BRASIL IMPÉRIO: PRIMEIRO REINADO E REGÊNCIAS

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BRASIL IMPÉRIO: PRIMEIRO REINADO E REGÊNCIAS
CONTEÚDOS

Primeiro Reinado

Período Regencial

Golpe da Maioridade
AMPLIANDO SEUS CONHECIMENTOS
Primeiro Reinado
Após proclamada a independência, D. Pedro I, torna-se imperador do Brasil com o
apoio de uma poderosa parcela da elite agrária do país. No início do seu governo, ele
enfrentou a oposição de alguns estados, principalmente na região norte, onde o número de
funcionários fiéis a coroa portuguesa, ocupavam a maioria dos cargos do governo.
D. Pedro I, rapidamente conseguiu contornar essa situação, já que ele podia contar
com a imagem popularmente construída do herói da independência e o defensor do Brasil.
Desse modo, seu governo garantiu que não houvesse nenhuma grande alteração na
estrutura vigente, ou seja, os escravos continuariam a ser cativos e as elites continuariam
com os seus privilégios na condição de grandes e ricos latifundiários.
Figura 1 – D. Pedro I
Fonte: Wikimedia Commons
Porém, essa tranquilidade inicial do seu governo durou pouco tempo, pois logo o
imperador irá enfrentaria a oposição daqueles que o apoiaram durante a independência.
Vale lembrar que as elites desejavam manter a estrutura social e os seus privilégios, mas
elas também pretendiam que o poder de D. Pedro I fosse restringido por uma constituição
que daria autonomia política aos estados. Assim, as decisões políticas ficaram sob o
controle dos deputados e senadores, de modo que o parlamento tivesse mais poderes que
o imperador.
Desse modo, para impor o seu poder contra seus opositores, Dom Pedro I, passou
a adotar uma postura mais enérgica e centralizadora, aproximando seu governo dos moldes
do absolutismo europeu. Durante os nove anos em que ele governou o Brasil (1822-1831),
o seu autoritarismo foi um dos fatores que desgastou sua relação, inclusive, com os grupos
que inicialmente o apoiavam.
Figura 2 – Bandeira do Brasil durante o Primeiro Reinado
Fonte: Wikimedia Commons
Assim, o primeiro grande embate político deu-se no momento da construção da
primeira constituição do país independente. Inicialmente, D. Pedro I autorizou a criação de
uma assembleia constituinte, composta por membros das elites agrárias. Porém, ao
perceber que o documento limitava demais seus poderes como imperador e dava grande
autonomia para os estados da federação, ele dissolve essa assembleia e outorga (impõese forma autoritária e sem uma votação democrática) em 1824, uma constituição redigida
por ele e seus assessores que lhe garantiria amplos poderes em um governo conservador
e centralizado. Com isso, nasce oficialmente a primeira Carta Magna do Brasil, ou seja, a
Constituição de 1824.
A partir daí, a política nacional foi organizada como um “Parlamentarismo
Monárquico”, dando a falsa impressão de um regime democrático aos moldes do que
ocorria na Inglaterra. Porém, diferente dos ingleses que tinham apenas três poderes, o
Brasil tinha quatro poderes na composição do seu governo. Esse quarto poder, era o
Moderador, que se sobrepunha sobre os demais, dando ao imperador poderes absolutos.
Saiba Mais: Dentre as principais determinações dessa constituição que foi outorgada
podemos destacar:

O cargo do imperador era vitalício e hereditário. Desse modo, só caberia eleições
para as esferas estaduais e municipais.

A divisão do poder nesse governo imperial seria feita em 4 partes, o Legislativo,
o Judiciário, o Executivo e o Moderador. Caberia a D. Pedro comandar o poder
Executivo e o Poder Moderador, sendo que esse último era na prática, o mais
forte dos quatro estabelecidos, uma vez que, ele poderia intervir diretamente
sobre as decisões dos demais poderes. Dessa forma, D. Pedro I podia impor a
sua vontade sob as decisões do parlamento (senadores e deputados) e sobre os
tribunais (juízes).

O direito ao voto foi dado apenas aos homens livres maiores de 25 anos e de
acordo com as suas rendas e posses. Para garantir que apenas os ricos
fazendeiros, donos de grandes quantidades de escravos pudessem votar
estabeleceu-se que os eleitores do primeiro grau, tinham que provar uma renda
mínima de 150 alqueires de plantação de mandioca. Eles elegeriam os eleitores
do segundo grau, que necessitavam de uma renda mínima de 250 alqueires.
Estes últimos, elegeriam deputados e senadores, que precisavam de uma renda
de 500 e 1000 alqueires respectivamente, para se candidatarem. Esse tipo de
voto censitário, tornou-se a principal característica dessa constituição, de modo
que ela ganhou o apelido de Constituição da Mandioca.

