Sistema Java com uso de DOM para acesso a

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Sistema Java com uso de DOM para acesso a documento XML
Gabriel Carvalho Buschini (BIC-UNICENTRO), Inali Wisniewski Soares
(Orientador), e-mail: [email protected].
Universidade Estadual do Centro-Oeste/Departamento de Ciência da Computação
– Guarapuava – PR.
Palavras-chave: XML, Java, Linguagem de Marcação.
Resumo:
Existem diversas linguagens de programação orientadas a objeto, cada
uma com diferentes características e apelos (de mercado, educacionais ou
acadêmicos), sendo Java uma delas. Neste trabalho foi desenvolvido um
aplicativo em Java e, através do uso do Document Object Model (DOM – Modelo
de Objeto de Documento), foi possível acessar o documento redigido em
Extensible Markup Language (XML – Linguagem de Marcação Extensível) e editar
suas informações.
Introdução
Algumas linguagens permitem que funções e variáveis existam em diversos
pontos de um programa, como se estivessem desvinculadas de qualquer
estrutura. Em Java, todas as variáveis e métodos devem estar localizados dentro
de classes, forçando o uso de orientação a objetos até mesmo em tarefas simples.
Dessa forma, o usuário da linguagem Java estará usando mais técnicas de
programação orientada a objetos [SAN, 2003].
A linguagem Java fornece sua funcionalidade ao incorporar portabilidade,
robustez, segurança, orientação a objetos, dinamismo, alto desempenho e
facilidade de aprendizado em sua arquitetura [RIT, 1997].
FUR (2002) reforça que o aspecto da utilização de Java em multiplataforma
é muito importante, porque os programadores não necessitam ficar preocupados
em saber em qual máquina o programa será executado, uma vez que um mesmo
programa pode ser usado num PC, num Mac ou em um computador de grande
porte. É muito melhor para uma empresa desenvolver um software que possa ser
executado sem restrições de máquina.
Para a criação de programas em Java, é necessária sua digitação através
de uma ferramenta específica ou ainda de um editor de textos qualquer, gerando o
código-fonte do programa. Após digitado, o programa deve passar por um
processo de análise do código, para verificar a existência de erros de sintaxe,
tarefa essa chamada de compilação, e realizada normalmente pelo compilador do
kit de desenvolvimento da Sun. Com o mesmo compilador é feita a tradução do
programa escrito em Java para uma linguagem intermediária chamada Java
bytecodes, um código independente de plataforma que é interpretado por um
interpretador Java. O interpretador será o responsável por executar o programa
escrito em Java em que cada instrução do bytecode é interpretada e executada no
computador.
Já a Extensible Markup Language (XML – Linguagem de Marcação
Extensível) é um conjunto de regras para a criação de linguagens de marcação
[RAY, 2001]. Entende-se por marcação a informação incluída em um documento
para melhorar o seu significado, identificar as suas partes e compreender a forma
com que se relacionam.
Uma definição do W3C (2006) é que o Document Object Model (DOM –
Modelo de Objeto e Documento) é uma interface de programação de aplicações
padrão para a estrutura do documento, cujo objetivo é facilitar o acesso de
programadores aos seus componentes para excluir, acrescentar ou editar seus
conteúdos, atributos ou estilos. Em essência, ele torna possível que
programadores escrevam aplicações que funcionem corretamente em todos os
navegadores e servidores, e em todas as plataformas.
Materiais e Métodos
O objetivo deste trabalho foi o estudo de XML, DOM e Java, e o
desenvolvimento de um aplicativo utilizando estas tecnologias.
Inicialmente foi desenvolvido um documento XML que continha informações
do Departamento de Ciência da Computação da Unicentro.
Após a conclusão desta etapa, passou-se a estudar a API DOM, parte
integrante do pacote de XML, sendo esta a responsável por possibilitar que
linguagens de programação acessem e modifiquem um documento XML. A seguir,
foi desenvolvida uma ferramenta Java que possibilitou o uso desta API para
acessar e modificar o documento XML criado anteriormente.
