2º unidade - FATI FAJAR

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2º UNIDADE – NOÇÕES DE MICROECONOMIA
1 – O que é Microeconomia:
A Microeconomia trata do comportamento das unidades econômicas
individuais, como as empresas, os trabalhadores, investidores, proprietários de
terras, ou seja, qualquer indivíduo ou entidade que desempenham um papel
funcional na economia.
2 – O Objetivo da microeconomia:
O objetivo da microeconomia é explicar como e porque as unidades tomam
decisões econômicas.
Também esclarecem a influencia nos preços, produção e emprego com as
decisões tomadas pelas unidades econômicas.
Outro importante objetivo da microeconomia é saber como as unidades
interagem entre si de modo a formar unidades maiores – mercados e indústrias.
3 – Teoria Elementar de Demanda:
Sendo um comportamento do consumidor, a demanda (procura) é o inicio
do estudo de mercado.
Para se adquirir um bem, geralmente o consumidor se baseia pelo preço.
Logo...
“Com tudo mantido constante, quanto menor o preço do produto
maior a quantidade adquirida pelo consumidor.” – LEI DA DEMANDA.
Então a Quantidade Demandada é Inversamente Proporcional ao Preço.
Vamos ilustrar com um exemplo a lei da Demanda:
Um consumidor esta querendo consumir uma cachaça. Vai ao bar com R$
5,00. O preço do “martelinho”, que representamos por “Copo de Bebida” é de R$
0,50. Ele poderá consumir 10 “martelinhos” com seus R$ 5,00.
Se o preço diminuísse ele consumiria mais, se o preço aumentasse ele
consumiria menos. “Com tudo mantido constante”, ou seja, o bar não faz
fiado e/ou não existe “caderninho”, quanto menor o preço do copo de bebida
maior a quantidade que este consumidor compra, podendo até entrar em coma
alcóolico.
(bebida proibida para menores de 18 anos, beba com moderação, Narcóticos Anônimos 0800 888 6262)
3.1 – Curva da Demanda:
Análise do Gráfico:
Primeira coisa: CADE A CURVA?
Exatamente, temos na realidade uma reta que utilizamos para introduzir o
conceito de Demanda. Retornando ao exemplo anterior, formalmente ela seria
uma curva, pois quanto mais o preço se aproxima de zero mais o produto é
vendido e, quanto mais o preço se aproxima de R$ 5,00 menos produtos são
consumidos. Cabe agora ressaltar que o consumo (demanda) pode ser
infimamente pequeno ou infimamente grande, se aproximando (mas não
chegando) a zero ou a R$ 5,00. (Obs.: estudar conceito de limite)
O valor de R$ 5,00 é a restrição orçamentaria do consumidor em questão.
Vamos lá:
1 – Note que quando o preço é R$ 0,50, a quantidade demandada é de 10
unidades, representada pelo ponto F.
2 – A medida que o preço aumenta para R$ 1,25 a quantidade consumida
diminui para 4, representado pelo ponto C.
3 – Quando o preço chega a R$ 5,00 por unidade, o consumo é 1,
representado pelo ponto A.
4 – Podemos dizer então que o inverso também é verdadeiro; à medida que
o preço diminui, aumenta a quantidade consumida e a ressaca do outro dia.
Observações:
Existem diferentes tipos de bens, vamos apresentar estes:
Bem normal: Aquele que a demanda aumenta toda vez que a renda
aumenta.
Bem inferior: Aquele que a demanda diminui toda vez que a renda
aumenta.
3.2 – Demanda de mercado:
A demanda de mercado é a soma das demandas individuais.
(Simples assim!)
3.3 – Deslocamento da Curva de Demanda:
Toda a mudança que aumente a quantidade que os consumidores
desejam adquirir desloca a curva para a direita.
Toda a mudança que diminua a quantidade que os consumidores desejam
adquirir desloca a curva para a esquerda.
