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Exoplanetas
Emerson Penedo
[email protected]
Kepler-186f
Onde a grama é sempre mais vermelha
no outro lado.
Um exoplaneta (ou planeta extra-solar) é um planeta que orbita uma
estrela que não seja o Sol e, portanto, pertence a um sistema
planetário diferente do nosso.
Até 06 de Agosto de 2015, os dados do Laboratório de Propulsão a
Jato da NASA afirmam que 5.587 candidatos a exoplanetas foram
descobertos e 1.883 confirmados.
Concepção artística do 51
Pegasi b, um exoplaneta do
tamanho de Júpiter e sua
companheira, uma estrela
ligeiramente mais massiva que
o Sol. Falaremos mais dele
adiante.
Fonte:
http://planetquest.jpl.nasa.gov/
news/208
Essa concepção artística da Via Láctea mostra a localização de um dos mais distantes
exoplanetas descoberto, localizado a 13.000 anos-luz de distância.
14 de Abril de 2015
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/news/187
Breve Histórico
Desde 450 a.C. filósofos gregos ponderavam sobre a existência de
outros mundos.
Em 1440, Nicolau de Cusa, um cardeal da Igreja Católica Romana,
argumentou em “Em douta ignorância” que se Deus é infinito, o
Universo também é infinito. Disso “conclui-se que não existe centro
do Universo, [...] e tampouco existe ponto de referência, tudo é
relativo e não existe um lugar de privilégio no Universo”.
Argumentou ainda que “como a Terra não pode ser o
centro do Universo, então ela não poderia estar livre
de todo movimento”. A Terra se movimentaria.
Vale mencionar que seus trabalhos influenciaram
ninguém menos que Johannes Kepler.
Na imagem ao lado, o cardeal alemão Nicolau de Cusa.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_de_Cusa
Ao lado, parte da argumentação
utilizada pelo autor para
demonstrar que o Universo é
infinito.
Vocês podem ler gratuitamente
o livro “On Learned Ignorance”
(tradução para o inglês do
original “De Docta Ignorantia”)
aqui:
http://www1.umn.edu/ships/galil
eo/library/cusa.htm
Breve Histórico
Em 1584, o frade católico Giordano Bruno
afirmou em seu livro “Acerca do Infinito, do
Universo e dos Mundos”, que existiam
“incontáveis sóis e incontáveis terras todas
girando ao redor dos seus sóis”. E ainda mais,
“que, assim como esta Terra, o Sol e os outros
astros são também habitados”.
Foi acusado por defender a doutrina da
infinitude do Universo. Acabou sendo preso e
julgado por ainda outras heresias contra a Igreja
Católica. Em 1600 foi morto na fogueira da
Inquisição Romana.
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Giordano_Bruno
e https://it.wikipedia.org/wiki/De_l%27infinito,_universo_e_mondi
Breve Histórico
Em 1543, ano da sua morte, Nicolau Copérnico
publicou “Da revolução das esferas celestes”, um
marco na transição do modelo geocêntrico do
Universo para o modelo heliocêntrico.
Em 1610, Galileu Galilei utilizando um telescópio
construído por ele mesmo, descobriu as quatro
maiores luas de Júpiter (as luas de Galileu), e que o
planeta Vênus apresentava fases, fatos importantes
publicados no mesmo ano no seu livro “O
mensageiro das estrelas”, que o levou a defender o
modelo heliocêntrico de Copérnico.
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Cop%C3%A9rnico
e https://pt.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei
Breve Histórico
Em 1698, Christiaan Huygens publicou
Cosmotheros, um livro que imagina como seria a
vida em outros planetas.
Em 1750, Thomas Wright, no seu livro “Uma
teoria original ou nova hipótese sobre o
Universo”, se torna o primeiro a postular que a
Via Láctea pode ser um disco massivo de
estrelas, e que alguns dos objetos no céu podem
ser discos de estrelas similares ao nosso.
