OCEANOGRAFIA GERAL - NAV ESTIMADA E COSTEIRA

Propaganda
Visualização do documento
OCEANOGRAFIA GERAL.doc
(2844 KB) Baixar
Prof. Dr. Gilmar Wanzeller Siqueira
CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE BRAZ
DE AGUIAR (CIABA)
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA
MARINHA MERCANTE DO BRASIL
Prof. Dr. Gilmar Wanzeller Siqueira
[email protected]
Belém-Pará-Brasil
OCEANOGRAFIA
SIGLA:
OCEANOGRAFIA
Capítulo I
(Estudos dos Oceanos)
Capítulo I (a) Características Gerais dos Oceanos
Alguns autores consideram que os oceanos correspondem à cerca de 97,5% de toda massa da
hidrosfera, sendo-lhes atribuídas a maior reserva de alimentos do planeta (Carvalho, 1995 e Harari 1985),
são os maiores reservatórios de água da Terra, favorecendo não só o deslocamento das mais diversas
substâncias químicas como ainda grande parte das reações químicas (Riley & Chester, 1989 e Millero,
1996). Para Lobo & Soares (1999), a importância dos oceanos é grande e diversificada, em especial, pela
sua utilização como via de transporte de mercadorias que os países exportam e importam. Atividade essa
de extraordinária importância e responsável pela existência da marinha mercante em todo mundo, ao longo
dos séculos (Lobo & Soares, op cit.). Cada km3 de água do mar contém, em média, 35 milhões de toneladas
de sais dissolvidos. Até o presente momento já foram identificados cerca de 80 elementos químicos da
tabela periódica na água do mar. A Terra é o planeta azul no sentido que é o único planeta do sistema solar
que apresenta água em tal quantidade na sua superfície, que permite a formação dos oceanos.
Os oceanos vêm sendo estudados desde muito na história da civilização humana, mas somente
há poucas décadas começou-se a estudá-lo de forma mais abrangente. As pesquisas de ambiente marinho
que antes era localizada e pontual, hoje, devido ao uso principalmente de satélites e computadores potentes,
pouco a pouco estão proporcionando uma visão do oceano e de como e de como ele afeta os continentes,
as atividades marítimas, atmosfera e, conseqüentemente, os habitantes do planeta (Schmiegelow, 2004).
Acredita-se atualmente existirem grandes relações casuais entre diversos fenômenos naturais,
que aparentemente não possuem qualquer ligação. Como por exemplo, da descoberta atual do regime das
precipitações pluviais da cidade de Fortaleza (CE) estar relacionado comas variações das manchas solares
e com as variações do nível do mar da cidade de São Francisco (EUA) (Anderson, 1988). O oceano não é
apenas um produtor ou repositor de importantes recursos, mas contém também a história do nosso planeta,
relevando um passado de alterações tectônicas, climáticas, físicas, químicas e biológicas, cujas implicações
no comportamento dinâmico e estrutural da crosta oceânica, na mutação dos ciclos sedimentares e das
massas de águas, têm sido amplamente comprovadas e documentadas ao longo do registro oceanográfico
(Neto et al. 2004).
A vida tal como a conhecemos no nosso planeta é totalmente dependente desta Hidrosfera. A
origem dos oceanos e sua evolução esta intimamente ligada à origem da atmosfera que são os dois fluídos
da nossa biosfera. Tanto os oceanos como a atmosfera evoluíram na escala de tempo geológico e
aparecimento das formas de vida esta ligada à composição da atmosfera. A atmosfera da terra primitiva
quando da sua formação a 4,6 milhões de anos atrás foi totalmente perdida. A atmosfera atual secundaria
sendo seus constituintes oriundos do interior da terra. Desta forma, não é possível estudar a origem dos
oceanos sem estudar a formação da atmosfera e biosfera durante as eras geológicas.