3.4 – Variáveis que influenciam a decisão dos consumidores:
Variável
Preço
Renda
Preço de bens relacionados
Gosto
Expectativas
Numero de conpradores
Tipo de mudança na curva da demanda
Movimento ao longo da curva
Desloca a curva de Demanda
Desloca a curva de Demanda
Desloca a curva de Demanda
Desloca a curva de Demanda
Desloca a curva de Demanda
3.5 – Bens Relacionados:
São bens parecidos em sua função podendo ser:
Substitutos: Através de seu consumo, qualquer um deles satisfaz a
necessidade. Se o preço de um aumenta, a demanda por ele cai e aumenta a
demanda pelo outro. (margarina e manteiga)
Complementares: Como o nome diz, para se consumir um é
necessário ter o outro. O aumento do preço de um produto diminui também a
procura pelo outro bem. (console de game e jogo para game)
4 – Teoria da Oferta:
Vamos agora inverter o olhar e nos focarmos na empresa.
Se existe um produto no mercado que seja bem rentável ou, em outras
palavras, o custo para produzi-lo seja infimamente menor que o lucro de suas
vendas, a lógica é que o dono da empresa fabricasse cada vez mais unidades do
produto.
Também notamos um fenômeno bastante interessante, outras empresas
começam a produzir um produto similar ou até igual a este, aumentando a
quantidade vendida no mercado.
Podemos então relacionar esta história a LEI DA OFERTA:
“Com tudo mais constante, a Quantidade Ofertada de um bem
aumenta quando seu preço aumenta”. (LEI DA OFERTA)
Quero fazer um comentário breve, a expressão “Com tudo mais constante”
também pode ser encontrada nos livros de economia, ou falada por
economistas como “Ceteris Paribus”.
Então a quantidade de ofertada (quantidade que os vendedores estão
dispostos e podem vender) será diretamente proporcional ao preço do produto.
Com essa lei, podemos ilustrar graficamente o que acontece no mercado,
com o foco na oferta.
4.1 – Curva de Oferta:
Vamos nos colocar no lugar do dono do estabelecimento comercial na
historinha contada no tópico 3.
Imagine que só você tem o aguardente que nosso consumidor procura. Com
certeza você irá cobrar um preço mais alto. Mas se tiverem mais
estabelecimentos que estejam vendendo o mesmo produto na mesma hora,
então você deverá ter um atrativo: O preço.
Como dono do estabelecimento, você iria encontrar uma maneira de ofertar
(Produzir) mais se o preço for de R$ 5,00 por copo de bebida. Porém nem faria
esforço para vender se o preço fosse menos de R$ 0,50.
E isto é lógico, se para comprar uma garrafa você pagou R$ 5,00 e cada
garrafa rendesse 10 copos, então você faria R$ 50,00 com uma garrafa,
subtraindo o quanto gastou para compra-la (R$ 5,00) teria no caixa R$ 45,00.
Ao contrario, se vendesse cada copo a R$ 0,50, os mesmos 10 copos
renderiam R$ 5,00 de receita, subtraindo o preço da garrafa (R$ 5,00) seu caixa
estaria com grave problema. Se isso ocorrer e você continuar vendendo nestes
moldes, então estaria precisando estudar mais.
4.2 – Oferta de Mercado e Oferta Individual:
O exemplo acima é de uma oferta individual, porém, se vários
estabelecimentos vendessem o mesmo produto, então:
“A Oferta de Mercado é a soma das Ofertas Individuais”
(simples assim!)
4.3 – Deslocamento da Curva de Oferta:
4.3.1 – Para a direita:
Imagine agora que você é o Diretor Estratégico de Mercado da indústria, que
além de produzir cachaça, produz açúcar.
Pela manhã, ao tomar café, abre o jornal e vai direto para a página
econômica. O preço do açúcar diminuiu então a cachaça é mais atrativa
(lucrativo). A primeira decisão que vai tomar em sua cadeira de diretor é:
Diminuir a produção de açúcar e aumentar a de cachaça.
Outras indústrias também farão o mesmo e, isso vai aumentar a oferta da
bebida, por consequência a curva da oferta se desloca para a direita:
O mecanismo é simples, o dono do estabelecimento comercial recebia a visita de
3 fornecedores, agora tem 10, é “óbvio” que ele comprará do mais barato, então
a curva se deslocará para a direita, reduzindo o preço que a indústria cobra pelo
produto.
4.3.2 – Para a Esquerda:
Oportunidade de realizar um bom lucro no mercado é escassa, mas a de
realizar um excelente lucro é rara. Tenha certeza que assim como sua indústria
aumentou a produção de cachaça para realizar mais lucro, outras empresas
também fizeram a mesma coisa.