Fontes:
http://www.staff.science.uu.nl/~gent0113/huygens/huygens_ct_en.htm
(nesse link é possível ler o Cosmotheoros em inglês).
e https://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Wright_(astronomer)
Breve Histórico
Em 1925, Edwin Hubble demonstrou a
existência de outras galáxias além da Via Láctea,
mudando profundamente a maneira como nós
enxergamos o Universo.
Hoje acredita-se que há pelo menos um planeta
para cada estrela (da Via Láctea), em média.
Fonte (em inglês): http://www.physicsoftheuniverse.com/scientists_hubble.html
Para uma linha do tempo mais completa sobre os exoplanetas acesse esse link (em inglês):
http://planetquest.jpl.nasa.gov/system/interactable/2/timeline.html
Imagem publicada na página do Facebook da NASA no dia 30 de julho de 2015. Fonte:
https://www.facebook.com/NASA/photos/a.67899501771.69169.54971236771/10153434
186561772/?type=1
Nomeando exoplanetas
Em geral, o nome de um exoplaneta é composto do nome da estrela
em torno do qual ele orbita, seguido por uma letra minuscula, dando
a ordem de descoberta do planeta no sistema planetário da estrela,
começando pela letra “b”.
Concepção artística do Kepler452b, um exoplaneta que possui
característica muito interessantes, falaremos mais dele depois.
Notícia publicada no site da
NASA em 23 de Julho de 2015:
https://www.nasa.gov/pressrelease/nasa-kepler-missiondiscovers-bigger-older-cousinto-earth
Nomeando exoplanetas
Mas em 2014 a International Astronomical Union (IAU) lançou um concurso
mundial para clubes de astronomia e
organizações sem fins lucrativos darem
nomes
populares
a
exoplanetas
juntamente com as suas estrelas
hospedeiras.
Após algumas etapas previamente organizadas pela IAU, em Janeiro
de 2015 esses clubes e organizações iniciaram o envio de propostas
para nomes desses planetas e estrelas e o resultado foi divulgado em
uma cerimônia especial pública durante a IAU XXIX General
Assembly in Honolulu, USA, entre 3 e 14 de Agosto de 2015. Sim
acabou de acontecer!!!
Nomeando exoplanetas
Agora os nomes escolhidos estão disponíveis para votação do público
nesse link: http://nameexoworlds.iau.org/
A data limite para votação é 31 de Outubro de 2015. Participem :)
Identificando exoplanetas
Apesar da pesquisa de exoplanetas ser motivada principalmente pela
busca por planetas parecidos com o nosso, os primeiros planetas
detectados fora do Sistema Solar possuem característica muito
distintas da nossa Terra, e também de qualquer outro planeta do
nosso Sistema Solar.
Alguns exoplanetas orbitam suas estrelas a uma distancia muito
pequena, esses planetas também possuem massas muito grandes, da
ordem de algumas vezes a massa de Júpiter, o maior planeta do
Sistema Solar. Esse tipo de planeta
não era esperado, uma vez que aqui
em nosso sistema planetário, todos
os chamados planetas gigantes
gasosos residem em orbitas
distantes, da ordem de 5 a 30 vezes
a distancia da Terra ao Sol.
Identificando exoplanetas
Alguns exoplanetas chegam a
orbitar a estrela a menos de um
centésimo da distancia da Terra
ao Sol. Isso faz com que esses
corpos sejam muito quentes –
“Júpiteres Quentes” –, bem
diferente do que acontece com
os planetas gigantes do nosso
sistema.
Concepção artística do Júpiter Quente
HD189733b, um dos exoplanetas mais
estudados e mais famoso. Orbita sua estrela-mãe a cerca de 0,03UA. Fonte:
http://www.astropt.org/2013/08/01/chandra-e-xmm-newton-observam-transitos-de-jupiterquente-em-raios-x/
Isso revela a importância de estudarmos esses objetos, pois são
relevantes na compreensão da formação de sistemas estelares.