Ao acessar o documento, o sistema, através do DOM, cria uma árvore com
as informações ali encontradas. A partir desta árvore, os dados são tratados e
exibidos para o usuário, que pode realizar as alterações necessárias nestes
dados.
Após o término das alterações, um novo documento XML contendo as
novas informações é salvo, substituindo o antigo.
É interessante ressaltar o fato de que com este sistema, integrando Java e
XML, toda a informação é salva em apenas um documento XML, dispensando
assim a instalação e uso de qualquer banco de dados, e o backup torna-se
extremamente fácil, uma vez que apenas um arquivo necessita ser copiado.
O BlueJ é um ambiente de desenvolvimento Java explicitamente como um
ambiente para introduzir o aprendizado de programação orientada a objetos,
sendo assim mais adequado ao ensino do que outros ambientes existentes por
várias razões [BAR, KÖL, 2004]:
- A interface com o usuário é mais simples.
- o ambiente suporta importantes ferramentas de ensino não-disponíveis em
outros ambientes, como a visualização de estrutura de classes.
- Uma das vantagens mais importantes do ambiente do BlueJ é a
capacidade de o usuário criar diretamente objetos de qualquer classe e então
interagir com seus métodos.
Resultados e Discussão
Com o uso de Java, os usuários se beneficiam de uma interface
homogênea, podendo também mover suas aplicações para qualquer plataforma
compatível com esta linguagem sem ter que efetuar qualquer alteração de código.
Java fornece bibliotecas de classes, que contêm várias classes que
implementam diversos mecanismos de entrada e saída, acesso à Internet,
manipulação de strings em alto nível, poderosas estruturas de dados, utilitários
diversos e um conjunto completo de classes para implementação de interfaces
gráficas.
Essas Bibliotecas são padrão Java, logo estarão presentes em toda
máquina virtual Java, o que permite seu uso sem a necessidade de instalar
pacotes adicionais, e mesmo que o compilador usado não tenha interface gráfica
similar à de linguagens visuais, os programas criados com este compilador podem
ter interfaces gráficas complexas.
Uma limitação da utilização de Java é a necessidade da presença de um
interpretador Java presente na máquina onde o programa será executado.
Conclusões
O uso de Java integrado à API DOM possibilitou acessar e alterar o
documento, facilitando assim a edição, alteração ou inclusão de informações sem
ser necessário conhecimento em XML por parte dos usuários, e sem desrespeitar
o modelo do documento.
Java é uma linguagem multiplataforma, desde que a plataforma em questão
possua um kit de desenvolvimento Java disponível para instalação.
O BlueJ é um ambiente Java completo, que executa sobre o Java
Development Kit, da Sun Microsystems, e utiliza o compilador padrão e a máquina
virtual. Isso assegura que ele sempre obedeça à especificação Java oficial e mais
atualizada [BAR, KÖL, 2004].
Referências
1. [BAR, KÖL, 2004] Barnes, David J; Kölling, Michael, “Programação
Orientada a Objetos com Java”, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004;
2. [FUR, 2002] Furgeri, Sérgio, “Java 2: Ensino Didático: Desenvolvendo e
Implementando Aplicações”, São Paulo: Érica, 2002;
3. [RAY, 2001] RAY, Eric T., “Aprendendo XML”, Rio de Janeiro, Editora
Campus, 2001.
4. [RIT, 1997] Ritchey, Timothy, “Programando com Java! Beta 2.0”, Rio de
Janeiro: Campus, 1997;
5. [SAN, 2003] Santos, Rafael, “Introdução à Programação Orientada a
Objetos Usando Java”, Rio de Janeiro: Elsevier, 2003;
6. [W3C, 2006] World Wide Web Consortium - http://www.w3c.org acessado
em 05 de junho de 2006.
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