Um conselho: A mercadoria mais cara, rara e importante no
mundo dos negócios é a informação. A empresa que obtém
informação antes das demais poderá realizará mais lucro ou
evitar de perder Capital.
Segundo a teoria da “Mão Invisível” de Adam Smith o mercado a curto,
médio ou longo prazo vai se estabilizar, chegará ao ponto de equilíbrio entre
quantidades ofertadas e demandadas dado o preço correspondente.
Isso significa que as indústrias produzirão muita cachaça e pouco açúcar.
Agora nós já sabemos onde isso vai parar. Com pouca oferta de açúcar no
mercado, seu preço sobe, ficando mais atrativo para a indústria produzir açúcar.
O jogo recomeça, as indústrias correm para industrializar mais açúcar
diminuindo a produção de cachaça.
Antes o dono da venda estava sendo visitado por 10 representantes de
cachaça, agora sobrou só 1. A oferta diminuiu. A consequência foi o
deslocamento da Curva de Oferta para a Esquerda, como mostra abaixo o
gráfico 6:
5 – EQUILIBRIO DO MERCADO (Alice no país das maravilhas.)
Como vimos nos exemplos anteriores, o mercado é bem dinâmico, alguns
economistas estudam ele como “Cíclico”. Mas a pergunta aqui é: quando o
mercado se estabiliza, quando ele entra em equilíbrio?
Existem muitas variáveis envolvidas no mercado que necessitam de uma
análise mais profunda para darmos a resposta a esta questão. Porém, podemos
simplificar com o seguinte raciocínio:
A Demanda aumenta quando o preço cai;
A;
Oferta diminui quando o preço cai;
Logo;
O preço é uma variável importante para ambos, sendo este o ponto
em comum entre Demanda e Oferta,
Então;
Onde o preço da Demanda é o mesmo da Oferta, as quantidades
serão as mesmas, indicando o ponto de equilíbrio do mercado (P.E.M.).
(Simples assim!)
Vamos retornar ao exemplo que estamos trabalhando, juntando o gráfico 2
com o gráfico 4 iremos produzir o gráfico 7 que esta na próxima página:
Verificamos com o gráfico 7 que o mercado estará em equilíbrio no ponto
(P.E.M.) onde a curva de demanda encontra a curva de oferta.
Podemos dizer também que o mercado estará em equilíbrio quando a oferta
foi de 5,5 copos á R$ 2,75 cada. (não se preocupe com o calculo)
Preço de equilíbrio: R$ 2,75
Quantidade de equilíbrio: 5,5
Simplificando a teoria:
“O mercado esta em equilíbrio quando o preço atingiu o nível
em que a quantidade de ofertada é igual a quantidade demandada”.
“Ponto de equilíbrio do mercado é o ponto onde a Curva da
Demanda intercepta a Curva da Oferta”.
(para se aprofundar leia sobre mercado em desequilíbrio, excedente de
produção e excedente de consumo)
6 – Introdução a Elasticidade:
A elasticidade é uma media que ajuda a analisar os efeitos que podem
ocorrer na Oferta e/ou na Demanda após uma mudança tecnológica, medidas
dos governos ou quando qualquer variável exógena ou endógena ao mercado
comece a agir e interferir no mesmo.
Vamos separar este tópico em 2; Elasticidade-Preço da Demanda e
Elasticidade-Preço da Oferta.
6.1 – Elasticidade-Preço da Demanda:
O assunto não é tão complexo, mas exige um pouco mais de atenção.
A elasticidade-preço da demanda varia muito entre os indivíduos, também varia
com o comportamento, a cultura, a sociedade entre outros.
A pergunta fundamental da elasticidade-preço da demanda é: Em termos
percentuais, o que acontece com a demanda quando altera-se o preço?
Para responder esta questão devemos conhecer o mercado e aplicar, de
forma simplificada em valores absolutos (sem utiliza símbolos de – ou +);
“Elasticidade-preço da Demanda é a Variação do Percentual da
Quantidade Demandada dividida pela Variação percentual do Preço”
∆%
∆%
Com este calculo podemos encontrar as seguintes situações:
Elasticidade-Preço da
Demanda
Perfeitamente Inelástica
Inelástica
Com elasticidade unitária
Elástica
Perfeitamente elástica
Resultado
0
<1
=1
>1
Abaixo de um preço X a demanda é infinita.