O que antes considerávamos
padrão – o nosso Sistema
Solar –, agora é apenas uma
possibilidade
que
pode
evoluir de nuvens de gás e
poeira.
Concepção artística das etapas da formação
do nosso Sistema Solar.
Imagem divulgada na nossa página do
Facebook no dia 06 de Agosto de 2015.
Fonte:
https://www.facebook.com/permalink.php?
story_fbid=869217416510040&id=387315
644700222
Primeiro aprendemos
que a Terra era
redonda. Então nós
descobrimos que nós
não eramos o centro
do Cosmos, apenas
um planeta orbitando
o Sol. Somente 20
anos atrás veio a
confirmação
do
primeiro exoplaneta
encontrado orbitando
outra estrela. Agora
são 5.000 exoplanetas
e contando, e nossa
visão do Universo,
mais uma vez, mudou
para sempre.
20 de Julho de 2015
Fonte:
http://planetquest.jpl.n
asa.gov/image/249
Identificando exoplanetas
Existem vários métodos para a detecção de exoplanetas, entre eles
abordaremos o método da imagem direta, por efeitos gravitacionais,
pelo método da velocidade radial, do trânsito, das microlentes
gravitacionais e do “timing”.
A técnica utilizada para a detecção dos exoplanetas influencia muito
no tipo de planetas que conhecemos até a atualidade. Por exemplo,
até pouco tempo não se conhecia
nenhum exoplaneta tão pequeno
quanto a Terra. Isso deve-se ao
fato de que os métodos favorecem
a detecção de planetas de alta
massa.
Nossos métodos de observação criam um viés
observacional, pois planetas de alta massa são
mais facilmente detectados. Fonte (em inglês):
http://www.wired.com/2010/10/exoplanet-stats/
Agradeço ao NASA Exoplanet Archive pelo uso dessa imagem.
Fonte: http://exoplanetarchive.ipac.caltech.edu/exoplanetplots/
Agradeço ao NASA Exoplanet Archive pelo uso dessa imagem.
Fonte: http://exoplanetarchive.ipac.caltech.edu/exoplanetplots/
Fotografar Exoplanetas (Imagem Direta)
Fotografar um planeta do Sistema Solar é relativamente fácil, pois
eles estão entre os astros mais brilhantes do céu. Isso porque eles
estão relativamente próximos, porém, a medida que nos
distanciamos, os planetas se tornam cada vez mais fracos.
Além de serem pouco brilhantes, os planetas se encontram ao redor
de uma estrela que, assim como nosso Sol, é
muito brilhante. Isso faz com que a luz da
estrela ofusque o fraco brilho dos planetas e
dificulte ainda mais a obtenção de imagens.
A dificuldade de se conseguir essa foto é
comparável a fotografar uma formiga ao
lado de um farol que se encontra a 400 km
de distância.
Fonte no próximo slide.
Imagem direta do exoplaneta GU Psc b. Um gigante gasoso com uma órbita de 2.000 UA;
calcula-se que ele demora 163.000 anos terrestres para completar uma volta ao redor de sua
estrela-mãe. Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/GU_Piscium_b
Fotografar Exoplanetas (Imagem Direta)
Apesar da dificuldade, já existem imagens diretas de exoplanetas.
Essas imagens foram obtidas utilizando-se de diversas técnicas, como
o uso de coronógrafos (instrumentos que realizam eclipses artificiais
da estrela).
Essas imagens são obtidas em infravermelho. No infravermelho, os
planetas são um pouco mais brilhantes e as estrelas um pouco
mais fracas, isso ajuda na
diminuição do contraste e
melhora as condições para
obter imagens diretas.
