Ásia: Sul da Ásia ou Subcontinente indiano Características gerais do Sul da Ásia Aspectos físicos. O sul do continente asiático - também conhecido como "subcontinente indiano" - é constituído pelo conjunto regional que se estende do Paquistão, a oeste, até Mianma*, a leste, abrangendo a Índia, o Sri Lanka, as Maldivas, o Nepal, o Butão e Bangladesh. Dois desses países são insulares: o Sri Lanka e as Maldivas. O relevo da região é montanhoso ao norte, onde ocorre um prolongamento da cordilheira do Himalaia, cujas altitudes são as maiores da superfície terrestre. O Nepal e o Butão, situados no norte, são quase totalmente montanhosos. No sul as altitudes são menores, com alternância entre planaltos e planícies. Aí se destaca a planície Indo-Gangética, constituída pelas bacias dos rios Indo e Ganges. O clima do Sul da Ásia caracteriza-se por chuvas abundantes no verão e um forte calor tropical. E o chamado clima tropical monçônico, resultado dos ventos de monções. E o mais úmido do globo, juntamente com o do Sudeste asiático. Veja no mapa a divisão política do Sul da Ásia. População e diversidade étnica Os países do Sul da Ásia são densamente povoados. A Índia, com 3 165 596 km², é o maior país da região em área territorial e o segundo do mundo em população, contando mais de 1 bilhão de habitantes. Bangladesh (141,8 milhões de habitantes) e Paquistão (157,9 milhões) estão entre os dez países mais populosos do mundo. A maioria da população desses países vive no meio rural, especialmente próximo ao litoral e na planície Indo-Gangética, embora a urbanização venha crescendo a cada ano. Existe um número significativo de grandes cidades, metrópoles típicas de países do Sul, com muitos desempregados e subempregados, mendigos nas ruas, moradias precárias, trânsito caótico, etc. É muito grande a diversidade étnica da população quanto a origem, cor da pele, idiomas, religiões, etc. Na Índia, por exemplo, além do inglês e do hindi (falado por 35% da população total), há outras catorze línguas oficiais e inúmeros idiomas falados por minorias étnicas (calcula-se que 1 600 línguas são faladas no território indiano). As principais religiões são o hinduísmo, praticado pela maioria da população da Índia (cerca de 82%) e do Nepal (86,2%) e por minorias no Sri Lanka e em Bangladesh;o muçulmanismo ou islamismo, predominante em Bangladesh, nas Maldivas e no Paquistão;e o budismo, predominante no Sri Lanka,no Butão e em Mianma,também praticado por minorias na Índia, no Paquistão e em Bangladesh. Existem ainda religiões minoritárias como o cristianismo, no sudoeste da Índia, e, principalmente, o siquismo, adotado por povos siques na região do punjab, norte da Índia. Aí são freqüentes os conflitos entre siques e hinduístas por motivos religiosos. A religião nessa parte da Ásia é um elemento muito importante, pois desempenha um papel político fundamental em todos os países. Apesar da tradicional importância do hinduísmo na Índia, do ponto de vista da organização política, esse Estado se caracteriza por ser secular, isto é, desde sua independência, em 1947, colocou em prática o princípio da separação entre Estado e religião. No Sul da Ásia, a Índia é o único Estado laico (que não oficializou uma religião). As diferenças religiosas entre os povos são um dos principais motivos de grande parte dos conflitos armados e dos movimentos separatistas que ocorrem na região, bem como da divisão do antigo território da Índia em três países independentes: Índia, Paquistão e Bangladesh. Índia: conflitos internos e externos Em maio de 1998, Índia e Paquistão realizaram testes nucleares, demonstrando ter condições para ingressar no pequeno grupo de países que oficialmente possuem bombas atômicas. Entretanto, as cinco potências nucleares do mundo (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) não os aceitaram como membros desse grupo e, temendo que essas explosões pudessem incentivar a proliferação nuclear, os governos desses Estados decidiram se esforçar para conseguir a adesão da Índia e do Paquistão ao Tratado de Proibição de Testes Nucleares (ambos haviam se recusado a assiná-Io em 1996). Por outro lado, tais explosões aumentaram a tensão no Sul da Ásia: em agosto de 1998 Índia e Paquistão voltaram a se enfrentar na Caxemira, região fronteiriça ao norte, na cordilheira do Himalaia,objeto de acirrada disputa entre esses países, que já combateram aí em 1947 e 1965. Dois terços desse território, cuja população é predominantemente muçulmana, estão sob controle da Índia. Porém, o governo do Paquistão exige a realização de um plebiscito, organizado pela ONU, para que a população da Caxemira escolha se continua ou não sob o governo indiano. Economia Com exceção da Índia, que possui uma atividade industrial expressiva para um país do Sul, a economia dos países do sul da Ásia em geral baseia-se na agricultura. Os principais produtos cultivados são: chá, algodão, trigo, juta, arroz, tabaco, milho e cana-de-açúcar. Existem algumas áreas com enormes monoculturas, com o cultivo de produtos como chá, tabaco e algodão para o mercado externo. São as plantations, cultivadas desde a época em que os britânicos colonizaram essa região. Os melhores solos são usados para esses cultivos de exportação, enquanto os piores são destinados à produção de alimentos para o consumo interno. Índia, Bangladesh e Paquistão, países com enormes populações, apresentam problemas de insuficiência alimentar em larga escala. Todos os países dessa porção do continente asiático, sem exceção, apresentam baixíssima renda per capita. A maior delas pertence às Maldivas: aproximadamente 990 dólares. As menores são a de Bangladesh e a do Nepal: cerca de 220 dólares. ATIVIDADES 1. Que países constituem o Sul da Ásia ou "subcontinente indiano"? 2. Descreva as principais características físicas dessa porção do continente asiático. 3. Explique onde e como vive a população do Sul da Ásia. 4. Comente a respeito da diversidade étnica e da importância da religião nessa região asiática. 5. Explique os conflitos existentes entre a Índia e o Paquistão. 6. Descreva a economia dos países do Sul da Ásia e sua situação econômica em termos de renda.