O catolicismo tornou-se a religião oficial do Brasil e a Igreja ficou atrelada ao
estado de modo que praticamente toda a documentação de registro dos cidadãos
continuou sendo emitida e controlada por ela.

O direito à propriedade de escravos foi mantido, assim como a exploração do
trabalho e o comércio desses indivíduos.
As províncias do Pernambuco, da Paraíba e Ceará, não aceitaram essa constituição
que foi imposta pelo imperador e, por isso, em 1824, eles rebelaram-se buscando a
separação do Brasil formando um novo estado autônomo que seria denominado de
Confederação do Equador. D. Pedro I ordena que o movimento fosse sufocado e os líderes
executados. Essa medida garantiu a unidade territorial do Brasil e a vitória de D. Pedro I
sobre os rebeldes, mas desgastou ainda mais a figura do imperador frente ao povo.
Um outro conflito que gerou grande descontentamento da população em relação ao
imperador foi a Guerra da Cisplatina (1825-1828). Essa província do extremo sul do Brasil,
identificava-se mais com as repúblicas caudilhistas que eram suas vizinhas do que com o
Brasil, associando-se a elas para fazer a emancipação desse território. Inicialmente, D.
Pedro I não deu grande importância a esse movimento, porém conforme ele foi crescendo,
o imperador passa a organizar uma grande guerra para tentar sufocá-lo. Entretanto, nesse
conflito ele sai derrotado e a Cisplatina separa-se do Brasil formando mais tarde um país
denominado de Uruguai.
Figura 3 – Movimentos Emancipacionistas do Primeiro Reinado
Fonte: Fundação Bradesco
Além do autoritarismo, da constituição outorgada e das guerras emancipacionistas,
um outro fator que fez com que D. Pedro I perdesse sua popularidade foi a crise econômica
que o país estava enfrentando. Vale lembrar que para conseguir o reconhecimento da
independência do Brasil, o imperador assinou tratados que criaram uma grande dívida
externa e, consequentemente, uma dependência econômica com a Inglaterra. A falta de
um produto forte para exportação que fosse capaz de gerar grande lucro fez com que a
balança comercial brasileira ficasse em déficit, gerando com isso inflação e recessão, que
se agravou com os gastos excessivos de D. Pedro I.
A morte do rei português D. João VI, que era pai de D. Pedro I, fazia do imperador
do Brasil o sucessor direto dessa coroa, e isso agravou a desconfiança do povo para uma
possível reunificação. Assim, marcado pela impopularidade e dividido entre o Brasil e
Portugal, ele decide abdicar do trono português em nome da sua filha D. Maria II
Por outro lado, no Brasil, a oposição ao seu governo crescia exponencialmente ao
ponto, de eclodir no Rio de Janeiro uma revolta que ganhou o nome de Noite das
Garrafadas. Essa revolta se deu quando os opositores de D. Pedro I, decidem atacar as
casas da elite e de funcionários públicos que ainda demostravam apoio ao imperador. Os
moradores dessas casas reagiram atirando de suas janelas, cacos de vidro de garrafas,
sobre os manifestantes contrários ao império. Por fim, como seu governo estava se
tornando insustentável, D. Pedro I, decide abdicar do trono brasileiro em nome do seu filho
D. Pedro II (que na época tinha apenas 5 anos).
Figura 4 – D. Pedro I abdica do trono em nome do seu filho D. Pedro II
Fonte: Wikimedia Commons
Período Regencial
A abdicação de D. Pedro I e a pouca idade de D. Pedro II para assumir o governo,
provocou um vazio político no país, acirrando a disputa pelo poder entre os membros das
elites brasileiras. Nesse momento, os partidos políticos: Liberal (PL) e Conservador (PC)
passam a polarizar esses conflitos pelo poder do governo Regencial.
Em um primeiro momento esses grupos decidiram que o Brasil deveria ser
governado por um colegiado composto por três regentes. Assim, em 1831, foi criada a
Regência Trina Provisória (composta por Nicolau Pereira Campos Vergueiro, José Joaquim
Carneiro de Campos e Francisco Lima e Silva) que durou dois meses e teve a função de
estabelecer a Regência Trina Permanente que durou de 1831 à 1835.
Nesse período, o Partido Conservador ganhou espaço com os regentes José da
Costa Carvalho, Francisco Lima e Silva e João Bráulio Muniz. Já o Ministério da Justiça foi
entregue ao padre Diogo Antônio Feijó, que tratou de criar a Guarda Nacional (uma força
de defesa para atuar em nome do governo que ainda não tinha um exército organizado) e
propor o Ato Adicional, de 1834.
Esse documento, estabelecia que esse governo temporário, que comandaria o
Brasil até que D. Pedro II tivesse idade suficiente para assumir o poder, deveria ser
composto por um só regente, que deveria ser eleito pelo voto censitário e que governaria