Podemos verificar na prática alguns exemplos de Elasticidade-Preço da
Demanda ao analisar algumas categorias de bens:
a) Bens que possuem substitutos próximos:
- Demanda elástica, pois se subir o preço de um podemos consumir o
outro. (Ex. Manteiga e Margarina)
b) Bens Necessários:
- Demanda inelástica, pois o aumento do preço não altera a
quantidade consumida. (Ex. Combustível)
c) Bens Supérfluos:
- Demanda elástica, pois quando sobre o preço altera imediatamente
a quantidade consumida. (Ex. Iate)
(Obs. Para se aprofundar mais neste
tema leia sobre a Elasticidade-preço cruzada
da demanda e sobre a relação da Receita Total e
a Elasticidade-Preço da demanda.)
6.2 – Elasticidade-Preço da Oferta:
A Elasticidade-Preço da Oferta é determina como a relação entre a
percentagem da quantidade ofertada pela percentagem do preço.
Ela vai nos mostrar como a oferta de um produto se comporta quanto existe
uma variação no preço deste produto.
Usando a linguagem matemática temos:
∆%
∆%
E podemos chegar aos seguintes resultados:
Elasticidade-Preço da Oferta
Perfeitamente Inelástica
Inelástica
Com elasticidade unitária
Elástica
Perfeitamente elástica
Resultado
0
<1
=1
>1
Abaixo de um preço X a demanda é infinita.
(Para saber mais, pesquisar sobre métodos de cálculo da elasticidade e suas aplicações
práticas)
7 – Concorrência de Mercado: (Acorda Alice! Volta do país das maravilhas.)
Até então trabalhamos com um só produto e mercado, em livre
concorrência. Este é um mundo imaginário, onde apenas o preço controla tudo.
Porém, existe mercados que possuem esta característica, outros não chegam
nem perto disso.
Vamos então conhecer os tipos de mercados:
-
Monopólio: Uma empresa controla o mercado;
-
Monopsónio: Um comprador, vários vendedores;
-
Oligopólio: Um grupo de empresas controlam o mercado;
-
Oligopsónio: Poucos compradores, vários vendedores;
-
Concorrência perfeita: Grande numero de produtores e consumidores,
sem que algum controle o mercado;
-
Concorrência monopolística: Grande numero de empresas oferecendo
produtos similares as vezes mudando apenas a embalagem, porém com
controle de preços e grande numero de compradores.
Exemplos:
-
Monopólio: PETROBRAS;
-
Monopsónio: Empresa de processamento de cimento;
-
Oligopólio: Viação civil, TAM, Gol, Azul – As vezes posto de gasolina:
-
Oligopsónio: Soja;
-
Concorrência perfeita: Leite longa vida;
-
Concorrência monopolística: Pizzas de 2 empresas– Empresas de
combustíveis como gasolina e álcool.
(Para se aprofundar mais no assunto leia sobre estratégias de mercado, que esta
no capitulo da teoria da firma nos livros de microeconomia)
8 – Teoria do Firma; Custo, Produção, Receitas, Lucro:
Entramos na Teoria da Firma, o ramo da economia que estuda as unidades,
arranjos e processos produtivos.
Vamos desenvolver alguns conceitos para expressar como os economistas
entendem os custos, receitas e lucros.
É provável que uma pessoa resolva abrir uma empresa porque ela gosta do
que faz, ou porque ela quer prover o mercado que ela vai entrar. Os
economistas acham mais provável que seja porque ela quer ganhar dinheiro.
Utilizamos sempre o pensamento que o objetivo das empresas é maximizar
o lucro. Para isso a empresa deve aumentar a sua receita e diminuir o seu custo.
Bem, encontrar a receita é fácil, basta multiplicar as quantidades vendidas
pelo valor vendido. Já para calcular o custo é um pouco mais trabalhoso.
Como estamos falando de economia, vamos nos ater nos tipos de custo que
os economistas estudam.
8.1 – Custo Econômico versus Custo Contábil:
O tratamento do custo dado pelos economistas diverge dos contabilistas. O
contabilista esta preocupado em cuidar do ativo e passivo da empresa pois seu
objetivo esta na demonstração de resultados. Então ele fornece um estático
comparativo atual das mensurações anteriormente lançadas nas contas.
Já os economista – e administradores – tendem a olhar mais a frente.