Concepção artística do exoplaneta Fomalhaut b
orbitando o seu sol. O texto abaixo trata da controversa gerada quando questionou-se se esse
objeto era ou não um exoplaneta. Após reanálise dos dados feitas pelo Hubble, ele é considerado
um exoplaneta. Fonte: http://www.nasa.gov/mission_pages/hubble/science/fomalhaut-exo.html
Essa imagem em luz visível do telescópio espacial Hubble mostra a vizinhança da estrela
Fomalhaut, incluindo a localização do seu anel de poeira e seu planeta disputado, Fomalhaut b.
Link idêntico ao slide anterior.
Fomalhaut e Fomalhaut b em 2012. Sistema planetário a 25 anos-luz de distância, na constelação
de Peixes. Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Fomalhaut_b
Fotografar Exoplanetas (Imagem Direta)
Por este método, é possível estimar a temperatura (pela
“cor”/espectro) e o tamanho (pelo brilho aparente) do exoplaneta,
mas o método não ajuda muito para determinar a massa.
O método só serve para encontrar planetas que orbitam as suas
estrelas a grandes distâncias (>100 UA).
Apesar de ser o método mais direto de
detecção, poucos exoplanetas foram
encontrados por Imagem Direta.
Descoberto em 2009, esse exoplaneta chamado β
Pictoris b, está a 63,4 anos-luz de distância, possui
cerca de 7 a 11 vezes a massa de Júpiter e sua
temperatura efetiva está entre 11.000 e 17.000°C.
Fonte: http://www.aanda.org/2011-press-releases/690new-observations-of-the-giant-planet-orbiting-bpictoris
Efeitos gravitacionais
Sabe-se que as estrelas exercem uma força
gravitacional sobre os planetas, mantendo-os em
órbita. Da mesma maneira, os planetas também
exercem forca gravitacional sobre a estrela, porém,
muito mais fraca que aquela exercida pela estrela.
Assim, da mesma forma que os planetas realizam órbitas ao redor da
estrela, a estrela também realiza pequenas órbitas ao redor de um
ponto chamado centro de massa, que é o ponto que pode ser pensado
como se toda a massa do corpo está concentrada nele para o cálculo
de vários efeitos.
Como a estrela é muito maior que o planeta, o centro de massa
normalmente localiza-se dentro da própria estrela. Portanto, a estrela
realiza órbitas que mais se parecem com um bamboleio. Medir esse
bamboleio da estrela requer uma grande precisão instrumental.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Exoplaneta
Efeitos gravitacionais
A vantagem dessa técnica é
que que ela possibilita estimar
a massa do exoplaneta
diretamente, ao invés de
determinar um limite mínimo.
O problema dela é que
funciona apenas para estrelas
próximas a Terra, e ainda
assim, requer equipamentos
extremamente acurados para
medir as variações muito
pequenas na posição da
estrela.
Os princípios da observação de efeitos gravitacionais.
Fonte: http://www.astro.wisc.edu/~townsend/static.php?ref=diploma-2
Velocidade Radial
O método de velocidade
radial, também conhecido
como "método Doppler",
mede
variações
na
velocidade com a qual a
estrela se afasta ou se
aproxima de nós. Mais
especificamente, mede a
componente da velocidade
estelar ao longo da linha de
visada (a linha imaginária
que une o observador ao
objeto).
Concepção artística demonstrando a técnica da velocidade radial para encontrar exoplanetas.
Fonte: http://www.nasa.gov/audience/formedia/telecon-20071106/
Velocidade Radial
A velocidade radial pode ser deduzida do deslocamento nas linhas
espectrais da estrela hospedeira, devido ao efeito Doppler.
Temos aqui a luz de uma estrela decomposta em seu espectro eletromagnético, apresentando
algumas linhas escuras de absorção. Tais linhas são deslocadas para o vermelho caso a
estrela esteja se afastando do observador, e para o azul caso se aproxime. Isto mostra que a
estrela está se movendo em relação ao observador na Terra.
Velocidade Radial
Já que a influência do planeta sobre a estrela é maior se o planeta tem
massa alta e uma órbita perto da estrela (com raio pequeno), é este o
tipo de planeta, as vezes chamado de “Júpiteres Quentes”, que é
predominantemente encontrado por este método.
