações. Todos esses programas eram bons, confiáveis e muito usados, porém, estavam dispersos. O kernel criado por Linus serviu como um núcleo capaz de aglutinar todos esses programas formando assim, o Sistema Operacional Linux, um sistema completo. O Sistema Operacional Linux foi fundamentado no software livre, ou seja, pode ser obtido gratuitamente já que a maioria dos softwares e os códigos-fontes do sistema estão disponíveis a qualquer pessoa. Além disso, o Linux possui capacidades avançadas de rede, uma vez que seu desenvolvimento se deu através da colaboração pela internet. O Linux tem sido usado por centenas de laboratórios de informática de universidades e empresas, e também por um grande número de entusiastas que auxiliam a melhorar o sistema. Todas esses pessoas procuram um servidor confiável e com bom desempenho de rede nas mais diversas situações. Outra vantagem do Sistema Operacional Linux [1] é de ser multiusuário, multitarefa e multiprocessado. Isso significa que é possível que várias pessoas utilizem o mesmo computador ao mesmo tempo, através de conexões remotas ou terminais; que ele é capaz de executar diversos programas ou serviços ao mesmo tempo e que pode ser instalado em máquinas com mais de um processador sendo capaz de utilizar, de maneira inteligente, esses vários processadores, de maneira a obter o melhor desempenho possível. 2. O Red Hat Linux Um grupo de programadores da Carolina do Norte decidiu simplificar o uso do Linux. Seu objetivo era empacotar todos os bits necessários numa distribuição coerente. Essa distribuição em vez de ser uma cópia do disco rígido que contivesse o Linux, ou um conjunto de disquetes com partes diferentes do sistema operacional, foi feita através de pacotes. Cada pacote fornece um pedaço diferente de software configurado, testado e pronto para rodar. O Red Hat Linux possui um gerente de pacotes, o RPM, e é graças e ele que se consegue instalar e desinstalar pacotes de software com esforço mínimo. Desde a introdução do Red Hat Linux (1994) tanto o Linux, quanto a Red Hat tiveram um crescimento extraordinário. Muito mudou: suporte para hardwares mais sofisticados, grande aumento da confiabilidade e crescente uso do Linux por companhias em todo o mundo. No Brasil, a Conectiva Informática [4] adaptou uma nova versão do Linux baseada na distribuição da Red Hat e personalizada para as necessidades nacionais. O conectiva Linux tem como objetivo viabilizar o uso do Linux em empresas, estabelecimentos de ensino, desenvolvedores de software, usuários finais etc. disponibilizando assim, o uso de um sistema operacional aberto e sólido nas diversas funcionalidades. 3. anos, um aumento nos gastos relacionados à contratação pessoal; treinamento e manutenção. Já o Windows requer menos tempo para instalação e configuração o que representaria uma economia entre 11% e 22%. No entanto, há casos conhecidos de empresas que mudaram para o Linux e só lucraram com isso, como o Metrô de São Paulo e Casas Bahia. Pode-se notar então, que a escolha entre Linux e Windows está ligada também à questão da preparação técnica e pessoal da empresa, mesmo reconhecendo as qualidades do outro. Linux versus Windows A discussão Windows versus Linux sempre gera polêmica, pois ambos têm fiéis defensores de suas vantagens e aplicações no mercado. No entanto, a escolha entre qual deles utilizar depende da necessidade específica de cada pessoa ou empresa. Referências [1] www.conectiva.com/doc/livros/online/9.0/entendendo/ básico.html#VISAOGERAL, acessado em 04 de Junho de 2005, às 14:30. São diversos os fatores que levam uma empresa a optar pelo Linux, entre eles estão a redução de custos, estabilidade e segurança do sistema. [2] www.timaster.com.br/revista/materias/main_materia.as p?código=720, acessado em 04 de junho de 2005, às 15:00h. A redução de custos é absurda se comparada ao que se gasta com a utilização do Windows, mas, o barato pode sair caro uma vez que a manutenção do Linux é mais difícil. [3] Guia para uso do ambiente Linux – Projeto LibertasBR2004; departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais. Uma pesquisa feita pelo IDC, [2] em 2002, mostra que empresas que adotaram o Linux têm, em um prazo de cinco [4] Manual de Instalação do Conectiva Linux, versão 0.5; 1999.