por 4 anos. Dessa forma, como muitos dos elementos que compuseram esse ato, foram
retirados da constituição dos Estados Unidos, pode-se dizer que ele representou uma vitória
do Partido Liberal. O Ato Adicional criou as Assembleias Legislativas Provinciais,
compostas por deputados eleitos – também por voto censitário – e com poder deliberativo
no campo civil, judiciário, eclesiástico, educacional, policial, econômico e tributário. Dessa
forma, as províncias ganharam uma relativa autonomia legislativa.
O primeiro Regente Uno eleito foi o padre Diogo Antônio Feijó (1835-1838) que
assume o poder sob uma grave crise econômica, que levou esse governo a aumentar os
tributos, gerando revoltas como a Farroupilha, a Cabanagem e a Sabinada.
A Revolta da Farroupilha (1835-1845) foi uma rebelião que aconteceu na província
do Rio Grande do Sul e seus líderes foram Bento Gonçalves e Giuseppe Garibaldi. Nessa
revolta os gaúchos protestavam contra o aumento dos impostos sobre o charque e o couro,
contra o autoritarismo do governo e pretendiam separar-se do Brasil, estabelecendo uma
república. Essa revolta eclodiu durante a Regência Una, e apesar de ser duramente
reprimida ela estendeu-se até o início do governo de D. Pedro II.
A Cabanagem (1835–1840) foi uma rebelião que aconteceu na província do GrãoPará e seus líderes foram Malcher, Vinagre e Angelim. Nessa revolta os liberais da cidade
de Belém revoltam-se contra o novo governo da região que foi nomeado pelo governo
regencial, pelos altos preços que as mercadorias chegavam nessa região e contra a
situação de miséria dos cabanos. Ela eclodiu durante a Regência Una, e apesar de ser
duramente reprimida, estendeu-se até o Golpe da Maioridade.
A Sabinada (1837 – 1838) foi uma rebelião que explodiu em Salvador (Bahia) e teve
esse nome devido ao seu líder, o médico Francisco Sabino. Os rebeldes proclamaram a
República Bahiense, que seria um governo provisório que seria encerrado assim que D.
Pedro II assumisse o trono. Essa revolta foi violentamente reprimida e acabou resultando
na queda do regente Diogo Feijó.
Figura 5 - Padre Diogo Antônio Feijó
Fonte: Wikimedia Commons
O próximo regente uno a assumir o comando do Brasil foi Araújo Lima (1838-1840)
que assume o governo herdando não só a violenta crise econômica, como uma série de
revoltas não resolvidas pelo governo anterior, ou seja, um cenário político desgastado e de
baixa credibilidade. Mesmo que esse governo representasse uma mudança de cenário
político, com a retomada dos conservadores, ele não foi capaz de evitar a eclosão da
Revolta da Balaiada.
A Balaiada (1838–1841) foi uma rebelião que surgiu no Maranhão e recebeu esse
nome devido ao líder da revolta ser um artesão conhecido pelo apelido de Balaio. A principal
causa dessa revolta foi a crise na exportação de algodão, que acabou agravada com a
situação de miséria que a população mais pobre e os escravos dessa região viviam. Assim,
aos poucos, o movimento transformou-se em confronto racial e de protestos contra a
miséria, o que fez com que os fazendeiros e chefes políticos liberais retirassem o seu apoio
ao movimento popular. Essa revolta foi violentamente reprimida e acabou resultando na
queda do regente Araújo Lima.
Figura 6 - Araújo Lima
Fonte: Wikimedia Commons
Golpe da Maioridade
Com a queda de Araújo Lima, as elites políticas do Brasil, perceberam que o
governo regencial estava desacreditado e que apenas a figura do imperador, poderia
reunificar o Brasil e retomar a credibilidade frente ao povo brasileiro.
Nessa época, a economia cafeeira começa a dar os primeiros sinais de que esse
produto geraria grandes lucros ao país. Desse modo, com o café, a economia brasileira
poderia sair da crise e isso colaboraria com o fortalecimento do governo que assumisse o
comando do Brasil. Por isso, era estratégico colocar logo o imperador no trono, para que
essa superação da crise econômica ficasse atrelada a sua chegada ao poder.
O único problema é que D. Pedro II, tinha apenas 14 anos, e oficialmente não
poderia assumir o comando do Brasil. Então a estratégia foi declarar a maioridade do
imperador por um decreto que o colocaria no trono por meio de um golpe.
Figura 7 - D. Pedro II
Fonte: Wikimedia Commons
Para auxiliar o novo imperador a comandar o país, foi instaurado o Ministério da
Maioridade, composto por membros do Partido Liberal que aconselhariam D. Pedro II em
suas primeiras decisões políticas.
ATIVIDADES
1. Durante o início do Império, a elite brasileira estava preocupada com as rebeliões que