O método também favorece a detecção de planetas com órbitas
paralelas a linha de visada, e fornece um limite inferior para a massa
do exoplaneta.
Até o final de 2011, a velocidade radial era o método de detecção de
exoplanetas de maior sucesso.
Essa técnica sozinha detectou da ordem de 800 de todos os
exoplanetas encontrados.
Eclipses Exoplanetários (Trânsitos)
A técnica mais bem sucedida atualmente para detectar exoplanetas é
o chamado método de trânsito.
O "trânsito" em Astronomia refere-se à passagem de um astro em
frente de um outro.
Ele funciona apenas com uma pequena percentagem de exoplanetas
cujos planos orbitais estejam perfeitamente alinhados com nossa
linha de visada, mas pode ser
aplicado mesmo a estrelas
muito distantes.
Kepler-186f, um planeta do tamanho da
Terra passando a frente de uma estrela como
o Sol e a frente de uma anã M. Fonte:
http://www.seti.org/seti-institute/kepler186f-first-earth-sized-planet-orbiting-inhabitable-zone-of-another-star
Eclipses Exoplanetários (Trânsitos)
A passagem de um planeta na frente de uma estrela faz com que a
estrela pareça estar um pouquinho menos brilhante e dessa forma
destacamos o planeta.
Assim, quanto maior for o planeta, maior será a diminuição do brilho
que esse planeta causa, o que ajuda a estimar o tamanho dele. Por isso,
é muito difícil detectar planetas pequenos (do tamanho da Terra!).
Combinando os métodos da
velocidade radial e de trânsito, dá
para determinar a massa, o raio e
o raio orbital de um exoplaneta.
À direita, um dado experimental mostrando o
fluxo de energia por horas do exoplaneta Kepler20e (falaremos mais dele adiante). Fonte:
http://kepler.nasa.gov/Mission/discoveries/kepler
20e/
Eclipses Exoplanetários (Trânsitos)
Algo interessante, porém nem sempre abordado é que além do eclipse
primário - que ocorre quando o exoplaneta passa a frente da estrela -,
podemos buscar também identificar um eclipse secundário - quando o
exoplaneta passa atrás da estrela, e portanto é completamente ocultado
por ela – no caso de planetas dos quais recebemos (e reconhecemos) a
radiação térmica emitida.
Podemos observar durante o
eclipse secundário a radiação térmica desaparecer e
reaparecer quando o exoplaneta começa e termina de
passar por trás da estrela,
respectivamente.
Fonte:
http://seagerexoplanets.mit.edu/
exoplanet.htm
Microlentes Gravitacionais
A atração gravitacional causada por uma estrela ou um planeta curva
a luz, assim como fazem as lentes de óculos, por isso o nome
microlentes gravitacionais.
Mais do que curvar a luz, esta é intensificada,
assim, pode-se medir a estrela se tornando
mais brilhante devido a esse fenômeno.
A presença de um planeta em torno da estrela
lente faz com que a luz seja curvada de forma
diferente, como se fosse uma lente com
pequenos riscos. Isso faz com que a
intensidade da luz varie de forma distinta,
permitindo detectar o planeta.
Esse método possui o inconveniente de que
ele só acontece uma vez e não se repetirá para
aquela estrela, por isso há somente uma
oportunidade de realizar a observação.
Fonte:http://www.nature.com/
nature/journal/v467/n7314/im
ages/467405a-f1.2.jpg
Nesse e no slide anterior é possível ver
a intensificação da lente gravitacional
na presença de um exoplaneta.
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/287
Identificação do Exoplaneta OGLE-2014-BLG-0124L a 13.000 anos-luz de distância.
Mesmo exoplaneta destacado no Slide 3.