Oceano Atlântico, o segundo maior oceano, tem forma de S, ligando duas regiões polares, 200
m de profundidades mais raso que a média dos oceanos, grandes áreas de plataforma e margens
continentais, contêm poucas ilhas vulcânicas, e os mares marginais são restritos, recebem grande descarga
de água doce dos rios Amazonas, Congo (600 mil metros cúbicos por segundo) e outros (Figura 1). Só o
rio Amazonas é responsável por 1/3 dessa quantidade. Ele e o Congo (África) cujo, as águas desembocam
no Atlântico, são responsáveis por ¼ do total de água doce provenientes de rios do planeta. Entre outros
rios importantes que nele deságuam incluem-se o Mississpi (EUA), Paraná – Rio da Prata (Argentina –
Uruguai) e Orinoco (Venezuela). Umas das maiores conseqüências desse fato refere-se à quantidade de
sedimentos de origem continental ser muito superior à do Pacífico.
Diversos mares são vizinhos ou mesmo fazem parte do Atlântico, como o mar do Caribe, o
Mediterrâneo, o mar do Norte e o Báltico.
O oceano Ártico, às vezes caracterizado como oceano à parte, pode ser considerado como
pertencente ao Atlântico. Está ligado a este por passagens estreitas entre Groelândia e Islândia e entre
esta e o norte da Europa. É levemente circular em sua forma e muito raso (1.020 metros de profundidade
em média). Este oceano marginal permanece coberto de gelo na maior parte do na o, como espessuras que
variam entre 3 a 4 metros.
Figura 1: Área de influência do Oceano Atlântico
Oceano Pacífico, o maior de todos (1/3 da superfície da Terra) o maior profundo (200 metros
acima da média mundial), contém mais da metade do volume de água do planeta. É também o mais
profundo, possuindo forma circular, margem continental estreita, circundado por cadeias de lineares,
trincheiras e sistemas de arcos de ilhas, feições distintas (largo número de ilhas vulcânicas e bacias
marginais), bacias marginais ocorrem nas margens do Pacífico W (Figura 2). O perímetro do oceano Pacífico
é a região geologicamente mais ativa do planeta conhecida como cinturão de fogo.
Figura 2: Área de influência do Oceano Pacífico
Oceano Índico, o terceiro maior oceano, maior área no hemisfério sul, profundidade média de
3.840 m, pequena percentagem de plataforma continental, marcado por numerosos platôs submarinos e
elevações (Figura 3). Esse oceano pode ser considerado como levemente triangular na forma, situando-se
principalmente no hemisfério sul. Sua fronteira com o Atlântico se dá ao sul da África do Sul (meridiano 20 0
leste), enquanto, seu limite com o Pacífico segue as ilhas da Indonésia, Austrália e do sul da Tasmânia
em direção à Antártica. Três grandes rios – o Indo, o Ganges e o Brahmaputra – nele desembocam, todas
em sua grande porção norte. O golfo de Bengala é um importante mar marginal na porção nordeste,
enquanto, o mar vermelho e o golfo Pérsico são importantes na parte noroeste.
Figura 3: Área de influência do Oceano Índico
O oceano Antártico pode ser considerado como oceano à parte. Possui características
oceanográficas muitas particulares com a formação de diversas massas de águas subsuperficiais que fluem
em direção a regiões equatoriais, como também ocorre no Ártico. Como possui barreiras continentais em
seu sentido leste-oeste, propicia fluir uma corrente denominada corrente Circumpolar Antártica, que dá a
volta em todo o planeta. Além disso, do ponto de vista da oceanografia biológica, encontram-se formas de
vida muito características em seu ambiente.
Em adição a esses oceanos há outros pequenos mares (Vermelho, Mediterrâneo, Negro, Golfo do
México, Mar do Norte, etc.). A Figura 4 abaixo apresenta os principais oceanos, mares e rios dentro de um
aspecto global.