poderiam promover uma certa desordem ameaçando os seus bens e privilégios. Assim,
falava-se muito que o governo precisava criar medidas para garantir a segurança e a
unidade territorial do país.
Desse modo, pode-se afirmar que essa classe social apoiou a adoção de uma política
a) autônoma e independente, que facilitava a tomada de decisão pelos poderes locais.
b) democrática e parlamentarista, que promovia políticas de inclusão social.
c) conservadora e centralizadora, que reprimia violentamente as revoltas populares.
d) ditatorial e autoritária, que evidenciava o caráter sanguinário do imperador.
e) inovadora e democrática, que promovia reformas abolicionistas a favor dos escravos.
2. Cite os fatores que fizeram com que D. Pedro I perdesse a sua popularidade no decorrer
dos nove anos que durou o seu governo.
3. (ENEM-2012) Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido
com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do
imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite
de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das
Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras “portuguesas” e
atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das
janelas.
VAINFAS, Ronaldo. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política.
Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro
revela
a) estímulos ao racismo.
b) apoio ao xenofobismo.
c) críticas ao federalismo.
d) repúdio ao republicanismo.
e) questionamentos ao autoritarismo.
4. (ENEM-2010) Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado
por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações
populares eram por melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida
política do país. Os conflitos representavam também o protesto contra a centralização do
governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento
do poderoso grupo dos "barões do café", para o qual era fundamental a manutenção da
escravidão e do tráfico negreiro.
O contexto do Período Regencial foi marcado
a) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de
velhas realidades sociais.
b) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central.
c) pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam melhores condições de
vida.
d) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos "barões
do café".
e) por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia.
LEITURA COMPLEMENTAR
Revolta dos Malês
A revolta dos Malês pode ser compreendida como um conflito que deflagrou
oposição contra duas práticas comuns herdadas do sistema colonial português: a
escravidão e a intolerância religiosa. Comandada por negros de orientação religiosa
islâmica, conhecidos como malês, essa revolta ainda foi resultado do desmando político e
da miséria econômica do período regencial.
Com o deslocamento do eixo econômico-administrativo do Brasil para a região
sudeste e as constantes crises da economia açucareira, a sociedade baiana do período
tornou-se um sinônimo de atraso econômico e desigualdade socioeconômica. Além desses
fatores, devemos também destacar que as prescrições religiosas incentivadas pelas
autoridades locais promoveram a mobilização desse grupo étnico-religioso específico.
Anos antes da revolta, as autoridades policiais tinham proibido qualquer tipo de
manifestação religiosa em Salvador. Logo depois, a mesquita da “Vitória” – reduto dos
negros muçulmanos – foi destruída e dois importantes chefes religiosos da região foram
presos pelas autoridades. Dessa maneira, os malês começaram a arquitetar um motim
programado para o dia 25 de janeiro de 1835.
Nesta data, uma festa religiosa na cidade Bonfim esvaziaria as ruas de Salvador
dando melhores condições para a deflagração do movimento. Naquela mesma data,
conforme a tradição local, os escravos ficariam livres da vigilância de seus senhores. Entre
os ideais defendidos pelos maleses, damos destaque à questão da abolição da escravatura
e o processo de africanização de Salvador por meio do extermínio de brancos e mulatos.
Mesmo prevendo todos os passos da rebelião, o movimento não conseguiu se
instaurar conforme o planejado. A delação feita por dois negros libertos acionou um conflito
entre as tropas imperiais e os negros malês. Sem contar com as mesmas condições das
forças repressoras do Império, o movimento foi controlado e seus envolvidos punidos de
forma diversa. Apesar de não alcançar o triunfo esperado, a Revolta dos Malês abalou as
elites baianas mediante a possibilidade de uma revolta geral dos escravos.
SOUSA, Rainer. Revolta dos Malês. Brasil Escola. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/