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/204#
“Timing”
A presenca de um exoplaneta pode afetar fenômenos temporais da
estrela-mãe ou de outros planetas presentes (e talvez já detectados), por
exemplo a órbita do(s) outro(s) planeta(s); as frequências das pulsações
da estrela, caso esta seja uma estrela variável; as emissões de pulsos da
estrela, caso esta seja um pulsar, etc.
Esse método não muito produtivo: até
o ano passado, forneceu só cinco
detecções, mas o primeiro exoplaneta
confirmado foi um destes cinco).
Concepção artística do exoplaneta 51 Pegasi b, um
exoplaneta descoberto em 1992 por Aleksander
Wolszczan orbitando o pulsar PSR B1257+12 a 50
anos-luz da Terra, e confirmado em 1995.
Fonte:http://asd.gsfc.nasa.gov/blueshift/index.php/
2010/07/16/faiths-blog-exoplanets-swiss-style/
Possíveis indicadores de vida em Exoplanetas
• Residir em uma zona habitável – região em torno de uma estrela
onde o nível de radiação emitida pela mesma permitiria a existência
de água líquida na superfície de um planeta/satélite natural que ali se
encontre – em torno da estrela
• Sua estrela não pode ser muito ativa.
• Possuir idade suficiente para evolução da vida.
• Possuir uma superfície sólida ou líquida.
• Possuir água?
• Possuir gases atmosféricos produzidos por reações biológicas, como
o gás metano e ozônio?
• Possuir gás oxigênio?
• Possuir características que na Terra são produzidas pelos seres
vivos, como a ausência do carbono na atmosfera e a presença de
clorofila devido as plantas?
• Possuir campo magnético intenso, assim como a Terra.
Comparando dados antigos e novos...
Fonte: http://phys.org/news/2012-03-kepler-planet-candidates.html
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/274
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/278
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/259
Agradeço ao NASA Exoplanet Archive pelo uso dessa imagem.
Fonte: http://exoplanetarchive.ipac.caltech.edu/exoplanetplots/
O número de candidatos e de exoplanetas vem crescendo rapidamente.
Seria uma boa ideia fazermos uma revisão (sem o intuito de ser
exaustiva) da descoberta de exoplanetas.
Um dos primeiros sistemas a ser descoberto e que merece destaque é o
Sistema Gliese 581 a 20,3 anos-luz da Terra na constelação de Libra.
O exoplaneta Gliese 581 b foi descoberto em Novembro de 2005, mas
o exoplaneta que recebeu maior atenção da comunidade científica foi o
Gliese 581 c, descoberto em 2007 e apontado como o provável
primeiro exoplaneta potencialmente habitável. Atualmente esse
sistema conta com 6 exoplanetas.
25 de Abril de 2007
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/263
Concepção artística
A estrela Kepler-10 encontra-se a 564 anos-luz de distância da Terra.
Entre Maio de 2009 e Janeiro de 2010 dados colhidos pela sonda Kepler
convergiam para o fato de que existiria um exoplaneta nesse sistema. A
descoberta foi anunciada em 2011.
Exoplaneta Kepler-10b: o menor planeta rochoso até Janeiro de 2011
com 1.4 raio da Terra
Descoberta anunciada em 10 de Janeiro de 2011.
Fonte: http://www.nasa.gov/topics/universe/features/rocky_planet.html
Concepção artística
Kepler-20e (a esquerda) e Kepler-20f (a direita). Dois exoplanetas na zona
habitável. Os menores exoplanetas confirmados até 21 de Dezembro de 2011
ao redor de uma estrela como o Sol.
20 de Dezembro de 2011
Fonte: http://www.nasa.gov/mission_pages/kepler/news/kepler-20-system.html
Concepção artística
20 de Dezembro de 2011
Fonte: http://www.nasa.gov/mission_pages/kepler/news/kepler-20-system.html
Concepção artística
Kepler-22b: Mais perto de encontrar outra Terra
05 de Dezembro de 2011
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/219
Concepção artística
Concepção artística
Fonte: http://www.jpl.nasa.gov/infographics/infographic.view.php?id=10694
28 de Agosto de 2012
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/97
Concepção artística
Que tal pensar um pouco fora da caixinha...