Fazem previsões de custo para minimizar os riscos futuros e maximizarem seus
lucros.
Enquanto a demonstração contábil mostra os custos da empresa,
economistas e administradores olham para o mercado e verem as oportunidades
de alocarem futuros custos de maneira diferente de como estão alocados hoje.
Vamos citar um exemplo real que aconteceu com a Faculdade de Direito da
Universidade de Northwestern situada e Chicago E.U.A., eles Iriam construir um
novo prédio e tinham duas alternativas:
1 – Construir no local atual, no centro da cidade, onde havia muitos
escritórios de direito e não teriam custo com a aquisição do terreno.
2 – Construir em Evanston, onde seria fisicamente integrado com o restante
da universidade, porém precisaria fazer aquisição de um grande terreno,
elevando o custo.
Contabilistas calcularam o custo e verificaram que seria mais barato
construir no mesmo lugar. De fato eles analisaram com o enfoque contábil.
A administração da Faculdade tomou esta decisão, começou a construir uma
nova cede no mesmo local da antiga. Esta decisão foi muito custosa para a
empresa. Este erro é muito comum, pois não se souber diferenciar Custo
Contábil de Custo Econômico.
Após algum tempo de construção, os custos aumentaram mais que o
previsto, a receita estava fraca, mesmo assim conseguiram concluir a obra com
o cronograma atrasado e endividamento maior que o previsto.
Enquanto a obra estava em construção e os números assustavam, os
administradores chamaram os consultores econômicos, fizeram uma longa
análise juntos e verificaram que a escolha do local estava errada por não
levarem em consideração o custo-oportunidade e apenas o custo contábil.
Se fizessem uma analise de custo econômico antes de decidir iriam verificar
que ao construir próximo da Universidade teriam as seguintes oportunidades:
a) O terreno poderia ser comprado com o valor da venda do outro prédio e
ainda sobraria capital para ajudar nos custos com a construção,
diminuindo o custo de financiamento.
b) Enquanto o novo prédio estava sendo construído, os alunos continuariam
estudando no antigo prédio, o que garantia a receita mensal.
c) O novo prédio estando integrado a Universidade reduziria os custos
futuros, pois não teriam custo com translado algum, nem de material
humano ou físico.
Neste exemplo ficou demonstrado o quanto é importante para um
administrador diferir os tipos de custo e utilizar a ferramenta econômica.
8.1.2 – Custo Oportunidade:
Como já vimos, sempre que decidimos por um produto deixamos de
consumir outro. Ou seja, o custo de um produto é a oportunidade que você
desiste para obtê-lo.
8.1.3 – Custo total (CT):
O Custo Total é a soma do custo fixo e custo variável.
8.1.4 – Custo fixo (CF):
Não varia com o aumento ou a diminuição do Nível de Produção.
8.1.5 – Custo variável (CV):
Varia com o aumento ou diminuição do Nível de Produção.
8.1.6 – Custo Marginal (CMg):
Também conhecido como custo incremental, é o custo ocasionado
pela produção de uma unidade adicional do produto.
Matematicamente podemos encontra-lo calculando a 2º derivada da
função da curva de custo variável.
8.1.7 – Custo Médio (CMe):
Utilizado para saber a lucratividade da empresa, é a soma do Custo
Fixo Médio (CFMe) com o Custo Variável Médio (CVMe).
8.1.8 – Custo Fixo Médio (CFMe):
Calcula-se dividindo o Custo Fixo (CF) pelo nível de
produção(quantidade produzida).
8.1.9 – Custo Variável Médio (CVMe):
Calcula-se dividindo o Custo Variável (CV) pelo nível de
produção(quantidade produzida).