Figura 4: Vista geral dos principais oceanos, rios e mares (Schmiegelow, 2004)
O Domínio Continental e Oceânico é a zona de transição entre os continentes e os oceanos
formados principalmente pela plataforma continental e pelo talude, o que se chama de Precontinente. Tanto
a região mais elevada da plataforma continental à chamada Plataforma Costeira, como o resto da mesma,
são domínios fundamentalmente continentais. Por outro lado deve-se levar em conta, que segundo as
teorias modernas sobre a constituição da crosta terrestre, os domínios continentais e oceânicos não se
devem a topografia, mas sim aos fenômenos estruturais, e neste caso concretamente, à espessura do manto
terrestre. Nas massas continentais, a descontinuidade se encontra entre 30 e 40 km de profundidade, já os
oceanos somente entre 10 e 15 km. O precontinente compreende, em conjunto, a uma série de distritos que
são: a) Plataforma Continental (com a plataforma costeira em sua porção mais alta) e eminentemente
continental; b) Talude Continental, zona de transição e de declive normalmente acentuado; c) Borda
Continental, situada na margem inferior do talude, onde começa realmente o domínio oceânico, constituindo
uma fronteira nem sempre facilmente delimitável.
Levando-se em conta que a extensão da plataforma continental de todo o mundo (profundidade
média de 200 m), é de 30.000.000 de km2, resulta que sua superfície é somente 8,3 dos mares. Dentro do
domínio da plataforma continental, há uma zona mais restrita e mais próxima da Terra, na qual os efeitos da
erosão marinha são muito mais intensos e onde se produz freqüentemente uma superfície ligeiramente
plana, a qual denominada de Plataforma Litoral e Costeira.
Da costa até ao mar, encontramos as seguintes zonas: a) A plataforma litoral ou costeira,
compreendida entre as profundidades máximas e mínimas que alcançam as marés, é o se chama também
de região intermareal; b) A verdadeira plataforma continental inicia-se no final da plataforma litoral e vai até
a profundidade de 200 a 250 metros; c) O talude continental é o declive de caída deste a plataforma
continental até aos grandes fundos; d) A região abissal é a dos grandes fundos.
Os oceanos podem ser divididos em grandes biomas ou regiões onde há vida. Cada uma de suas
subdivisões pode então ser analisada em termos da organização das comunidades e dos princípios
ecológicos que governam as adaptações dos organismos.
Diversos tipos de classificação das regiões marinhos têm sido propostos. A mais utilizada é a de
Hedgepeth que é baseada na distribuição natural, ou seja, estabelecida principalmente de acordo com as
rupturas naturais da distribuição dos organismos. Esta classificação (Figura 5) divide inicialmente o
ecossistema marinho em dois grandes ambientes: o pelágico e o bentônico.
Figura 5: Classificação dos ambientes marinhos segundo Hedgepeth (modificado de Hedgepeth, Treatsie
on Ecology and Paleoecology. Vol. 1– Ecology– Geological Society of America Memoir 67, Baltimore, Waverly Press,
1957. 1.297pp apud Schmiegelow, 2004).
O ambiente pelágico refere...
Arquivo da conta:
Vicente_Ferreira
Outros arquivos desta pasta:
 A 2 - Cartas.pps (10086 KB)
A 4 - Rumos e marcações.pps (6084 KB)
NAV 1(8) - UN II - cartas.ppt (1395 KB)
 NAV 1 - UN XI - Navegação de Segurança.ppt (397 KB)
DISPOSITIVO PARA EMBARQUE DO PRÁTICO.doc (19 KB)



Outros arquivos desta conta:
 Arte Naval
CIÊNCIAS NÁUTICAS
 INGLES TECNICO
 Manobrabilidade do Navio
 MARPOL

Relatar se os regulamentos foram violados








Página inicial
Contacta-nos
Ajuda
Opções
Termos e condições
Política de privacidade
Reportar abuso
Copyright © 2012 Minhateca.com.br
Download