11 de Setembro de 2012
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/99
Concepção artística
18 de Abril de 2013
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/124
Concepção artística
18 de Abril de 2013
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/123
Concepção artística
18 de Abril de 2013
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/131
Concepção artística
Kepler-186f, o primeiro exoplaneta do tamanho da Terra na zona habitável
17 de Abril de 2014
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/198
Concepção artística
17 de Abril de 2014
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/199
Concepção artística
Uma pausa para a física. Compreendendo o significado de uma medida e da
incerteza associada a essa medida…
17 de Junho de 2015
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/254
23 de Julho de 2015
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/262
Concepção artística
Concepção artística
Concepção artística
Concepção artística
Concepção artística
Concepção artística
23 de Julho de 2015
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/265
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/260
Concepção artística
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/268
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/282
Concepção artística
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/269
Concepção artística
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/258
23 de Julho de 2015
Fonte: http://planetquest.jpl.nasa.gov/image/257
Concepção artística
Em resumo, o primeiro exoplaneta menor que a Terra, Kepler-20e, foi
descoberto em Dezembro de 2011, orbitando uma estrela como o Sol,
mas ligeiramente mais fria e menor. Porém, ele é muito quente e
incapaz de manter uma atmosfera ou um oceano de água em estado
líquido. Kepler-22b foi anunciado no mesmo mês, como o primeiro
exoplaneta na zona habitável de uma estrela como o Sol, mas sendo
duas vezes maior que o tamanho da Terra e, portanto, susceptível de
ter uma superfície sólida. O Kepler-186f foi descoberto em Abril de
2014 e é o primeiro exoplaneta de tamanho similar ao da Terra encontrado na zona habitável de uma
pequena e fria estrela do tipo
M, com cerca de metade do
tamanho e massa solares.
Kepler-452b é o primeiro
exoplaneta próximo à Terra em
tamanho na zona habitável de
uma estrela muito parecida
com o Sol.
Imagem publicada na nossa página do Facebook no dia 25 de julho de 2015.
Fonte: https://www.facebook.com/permalink.php?
Concepção artística
story_fbid=862850527146729&id=387315644700222
20 anos da confirmação do exoplaneta 51 Pegasi b
Concepção artística
31 de Julho de 2015
Fonte: http://www.nasa.gov/jpl/exoplanets-2020-looking-back-to-the-future
Concepção artística
Concepção artística
Concepção artística
Concepção artística
31 de Julho de 2015
Fonte: http://www.nasa.gov/jpl/exoplanets-2020-looking-back-to-the-future
Um pouco de humor...
Humor da NASA
Descoberto em Outubro de 2013 usando o
método de imagem direta, o PSO J318.522 pertence a uma classe especial de
planetas chamados solitários, ou planetas
flutuando livremente. Vagando sozinho
pela Galáxia, ele não orbita nenhuma
estrela-mãe. Pouco é conhecido sobre
como esse tipo de planetas vieram a
existir, mas os cientistas teorizam que eles
devem ser ou estrelas que falharam ou
planetas ejetados dos seus jovens sistemas
depois de um encontro com outro planeta.
Esses
planetas
solitários
brilham
fracamente com o calor da sua formação.
Uma vez que esfriarem, eles irão dançar
no escuro.
PSO J318.5-22
Onde a vida noturna nunca acaba.
Humor da NASA
Duas vezes maior em volume que a Terra,
o HD 40307g fica na linha entre as “Super
Terras” e os “mini Netunos” e os
cientistas não tem certeza se ele tem uma
superfície rochosa ou uma que está
enterrada sobre grossas camadas de gás e
gelo. Embora uma coisa seja certa: com
cerca de oito vezes a massa da Terra, sua
atração gravitacional é muito, muito mais
forte.