historiab/revolta-males.htm>. Acesso em: 31 mai. 2016. 15h30min.
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INEP. Prova Amarela do primeiro dia do ENEM de 2012. Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/provas/2012/caderno_enem2012_sa
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JANCSÓ, István (org). Brasil: formação do Estado e da Nação. São Paulo: HUCITEC,
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MARTINS, Antonio Marco Ventura. Um império a construir, uma ordem a consolidar:
elites políticas e Estado no sertão. In: Franca-SP, 1824-1852. Franca: Ribeirão Gráfica,
2004.
MASCARENHAS, Nelson Lage. Um jornalista do império. São Paulo: Nacional, 1961.
MOREL, Marco. O período das Regências (1831-1840). Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2003.
SOUSA, Octávio Tarquínio de. A vida de D. Pedro I. Rio de Janeiro: Biblioteca do exército,
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SOUSA,
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Revolta
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<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:DpedroI-brasil-full.jpg>. Acesso em: 30 mai.
2016. 8h30min.
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Disponível
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<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:RetratodompedroIIcrianca.JPG>. Acesso em: 30
mai. 2016. 14h30min.
WIKIMEDIA
COMMONS.
Padre
Diogo
Antônio
Feijó.
Disponível
em:
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Diogo-feij%C3%B3.jpg>. Acesso em: 30 mai.
2016. 11h.
GABARITO
1. Alternativa C
Comentário: D. Pedro I, mostrou-se como um governante forte e autoritário e sua política
foi conservadora e centralizadora. Ao outorgar a constituição de 1824 e estabelecer o poder
moderador, ele deixou claro sua intenção de ter total controle sobre as decisões políticas
do seu império, o que desagradou a elite que o apoiava. Assim, na medida que a oposição
ao seu governo crescia, ele aumentava a repressão contra seus opositores, deflagrando a
ação violenta do seu governo.
2. Comentário: O reconhecimento da independência do Brasil foi conquistado por meio de
tratados que criaram uma grande dívida externa e, consequentemente, uma dependência
econômica com a Inglaterra. A falta de um produto forte para exportação que fosse capaz
de gerar grande lucro, fez com que a balança comercial brasileira ficasse em déficit,
gerando com isso inflação e recessão, que se agravou com os gastos excessivos de D.
Pedro I. Isso associado ao autoritarismo do seu governo (que era conservador e
centralizador), e a constituição outorgada fez com que D. Pedro I perdesse sua
popularidade frente a elite que o apoiou. Por fim, os grandes conflitos emancipacionistas,
como a Confederação do Equador e a Guerra da Cisplatina, e as revoltas de oposição ao
governo do imperador, como a Noite das Garrafadas, acabaram por desgastar a imagem
de D. Pedro I que perdeu totalmente sua popularidade inicial, de herói da independência.
3. Alternativa E.
Comentário: Durante o Primeiro Reinado (1822-1831), o autoritarismo de D. Pedro I
enfrentou críticas de diversos grupos sociais, inclusive das elites que o apoiava
inicialmente. Sua atuação política centralizadora batia de frente com os anseios de maior
autonomia das elites regionais. Nesse sentido, houve algumas disputas entre os que eram
favoráveis e aqueles que eram contra o imperador. O episódio mais tenso dessa oposição
foi a chamada ‘Noite das Garrafadas’, ocorrida no Rio de Janeiro, que mostrava a gravidade
da situação. Assim, pode-se dizer que essa revolta foi um dos fatores que contribuíram para
que o imperador renunciasse tão brevemente ao seu posto de Imperador do Brasil.
4. Alternativa A.
Comentário: O Período Regencial (1831-1840) foi marcado por diversas crises políticas,
econômicas e sociais. No país, vários grupos se revoltaram contra as ações do governo em
guerras de emancipação, como por exemplo, a cabanagem, a Sabinada, a Farroupilha, a
Balaiada e os Malês. Assim, a população demonstrava sua enorme insatisfação com a
ordem vigente. A regência alternava o seu governo entre os liberais e os conservadores
que colocavam seus interesses partidários acima do bem público, ficando com isso
desacreditados. Assim, às vésperas do Golpe da maioridade, a expansão da lavoura de
café (que viria ganhar força e destaque durante o Segundo Reinado), fez com que a elite
cafeeira pressionasse o governo por mudanças políticas e pela manutenção da escravidão.
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