8.1.10 – Simplificando os Custos em Planilha:
Vamos trabalhar de maneira simples, não trataremos de funções, mas sim
de matemática simples. Analise a tabela abaixo;
TABELA SIMPLIFICADA DE CUSTOS
Nível de Custo Custo
produção Fixo Variável
NP
CF
CV
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
50
50
50
50
50
50
50
50
50
50
50
50
0
50
78
98
112
130
150
175
204
242
300
385
Custo
Total
Custo
Marginal
Custo Fixo
Médio
CT
CMg
CFMe
Custo
Variável
Médio
CVMe
Custo Total
Médio
(CF + CV)
(CT2 - CT1)
(CF / NP)
(CV / NP)
(CFMe +
CVMe)
50
100
128
148
162
180
200
225
254
292
350
435
50
28
20
14
18
20
25
29
38
58
85
50
25,0
16,7
12,5
10,0
8,3
7,1
6,3
5,6
5,0
4,5
50
39,0
32,7
28,0
26,0
25,0
25,0
25,5
26,9
30,0
35,0
100,0
64,0
49,3
40,5
36,0
33,3
32,1
31,8
32,4
35,0
39,5
CTMe
Considerações:
-
NP, CF e CV são dados colhidos na empresa;
CT tende a aumentar com o tempo;
CMg Começa em declínio e em certo nível de produção começa a subir;
CFMe tende a cair;
CVMe Começa em declínio e em certo nível de produção começa a subir;
CTMe Começa em declínio e em certo nível de produção começa a subir.
8.1.11 – Análise das Curvas no Gráfico:
Gráfico 9: CF X CV
450
400
350
CUSTOS
300
250
200
CF
150
CV
100
50
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Nível de produção
Gráfico 10: CT X CV
500
450
400
CUSTO
350
300
250
CT
200
CV
150
100
50
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Nível de Produção
9
10
11
12
Gráfico 11: Custos Médios X Marginal
120
100
CUSTOS
80
CMg
60
CFMe
40
CVMe
CTMe
20
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Nível de Produção
Desenvolvemos estes gráficos de exemplo para dar sequencia ao raciocínio e
conseguir chegar a escolha do nível ótimo de produção para a empresa.
(Trabalharemos no curto prazo)
8.2 – Receita Marginal
Antes de descobrirmos o nível ótimo de produção para acharmos o equilíbrio
da firma, vamos conceituar a receita marginal.
Da mesma forma como fizemos com o custo marginal, a Receita marginal é
a razão entre a variação receita total pela quantidade vendida (nível de
produção). Na economia trabalhamos com a equação receita, sendo a Receita
Marginal a inclinação da curva.
A Receita Marginal nos diz quanto de incremento vou ter em minha receita
para produzir uma unidade a mais. Acompanhe a tabela:
Nível de
produção
Preço unitário
Receita Total
NP
P
RTo
RMg
(NP X PU)
(RTo2 - RTo1)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
180,00
200,00
220,00
Receita Marginal
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
R$
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
20,00
Note na tabela ao lado que a
Receita Marginal (RMg) é
constante e igual ao preço
unitário (P). As coincidências
não para aí, o RMg também é
igual a Receita Média (RMe).
Isso acontece porque estamos
considerando o curto prazo,
onde os preços (Ceteris
Paribus), não variam.
8.3 – Determinando no Curto Prazo o Nível Ótimo de Produção para o
Ponto de Equilíbrio da Empresa;
Agora sim, podemos determinar qual o nível de produção (quantas unidades
produzidas) para ao preço dado pelo mercado, que a empresa não tenha
prejuízo.
“O Ponto de equilíbrio de uma empresa é o nível de produção onde a Receita
Marginal (RMg) encontra-se com o Custo marginal (CMg)”.
Sendo o lucro unitário para dado nível de produção é a diferença entre
Receita Margina e Custo marginal, encontramos:
Nível de Produção
RMg
CMg
Lucro Unitário
R$
R$
R$
3
20,00
20,00
-
4
R$ 20,00
R$ 14,00
R$ 6,00
5
R$ 20,00
R$ 18,00
R$ 2,00
6
R$ 20,00
R$ 20,00
R$
-
Observe que no ponto A, em um nível de produção 3, temos lucro Unitário 0.
Também conhecido como Ponto de Equilíbrio da Empresa. A partir deste nível de
produção a empresa não tem lucro nem prejuízo. Também é conhecido como
LUCRO ZERO.
Já no nível de produção 4, no ponto B, a empresa encontra o melhor lucro
unitário ($ 6,00) pelo menor custo unitário, ou seja: Neste Ponto Minimizamos
os Custos e Maximizamos os Lucros. Sendo ele o Nível ótimo de
Produção.
Em nível 5, a empresa começa a perder pois o custo marginal aumenta. No
nível 6 o lucro é zero novamente e não atrativo, pois a empresa estará
produzindo mais sem ter lucro.
FIM DA UNIDADE 2
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