Humor da NASA
Experimente a Gravidade de uma
Super Terra.
Como o planeta "Tatooine" do Luke
Skywalker de Star Wars, Kepler-16b
orbita um par de estrelas. Retratado aqui
como um planeta terrestre, Kepler-16b
pode também ser um gigante gasoso como
Saturno. As perspectivas para vida neste
mundo incomum não são boas, uma vez
que tem uma temperatura similar ao do
gelo seco. Mas a descoberta indica que o
icônico duplo pôr do sol do filme não é
nada de ficção científica.
Relaxe em Kepler-16 b
Onde sua sombra sempre tem companhia.
Humor da NASA
Kepler-186f foi o primeiro planeta do
tamanho da Terra descoberto na potencial
“zona habitável” ao redor de outra estrela,
onde água líquida poderia existir na
superfície do planeta. Sua estrela é muito
mais fria e vermelha que o nosso Sol. Se
vida vegetal existe em um planeta como o
Kepler-186f, sua fotossíntese poderia ter
sido influenciada pelos fótons de
comprimento de onda vermelhos da
estrela, para fazer uma paleta de cores que
é muito diferente dos verdes na Terra.
Essa descoberta foi feita pelo Kepler,
telescópio caça planetas da NASA.
Kepler-186f
Onde a grama é sempre mais vermelha
no outro lado.
Humor da NASA
Fonte:
http://planetquest.jpl.nasa.gov/exoplanet_
travel_bureau
Curiosidade: Exolua
Em 2014 a primeira candidata a exolua foi encontrada, mas
infelizmente não teremos a chance de observá-la novamente como
disse David Bennett da Universidade de Notre Dame, autor do artigo
científico no qual a descoberta foi publicada.
O motivo para não podermos observá-la novamente é que sua
descoberta ocorreu pelo método de microlentes gravitacionais, num
sistema chamado MOA-2011-BLG-262.
Mas como o próprio David
apontou, ao menos agora
“nós podemos esperar mais
descobertas
inesperadas
como essa”.
10 de abril de 2014
Fonte:http://www.jpl.nasa.gov/news/
news.php?feature=4103
Concepção artística
Curiosidade: Missão TESS
Com lançamento previsto para 2017, Transiting Exoplanet Survey
Satellite - TESS é uma missão astrofísica projetada para usar quatro
câmeras para observar todo o céu, em busca de planetas fora do nosso
Sistema Solar, conhecidos como exoplanetas. A missão irá monitorar
mais de 500.000 das mais
brilhantes
estrelas
do
céu,
procurando por diminuições na
claridade das estrelas o que poderia
indicar um planeta atravessando seu
caminho. TESS prevê encontrar
mais de 3.000 candidatos a
exoplanetas, que vão desde gigantes
gasosos até pequenos planetas
rochosos. Espera-se que cerca de
500 desses planetas sejam do
tamanho da Terra.
Curiosidade: Missão TESS
As estrelas monitoradas pelo TESS serão de 30 a 100 vezes mais
brilhantes que aquelas observadas pela sonda espacial Kepler,
fazendo com que as observações de acompanhamento sejam muito
mais fáceis. Usando os dados do TESS, missões como o James Webb
Space Telescope podem determinar características específicas desses
planetas, incluindo a possibilidade deles poderem suportar vida.
Para saber mais sobre o TESS: http://tess.gsfc.nasa.gov/
Veja o vídeo no Youtube:
https://www.youtube.com/watch?
v=ZsPStvGgNuk
Obrigado!
Próxima aula 22/08 – Cosmologia I
Baseei essa aula nas aulas dos anos anteriores do Pieter e do Paulo,
cujo agradecimento deixo aqui registrado.
Leitura complementar Planetas no Caos.
Fonte em português: http://www.universoracionalista.org/planetas-no-caos/
Fonte em inglês: http://www.nature.com/news/astronomy-planets-in-chaos-1.15480
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